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Apostila Subestacao PDF
Apostila Subestacao PDF
Subestação
PESQUEIRA-PE
JANEIRO 2007
Prefácio
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 1
1.1 Disjuntor ......................................................................................................... 1
1.2 Transformadores para Instrumentos – TI’S (TC, TP, TPC) ........................... 2
1.3 Chaves Seccionadoras ..................................................................................... 3
1.4 Pára-raios ........................................................................................................ 4
1.5 Transformadores de potência 5
2 SUBESTAÇÕES E SEUS ARRANJOS............................................................... 7
2.1 Estudo de planejamento de uma subestação ................................................... 8
2.1.1 Barramentos .............................................................................................. 8
2.2 Arranjos de subestações .................................................................................. 10
2.2.1 Arranjo de Barra Simples .......................................................................... 10
2.2.2 Arranjo de Barras Principal e de Transferência com Bay Simples ........... 11
2.2.3 Arranjo de Barra Dupla ............................................................................. 12
2.2.4 Arranjo em Anel ........................................................................................ 13
2.2.5 Arranjo de Disjuntor e Meio ..................................................................... 14
2.2.6 Arranjo de Disjuntor Duplo ...................................................................... 14
3 DISJUNTORES ................................................................................................... 17
3.1 Disjuntores AT ................................................................................................ 17
3.1.1 O arco elétrico ........................................................................................... 18
3.2 Princípio de interrupção da corrente elétrica .................................................. 20
3.2.1 Interrupção no ar sob condição de pressão atmosférica ............................ 21
3.2.2 Interrupção no óleo ................................................................................... 23
3.3.3 Interrupção no gás SF6 ............................................................................. 23
3.3.4 Interrupção no vácuo ................................................................................. 24
3.4 Características construtivas dos disjuntores .................................................... 25
3.4.1 Quanto ao sistema de interrupção do arco ................................................ 25
3.4.1.1 Disjuntores a óleo ................................................................................ 25
3.4.1.2 Disjuntores a grande volume de óleo (GVO) ...................................... 25
3.4.1.3 Disjuntores a pequeno volume de óleo (PVO) .................................... 27
3.4.1.4 Disjuntores de construção aberta ........................................................ 30
3.4.1.5 Disjuntores de construção do tipo extralvel ........................................ 31
3.4.1.6 Disjuntores a sopro magnético ............................................................ 33
3.4.1.7 Disjuntores a vácuo ............................................................................. 33
3.4.1.8 Disjuntores a SF6 ................................................................................ 34
3.5 Seqüência de operação .................................................................................... 36
4 TRANSFORMADORES PARA INSTRUMENTOS (TI’S) - TC E TP ............ 38
4.1 Transformador de Corrente (TC) .................................................................... 39
4.1.1 Correntes nominais ................................................................................... 41
4.1.2 Cargas nominais ........................................................................................ 42
4.1.3 Transformadores de corrente destinados à proteção ................................ 43
4.1.4 Ensaios e Recebimento ............................................................................. 45
4.1.5 Especificação Sumária .............................................................................. 46
4.2 Transformador de Potencial (TP) .................................................................... 47
4.2.1 Características Construtivas ...................................................................... 47
v
1 Introdução
1.1 Disjuntor
Microondas;
Através de equipamento carrier,enviando-se o sinal pela própria linha de
transmissão. Observa-se que o equipamento carrier necessita de equipamento de
acoplamento que, geralmente, é combinado com o transformador de potencial
capacitivo (TPC) .
TC
TP
1.4 Pára-raios
Para que os aparelhos consumidores de energia elétrica sejam utilizados com segurança
pelos usuários, é necessário que se faça sua alimentação com tensões adequadas,
normalmente inferiores a 500V. No Brasil, as tensões nominais, aplicadas aos sistemas
de distribuição secundários das concessionárias de energia elétrica, variam em função
da região. No Nordeste a tensão padronizada é de 380 V entre fases e de 220 V entre
fase e neutro. Já na região Sul, a tensão convencionalmente utilizada é de 220 V entre
fases e 127 V entre fase e neutro. No entanto, em alguns sistemas isolados, são
aplicadas tensões diferentes destas, como, por exemplo, a de 110V.
- Elevadora
a. Quanto a função – - Abaixadora
- Seccionadora
- Manobra
- Transmissão
b. Quanto ao sistema suprido - Subtransmissão
- Distribuição
- Consumidor
- Abrigadas
c. Quanto a instalação
- Ao tempo
- Aéreas
d. Quanto ao isolamento aéreo
- Blindadas
Estudo de mercado
Estudo de planejamento da geração
Definição das fontes de geração
Estudo de planejamento da transmissão
Definição da malha primária de LT´S e SE´S
Estudos elétricos da transmissão
Características Básicas das LT´S e SE´S
Projeto Básico e executivo da subestação e equipamentos.
Antes de elaborar um projeto básico, devemos saber que uma subestação é caracterizada
pela:
2.1.1 Barramentos
a) Bay de linha;
b) Bay de transformador ou de reator;
c) Bay de interligação de barras.
Obs: As Barras são os pontos de encontro dos bays.
a) Diagramas Unifilares;
b) Diagramas Trifilares;
c) Diagramas Funcionais;
d) Diagramas Construtivos.
a) Barra Simples;
b) Barra Principal e de Transferência;
c) Barra Dupla (com disjuntor simples e três chaves, a quatro ou cinco chaves);
d) Anel;
e) Disjuntor e meio;
f) Disjuntor Duplo;
Para a escolha do tipo de arranjo, alguns fatores importantes devem ser levados
em consideração.
Agora para termos uma idéia do temos hoje em utilização com relação aos
arranjos mais freqüentes, podemos citar que:
Neste tipo de arranjo, para cada dois circuitos existe um disjuntor de reserva,
conseguindo-se deste modo, grande segurança e confiabilidade de serviço. A ocorrência
de defeito ou manutenção em um barramento não provoca o desligamento de qualquer
dos circuitos, ou seja: uma dupla contingência retirará apenas dois circuitos inclusive
na hipótese de perda de um disjuntor e defeito na barra oposta ao mesmo (neste caso a
continuidade de serviço será mantida - pelo disjuntor central). Este arranjo é o mais
indicado para subestações seccionadoras, principalmente em Sistemas de EAT, onde a
continuidade do fluxo de energia é muito importante, por razões de estabilidade do
Sistema. A contingência simples, correspondente à falha no disjuntor central, retirará
dois circuitos de serviço. O número de disjuntores é 3/2 de N ou 1 e ½ de N (sendo N o
número de circuitos), o que determina a designação do arranjo. A saída das duas barras
permite o funcionamento do circuito completo, desde que as fontes estejam casadas
com as cargas. A instalação deste arranjo é muito dispendiosa e normalmente exige três
níveis de barramento. Os disjuntores devem ser dimensionados para o dobro da
corrente. O arranjo opera com todos os disjuntores ligados.
TENSÃO ARRANJO
3 Disjuntores
3.1 Disjuntores AT
Inicialmente, na posição (a), o pólo apresenta os seus contatos fechados por onde
circula determinada corrente elétrica, cuja resistência é formada basicamente pela
pressão dos contatos metálicos, resultando numa pequena perda por efeito Joule. No
instante inicial do movimento do contato móvel, a pressão entre os contatos diminui,
aumentando-se, conseqüentemente, a resistência elétrica entre eles e conduzindo a
corrente a circular apenas por algumas saliências existentes nas superfícies dos contatos.
Isso acarreta grandes perdas ôhmicas, elevando consideravelmente a temperatura das
superfícies condutoras, o que pode ser observado na posição (b).
É bom lembrar, também, que, ao se ligar um disjuntor ou mesmo uma chave sob
pressão de mola, por exemplo, há uma deformação elástica e plástica dos contatos.
Como conseqüência da deformação elástica, há um processo de recocheteamento dos
contatos, que pode repetir-se várias vezes, e somente cessa quando toda a energia
cinética do mecanismo do contato móvel transforma-se em calor.
O arco pode atingir cerca de 4.000 K na sua periferia, podendo chegar apro-
ximadamente a 15.000 K no seu núcleo. Os valores dessas temperaturas podem variar
em função do meio extintor.
Nesse processo são utilizadas duas bobinas, excitadas pela corrente do circuito a
ser interrompido, cujo campo magnético resultante provoca o deslocamento do arco
para o interior da câmara desionizante, fracionando-o, resfriando-o e extinguindo-o na
primeira passagem da corrente pelo zero natural.
Os tipos construtivos dos disjuntores dependem dos meios que utilizam para
extinção do arco. Existe no mercado uma grande quantidade de marcas e tipos de
disjuntores empregando as mais variadas técnicas, às vezes particulares para certas
aplicações.
(a) (b)
Figura 3.4 – (a) câmara de extinção de arco. (b) vista externa-interna de um disjuntor a
grande volume de óleo de fabricação Sace
Cada pólo é dotado de um bujão superior para enchimento e inferior para a drenagem do
óleo isolante, cujo nível pode ser controlado através de um visor de material
transparente, instalado na altura da câmara de expansão.
De acordo com a Figura 3.6, pode-se observar três momentos distintos da operação de
um disjuntor. Na Figura 3.6a, o disjuntor está na posição ligado, em que os contatos fixo
e móvel estão solidamente unidos no interior da câmara. Ao se proceder a operação de
abertura, o contato móvel é levado para a parte inferior do pólo, o que provoca, nesse
instante, a formação do arco no interior da câmara. Então, certa quantidade de óleo flui
da parte inferior do pólo através do interior da haste oca do contato móvel e é injetada,
por meio dos orifícios múltiplos, contidos no cabeçote do próprio contato móvel, sobre
o arco em formação, o que ocorre na posição da Figura 3.6b. Se a corrente a ser
interrompida for de pequeno valor, não importando sua origem ser de carga indutiva ou
capacitiva, a extinção do arco é efetuada normalmente nessa fase. Porém, quando o
disjuntor está submetido a uma corrente de curto-circuito, o arco não se extingue nessa
fase, penetrando na parte inferior da câmara à medida que a haste do contato móvel se
desloca para baixo. Os gases, até então formados no compartimento superior da câmara,
se encaminham para a câmara de alta pressão. Enquanto isto, na parte inferior da
câmara, forma-se uma bolha de gás de alta pressão, constituída de metano, hidrogênio e
acetileno, que é impedida de passar entre o cabeçote e as laterais internas da base da
câmara, forçando o deslocamento do óleo contido no espaço inferior com intensa
pressão através do canal anular, atingindo o arco em todas as direções (360º), conforme
se pode observar na Figura 3.6c. Nessa condição, o óleo que é injetado transversalmente
sobre a coluna do arco provoca o seu resfriamento nesse ponto de aplicação, e,
conseqüentemente, a sua extinção na primeira passagem da corrente pelo zero natural.
São assim denominados os disjuntores que, dada a sua construção, devem ser
instalados em cubículos de alvenaria ou metálicos devido à exposição de seus
componentes ativos e cujo grau de proteção é IP00. São os disjuntores mais
comercializados em instalações industriais de pequeno e médio portes. Apresentam o
aspecto construtivo mostrado na Figura 3.7. Normalmente, são instalados em lugares
abrigados. São montados em suportes metálicos do tipo perfil L assentados sobre quatro
rodas também metálicas que têm a função apenas de deslocamento para retirada do
equipamento do cubículo. Quando em operação, a sua base deve ser fixada ao solo
através de parafusos chumbadores.
câmara de extinção;
mecanismo de operação;
sopradores;
invólucro metálico.
a) Dupla pressão
b) Autocompressão
c) Arco girante
a) Seqüência O-t-CO
onde:
b) Seqüência O-t-CO-t-CO
Onde:
R1 e X1 representam a resistência e a reatância do primário
R2 e X2 representam a resistência e a reatância do secundário
Rf e X0 representam a resistência e a reatância equivalentes ao consumo do núcleo
magnético, quando a f.e.m. desenvolvida no secundário é E2.
O circuito equivalente nos indica as formas pelas quais poderemos estudar tanto
os transformadores de potencial (TP) como os de corrente (TC).
sinal de dois pontos (:) deve ser usado para exprimir relações nominais, como,
por exemplo: 300:1;
o hífen (-) deve ser usado para separar correntes nominais de enrolamentos
diferentes, como, por exemplo: 300-5 A, 300-300-5 A (dois enrolamentos primários),
300-5-5 (dois enrolamentos secundários);
o sinal (x) deve ser usado para separar correntes primárias nominais, ou ainda
relações nominais duplas, como, por exemplo, 300 x 600-5A (correntes primárias
nominais) cujos enrolamentos podem ser ligados em série ou paralelo;
a barra (/) deve ser usada para separar correntes primárias nominais ou relações
nominais obtidas por meio de derivações, efetuadas tanto nos enrolamentos primários
como nos secundários, como, por exemplo: 300/400-5 A, ou 300-5/5 A.
Ptc 200
ZS = = 2 = 8Ω
I S2 5
Deve-se frisar que, quando a corrente secundária nominal é diferente de 5 A, os
valores das cargas devem ser multiplicados pelo quadrado da relação entre 5A e a
corrente secundária nominal correspondente, para se obter os valores desejados dos
referidos parâmetros.
Diz-se que um TC tem classe de exatidão 10, por exemplo, quando o erro de
relação percentual, durante as medidas efetuadas, desde a sua corrente nominal
secundária até 20 vezes o valor da referida corrente, é de 10%. Este erro de relação
percentual pode ser obtido através da equação (5.19):
Ie
εp = × 100
Is
onde
Is - corrente secundária em seu valor eficaz;
Ip - corrente de excitação correspondente, em seu valor eficaz.
Classe B são aqueles cujo enrolamento secundário apresenta reatância que pode
ser desprezada. Nesta classe, estão enquadrados os TC´s com núcleo toroidal, ou
simplesmente TC´s de bucha;
classe A são aqueles cujo enrolamento secundário apresenta uma reatância que
não pode ser desprezada. Nesta classe, estão enquadrados todos os TC´s que não se
enquadram na classe B.
a) Ensaios de rotina
tensão induzida;
tensão suportável à freqüência industrial;
descargas parciais; polaridade; exatidão;
fator de potência do isolamento;
resistência mecânica à pressão interna.
b) Ensaios de tipo
c) Ensaios especiais
relação de transformação;
nível de isolamento;
tensões suportáveis à freqüência industrial e a impulso atmosférico;
tipo: encapsulado em epóxi ou imerso em líquido isolante.
sinal de dois pontos (:) deve ser usado para representar relações nominais, como
por exemplo 120:1;
o hífen (-) deve ser usado para separar relações nominais de enrolamentos
diferentes, como por exemplo: 13.800-115V e 13.800/.'
45-115V;
sinal (x) deve ser usado para separar tensões primárias nominais e relações
nominais de enrolamentos destinados a serem ligados em série ou paralelo, como por
exemplo: 6.900x 13.800 - 115 V;
a barra (/) deve ser usada para separar tensões primárias nominais e relações
nominais obtidas por meio de derivações, seja no enrolamento primário, seja no
enrolamento secundário, como por exemplo: 13.800/(3)1/2 V - 11511151V3, que
corresponde a um TP do grupo 2 ou 3, com um enrolamento primário e um enrolamento
secundário com derivação.
A soma das cargas que são acopladas a um transformador de potencial deve ser
compatível com a carga nominal deste equipamento padronizada pela NBR 6853/81 e
dada na tabela a seguir.
para circuitos muito longos, que podem ocasionar erros de medida, como se estudou
anteriormente.
4.2.6 Polaridade
5 Chaves
5.1.1 Seccionadores
Figura 5.5 - Aspecto construtivo seccionadores com buchas passantes para uma
chave de 17,5 kV e 600 A.
As hastes isolantes servem para permitir a operação simultânea das três fases, o
que seria impraticável somente com os cartuchos fusíveis. Quando atua um elemento
fusível, o cartucho é acionado da sua posição original, indicando a ruptura do elo
fusível. Como a haste isolante não permite a continuidade do circuito, a instalação passa
a operar com apenas duas fases, desde que não se disponha de elementos de proteção
adequados.
Este conjunto é formado por uma chave tripolar, comando simultâneo das três
fases, podendo ser acionada manualmente através de um mecanismo articulado que
libera a força de uma mola previamente carregada, ou então, através de um dispositivo
percussor de que dispõem os fusíveis de alta capacidade de ruptura, atuando sobre o
sistema de bloqueio da mola.
Quando qualquer fusível se funde, o seccionador opera as três fases, não permitindo o
funcionamento da instalação em duas fases, ao contrario do seccionador fusível.
os seccionadores semipantográficos;
os seccionadores basculantes;
os seccionadores semibasculantes.
Características Elétricas
Tensão nominal é aquela para a qual o seccionador foi projetado para funcionar
em regime contínuo, e deve ser igual à tensão máxima de operação prevista para o
sistema em que será instalado.
Os valores de corrente nominal padronizados pela ABNT são: 200 - 400 600 -
800 - 1.200 - 1.600 - 2.000 - 2.500 - 3.000 - 4.000 - 5.000 e 6.000 A.
a) Sobrecarga contínua
Uma outra maneira de definir uma sobrecarga contínua diz que é a corrente de
qualquer valor superior à corrente nominal do seccionador, que é capaz de conduzi-la
durante um período de tempo suficientemente longo para permitir a estabilização de sua
temperatura de operação.
tensão nominal;
corrente nominal;
freqüência nominal;
corrente nominal suportável de curta duração; duração da corrente suportável de
curto-circuito; valor de crista nominal da corrente suportável;
tensão de operação dos circuitos auxiliares;
tensão nominal dos dispositivos de comando.
6 Pára-raios
Para que se protejam os sistemas elétricos dos surtos de tensão, que também
podem ter origem durante manobras de chaves seccionadoras e disjuntores
(sobretensões de origem interna), são instalados equipamentos apropriados que reduzem
o nível de sobretensão a valores compatíveis com a suportabilidade desses sistemas.
Esses equipamentos protetores contra sobretensões são denominados pára-raios. Como
alternativa, também, são utilizados os descarregadores de chifre, cujo desempenho é
inferior ao dos pára-raios, mas satisfazem plenamente os sistemas rurais, onde se
buscam custos de construção e manutenção cada vez menores.
a) Corpo de porcelana
b) Resistores não-lineares
c) Centelhador série
d) Desligador automático
São assim denominados os pára-raios que utilizam como resistor não linear o
óxido de zinco (ZnO) e, ao contrário dos pára-raios a carboneto de silício, não possuem
centelhadores série como mostra a Figura 6.2. Estes pára-raios são constituídos -
basicamente das seguintes partes:
a) Corpo de porcelana
b) Resistores não-lineares
Ao longo dos anos, várias teorias foram desenvolvidas para explicar o fenômeno
dos raios. Atualmente tem-se corno certo que a fricção entre as partículas de água e gelo
que formam as nuvens, provocada pelos ventos ascendentes, de forte intensidade, dão
origem a uma grande quantidade de cargas elétricas. Verifica-se experimentalmente que
as cargas elétricas positivas ocupam a parte superior da nuvem, enquanto as cargas
elétricas negativas se posicionam na sua parte inferior, acarretando, conseqüentemente,
uma intensa migração de cargas positivas na superfície da terra para a área
Não se tem como precisar a altura do encontro entre estes dois fluxos de carga
que caminham em sentidos opostos, mas acredita-se que seja a poucas dezenas de
metros da superfície da terra.
Figura 6.4 – Processo de formação das descargas atmosféricas. (a) descarga piloto; (b)
descarga de retorno; (c) descarga no interior da nuvem; (d) descargas reflexas ou
secundárias.
97% < 10 kA
85% < 15 kA
50% < 30 kA
20% < 50 kA
9.4% < 80 kA
Os pára-raios de classe secundária são fabricados para uma tensão de até 660V e
têm pouca utilização em sistemas industriais, cabendo mais especificamente à entrada
de consumidores de baixa tensão de algumas concessionárias de energia elétrica.
Vm − Vd
D= ×C
K
onde
Nas Figuras 6.5 e 6.6 são mostrados dois tipos comuns de localização de pára-raios.
7 Transformadores de Potência
Cabe aos montadores muito cuidado para evitar, nessa ocasião, a formação
de partículas condutoras ou isolantes que venham prejudicar as características
dielétricas do óleo mineral isolante.
que a parte isolante esteja isenta de gases. Para isso o transformador deve
ser mantido sob condição de vácuo antes de se proceder ao enchimento;
que o óleo esteja a uma temperatura suficientemente elevada para não
degradar as suas características químico-físicas e não absorver umidade.
Além dos cuidados anteriormente descritos, muitos outros devem ser obser-
vados, principalmente quando se trata de transformadores de grande porte.
É aquela em que se ligam os terminais das bobinas entre si (um fim de uma
bobina ao início da outra), permitindo a alimentação em cada ponto de ligação. A
tensão que se aplica entre dois quaisquer destes pontos é chamada tensão de linha,
e a corrente que entra em quaisquer destes pontos é chamada similarmente de
corrente de linha. A corrente que circula em quaisquer das bobinas é denominada
corrente de fase. Neste tipo de ligacao tem-se.
Vl = V f
Il = 3 ⋅ I f
alumínio, com altura da chapa igual à altura da bobina. A isolação da chapa é feita
com produto inorgânico à base de resina. O conjunto sofre um tratamento térmico
específico de sorte a se obter a polimerização da isolação, que resulta na união das
diversas camadas, formando um bloco sólido e mecanicamente robusto. No caso de
bobinas primárias, a utilização de fitas de alumínio, resulta na construção de
enrolamentos mecanicamente resistentes e isentos de absorção de umidade. Com os
enrolamentos secundários em chapa de alumínio obtém-se uma elevada resistência
mecânica, necessária às altas solicitações devido às correntes de curto-circuito.
7.6.1 Tanque
7.6.3 Secador de ar
Transformadores selados são aqueles que têm uma camada de gás inerte
entre a tampa e o nível do líquido isolante, e quando este se expande, como
resultado de um aquecimento devido à carga, a camada de gás é comprimida,
exercendo um grande esforço no tanque. Nesse caso, todas as gaxetas e acessórios
que se ligam ao interior do transformador devem ser dimensionados para operar
nessas condições de sobrepressão, tais como termômetros, válvulas, buchas etc. O
limite prático de potência para construção destes transformadores é cerca de 2.000
kVA. São próprios para operar em ambientes agressivos ou extremamente úmidos
onde o uso do secador de ar é desaconselhável.
O óleo mineral deve estar livre de impurezas, tais como umidade, poeiras e
outros agentes que afetam sensivelmente o seu poder dielétrico, que não deve ser
inferior a 30 kV/mm. Contudo, o tempo provoca um processo de envelhecimento
do óleo, que resulta na formação de ácidos que são prejudiciais aos materiais
7.6.5 Derivações
Placa de identificação
Todo transformador deve possuir uma placa que identifique as suas princi-
pais características elétricas e funcionais.
7.6.6 Termômetro
(a) (b)
REFERÊNCIAS