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Português para TCM RJ

Teoria e exercícios comentados


Prof. Décio Terror Aula extra 1

Texto I

A percepção que temos de nossa memória

[...] Você acha que tem má memória? Por quê? Espera que sua memória seja
perfeita? Demora para se lembrar das coisas, mais do que costumava demorar
em outros tempos? Esquece o nome de pessoas conhecidas com mais
frequência do que no passado? Precisa escrever tudo para não se esquecer de
nada? Se respondeu “sim” a essas perguntas, podemos afirmar com segurança
que você acredita realmente que tem “má” memória”.
Nesta nossa era tecnológica, em que tudo acontece depressa, talvez você veja
sua memória como um tipo de dispositivo gravador que serve para guardar os
dados históricos de sua vida. Talvez espere que sua memória seja perfeita, que
armazene o nome de cada pessoa que você conheceu na vida, que não o deixe
esquecer seus compromissos, ocasiões e acontecimentos especiais, que o
lembre das exigências de um determinado trabalho e do prazo para entregá-lo,
que saiba o que há na geladeira e quais são os ingredientes necessários para o
preparo de um prato para o jantar, que memorize a agenda de seu cônjuge, de
seus filhos e de outras pessoas queridas. [...] A lista de coisas que esperamos
que nossa memória guarde é infinita. E quando esquecemos uma única coisa,
reclamamos de nossa capacidade de lembrar. Dizemos que temos “má
memória” ou, pior ainda, nos convencemos de que estamos nos primeiros
estágios do mal de Alzheimer.
Esses pensamentos apresentam alguns problemas. Primeiro, são percepções
subjetivas que temos de nossa própria memória, e não avaliações objetivas de
nossa real capacidade mental. Assim, são imensuráveis, não podem ser
testados e levam à negatividade. Mais ainda, essa negatividade cria ansiedade
e diminui a autoestima, agravando os problemas de memória. Ansiedade e
outras emoções negativas prejudicam a capacidade de lembrar [...] Esses
pensamentos negativos também tornam impossível o desenvolvimento da
necessária habilidade de melhorar a memória, porque eliminam a possibilidade
de mudança. Quanto mais nos convencemos de que temos “má memória”,
mais cresce a probabilidade de simplesmente aceitarmos isso como um fato e
deixarmos de trabalhar para melhorá-la.
(Douglas J. Mason e Spencer X. Smith. Cuide de sua
memória. Trad. Vera Martins. São Paulo: Arx, 2006. p.33-5.)

1) As perguntas empregadas no início do texto representam um procedimento


que:
a) revela dúvidas do enunciador à medida que busca respostas em relação ao
tema.
b) indica questões limitadas ao grupo que apresenta problemas de memória.
c) provoca dúvida no leitor quanto à validade da ideia apresentada.
d) aproxima o leitor da situação apresentada pelo enunciador.

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Comentário: Esta questão, na realidade, nos cobra a estrutura textual e a


forma de argumentação. É de se notar que, quando o autor inicia seu texto
realizando perguntas, ele quer se aproximar mais do leitor, quer interagir com
ele. Dessa forma, ele já chama a atenção do tema, e as possíveis respostas já
vão canalizando o leitor à linha argumentativa do texto.
A alternativa (A) está errada, porque fica claro que o autor não
apresenta tais dúvidas, as perguntas foram feitas simplesmente para chamar a
atenção do leitor sobre a conscientização do tema.
A alternativa (B) está errada, pois o questionamento não é limitado a um
suposto grupo com problemas de memória.
A alternativa (C) está errada, pois as perguntas servem para chamar a
atenção e sanar dúvidas sobre o tema, e não para invalidar a ideia
apresentada.
A alternativa (D) é a correta, pois o primeiro parágrafo apresenta o
tema, por meio das perguntas feitas ao leitor. Tudo isso para chamar o leitor à
reflexão. Essa é uma estratégia muito utilizada na argumentação para que
autor e leitor se conectem e a interação leve a um aprofundamento do tema.
Gabarito: D

2) A partir da leitura do texto, é correto afirmar que o seguinte posicionamento


é defendido:
a) a boa memória deve armazenar todos os dados históricos da vida de um
sujeito.
b) a percepção subjetiva do potencial da memória pode levar à negatividade.
c) a memória não sofre qualquer prejuízo com o tempo, com a idade.
d) a memória só pode sofrer influências de fatores internos e físicos.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois, ao longo do texto,
percebemos que a boa memória não precisa armazenar todos os dados
históricos da vida de um sujeito.
A alternativa (B) é a correta e encontra respaldo literal na seguinte
passagem do parágrafo de conclusão: “Primeiro, são percepções subjetivas
que temos de nossa própria memória, e não avaliações objetivas de nossa
real capacidade mental. Assim, são imensuráveis, não podem ser testados e
levam à negatividade.”
A alternativa (C) está errada e tem base na seguinte pergunta na
introdução do texto: “Esquece o nome de pessoas conhecidas com mais
frequência do que no passado?”. Ao realizar esta pergunta, o autor nos
conduz ao pensamento de que o passar do tempo leva a um desgaste na nossa
capacidade de memorização.
A alternativa (D) está errada, pois a expressão categórica “só pode”
restringe muito o universo sobre o qual se fala. Além disso, o texto não
apresenta tal restrição explícita ou implicitamente.
Gabarito: B
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3) O emprego da primeira pessoa do plural no discurso no texto evidencia:


a) distanciamento do interlocutor em relação ao assunto tratado.
b) isenção por parte do emissor sobre o tema em questão.
c) inclusão do emissor e do leitor nas posturas descritas.
d) aproximação do leitor em relação a práticas que excluem o emissor.
Comentário: Quando o autor utiliza a primeira pessoa do plural, ele quer, na
verdade, inserir-se no grupo sobre o qual ele argumenta. Assim, não há, de
maneira alguma, um distanciamento do leitor, tampouco isenção por parte do
emissor sobre o tema. Além disso, não há exclusão do emissor. Assim, as
alternativas (A), (B) e (D) estão erradas, restando a alternativa (C) como a
correta, pois se entende que houve inclusão do emissor e do leitor nas
posturas descritas.
Gabarito: C

4) O pronome demonstrativo empregado para introduzir o último parágrafo do


texto tem seu uso melhor explicado na seguinte opção:
a) refere-se aos pensamentos do interlocutor, daí um pronome de segunda
pessoa.
b) aponta, em uma referência textual anafórica, elementos já citados
anteriormente.
c) indica tratar-se de questões relacionadas a um futuro próximo em uma
referência temporal.
d) poderia ser substituído pela forma “estes” sem qualquer prejuízo de sentido
ou transgressão gramatical.
Comentário: O pronome demonstrativo “Esses”, o qual inicia o último
parágrafo, é um recurso anafórico que retoma os pensamentos relatados
anteriormente no texto. Como há uma retomada de forma geral, isto é, não há
referência a uma palavra em contraste com outra, cabe apenas o pronome
demonstrativo “Esse”.
A alternativa (A) está errada, porque esse pronome se refere à terceira
pessoa do discurso. Fica fácil confirmarmos isso porque o pronome “Esses” faz
parte do sujeito “Esses problemas”, o qual leva o verbo à terceira pessoa do
plural: “apresentam”.
A alternativa (B) é a correta, pois, conforme argumentação acima, há
recurso anafórico, por retomar informação anterior.
A alternativa (C) está errada, pois tal pronome não se refere ao recurso
dêitico de tempo, mas anafórico.
A alternativa (D) está errada, pois não poderia ser substituído por
“estes”, haja vista retomar informação anterior de caráter geral, e não duas
informações em contraste, como quando utilizamos o recurso “este-aquele”.
Gabarito: B

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5) A conclusão a que os autores chegam com a última frase do texto revela um


comportamento, por parte dos indivíduos, que pode ser entendido como:
a) positivo
b) incoerente
c) limitador
d) saudável
Comentário: Como o autor critica a nossa conduta quanto à percepção de
nossa memória, certamente não cabe um adjetivo de tom positivo. Assim,
eliminamos as alternativas (A) e (D).
No último parágrafo, percebemos que, se pensarmos que temos “má
memória”, podemos piorar nosso desenvolvimento cognitivo. Assim,
passaremos a ter uma limitação. Assim, a alternativa (C) é a correta. Essa
limitação fica ainda mais evidente com o último período do texto:
“Quanto mais nos convencemos de que temos “má memória”, mais cresce a
probabilidade de simplesmente aceitarmos isso como um fato e deixarmos de
trabalhar para melhorá-la.”
Note que não cabe “incoerência”, haja vista que, dentro da lógica do
leitor, pode haver o pensamento de que há má memória.
Gabarito: C

6) Uma importante ferramenta linguística de coesão textual consiste no


emprego do pronome relativo, que contribui para a sequência de ideias sem a
repetição de palavras. Desse modo, assinale a opção em que NÃO se destaca
um exemplo de pronome relativo.
a) “Espera que sua memória seja perfeita?”
b) “Nesta nossa era tecnológica, em que tudo acontece depressa,”
c) “A lista de coisas que esperamos que nossa memória guarde é infinita.“
d) “Primeiro, são percepções subjetivas que temos de nossa própria
memória,“
Comentário: O pronome relativo “que” inicia oração subordinada adjetiva,
retoma substantivo e pode ser substituído por “o qual” e suas variações.
Assim, a alternativa (A) não apresenta pronome relativo, haja vista que a
palavra “que” é precedida de um verbo. Tal palavra, na realidade, é uma
conjunção integrante, pois podemos substituir a oração subordinada
substantiva objetiva direta “que sua memória seja perfeita” por isso (Espera
isso).
Já as demais alternativas apresentam pronome relativo “que” e ele
retoma substantivo anterior. Veja a troca por “o qual” e suas variações para
termos certeza:
“Nesta nossa era tecnológica, na qual tudo acontece depressa,”
“A lista de coisas as quais esperamos que nossa memória guarde é infinita.“

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“Primeiro, são percepções subjetivas as quais temos de nossa própria


memória,“
Gabarito: A

7) Após a leitura do texto e considerando o título, é possível afirmar que as


opções abaixo estão relacionadas à percepção que o indivíduo tem sobre a
memória, exceto uma. Assinale-a.
a) Essa percepção não reflete a real capacidade mental do indivíduo.
b) Tal percepção pode gerar negatividade e, consequentemente, ansiedade.
c) Essa percepção exige mais das habilidades memorialísticas do que deveria.
d) Tal percepção contribui para uma avaliação mais objetiva e diagnóstica.
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois a percepção que o indivíduo
tem sobre a memória não reflete a sua real capacidade mental, conforme se
observa no último parágrafo: “Esses pensamentos apresentam alguns
problemas. Primeiro, são percepções subjetivas que temos de nossa própria
memória, e não avaliações objetivas de nossa real capacidade mental.”
A alternativa (B) está correta, conforme se observa no último parágrafo:
“Assim, são imensuráveis, não podem ser testados e levam à negatividade.
Mais ainda, essa negatividade cria ansiedade e diminui a autoestima,
agravando os problemas de memória.”
A alternativa (C) está correta, pois entendemos que essa percepção
exige mais das habilidades memorialísticas do que deveria em passagens
como: “Talvez espere que sua memória seja perfeita, que armazene o
nome de cada pessoa que você conheceu na vida, que não o deixe esquecer
seus compromissos, ocasiões e acontecimentos especiais, que o lembre das
exigências de um determinado trabalho e do prazo para entregá-lo, que saiba
o que há na geladeira e quais são os ingredientes necessários para o preparo
de um prato para o jantar, que memorize a agenda de seu cônjuge, de seus
filhos e de outras pessoas queridas.”
A alternativa (D) é a exceção, pois tal percepção que temos da memória
não contribui para uma avaliação mais objetiva, mas o contrário; como se
observa no último parágrafo: “Esses pensamentos apresentam alguns
problemas. Primeiro, são percepções subjetivas que temos de nossa própria
memória, e não avaliações objetivas de nossa real capacidade mental.”
Gabarito: D

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8) Assinale a opção em que NÃO se indica corretamente o valor semântico dos


conectivos em destaque.
a) “Precisa escrever tudo para não se esquecer de nada? “ (1º§) – finalidade
b) “talvez você veja sua memória como um tipo de dispositivo gravador”
(2º§) – conformidade
c) “E quando esquecemos uma única coisa,” (2º§) – tempo
d) “Assim, são imensuráveis, não podem ser testados e levam à
negatividade.” (3º§) – conclusão
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois entendemos o valor de
finalidade na preposição “para”. Tanto assim que podemos substituir tal
conectivo por “a fim de”. Veja:
Precisa escrever tudo a fim de não se esquecer de nada?
A alternativa (B) é a errada, pois a conjunção “como” não transmite
valor de conformidade, neste contexto, mas de comparação hipotética. Para
tanto, podemos substituí-la pela locução conjuntiva “como se”, inserindo um
verbo. Veja:
talvez você veja sua memória como se fosse um tipo de dispositivo gravador
A alternativa (C) está correta, pois a conjunção “quando” traz valor
evidente de tempo.
A alternativa (D) está correta, pois o conectivo “Assim” traz valor de
conclusão e pode ser substituído por “Portanto”.
Gabarito: B

Texto II

9) Os dois textos abordam o mesmo tema, contudo, ao confrontá-los,


percebemos que:
a) o segundo texto apresenta um traço seletivo da memória associado às
preferências.
b) apenas, no primeiro texto, apontam-se falhas da memória.
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c) o segundo texto é mais claro em função da presença de elementos não-


verbais.
d) o conteúdo do primeiro texto nega completamente a situação descrita no
segundo.
Comentário: Os dois textos têm relação com a memória, mas notamos que o
segundo realmente apresenta um traço seletivo da memória associado à
preferência do personagem ao futebol, enquanto ele não se lembra de alguns
fatos relativos ao relacionamento conjugal. Assim, a alternativa (A) é a
correta.
A alternativa (B) está errada, pois ambos os textos abordam a questão
da falha da memória: o primeiro mostra que as percepções que temos de
nossa própria memória são subjetivas e levam à negatividade, a qual cria
ansiedade e diminui a autoestima, agravando os problemas de memória. Os
três primeiros quadrinhos do texto II ilustram falhas de memória.
A alternativa (C) está errada, pois o fato de haver elementos não
verbais, como a imagem dos quadrinhos, não significa que o segundo texto
seja mais claro, mesmo porque o texto I apresentou argumentos convincentes
sobre a nossa percepção de memória.
A alternativa (D) está errada e devemos observar a expressão categórica
“nega completamente”. Isso por si só já torna a alternativa errada, haja vista
que, para um texto negar outro completamente, deve apontar uma contra-
argumentação de cada ponto do texto referenciado, o que não ocorreu no
segundo texto. Na realidade, o texto II partiu de outra perspectiva sobre a
memória, de certa forma, confirmando dados do texto I.
Gabarito: A

10) Assinale a opção em que se faz um comentário incorreto em relação ao


emprego dos sinais de pontuação no texto II.
a) no primeiro quadrinho, as reticências reforçam o constrangimento do
marido.
b) no segundo quadrinho, o ponto de exclamação enfatiza o aborrecimento
pelo fato de ter esquecido.
c) no terceiro quadrinho, a combinação dos pontos de interrogação e
exclamação anula a sensação de questionamento.
d) no terceiro quadrinho, o ponto de exclamação na fala da esposa sinaliza
sua raiva.
Comentário: Note que devemos marcar a alternativa errada.
A alternativa (A) está correta, pois as reticências e o gesto do
personagem no primeiro quadrinho mostram o constrangimento pelo qual ele
passa nesta situação. Assim, as reticências reforçam a ideia de
constrangimento.

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A alternativa (B) está correta, pois a frase exclamativa “Que cabeça a


minha!” mostra certa tristeza quanto ao esquecimento.
A alternativa (C) é a errada, pois a mescla da interrogação com a
exclamação une sentimento e questionamento. Assim, essa mescla não anula
a pergunta.
A alternativa (D) está correta, pois a expressão facial da esposa e a
expressão escrita “Que é amanhã!” demonstram que ela se mostra raivosa.
Gabarito: C

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Esses pensamentos apresentam alguns problemas. Primeiro, são percepções


subjetivas que temos de nossa própria memória, e não avaliações objetivas de
nossa real capacidade mental. Assim, são imensuráveis, não podem ser
testados e levam à negatividade. Mais ainda, essa negatividade cria ansiedade
e diminui a autoestima, agravando os problemas de memória. Ansiedade e
outras emoções negativas prejudicam a capacidade de lembrar [...] Esses
pensamentos negativos também tornam impossível o desenvolvimento da
necessária habilidade de melhorar a memória, porque eliminam a possibilidade
de mudança. Quanto mais nos convencemos de que temos “má memória”,
mais cresce a probabilidade de simplesmente aceitarmos isso como um fato e
deixarmos de trabalhar para melhorá-la.
(Douglas J. Mason e Spencer X. Smith. Cuide de sua
memória. Trad. Vera Martins. São Paulo: Arx, 2006. p.33-5.)

1) As perguntas empregadas no início do texto representam um procedimento


que:
a) revela dúvidas do enunciador à medida que busca respostas em relação ao
tema.
b) indica questões limitadas ao grupo que apresenta problemas de memória.
c) provoca dúvida no leitor quanto à validade da ideia apresentada.
d) aproxima o leitor da situação apresentada pelo enunciador.

2) A partir da leitura do texto, é correto afirmar que o seguinte posicionamento


é defendido:
a) a boa memória deve armazenar todos os dados históricos da vida de um
sujeito.
b) a percepção subjetiva do potencial da memória pode levar à negatividade.
c) a memória não sofre qualquer prejuízo com o tempo, com a idade.
d) a memória só pode sofrer influências de fatores internos e físicos.

3) O emprego da primeira pessoa do plural no discurso no texto evidencia:


a) distanciamento do interlocutor em relação ao assunto tratado.
b) isenção por parte do emissor sobre o tema em questão.
c) inclusão do emissor e do leitor nas posturas descritas.
d) aproximação do leitor em relação a práticas que excluem o emissor.

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4) O pronome demonstrativo empregado para introduzir o último parágrafo do


texto tem seu uso melhor explicado na seguinte opção:
a) refere-se aos pensamentos do interlocutor, daí um pronome de segunda
pessoa.
b) aponta, em uma referência textual anafórica, elementos já citados
anteriormente.
c) indica tratar-se de questões relacionadas a um futuro próximo em uma
referência temporal.
d) poderia ser substituído pela forma “estes” sem qualquer prejuízo de sentido
ou transgressão gramatical.

5) A conclusão a que os autores chegam com a última frase do texto revela um


comportamento, por parte dos indivíduos, que pode ser entendido como:
a) positivo
b) incoerente
c) limitador
d) saudável

6) Uma importante ferramenta linguística de coesão textual consiste no


emprego do pronome relativo, que contribui para a sequência de ideias sem a
repetição de palavras. Desse modo, assinale a opção em que NÃO se destaca
um exemplo de pronome relativo.
a) “Espera que sua memória seja perfeita?”
b) “Nesta nossa era tecnológica, em que tudo acontece depressa,”
c) “A lista de coisas que esperamos que nossa memória guarde é infinita.“
d) “Primeiro, são percepções subjetivas que temos de nossa própria
memória,“

7) Após a leitura do texto e considerando o título, é possível afirmar que as


opções abaixo estão relacionadas à percepção que o indivíduo tem sobre a
memória, exceto uma. Assinale-a.
a) Essa percepção não reflete a real capacidade mental do indivíduo.
b) Tal percepção pode gerar negatividade e, consequentemente, ansiedade.
c) Essa percepção exige mais das habilidades memorialísticas do que deveria.
d) Tal percepção contribui para uma avaliação mais objetiva e diagnóstica.

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8) Assinale a opção em que NÃO se indica corretamente o valor semântico dos


conectivos em destaque.
a) “Precisa escrever tudo para não se esquecer de nada? “ (1º§) – finalidade
b) “talvez você veja sua memória como um tipo de dispositivo gravador”
(2º§) – conformidade
c) “E quando esquecemos uma única coisa,” (2º§) – tempo
d) “Assim, são imensuráveis, não podem ser testados e levam à
negatividade.” (3º§) – conclusão

Texto II

9) Os dois textos abordam o mesmo tema, contudo, ao confrontá-los,


percebemos que:
a) o segundo texto apresenta um traço seletivo da memória associado às
preferências.
b) apenas, no primeiro texto, apontam-se falhas da memória.
c) o segundo texto é mais claro em função da presença de elementos não-
verbais.
d) o conteúdo do primeiro texto nega completamente a situação descrita no
segundo.

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10) Assinale a opção em que se faz um comentário incorreto em relação ao


emprego dos sinais de pontuação no texto II.
a) no primeiro quadrinho, as reticências reforçam o constrangimento do
marido.
b) no segundo quadrinho, o ponto de exclamação enfatiza o aborrecimento
pelo fato de ter esquecido.
c) no terceiro quadrinho, a combinação dos pontos de interrogação e
exclamação anula a sensação de questionamento.
d) no terceiro quadrinho, o ponto de exclamação na fala da esposa sinaliza
sua raiva.

1. D 2. B 3. C 4. B 5. C 6. A 7. D 8. B 9. A 10. C

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