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IAS, tjM^
Ficha 005/CISA
COMFIDEWCIAL
MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA
COMANDO GERAL DO AR Em 27 Ago 84
IV COMAR - ESTADO-MAIOR
2/ SEÇÃO
5 - REFERÊNCIA __ .x.
NUMERAÇÃO
CONFIDENCIAI
(Continuação do INFE n9 0 4 7 / A - 2 / I V COMAR, de 27 Aqo 84) .
CONFIDENCIAL
e de falta de iniciativa por parte dos organismos de base, avançí
dos entraves que têm surgido na construção-funcionamento de grane
tido. \JAI-M?, ç-lfbQ
Para cumpri-Io, conclamamos todas as células "para-!que es
crevam ao jornal, fazendo chegar a correspondência aos cuidados do COMITÊ REGIONAL
Os demais organismos também poderão escrever.
Temos especial interesse no plano de atividades das célu
Ias, no seu funcionamento, nas suas dificuldades, na experiência de construção de
grandes células em fábricas, bairros e escolas".
Compõe ainda a edição de número 1 do "JORNAL DA CÉLULA" o
artigo de fundo "As CÉLULAS DE BASE DO PARTIDO". Do exame do referido texto, de-
preendeu-se a atual orientação da direção do partido, voltado para a construção de
grandes células, isto é, com um efetivo numeroso , e totalmente voltado para os
seus locais de atuação nesse contexto, reporta-se o "JORNAL DA CÉLULA", ã guisa de
exemplo, âs células que o partido possuia na década de 50, "que reuniam mais de
1000 militantes", e que, devido a esse fator, possuiam "enorme influência de massa"
Como evidência do crescimento do partido ã base de células que planejavam criterio-
samente a sua construção a partir do seu local de atuação, cabe reproduzir o "exem
pio" fornecido pelo "JORNAL DA CÉLULA", bastante elucidativo acerca da atuação do
PCdoB e seu "modus operandi":
"Em cidade do interior do Estado, os companheiros do Se-
cretariado do COMITÊ MUNICIPAL chamaram a si a tarefa de acompanhar de perto a
construção do partido. Implantado numa grande fábrica com uma célula de 15 camara^
das, tomaram medidas para consolidar essa célula, não expondo desnecessariamente
seus efetivos ao desemprego. No planejamento de seu crescimento, apoiou-se o traba
lho da fábrica com o do bairro, onde moram muitos operários dessa e de outras fã -
bricas. Logo lideramos uma invasão e nasceu o Movimento de Mulheres, nesse mesmo
bairro. Assim, tendo como eixo a fábrica e os operários, já há célula também no
bairro, além da Organização de Massa das Mulheres".
Conforme se observa, de uma célula de fábrica, os militan -
tes do PC do B nessa cidade não especificada do Interior de São Paulo, conseguiram
expandir a área de influência do partido, mercê do recrutamento e, principalmente,
em virtude da interação do trabalho político em diferentes seguimento do Movimento
de Massa pré-existentes na mesma área.
4. A edição de número 2, de Fev 84, do "JORNAL DA CÉLULA" in-
clui, abaixo do título do periódico, o termo "campo" no palavra de ordem "PELA
CONSTRUÇÃO DE CÉLULAS FORTES NAS FABRICAS, CAMPO, BAIRROS E ESCOLAS"; a edição an-
terior não abrangia o compesinato do referido "slogan", "equívoco" desfeito no seu
número 2. Veicula a citada edição do "JORNAL DA CÉLULA" o artigo "AS CÉLULAS DE BA
SE E A CAMPANHA PELAS DIRETAS", referente ã participação do PCdoB na campanha popu
lar pelas eleições diretas â Presidência da República, a partir de seus organismos
*base' CONFIDENCIAL
- segue -
(Continuação do INFE n<?047/A-2/IV CCMAR, de 27 Ago 84) <^fW?+^^KH^?+Ç+9-K> f l 03
CONFIDENCIAL. n*3.ir, p.s/éa
5. O exemplar de número 3, de Mar 84, do "JORNAL DA CÉLULA.",ã
guisa de "expediente", como se fora' um jornal legal, apresenta-se como o "órgão
do CR de SP do PCdoB". É dedicado espaço às comemorações pelo transcurso do 259 a
niversário de fundação do Partido, em 25 Mar. O artigo "MAIS MILITANTES PARA O
PARTIDO" reporta-se ao esforço desenvolvido pelo PCdoB no sentido de recrutar mais
militantes para organização, dentro da chamada "Campanha KARL MARX de Construção
Partidária", concluída em 25 Mar 84. 0 artigo "E TAREFA DAS CÉLULAS O FIM DA SEMA
NA VERMELHO" convoca a militância do partido a organizar nos dias 24 e 25 a exem-
plo do anteriormente realizado nos dias 18 e 19 Fev 84 - o chamado "fim de semana
vermelho", que se traduz em um esforço coletivo da organização, do tipo "mutirão1,1
particularmente voltado para os trabalhos de agitação e propaganda com o "jornal
de massas" - o semanário "TRIBUNA DA LUTA OPERARIA" e de recurtamento. Veicula a-
inda a edição de número 3 do "JORNAL DA CÉLULA" o questionário "VOCÊ E UM BOM MI-
LITANTE?", abordando as seguintes questões:
- "Você freqüenta as reuniões da célula?
- Você lê as matérias partidárias:
. Jornal de massas
. A CLASSE OPERARIA
. JORNAL DA CÉLULA
. A REVISTA TEÓRICA
. MATERIAIS DO CONGRESSO;
- Você atua: na venda militante:
. Do jornal de massas no local onde atua"
. Do jornal de massas em mutirões
. Da revista teórica
. Dos materiais do Congresso;
- Você está envolvido em lutas específicas no local onde
atua;
- Você recruta novos elementos para o Partido no local onde
atua;
- Você contribui financeiramente na sua célula de base;
- Você sindicaliza ou associa companheiros no local onde
atua;
- Você freqüenta a entidade (sindicato, SAB, DA etc);
- Você está em contacto estreito com a massa de seu local,
costuma visitar os companheiros;
- Você procura os dirigentes da célula ou Comitê para se
esclarecer sobre as tarefas do Partido."
Aos questionados são fornecidas as opções "muito pouco" ,
"às vezes" e "com regularidade", para as respostas ao questionário em tela. Obser
va-se que no questionário, "Jornal de Massas" trata-se do semanário "TRIBUNA DA
LUTA OPERARIA", a "revista teórica" ê, em verdade, a revista "PRINCÍPIOS", enquan
to que em "Materiais do Congresso" estão consubstanciados os documentos aprovados
CONFIDENCIAL - -*» -
(Continuação do INFE 047/A-2/IV OCMAR^ fe.27^g^ 84) Ç M ^ H P + 9 4 ^ ^ ^ 5 j 4 a ^ j ^ ^ l 04
pelo VI Congresso Nacional do Partido, realizado em Fev 82, eritSa ^&Èi%iê^ r' "fS ~
TUDO CRÍTICO ACERCA DA VIOLÊNCIA REVOLUCIONARIA", o "INFORME PSLíWóJSÔ CofejíSSO
DO PC do Brasil" e o "INFORME DE ORGANIZAÇÃO AO CONGRESSO DO PCcb^Vjiljffétepr inti
tulado "REFORÇAR O PARTIDO COM MAIS OPERÁRIOS DE VANGUARDA" explicita essa "tarefa
política" do partido e sugere, para a sua consecução, que se venda o "jornal de
massas" nas portas das fábricas e nos bairros de "bõias-frias", que se atue nos
Sindicatos, nos Grêmios, nas CIPA, que se incrementem as "visitas" aos operários,
e que os militantes estejam presentes nas campanha pela reforma agrária.
Expressivo espaço jornalística é dedicado ã Secção "AGENDA & CORRESPONDÊNCIA" na
edição de Mar 84 do "JORNAL DA CÉLULA", reproduzindo aquele mensário, entre ou-
tras correspondências recebidas, a carta da militante "M", apontada como "dirigen-
te de uma grande célula de bairro em uma cidade do interior paulista". Conforme o
texto aposto ao final da carta da militante "M", "a sua célula já conta com qua-
se 40 pessoas", bem como "levou 5 ônibus para o Comício das Diretas" - acredita-se
que seja o realizado em 25 Jan 84, em São Paulo-SP - além de estar organizando " a
luta por creches e constituindo uma Associação de Bairro no local em que atua.
CONFIDENCIAL - -»• -
i
(Continuação do INFE n9 047/A-2/IV COMAR, de 27 Acro 84) <>
m-3.^^s(6S) CONFIDENCIAL
empresas. A guisa de encarte, a edição de número 5 do "JORNAL1
o texto doutrinário "ABC do SOCIALISMO: 0 MARXISMO - UMA REVOÍ
TO SOCIAL", destinado â difusão aos militantes estruturados em
tura e discussão.
8. A edição de número 6, de Jun 84, do JORNAL DA CÉLULA", em
seu "expediente" afirma:
"0 JC se propõe a ser um instrumento de dirigentes e mili
tantes na importante tarefa de crescimento do Partido..."
0 qué demonstra que o referido periódico, em seis meses
de existência, sofreu uma evolução qualitativa em seu objetivo, pois, como se
recorda, em seu editorial de apresentação, em Jan 84, assim se pronunciava quan
to aos seus objetivos:
"0 JORNAL DA CÉLULA é um instrumento voltado especialmen-
te para os camaradas que militam numa base do Partido".
No artigo "FORTALECER 0 PARTIDO E RECRUTAR MAIS OPERÁRIOS
DE VANGUARDA", o "JORNAL DA CÊLUIA", isto é, o CR de SÃO PAULO do PCdoB, avalia
as perpectivas de crescimento do Partido e enfatiza a necessidade de se recrutar
militantes preferencialmente no interior da classe operária, em particular, " em
seu setor mais combativo, numeroso e experiente - os metalúrgicos".
Na Secção "COLUNA DAS FABRICAS" é veiculado o artigo "Ex-
periências na Construção do Partido", que se reporta ãs atividades de recrutamen
to de operários no interior das fábricas e conclui afirmando que "a vida tem de-
monstrado que é possível construir o Partido dentro da fábrica, que os operári-
os estão abertos para as idéias de socialismo".
São ainda veiculados o artigo "AGITAÇÃO E PROPAGANDA: TA-
REFA PERMANENTE E CRIATIVA, a Secção "AGENDA ' CORRESPONDÊNCIA' e a Secção dou -
trinária "ABC do SOCIALISMO", veiculando o tema "O MANIFESTO DO PARTIDO COMUNIS-
TA (1848)", de MARX e ENGELS.
9. Conforme se conclui, o "JORNAL DA CÊLUIA" representa para
o coletivo militante do PCdoB estruturado na área do CR de São Paulo - e, mais
especificamente para o Secretariado daquele organismo dirigente, responsável pe-
la sua edição - em verdade, um instrumento de natureza "organizativa", em virtu-
de de sua circulação ter um caráter restrito ã militancia local do partido, não
se constituindo, em decorrência desse fato, em um instrumento de agitação e pro-
paganda.
O seu caráter "organizativo" lhe confere a faculdade de
se transformar em eficiente canal de transmissão da orientação política emanada
da direção da organização aos seus escalões subordinados, ao mesmo tempo em que
se converte em um instrumento de enquadramento partidário e em um veículo de d±e
vulgação de assuntos doutrinários para neófitos no Partido. Evidências significa
tivas do atual estágio atingido pelo trabalho de construção partidário ora ence-
tado pela direção do PCdoB são assinaladas na análise dos exemplares em anexo
CONFIDENCIAL - «** -
•
(Contiuuac-ao do » nv 047/A-2/XV « , * £ ^ 3 4 , ^ — - — »6
CONFIDENCAL w,s.^f-*
fc . . o * , Da c a n » - . entre ^ s l - e ^ s e o l e t i v o c o l a d o p ^ r
Z* ae construir células o » pandas efetivos militantes e r e l a t r v a a u t o n o -
™,T t ica prioritariamente no interior das fábricas; a rnteraçao
O DESTINATÁRIO E RESPONSÁVEL
PELA MANUTENÇÃO DO SIG;LC DES-
T t DOCUMENTO. ( A n . 12 . D« . n.o
79.009/77 . Regulamento para Salveguerda
d * A«suntes Sigilos).
CONFIDENCIAL
ÓRGÃO DO COMITÊ REGIONAL DE SÃO PAULO DO PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL - -
e
n9 março - abril 1883 ANO IV
r V ^ ^ r , (tf<o6
CONGRE
Tèl T
w-5^r, p - ^
A
MAIS UMA VITORIA DO PARTIDO
Por convocação do fX, como etapa ne - Paulo foi fundamentalmente positiva se bei
cessaria ã preparação do Congresso do P a r t i - que ainda existam problemas, particularmen-
do, realizou-se em São Paulo, no mês de de t e a e s t r e i t e z a na ação p o l í t i c a , que preci-
zembro de 1982, a conferência Regional do sam ser superados.
Partido Comunista do B r a s i l . . -
5 Elegeu-se também *entre camaradas rj
2 A Conferência, tendo era v i s t a o papel presentativos da região os delegados ao Coi
destacado que p camarada joga em nosso Parti gresso. Por último foi e l e i t o o novo Comitê
do e junto ao movimento comunista mundial, ê Regional segundo c r i t é i r o s aprovados pel(
legeu por aclamação, como seu presidente de p l e n á r i o de reforçar o núcleo d i r i g e n t e que
honra,o camarada João Amazonas. Também no í vem se formando na região, de reforçar a pre
nfcio dos trabalhos foi rendida homenagem ã sença de operários no Comitê e de destacar
camarada Lúcia Poço, membro do Comitê Refio- também camaradas que vêm contribuindo de foi
nal, operaria, destacada combatente comunis- ma proenimente para imprimir um ritmo de a
é^recen temente falecidaj vanço ã atividade do Partido. Eleitos dentro
de um amplo processo de discussão política o
3 Segundo as nomias estabelecidas a Con Comitê Regional assumiu consciente das enor-
ferência teve como pauta: I - a discussão das mes responsabilidades que tem de d i r i g i r o
Teses do Congresso; I I - avaliação da a t i v i - Partido em São Paulo cumprindo as resolu -
dade do Partido em São Paulo; I I I - eleição ções do c o l e t i v o se esforçando por elevar
dos delegados ao Congresso; IV- eleição do qualitativamente a ação do Partido em todas
Comitê Regional. Os delegados presentes â as f r e n t e s .
Conferência, representantes de todas as fren
tes de trabalho do P a r t i d o , apreciaram as dT 6 A Conferência Regional marcou uma no
versas questões da pauta. As Teses do Con - va fase na vida do Partido. Precedida de dis
gresso, após serem d e b a t i d a s , foram aprova cussões e eleição de delegados em todos os
das por unanimidade. 0 informe p o l í t i c o e de n í v e i s , em todo e s t e processo avançamos na
organização após debates i n t e n s o s , foram tam compreensão da p o l í t i c a e na unificação : de
bem aprovados, sendo a e l e s agregados suges- todo o P a r t i d o . 0 coletivo p a r t i d á r i o amadu-
tões diversas. Finalmente foram e l e i t o s os receu e s e sente mais seguro e capaz de cum
delegados a sessão do Congresso e o novo Co p r i r as imensas tarefas que o momento revolu
mitê Regional. c i o n ã r i o nos coloca. 0 debate foi fecundo.as
c r í t i c a s das debilidades foram f e i t a s de for
4 Desenvolveu-se uma r i c a discussão so ma aberta e ampla. £ sensível o avanço do co
bre a situação p o l í t i c a de São Paulo, o ba~ l e t i v o estadual. A visão e s t r e i t a que enten
lanço da atividade do Partido e sobre as de a ação do Partido c i r c u n s c r i t a a peque ~
mossas:tarefas fundamentais. A Conferência nos grupos vem sendo c r i t i c a d a de forma am
considerou que as eleições de 15 de novem - pia pelo c o l e t i v o . Há um esforço visível de
3ro representaram um grande avanço na luta a t i v a r as diversas frentes de trabalho, de
Ia oposição democrática. 0 regime m i l i t a r so elevar a n o s s a ação p o l í t i c a , de avançar na
Freu esmagadora derrota e perdeu uma impor - construção da frente democrática e da unida-
:ante base de apoio p o l í t i c o . A participa - de popular. Avançamos também nos métodos de
;ão dos comunistas nesta b a t a l h a c o n s t i t u i u - direção. Ouve-se mais o coletivo e contrcla-
•se também no ponto a l t a da nossa atividade. - s e mais a atividade de cada um.
'artindo de uma posição e s t r e i t a e exclusi -
•ísta, evoluímos para uma melhor compreensão 7 A Conferência considerou que no pre -
•o significado das eleições e do papel que sente quadro, de agravamento acelerado tia
í jogávamos. A partir*de então o Partido a c r i s e nacional, dois eixos fundamentais
ançou e contribuiu para a derrota do r e g i - devem d i r i g i r nossa atividade : I- transfor-
ie e ainda deu a campanha peemedebista um mar nosso Partido num Partido de ação p o l í t i
aráter mais combativo. Também foi examinada ca de massas, que se v o l t e para a mobiliza -
conjunto da atividade p a r t i d á r i a no perío ção e organização das massas e particularmen
o que vai da Conferência de &\ a de 82. Con t e da c l a s s e operária; I I - para cumprir com
iderou-se que a atuação do Partido em São esta tarefa magna precisamos de um Partido»~
JKIDÃDÉ^ÃrCLASSE OPERÁRIA
scssa M,»m*ml,}Êt,l'+iJà nptimnnrr-r— 1 '• " t — *ÇBB—
W*.*V, p. W D
0 Comitê Regional, reunido em março a
provou um documento político e de organiza ~
çao definindo as principais tarefas que de
vem nortear a ação dos comunistas até julho.-
Estes documentos devem ser discutidos em to
das as organizações partidárias. Cada orga --
nismo, na sua área de atuação, deve planifi-
carsua atividade tendo em vista a concreti-
zação das tarefas ali propostas. Elas defir
nem as principais questões que estão postas
para o Partido no plano político e organiza-
tivo. Com a unificação do Partido em torno
das diretivas confiamos que daremos um gran-
de passo a frente no sentido de nos colocar-
mos em condições de respondermos ãs questões
candentes que a evolução do quadro do Estado
nos coloca.
rsf
lama radas,
5 milhões de votos conferidos 30 PMDB.
Neste início de ano três aspectos,' de
rojeçao nacional, têm se avultado na políti- A posse de um governo do PMDB ê um fato
a do Estado criando um quadro novo para nos que tem profundas repercussões no nosso Esta-
a ít^ção. do e que também, pelo seu peso específico,tem
uma projeção nacional enomie. O regime m i l i -
Prijoeiro: há um notável desenvolvimento t a r deixa de contar no principal Estado do
a situação p o l í t i c a de São Paulo. Depois de país com base p o l í t i c a de apoio, junto ao go
9 anos, toda uma estrutura do poder no Esta- verno estadual, para levar a frente seus pla-
3, baseada na existência do predomínio do nos c o n t i n u í s t a s . Do ponto de v i s t a de São
artido do redime m i l i t a r , na nomeação de go
•'
Paulo abrem-se perspectivas para o avanço na
;rnadoresibiônicos,na predominância de prefeT mobilização e na organização da frente demo -
DS comprometidos com esta e s t r u t u r a , vai chê c r á t i c a e p3ra a unidade popular. Nas cidades
indo ao fim. Desde i n í c i o de fevereiro inT onde assumiram prefeitos peemedebistas já se
cu-se um processo, que t e r á seu coroamento - respira um novo ar.Cresce a movimentação ]V>lí
i 15 de março, de s u b s t i t u i ç ã o daquela es t i c a ; o debate de temas locais de i n t e r e s s e
-utura de poder por outra, fruto da vontade as massas e das grandes questões nacionais
i frente democrática e traduzida nos mais de f l o r e s c e . O movimento j>opj]ar de alguma forma
ontinuação da pag. 2~
bneroso, organizado nos p r i n c i p a i s centros esforçando por encaminhar as resoluções do
blíticos e particularmente nas grandes fã nosso Congresso e da Conferência o Partido
ricas. Com um Partido pequeno nao jogaremos a região avançará, sendo referência e guian-
papel que estamos chamados a desempenhar." do as massas populares de nosso Estado nos
8 unidos em torno do Comitê Regional.se grandes embates que se avizinham.*
UNMDADE DA CLASSE OPERÁRIA
f»r*~j"v- B — i — — — Tt TrnM
vo no Estado. Tem na cabeça o pelejo Joaquim sua mobilização e organização. Temos que cs
que busca no nosso modo de ver dois objeti - t a r atentos a i s t o , mobilizando de todas as
vos. Primeiro, a CNTJ. 0 Arqui-pelejo •' Ari formas as massas, lutando em torno de suas
Campista não ê um nome representativo que po reivindicações econômicas e s o c i a i s e, mus
de a i t i c u l a r junto ao MS. Joaquim sim:e o que i s s o , levando-as ã luta e a mobilização
presidente do maior s i n d i c a t o do p a í s , tem í p o l í t i c a . Devemos estudar as diversas formas
t r â n s i t o junto a uma grande parcela de sindi de organização que vão brotando do jnovimento
c g ^ s t a s . Mesmo do ponto de v i s t a do gover- e a t u a r no sentido de lhes dar consistência.
no pode apresentar uma a l t e r n a t i v a para o
controle do novimento s i n d i c a l nacional. Se Segundo: paralelamente ao desenvolvimen-
temos uma CNTI representativa para que CUT? to desta situação política,, acentuaou-se como
Segundo, com essa articulação as federações , já se destacou por várias vezes, a crise eco-
poderão jogar pepel importante na Conclat al_ I nômica vivida pelo nosso país. A ameaça de fa
terando a seu favor a correlação de forças. lência total, do entreguismo mais completo ao
Com v i s t a s a a t r a i r um maior número de sindi imperialismo esta presente. Este quadro terrí
c a l i s t a s levantam bandeiras sentidas do )iiovT vel reflete-se na situação de vida das massas
mento s i n d i c a l . Nos não devemos estar a l h e i - Os números dão conta diss,o: arrocham-se mais .
os a e s t a articulação,mas ao mesmo tempo de ainda os salários, o desemprego cresce verti_
vemos a t u a r sem ilusões de que esta represen ginosamente ( sõ em São Paulo -região metropo
ta uma a l t e r n a t i v a combativa para o MS e litana - os dados dão conta da existência de
que os pelemos vão se situando de forma pro- 1 milhão e trezentos mil desempregados, en
g r e s s i s t a nos novos tempos. Nada disso 1 Joa quanto o Dieese nos dá conta de que setecen-
quita e Cia são t r a i d o r e s do movimento s i n d i - tos mil trabalhadores estão sem trabalhar na
cal e atuam em causa própria. Nessa atuação Capital.) 0 custo de vida junto com a infla -
nova a r t i c u l a ç ã o deve se dar sobretudo em ção dispara. 0 objetivo anunciado pelo gover-
v i s t a a missa de s i n d i c a l i s t a s que dela par no, .de inflação de 701. foi abandonado já em
t i c ^ e m e que s e posicionam a fayor da luta janeiro. A fome, a miséria e a desesperança
conrH o divisionismo r e i n a n t e na PrÕ -CUT. se abate sobre o povo. A classe operária sus-
tenta o peso principal da crise. Ao se animei,
0 movimento popular s e reanima. Mobili- arem empregos verdadeiras multidões correm as
zações de massa com diversas c a r a c t e r í s t i c a s portas das fábricas. A política de fome dos
jorrem no conjunto do Estado. Ora são mani- militares encontra a oposição crescente dos
festações de luta pela casa própria como em democratas e patriotas e do movimento popular.
tão Paulo, ABC, Lins, e t c . ; o r a , ' c o n t r a au
nento de t a r i f a s e dos preços como a manifes O entreguismo é aberto. O Í-T^ll gere a vi-
tação dos t a x i s t a s de São Paulo; e ainda ma da econômica do país. Os banqueiros interna -
hifestações dos estudantes u n i v e r s i t á r i o s e cionais se aproveitam e exigem mais conces-
as mulheres. 0 o i t o de março foi um marco sões . A dependência econômica leva também a
Io avanço do movimento de mulheres no Estado acentuação da dominação dos imperialistas em'
om nossa particípação como no Centreville , todos os setores da vida nacional. O MEC con-
anto André; Diadema, São Paulo, Campinas e certa novos acordos com a USATD; os militares
te. Movimenta-se o funcionalismo público e acertam com os EEUU a produção conjunra de ar
professores. mamentos. Também esta política entreguista
desperta amplos setores para a luta; o regi-
Mobilizações s i g n i f i c a t i v a s têm o c o r r i - me se isola mais ainda. Os comunistas devem
e f ^ o r n o da eleição das AR's, de d i r e t o - levantar bem alto a bandeira patriótica.denun
ÍS de h o s p i t a i s , delegados de ensino e e t c . ciar o entreguismo e o acordo com o FMI, dl
movimento popular entra com força na vida zer um não ao pagamento da dívida já ressarcT
i l í t i c a do Estado querendo s e r ouvido. São da através de iuros escarchantes.
ontecimentos importantes que tem realçado
ra o Partido as imensas possibilidades aTerceiro: Acentuam-se as c a r a c t e r í s t i c a s
bilização p o l í t i c a das massas. a u t o r i t á r i a s e anti-democráticas do regime.Os
U m i l i t a r e s querem o continuismo. Por eles está
Avança também a organização popular. As tudo bom. Atravessaremos o ano 2.000 sob e s t e
crentes mobilizações p o l í t i c a s abrem para n governo despõtico. Para o regime as eleições
5 a importante questão da organização dos i n d i r e t a s garantirão o continuismo. Mas a s i -
iselhos Populares. Instrumento de mobiliza tuação não é t r a n q ü i l a . /\lém de disporein de
j e de participação de forma independente maioria precária no Colégio E l e i t o r a l , defron
; massas populares^ na vida p o l í t i c a . IguaJ^ tam também com o acirramento da disputa entre
jte de grande importância é o processo de os presidenciãveis que a esta a l t u r a , do lado
amplo movimento de reorganização das SABs do governo, j á passam de 10/ O eeneral Fi
perspectiva de convocação de um Congres- gueiredo tem controle precário do processo q
estadual. após t e r anunciado que, no momento oportuno.
ele a b r i r i a o processo sucessório , Maluf e
A tendência junto ao movimento popular é ACM, se lançaram a campo. Tudo indica que a
b um processo acelerado de crescimento na disputa dentro do redime vai crescer. •-
«V.'JC TJTTÍTMTTIX
ri ri nnr
f?/VíEZA «A CONSTRUÇÃO DO PARTIDO
SPOWDER AS EXIGÊNCIAS
LÍTÍCAS
A fim de que o Partido tenha condições to u t i l i z a r todas as formas de l u t a . Entre -
cumprir com as imensas t a r e f a s p o l í t i c a s t a n t o , a t a r e f a principal do Partido Revolu-
o momento coloca, temos que avançar e cionário do Proletariado é a de e s t a r perma-
ito no plano organizativo. Precisamos de nentemente voltado para a elevação da c o n s o
Partido combativo, numeroso, f o r t e cen ência p o l í t i c a , da mobilização e da organiza
ido sua atuação nas f á b r i c a s . Alguns objê ção p o l í t i c a das massas e em p a r t i c u l a r da
os devem merecer nossa atenção de forma classe o p e r á r i a . " A nossa primeira e funda-
ecial, dentre os quais destacamos: mental missão c o n s i s t e em promover o desen -
volvimento p o l í t i c o e a organização p o l í t i c a
RLITA*fliNTO:num balanço da nossa atividade da c l a s s e o p e r á r i a " . - Lénin -"Os Comunistas
^osfPTzêY que o Partido atualmente está e as e l e i ç õ e s " .
2gnado, não tem crescido. Porque i s t o o Temos que atuar corretamente, levando a
-e ? E* necessário que abordemos esta queif especificidade de cada categoria. Atuar em
tendo como base que hoje é preciso cons" todos os s e t o r e s chaves, e t c . Atuar em todas
r um grande Partido sobretudo nas gran as f r e n t e s . Exemplo - Juventude Estudantil -
concentrações de trabalhadores e nas mai o papel dos comunistas e l u t a r para que e s t e
empresas i n d u s t r i a i s . Aqui nos depara - setor levante a bandeira da derrocada do r e
com vários ^problemas que precisam ser gime m i l i t a r , das amplas liberdades p o l í t i -
igidos. Até recentemente nós atuamos de cas e em defesa da soberania nacional, levan
a localizada ( mesmo nas fábricas e com do em conta as suas especificidades da l u t a ,
3 privilegio nos b a i r r o s ) , voltados pa ganhar a juventude estudantil para apoiar e
5 reivindicações eco-Ômicas, da l u z , dã se s o l i d a r i z a r com as massas populares e com
, do esgoto, e t c . Aquele momento corres- a classe o p e r á r i a . Não adianta dizer a ela
ia a uma dada situação p o l í t i c a , resis que a c l a s s e operária é que a d i r i g i r á . E
io fascismo. Era o «Partido dos movimen - preciso ganhá-la com ações concretas e d i r i -
A~Ccr.ferencia Regional de 8 1 , apontou gindo-as politicamente. Só assim ela confia-
itamente que era necessário o Partido rá e a c r e d i t a r á que esta c l a s s e deve d i r i g i -
formar-se num Partido de ação p o l í t i c a , la mesmo.
com^fisionomia própria, o que nao .e
aditório em atuar em defesa das r e i v i n - O balanço que fazemos da atuação do Par
oes mais sentidas das massas e para i s - tido neste período é p o s i t i v o , entretanto no
UKIDÁDE DA CLASSE OPERARIA
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O JORNAL DA CÉLULA é um instrumento voltado especialmente pa
ra os camaradas que militam numa base do Partido. Nele serão .trata
dos assuntos políticos e organizativos de interesse mais direto das'
células de base- As células, em particular as células de fábricas,são
o fundamento do Partido Marxista-Leninista. O Comitê Regional consi-
dera que no plano organizativo temos que tratar prioritariamente des_
te problema da construção de grandes células de empresa. Nas grandes
fábricas, ali onde é o centro do proletariado, tem que pulsar o cora
I ção do Partido.
O objetivo deste jornal é o de possibilitar uma forma de
contato mais estreita entre a base e a direção do Partido. Cremos ser
I esse um método eficaz para avaliar os pontos de vista, os problemas'
e as atividades das células. Por meta temos a vitalização política, o
combate â atitude de expectativa e de falta de iniciativa por parte'
; dos organismos de base, avançando no tratamento dos entraves que têm
surgido na construção e funcionamento de grandes células do Partido.
Para cunrorí-lo, conclamamos todas as células para que escre
| vam ao jornal, fazendo chegar a correspondência aos cuidados do Comi^
tê Regional. Os demais organismos também poderão escrever. Temos es-
I pecial interesse no plano de atividades das células, no seu funciona
mento, nas suas dificuldades, na experiência de construção de gran
| des células em fábricas, bairros e escolas.
Mãos â obra! O estudo do JORNAL DA CÉLULA e o envio de cor-
respondência para ele' são desde já uma tarefa importante de todas as
células.
I
I
CELUIA 3
4 CELULK
diante das necessidades. O resul EXEMPLO:Num importante bairro de
tado é que a célula muitas vezes uma cidade do interior *
passa a não ter eixo de agão,des_ de SP a célula- local le-
liga-se do local de atuação e se vou ã prática essas quês
us militantes passam a se dedicar toes. Tendo certa in-T
apenas ãs atividades gerais em fluência política, promo
campanhas. Uma célula assim .não veu palestra onde foram
pode se transformar de fato •no- recrutados quase 40 no-
centro de gravidade da atividade vos camaradas, organiza-
partidária. dos numa única célula.As
sim, ela ganhou novo di-
EXEMPLO:Em 19 81 o Partido apoiou namismo; logo se trans-
uma chapa para as elei - formou na principal base
ções ao Sindicato dos Me para a conquista da SAB
talúrgicos. Obtivemos se e da Federação e passou
te mil votos, principal- a exercer grande influên
mente nas grandes fábri- cia política na região.
cas. Mas a insuficiente* Logo ela foi ampliada,re
atividade nas células de crutando mais dezenas de
base dificultou o recru- moradores do bairro e or
tamento maciço. O mesmo' ganizando subseções.
não pode ocorrer com re- Na década de 50 o Parti-
lação aos milhares de o- do tinha células com ma-^
perários e populares que is de 1000 camaradas,que
foram organizados para as decidia, ela mesma, devi
caravanas do Ato do dia do â sua enorme influên-
28, em sua grande parte' cia de massa, realizar
pessoas que vêem no Par- -- um ato público no bairro
tido a única saída para em defesa de determinada
a situação em que vivem. reivindicação.
0 Partido forte e numeroso que As células grandes têm um^fun
precisamos dependerá do vigoroso cionamento mais dinâmico. Reúnem
empenho das células em crescer.Em
planejar o recrutamento no h bojo se regularmente a cada 30 dias
das lutas de que participamos, cons_ ou mais, em verdadeiras assem-
truindo grandes células,principal bléias. Nelas se faz o balanço '
mente por local de trabalho. Nes- das atividades previstas e o pia
sas células, a atividade de seus' no para o período, sempre tendo"1"
membros está voltada prioritaria- em vista as lutas que se desen
mente para a massa do local onde : volvem no local onde atua e a
se atua. Aí é que são planejadas' conquista das'massas para as nos
e levadas a cabo as lutas políti- sas idéias, e tendo em vista a
cas e reivindicatõrias, aí é que situação política geral. Todos e
os comunistas incorporam amplas cada um dos membros recebem tare
massas ao movimento político, ele fas, principalmente no que •' diz
vando seu nível de consciência e respito a participação nas enti-
organização. Essas células cum- dades de massa, ao recrutamento'
prem melhor as tarefas permanen- e â agitação e propaganda. Nas
tes de recrutar novos membros,pro fábricas, uma tarefa permanente
pagandear as opiniões do Partido, é conhecer bem a empresa, os .se-
arrecadar finanças para a revolu- tores vitais, o número de operá-
ção, vender o jornal de massas.En rios, jovens e mulheres;planejar
fim essas são células ativas, com o trabalho interno e combiná-lo'
vida dinâmica, com fortes liga-' com o trabalho de agitação na por
ções com a massa. O resultado é ta da empresa; desenvolver liga-
que a célula se transforma em ver ção cora os companheiros de traba
dadeiro chefe político das mas- lho, programando visitas a eles
sas, conquista para o Partido as nos fins de semana; distribuir '
entidades (Sindicatos, CIPAS,Grê- materiais do sindicato; ir ao_ sin
mios, SABs, DAs, e t c ) , colocando- dicato com outros companheiros e
as a serviço da luta do povo. sindicalizar em massa.Com paciên
Jotrcldçi 0
CELUIA I _ 5
cia-e'.persistência, devemos cons tos pela base. Compõem um secre-
I ^truir nessas fabricas uma grande tariado de acordo com as necessi
célula, qüe seja, pela sua força dades. Entre uma e outra reunião ,
indestrutível. Nos bairros,a ce- acompanharão a atuação dos mili-
lula organizará a luta reivindi- .tantes, ajudando-os no cumprimen
catôria, planejará seu trabalho* to das tarefas. Devem estar ao
junto aos jovens, mulheres, estu par de tudo que diga respeito ãs
dantes, e t c , e apoiará a cons- massas no seu local de atuação .
trução do Partido nas empresas , Em situação que exija respostas'
com mutirões de jornal, com o re imediatas, eles as tomam, apoia-
crutamento dos operários residen dos na linha do Partido. Formar
tes no bairro, etc. esses dirigentes leva tempo, por-
isso é necessário que recebam to
EXEMPLO:Em cidade do interior dó; do apoio dos Comitês do Partido',
[Estado, os companheiros' e que não sejam deslocados da cê
|do sficrpf.ariado do Comi-j
[têMunicipalch amaram a si' lula com freqüência. É lá que, se
fa tarefa de acompanhar '] formarão como verdadeiros chefes
de perto a construção do; nolíticos de massas.
Partido. Implantado numa: Esse o Partido que podemos,
grande fábrica com • uma! construir, principalmente nas '
célula de 15 camaradas ,j grandes fábricas de nosso Estado,
tomaram medidas para con Desde já, precisamos estudar a
solidar essa célula, não situação de nossa célula, ver on
. expondo desnecessariamen de e- que as coisas estão emper-
te seus efetivos ao de-: rando, e lançar mãos S obra na
semprego.:No planejamen-: sua transformação em uma grande'
to..de seu crescimento, a— célula. Onde ainda não existam,o
poiou-se o trabalho da militante "isolado tem como tare-
fábrica com o do bairro'; fa primeira organizar a célula ,
onde moram muitos opera principalmente por local de tra-
balho. Aí estão os milhares e mi_
rios dessa e de outras' lhares de brasileiros que parti-
fábricas. Logo lideramos' ciparam da rica luta política nes-
uma invasão e nasceu o' te ano, em contato com nossas i-
movimento de mulheres, ' i deias, que precisam ser esclare^"
nesse mesmo bairro. As-i cidos de que seu lugar é no Par-
sim, tendo como eixo a tido, no PC do Brasil, o Partido
fábrica e os operários ,. da Revolução.
já há célula também no
bairro, além da organiza Essa a tarefa de todas as cé-
-
bao de massa das mulhe-; lulas. E não esquecer de escre-
ires.' ver para o JORNAL DA CÉLULA a ex
periência, positiva ou negativa,
Os membros mais destacados da que vamos acumulando nesse t e r -
célula são seus dirigentes, elei_ reno.
1
Jornal òa
CELUIA
/klantém-seaLula
pela Legalidade
A reação e os militares reacionários
qualificam o PC do Brasil de organiza-
ção conspirativa e de vida escusa. Fal-
ta-lhes autoridade para fazer essa afir
tiva.
0 Partido Comunista do Brasil3 desde
a sua fundação, reivindica o direito a le-
galidade. Em sessenta anos de existen-'
cia, teve apenas dois ou três anos de a
tuaçao legal, e assim mesmo precária. Vi_
veu quase sempre na clandestinidade ou
na semiclandestinidade forçada.
Como a burguesia tem medo do partido
da classe operária .'
Erram os que pensam que o Partido de_
seja viver nos subterrâneos do ilegalis_
mo. AÍ tem vivido longos períodos por
fatores contrários a sua vontade. Nunca
deixou de lutar por um lugar ao so~l, en
carando essa conquista nao como conces-
são de seus adversários, mas como um di_
reito democrático , uma exigência da clas_
se operária e de todos os trabalhadores,
um reclamo das pessoas progressistas do
país.
A luta pela democracia ê inseparável
da luta pela legalidade do partido dos
comunistas. Onde ele nao des fruta de li_
herdade, nao há democracia, mesmo a de-
mocracia restrita, mutilada,enganadora,
de nosso tempo.
A perseguição aos comunistas é sem-
pre a ponta de lança da reação contra '
os democratas em geral. Em todas as épo_
cas, a ofensiva desvairada da burguesia
e seus agentes contra os comunistas foi
o prenuncio do ocaso da liberdade, a ve_
reda na direção do fascismo.
A investida contra o Partido Comunis_
ta é uma atitude retrógrada porque con-
tra o progresso, contra aquilo que re-
presenta o futuro.
(Trecho do livro "SOCIALISMO - Ideal da
Classe Operária, Aspiração de trdos os
Povos", de João Amazonas, pãg. 69, Ed.
Anita Garibaldi)
Ao levar â prática a luta ; pela legalidade,preoarando o Ato do dia
28, o Partido acumulou uma rica experiência que todos devemos apro-
veitar.
Quais os aspectos principais dessa experiência? D
V4i.?AT, p.-2}/64
CELU1A
1. TORNA-OS O PARTIDO Milhares e milhares de pessoas tomaram
MAIS CONHECIDO conhecimento de que o Partido está orga
nizado, atua e aspira à legalidade. Fo-
ram distribuídos quase meio milhão de
folhetos, levando as mensagens dos comu
nistas, atraindo para si a simpatia e a
adesão nas fábricas, nos bairros e esco
Ias. A foice, o martelo e a estrela tre
mularam gloriosamente nesses locais.
2. APARECEMOS COM
FISIONOMIA PRÓPRIA Defendemos a legalidade do Partido jun-
to com nossas propostas políticas, sem
difundir ilusões no regime e conclaman-
do â união para a sua derrubada. Apare-
cemos para o povo como comunistas, de-
marcando campo com os revisionistas,que
fazem sua campanha pela legalidade nos'
conchavos de cüoula, prometendo fideli-
dade a Figueiredo e companhia.
3. AVANÇAMOS NA LUTA Soubemos nos relacionar com amplitude e
CONTRA A ESTREITEZA flexibilidade com as correntes democrá-
ticas . Colocando no centro a questão do
direito democrático que é a legalidade,
mostramos que ê possível atuar junto a
esses setores sem perder a identidade .
Foi uma lição de política. E um_. passo
concreto para o reforçamento do campo
democrático no estado.
4. UM PASSO ATRAS, Soubemos aplicar o ensinamento de que
DOIS PASSOS A FRENTE às vezes é preciso recuar, para permi
tir um posterior avanço. Os generais '
montaram um plano de provocação onde o
Partido era o bode expiatório, visan-
do atingir a autonomia do Estado e a in
dependência do Poder Legislativo. Adian
do o Ato, preservamos nossos objetivos,
mantivemos a unidade com o movimento de
mocrático, desmascaramos as manobras '
do regime e criamos condições para reto
mar a organização do Ato em outra oca-
sião.
5. A LEGALIDADE E O Aprendemos também, desde a preparação '
LIBERALISMO do Ato, que lutar pela legalidade abre
um vasto campo para nossa atuação, pois
se trata de um direito legal, justo e
legítimo, assegurado a qualquer cidadão,
mesmo nas condições da falsa •• abertura
em que vivemos. Isso no entando nadatem
a ver com o liberalismo, que leva a su-
bestimar as maquinações antidemocráticas
dos generais,ou as ilusões de que seja
possível conquistar a legalidade nos
marcos desse regime. Lutar pela legali-
dade não deve significar expor a estru-
tura do Partido aos golpes da reação. A
condição de membro do Partido, os orga-
nismos de. base ou direção aos quais pertencemos,
precisam ser cuidadosamente preservados,
do inimigo. Q
Vi)-2.3,^ j>.2t//^X)
Jomolda ,
8 CELUÍA
Por esses elementos, o balan- 2. Levaremos ãs entidades e
ço do trabalho realizado foi bas personalidades que nos ..apoiaram,
tante positivo. Devemos nos per- aos diretórios de partidos, às
guntar: QUAIS NOSSAS TAREFAS AGO SABs , Sindicatos , e t c , as expli-
RA nessa luta? COMO CONSOLIDAR ' cações sobre o adiamento do Ato,
esses aspectos positivos? buscando manter e ampliar o rela
A legalidade não é um objeti- cionamento com esses setores. A X
vo em si mesmo, desligado da lu- exporemos nossa opinião sobre a
ta contra o regime. Será preciso luta em curso no país, visando u
conquistá-la na raça, junto com nir as forças para derrotar o go
as correntes democráticas e da u- verno de Figueiredo.
nidade popular, na luta por um
novo governo, que assegure as mais 3. Nos locais onde trabalha-'
amplas liberdades políticas. O mos, moramos ou estudamos, -pro-
trabalho já realizado nos forne- gramaremos atos e palestras so-
ceu uma importante base sobre a bre o Partido, convidando todos"
os que estavam organizados em ca
qual devemos desenvolver ainda ravanas para o ato do dia 28 e a
mais a batalha. Assim, nossa ta- traindo novos simpatizantes.Deve
refa ê prosseguir na luta pela mos mostrar aos operários, ao po
legalidade. Como? vo em geral, que o Partido ê in-
1. Ela será travada diariamen dispensável para resolver a .si-'
te por cada organismo, por cada 1 " tuação em que vivemos, e devemos
militante, no seio das lutas ge- convidá-los para ingressar .'»' no
rais das quais participamos. Is- Partido. Recrutar os que iam ã
so significa aumentar a difusão 1 Assembléia Legislativa é um obje
de nossas idéias, apresentar as tivo essencial que não deve ser
propostas políticas dos comunis- deixado para depois.
tas nos mais variados foros, nas
entidades de massa principalmen- 4. Cumprindo essas tarefas r_i
te, desenrustindo a nossa "atua- gorosamente, acumularemos "força
ção, organizando debates amplos para a realização de um grande a
sobre as opiniões do Partido quan to democrático em outra data,ob-
to ã situação do país. jetivo que permanece atual.
9 9 <N
ES5ÊS OS
PELA CONSTRUÇÃO DE CÉLULAS FORTES E NUMEROSAS NAS FABRICAS, CAMPO, BAIRROS E ESCOLA:
CELULK
CELUIA 3
' '•• .'-'.'*•'•' .'„ .-í"ii:4Í'''-.'SÍ?^'iIÍ«;!*i"i-' L2:> •'',"";' '• .'-':"•'' V'.- . ' • ;'-".'••>• '':."r
A
(RESUMO DA CIRCULAR DISTRIBUÍDA)
Objetivo: Através de uma atividade conjunta de todas as cé-
lulas do Partido na região, promover uma venda massiva do
jornal de massas, inserida na campanha pelas eleições dire-
tas, estimulando o trabalho de agitação e propaganda e o re-
crutamento de novos membros.
FASE I - até 08 de fevereiro:
. Discussão organizada nas células sobre a campanha e
planejamento.
FASE II - até 15 de fevereiro:
. Preparativos práticos da campanha (arregimentação ,
pedido dos jornais, coleta de recursos).
FASE III - dias_18 e 19/2, das 7 às 19 horas:
. Execução do plano.
FASE IV - até 28_de fevereiro:
. Avaliação dos resultados, recrutamento e planeja-
mento de um trabalho regular e permanente com o jor
nal para março e abril.
!
W* i- 1Ç p ISfcQ
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Jomdda f
CELUIA
Atravessam campos
rios
florestas
â frente das multidões.
J.D.
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PELA CONSTRUÇÃO DE CÉLULAS FORTES E NUMEROSAS NAS FABRICAS, CAMPO, BAIRROS E ESCOLAS 2 1
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Jomoida ,
CELUIA
25 DE /HKRC062 AHO%
DE FUND/4QIO
LU
o DO PC DO BR4SIL
'Neste 25 de março terá lugar o evento de comemoração
do aniversário de fundação do Partido. Em local a ser
amplamente anunciado, haverá palestra com o tema"0s
Comunistas e as Eleições Diretas".
Conclamamos todos os militantes e organismos partida
Expediente 2 rios a uma grande mobilização visando:
-De cada local, na capital e interior, preparar cara
Impulsionar a Ação P o l í t i vanas para comparecer ao ato;
ca - Mais I n i c i a t i v a das -Esforçar-se por fazer uma ampla divulgação da data'
Células 3 e mobilizar populares e democratas, difundindo am—
piamente os convites e cartazes, mandando-os para a
E" t a r e f a da c é l u l a o imprensa, etc.
"Fim de Semana Vermelho". J> -Motivar o envio de moções de solidariedade a luta '
democrática pró-legalidade do Partido (de prefeitos,
Mais m i l i t a n t e s p a r a o Par vereadores, câmaras, diretórios partidários,comitês
tido 6 pró-diretas, sindicatos, SAB'y, DA 's, étcT.~
-Difundir amplamente em pixações as palavras^ de or—
Reforçar o P a r t i d o com dem: Viva o PC do Brasil e a classe operária;...e o
mais Operários de Van- socialismo;...e o 25 de março! Pela Legalidade do
guarda 7 PC do Brasil!
-Estabelecer plano de mobilização a partir de cada '
Você é um bom m i l i t a n t e ? - . 8 célula, convocar reunião especial para esse fim,jun_
tamente com o plano de mutirão de venda do jornal '
A atividade p a r t i d á r i a de massa.
tem um nreço 9 -De 25 a 21 de março, em cada localidade, programar'
ato do Partido em torno do mesmo tema (as diretas),
Agenda Ç Correspondência,10 visando difundir nossa opinião e recrutar novos com
batentes.
EXPEDIENTE
JORNAL DA CÉLULA N » 3 - Órgão do CR de SP do PC do Brasil
0 JC se propõe a ser um instrumento de dirigentes e militantes na importante ta
refa do crescimento do Partido, da criação, fortalecimento e consolidação das C£
lulas, principalmente nas fabricas. Em suas páginas trataremos desses problemas.
Para que tenha conteúdo vivo e prático, é indispensável que as células relatem '
as experiências concretas de seu funcionamento, os problemas que emperram o crês
cimento, etc. Assim, as experiências, positivas ou.negativas enriquecerão o con-
junto doPartido.
Os comitês e responsáveis pela organização devem cuidar da rápida chegada do JC
as células, bem como auxiliá-las na discussão do jornal e na escrita de eventuais
artigos.
Lembramos aos camaradas que os artigos devem ser curtos.Não é necessário ter"es-
tilo", mas relatar experiências. As cartas devem ser remetidas ao CR, através '
dos comitês. £ útil debater a carta na célula, procurando refletir a experiência
coletiva dos camaradas.
?rI P ^4éD
Í Jornal da 0
CELUIA
CELUIA
Em cada célula planejar a luta, esta- vulgação de nossas idéias, que levam a
belecer metas, planificar e'controlar o influencia política para muito além dos
trabalho, sempre visando dar vida ativa nossos efetivos organizados. Os militan
a célula, transformando-a em verdadeiro tes que não lêem os materiais partida -
instrumento político de vanguarda das ' rios, nao são estimulados e até ajuda -
massas trabalhadoras. Se não desempenha dos a isso, e não vendem o jornal de mas;
esse papel a atividade delas se disper- sas, dificilmente podem ter a presença
sa, carece de sentido e as vezes defi - política necessária onde trabalham, mo-
nha. ram ou estudam. Muitas vezes militantes
gozam de boa influência de massa, mas
JJma segunda questão na atividade das
não a vinculam abertamente as idéias do
células e a agitação e propaganda perma
Partido, através de materiais como o jor
nentes, intimamente associada a questão
nal. Claro que a agitação e a propagan-
anterior. Sem a divulgação de nossas i-
da podem ser verbais, mas são sólidas '
déias, o Partido não avança, não se for
as ligações quando ela se materializa nu
talece e nao conquista a direção das T
ma grande venda de jornais.
grandes massas.
Portanto, uma primeira questão é essa :
Entre as atividades permanentes da cé
estimular as células a aplicarem a l i —
lula está a planificação e o controle T
nha do Partido, que visa por em ação as de estudo e divulgação por materiais par
massas, sempre de acordo com o nível po tidários, e a divulgação de nossas pala
lítico da massa em cada local e com o vras de ordem. Isso é indissociável da
níve] político dosmilitantes da célula. atividade política. Os dias 18 e 19 de'
Em torno de cada militante do Partido fevereiro, embora tenha constituído'
deve gravitar uma enorme massa de ami - êxito por ter multiplicado por 3 a ven
gos e simpatizantes, laços vivos de li- da do jornal, deixou muito a desejar no
gação com a grande massa. Isso exige' que diz respeito ã educação das células
da célula uma profunda atividade de di- para o trabalho permanente com o jornal
C
Jornal da
6 CELULK
8
CELUÜX ..
V Congresso
4) Você está envolvido em lutas espe-
cíficas do local onde atua
5) Você recruta novos elementos para
o Partido no local onde atua
6) Você contribui financeiramente na
sua célula de base
7) Você sindicaliza ou associa compa
nheiros no local onde atua
8) Você freqüenta a entidade (Sindi-
cato, SAB, DA etc)
9) Você está em contato estreito com
a massa do seu local, costuma vi-
sitar os companheiros
10)Você procura os dirigentes da cé-
lula ou comitê para se esclarecer
sobre as tarefas do Partido
Esses são alguns elementos da militância num Partido como o nosso. ítesnondendo a
essas questões, orocure levar a discussão na sua célula sobre os problemas exis-
tentes para que, com a ajuda do coletivo sejam sunerados.
Cada um desses elementos tem sua irrrortãncia e significado. Não significam,no en
tanto, dez diferentes tarefas a serem acumuladas. Na verdade, significam una coi
sa só; ser um comunista, um lutador de vanguarda que, onde quer que esteja, anli
ca a linha do Partido, está ligado ã massa e busca organizá-la oara a luta. Sig-
nifica travar a luta a cada momento, em qualquer situação, orientado e dirigido'
pela organização oartidária - a célula de base.
O Jornal da Célula ficará muito satisfeito se receber das células um balanço com o
resultado do inquérito.
/
CELUIA 11
Recebemos para este numero do JC 3 cartas. Duas delas provém de células grandes ,
com atuação em bairros. Um problema a tratar, também confirmado em outros locais,
e o dos entraves para o funcionamento. Os maiores correm por conta da dificuldade
em reunir, devido à incompatibilidade de horários, e o da dificuldade em coorde -
nar a ação de todos os militantes.
Ja dissemos no JC n v 1 e 2, que construir, consolidar e fortalecer as células, em
narticular nas fábricas, é a mais importante tarefa organizativa do Partido. Isso
exige dos dirigentes e quadros partidários o máximo afinco e dedicação.
Afirma J. Amazonas em texto da revista Problemas, 1951: Ajudar as células não é a
penas orientarão seu trabalho e ajudar politicamente a sua realização. Ajudar as
células é também ajudar os militantes de base a resolver problemas aparentemente'
insignificantes, mas na verdade de grande importância. A reunião da célula, por '
exemplo, é decisiva para formar os militantes, fortalecer a disciplina e elevar a
atividade e a experiência política dos comunistas". •
\M*. MS, p. Í{b/Qt)
ioivdáa
12 ' CÉLULA
i
Todos somos capazes de imaginar a força ainda adormecida que nosso Partido con -
tem, na medida que não incorporar os militantes soltos na atividade da célula.Se
a isso dedicarmos o melhor de nossas forças, teremos multiplicado o nosso poder'
de fogo, nossos laços de viva ligação com as massas, facilitando o cumprimento '
das metas pele Partido.
-*&
PC DO BRASll^SPp.
£1 Yfl Jornai da
CELUIA
4,
Camaradas
Q • trução política,
Mas ha debilidades:
ideológica e orgânica do Partido.
em algumas áreas nem todos os
militantes receberam todos os números; em quase tq_
das as áreas, ha grande atraso na chegada do jor-
nal aos militantes. Apelamos a todos os militantes
a discutirem com as respectivas direções e exigir'
solução imediata para esse problema. 0 JC sai com
regularidade mensal e, após ser entregue ás dire -
ções, demora ãs vezes trinta dias para ser distri-
buído. Não se pode compactuar com esse descaso e
burocratismol Não vamos deixar essa situação perdu_
rar por mais um dia sequer.' As células precisam en
contrar formas mais rápidas de distribuírem o jor-
nal e as direções intermediárias precisam criar es_
trutura mais ágil para fazê-lo chegar às áreas.
Um outro problema e que cada número do JC faz su -
gestões de pequenos relatórios que a célula pode '
enviar ao jornal para dar conta de sua atividade. '
Poucas cartas desse tipo foram escritas. Apelamos'
aos camaradas e aos dirigentes de células que sees_
As massas -...1 forcem para planificar essa atividade, que ê muito
Expediente. • • 2 importante para o nosso jornal.
Coluna das Fábricas 5 continue escrevendo para o JC continue escrevendo
Agenda & Correspondência..8 para o JC continue escrevendo para o JC continue
escrevePAPA NÓS ISSO É MUITO IMPORTANTE para o JC
ABC do Sccialismo .9 continue escrevendo para o JC continue escrevendo
para o JC continue escrevendo para o JC continue
EXPEDIENTE
JORNAL DA CÉLULA N95 - o'rgao do CR de SP do PC do Brasil
0 JC se propõe a ser um Instrumento de dirigentes e militantes na importante ta
refa do crescimento do Partido, da criação, fortalecimento e consolidação das ce
lulas, principalmente nas fabricas. Em suas páginas trataremos desses problemas.
Para que tenha conteúdo vivo e prático, ê indispensável que as células relatem '
as experiências concretas de seu funcionamento, os problemas que emperram o crês
cimento, etc. Assim, as experiências, positivas ou negativas enriquecerão o con-
junto do Partido. •'
Os comitês e responsáveis pela organização devem cuidar da rápida chegada do JC
as células, bem como auxiliá-las na discussão do jornal e na escrita de eventuais
artigos. . . . . . .
Lembramos aos camaradas que os artigos devem ser curtos.Não é necessário ter"es-
tilo", mas relatar experiências. As cartas devem ser remetidas ao CR, através '
dos comitês. É útil debater a carta na célula, procurando refletir a experiência
coletiva dos camaradas.
Jomofda, - ,
-. I CELULN! 3
(continuação do artigo de capa) *nt>- j . I±J Ç• Hf>\b\J
Numa situação dessas, ressalta-se ainda uma vez que, anesar do progresso've-
rificado, e ainda.pequeno o numero de militantes. Esse contraste nao pode perdu -
rar. Persistem obstáculos que todos nós devemos enfrentar com energia e espírito*
criador, aplicando integralmente a orientação do Congresso. Esses obstáculos se
# relacionam com os critérios para o recrutamento, com o funcionamento das células
e com os métodos do trabalho de direção, o que revela dificuldades e incompreen -
soes sobre a necessidade política der-termos um Partido grande, com dezenas de mi-
lhares de membros, com células grandes e ativas.
Uma primeira questão ê clara: precisamos seguir ampliando.a ação política, '
mergulhar decididamente no movimento das grandes massas do povo, ousar levá-las ã
luta e organizá-las. "Vamos ao povo, vamos as massas" deve ser o lema de cada mi-
litante e dirigente partidário. Vamos mobilizar o povo no rumo da unidade para a
derrubada do regime militar, conquistando as Diretas Já. Vamos criar e fortalecer
a atuação das entidades associativas do povo (sindicatos, associações, SABs, dire
tórios estudantis e políticos, os comitês unitários de massa pelas Diretas Já,etc)
as quais servem de eficiente correia de transmissão da política dos comunistas,,
Não é mais época de nos ocuparmos apenas das parcelas "avançadas" do povo, ou com
ativistas tão somente. Devemos tratar com a massa mesmo, ousar conquistar sua con
fiança e direção política, atraindo seus melhores elementos para a militancia par
tidária. Um comunista nao pode estar alheio a qualquer acontecimento político na
área onde atua, ou então alheio a atividade da entidade de sua categoria,_bairro'
ou escola. Ê assim que vamos estender nossa influencia, levar nossa agitção e pro
paganda a setores novos, aumentar o nosso raio de ação, organizar novas células.
Portanto,é necessário todo o espírito de iniciativa política nessa questão,
Ao tratarmos cem o povo, precisamos ampliar os critérios de recrutamento e
tratar de encontrar os melhores meios e formas de incorporar novos militantes nas
células. Esse tem sido o tema principal dos 4 números anteriores do Jornal da Cé- \
lula, bem como de A Classe Cperária n9 155 e 156 e o Unidade da_Cj^sse_C6erária *<ár
n9 10.. Ê preciso ler e estudar atentamente esses materiais e dar solução prática'
aos problemas existentes. É freqüente ainda submetermos o novo aderente a uma_ver
dadeira "prova vestibular", para comprovar se ele"estâ â altura" dos que já são "r
membros do Partido. Ê comum, inclusive chamar elementos da direção para efetuar o
recrutamento, como se fosse necessário "um bom professor" para convencer o novo a
derente da necessidade de ingressar no Partido. Outras vezes utilizamos uma lin -
guagem de código, incompreensível para a massa. Expressões como "Fazer política",
"fisionomia própria", "processo", etc, podem ser compreendidas com sentido dife:--
rente do usual entre os membros do Partido e representar fator de dificuldade pa-
ra um novo aderente. Também é freqüente realizarmos na célula reuniões longas,
sem rumo, onde se tratam de inúmeros problemas sem tirar um claro plano de traba-
lho, o que pode levar ao desinteresse. Esses são alguns exemplos de fatos que po-
dem distanciar o Partido das massas. Muitos elementos do povo se mantém na posi -
ção de admirar os comunistas, mas sem se sentirem em condições de militar no Par-
tido. O erro é nosso ou deles? É nosso, principalmente. Essas debilidades no nos-
so trabalho são fruto de idéias elitistas de Partido. Se não forem combatidas na
nossa prática diária levam a um Partido distanciado das massas, fechado em si mes
mo, com organismos pequenos que terão muita dificuldade em levar a política do
Partido.
Mas há incompreensões mais profundas sobre o Partido forte e numeroso. Há os
que, na prática, consideram que ampliar os critérios de recrutamento pode levar ã
inchação do Partido. No fundo esse argumento parte da suposição de que um partido
grande contraria os estatutos do Partido, as normas de organização. Ou seja, o '
Partido grande é igual a indisciplina, pois os novos militantes sao indisciplina-
dos, não comparecem a reuniões, não contribuem financeiramente, etc.Além de eli -
tista,essa visão está em profunda contradição com a política dos comunistas. Essa
política implica numa determinada organização: um Partido numeroso, com grandes '
células principalmente nas fábricas. Esse o conteúdo atual da nossa política de *
organização, fixada no Congresso do Fartido. Koje isso se materializa na amplia -_
çao dos critérios de recrutamento e na construção de grandes células. Daí provém
Jornal da .
CELUIA
i
a orientação do Jornal da Célula n94 de que devem ingressar no Partido os que es
tão dispostos a lutar e defender os interesses do proletariado; os que são hones-
tos e trabalhadores, os que são estimados pelas massas e não são dedo-duros.
Significa isso que qualquer um deve entrar para o Partido? Significa que que
remos um Partido frouxo, indisciplinado? Significa que os critérios do estatuto
devem ser deixados de lado? Absolutamente. Nada autoriza essa conclusão. Signifi-
ca isso sim que precisamos ter critérios mais amplos para o recrutamento, ter me-
nos temor dos elementos enérgicos e honrados das massas, em particular dos operá-
rios. Significa que confiamos amplamente na capacidade de nosso Partido - pela '
coerência de nossas idéias, pela forma de organização revolucionária que adotamos
- de transformar esses elementos em comunistas abnegados. Militando em organismos
de base atuantes, que aplicam a política do Partido e seguem as normas internas '
da vida do Partido, ditadas pelos Estatutos, esses elementos aprenderão com nossa
experiência e não somente aceitarão o Programa e Estatutos como também vão assimi
lã-los, compreedê-los com base na sua própria experiência.
Os materiais partidários ressaltam que milhares de homens e mulheres do povo
reúnem as qualidades para serem membros do PC do Brasil. É nossa obrigação dar-
-lhes ingresso, abrindo as portas para essa saudável renovação e abrindo um rumo
revolucionário ã vida desses lutadores. Aqueles que, pela sua prática, defendem_'
um Partido pequeno, dão provas de atraso político. E o combate a essa prática não
pode ser apenas em palavras, mas em atos. Cada célula, cada militante deve refle-
tir sobre sua experiência e tomar todas as atitudes concretas para fazer crescer'
o seu organismo.
Importante papel está reservado aos dirigentes de todos os níveis. Ê preciso
também ir as massas, equacionar a solução dos novos problemas. Hoje, quando vai
se aprofundando o combate a essa visão politicamente atrasada de um Partido peque
no, voltado para si mesmo e não para as massas, é preciso, além do estudo teórico,
ser uma direção viva, dinâmica, que acompanhe de perto a vida das células, ajudan
do-as no funcionamento regular, formando os novos quadros no calor desse combate.
As bases precisam criticar a rotina e o burocratismo nas direções, exigir sua pre
sença na solução dos novos problemas. Os dirigentes precisam ter um claro plano
de trabalho, fixar sua atenção sobre as prioridades do trabalho partidário, que
são o aumento dos efetivos e a construção de grandes células, principalmente nas
fábricas e empresas.
Vamos enfrentar esses problemas com energia revolucionária e espírito pratica
Abrir-se-á para nosso Partido uma nova fase se enfrentarmos com conseqüência os
problemas aqui apontados»
DAS F/4BRSQS ~ \
seções e turnos. Isto não era muito fácil em vista dos múltiplos horá-
rios de entrada e saída dos trabalhadores e tarrbém devido ao reforço '
da vigilância policial com que já contávainos e que efetivamente veio a
se estabelecer. Para evitar prisões realizávamos um comando principal'
por semana na saída da turma, concentrando para isso 10 a 12 militan -
tes. Fazíamos comício -relâmpago, debates e larga distribuição de mate
rial. Dispurihamos ainda de uma larga sunerioridade numérica momentânea
que permitia a realização de nossas atividades com segurança. Quando •
chegava o reforço solicitado pelos "tiras" de plantão, já era tarde.Os
outros comandos eram realizados por numero menor de comoanlieiros a uma
distância do portão da emoresa, as vezes no horário de entrada, outras
no de saída. A uma distância maior do portão os trabalhadores conversa
vam com maior liberdade com os comfanheiros. Por esse meio obtiveram o
endereço de muitos deles e alguns se prontificaram a convencer colegas
para pequenas reuniões em suas casas, Muitas dessas reuniões não se re
alizaram ou então se realizaram com apenas dois ou três elementos. Mas
às três reuniões desse tipo convocadas, durante três meses de traballio,
compareceram mais de dez operários interessados tanto em contar a si -
tuação dos trabalhadores e discutir a maneira como deviam lutar, como'
também saber o que os comunistas pensavam da situação nacional e inter
nacional.
Através dos antigos e dos novos elementos de ligação oonseguiinjs saber
muita coisa sobre a emoresa. Soubemos que cerca de 50% dos trabalhado-
res eram membros do sindicato, embora não o freqüentassem , senão uuan
do havia reclamação de caráter individual a fazer. (...) Os primeiros '
contatos com um número maior de trabalhadores também serviu para nos
esclarecer a razão porque os quatro elementos com quem mantinhamos li-
gação há muito tempo nunca haviam organizado nada. Um deles era ur> >~?oe
rãrio categorizado e honesto. Mas, muito ligado â direção nosc nativos1
técnicos, não merecia a confiança da massa. Dois outros eram conheci -
dos como comunistas. Mas como se limitavam a falar uuito e apenas coi-
sas gerais, sem se nreocuparem com organizar a massa para a luta nelas
reivindicações, não rolarizavam em torno de si senão uns poucos s^mr-a--'
tizantes antigos que deles compravam jornais, etc. Mas por não sai^erem
como trabalhar, formavam um gruno extremamente sectário, afastaria da '
ressa. O quarto elemento de ligação, uma antiga operária da erir-resa, '
realizava algum trabalho de massa e, revelou-se, depois, muito capaz .
Foi o único dos antigos elemsntos que pode ser aproveitado nora a «.Hre
ção do novo organismo.
Entre as tarefas que nós traçamos,constava a realização de reportagens,
o envio de notícias constantes para a imprensa e a ampla dlstrUsuição1
de materiais partidários, que foram lidos e comentados airplarrente e?i '
toda a empresa. Do manifesto do 19 de maio distribuímos 500 e oolaraos*
nas imediações da entpresa 50. Numerosos grupos se formavam, para deba -.•
ter esse manifesto do Partido. ( )
A constatação de que a maioria era sindicalizado, mostrou-nos que áa*^
ríamos encaminhar por aquele lado a luta pelas reivindicações. Numero-*-
sas comissões dirigiram-se ao sindicato a fim de discutir ou» os dire-
tores a necessidade de serem apresentadas as reivirKiicações iio3 natações.
Estes sabotaram toda tentativa de mobilização, mas afinai foram obriga
dos a concordar oom. a realização de uma reunião restrita d« renreseu »•
tantes de todas as seções. Foi aprovado então um plano de reivindica -
ções, tendo como base um pedido de 50% de aumentos e a concessão de
maior tolerância para faltas e atrasos. Dessa reunião resultou a orga-
nização de uma Comissão, que agora procura formar sub^comissões em to^
das as seções e em cada turno.
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Por isso companheiros, vamos aplicar esses ensinamentos sem mais tardan
ça. Nos temos hoje ainda a prioridade em construir grandes células nas
fabricas.
8 CELU1A •
agenda & Correspondência
&L
Recebemos una longa carta dos camaradas gráficos, da qual publicamos trechos:
0 "Jornal da Célula" ê uma importante ferramenta para construirmos um Partido
forte, grande, presente no cenário paulista., assentado em alicerces sólidos que
são os organismos ou comitês de base*»*
Queremos apontar alguns pontos que achamos falhos ou incompletos- no JC:
19 - Ao lado do título temos "pela construção de células fortes e numerosas
nas fabricas, campo, bairros e escolas". Pensamos que se deve acrescentar
empresas, compreendendo ai:.bancos, repartições públicas, comércio, etc,
29 - Na página Z, artigo "As Células de Base do Partido", final do 19 parágrafo:
"Um Partido pequeno, principalmente no interior das fábricas,, representa
\um fator de atraso". Não ê correto isto. 0 Partido & "sempre um fator de
^avanço. 0 Partido pequeno se dilui- e não consegue ser vanguarda, não
consegue dirigir a luta, como esta bem colocado no exemplo a seguir^
39 - Na pãg. 4 depois do exemplo, quando fala das tarefas permanentes das
células, esqueceu uma tarefa fundamental^ em qualquer organismo do Partido:
o estudo. Todas as células do Partido têm que, ao lado das demais tarefast
planejar o estudo sistemático da política do Partido e âo_ marxismo -
-leninismo. Sem o domínio da linha do Partido e assimilação básica dos
princípios fundamentais da teoria do proletariado, os organismos de base
não transformami- a linha do Partido em força .material*
' ' ' OB DE GRÁFICOS
DO SOCIALISMO 2 oi
rru
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d
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"A doutrina de Marx é todo-poderosa
que é justa.
por
Ê harmoniosa e completasda
aos homens uma concepção coerente do
OMarxismo-
mundo,inconciliável com toda a supers-
tição, com toda a reação, com toda a de_
uma reMoiucão no pensamento social
fesa da opressão burguesa. Ê a sucesso- Desde a antigüidade, Aristóteles (filo-- fica denominada idealismo objetivo, com
ra legítima de tudo quanto a humanidade sofo grego 384-322 aC). chamou o homem ' batia a opinião,mui to em voga em seu '
criou de melhor no século XIX: A Filoso' de "animal político", querendo com isso tempo, de que a história da humanidade'
Ha Alemã, a Economia Política Jnalesa afirmar que o homem é um ser soei ai, con era uma sucessão de acontecimentos caó-
* • m
m
dição que o distingue dos outros anirais. ticos e tentou analisá-la como umproces
e o Socialismo Francês." so necessário e contraditório. Dastaque-
Rousseau (filósofo francês 1712-1778)ob
Lenin - As três fontes e as -se ainda o papel de Ludwig Feuerbach,a
servou a relação entre o uso de instru-
três partes constitutivas do depto do materialismo,que, a despeito '
Marxismo . mentos de trabalho metálicos pelo homem
com o surgimento da propriedade privada disso, não conseguindo libertar-se da
Esta vrofunda reflexão do grande chefe e da desigualdade social. Helvécio (fi- metafísica, acabou resvalando para o i-
aá • >
da revolução proletária que sabia unir lósofo francês(1715-1771) formulou céle dealismo.
teoria e prática com tanta maestria,va- bre tese de que o meio determina o cara Todos esses pensadores, muito embora te
le para a atual geração de operários ' ter e o comportamento das pessoas. Os ' nham formulado algumas teses justas,não
conscientes e comunistas como un vigoro_ socialistas utópicos, dentre os quais ' puderam elaborar uma teoria científica'
so alerta para que encarem o Marxismo- se destaca a figura do francês Saint-Si_ e coerente sobre a sociedade e o proces_ W
Leninismo como ciência e cuidem do seu mpn (1760-1825), tentaram explicar as ' so histórico. Isso ocorreu porque estu- -*
aprimoramento teórico e ideológico. revoluções burguesas dos séculos XVII e davam a sociedade de maneira idealista. ^ \
XVIII ocorridas na Europa contra o feu- Ou seja, buscavam a explicação para os,-
Muitos pensadores sociais, filósofos ,
dalismo, do ponto de vista da luta de ' fenômenos históricos nas idéias,nos pon
historiadores e economistas pré^roarxis*-
classes, indicando que tais revoluções' tos de vista jurídicos, filosóficos, re_^*
tas desempenharam um papel positivo na
eram o resultado da revolta das camadas
preparação do terreno para a elaboração ligiosos, morais, artísticos 7 na cons-'^>
pobres contra a aristocracia feudal. Os
de uma teoria científica sobre a socie^ ciência social. Segundo esta concepção' ^
economistas ingleses Adam Smith e David
dade. Nas suas obras filosóficas e so «• idealista, as relações sociais se trans
Ricardo descobriram os vínculos existen
ciológicas aparecidas no período de de- formam â proporção que muda a consciên-
tes entre a divisão da sociedade burgue
senvolvimento da ciência social que pen- cia social.
sa em classes e os interesses econômi -
demos chamar de sociologia prê-marxista. JQ
cos. O filósofo alemão Hegel (1770-183]} Além disso, estes pensadores não enxer-
podemos encontrar importantes" estudos '
« &'^ sebre o desenvolvimento da humanidade, representante iráxiiio da corrente filosõ gavam mais do que os aspectos externos, to
w
k
^y^y«gsEssBR.ku^!fcV^'«grBa^
a superfície da vida social. Para eles' tórico constitui uma verdadeira viragem dade produtiva dos bens materiais é a ' ^
o motor da historia não são as oontradi revolucionária no pensamento social. Lê mais importante atividade social dos ho-
ppa ções sociais objetivas, o sujeito da T
história não são as'massas populares. E
nín disse que"o materialismo histórico'
de Marx foi a maior conquista do pensa-
mens e analisando o mecanismo das rela-
ções de produção Marx descobriu as leis
les viam a narcha dos aoont^ciirentos go mento científico". Marx fez a grande ' objetivas do desenvolvimento social. As
vernada pelas paixões, sentirentos e opi_ descoberta de que as idéias dos homens' sim,ele fugiu â descrição superficial '
niões dos homens, sem mergulhar fundo ' nao surgem espontaneamente, casualmente, dos fenômenos históricos. Estudandcros'
nas causas que determinam o próprio ' nem caem do céu, mas são, em última ins cientificamente, viu o encadeamento lõ-r
surgimento dos sentimentos e das opini- tância, reflexo do ser social.Lênin as- gico entre esses fenômenos e o papel de
ões. Despe modo, eles descreviam a his- sinalou qua Marx chegou a tal conclusão cisivo das massas populares na história
tória como uma sucessão de fatos ocasio "destacando dos diversos campos da vida
nais, sem ligação uns com os outros, re social o campo eoonómioo, destacando de Marx e Engels afirmaram em suas Teses'
duzindo a historia a uma biografia dos todas as relações sociais as relações' sobre Peuerbach; !' Os filósofos se limi
"grandes" homens. de produção como relações fundamentais, taram a interpretar o mundo de diferen^
de primeira ordem, que determinam todas tes maneiras; o que imoorta é transfor-
as demais". mã-lo".
A MAIOR ^VITORIA DA CIÊNCIA SOCIAL
Com efeito, o materialismo histórico '
Para Marx as relações de produção cons-
Marx, valendo-se das contribuições lega não teve importância apenas para a ex •?
tituem o fundamento da sociedade e têm' plicação científica da história e dos '
das pela Filosofia Alemã, pelo Socialis existência objetiva independente da '
mo Utópico Francês e pela Economia PolT fenômenos sociais. Ele serve como base'
consciência social, das idéias dos h o — teórica do socialismo científico e do
tica Inglesa e criticando oom rigor os mens. Por isso, o materialismo históri-
desvios -dessas correntes de pensamento, irovimento revolucionário do proletaria-
co tem como fundamento o reconhecimento do. 0 materialismo histórico argumenta '
elaborou genialmente a concepção mate - de que o ser social é o dado primeiro ,
rialista da história, que se converteu' teoricamente a indispehsabilidade da der
enquanto a consciência social é o dado' roçada do capitalismo e da vitória do
em arma afiada do proletariado nascente secundário determinado pelo ser social.
e permitiu a explicação científica da socialismo. Fornece os elementos para a
Isto não significa negar a importância' formulação dos objetivos programáticos'
vida social, a correta interpretação da e o papel ativo que as idéias desempe -
história e a previsão de seu desenvolvi do Partido do proletariado,, dos' princí-
nham no processo histórico, mas situa - pios estratégicos e táticos de sua luta
mento faturo. Pela primeira vez na his- -Ias partindo de uma visão materialis- revolucionária. 0 materialismo históri-
tória a filosofia se converteu numa con ta. "Não ê a consciência dos homens que sr«
co aponta a inevihabilidade da revolu -
cepção de mundo da classe oprimida e ex
olorada e se colocou a serviço de sua '
determina a sua existência, mas, pelo '
contrário, sua existência social deter-
cão proletária, parteira da história ,
que abrirá o caminho ao surgimento de '
o \$
completa emancipação.
da r r u i
Assim o surgimento do materialismo his-
mina sua consciência" (Marx e Engels) .
Partindo da constatação de que a ativi-
um novo estágio de desenvolvimento
humanidade - o socialismo e o cxomunisma Ei
i—
y
pr Le^ct /U /SOM ImuM Á OA ^K^n^tuta^GA de f4wtíu**&'
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Jornal da Ww.flr, ?.$llh0 oo
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p r . u CONSTRUÇÃO 1>E CEUBJVS PORTES E NUMEROSAS NAS FABRICAS. CAMPO. BAIRROS E ESCOIAS -z.
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Jorrei da ,
CÉLULA
Wè.3.ir,-p. sa-VéO s
LU
O
*Expediente 2
*Fortalecer o Partido^
i recrutar mais opera
rios de vanguarda.... 3
*Coluna das Fábricas..5
*Agitação e Propaganda
Tarefa Permanente e
Criativa 6 continue escrevendo para o JC continue escrevendo
*Agenda & Correspondên para o JC continue escrevendo para o JC continue
cia 7 escrefePAPA NÓS ISSO É MUITO IMPORTANTE para o JC
*ABC dò Socialismo...-9 continue escrevendo para o JC continue escrevendo
| para o JC continue escrevendo para o JC continue
<M EXPEDIENTE
JORNAL DA CÉLULA N 9 6 - oVgâo do CR de SP do PC do Brasil
0 JC se propõe a ser um instrumento de dirigentes e militantes na importante ta
refa do crescimento do Partido, da criação, fortalecimento e consolidação das ce
lulas, principalmente nas fábricas. Em suas páginas trataremos desses problemas.
Para que tenha conteúdo vivo e prático, e indispensável que as células relatem '
as experiências concretas de seu funcionamento, os problemas que emperram o cres_
cimento, etc. Assim, as experiências, positivas ou negativas enriquecerão o con~
junto do Partido.
Os comitês e responsáveis pela organização devem cuidar da rápida chegada do JC
as células, bem como auxiliá-las na discussão do jornal e na escrita de eventuais
artigos.
I/Cmbramos aos camaradas que os artigos devem ser curtos.Não e necessário ter"es-
tilo", mas relatar experiências. As cartas devem ser remetidas ao CR, através '
dos comitês. E* útil debater a carta na célula, procurando refletir a experiência
coletiva dos camaradas.
Jorro! da
CELUIA r
**•***, g-Si/tf
FORTMECERO PA
Hoje. os comunistas t ê m u m amplo c a m p o
de ação na p r ó p i i a classe. A í , p o r t a n t o , deve ser concentrado o
nosso t r a b a l h o de c o n s t r u ç ã o d o Partido. Nada pode justificar
a falta de r e c r u t a m e n t o de proletários urbanos e rurais, p i i n -
c i p f l l m e n t e nos Estados mais desenvolvidos d o p o n t o de vista
capitalista. Só uma visão defensiva o u equivocada d o m o m e n -
to p o l í t i c o que atravessamos ou d o caráter de classe d o Partido
impede que- m e l h o r e m o s a composição social de nossas fileiras.
CÉLULA
V ^ - i . i r , (xjrV/é
classe se passam sem a intervenção organizada dos comunistas devido
a essa debilidade.
Todo comunista deve vestir integralmente a camiseta de bom sindica-
lista. Devemos ser os melhores sindicalistas. Comparecer ã sede e
subsede, sindicalizar novos companheiros e, principalmente, levar a
atividade sindical para dentro das fábricas.
Hoje, esse campo é muito amplo e promissor. Estão em curso eleições
sindicais dos metalúrgicos da capital, S. Bernardo e^Campinas. Sao
os três principais centros operários do Estado. Também em Suzano e
Santo André há eleições de outras categorias. É nessa batalha que
levamos aos operários o debate político sobre a situação_da classe'
e sobre as formas e meios de melhorá-la. Nessas circunstâncias,^to-
dos devem se engajar na batalha, cada qual com sua tarefa específi-
ca.
ESSE Ê 0 CHAMAMENTO DO PC DO BRASIL: PELA VITÓRIA_DA UNIDADE DA
CLASSE OPERÁRIA NA LUTA CONTRA 0 GOVERNO, OS PATRÕES E AS FOR -
ÇAS DIVISIONISTAS! QUE A ATUAL CAMPANHA APROFUNDE OS LAÇOS DE
LIGAÇÃO DO PARTIDO COM A CLASSE E COM A VIDA SINDICAL!
CELUIA uAÍ , ,
CELUIA
AGITAQÍO E ÜK)PAG1NDA:
TARE&4 PERMANENTE E C R I M N k
[Um bom trabalho de agitação e propagan-
\da reflete a ligação entre o Partido e
\as massas e ê inseparável de todo o tra
\balho de mobilização de massas.
Assim, ele deve ser regular e permanen-
te. Esforçar-se por sintetizar e escla-
recer a questão central das lutas que <•'
são travadas. As palavras de ordem do '
Partido jogam esse papel, ajudam a mas- tíU-rr*
'•':••' Re JB
)
Jornal da e
8 CELUIA
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do de produção burguês oferece que a sociedade vive a revolu - homem será a condiçãc para o li
a humanidade. A burguesia cria ção aberta e o proletariado es- vre desenvolvimento de todos os
as armas para sua própria des - tabelece sua dominação de clas- homens. HN
truição. se. Estas idéias foram comprova
das em definitivo com o triunfo No terceiro capítulo do Ma
E a burguesia não cria'so- nifestoj Marx e Engels criticam
mente as £__mas que devem dar- da Revolução Proletária na ve -
lhe morte. Forja também os ho- lha Rússia. A classe operária a literatura socialista e comu-
mens que-as empunharão: o prole foi ao ..poder e iniciou a cons- nista existente em meados do sé
tariado. trução do socialismo. culo' XIX. Combatem o socialismo'
reacionário, o socialismo con-
0 proletariado ê formado No segundo capítulo do Ma- servador burguês e o socialismo
pelos homens que só vivem se en nifesto - "Proletários e Comu - e o comunismo utópicos. Este ca
contram trabalho. E só encon- nistas"- Marx e Engels declaram pítulo dá base segura para que
tram trabalho com a condição de que o objetivo imediato dos co- se analise criteriosamente as
aumentar o capital da burguesia munistas é a conquista do poder diversas correntes oportunistas
Os operários recebem somente o político pela classe operária, e revisionistas hoje existentes.
necessário para sobreviver e e o fim da dominação burguesa. Todas negam a luta de classes
criar outros seres humanos para Mostram que os seus i,nteresses ou o papel revolucionário do
serem explorados. Tudo mais que não se separam da conjunto do proletariado.
é produzido pertence ã burgue - proletariado; pelo contrário,
sia. são os comunistas que defendem No último capítulo - "Ati-
0 proletariado, organizado os interesses comuns da classe tude dos comunistas com respei-
para produzir em grandes fábri- revolucionária. São os mais re- to aos diferentes partidos de £
cas, entra em choque inicialmen solutos na luta de classes, ten posição"- Marx e Engels traçam
te contra o burguês individual do visão do movimento em geral. o eixo da atividade prática dos
e, ã medida que se multiplicam Têm a convicção científica de comunistas: lutar para alcançar
e intensificam estas lutas, vai que ao proletariado somente in- os objetivos e interesses ime-
se unindo como uma classe anta- teressa como solução final a diatos da classe operária, mas
gônica ã classe burguesa. Só e- destruição da propriedade bur - ao mesmo tempo defender, dentro
le é verdadeiramente revolucio- guesa, da propriedade privada. do movimento atual, o futuro
nário. As demais classes tendem Visam o proletariado no poder, desse movimento.
a desaparecer com o desenvolvi- tomando medidas que irão fazer
mento da grande industria. 0 com que as diferenças de classe Com todas estas idéias, o <. 5 &.<
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