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FECAP(FUNCAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ALVARES PENTEADO)

FELIPE CREATTO MATSUMOTO-17020070

RESENHA CRÍTICA DOS CAPÍTULOS 5 E 6 DO LIVRO “POR QUE AS NAÇÕES


FRACASSAM
Qual a diferença entre uma nação inclusiva e uma extrativista? Uma nação
com a economia inclusiva, ela incluí segurança da propriedade privada,
imparcialidade judicial, condições igualitárias. Além disso elas prezam pela
prosperidade econômica, e o aumento da produtividade. Enquanto na economia
extrativista há uma concentração de poder de uma pequena elite, que se beneficia a
custa do resta da população.
No começo da historia, sabemos que não haviam civilizações sedentárias,
todos eram nômades. Os natufianos foram os primeiros povos registrados
sedentários. De acordo com o capítulo cinco da livro por que as nações fracassam,
isso não foi devido ao clima da região ou as espécies de plantas que lá existiam, e
sim por ter existido uma inovação institucional, onde houve a concentração do poder
sobre uma grupo restrito.
Por essa ser uma inovação institucional, os natufianos tiveram grandes
avanços para a sociedade, no entanto não sustentável, provavelmente por conflitos
internos por outros grupos para assumir a elite poderosa.
Outro caso análogo a esse, é a civilização maia. Na civilização maia
pudemos ver uma dinastia reinada por mais de 400 anos. Que foi quando eles
cresceram de forma impressionante. Os principais motivos para tal crescimento foi o
desenvolvimento tecnológico, eles na época faziam cimento, o que possibilitou a
construções de residências mas fortes e protegidas. Além disso eles baseavam-se
na especialização ocupacional, ou seja, eles tinham a divisão de trabalho, onde cada
individuo focava em aprender e ser o melhor em uma área especifica da produção.
Porém nem tudo é um mar de rosas para os maias. Após a dinastia de 400
anos, provavelmente derrubada por outra elite, que queria ascender-se até o poder,
não houve mais progresso, ao contrario, aconteceu um regresso da civilização. A
teoria mas provável é que tivessem ocorrido varias guerras de pequenas elites
querendo dominar o poder. Devido a grande extensão e população atingida por essa
população, provavelmente, uma vez que foi visto o declínio de uma dinastia imposta
por séculos, outras elites viram a oportunidade de se erguerem, o que tivesse
causado o fim da civilização maia.
Outra nação citado no livro é o povo bushong, que é comparado com o povo
lele, devido a localização deles um de frente para o outro e separados pelo rio
Cassai. A comparação eh realizada a partir do desenvolvimento econômico dos
bushong enquanto os lele continuavam sem avanços tecnológicos ou institucional.
Enquanto os lele produziam para a própria subsistência os bushong produziam em
uma escala maior para a comercialização.
Mas por que tanta diferença se eles estão localizados em lugares similares
divididos por um rio? Bom essa diferença se da pelo fato dos bushong terem um
poder centralizado pelo rei Shyaam, que por suas ordens, reorganizou a agricultura
local, implantou técnicas de rotação de terra e exigiu que plantassem alimentos que
os dessem lucros, que eram os alimentos produzidos nas américas.
O reino de shayaam não teve um fim como os outros, no entanto ele não
estendeu as tecnologias da época, ele se contentou com a agricultura apenas. Por
se tratar da década de 50, a maior parte dos países já eram industrializados,
portando ele estabeleceu um avanço essa pequena área devido ao atraso
tecnológico e informativo de lá.
Diferentemente dos bushong a União Soviética(URSS) teve um alto avanço
no crescimento populacional absurdo, cerca de 6% ao ano. Mas como eles
conseguiram isso, sendo que eles já tinham um governante? Bom, Stalin, assumiu
os status de Lenin. Para assegurar o crescimento industrial, pois só assim
conseguiriam competir com outros países que já eram industriais a muito mais
tempo, ele teve que fazer um realojamento de recursos, uma vez que o pais era de
agricultura, agora essas pessoas vão trabalhar nas fabricas. Para isso, foi preciso
coletivizar a agricultura, ou seja, não existiria mais propriedade privada, tudo era um
grande campo do estado. Assim ele pudera usar os alimentos produzidos para
alimentar os trabalhadores das fabricas.
As consequências disso foram desastrosas ao meu ver, pois com a saída de
milhares de agricultores para trabalhar nas fabricas, a produção de alimentos caiu
muito, e como tais alimentos era redistribuídos pelo Estado, muitos dos
camponeses(cerca de 6 milhões) morreram de fome, sem contar outros que lutavam
por comida.
Mesmo com a agricultura não muito bem as ideia de Stalin estavam indo
bem, alias ele estava sendo apontado por outros países como o futuro, pois eles
mantinham o pleno emprego. Bom sobre o pleno emprego que diziam existir por lá,
eu não chamo assim eu chamaria de seleção natural, pois para que ocorresse tal
“pleno emprego” foi preciso milhões de mortes e deportados, então só estavam por
lá aqueles que realmente eram fortes e inteligentes para suportar tudo que foram
obrigados a passar.
Além disso, tinha a expectativa de bater os Estados Unidos ate 2002. Foram
implantados diversos esquemas de metas industriais, tanto para os trabalhadores
quanto aos lucros das fabricas. No entanto, foram varias tentativas de suceder as
fabricas e nenhuma teve sucesso a longo prazo, pois, por ser uma instituição
extrativista, ela não poderia deixar que existisse muita liberdade de trabalho, caso
contrario ela daria poder a outras elites que poderiam querer derrubar a
centralização de poder, lá existente.
No entanto, quando Gorbachev abandonou a instituição econômica do pais,
todos os planos e inclusive a URSS caiu, ou seja, era a instituição econômica que
estava sustentando tal avanço. Com a saída de Gorbachev, o ponto fraco da União
Soviética estava exposto, e sim, foi a baixo.
Bom, este capítulo mostra que não é possível uma nação obter sucesso
tendo como base a instituição extrativista. Mas a pergunta é: O que é o sucesso? O
sucesso para o escritor, é o sucesso capitalista, onde a ascensão é dada pelo
acúmulo capital, avanços tecnológicos, potencias militares, e tudo isso que nós
vivemos hoje. No entanto, não temos sucesso com o próximos, estamos nos
tornando cada vez mais egoístas, inclusive com nós mesmos. Não ligamos mais
para nossas vontades, e sim para o que os outros vão achar da gente se a gente
fizer isso ou aquilo, como que eu vou conseguir ser alguém na vida se eu não fizer
isso. Hoje vivemos em um mundo chato, cheio de proibições, onde ninguém cuida
de ninguém, e esse é o sucesso que estamos falando.
Indo além, existe uma tal de dúvida hiperbólica proposta por descartes, que
diz que precisamos colocar tudo em duvida para poder gerar conhecimento. Por
isso, não se pode afirmar com certeza que todas as instituições extrativistas vão
fracassar, e também não se sabe se as instituições inclusivas vão ter sucesso, pois,
não existe registros hoje de uma instituição que segue as regras da instituição
inclusiva 100%, sempre existe uma certa desigualdade.
Em suma, o autor nos apresenta vários exemplos de instituições extrativistas
que fracassaram no passado, e alega que tal instituição não tem proporções para
obter sucesso. Contudo, não podemos fazer tal afirmação, porque a duvida
hiperbólica sempre vai existir. E ainda, podemos afirmar que o sucesso para os
olhos de um pode não ser o sucesso para outros.
No capitulo seguinte, o autor aborda, a principio, algumas civilizações que
foram por certo tempo uma instituição econômica inclusiva, como no caso de
Veneza e o império romano.
Sobre Veneza, que talvez fosse o lugar mais rico do mundo, era o mais
avançado na questão de instituição econômica inclusiva. A cidade apresentava altos
índices de crescimento populacional, chegando a ter ate 110 mil habitantes.
Ela era uma instituição inclusiva, pois, apresentava a commenda, que
permitia que novas famílias ascendessem por meio do comércio, e assim obrigava
ter um sistema politico mais aberto para o povo. Nela existia também a Assembleia
Geral, onde, reunia todos os cidadãos para escolher um doge, que governava a
cidade vitaliciamente.
Com esse poder vitalício do doge, foi necessário abrir o Conselho Ducal,
que garantia de o doge não adquirisse poder absoluto sobre a região. Com tal
ascensão das famílias, as elites que por lá já estavam por muito tempo governando,
sentiram-se ameaçados de perder seu poder politico sobre a cidade. Por isso foi
aberto o Conselho dos Quarenta, que era estritamente controlado pela elite, e eles
tinham o poder de veto no Grão Conselho. A partir daí, podemos notar uma
mudança para a adoção da instituição economia extrativista.
No entanto os excluídos da nobreza não deixaram seus direitos que tinham
antes serem retirados sem lutar, e então tivemos uma queda de Veneza.
A historia de Roma não é muito diferente da de Veneza. O que vai
diferenciar é a extensão de Roma por ser um império. Em Roma todos os cidadãos
tinham direito de voto, pela Assembleia dos plebeus, onde eles podiam eleger o
tributo da peble, que podia vetar as iniciativas dos magistrados, propor leis. Os
plebeus tinham um poder muito grande em Roma, tanto que eles colocaram Tibério
Graco no poder. Este, bateu de frente com os demais senadores, a elite, pois ele
gostaria de uma melhor distribuição das terras e direitos dos cidadãos comuns.
Embora Tibério estivesse no poder, a decisão da elite era mais forte, porque era ela
quem dominava a economia e a política. Assim aos poucos deixavam de ser uma
instituição inclusiva e começam a ser extrativistas.
O território do império romano era muito extenso, então para proteger suas
fronteira, então os camponeses, esses além de trabalharem para a própria
subsistência também eram soldados, protegiam as fronteiras. No entanto nos
períodos de guerras eles eram obrigado a sair de suas terras, assim deixando-as
abandonadas por um longo período, o que faziam as propriedades serem
abandonadas. E a família desses camponeses acabavam ficando muito endividados
o que fazia com que eles abandonassem as terras, que eram absorvidas pelos
latifúndios dos senadores. Isso fez com que a desigualdade fosse crescendo cada
vez mais e mais em Roma, pois os soldados sem terem para onde voltar acabavam
ficando na capital, onde estava aglomerado toda a pobreza.
Embora, outros tiranos tentaram reestabelecer a república em Roma,
nenhum obteve sucesso. Com isso varias guerras civis foram registradas, devido a
insatisfação da população romana, que apoiavam aqueles que reivindicava por seus
direitos.
A medida que o império romano foi crescendo, o poder era cada vez mais
concentrado nas mãos da elite e o direito de propriedade era menos seguro, as
propriedades estatais se expandiram devidos confiscos e abandono de terra, como
dito anteriormente. Com isso cresceu a insegurança dos direitos de propriedade e o
desmanche dos direitos econômicos do cidadão, seguindo-se ao de seus correlatos
políticos, foram acompanhados de declínio econômica inevitável.
Com a decadência do império romano, foi adotado a politica do pão e circo,
para que pudesse distrair os plebeus e assim amenizar a situação tensa, que entre
tempos e tempos acontecia uma guerra civil. Mas com todas as invasões e guerra
por território Roma foi diminuindo cada vez mais pois n existia aquele exercito forte
como antes, ate que já não era mais o império romano. E as lutas constantes pelo
poder enfraqueceu cada vez mais, ate que teve sua decadência, como a civilização
maia.
Talvez o sucesso de uma nação não esteva em ser inclusiva ou extrativista,
talvez devêssemos olhar para o individuo.
Em todos os exemplos citados pelo autor, em minha opinião, não foi o tipo
de instituição econômica foi adotada. Tanto inclusiva como extrativista, o resultado
foi o mesmo devido a ambição da elite. Ou seja, não tem como existir uma
instituição estritamente inclusiva enquanto houver desigualdade social.
Ambição, tem como significado um forte desejo de poder e de riqueza. Até
hoje, qualquer pais que se diga inclusivo, não tem caráter inclusivo, pois a
desigualdade está presente. Mesmo na democracia, onde o povo é o poder, pelo
menos em teoria, a elite domina a massa populacional. Eles dão poder ao povo, até
o ponto que não atinja eles. Como ocorrido em Roma. Podemos observar hoje em
dia, vários atos de protestos contra alguma lei ou situação ocorrida. Podemos
perceber que os cidadãos não são ouvidos pelos governantes, e os representantes
do povo como deputados e senadores, não os representam. Uma vez que estão no
poder, grande maioria é manipulado, corrompido, pela elite.
Enfim, não podemos chegar ao sucesso de uma nação enquanto houver a
desigualdade social, pois esta desperta a ambição do ser, poder atrai mais poder,
portanto o único jeito para podermos alcançar a instituição econômica inclusiva é
achar um modo de acabar com a desigualdade.

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