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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6

Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE


NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
NOVAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA: O uso do Google
Docs como Metodologia de Ensino

Dorcelina de Almeida Iubel1


Vânia de Fátima Matias de Souza 2

RESUMO: Este artigo traz resultados sobre como docentes e discentes do Ensino
Médio se apropriaram acerca do uso das Tecnologias aliadas ao processo de ensino
e aprendizagem. O objetivo desta iniciativa foi facilitar ou possibilitar o acesso às
Tecnologias de Informação e Comunicação – TIC’s. Como recurso metodológico,
utilizou-se da ferramenta Google Docs na construção coletiva de conhecimentos
entre discentes e docentes e estabeleceu a Copa do Mundo de 2014 como tema
gerador das atividades desenvolvidas durante instrumentalização e a
implementação. Neste processo houve interação, construção coletiva de
conhecimentos e avaliação com os docentes e discentes do segundo ano, matutino
no Ensino Médio do Colégio Estadual Arnaldo Busato – Ensino Fundamental e
Médio, do município de Guaporema – PR. Como resultados pode se afirmar que a
introdução do Google Docs como metodologia de ensino foi bem aceita pelos
discentes que gostaram da inovação para produzir seus trabalhos; já os docentes
acharam-no útil na preparação de avaliações e na aplicabilidade dos trabalhos.

PALAVRAS–CHAVE: Educação Física; Tecnologias na Educação; Google docs.

1. INTRODUÇÃO

A partir do ano de 2003, foram inseridos laboratórios de informática no ensino


público do estado do Paraná. Esta iniciativa tinha o propósito de possibilitar ou
facilitar o acesso às Tecnologias de Informação e Comunicação – TIC’s aos
docentes e discentes da Rede Pública. No entanto, ainda hoje, muitos envolvidos no
processo de ensin-aprendizagem desconhecem os benefícios que o uso da
informatização traz à vida escolar e social do sujeito e isto, consequentemente,

1
Professora licenciada em Educação Física pela FEFI – Faculdade de Educação Física do Norte do Paraná
(1986), com especialização em Didática – Fundamentos Teóricos da Prática Pedagógica pela Faculdade de
Educação “São Luís” (1998), especialização em Administração, Supervisão e Orientação Educacional pela
UNOPAR (2002) e faz parte do Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE - turma 2013. Atua como
professora da disciplina de Educação Física no Colégio Estadual “Arnaldo Busato” – Ensino Fundamental e
Médio, na cidade de Guaporema-Paraná.
2
Possui graduação em Pedagogia pela Faculdade Estadual de Educação Ciências e Letras de Paranavaí (2000)
e graduação em Educação Física pela Universidade Estadual de Londrina (2000). Especialização em
Psicopedagogia pela UNIVALE (2003). Mestrado em Educação Física pela Universidade Estadual de Maringá
(2009). Doutorado em Educação pelo Programa de Pós- Graduação em Educação pela Universidade Estadual
de Maringá-UEM (2014). Atualmente é professora do Departamento de Educação Física da Universidade
Estadual de Maringá. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Física Escolar, atuando
principalmente nos seguintes temas: infância, formação profissional; políticas públicas.
provoca sua desvalorização. Neste sentido, faz-se necessário pensar o uso das
TIC’s no cotidiano pedagógico como provedor de benefícios à instituição e,
principalmente, ao educando.
Com a inclusão digital, o acesso as TIC's se tornou algo presente no âmbito
escolar, o que gera evolução e melhorias, porém para muitos, o uso da internet se
resume ao acesso a redes sociais.
Nesse sentido, este projeto pretende incentivar a utilização da web 2.0
(ambiente de interação e participação que engloba inúmeras linguagens e
motivações) como metodologia de ensino. Para este incentivo, optou-se pelo uso do
Google Docs - um pacote de aplicativos que permite criar diferentes tipos de
documentos, apresentações, formulários e desenhos; editá-los em tempo real em
compartilhamento com outras pessoas e armazená-los juntamente com outros
arquivos. Estes processos são feitos on-line e gratuitamente como recurso
pedagógico. Sua utilização possibilita maior interação e colaboração síncrona na
construção do conhecimento, uma vez que permite pesquisar, discutir, construir e
ampliar o conhecimento, com facilidade e praticidade, despertando maior interesse
dos envolvidos no processo. Sob esta perspectiva, o desenvolvimento educacional
se torna consequência natural.
Destarte, busca-se com esta proposta de investigação responder aos
seguintes questionamentos: a) O que subjaz às justificativas dadas pelos docentes
para a não utilização do Laboratório de Informática? b) Será que, por meio do
aprendizado de software com acesso livre, os docentes vão auxiliar de maneira mais
eficaz os discentes diante de dificuldades de um determinado conteúdo? c) É
possível aguçar o interesse educacional a partir do uso de tecnologias?
Diante do exposto, o presente artigo tem por finalidade apresentar os
resultados de um trabalho realizado dentro do Programa de Desenvolvimento
Educacional (PDE), trabalho este cujo objetivo foi proporcionar condições
adequadas para utilização do pacote de aplicativos Google Docs a partir do evento
“Copa do Mundo”, promovendo interação, construção coletiva de conhecimentos e
avaliação com os docentes e discentes do segundo ano, período matutino do Ensino
Médio do Colégio Estadual Arnaldo Busato – Ensino Fundamental e Médio, do
município de Guaporema – PR. Para tanto, as ações foram organizadas da seguinte
forma:
a) apresentação da proposta à comunidade escolar;
b) instrumentalização dos docentes;
c) instrumentalização dos Discentes;
d) implementação com os Discentes.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA

Ao termo “informática na educação” foram atribuídos vários significados que


englobam, basicamente, a utilização do computador no processo educacional em
seus mais variados níveis e modalidades. No entanto, é essencial que o docente
tenha domínio sobre uso do computador em sua prática pedagógica, sabendo
discernir os conteúdos que utilizar nesta nova prática também pedagógica.
Oliveira (1997) afirma que:

A entrada dos computadores na educação, provavelmente, será propulsora


de uma nova relação entre os professores e alunos, uma vez que a
chegada desta tecnologia sugere ao professor um novo estilo de
comportamento em sala de aula, talvez, até, independentemente da forma
de utilização que ele faça deste recurso no seu trabalho [...] (OLIVEIRA,
1997, p. 92).

Diante disso, é interessante que o docente reflita sua prática pedagógica e


reconstrua de forma a atender as duas realidades impostas em seu âmbito escolar.
O que ele não pode é ficar estagnado no tempo, alheio àquilo que pode ser uma
excelente ferramenta educacional.
Todavia, conforme considera Kenski (2008), para o docente apropriar-se
destas tecnologias e tais mudanças é necessário:

O desenvolvimento de uma cultura informática é essencial na


reestruturação da gestão da educação, na reformulação dos programas
pedagógicos, na flexibilização das estruturas de ensino, na
interdisciplinaridade dos conteúdos, no relacionamento dessas instituições
com outras esferas sociais e com a comunidade de forma geral (KENSKI,
2008, p. 86).

A prática pedagógica utiliza o computador como meio para transmitir a


informação e Valente (2013) afirma, no entanto, que as escolas estão informatizando
os processos de ensino existentes, facilitando assim a implantação do computador
sem quebrar a dinâmica tradicional ali existente. Em contrapartida, o investimento
em formação é aquém ao esperado. Para utilizar o computador nesta abordagem,
basta o treinamento das técnicas dos softwares. Embora os resultados desta
abordagem deixem claro que as mudanças da sociedade são questionáveis.
Por outro lado, Valente (2013) também afirma que:

O uso do computador na criação de ambientes de aprendizagem que


enfatizam a construção do conhecimento apresenta enormes desafios.
Primeiro, implica em entender o computador como uma nova maneira de
representar o conhecimento. Segundo, requer a análise cuidadosa do que
significa ensinar e aprender, bem como demanda rever o papel do professor
nesse contexto. Terceiro, a formação desse professor envolve muito mais
do que prover o professor com conhecimentos sobre computadores. O
preparo do professor não pode ser uma simples oportunidade para passar
informações, mas deve propiciar a vivência de uma experiência. É o
contexto da escola, a prática dos professores e a presença dos seus alunos
que determinam o que deve ser abordado nos curso de formação. Assim o
processo de formação deve oferecer condições para o professor construir
conhecimento sobre as técnicas computacionais e entender por que e como
integrar o computador na sua prática pedagógica [...] (VALENTE, 2013, p.
12-13).
A autora Kenski (2008) apresenta a seguinte consideração para o uso das
tecnologias digitais:

As tecnologias digitais de comunicação e de informação, sobretudo o


computador e o acesso à internet, começam a participar das atividades de
ensino realizadas nas escolas brasileiras de todos os níveis. Em algumas,
elas vêm pela conscientização da importância educativa que esse novo
meio possibilita. Em outras são adotadas pela pressão externa da
sociedade, dos pais e da comunidade (KENSKI, 2008, p. 70).

Atualmente, observam-se várias alterações em toda sociedade, na tentativa


de buscar uma educação mais contextualizada. Para Grinspun (1999, p. 32) “as
rupturas nas relações desse contexto vão sendo inevitáveis [...]”.
Christensen (2009) confirma que a ruptura se faz necessária na sala de aula
destacando que:

Até agora, a tecnologia centrada no aluno pelo uso do computador não teve
grande impacto no ensino público. Mas, como acontece com todas as
rupturas bem-sucedidas, quando se aprende aonde mirar – concorrer contra
o não consumo – o ensino/aprendizado via computador ganha terreno à
medida que os alunos, educadores e familiares passam a considerá-lo algo
melhor que alternativa. Apesar do ceticismo e do pessimismo de muitos,
que acreditam que a falta de um mercado livre significa que as escolas não
implementarão essa tecnologia via computador em forma de ruptura[...]
(CHRISTENSEN, 2009, p. 98).

Grinspun (1999, p 38) sinaliza que “Estamos vivendo num mundo ‘sem
fronteira’, com muitos desafios, com uma de inversão de valores, com crise nas
instituições sociais, com crises no próprio desenvolvimento do indivíduo.” O autor
apresenta um quadro em que é possível observar o que respalda seus argumentos:
a) as explosões do desenvolvimento: a população, o conhecimento, as
aspirações;
b) as questões macro como a globalização, a modernidade/pós-
modernidade, a política neoliberal;
c) os problemas críticos: as guerras, a cultura, a tecnologia e a formação
do homem;
d) os problemas básicos: a luta pelo poder, as questões econômicas, as
ideologias, o poderio tecnológico, o desemprego;
e) os conflitos profundos: o eu e o mundo exterior, a ciência e o lado
espiritual, a liberdade individual e a organização social;
f) os contrastes: os países em desenvolvimento e os países
desenvolvidos, o conhecimento e sua utilização, o poder e sua dominação,
e a riqueza de poucos e a miséria de muitos;
g) as faltas sentidas: moradia, alimentação, saúde, educação e
segurança;
h) as novas necessidades do complexo tecnológico: mundo da
informática e da comunicação;
i) as grandes inquietações do mundo moderno: as questões religiosas e
as questões éticas (GRINSPUN, 1999, p. 38-39).

Considerando os dados acima, busca-se uma educação mais ampla, de


qualidade, formando cidadão crítico e consciente do seu papel na sociedade, com a
perspectiva de uma vida social digna. Assim, é fundamental que se estabeleça
novos caminhos para a educação e que estes caminhos abarquem as mudanças
ocorridas. E aí, neste contexto, que a educação tecnológica se faz indispensável.

2.2 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

As universidades de Oxford e Cambridge, na Grã-Bretanha, foram as


primeiras a proporcionarem cursos de extensão. Na sequência, surgiram a
Universidade de Chicago e de Wisconsin, nos EUA. Fritz Reinhardt criou em 1924, a
Escola Alemã por Correspondência de Negócios (BYTWERT e DIEHL, 1989). Porém
a correspondência passou a fazer parte da educação com a Universidade de
Queensland, na Austrália em 1910. E, em 1928 foi a vez do rádio ser inserido na
educação de adultos.
Em relação à Educação a Distância (EaD), Litto ;Formiga (2009) diz:
A principal inovação das últimas décadas na área da educação foi a criação,
a implementação e o aperfeiçoamento de uma nova geração de sistemas de
EAD que começou a abrir possibilidades de se promover oportunidades
educacionais para grandes contingentes populacionais, não mais tão-
somente de acordo com critérios quantitativos, mas, principalmente, com
base em noções de qualidade (Juste, 1998), flexibilidade, liberdade e crítica
(LITTO; FORMIGA, 2009, p. 2).

No início do século XX até a Segunda Guerra Mundial, diversas experiências


foram aplicadas, sendo possível melhor desenvolvimento das metodologias
adotadas ao ensino por correspondência. Posteriormente, os novos meios de
comunicação de massa influenciaram fortemente essas metodologias (LITTO ;
FORMIGA, 2009).
No Brasil, a EAD é caracterizada por um caminho de sucessos, mas houve
algumas etapas em que esta modalidade de ensino estagnou devido à ausência de
políticas públicas destinadas ao setor. Em mais de cem anos, ótimos programas
foram elaborados, os quais deram fortes contribuições ao setor afim de que se
democratizasse a educação de qualidade, ajudando principalmente cidadãos que
vivem fora das regiões mais desenvolvidas.
As pesquisas feitas em várias fontes demonstram que, pouco antes de 1900,
já havia anúncios em jornais do Rio de Janeiro disponibilizando cursos
profissionalizantes por correspondência. Eram cursos de datilografia fornecidos não
por estabelecimentos de ensino, mas eram ministrados por professores particulares.
Segundo Litto ; Formiga (2009):

Não obstante essas ações isoladas, que foram importantes para uma época
em que se consolidava a República, o marco de referência oficial é a
instalação das Escolas Internacionais, em 1904. A unidade de ensino,
estruturada formalmente, era filial de uma organização norte-americana
existente até hoje e presente em diversos países. Os cursos oferecidos
eram todos voltados para as pessoas que estavam em busca de empregos,
especialmente nos setores de comércio e serviços (LITTO ; FORMIGA,
2009, p. 9).

O ensino era por correspondência, no qual os materiais didáticos eram


enviados pelos correios, que utilizavam principalmente as ferrovias para o
transporte.
Em 1923, foi criada a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, a qual tinha como
função principal possibilitar a educação popular, através de um moderno sistema de
difusão em curso no Brasil e no mundo. Desta forma, a educação via rádio foi o
segundo meio de transmissão a distância, já o primeiro meio foi por meio de
correspondências.
Em 1967, foi publicado o Código Brasileiro de Telecomunicações com a
determinação de que deveria ter a transmissão de programas educacionais pelas
emissoras de radio fusão, assim como pelas televisões educativas.
Em 1972, criou-se o Programa Nacional de Teleducação (Prontel), o qual teve
uma vida de curta duração, pois logo depois apareceu o Centro Brasileiro de TV
Educativa (Funtevê) - órgão participante do Departamento de Aplicações
Tecnológicas do Ministério da Educação e Cultura. No começo da década de 90, as
emissoras não eram mais obrigadas a ceder horários diários para a transmissão de
programas educativos. Isto representou uma grande regressão na educação a
distância nacional.
Em 1980, o Governo Federal credenciou a ABT (Associação Brasileira de
Tecnologia Educacional) para aplicar "Cursos de Pós-graduação lato sensu de forma
não convencional, por meio do ensino tutorial". Conforme a legislação da época, os
credenciamentos eram avaliados pela CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Ensino Superior) e estabelecidos pelo CFE (Conselho Federal de
Educação), em seguida tinham acompanhamento da SESU (Secretaria de Ensino
Superior do MEC). O parecer nº 891, aceito pelo CFE em 7 de agosto de 1980,
concedeu o funcionamento de doze cursos, difundidos em cinco ramos do
conhecimento. A aprovação foi dada por dois anos e depois foi prorrogada por mais
dezoito meses.
Em 1985, o Conselho mostra o sucesso da empreitada, através do Parecer nº
295. Não obstante, bloqueia o prosseguimento do projeto até que tivesse
estabelecido uma norma por parte da SESU e da CAPES. É importante lembrar aqui
que essa norma nunca foi editada, o programa não avançou. A entidade continua
tendo seu desempenho regular, dando destaque às tecnologias educativas no
sentido amplo.
Pertinente contribuição foi concedida pelo Ipae (Instituto de Pesquisas
Avançadas em Educação), criado em 1973, o qual foi responsável pela execução
dos primeiros Encontros Nacionais de Educação a Distância, que aconteceram em
1989, e os Congressos Brasileiros de Educação a Distância, em 1993.
A Abed (Associação Brasileira de Educação a Distância) tem colaborado com
o desenvolvimento da EAD no Brasil e motiva a articulação de instituições e
profissionais do país como também do exterior. Essa instituição é também
responsável por organizar congressos internacionais anualmente e promover
seminários nacionais.
Enfim, duas universidades valem ser citadas por seu pioneirismo: a UFMG
(Universidade Federal de Mato Grosso), que foi a primeira no Brasil a introduzir de
fato cursos de graduação a distância, e a UPF (Universidade Federal do Pará) que
conseguiu o primeiro parecer oficial de credenciamento, pelo CNE (Conselho
Nacional de Educação), em 1998.
No entanto, é imprescindível analisar quais meios de comunicação são
importantes em nossa prática pedagógica, para que possamos nos adequar de
maneira crítica, criativa e construtiva. Isto porque, “ao interferir nos modos de
perceber o mundo, de se expressar sobre ele e de transformá-lo, estas técnicas
modificam o próprio ser humano” (BELLONI, 2009, p. 17).

Na era midiática, a hegemonia do paradigma informacional pressiona


também o sistema de ensino. A emergência da sociedade do conhecimento
demanda uma educação que permita o acesso à informação para todos.
Para competirem no mercado de trabalho, os indivíduos devem ser flexíveis
e portadores de conhecimentos atualizados que atendam ás novas
exigências (TERUYA, 2006, p. 40).

Assim, considerando o crescimento tecnológico e a globalização, são


necessários novos meios de educação. Neste sentido, a EaD tem ganhado espaço
em detrimento à educação tradicional, sendo considerada como democratizadora do
saber pela sociedade em evolução. Ela não vem substituir o ensino presencial,
porque ambos fazem parte do mesmo processo educativo, uma deve completar a
outra a fim de que todos os cidadãos tenham acesso a uma educação de qualidade.

2.3 GOOGLE INC

Em 1995, aos 22 anos, Larry Page, em visita a Stanford, conhece Sergey


Brin, de 21 anos. No ano seguinte iniciam o pós-doutorado em Ciências da
Computação em Stanford, desenvolvendo um mecanismo de pesquisa chamado de
“BackRub”, Em 1997 mudam o nome do mecanismo para Google – trocadilho da
palavra “googol”, termo matemático para o número representado pelo dígito 1
seguido de cem dígitos 0. O termo conjetura a intenção deles em organizar uma
quantidade infinita de informações na web.
Em agosto de 1998, o co-fundador da Sun, Andy Bechtolsheim, assina um
cheque de US$ 100 mil para uma empresa inexistente: chamada Google Inc. Mês
seguinte, passam a trabalhar na garagem de Susan Wojcicki, formalizando a criação
da empresa na Califórnia no dia 4 de setembro.
Em 1999, a empresa em ascensão muda o escritório para 165 University
Avenue em Palo Alto. Já com oito empregados, é transferida para Mountain View, ao
sul da Universidade Stanford. No final daquele ano, conta com 40 funcionários.
No ano 2000, são lançadas as dez primeiras versões do Google.com em
outros idiomas - francês, alemão, italiano, sueco, finlandês, espanhol, português,
holandês, norueguês e dinamarquês. No seguinte ano, já é disponibilizado em 26
idiomas. Em seguida, é lançada a Pesquisa de Imagens, oferecendo acesso a 250
milhões de imagens. O Orkut é lançado em 2004 inserindo, assim, o Google nas
redes sociais. Em fevereiro de 2006, adquirem o “Writely” um aplicativo para
processamento de texto baseado na web que mais tarde se tornaria a base para o
Google Docs.
Antonio (2010) afirma que:

O Google Docs originou-se de dois produtos separados, adquiridos e


modificados pelo Google: o Writely, um processador de textos colaborativo
que pode rodar a partir da web, e o Google Labs Spreadsheets, uma
planilha de cálculos também colaborativa e que pode rodar a partir da web.
Assim começava a nascer o Google Docs, em 2006. Posteriormente foram
incluídos um gerador de apresentações de slides e, mais recentemente
ainda, a possibilidade de armazenar e compartilhar todo tipo de arquivo em
1 Gb de espaço de armazenamento gratuito (ANTONIO, 2010).

O Google Docs é um pacote de aplicativos online, pelo qual se pode ter


acesso em qualquer computador, permite a criação de documentos, planilhas,
apresentações, formulários e desenhos podendo compartilhar e realizar um trabalho
sincrônico.

2.4 PRÁTICA COM A FERRAMENTA GOOGLE DOCS

Atividade 1: Inscrição no Google


Para iniciar o Google Docs é necessário criar uma conta do Google. Entra-se
no site do Google Drive http://drive.google.com, clica-se no botão vermelho “increva-
se” na parte superior direita da página, em seguida preenche-se os dados para criar
uma conta do Google.
Veja Figura 1.

Figura 1 (foto reprodução)


Para acessar por meio do Gmail, faz-se o login e clica-se em “aplicativos”
escolhendo a opção “Drive” conforme Figura 2.

Figura 2 (foto reprodução)


Ao seguir os passos acima, você será direcionado a uma semelhante à Figura 3.
Então, já será possível criar, compartilhar e colaborar em documentos.

Figura 3 (foto reprodução)

Google Drive
O Google docs está armazenado no Google Drive. A partir daqui, teremos
uma visão geral das possibilidades do Google Drive. Para usar os arquivos do
Google Docs, pode-se fazer upload de um arquivo existente, criar um novo on-line
ou usar um modelo da galeria de modelos.
Para fazer upload, clica-se na seta na parte superior da página ao lado do
ícone “criar”. Em seguida, escolhe-se a opção entre “arquivos...” (selecione um ou
mais arquivos que desejar e clique em abrir) ou “pasta...” (escolha a pasta e clica em
“OK”), o arquivo ou pasta serão exibidos na lista do Google Drive.
O “Meu disco” localizado no canto esquerdo da página é onde serão
armazenados os arquivos e pastas criadas e/ou sincronizados se o usuário tiver em
seu computador a pasta do Google Drive.

Figura 4 (foto reprodução)

A cada atualização que se realiza em “Meu disco”, será atualizado também


em pasta pessoal Google Drive e vice-versa na próxima vez em que o computador
for sincronizado com o “meu disco”. Para obter a pasta Google Drive, entra-se no
site https://tools.google.com/dlpage/drive e faz-se o download.

Figura 5 (foto reprodução)

Ao selecionar um ou mais arquivos, o Google Drive mostra a opção de


compartilhar, mover para alguma pasta existente ou criar nova pasta, remover para
a lixeira, visualizar e “Mais”, clicando na setinha ao lado, abrirá um menu suspenso
com estas e outras opções de formatação.

Figura 6 (foto reprodução)

A visualização dos arquivos e pastas pode ser em lista ou em grade; basta


selecionar os ícones que estão ao lado superior direto da página.

Atividade 2: Iniciando o Google Docs


Para criar um novo documento clica-se em “Criar”. No Menu suspenso há
opções de selecionar entre Pasta, Documento, Apresentação, Planilha, Formulário e
Desenho, conforme figura 6. Escolhe-se a opção Documento.

Figura 7 (foto reprodução)

O Google Docs vai abrir o documento em uma nova janela que permite editar,
renomear, inserir comentários e compartilhar.
Figura 8 (foto reprodução)

Para definir o título do documento, clica-se sobre “documento sem título” ou,
na barra de ferramenta, clica-se em arquivo e, em seguida, em renomear.

Figura 9 (foto reprodução)

Na Barra de Menu aparecem todas as ferramentas disponíveis para trabalhar


com os textos. O Menu Arquivo abre as opções de Compartilhar, Novo (pode abrir
documento, apresentação, planilha, formulário e desenho), Abrir (Ctrl+O),
Renomear, Fazer uma cópia, Ver histórico de revisões (Ctrl+Alt+Shift+G), Idioma,
Fazer download como, Publicar na web, Colaboradores por e-mail, Enviar por e-mail
como anexo, Configuração de página e Imprimir (Ctrl+P).

Figura 10 (foto reprodução)

No Menu Editar, tem-se as opções de Desfazer (Ctrl+Z), Refazer (Ctrl+Y),


Recortar (Ctrl+X), Copiar (Ctrl+C), Colar (Ctrl+V), Área de transferência da web,
Selecionar tudo (Ctrl+A) e Localizar (Ctrl+H).

Figura 11 (foto reprodução)


No Menu Visualizar, pode-se exibir Layout de impressão, Régua, Barra de
ferramentas de equação, Sugestões de ortografia, Compactar controles e Tela
inteira.

Figura 12 (foto reprodução)

O Menu Inserir possibilita a inserção de Imagem, Link (Ctrl+K), Equação,


Desenho, Tabela, Comentário (Ctrl+Alt+M), Nota de rodapé (Ctrl+Alt+F), Caracteres
especiais, Linha horizontal, Número de página, Contagem de páginas, Quebra de
página (Ctrl+enter), Cabeçalho, Rodapé, Favorito e Sumário.

Figura 13 (foto reprodução)

O Menu Formatar permite a formatação em Negrito (Ctrl+B), Itálico (Ctrl+I),


Sublinhar (Ctrl+U), Tachado (Alt+Shift+5), Sobrescrito (Ctrl+.), Subscrito (Ctrl+,)
Estilos de parágrafo, Alinhar, Espaçamento entre as linhas, Lista com marcadores
Lista numerada, Opções de lista e Limpar formatação.

Figura 14 (foto reprodução)

O Menu Ferramentas mostra a possibilidade de verificar a Ortografia,


Pesquisar (Ctrl+Alt+Shift+I), Definir (Ctrl+Shift+Y), Contagem de palavras
(Ctrl+Shift+C), Traduzir documento, Gerenciador de scripts, Editor de scripts,
Preferências.

Figura 15(foto reprodução)

O Menu Tabela possibilita Inserir tabela, Inserir linha acima, Inserir linha
abaixo, Inserir coluna à esquerda, Inserir coluna à direita, Excluir linha, Excluir
coluna, Excluir tabela e Verificar propriedades da tabela.

Figura 16 (foto reprodução)

No Menu Ajuda encontra-se suporte de Ajuda do Google Docs, Fórum de


usuários e Comunidade do Google+. Aqui, ainda é possível Comunicar um
problema, Denunciar abuso e há a opção de Atalho de teclado.

Figura 17 (foto reprodução)

Pode-se também utilizar algumas dessas opções a partir da Barra de


Ferramentas, resultando na mesma operação. Da esquerda para direita na Barra de
Ferramentas, tem-se as seguintes ações: Imprimir (Ctrl+P), Desfazer (Ctrl+Z),
Refazer (Ctrl+Y), Pintar formatação, Zoom, Estilos de texto, Tipo de fonte, Tamanho
da fonte, Negrito (Ctrl+B), Itálico (Ctrl+I), Sublinhar (Ctrl+U), Cor do texto, Inserir link
(Ctrl+K), Inserir comentário (Ctrl+alt+M), Alinhar à esquerda (Ctrl+Shift+L), Alinhar
no centro (Ctrl+Shift+E), Alinhar à direita (Ctrl+Shift+R), Justificar (Ctrl+Shift+J),
Espaçamento entre as linhas, Lista numerada (Ctrl+Shift+7), Lista com marcadores
(Ctrl+Shift+8), Diminuir recuo (Ctrl+[), Aumentar recuo (Ctrl+]), Limpar formatação
(Ctrl+\)

Figura 18 (foto reprodução)


Depois de criar o documento, é hora de compartilhar com seus pares; para
isso, clica-se no ícone “Compartilhar”, à direta superior da página, em seguida,
abrirá uma janela - Figura 19. Em "Convidar pessoas", digita-se o endereço de e-
mail das pessoas ou o nome do grupo com os quais se deseja compartilhar o
documento. À direita da lista de nomes, seleciona-se a setinha ao lado de "Pode
editar”, abrirá um menu suspenso no qual se escolhe a opção que seus
colaboradores terão. Estas opções são “Pode visualizar", "Pode editar" ou "Pode
comentar".
Para adicionar uma mensagem ao convite, clica-se em “Adicionar mensagem”
e insere-se mensagem. Então, clica-se em Compartilhar e Salvar. Quando se
compartilha um item com alguém, ele recebe uma notificação por e-mail. Há a
possibilidade de compartilhar vários arquivos e pastas do Google Docs de uma só
vez.

Figura 19 (foto reprodução)

Para configurar a permissão dos editores, clica-se em “(Alterar)”, onde se


pode escolher entre:

Figura 20 (foto reprodução)

O Google Docs permite que as pessoas, em diferentes locais, colaborem


simultaneamente o documento de qualquer computador com acesso à Internet.
Quando uma pessoa visualizar ou editar algo é exibido um quadrado colorido
com o nome da pessoa na parte superior direita da tela. O documento compartilhado
pode ser acompanhado ao clicar no Menu Arquivo “Histórico de revisões”.
Figura 21 (foto reprodução)

Os comentários são adicionados como notas ao texto, para sugerir, corrigir


e/ou informar mudanças necessárias ao documento. Para inserir um comentário,
coloca-se o cursor no local ou seleciona-se a palavra e clica-se em comentários;
abrirá uma janela para anotar o comentário, este pode ser muito importante para
correção de um texto.

Figura 22 (foto reprodução)

Atividade 3: Apresentações

Criação de uma apresentação


Para criar uma nova apresentação, clica-se no botão “Criar” no menu
suspenso e seleciona-se a opção “Apresentação”, abrirá a opção de escolher o tema
conforme Figura 23, selecionado o tema clica-se no botão “OK”.

Figura 23 (foto reprodução)

Para alterar o tema escolhido, clica-se no Menu Slide e seleciona-se “Alterar


Tema” ou na barra de ferramentas “Temas”.

Inserção, duplicação e exclusão de slides


Para inserir clica-se no botão “+” acima da lista de slides, à esquerda ou
acessando o menu “Slide” e seleciona-se "Novo slide", ou clica-se com o botão
direito na miniatura do slide, selecionando "Novo slide", ou o atalho de teclado
“Ctrl+M”.
Para duplicar um slide, acessa-se o menu “Slide” e seleciona-se "Duplicar
slide", ou na lista de slides à esquerda, clica-se com o botão direito no slide que
deseja duplicar, selecionando "Duplicar slide". Para duplicar vários slides, pressiona-
se a tecla “Shift” para selecionar uma sequência ou a tecla “Ctrl” para selecionar
alternados os slides que se deseja duplicar. Em seguida, clica-se com o botão direito
na seleção, e selecione "Duplicar slide".
Para excluir um slide, acessa-se o menu “Slide”, selecionando aí a opção
“Excluir slide”. Na lista de slides à esquerda, clica-se com o botão direito no slide
que se deseja excluir e seleciona-se “Excluir slide”. Na lista de slides à esquerda,
seleciona-se o slide que deseja excluir e pressiona-se “Delete” no teclado.

Inserção de imagem de plano de fundo

As imagens podem ser aplicadas no slide selecionado ou em todos os slides


da apresentação. Para inserir uma imagem de fundo de plano em um slide,
seleciona-se o slide, na barra de ferramenta ou no menu “slide” clica-se em “Plano
de Fundo’, na caixa de diálogo exibida clica-se em “escolher”. Ao lado da palavra
“Imagem”, abrirá uma janela com a opção de “arrastar uma imagem para cá” ou
“escolha uma imagem para fazer upload”, após carregar a imagem volta
automaticamente para a caixa de diálogo onde há a opção de Concluído ou Aplicar a
todos.

Figura 24 (foto reprodução)

Inserção de imagens e vídeos

Para inserir imagens em uma apresentação, clica-se no ícone na barra de


ferramenta ou acessa-se o menu “Inserir” e selecione “Imagem”. As opções de
inserção são: selecionar a imagem no computador, arraste e solte diretamente em
um slide; faça o upload, copiar uma imagem de um documento e colar na
apresentação; tirar uma foto com a webcam; digitar o endereço da “URL” da imagem
(disponível publicamente na internet); usando a Pesquisa de imagens do Google
Figura 25 (foto reprodução)

Para adicionar um vídeo do YouTube na apresentação, acessa-se o menu


“Inserir” e seleciona-se “Vídeo”, pesquisa-se um vídeo ou digita-se o endereço do
vídeo. O vídeo será exibido na apresentação.

Figura 26 (foto reprodução)

Transições de slide
Para adicionar ou modificar as transições de slide, acessa-se o menu “Slide”,
seleciona-se “Alterar transição”, no menu “Visualizar” e seleciona-se “Animações”.
A janela “Animações” surgirá ao lado direito da página e é dividida em dois
tópicos. Na parte superior, são exibidas as opções de transição de slides. Seleciona-
se o menu suspenso e escolhe-se dentre as opções existentes uma transição de
slides para aplicar no slide selecionado ou para todos os slides.

Figura 27 (foto reprodução)

Na parte inferior, são as aplicações de animações de texto e objetos.

Animações em slides
As animações são configurações úteis para tornar os slides mais dinâmicos.
Podem ser usadas para expor o texto ou objeto um de cada vez nos slides.
Para colocar animações em um slide na nova versão das apresentações do
Google, seleciona-se um slide, em seguida, acessa-se o menu “Slide”, selecionando
“Alterar transição”; no menu “Visualizar” seleciona-se “Animações” e no menu
“Inserir” seleciona-se “Animações”.
No painel de animações, escolhe-se, dentre as disponíveis no menu
suspenso, o tipo de animação. Seleciona-se também o tipo de condição em que o
texto surgirá - se mediante um clique, depois do anterior ou com o anterior. Marca-se
a caixa se a animação será por parágrafo ou não, seleciona-se se a animação será
aplicada na caixa de texto. Ainda, pode-se escolher a duração da animação entre
Lento, Médio ou Rápido.
Pode-se sobrepor quantas animações forem necessárias a um texto ou
imagem em um slide. Para adicionar outra animação, clica-se em “+Adicionar
animação” no painel “Animações”. As animações serão exibidas na ordem em que
forem sendo inseridas no painel Animações.
Para alterar a sequência de uma animação, arrasta-se para cima ou para
baixo conforme o que se deseja. Para excluir uma animação, clica-se em “Excluir” ao
lado direito da entrada de animação.

Figura 28 (foto reprodução)

Para verificar uma série de animações em um slide, clica-se no botão


“Reproduzir”.

Atividade 4: Planilhas

Criação de planilha
Para criar uma nova planilha, clica-se no botão “Criar” no menu suspenso e
seleciona-se a opção “Planilha”. Para nomear a planilha, seleciona-se “planilha sem
título” no canto superior esquerdo, o Google Docs salvará o trabalho de forma
automática.
Figura 29 (foto reprodução)

Filtrar dados
O recurso "Filtrar" promove a análise e a visualização de dados, para ativar o
filtro automático, segue-se estas etapas: selecionam-se as células em que irão ser
aplicadas o filtro. No Menu Dados, em Filtro ou selecionar o ícone de filtro na
barra de ferramentas.
Para aplicar o filtro, clica-se no ícone na linha do cabeçalho, ele
apresentará uma caixa de menu suspenso com algumas opções de filtragem. No
menu suspenso, marca-se o que deseja a visualização e clica-se em OK.
Para visualizar os intervalos de células com o filtro aplicado, o ícone de filtro
aparecerá ao lado do nome da coluna filtrada.

Figura 30 (foto reprodução)

Para desativar o filtro, no Menu Dados, seleciona-se “Filtro” ou pode-se


desmarcar o ícone de filtro na barra de ferramentas.

Formatação Condicional
Este recurso possibilita a definição de cores de texto e ou cores de fundo de
uma célula ou intervalos de células de uma planilha conforme as regras que são
selecionadas.
Para realizar a formatação condicional, primeiro seleciona-se a célula ou
intervalo de células; no Menu formatar escolhe-se a opção “Formatação
condicional”, abrirá uma nova janela suspensa - Figura 31 - na qual serão inseridas
as regras que se desejar. Em seguida, selecione o botão azul “Salvar regras”.
Figura 31 (foto reprodução)

Figura 32 (foto reprodução)

Compartilhamento de planilha
Com a planilha pronta, é possível compartilhá-la com colaboradores. Para
isto, seleciona-se, no Menu Arquivo, a opção “Compartilhar” ou no canto superior
direito da página - botão azul - que abrirá a janela suspensa conforme
Figura 33. No campo “Convidar pessoas”, digita-se os endereços de e-mail com os
quais o arquivo será compartilhado.

Figura 33 (foto reprodução)

Pode-se gerenciar o acesso dos colaboradores, selecionando, no Menu


suspenso, as opções "Pode visualizar", "Pode editar" ou "Pode comentar". Há a
possibilidade de enviar uma mensagem ao convite realizado, é só clicar em
“Adicionar mensagem” e escrever o texto; ao concluí-lo, clica-se em “Compartilhar e
salvar”.

Impedir a edição de páginas


É possível impedir que os colaboradores editem páginas
específicas de uma planilha e proteger essas páginas na pasta de trabalho. Para
protegê-la, clica-se na guia da página na parte inferior da planilha (ao lado do botão )
e seleciona-se “Proteger página”.
Figura 34 (foto reprodução)

Na janela que abrirá serão exibidas as seguintes opções Todos os


colaboradores podem editar a página; Somente você pode editar ou você e
colaboradores específicos podem editar.

Figura 35 (foto reprodução)

Atividade 5: Formulários

Criação um formulário
Os formulários do Google Docs são ferramentas que possibilitam enviar
pesquisas e aplicar avaliações com os discentes. Um formulário pode ser vinculado
a uma planilha do Google Docs, onde as respostas serão enviadas para a planilha
ou visualizá-las no menu "Respostas" no item "Resumo das respostas".
Para criar um formulário, clica-se no botão vermelho “Criar” e no Menu
suspenso em “Formulário”, será aberto um modelo de formulário, conforme figura
abaixo.

Figura 36 (foto reprodução)

Na sequência, abrirá a tela conforme figura 37 a qual deverá ser atribuída um


título e um tema e em seguida clica-se em “OK”.
Figura 37 (foto reprodução)

Adição de perguntas e estruturação de formulário

Figura 38 (foto reprodução)

Para editar as perguntas no formulário, clica-se na seta ao lado do botão


“Adicionar item”, selecionando um dos tipos de perguntas a seguir:
 Texto – respostas curtas

Figura 39 (foto reprodução)

 Texto do parágrafo – respostas mais elaboradas

Figura 40 (foto reprodução)

 Múltipla escolha – seleciona-se uma entre várias opções

Figura 41 (foto reprodução)

 Caixas de seleção – seleciona-se quantas opções desejarem


Figura 42 (foto reprodução)

 Escolher de uma lista –seleciona-se uma opção de um menu suspenso

Figura 43 (foto reprodução)

Ao clicar diretamente no botão “Adicionar item”, abre-se a opção de editar


uma pergunta do tipo texto. É possível modificar o seu tipo clicando no menu “Tipo
de pergunta”. No campo “Texto de ajuda” há a opção de acrescentar uma explicação
ao enunciado da pergunta. Para que os participantes não deixem a pergunta em
branco, cicla-se na caixa de seleção “Pergunta obrigatória”; sendo assim só é
permitido enviar resposta depois de todas as questões respondidas. Para formatar a
pergunta adicionada ao formulário, você poderá “Editar”, “Duplicar” e “Excluir” nos
botões localizados à direita da pergunta.

Envio de formulário para os participantes


Para enviar o formulário aos participantes basta clicar em que se encontra ao
final do formulário ou no canto superior direito da página e também no
Menu “Arquivo”.

Figura 44 (foto reprodução)

Na janela suspensa que abrirá há a opção de enviar o Link para compartilhar


por e-mail ou por mídia social. Clica-se no botão Concluir. As pessoas que você
adicionou receberão um e-mail direcionando-as para o formulário.
Abaixo da Barra de Ferramenta temos a opção de:

Figura 45 (foto reprodução)

Ao clicar em “Escolher o destino da resposta”, abrirá uma janela dando a


opção das respostas estarem em uma nova planilha, em uma nova página de uma
planilha existente ou manter as repostas somente no Formulário do Google. Feita a
escolha para ver as respostas do formulário, clica-se no Menu “Arquivo” e em “Fazer
download com” e seleciona-se “Valores separados por vírgulas”.

Figura 46 (foto reprodução)

Depois de criar a nova planilha, o botão “Escolher o destino da resposta” será


substituído por “Ver respostas”. Ao clicar no botão “Aceitando respostas”, será
cancelado o recebimento das respostas e aparecerá o botão “Não está aceitando
respostas”. Para ver o formulário pronto, clica-se em “Ver formulário Publicado”.

Figura 47 (foto reprodução)

Para acompanhar a coleta do formulário, clica-se em “Ver respostas”.

Figura 48 (foto reprodução)


Na primeira coluna aparecerá a data e hora em que foi respondido, nas
colunas seguintes aparecerão as questões solicitadas no questionário.

2.5 DESCRIÇÃO DA PRÁTICA REALIZADA COM OS DOCENTES E


DISCENTES DA UTILIZAÇÃO DO PACOTE DE APLICATIVOS GOOGLE
DOCS

A prática foi executada com os discentes do segundo ano do Ensino Médio e


docentes do Colégio Estadual Arnaldo Busato – Ensino Fundamental e Médio, do
município de Guaporema, PR - proporcionando um aprofundamento no tema
“tecnologias na educação básica”, que contribui de maneira positiva na vida
educacional e social do sujeito.
Iniciou-se o trabalho em fevereiro de 2014, com a apresentação da ação e
sequência didática da implementação à equipe pedagógica e administrativa do
Colégio Estadual Arnaldo Busato – Ensino Fundamental e Médio.
Em abril de 2014, realizou-se a apresentação, instrumentalização e
implementação pedagógica aos discentes. Como o Laboratório de Informática
possui apenas dez computadores em uso, foi necessário dividir a turma em três
equipes. As equipes foram atendidas em contra turno e a sequência de
aprendizagem ocorreu da seguinte forma:
- inscrição no Google: apresentação do Google Drive;
- elaboração de documentos no Google Docs;
- criação de apresentação no Google Docs;
- criação de planilhas no Google Docs;
Iniciou-se com a criação da conta Gmail para os discentes que não a tinham,
em seguida foi apresentado o Google Drive, criaram-se pastas e realizou-se upload
de arquivos e de pastas.
Na elaboração de documentos apresentou-se a plataforma mostrando sua
aplicabilidade. Na sequência, dividiu-se em grupos de três e solicitou-se as
seguintes atividades:

1. Fazer uma pesquisa sobre como elaborar um


trabalho, o que deve constar e como realizar uma
pesquisa sem cometer o plágio.
Nesta atividade percebeu-se a dificuldade tanto dos docentes, como dos
discentes, em trabalhar com pesquisa e realizar a estrutura do texto. Constatou-se
que não dominavam o conhecimento da realização de resumo. Os discentes
apresentaram facilidade na aprendizagem e gostaram muito, porque além de
compartilhar, eles acharam o “máximo” poder bater papo durante o trabalho, mas
com acompanhamento também no bate-papo, porque foi criado o documento com a
atividade solicitada e compartilhado, sendo assim presenciou-se a evolução do
trabalho já fazendo a intervenção, se necessário, de forma bem dinâmica.

2. Baseada na estrutura pesquisada, fazer um trabalho


de pesquisa sobre a História das Copas do Mundo.

Foi solicitado que elegessem um organizador que criasse o documento e


compartilhasse com o grupo e com a professora. Os trabalhos foram realizados com
propriedade e coerência.
Em apresentação, os discentes criaram uma apresentação com tema livre
sobre a Copa do Mundo no Brasil e foi feita a orientação do passo a passo seguindo
o tutorial da proposta pedagógica. Com as apresentações construídas e corrigidas,
socializaram o conhecimento entre os grupos, expondo e explicando cada slide.
Na planilha, os discentes recriaram as tabelas dos jogos realizados no Brasil.
Cada equipe elaborou de um grupo específico.
O trabalho com os docentes foi realizado em julho/agosto de 2014, o qual foi
um curso de extensão oferecido pela CAE/UEM com carga horária de dezesseis
horas, subdivididas em quatro encontros. Os itens ministrados nos encontros foram:
- Inscrição no Google: apresentação do Google Drive; Iniciando o Google
Docs – documentos: elaboração de upload, criação, edição, formatação, inserção de
links e imagens, comentários e compartilhamento.
- Apresentações: criação de uma apresentação, inserção, duplicação e
exclusão de slides, inserção de imagem de plano de fundo, inserção de imagens e
vídeo, transições de slides, animações em slides .
- Planilhas: criação de planilha, filtro de dados, formatação condicional,
compartilhamento de planilha, impedimento da edição de páginas.
- Formulário: criação de questões básicas de sua disciplina.
A maioria dos docentes não possuía conta no Gmail e não conheciam o
pacote de aplicativos Google Docs. Para eles, o curso foi muito interessante devido
ao fato de terem adquirido conhecimentos que irão ajudá-los na preparação de
aulas, tornando-as mais criativas, podendo então facilitar a aprendizagem do
discente.
O resultado do trabalho proporcionou condições adequadas para a utilização
do pacote de aplicativos Google Docs, promovendo interação, construção coletiva
de conhecimentos e avaliação com os docentes e discentes do segundo ano do
Ensino Médio do Colégio Estadual Arnaldo Busato – Ensino Fundamental e Médio,
do município de Guaporema – PR.
O Projeto de Extensão Novas Tecnologias na Educação Básica: O uso do
Google Docs como Metodologia de Ensino, alcançou seus propósitos tendo a
participação efetiva dos docentes da referida escola, uma vez que obteve-se a
participação integral de todos os professores inseridos nesse ano de ensino, fato
este que viabilizou e oportunizou a discussão e a realização de uma análise da
práxis pedagógica acerca da inclusão do uso das novas tecnologias no ambiente
escolar na atualidade.

2.6 ANÁLISE DA CONTRIBUIÇÃO DO GRUPO DE TRABALHO EM REDE

Ao analisar as várias participações e interações que compuseram os fóruns,


foi constatado o descontentamento geral em relação à manutenção e atualização
dos laboratórios de informática, mas apesar de todos os entraves que nossas
escolas enfrentam, temos professores que acreditam que as TICs podem fazer a
diferença.
A tecnologia nos possibilita a rapidez de informações, essas descobertas
chegam até nós e, quando nos deparamos, já é outra coisa que temos que
aprender. Isso tudo aliado às nossas crenças, aos nossos ideais, aos recursos
parcos que enfrentamos dentro das escolas. Acredita-se que virtualmente será mais
proveitosa a troca de conhecimento dada a facilidade/curiosidade/interesse que os
alunos têm por esse tipo de ferramenta; acrescenta-se ainda a facilidade no
recebimento do trabalho, o uso de imagens, vídeos e documentários por meio dessa
mídia, que por ser algo dinâmico despertará maior interesse em buscar o
conhecimento por parte dos alunos; é de grande valia no desenvolvimento do senso
crítico dos alunos, pois demonstra de maneira compartilhada a diversidade de
opiniões sobre o assunto trabalhado.
As Tic's devem auxiliar, fornecer subsídios e principalmente ser utilizadas da
maneira correta com o intuito de despertar o interesse, pois o adolescente está
muito focado em redes sociais. Nosso maior desafio como docentes é ajudá-los a
usar esta ferramenta para adquirir conhecimento de forma correta, usando para
confrontar idéias e aprimorar o conhecimento, orientando-os. Assim, nossa tarefa
enquanto educadores é possiblitar a aprendizagem colaborativa, trazer para a nossa
prática pedagógica a internet como fonte de informação, tirando o melhor proveito
deste instrumento de aprendizagem, tornando a aprendizagem mais dinâmica, o
que, consequentemente, instiga os alunos a pesquisar sobre temas diversos, facilita
o acesso ao conhecimento e auxilia na busca por uma educação de qualidade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A aplicação do Projeto de Extensão Novas Tecnologias na Educação Básica:


O uso do Google Docs como Metodologia de Ensino possibilitou de maneira
significativa a promoção das ações dialógicas entre professores e alunos,
possibilitando a interlocução efetiva entre a realidade escolar e os contextos sociais
existentes. Com a possibilidade do conhecimento e utilização das ferramentas
tecnológicas, promoveu-se, além do processo de instrumentalização, a possibilidade
de ampliação social das relações entre a comunidade escolar e a comunidade
externa.

REFERÊNCIAS

ANTONIO, J. C. Uso pedagógico do Google Docs. Professor Digital, SBO, 08 fev. 2010.
Disponível em: <http://professordigital.wordpress.com/2010/02/08/uso-pedagogico-do-
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BELLONI, M. L. O que é mídia-educação. 3. ed. rev. Campinas, SP: Autores Associados,


2009.
CHRISTENSEN, C.M. Inovação na sala de aula: como a inovação de ruptura muda a
forma de aprender / Clayton M. Christensen, Michael B. Horn, Curtis W. Johnson; tradução
Raul Rubenich. Porto Alegre: Bookman, 2009.

GOOGLE INC. Visão geral do Google Docs. Disponível em:


<https://support.google.com/drive/answer/49008?hl=pt-BR#> Acesso em: 25 mar 2013.

________.Nossa história a fundo. Disponível em:


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GRINSPUN, M. P. S. Z. (org). Educação tecnológica: desafios e perspectivas. São Paulo:


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KENSKI, V. M. Tecnologias e ensino presencial e a distância. 6. ed. Campinas, SP:


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<http://books.google.com.br/books?id=dWdWPHkGCEkC&lpg=PP1&dq=inauthor%3A%22V
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LITTO, Fredric & FORMIGA, Marcos (orgs). Educação a distância: o estado da arte. São
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OLIVEIRA, R. Informática educativa: Dos planos e discursos à sala de aula. Campinas,


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TERUYA, T. K. Trabalho e Educação na Era Midiática: Um estudo sobre o mundo do


trabalho na era da mídia e seus reflexos na educação. Maringá, PR: Eduem, 2006.

VALENTE, J. A.(Org.). O computador na sociedade do conhecimento. Coleção


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________.Usar documentos, planilhas e slides. Disponível em:
<https://support.google.com/drive/topic/2811739?hl=pt-BR&ref_topic=2799627>
Acesso em: 07 jun 2013.

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<https://support.google.com/drive/topic/1360904?hl=pt-BR&ref_topic=2811744 >
Acesso em: 29 jun 2013

________.Google Drive para Windows Disponível em:


<https://tools.google.com/dlpage/drive> Acesso em: 17 set 2013

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