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A MESA DA COMUNHÃO

A participação na Ceia do Senhor é um imenso privilégio e uma


enorme responsabilidade. Esse não é um banquete qualquer. O
alimento oferecido nessa mesa da comunhão não é para nutrir
nosso corpo, mas para fortalecer nossa fé. Para assentar-se à
mesa é necessário estar vestido com as roupas alvas da justiça
de Cristo, pois não fazemos parte desse banquete por
merecimento, mas por graça. Somente aqueles que foram
libertos no sangue do Cordeiro de Deus estão aptos a se
alimentarem do Cordeiro. Participar desse banquete da graça
sem discernimento é comer e beber juízo para si. Comer do pão
e beber do cálice sem autoexame é participar indignamente. O
que precisamos fazer para participarmos da mesa da comunhão?

Em primeiro lugar, reconhecer que nossos pecados foram


julgados na cruz de Cristo. A nossa dignidade é a consciência da
nossa indignidade. Participamos da Ceia dignamente quando
compreendemos que nossos pecados foram punidos no corpo de
Cristo e ele morreu pelos nossos pecados para nos libertar da
condenação do pecado e nos purificar da contaminação do
pecado. Não podemos participar dignamente da Ceia a menos
que reconheçamos que foi por causa dos nossos pecados que
Jesus foi pregado na cruz e verteu o seu sangue.

Em segundo lugar, reconhecer que necessitamos ser sustentados


continuamente por Cristo. A obra de Cristo na cruz nos libertou
da condenação do pecado, mas precisamos nos apropriar
continuamente de Cristo para termos vitória sobre o poder do
pecado. A Ceia é um meio de graça. Por meio dessa participação
na Ceia somos fortalecidos com graça para uma vida de
santidade. Não podemos viver deliberadamente no pecado e ao
mesmo tempo participarmos desse banquete de forma digna.
Também não podemos fugir da Ceia por causa do pecado, mas
devemos fugir do pecado por causa da Ceia. Como nos
deleitaremos no pecado, se foi por causa do pecado que o Filho
de Deus morreu na cruz? Nós que fomos libertos pelo sangue do
Cordeiro uma vez por todas, precisamos nos alimentar do
Cordeiro continuamente.

Em terceiro lugar, reconhecer que precisamos amar e perdoar


nossos irmãos que conosco comungam na mesma mesa. Oh,
quão grave pecado é assentarmo-nos à mesa do Senhor
desprovidos de amor uns pelos outros! Oh, quão indigno é,
afirmarmos que somos membros uns dos outros, se abrigamos no
coração repulsa por aqueles por quem Cristo morreu! Oh, quão
perigoso é julgarmo-nos uns aos outros, em vez de julgarmo-nos
a nós mesmos? Oh, quão imprudente é examinarmos a vida dos
outros, em vez de examinarmo-nos a nós mesmos. Diante da
mesa do Senhor, não devemos apontar para os pecados dos
nossos irmãos, mas arrependermo-nos dos nossos próprios
pecados. Se em nosso coração houver qualquer outro
sentimento que não aquele que houve em Cristo Jesus, ao
participarmos da Ceia, haverá fraqueza em nós, em vez de
força. Haverá doença em nós, em vez de saúde. Haverá morte
entre nós, em vez de vida.

Em quarto lugar, reconhecer que somos uma só família e que


juntos iremos celebrar com Cristo o banquete celestial. A Ceia
do Senhor aponta para o passado, para a cruz, para o que Cristo
fez por nós. Aponta para o presente, para a presença espiritual
de Cristo entre nós. Mas, aponta também para o futuro, para o
Cristo que virá para nós. Então, sem qualquer muro de
separação, estaremos todos juntos, glorificados, para
participarmos, com alegria indizível, e sem qualquer mácula, do
grande banquete da salvação. Aquela será uma festa de gozo
indizível, de comunhão plena e de celebração permanente ao
Cordeiro de Deus!

Hernandes Dias Lopes

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