Você está na página 1de 8

Como Combinar Indicadores de Análise Técnica

Existem muitos indicadores de análise técnica amplamente utilizados pelos analistas


para estudar o comportamento dos mercados e até mesmo fazer previsões de preços.

Não existe fórmula mágica que assegure o lucro. Mas utilizar indicadores de
análise técnica com consistência é uma garantia de que o investidor será bem
sucedido em sua estratégia de investimentos.

Aqui você irá aprender como combiná-los e entender as particularidades da


cada categoria de indicadores. Recomendo ainda que faça alguns
experimentos práticos em nossa plataforma de análise técnica.

O que são indicadores de análise


técnica?
Indicadores de análise técnica são séries de valores derivados da aplicação de
uma fórmula sobre a série de preços de uma ação.

A série de preços pode considerar qualquer combinação de critérios, como


valores de:

 Abertura (Open – O)
 Fechamento (Close – C)
 Máxima (High – H)
 Mínima ( Low – L)
Além de poder ser utilizado qualquer intervalo de tempo entre os valores: 1
minuto, 1 hora, 1 dia, 1 ano, etc..

Existem indicadores que consideram somente o preço de fechamento. Existem


outros que incorporam o volume e outros elementos em sua fórmula.

Os indicadores de análise técnica são utilizados amplamente há décadas. Sua


eficácia é comprovada por diversos investidores que baseiam seus sucesso em
estratégias bem construídas e consistentes. Uma vez que os
indicadores oferecem uma diferente perspectiva sobre a força dos movimentos
e da direção dos preços.

De modo geral os indicadores têm 3 funções principais:

1. Alertar
2. Confirmar
3. Prever

Cada indicador tem a sua limitação e a sua particularidade. A escolha do


conjunto de indicadores que serão utilizados na análise é muito pessoal. De
modo geral, a grande maioria dos indicadores populares podem ser
enquadrados em 5 categorias, de acordo com o que cada um leva em conta na
sua formação:

I. Médias Móveis

II. Tendência

III. Momento

IV. Volatilidade

V. Volume (Força de Mercado)


Cada uma destas categorias têm fórmulas com abordagens diferente sobre o
comportamento do preço dos ativos. É importante que o investidor considere
indicadores de diferentes categorias em suas análises.

O indicador mais apropriado irá variar do momento de mercado e do ativo que


está sendo analisado. Porém, mais importante do que escolher o indicador
ideal é conhecer bem a ferramenta que você estará utilizando.

Vale lembrar que é redundante o investidor escolher indicadores da mesma


categoria. Como, por exemplo, escolher o Estocástico e o IFR (Índice de Força
Relativa) simultaneamente.

Vamos abordar cada uma dessas categorias com mais detalhes; vamos
explicar qual a particularidade que faz o indicador se encaixar em cada uma.
Assim você terá melhores condições de definir qual a combinação ideal para
suas análises gráficas.

I. Médias Móveis
As médias móveis são os indicadores de análise técnica mais conhecidos e
mais amplamente utilizados. Entre outras, nesta categoria estão a média móvel
simples e a média móvel exponencial.

O uso destes indicadores é simples. Por isso eles são o ponto de partida ideal
para um iniciante em análise técnica. Elas consideram os preços de períodos
anteriores para suavizar os movimentos dos preços atuais, para assim apontar
um movimento menos volátil no comportamento dos ativos.

Por considerar preços anteriores, as médias móveis são consideradas


indicadores de análise técnica defasados (lagging indicators), ou seja, elas não
serão os indicadores que darão os sinais de compra e venda com mais
antecedência. Elas seguem a tendência com perfeição, porém não são os
indicadores mais rápidos.

Seu uso é ideal para mercados em forte tendência, porém podem ser bastante
limitados e dar falsos sinais quando o mercado opera sem um tendência
definida (mercado andando de lado).

Na imagem abaixo, observe um exemplo de uso da média móvel exponencial


(MME), em um mercado com tendência de alta bem definida (IBOV entre 2005
e 2008). Perceba como a MME de longo prazo (200 períodos) é respeitada
diversas vezes.

Veja um outro exemplo de uso da média móvel exponencial em um mercado


sem tendência definida (IBOV entre 2009 e 2012). Note como a mesma média
móvel exponencial não é respeitada e diversos falsos sinais de rompimento
ocorrem.
II. Indicadores de Tendência
Investidores repetem com frequência que a “tendência é sua melhor amiga” e
eles estão corretos.

Seguir tendências é o modo mais simples de garantir trades lucrativos, e para


isso você deve ter um rígido controle de quando uma tendência começa e
quando ela termina.

Os indicadores de análise técnica que levam em conta os movimentos dos


preços (alta ou baixa) são ideais para isso e portanto estão nesta categoria. O
uso destes indicadores é fácil, de modo que após dominar o uso de médias
móveis, o investidor deve procurar dominar o uso dos indicadores de
tendência.

Entre outros, nesta categoria estão o MACD, o SAR Parabólico, o Aroon e


o Índice de Movimento Direcional.

Veja a figura o comportamento destes indicadores quando a tendência de alta


ganha força:
III. Indicadores de Volume (Força
de Mercado)
O preço de uma ação pode variar acima de 10% em um dia de pregão. Mas se
isso não ocorre com um volume significativo, existe motivo para acreditar que
esta alteração no valor pode ser decorrente de alguma operação pontual e não
por uma real alteração na percepção de valor da empresa.

O volume ajuda a definir quando um movimento no preço é realmente


relevante. Em geral grandes variações acompanhadas de um aumento
significativo no Volume são variações que possuem algum fundamento e não
devem ser revertidas tão rapidamente.

Os indicadores de análise técnica nesta categoria buscam avaliar a quantidade


de dinheiro que entra ou sai de uma ação, medindo a força compradora e
vendedora.

Entre outros indicadores podemos citar: o On Balance


Volume (OBV), Acumulação/Distribuição(ADL) e o Oscilador de Chaikin.

Veja na figura o comportamento destes indicadores quando o Volume aumenta


e quando ocorrem grandes variações no preço:
IV. Indicadores de Volatilidade
As empresas e os mercados passam por épocas turbulentas, com incertezas e
dificuldades operacionais, e por momentos de maior certeza, em que seus
mercados e operações estão estáveis.

Estes fatores afetam nas oscilações do preço das ações, de modo que há
períodos onde os preços podem variar 10%, enquanto há períodos onde o
preço pode variar 1%.

O indicadores de análise técnica que consideram essas variações estão na


categoria dos indicadores de volatilidade.

Estes indicadores ajudam o investidor a determinar o que esperar no


comportamento dos preços de determinada ação, com base no comportamento
recente. Entre suas utilidades variam desde ajudar a determinar quais
movimentos estão fora do padrão normal, até definir em qual valor um stop-loss
deve ser posicionado.

Entre outros indicadores, estão neste grupo: as Bandas de Bollinger, Amplitude


de Variação (ATR), Canais de Keltner e Canais de Preço.

Veja na figura abaixo o comportamento destes indicadores quando a


volatilidade do ativo aumenta:
V. Indicadores de Momento
Os indicadores de momento de modo geral acompanham a taxa de variação
dos preços de um ativo: conforme o preço aumenta, a ação ganha momento.

Quanto mais rápido for este aumento, maior será o momento ganho. Conforme
o preço estabiliza, gradualmente o momento vai diminuindo. Desta maneira,
estes indicadores de análise técnica são muito úteis para determinar quando
pode estar ocorrendo uma situação de sobre compra ou sobre venda.

Por serem baseados em taxas de variações são considerados indicadores


adiantados (leading indicators). Ou seja, dão o sinal de compra ou venda mais
rapidamente. Isso os torna muito complementares aos indicadores defasados
(lagging indicators), como as médias móveis e os indicadores de tendência,
que podem confirmar os sinais dos indicadores de momento.

Entre outros indicadores, estão neste grupo o Índice de Força


Relativa, Estocástico e TRIX.

Veja na figura abaixo o comportamento de diversos indicadores de momento:


Espero que este artigo tenha sido útil e para garantir que você aprendeu, não
deixe de colocar em prática este conhecimento em nossa plataforma de análise
gráfica.

Caso tenha gostado deste artigo, não deixe de compartilha-lo em suas redes
sociais, será uma ótima forma de agradecimento!

Você também pode gostar