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Auditoria nº 18191
Relatório
Sumário
I - DADOS BÁSICOS 3
II - IDENTIFICAÇÃO DOS DIRIGENTES 3
III - INTRODUÇÃO 3
IV - METODOLOGIA 4
V - CONSTATAÇÕES 5
Tópico: RECURSOS FINANCEIROS 5
VI - CADASTRO DA NOTIFICAÇÃO 11
VII - REGISTRO FINAL SOBRE A NOTIFICAÇÃO 11
VIII - CONCLUSÃO 12
IX - ANEXOS 13
Auditoria nº
Atividade homologada e encerrada em: 16/08/2018 por Hamilton Firmo Alves Filho
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SNA - Sistema Nacional de Auditoria do SUS
MS/SGEP/Departamento Nacional de Auditoria do SUS
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I - DADOS BÁSICOS
III - INTRODUÇÃO
Trata-se de Auditoria Operacional e Financeira realizada na Secretaria Municipal de Saúde-SMS de Paulo Afonso/BA e no Hospital Nair
Alves de Souza-CHESF, com a finalidade de verificar a regularidade na prestação de contas dos serviços contratados pela SMS, nos
exercícios de 2015 e 2016, em atendimento ao MPE/6ª Promotoria de Justiça de Paulo Afonso (IC N° 705.0.21978/2014 – Registro NUP
25022.008006/2016-73.
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O município de Paulo Afonso tem uma população de 119.214 habitantes com uma taxa de urbanização de 86,17% e esperança de vida ao
nascer de 72,34. Está localizado na macrorregião Núcleo Regional de Saúde (NRS) Norte constituída por 9 municípios, cuja população total é
cerca de 256.471 habitantes, representando 1,70% do estado da Bahia.
A taxa de mortalidade de crianças menores de 5 anos, em 1.995, era de 39,4 óbitos a cada mil nascidos vivos; em 2.015, este percentual
passou para 19,6 óbitos a cada mil nascidos vivos, representando redução de 50,2% da mortalidade. Em 2.014, 96,5% das crianças menores
de 1 ano estavam com a carteira de vacinação em dia, fator esse que contribui para a melhora do indicador, tendo em vista que a imunização é
considerada uma das ações que contribuem para a redução da mortalidade infantil.
No período de 2015-2016 o município de Paulo Afonso contou com um quantitativo de leitos para internação de 168 leitos distribuídos por
especialidades como a seguir: cirúrgicos: 54; clínicos: 48; Obstétricos: 45 e Pediátrico: 21.
Para o atendimento hospitalar dos usuários do SUS, o município conta com o Hospital Paulo Afonso, com gestão, dupla que dispõe de 44
leitos SUS e o Hospital Nair Alves de Souza (HNAS), gestão municipal, com 94 leitos SUS, distribuídos nas 4 clínicas básicas, e, ainda, com o
Centro de Parto Normal Lourival Emanuel dos Anjos (5 leitos) para atendimentos em obstetrícia clínica e, finalmente, o Instituto Médico São
Francisco para atendimento neurológico (1 leito).
O HNAS registrou uma taxa de ocupação hospitalar superior a 100%, taxa de mortalidade de 2,74% e tempo médio de permanência de 4,2
dias, no período auditado.
Segundo registros do Conselho Municipal de Saúde de Paulo Afonso, junto ao Ministério Público Federal e Estadual (Ofício 119/2016-CMS,
de 20/10/2016), o Hospital Nair Alves de Souza-CHESF recebeu recursos no Bloco Médio e Alta Complexidade transferidos do Fundo
Nacional de Saúde, entretanto verificou-se a existência de débitos de repasses não realizados nos supracitados exercícios, pela Secretaria
Municipal de Saúde de Paulo Afonso ao referido estabelecimento de saúde.
IV - METODOLOGIA
Fase Analítica:
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Fase Operativa
V - CONSTATAÇÕES
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tendo Parecer favorável da Procuradora Geral do Município, nesta mesma data. Da mesma forma, o HNAS/CHESF foi
habilitado e assinou o Contrato Administrativo nº 0017/2016, em 03/02/2016, com vigência de 12 meses, com valor global
de R$ 5.789.380,00 (cinco milhões, setecentos e oitenta e nove mil, trezentos e oitenta reais.), com extrato publicado no
diário Oficial do Município em 05/08/2016. Tendo o 1º Termo Aditivo de prazo, assinado em 03/02/2017, prologado a
vigência do mesmo por mais 12 meses. Estando, portanto, os referidos procedimentos compatíveis com a Lei Geral de
Licitações Públicas nº 8.666, de 21 de Junho de 1993.
Fonte da Evidência: Processos Administrativos de Credenciamento e Inexigibilidade nºs 4671/2010 e 3346/2015.
Conformidade: Conforme
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Recomendação: Atender o que determina os arts. 22, 23, 25 e 26 da Portaria de Consolidação MS/GM nº 2, de 28 de setembro de 2017,
quanto à correta utilização do Plano Descritivo.
Destinatários da Recomendação
Nome CPF/CNPJ
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE 08.704.475/0001-70
"No que se refere ao débito em relação ao prestador CHESF, esclarecemos que o Municipio de Paulo Afonso, como
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detalharemos mais adiante, conseguiu junto ao Estado da Bahia recurso para pagamento, dentre outros, de prestadores
de serviços dentro do Teto financeiro de Média e Alta Complexidade (MAC) , dentre eles a CHESF, em valor de teto médio
de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), haja visto que o TETO MAC que o município recebe do Ministério da Saúde é
bastante inferior aos custos dos serviços prestados nesta modalidade, o que justifica o referido aporte através do Fundo
Estadual de Saúde. Entretanto, como pudemos perceber após quatro meses de vigência do contrato entre o município e a
SESAB, a CHESF passou a receber diretamente do Governo do Estado da Bahia, os recursos referentes às produções de
BPA e AIH, recursos estes que estávamos aguardando serem creditados em nosso fundo municipal para posterior
pagamento dos serviços realizados. Ainda nesta Seara, vale consignar que no contrato firmado com a CHESF e o
Municipio de Paulo Afonso tem por obrigação custear os atendimentos realizados no Hospital Nair Alves de Souza dos
pacientes da Cidade de Paulo Afonso e microrregião pactuada, entretanto a CHESF tem encaminhado notas para
pagamento de todos os pacientes atendido no Hospital, pacientes esses dos estados de Alagoas, Sergipe, Pernambuco
dentre outros. Com isso, o Município de Paulo Afonso não reconhece os valores cobrados pela CHESF, já que no contrato
de prestação de serviço firmado entre as partes há previsão apenas de pagamento dos pacientes da cidade de Paulo
Afonso e Microrregião. Com relação à aplicação dos recursos, vale registrar que o Município de Paulo Afonso paga o
prestador de serviço Chesf com recurso da MAC (Média e Alta Complexidade) complementado com recursos próprios. Por
não reconhecer o valor cobrado pela CHESF, a municipalidade tem aplicado os recursos da MAC no pagamento dos
prestadores de serviços médicos (credenciamentos), aquisição de medicamentos, além do custeio do Hospital Municipal
de Paulo Afonso HMPA, não havendo que se cogitar em aplicação irregular das verbas ou seu desvio de finalidade. Aliado
a tudo que foi dito, encontra-se em andamento uma negociação entre a presidência da Chesf e o município, no que tange a
um possível "encontro de contas", haja visto que a municipalidade reconhece um débito da Chesf para com o município na
modalidade fiscal, que supera os valores atualmente cobrados pela mesma, através do Hospital Nair Alves de Souza e que
encontra-se em processo de judicialização, iniciada pela referida empresa".
Análise da Justificativa: A equipe não acatou a justificativa apresentada pelo gestor, considerando-se que a SMS assinou o Contrato
Administrativo nº 0017/2016 com o HNAS para prestar serviços médicos especializados na área de Média
Complexidade em 03/02/2016 e durante o período de vigência desta auditoria a equipe comprovou que os
serviços foram efetivamente prestados, conforme Constatação nº 526147 constante no Relatório do HNAS, e
não houve a contra partida financeira realizada pela SMS. Conforme Planilha de Pagamentos anexa e
Relatório Financeiro emitido pelo HNAS, com as respectivas Notas Fiscais, não há pagamentos ao hospital
desde Novembro de 2015, contrariando a Cláusula Oitava-Obrigações do Contratante, dos Contratos n.º
04/2011 e 0017/2016 e Edital de Credenciamento nº 001/2016, no item 7-Pagamentos, ao estabelecer que os
pagamentos das faturas ocorrerão 05 (cinco) dias após a sua apresentação, referentes aos serviços
efetivamente prestados.
Acatamento da Justificativa: Não
Responsável(eis)
Nome CPF/CNPJ
ALEXEI VINICIUS DA SILVA 965.759.725-00
IVALDO SALES NASCIMENTO JUNIOR 770.185.594-72
Recomendação: Cumprir com o que determina os termos dos ajustes contratuais, Contratos n.º 04/2011 e 0017/2016 e Edital de
Credenciamento nº 001/2016, no item 7-Pagamentos, ao estabelecer que os pagamentos das faturas ocorrerão 05
(cinco) dias após a sua apresentação, referentes aos serviços efetivamente prestados, bem como o art. 303 da Portaria
de Consolidação nº 06, de 28 de Setembro de 2017, do Ministério da Saúde, que estabelece o prazo de até o 05ª dia útil,
após o FNS creditar na conta bancária do Fundo Municipal de Saúde, para quer os Gestores efetuem o pagamento aos
estabelecimentos de saúde que prestam assistência de forma complementar ao SUS.
Destinatários da Recomendação
Nome CPF/CNPJ
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE 08.704.475/0001-70
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Estadual de Saúde da Bahia/SESAB diretamente em sua conta corrente, pelos serviços médicos prestados pelo HNAS no
exercício de 2016.
Assim há um flagrante desrespeito ao Art.20 da Lei Complementar nº 141, de 13/01/2012, a qual estabelece que as
transferências dos Estados para os Municípios destinadas a financiar ações e serviços públicos de saúde serão realizadas
diretamente aos Fundos Municipais de Saúde, de forma regular e automática, em conformidade com os critérios de
transferência aprovados pelo respectivo Conselho de Saúde e com o Art.21 e seu Parágrafo Único da Portaria GM/MS Nº
3.410, de 30/12/2013, vigente à época, que estabelece as diretrizes para a contratualização de hospitais no âmbito do
Sistema Único de Saúde (SUS) em consonância com a Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP), a seguir:
"Art.21: A contratualização será formalizada por meio de instrumento celebrado entre o gestor do SUS contratante e o
prestador hospitalar sob sua gestão, com a definição das regras contratuais, do estabelecimento de metas, indicadores de
acompanhamento e dos recursos financeiros da atenção hospitalar.
"Parágrafo único. Para fins da contratualização hospitalar, recomenda-se que todos os instrumentos formais de
contratualização que envolvam a prestação de ações e serviços de saúde em um mesmo estabelecimento sejam
celebrados pelo gestor público de saúde do respectivo ente federado contratante, mesmo havendo a oferta e
cofinanciamento de ações e serviços por outro ente federado".
Fonte da Evidência: Contratos nº 17/2016 e 28/2016, Ofícios CHESF: CE-APA-0109/2017, de 24/01/2017 e CE-APA-1.890/2016, de
22/11/2016. Cópia do cheque nº 850087, emitido pela CHESF, com o respectivo comprovante de depósito na
conta do FESBA, em 23/01/2017.
Conformidade: Não Conforme
Justificativa: "Com relação ao contrato realizado entre o Município de Paulo Afonso e a SESAB, o mesmo foi fruto de negociação entre
os dois entes, uma vez que o recurso recebido no Teto de Média e AIta Complexidade (MAC), utilizado para pagar
prestadores que realizam serviço nesta modalidade e os serviços de Média e Alta complexidade da Rede própria é
insuficiente para honrar com os custos gerados nos serviços relacionados, especialmente se considerarmos o Município
de Paulo Afonso como Polo Microrregional, com uma rede diversificada de atendimentos especializados e com dois
hospitais (um da rede própria e outro contratado para AIH e BPA). Assim, foi solicitado ao Governo do Estado, através da
SESAB, um repasse financeiro para ajudar nas despesas com este bloco de financiamento. Após muita negociação, o
Governo do Estado resolveu realizar um aporte financeiro através do FESBA (Fundo Estadual de Saúde), cujo Instrumento
para realização de aporte financeiro foi o contrato citado acima. Acreditava-se que o Município receberia este aporte
Fundo-a-Fundo para suplementar o recurso MAC, mas isto só ocorreu para o Hospital da rede própria (Hospital Municipal
de Paulo Afonso HMPA), quando o Município constatou que os recursos referentes a produção do Hospital Nair Alves de
Souza não estavam sendo creditados ao Fundo Municipal de Sáude para posterior pagamento das prestações dos
serviços realizados, e sim diretamente na conta da CHESF, vinculada ao CNES do Hospital Nair Alves de Souza. Em
reunião com a SUREGS Superintendência de Regulação do Estado da Bahia), fomos informados que houve um erro
material por parte da SESAB no que se refere à confecção do contrato e que a única forma de realizar repasse de recurso
para as produções de BPA e AIH' s do H.N.A.S., seria a contratação direta desta Instituição, porém já havia recebido da
CHESF a informação que esta não tinha interesse na contratação e que a referida Instituição havia devolvido os valores
recebidos até então. Mister se faz observar que o Município de Paulo Afonso não recebeu em seu Fundo Municipal de
Saúde, qualquer valor referente a prestação de serviços do Hospital Nair Alves de Souza, pois como houve devolução do
recurso nenhum serviço prestado pelo Hospital em questão foi efetivamente pago, não havendo que se falar em
desrespeito aos princípios da Lei complementar nº 141/2012, já que o Município apenas tomou conhecimento que os
valores estavam sendo creditados diretamente na conta da CHESF, quando buscou a SESAB para questionar o não
recebimento dos valores em seu Fundo Municipal de Saúde. Finalmente, cientes de termos prestado as informações
solicitadas, renovamos os nossos votos de estima e consideração, colocando-nos à disposição."
Análise da Justificativa: Justificativa acatada parcialmente pela equipe, considerando-se que o HNAS devolveu à SESAB os recursos
recebidos diretamente em sua conta e a SMS reconheceu o erro, pois todos os recursos deverão transitar pela
conta do Fundo Municipal de Saúde. Entretanto, faz-se necessário a aquiescência dos gestores do Hospital
nos termos contratuais, pois o HNAS não pertence ao Município e o referido contrato encontra-se vigente.
Acatamento da Justificativa: Parcialmente
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Recomendação: Atender o que determina o art.21 da Portaria de Conolidação nº 2, do Miinistério da Saúde, de 28/09/2017, ao
estabelecer que a contratualização será formalizada por meio de instrumento celebrado entre o gestor do SUS
contratante e o prestador hospitalar sob sua gestão.
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VI - CADASTRO DA NOTIFICAÇÃO
Notificação efetivada conforme com o Art. 13, Capítulo II, Anexo VII, da Portaria de Consolidação MS/GM Nº 04, de 28 de setembro de 2017,
visando assegurar aos interessados o amplo direito de defesa, com prazo para apresentação da justificativa de 15 dias, contados a partir da
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data da notificação e inciso LV do Art. 5º da Constituição Federal, que garante o direito contraditório e amplo de defesa. Apresentou
justificativa por escrito, sobre as não conformidades registradas neste relatório, o notificados através do Ofício n°
609/2018/SEAUD/BA/DENASUS/MS. Não apresentou justificativa por escrito, sobre as não conformidades registradas neste relatório, o
notificado através do Ofício n° 605/2018/SEAUD/BA/DENASUS/MS, recebimento do AR em 22/06/2018.
VIII - CONCLUSÃO
Segundo os apontamentos mencionados no corpo desse relatório e no da unidade hospitalar, conclui-se que os serviços prestados pelo
HNAS não atendem na sua integralidade às diretrizes para contratualização de hospitais em consonância com a Política Nacional de Atenção
Hospitalar (PNHOSP), no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), visto que os instrumentos formais de contratualização celebrados entre
o HNAS/CHESF e o Município de Paulo Afonso não contam com Documento Descritivo (Plano Operativo), onde deve ser detalhada a
programação das metas quantitativas e qualitativas. Salienta-se também, que não foi designado formalmente, por parte da SMS, um
funcionário para acompanhar e fiscalizar os referidos contratos. Ressalta- se ainda, que a Unidade, no período auditado, apresentou um
quantitativo superior de internações quando se comparando ao quantitativo da produção aprovada no SIH/SUS. Este fato foi justificado como
sendo decorrente da não aprovação no SIH/SUS de AIH previamente autorizada por parte do Gestor da Secretaria Municipal de Saúde, tendo
em vista tratar-se de usuários de municípios não pactuados com o município de Paulo Afonso. Tais fatos corrobora a necessidade de se
cumprir a legislação referente à obrigatoriedade do Documento Descritivo, com os ajustes necessários, visando o cumprimento das metas
pactuadas na contratualização e considerando a Política Nacional de Regulação do SUS, prevista na legislação pertinente.
As não conformidades registradas nesse relatório implicam em pendências que foram observadas na execução financeira dos contratos
firmados entre o município de Paulo Afonso e a Chesf, pois o Município ainda possui contrato firmado com o HNAS para prestar serviços
médicos especializados na área de Média Complexidade e durante o período de vigência desta auditoria a equipe comprovou que diversos
serviços foram efetivamente prestados e não houve a contra partida financeira realizada pela SMS, configurando descumprimento de
obrigação contratual por parte do Município, com consequente reflexos sobre a qualidade dos serviços prestados aos usuários do SUS.
É o Relatório.
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IX - ANEXOS
RELATÓRIO FINANCEIRO
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