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27/11/2018 O que poderá ser privatizado no governo Bolsonaro | O POVO Online

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O que poderá ser privatizado no governo Bolsonaro


Privatizações estão entre as 15 áreas de nidas como prioridade pela equipe de transição do governo

(Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

A Secretaria-Geral de Desestatização e Desimobilização do governo do


presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) já tem comando de nido e extensa lista
de empresas na mira da privatização. O empresário Salim Mattar, fundador da
locadora de veículos Localiza, é o escolhido para tocar os processos. Durante a
campanha, Bolsonaro chegou a falar na privatização de 100 empresas. As
privatizações estão entre as 15 áreas de nidas como prioridade pela equipe de
transição do governo.

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27/11/2018 O que poderá ser privatizado no governo Bolsonaro | O POVO Online

O número de estatais no Brasil chega a 138. Para o futuro ministro da Economia,


Paulo Guedes, a maior parte delas deverá ser desestatizada. O ideal é que as
de citárias, que exigem mais subsídios do Tesouro Nacional, sejam prioridade.
O assessor econômico do PSL chegou a defender a privatização de "todas" as
estatais para reduzir o endividamento público. Segundo Bolsonaro, o Banco do
Brasil, a Caixa Econômica Federal e Furnas cariam estrategicamente de fora. A
Caixa será presidida pelo economista Pedro Guimarães, especialista em
privatizações.

O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (Ploa) de 2019 indica que empresas


como Eletrobras, Serpro e Correios podem enfrentar di culdades de caixa para
o ano que vem. São empresas que já adotam programas de redução de custos,
incluindo demissões. Ainda assim, as estatais registraram aumento no número
de funcionários, segundo dados do Ministério do Planejamento. No segundo
trimestre deste ano, o número subiu de 504,9 mil para 505,1 mil, a despeito dos
programas de demissão voluntária.

Conforme o Estado de Minas, a equipe de transição defende que a Eletrobras


deve ser a primeira no processo. A projeção é que a receita para a União chegue
a R$ 12,2 bilhões. A Eletrobras adiou, para o próximo dia 10 de dezembro, o
leilão de privatização da Amazonas Energia. A Assembleia Geral
Extraordinária (AGE) da estatal de niu que, caso não seja vendida, a empresa
poderá ser liquidada em 31 de dezembro de 2018.

A Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), Empresa de Planejamento e


Logística (EPL),  Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social
(Dataprev) e a Valec Engenharia, Construções e Ferrovias encabeçam a lista de
empresas que podem ser vendidas. Ainda segundo o Estado de Minas, 18
companhias dependem de repasse do Governo Federal, consumindo cerca de R$
15 bilhões por ano. 

Também durante o período de campanha, Paulo Guedes usava como estimativa


arrecadação de R$ 1 trilhão para o Governo Federal, levando em consideração a
venda de todas as estatais. Parte dos esforços para eleger Bolsonaro, o discurso
de R$ 1 trilhão não foi retomado pós-eleição. A responsabilidade de projetar
esse valor passa a ser da Secretaria-Geral de Desestatização e Desimobilização.

Correios
 
Antes de ser eleito, Bolsonaro falou à TV Bandeiras que a Empresa Brasileira de
Correios e Telégrafos (ECT) deveria ser privatizada devido aos prejuízos. "Seu
fundo de pensão foi implodido pela administração petista, diferentemente do
passado", apontou. "Então, os Correios, tendo em vista não fazer um trabalho
daquele que nós poderíamos estar recebendo, pode entrar nesse radar da
privatização". O então deputado do PSL disse que as privatizações aconteceriam
"sem qualquer percalço aos funcionários ou aos seus acionistas".

Petrobras

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A Petrobras é presença constante nos debates que dizem respeito à privatização


das estatais. Em entrevistas, homens de Bolsonaro a rmavam que a Petrobras
estaria fora da lista e deveria continuar sob o controle do Estado. No entanto, o
presidente eleito não descarta a desestatização. No último dia 19, o futuro chefe
do executivo a rmou que "parte" da estatal pode ser privatizada. "Nós estamos
conversando sobre isso aí. Eu não sou uma pessoa in exível". Bolsonaro a rmou
ainda que é preciso construir um plano com "muita responsabilidade" e que
entende como "uma empresa estratégica que pode ser privatizada em parte". 

No mesmo dia, antes da fala do presidente eleito, o futuro vice-presidente da


República, Hamilton Mourão, chegou a dizer que as áreas de prospecção e de
inteligência da Petrobras não serão privatizadas. "O núcleo duro da Petrobras,
que é onde tá a prospecção e a inteligência, o conhecimento, isso não vai ser
privatizado. Agora podemos negociar distribuição e re no", disse o general da
reserva.

As declarações foram realizadas no contexto do anúncio de Roberto Castello


Branco, que já ocupou cargos de direção no Banco Central e na Vale, para a
presidência da Petrobras. Defensor da privatização da companhia e homem de
con ança de Paulo Guedes, Castello Branco se posicionou, em entrevista ao
jornal O Estado de S.Paulo, no último dia 20, totalmente contra a política de
controle de preços dos combustíveis que foi adotada pela ex-presidente Dilma
Rousseff. 

Redação O POVO Online

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