CARACTERÍSTICAS DA SAÚDE DO HOMEM NA UNIDADE PRISIONAL DE
PARINTINS GUIMARÃES, RB¹
UNIDADE PRISIONAL DE PARINTINS - SEJUS
INTRODUÇÃO: As discussões e reflexões a cerca da universalidade dos
direitos à saúde tem trazido fomento à iniciativas que objetivam repensar um sistema com acentuados sinais de exclusão da população carcerária da política do SUS. A saúde como direito implica considerar seus determinantes e condicionantes como lazer, segurança, habitação e outros. As condições nas quais vive a população carcerária da Unidade Prisional de Parintins são precárias. As ações desenvolvidas são periódicas e de cunho curativa assistencial médica, se restringindo à proposição biológica. Saúde está articulada com a vida, a vida com as condições que determinam a saúde. O binômio saúde/doença acompanha a existência do homem desde sempre. Ora o tema saúde é tratado a partir do indivíduo e de causas endógenas a seu organismo e psiquismo, ora da própria sociedade, do ambiente, das suas condições de vida e de trabalho. As prisões são cenário de constantes violações dos direitos humanos, a saúde não considera as condições do ambiente no qual os detentos encontram-se, atribuindo a eles os problemas que o acometem. Os principais problemas enfrentados na Unidade local são a condição desumana causada pela superlotação, pela degradação da infraestrutura, violência verbal e psicológica entre os presos e outros. O caráter universal dos direitos do homem carcerário ainda está distante da política de saúde pública, está restrita apenas à saúde do corpo, desvencilhando do que a Constituição Federal conceitua saúde. Como capital humano, é indissociável do modo de vida. Palavras-chave: Saúde Pública, População Penitenciária, Direitos Humanos. Objetivo Geral: Caracterizar a saúde do homem confinado na Unidade Prisional de Parintins.. Metodologia: Realizou-se pesquisa de campo, utilizando-se da abordagem exploratória e da observação direta. A pesquisa ocorreu no período de maio a dezembro de 2013. Aos domingos durante as visitas aconteciam as conversas com os homens detentos, por vezes individual, outras coletiva. Foi aplicado um formulário com questões abertas e fechadas com dez homens. Resultados: A pesquisa revela que os condicionantes e determinantes da saúde do homem privado de liberdade é precária, sobretudo pelas péssimas condições estruturais e físicas do prédio. Outro dado relevante é o olhar de culpabilização pelas doenças acometidas aos seus corpos. Considerações finais: Por fim, há necessidades imediatas de investimentos Apresenta demandas e necessidades emergentes, o que implica articular ações que promova o bem estar físico, mental e social da população carcerária.