Você está na página 1de 60

MAI.

IAS, tjM^
Ficha 005/CISA
COMFIDEWCIAL
MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA
COMANDO GERAL DO AR Em 27 Ago 84
IV COMAR - ESTADO-MAIOR
2/ SEÇÃO

EDIÇÃO E CIRCULAÇÃO do "JORNAL DA CÉLULA", ÕRGÃO


1 - ASSUNTO DO COMITÊ REGIONAL DE SÃO PAULO DO PARTIDO COMÜ-
2 - DIFUSÃO í & c W ^ CTA^AFA - EEAR - PAMASB
3 - DIFUSÃO ANTERIOR BACG - HASP - SERAC - SRPV-SP
4 - ANEXO _ _ x

5 - REFERÊNCIA __ .x.

NUMERAÇÃO

M AER P NI INFORMAÇÃO N. D47 /A-2/IV COMAR.

1. 0 COMITÊ REGIONAL (CR) de SÃO PAULO DO PARTIDO COMUNIS


TA DO BRASIL (PCdoB) está fazendo editar mensalmente, desde Jan 84, um boletim clan
destino denominado "JORNAL DA CÉLULA". Tal periódico destina-se basicamente a difun
dir a orientação política emanada do CR de São Paulo ãs bases partidárias, em espe-
cial aos militantes estruturados em organismos celulares de fábricas, bairros e es-
colas.
2. 0 "JORNAL DA CÉLULA", na sua qualidade de "órgão do CO
MITE REGIONAL DE SÃO PAULO DO PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL", veio substituir o ór-
gão clandestino de periodiciadade bimestral "UNIDADE DA CLASSE OPERARIA", editado
pelo CR.de São Paulo desde 1979, cuja ultima edição detectada foi a de número 8,
referente ao período Mar-Abr (Anexo "A) . Sua apresentação gráfica, conforme se ob-
serva, guardava semelhança com a do órgão oficial do COMITÊ CENTRAL (CC) do PCdoB ,
o também clandestino "A CLASSE OPERARIA".
3. 0 exemplar de número 1, de Jan 84, do "JORNAL DA CÉLU-
LA", no artigo "APRESENTAÇÃO", assim se expressa:
"0 JORNAL DA CÉLULA é um instrumento voltado especial-
mente para os camaradas que militam numa base do Partido. Nele serão tratados assun
tos políticos e organizativos de interesse mais direto das células de base. As célu
Ias, em particular as células de fábricas, são o fundamento do PARTIDO MARXISTA-LE-
NINISTA. 0 COMITÊ REGIONAL considera que no pLano organizativo temos que tratar prio
ritariamente deste problema da construção de grandes células de empresa. Nas grandes
fábricas, ali onde é o centro do proletariado, tem que pulsar o coração do Partido.
0 objetivo deste jornal ê o de possibilitar uma forma
de contacto mais estreito entre a base e a direção do Partido. Cremos ser esse um
método eficaz para avaliar os pontos de vista, os problemas e as atividades das
células. Por meta temos a vitalização política, o combate á atitude de expectativa

CONFIDENCIAI
(Continuação do INFE n9 0 4 7 / A - 2 / I V COMAR, de 27 Aqo 84) .

CONFIDENCIAL
e de falta de iniciativa por parte dos organismos de base, avançí
dos entraves que têm surgido na construção-funcionamento de grane
tido. \JAI-M?, ç-lfbQ
Para cumpri-Io, conclamamos todas as células "para-!que es
crevam ao jornal, fazendo chegar a correspondência aos cuidados do COMITÊ REGIONAL
Os demais organismos também poderão escrever.
Temos especial interesse no plano de atividades das célu
Ias, no seu funcionamento, nas suas dificuldades, na experiência de construção de
grandes células em fábricas, bairros e escolas".
Compõe ainda a edição de número 1 do "JORNAL DA CÉLULA" o
artigo de fundo "As CÉLULAS DE BASE DO PARTIDO". Do exame do referido texto, de-
preendeu-se a atual orientação da direção do partido, voltado para a construção de
grandes células, isto é, com um efetivo numeroso , e totalmente voltado para os
seus locais de atuação nesse contexto, reporta-se o "JORNAL DA CÉLULA", ã guisa de
exemplo, âs células que o partido possuia na década de 50, "que reuniam mais de
1000 militantes", e que, devido a esse fator, possuiam "enorme influência de massa"
Como evidência do crescimento do partido ã base de células que planejavam criterio-
samente a sua construção a partir do seu local de atuação, cabe reproduzir o "exem
pio" fornecido pelo "JORNAL DA CÉLULA", bastante elucidativo acerca da atuação do
PCdoB e seu "modus operandi":
"Em cidade do interior do Estado, os companheiros do Se-
cretariado do COMITÊ MUNICIPAL chamaram a si a tarefa de acompanhar de perto a
construção do partido. Implantado numa grande fábrica com uma célula de 15 camara^
das, tomaram medidas para consolidar essa célula, não expondo desnecessariamente
seus efetivos ao desemprego. No planejamento de seu crescimento, apoiou-se o traba
lho da fábrica com o do bairro, onde moram muitos operários dessa e de outras fã -
bricas. Logo lideramos uma invasão e nasceu o Movimento de Mulheres, nesse mesmo
bairro. Assim, tendo como eixo a fábrica e os operários, já há célula também no
bairro, além da Organização de Massa das Mulheres".
Conforme se observa, de uma célula de fábrica, os militan -
tes do PC do B nessa cidade não especificada do Interior de São Paulo, conseguiram
expandir a área de influência do partido, mercê do recrutamento e, principalmente,
em virtude da interação do trabalho político em diferentes seguimento do Movimento
de Massa pré-existentes na mesma área.
4. A edição de número 2, de Fev 84, do "JORNAL DA CÉLULA" in-
clui, abaixo do título do periódico, o termo "campo" no palavra de ordem "PELA
CONSTRUÇÃO DE CÉLULAS FORTES NAS FABRICAS, CAMPO, BAIRROS E ESCOLAS"; a edição an-
terior não abrangia o compesinato do referido "slogan", "equívoco" desfeito no seu
número 2. Veicula a citada edição do "JORNAL DA CÉLULA" o artigo "AS CÉLULAS DE BA
SE E A CAMPANHA PELAS DIRETAS", referente ã participação do PCdoB na campanha popu
lar pelas eleições diretas â Presidência da República, a partir de seus organismos

*base' CONFIDENCIAL
- segue -
(Continuação do INFE n<?047/A-2/IV CCMAR, de 27 Ago 84) <^fW?+^^KH^?+Ç+9-K> f l 03
CONFIDENCIAL. n*3.ir, p.s/éa
5. O exemplar de número 3, de Mar 84, do "JORNAL DA CÉLULA.",ã
guisa de "expediente", como se fora' um jornal legal, apresenta-se como o "órgão
do CR de SP do PCdoB". É dedicado espaço às comemorações pelo transcurso do 259 a
niversário de fundação do Partido, em 25 Mar. O artigo "MAIS MILITANTES PARA O
PARTIDO" reporta-se ao esforço desenvolvido pelo PCdoB no sentido de recrutar mais
militantes para organização, dentro da chamada "Campanha KARL MARX de Construção
Partidária", concluída em 25 Mar 84. 0 artigo "E TAREFA DAS CÉLULAS O FIM DA SEMA
NA VERMELHO" convoca a militância do partido a organizar nos dias 24 e 25 a exem-
plo do anteriormente realizado nos dias 18 e 19 Fev 84 - o chamado "fim de semana
vermelho", que se traduz em um esforço coletivo da organização, do tipo "mutirão1,1
particularmente voltado para os trabalhos de agitação e propaganda com o "jornal
de massas" - o semanário "TRIBUNA DA LUTA OPERARIA" e de recurtamento. Veicula a-
inda a edição de número 3 do "JORNAL DA CÉLULA" o questionário "VOCÊ E UM BOM MI-
LITANTE?", abordando as seguintes questões:
- "Você freqüenta as reuniões da célula?
- Você lê as matérias partidárias:
. Jornal de massas
. A CLASSE OPERARIA
. JORNAL DA CÉLULA
. A REVISTA TEÓRICA
. MATERIAIS DO CONGRESSO;
- Você atua: na venda militante:
. Do jornal de massas no local onde atua"
. Do jornal de massas em mutirões
. Da revista teórica
. Dos materiais do Congresso;
- Você está envolvido em lutas específicas no local onde
atua;
- Você recruta novos elementos para o Partido no local onde
atua;
- Você contribui financeiramente na sua célula de base;
- Você sindicaliza ou associa companheiros no local onde
atua;
- Você freqüenta a entidade (sindicato, SAB, DA etc);
- Você está em contacto estreito com a massa de seu local,
costuma visitar os companheiros;
- Você procura os dirigentes da célula ou Comitê para se
esclarecer sobre as tarefas do Partido."
Aos questionados são fornecidas as opções "muito pouco" ,
"às vezes" e "com regularidade", para as respostas ao questionário em tela. Obser
va-se que no questionário, "Jornal de Massas" trata-se do semanário "TRIBUNA DA
LUTA OPERARIA", a "revista teórica" ê, em verdade, a revista "PRINCÍPIOS", enquan
to que em "Materiais do Congresso" estão consubstanciados os documentos aprovados

CONFIDENCIAL - -*» -
(Continuação do INFE 047/A-2/IV OCMAR^ fe.27^g^ 84) Ç M ^ H P + 9 4 ^ ^ ^ 5 j 4 a ^ j ^ ^ l 04

pelo VI Congresso Nacional do Partido, realizado em Fev 82, eritSa ^&Èi%iê^ r' "fS ~
TUDO CRÍTICO ACERCA DA VIOLÊNCIA REVOLUCIONARIA", o "INFORME PSLíWóJSÔ CofejíSSO
DO PC do Brasil" e o "INFORME DE ORGANIZAÇÃO AO CONGRESSO DO PCcb^Vjiljffétepr inti
tulado "REFORÇAR O PARTIDO COM MAIS OPERÁRIOS DE VANGUARDA" explicita essa "tarefa
política" do partido e sugere, para a sua consecução, que se venda o "jornal de
massas" nas portas das fábricas e nos bairros de "bõias-frias", que se atue nos
Sindicatos, nos Grêmios, nas CIPA, que se incrementem as "visitas" aos operários,
e que os militantes estejam presentes nas campanha pela reforma agrária.
Expressivo espaço jornalística é dedicado ã Secção "AGENDA & CORRESPONDÊNCIA" na
edição de Mar 84 do "JORNAL DA CÉLULA", reproduzindo aquele mensário, entre ou-
tras correspondências recebidas, a carta da militante "M", apontada como "dirigen-
te de uma grande célula de bairro em uma cidade do interior paulista". Conforme o
texto aposto ao final da carta da militante "M", "a sua célula já conta com qua-
se 40 pessoas", bem como "levou 5 ônibus para o Comício das Diretas" - acredita-se
que seja o realizado em 25 Jan 84, em São Paulo-SP - além de estar organizando " a
luta por creches e constituindo uma Associação de Bairro no local em que atua.

6. Esta ASP, até a presente data, não obteve exemplares da edi


ção de número 4, de Abr 84, do "JORNAL DA CÉLULA".
7. A edição de número 5, de Mai 84, do "JORNAL DA CÊLUIA", es-
tampa em primeira página a palavra de ordem "ÂS MASSAS!", que se coaduna com a pri
oridade ora concedida pela direção do Partido ao trabalho de massa e que se exprime
na "Política de Organização" fixada no VT Congresso Nacional do PCdoB: "construir
um Partido numeroso , com grandes células, principalmente nas fábricas".

Nesse contexto, mostra-se bastante significativo o excerto


abaixo transcrito:
(...) "Não ê mais época de nos ocuparmos apenas das parce -
Ias 'avançadas1 do povo, ou cem ativistas tão somente. Devemos tratar com a massa
mesmo, ousar conquistar sua confiança e direção política, atraindo seus melhores e
lementos para a militância partidária (...)". Tal orientação resume, na prática, a
execução pelo PCdoB das chamadas "cadeias de transmissão" leninistas, que precoru>
zam a captação no seio da massa dos líderes populares mais destacados e a sua fi-
liação ao "partido de vanguarda do proletariado", isto é, o Partido Comunista. A
propósito, a orientação "organizativa" de "ir ao povo, ãs massas", com o intuito
de recrutar com vistas ã construção de um partido numeroso respalda-se na delibera
da intenção de se transformar o PCdoB, hoje um "partido de quadros", em um futuro
"partido de massas", cuja consecução, no entender da direção do partido, dar-se-ia
após a conquista da legalidade.
Na Secção "COLUNA DAS FABRICAS", o "JORNAL DA CÉLULA", edi-
ção de Mai 84, reproduz idêntico artigo veiculado pelo jornal "A CIASSE OPERÂRIA"-
hoje órgão do COMITÊ CENTRAL (CC) do PcdoB - no ano de 1951, visando servir de ro-
teiro para os COMITÊS MUNICIPAIS (CM) e COMITÊS DISTRITAIS (CD) planejarem e execu
tarem as tarefas de organização, recrutamento, agitação e propaganda nas grandes

CONFIDENCIAL - -»• -

i
(Continuação do INFE n9 047/A-2/IV COMAR, de 27 Acro 84) <>

m-3.^^s(6S) CONFIDENCIAL
empresas. A guisa de encarte, a edição de número 5 do "JORNAL1
o texto doutrinário "ABC do SOCIALISMO: 0 MARXISMO - UMA REVOÍ
TO SOCIAL", destinado â difusão aos militantes estruturados em
tura e discussão.
8. A edição de número 6, de Jun 84, do JORNAL DA CÉLULA", em
seu "expediente" afirma:
"0 JC se propõe a ser um instrumento de dirigentes e mili
tantes na importante tarefa de crescimento do Partido..."
0 qué demonstra que o referido periódico, em seis meses
de existência, sofreu uma evolução qualitativa em seu objetivo, pois, como se
recorda, em seu editorial de apresentação, em Jan 84, assim se pronunciava quan
to aos seus objetivos:
"0 JORNAL DA CÉLULA é um instrumento voltado especialmen-
te para os camaradas que militam numa base do Partido".
No artigo "FORTALECER 0 PARTIDO E RECRUTAR MAIS OPERÁRIOS
DE VANGUARDA", o "JORNAL DA CÊLUIA", isto é, o CR de SÃO PAULO do PCdoB, avalia
as perpectivas de crescimento do Partido e enfatiza a necessidade de se recrutar
militantes preferencialmente no interior da classe operária, em particular, " em
seu setor mais combativo, numeroso e experiente - os metalúrgicos".
Na Secção "COLUNA DAS FABRICAS" é veiculado o artigo "Ex-
periências na Construção do Partido", que se reporta ãs atividades de recrutamen
to de operários no interior das fábricas e conclui afirmando que "a vida tem de-
monstrado que é possível construir o Partido dentro da fábrica, que os operári-
os estão abertos para as idéias de socialismo".
São ainda veiculados o artigo "AGITAÇÃO E PROPAGANDA: TA-
REFA PERMANENTE E CRIATIVA, a Secção "AGENDA ' CORRESPONDÊNCIA' e a Secção dou -
trinária "ABC do SOCIALISMO", veiculando o tema "O MANIFESTO DO PARTIDO COMUNIS-
TA (1848)", de MARX e ENGELS.
9. Conforme se conclui, o "JORNAL DA CÊLUIA" representa para
o coletivo militante do PCdoB estruturado na área do CR de São Paulo - e, mais
especificamente para o Secretariado daquele organismo dirigente, responsável pe-
la sua edição - em verdade, um instrumento de natureza "organizativa", em virtu-
de de sua circulação ter um caráter restrito ã militancia local do partido, não
se constituindo, em decorrência desse fato, em um instrumento de agitação e pro-
paganda.
O seu caráter "organizativo" lhe confere a faculdade de
se transformar em eficiente canal de transmissão da orientação política emanada
da direção da organização aos seus escalões subordinados, ao mesmo tempo em que
se converte em um instrumento de enquadramento partidário e em um veículo de d±e
vulgação de assuntos doutrinários para neófitos no Partido. Evidências significa
tivas do atual estágio atingido pelo trabalho de construção partidário ora ence-
tado pela direção do PCdoB são assinaladas na análise dos exemplares em anexo

CONFIDENCIAL - «** -

(Contiuuac-ao do » nv 047/A-2/XV « , * £ ^ 3 4 , ^ — - — »6
CONFIDENCAL w,s.^f-*
fc . . o * , Da c a n » - . entre ^ s l - e ^ s e o l e t i v o c o l a d o p ^ r
Z* ae construir células o » pandas efetivos militantes e r e l a t r v a a u t o n o -
™,T t ica prioritariamente no interior das fábricas; a rnteraçao

Massa ("trabalho de Bairros", movi.aanto de mulheres, ação srndrcal , promovr


Massa ^ txcu^cu^ c r e s c e r a t a i s evidencx-

^ L i l " , o S . de oerta for™, ^ t r a r i a . ate — - ^ ~ ^


^ 3 - e não c o n f i a d a s - gue indicariam a existência na are deste Es^do de
2 (dois, Chitas t o n a i s do ^ atuante - J ^ ^ ^ ^ ^
e o outro responsável somente pela ™ ^ « ^ ^ ^ ^
+ÇVHP+9+ÇH-9+ÇH

O DESTINATÁRIO E RESPONSÁVEL
PELA MANUTENÇÃO DO SIG;LC DES-
T t DOCUMENTO. ( A n . 12 . D« . n.o
79.009/77 . Regulamento para Salveguerda
d * A«suntes Sigilos).

CONFIDENCIAL
ÓRGÃO DO COMITÊ REGIONAL DE SÃO PAULO DO PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL - -
e
n9 março - abril 1883 ANO IV

r V ^ ^ r , (tf<o6
CONGRE
Tèl T

Sai o número 9 do nosso Jornal. ticularmente para levá-lo para a


Para nos ele tem uma significação es ação política de massa e construir ,
pecial. Aqui temos a oportunidade de ao mesmo* tempo, um Partido numeroso.
saudar a realização, conforme nos in 0 documento, político e de organiza-
foima o CC, do Congresso do nosso ção publicados neste número e aprova
PaflPLdo. 0 coroamento exitoso des dos.na última reunião do Comitê Re-
se evento 5 para os comunistas dê gional, representam mais um esforço
Sao Paulo motivo de .Imensa satisfa - neste sentido. E imprecindível que
ção. 0 Partido se revigora. Abre-se o coletivo estude este material e
novas e grandiosas perspectivas para planifique sua atuação com base nas
nossa atuação. Com as resoluções po- diretivas ali fixadas. Estamos segu-
líticas do Congresso temos em nossas ros de que estamos no rumo certo. As^
mãos armas poderosas de intervenção sim como vitoriosamente realizamos o
na luta de classes que se. desvenda Congresso no curso de um intenso pro
em nosso país. cesso de atuação política de massas,
Em dezembro dentro do processo. partiremos para novas e grandiosas
.ie discussão do Congresso, realiza - batalhas. Haveremos de vencê-las
nos também em ^o Paulo a Conferen guiados pela política proletária do
ria Regional, ior sua representativT Partido. Conduziremos o povo na luta
iade, pelos debates políticos trava- pela derrocada do regime; indicare -
ios^ pelas resoluções adotadas,a Con mos ã classe operária e as massas po
ferência Regional significou um gran pulares a senda da revolução, abrin-
ie^^asso avante para o Partido em do assim a perspectiva do socialismo
SacP^aulo. em nossa Pátria'

0_Comitê Regional, eleito na


Conferência de dezembro, vem se em- VIVA 0 PARTIDO COMUNISTA 1)0 RKAS1I.:
penhando com todo o coletivo para im
lulsionar a atividade do Partido,par 0 Comitê Regional de São Paulo.
nesta rv-

VIVA 0 CONGRESSO DO PARTIDO ! pãg. ]


A CONFERÊNCIA REGIONAL: mais uma vitória do PARTIDO - pãg.2
AVANÇAR NA A P L I C A Ç S O DA TÁTICA DO PARTIDO EM SÂO PAULO - pãg.3
FIRMEZA NA CONSTRUÇÃO DO PARTIDO PARA RESPONDER AS EXIGÊNCIAS POLÍTICAS pãg. 7
AÇÃO E AMPLITUDE NA FRENTE PARLAMENTAR - pãg.11
VIVA OS 61 ANOS DO PC DO BRASIL 1 - pãg.13
AVANÇAR A LUTA ESTUDANTIL - pãg.14
NOTA SOBRE" OS ÚLTIMOS ACONTECIMENTOS EM SÃO PAULO - pãg. 15
UUiDADb DA CLASSE OPERARI/
=^=^t-S5

w-5^r, p - ^

A
MAIS UMA VITORIA DO PARTIDO
Por convocação do fX, como etapa ne - Paulo foi fundamentalmente positiva se bei
cessaria ã preparação do Congresso do P a r t i - que ainda existam problemas, particularmen-
do, realizou-se em São Paulo, no mês de de t e a e s t r e i t e z a na ação p o l í t i c a , que preci-
zembro de 1982, a conferência Regional do sam ser superados.
Partido Comunista do B r a s i l . . -
5 Elegeu-se também *entre camaradas rj
2 A Conferência, tendo era v i s t a o papel presentativos da região os delegados ao Coi
destacado que p camarada joga em nosso Parti gresso. Por último foi e l e i t o o novo Comitê
do e junto ao movimento comunista mundial, ê Regional segundo c r i t é i r o s aprovados pel(
legeu por aclamação, como seu presidente de p l e n á r i o de reforçar o núcleo d i r i g e n t e que
honra,o camarada João Amazonas. Também no í vem se formando na região, de reforçar a pre
nfcio dos trabalhos foi rendida homenagem ã sença de operários no Comitê e de destacar
camarada Lúcia Poço, membro do Comitê Refio- também camaradas que vêm contribuindo de foi
nal, operaria, destacada combatente comunis- ma proenimente para imprimir um ritmo de a
é^recen temente falecidaj vanço ã atividade do Partido. Eleitos dentro
de um amplo processo de discussão política o
3 Segundo as nomias estabelecidas a Con Comitê Regional assumiu consciente das enor-
ferência teve como pauta: I - a discussão das mes responsabilidades que tem de d i r i g i r o
Teses do Congresso; I I - avaliação da a t i v i - Partido em São Paulo cumprindo as resolu -
dade do Partido em São Paulo; I I I - eleição ções do c o l e t i v o se esforçando por elevar
dos delegados ao Congresso; IV- eleição do qualitativamente a ação do Partido em todas
Comitê Regional. Os delegados presentes â as f r e n t e s .
Conferência, representantes de todas as fren
tes de trabalho do P a r t i d o , apreciaram as dT 6 A Conferência Regional marcou uma no
versas questões da pauta. As Teses do Con - va fase na vida do Partido. Precedida de dis
gresso, após serem d e b a t i d a s , foram aprova cussões e eleição de delegados em todos os
das por unanimidade. 0 informe p o l í t i c o e de n í v e i s , em todo e s t e processo avançamos na
organização após debates i n t e n s o s , foram tam compreensão da p o l í t i c a e na unificação : de
bem aprovados, sendo a e l e s agregados suges- todo o P a r t i d o . 0 coletivo p a r t i d á r i o amadu-
tões diversas. Finalmente foram e l e i t o s os receu e s e sente mais seguro e capaz de cum
delegados a sessão do Congresso e o novo Co p r i r as imensas tarefas que o momento revolu
mitê Regional. c i o n ã r i o nos coloca. 0 debate foi fecundo.as
c r í t i c a s das debilidades foram f e i t a s de for
4 Desenvolveu-se uma r i c a discussão so ma aberta e ampla. £ sensível o avanço do co
bre a situação p o l í t i c a de São Paulo, o ba~ l e t i v o estadual. A visão e s t r e i t a que enten
lanço da atividade do Partido e sobre as de a ação do Partido c i r c u n s c r i t a a peque ~
mossas:tarefas fundamentais. A Conferência nos grupos vem sendo c r i t i c a d a de forma am
considerou que as eleições de 15 de novem - pia pelo c o l e t i v o . Há um esforço visível de
3ro representaram um grande avanço na luta a t i v a r as diversas frentes de trabalho, de
Ia oposição democrática. 0 regime m i l i t a r so elevar a n o s s a ação p o l í t i c a , de avançar na
Freu esmagadora derrota e perdeu uma impor - construção da frente democrática e da unida-
:ante base de apoio p o l í t i c o . A participa - de popular. Avançamos também nos métodos de
;ão dos comunistas nesta b a t a l h a c o n s t i t u i u - direção. Ouve-se mais o coletivo e contrcla-
•se também no ponto a l t a da nossa atividade. - s e mais a atividade de cada um.
'artindo de uma posição e s t r e i t a e exclusi -
•ísta, evoluímos para uma melhor compreensão 7 A Conferência considerou que no pre -
•o significado das eleições e do papel que sente quadro, de agravamento acelerado tia
í jogávamos. A partir*de então o Partido a c r i s e nacional, dois eixos fundamentais
ançou e contribuiu para a derrota do r e g i - devem d i r i g i r nossa atividade : I- transfor-
ie e ainda deu a campanha peemedebista um mar nosso Partido num Partido de ação p o l í t i
aráter mais combativo. Também foi examinada ca de massas, que se v o l t e para a mobiliza -
conjunto da atividade p a r t i d á r i a no perío ção e organização das massas e particularmen
o que vai da Conferência de &\ a de 82. Con t e da c l a s s e operária; I I - para cumprir com
iderou-se que a atuação do Partido em São esta tarefa magna precisamos de um Partido»~
JKIDÃDÉ^ÃrCLASSE OPERÁRIA
scssa M,»m*ml,}Êt,l'+iJà nptimnnrr-r— 1 '• " t — *ÇBB—

W*.*V, p. W D
0 Comitê Regional, reunido em março a
provou um documento político e de organiza ~
çao definindo as principais tarefas que de
vem nortear a ação dos comunistas até julho.-
Estes documentos devem ser discutidos em to
das as organizações partidárias. Cada orga --
nismo, na sua área de atuação, deve planifi-
carsua atividade tendo em vista a concreti-
zação das tarefas ali propostas. Elas defir
nem as principais questões que estão postas
para o Partido no plano político e organiza-
tivo. Com a unificação do Partido em torno
das diretivas confiamos que daremos um gran-
de passo a frente no sentido de nos colocar-
mos em condições de respondermos ãs questões
candentes que a evolução do quadro do Estado
nos coloca.

São Paulo, 13 de março de 1983.


0 Comitê Regional de São Paulo.

rsf

lama radas,
5 milhões de votos conferidos 30 PMDB.
Neste início de ano três aspectos,' de
rojeçao nacional, têm se avultado na políti- A posse de um governo do PMDB ê um fato
a do Estado criando um quadro novo para nos que tem profundas repercussões no nosso Esta-
a ít^ção. do e que também, pelo seu peso específico,tem
uma projeção nacional enomie. O regime m i l i -
Prijoeiro: há um notável desenvolvimento t a r deixa de contar no principal Estado do
a situação p o l í t i c a de São Paulo. Depois de país com base p o l í t i c a de apoio, junto ao go
9 anos, toda uma estrutura do poder no Esta- verno estadual, para levar a frente seus pla-
3, baseada na existência do predomínio do nos c o n t i n u í s t a s . Do ponto de v i s t a de São
artido do redime m i l i t a r , na nomeação de go
•'
Paulo abrem-se perspectivas para o avanço na
;rnadoresibiônicos,na predominância de prefeT mobilização e na organização da frente demo -
DS comprometidos com esta e s t r u t u r a , vai chê c r á t i c a e p3ra a unidade popular. Nas cidades
indo ao fim. Desde i n í c i o de fevereiro inT onde assumiram prefeitos peemedebistas já se
cu-se um processo, que t e r á seu coroamento - respira um novo ar.Cresce a movimentação ]V>lí
i 15 de março, de s u b s t i t u i ç ã o daquela es t i c a ; o debate de temas locais de i n t e r e s s e
-utura de poder por outra, fruto da vontade as massas e das grandes questões nacionais
i frente democrática e traduzida nos mais de f l o r e s c e . O movimento j>opj]ar de alguma forma

ontinuação da pag. 2~
bneroso, organizado nos p r i n c i p a i s centros esforçando por encaminhar as resoluções do
blíticos e particularmente nas grandes fã nosso Congresso e da Conferência o Partido
ricas. Com um Partido pequeno nao jogaremos a região avançará, sendo referência e guian-
papel que estamos chamados a desempenhar." do as massas populares de nosso Estado nos
8 unidos em torno do Comitê Regional.se grandes embates que se avizinham.*
UNMDADE DA CLASSE OPERÁRIA
f»r*~j"v- B — i — — — Tt TrnM

quer i n t e r v i r na vida p o l í t i c a e exige par- As mudanças políticas ocorridas cm São


ticipação. A expectativa é grande. Visão o t i Paulo refletem-se no movimento democrático
mista f Não l E certo que em várias localida e popular. A questão da frente é amplamente
des os prefeitos e l e i t o s procuram a l i j a r o
discutida e a posição dominante nos círculos
pqvo, castrando e s t e processo e nao dando
intelectuais e democráticos é a de oposição
vez ífcparticipação dos elementos mais conba- ao regime e de unidade para lutar. As recen-
tivos do PMDB. Isto se deve ao caráter desta tes medidas de ida ao Pundo e .outras adjaccn
frente oposicionista que é o PMDB e dá predo tes tomadas na área econômica hem como as
ranãncia em seu meio.de elementos conservado no plano político de proposta de trégua ou
res. Exemplo i l u s t r a t i v o d i s t o foi o da esco
de enquadramento de denocratas' na LSN têm me
lha do s e c r e t á r i o da saúde em São Paulo. (3 recido amplo repúdio. Vozes da divisão ou da
1emento mais identificado com setores ponu- conciliação, enòora não possam ser substima -
ares foi discriminado de todas as fonnas,re das, têm ficado na ribalta. Abrem-se condi -
:ebendo mesmo de setores do PiMDB o chamado o f u«.
ções para a atuação do Partido junto aos- se
Veto ideológico". tores democráticos, no sentido da realização
de ações comuns em prol da liberdade e da so
Devido a dificuldades surgidas em v ã r i - berania nacional.
;s cidades crescem as c r í t i c a s ao PMDB. Den-
ro do Partido há alguns que dizem : " com O movimento operário e popular se ativa
s t e governo não dá"; " Da vontade de mudar e prepara também realizações de grandes jor-
o PMDB". " O PMDB não dá a mínima às reivin nadas contra a fome, por liberdade e de defe
icações populares",e outras coisas mais. Es sa da pátria. Oprimidos pela política do no
a não é uma a t i t u d e c o r r e t a . Temos que com- vo arrocho e pela onda do desemprego a clas-
reender que passado o 15 de novembro se in se operária começa a retomar a iniciativa na
ensifkca a luta contra o regime e a tarefa luta"de resistência. As dispensas em São Pau
os cwunistas é a de atuar no sentido de Io, Osasco, ABC, Vale, etc. não se fizeram
npliar esta frente que se formou no PMDB - sem oposição. Em diversas fábricas houve lu
qual inclui o governo do Estado- e dar-lhe ta contra o desemprego e o arrocho, com para
maior combatividade possível.Por certo ê u lizações. Em outras, e o exemplo" e da Scania
3 frente ainda limitada, a t r a s a d a , tendente ensaiou-se mesmo medida de caráter mais rad^
n larga medida â conciliação e à marginali- cal. O clima que existe é o que antecede o
íção dos comunistas e do movimento popular combate, a discussão nas empresas é grande,a
ganizado. Ex.: o novo s e c r e t á r i o da educa- palavra de ordem de greve geral vai ganhando
ío recusou-se sucessivamente a receber a corpo. Essa agitação se reflete no movimento
íião Estadual dos Estudantes. Há uma outra sindical. Ações de repercussão deste têm a
>sição igualmente danosa que tende, sobretu contecido. A tendência, mesmo com o peleguis
i onde temos obtido maior espaço, a enten - mo de um lado e o divisionismo de outro, e
r que o PMDB ê a própria f r e n t e s u p e r e s t i - para a luta e a unidade. Não achamos que a
ndo suas possibilidades. I s t o leva uma po conduta que nos tem guiado no MS ul tiinamente,
çao de subestimar a mobilização e a organT de lutar contra a divisão e o peleguismo e
ção independente das massas. Subestima-se em prol da criação de um sindicalismo unitá-
ualmente o papel do Partido :"Peuno-me com rio e combativo,devam ser alteradas.Os nos -
P a r t ^ o quando t i v e r tempo". sos objetivos maiores continuam sendo a rea-
lização de um Conclat estadual massivo e uni^
O Partido tem investido na importância tãrio que renove a direção estadual. Ao mes-
mo tempo e com a mesma política trabalhare -
ssa frente p o l í t i c o - i n s t i t u c i o n a l e nas ca
r t e r í s t i c a s que ela vai assumindo em São mos na Conclat nacional no sentido de avan -
j]o. À tendência c de que amplie-se o çarmos na criação da CUT. Devemos estar aten
le
* das liberdades e criem-se condições no- tos e interferirmos nas eleições dos princi-
; para o avanço da frente democrática e pa pais siiidicatos e nas campanhas salariais em
Ia organização independente do movimento curso. E na luta, e somente nela, que podere
xjlar. A t á t i c a das forças populares deve mos forjar uma corrente sob direção dos comu
• a de trabalhar no sentido de fortalecer nistas.
rente: apoiar as medidas de c a r á t e r demo-
tico e popular que o novo governo venha I | Ultimamente, ganha corpo junto ao MS e
ornar e preservar o seu sagrado d i r e i t o de particularmente junto aos sindicatos opera -
ti ca e oposição a medidas c o n t r á r i a s aos : rios a articulação das federações. Levantam
eresses populares. <pe igual modo •' devem | a bandeira contra a nova política salarial
tinuar exigindo que suas vozes sejam ouvi [ do governo, contra o acordo com o FMT e agi-
e levadas em conta e que os elementos tam a greve geral. Junto a esta articulação
s progressitas sejam fortalecidos nos car \ das federações vão aderindo uma gr;inde quan-
da administração estadual. Devera traba •- 5 tidade de sindicatos. Não devemos ficar allie
r para que a Assembléia .e as Câmaras s e . - ios a esta articulação. Ela não representa o
casas abertas ao povo e onde possam fa surgimento de um movimento sindical combati-
e se fazer ouvir.
^ c ^ M v ^ i ^ b S t OPERARIA

vo no Estado. Tem na cabeça o pelejo Joaquim sua mobilização e organização. Temos que cs
que busca no nosso modo de ver dois objeti - t a r atentos a i s t o , mobilizando de todas as
vos. Primeiro, a CNTJ. 0 Arqui-pelejo •' Ari formas as massas, lutando em torno de suas
Campista não ê um nome representativo que po reivindicações econômicas e s o c i a i s e, mus
de a i t i c u l a r junto ao MS. Joaquim sim:e o que i s s o , levando-as ã luta e a mobilização
presidente do maior s i n d i c a t o do p a í s , tem í p o l í t i c a . Devemos estudar as diversas formas
t r â n s i t o junto a uma grande parcela de sindi de organização que vão brotando do jnovimento
c g ^ s t a s . Mesmo do ponto de v i s t a do gover- e a t u a r no sentido de lhes dar consistência.
no pode apresentar uma a l t e r n a t i v a para o
controle do novimento s i n d i c a l nacional. Se Segundo: paralelamente ao desenvolvimen-
temos uma CNTI representativa para que CUT? to desta situação política,, acentuaou-se como
Segundo, com essa articulação as federações , já se destacou por várias vezes, a crise eco-
poderão jogar pepel importante na Conclat al_ I nômica vivida pelo nosso país. A ameaça de fa
terando a seu favor a correlação de forças. lência total, do entreguismo mais completo ao
Com v i s t a s a a t r a i r um maior número de sindi imperialismo esta presente. Este quadro terrí
c a l i s t a s levantam bandeiras sentidas do )iiovT vel reflete-se na situação de vida das massas
mento s i n d i c a l . Nos não devemos estar a l h e i - Os números dão conta diss,o: arrocham-se mais .
os a e s t a articulação,mas ao mesmo tempo de ainda os salários, o desemprego cresce verti_
vemos a t u a r sem ilusões de que esta represen ginosamente ( sõ em São Paulo -região metropo
ta uma a l t e r n a t i v a combativa para o MS e litana - os dados dão conta da existência de
que os pelemos vão se situando de forma pro- 1 milhão e trezentos mil desempregados, en
g r e s s i s t a nos novos tempos. Nada disso 1 Joa quanto o Dieese nos dá conta de que setecen-
quita e Cia são t r a i d o r e s do movimento s i n d i - tos mil trabalhadores estão sem trabalhar na
cal e atuam em causa própria. Nessa atuação Capital.) 0 custo de vida junto com a infla -
nova a r t i c u l a ç ã o deve se dar sobretudo em ção dispara. 0 objetivo anunciado pelo gover-
v i s t a a missa de s i n d i c a l i s t a s que dela par no, .de inflação de 701. foi abandonado já em
t i c ^ e m e que s e posicionam a fayor da luta janeiro. A fome, a miséria e a desesperança
conrH o divisionismo r e i n a n t e na PrÕ -CUT. se abate sobre o povo. A classe operária sus-
tenta o peso principal da crise. Ao se animei,
0 movimento popular s e reanima. Mobili- arem empregos verdadeiras multidões correm as
zações de massa com diversas c a r a c t e r í s t i c a s portas das fábricas. A política de fome dos
jorrem no conjunto do Estado. Ora são mani- militares encontra a oposição crescente dos
festações de luta pela casa própria como em democratas e patriotas e do movimento popular.
tão Paulo, ABC, Lins, e t c . ; o r a , ' c o n t r a au
nento de t a r i f a s e dos preços como a manifes O entreguismo é aberto. O Í-T^ll gere a vi-
tação dos t a x i s t a s de São Paulo; e ainda ma da econômica do país. Os banqueiros interna -
hifestações dos estudantes u n i v e r s i t á r i o s e cionais se aproveitam e exigem mais conces-
as mulheres. 0 o i t o de março foi um marco sões . A dependência econômica leva também a
Io avanço do movimento de mulheres no Estado acentuação da dominação dos imperialistas em'
om nossa particípação como no Centreville , todos os setores da vida nacional. O MEC con-
anto André; Diadema, São Paulo, Campinas e certa novos acordos com a USATD; os militares
te. Movimenta-se o funcionalismo público e acertam com os EEUU a produção conjunra de ar
professores. mamentos. Também esta política entreguista
desperta amplos setores para a luta; o regi-
Mobilizações s i g n i f i c a t i v a s têm o c o r r i - me se isola mais ainda. Os comunistas devem
e f ^ o r n o da eleição das AR's, de d i r e t o - levantar bem alto a bandeira patriótica.denun
ÍS de h o s p i t a i s , delegados de ensino e e t c . ciar o entreguismo e o acordo com o FMI, dl
movimento popular entra com força na vida zer um não ao pagamento da dívida já ressarcT
i l í t i c a do Estado querendo s e r ouvido. São da através de iuros escarchantes.
ontecimentos importantes que tem realçado
ra o Partido as imensas possibilidades aTerceiro: Acentuam-se as c a r a c t e r í s t i c a s
bilização p o l í t i c a das massas. a u t o r i t á r i a s e anti-democráticas do regime.Os
U m i l i t a r e s querem o continuismo. Por eles está
Avança também a organização popular. As tudo bom. Atravessaremos o ano 2.000 sob e s t e
crentes mobilizações p o l í t i c a s abrem para n governo despõtico. Para o regime as eleições
5 a importante questão da organização dos i n d i r e t a s garantirão o continuismo. Mas a s i -
iselhos Populares. Instrumento de mobiliza tuação não é t r a n q ü i l a . /\lém de disporein de
j e de participação de forma independente maioria precária no Colégio E l e i t o r a l , defron
; massas populares^ na vida p o l í t i c a . IguaJ^ tam também com o acirramento da disputa entre
jte de grande importância é o processo de os presidenciãveis que a esta a l t u r a , do lado
amplo movimento de reorganização das SABs do governo, j á passam de 10/ O eeneral Fi
perspectiva de convocação de um Congres- gueiredo tem controle precário do processo q
estadual. após t e r anunciado que, no momento oportuno.
ele a b r i r i a o processo sucessório , Maluf e
A tendência junto ao movimento popular é ACM, se lançaram a campo. Tudo indica que a
b um processo acelerado de crescimento na disputa dentro do redime vai crescer. •-
«V.'JC TJTTÍTMTTIX

De o u t r o lado o g e n e r a l Figueiredo vem


i t e l e v i s ã o anunciando os p r o p ó s i t o s de uma P as
lação ao novo governo ainda gera polêmicas é
vezes retarda a açaõ do Partido. Fm rela -
régua. 0 cinismo não tem l i m i t e s ! Trégua ção ao MS somos uma força reduzida e a resis
)ara quem ? Para não s e r importunado a c o n t i tência ã atuação sindical é grande. MCSIID em
mar entregando descaradamente o p a í s , reprT torno do 8 de março saíram textos que colocam
lindo a oposição, levando a t r i s t e z a e a mT menos a questão política e mais o princípio
é r i a a milhões de b r a s i l e i r o s - No mesmo d i a do trabalho junto as mulheres. Em boa parte
ejno^trando sua boa f é , manda enquadrar j o r das mobilizações de que participamos atuamos
a l i s t a s na J-SN; procura desesperndamente en sozinhos; temos grande dificuldade de mobili-
o b r i r os escândalos que explodem por toda zar a massa. '**
arte.
Um problema imjxDrtante para nós hoje é
Mesmo com a o p o s i ç ã o e o PMDB ainda pou termos uma correta compreensão da frente demo
o unidos quanto a s a í d a p o l í t i c a para o país^ À crática e de sua reTãçaõ com o PMÜB7 lia ~ uma
t á t i c a de F i g u e i r e d o nao v i n g a r a . 0 a n s e i o tendencia ou de reduzir a frente ao PMDB ou
ela l i b e r d a d e , p e l o fim do refime ,unificam então de entender que não temos nada cm comum
argos s e t o r e s da nação. A t e n d ê n c i a é a do com o governo de oposição ou com o PMDB. 0
egime se i s o l a r ainda mais e de ampliar a Partido tem colocado que*o PMDB é um Partido
nidade da oposição d e m o c r á t i c a . das classes dominantes dirigido por setores
conservadores. Há dentro dele elementos reacj^
0 quadro que s e c o l o c a é o aprofundamen- onãrios mas nem isso lhe retira seu caráter
o d e s t a s c o n t r a d i ç õ e s fundamentais. I s t o r e de ojxDsição.O Partido tem que trabalhar para
j l t a r ã em que choque amplos e r a d i c a i s do ampliar essa frente e ao mesmo temjX) traba-
Dvimento de massas com o r e g i m e s e acentuem, lhar para "construir a unidade dos setores i_
/ i z i n h a - s e vuna s i t u a ç ã o r e v o l u c i o n a r i a . As dentificados -com os setores populares. O ex
issas p a r t i r ã o p a r a a l u t a em torno d e seus clusivismo leva ao isolamento do Partido. A
i r e i | ^ í fundamentais. De o u t r o lado a oposi diluição enfraquece a luta democrática con
ío eWR*e as forças d e m o c r á t i c a s -e o regime tra o regime.
i a g r a v a r a . E o f u l c r o p r i n c i p a l d e s t a con-
adição s e l o c a l i z a em São P a u l o . Nosso Es Outra questão é que ao trava7"mos a luta
ido hoje ê o c e n t r o d a c l a s s e o p e r á r i a ; õ em prol das reivindicações econômicas e so
intro econômico do p a í s . Nossas r e s p o n s a b i - ciais das massas, não podemos perder de vis-
dades são assim imensas l ta que o que une a oposição são as bandeiras
democráticas e nacionais;bandeiras como das
QQ eleições diretas, revogação da LSN, Constitu-
inte e ainda a luta contra o acordo com o FMI
e contra a política econômica de fome.
0 P a r t i d o em São Paulo tem procurado a
apanhar e s t e quadro, p o l í t i c o e s e i n s e r i r - Por isso no centro da tática do Partido
J e . Temos avançado. Passadas a s e l e i ç õ e s está o que une; a luta pela liquidação do re-
tendência do P a r t i d o não f o i a de r e f l u i r gime militar e a coiiquista das mais amplas >
a ação. Temos t r a b a l h a d o com diferenças liberdades.
5 d i v e r s a s á r e a s do Estado p a r a c o n c r e t i ^
r as d i r e t i z a s do P a r t i d o . Assim ampliamos Por último chamamos atenção para a neces
;sa j ^ u a ç ã o na f r e n t e i n s t i t u c i o n a l e a sidade do Partido ampliar por todos os meios
>sa ™ ã o começa a r e p e r c u t i r j u n t o ao gover seus laços com as massas. Sem uma íntima liga
; dentro e fora do PMDB. Na f r e n t e s i n d i - ção com a massa o Partido não concretiza sua
l também avançou o P a r t i d o . Temos atuado tática. Temos que levar nossa orientarão ã
diversos acontecimentos e o P a r t i d o vem massa e em particular , a classe operaria.
mçando na compreensão da p o l í t i c a s i n d i - -: Nossa política é pouquissimo conhecida. Nosso
Também j u n t o as m u l h e r e s , n a s p r i n c i p a i s jornal ainda circula acanhadamente. Travamos
;as do Estado, houve mobi l i z a ç õ e s em t o r n o pouco a luta das idéias. Refluímos diante de
8 de março que envolveram m i l h a r e s sob posições contrárias aos interesses das massas
;sa d i r e ç ã o . Pouco a pouco vão sendo a t i v a e popularizamos pouco a orientação tática do
as d i v e r s a s f r e n t e s de n a s s a sob a d i r e Partido. Nossa propaganda junto a classe ope-
•do P a r t i d o . rária e dentro das fábricas é pequeno.Difundi
mos em reduzidos círculos o socialismo, essa
=A Houve melhora também com o t r a b a l h o como como a saída de fato para a crise do mindo
nal de massas . A p a r t i r d e j a n e i r o a d i s - capitalista. Temos que intensificar nossa a
òuiçao do j o r n a l s a l t o u d e 3 mil exempla - 3 gitaçao e a propaganda política . Além disso
para 6.700. Experiência i m p o r t a n t e tem s i temos que atuar intransigentemente nas fãbri
sido a venda do J o r n a l na V o l k s , onde j ã cas, no campo, nos bairros e escolas como os
iça a ser r e f e r e n c i a para os o p e r á r i o s . principais defensores das massas. A direção
deve jxjxar o Partido para esta perspectiva.
No e n t a n t o , " a p e s a r dos ê x i t o s persistem Os principais dirigentes do Partido devem
•culdades. A posição dos comunistas em r e - também trabalhar no sentido de serem reíe -
iõncias p o l í t i c a s .
\Zrt>3<1s-, f nlcü
II - I n t e n s i f i c a r a luta contra o desemprego
e aprofundar nossa intervenção junto ao MS
Car.uradas: tendo em v i s t a a Conclat. Levantar a_bandci-
ra da greve g e r a l , criando as condições ]xira
Entendenos que o P a r t i d o , além de traba a sua deflagração.
lhar para ampliar, r a d i c a l i z a r o movintento I I I - Lutar contra o entreguismo, deflagran-
de niassas e j)3ra ampliar e fortalecer a fren do campanha de denúncia do'acordo lesivo
t e democrática na perspectiva da construção com o FMI exigindo sua revogação.
Ida j ^ n t e democrática e da unidade popular , IV - Ampliar atividade de propaganda; ele -
d e v è p r i o r i t a r i a m e n t e , sem abandonar mas con var a t é julho a venda do j o r n a l ' d e massas JVJ
tinuando a ímjiulsionar as frentes específi- ra 10 mil exemplares. ^.ÓAto-ípc^
cas de l u t a , encaminhar as seguintes resolu-
ções p o l í t i c a s :
I - Atuar no sentido de deflagrar uma campa- Sob a direção do Comitê Regional o Par-
lha pela revogação da l e i de Segurança Nacio tido seguramente, em torno destes quatro e i -
íal. Levantar no curso desta campanha as ban xos, p a r t i r a para a atividade p o l í t i c a mais
feiras da Constituinte Livre e Soberana e ampla e ofensiva. Ocupando seu posto de van-
tas eleições d i r e t a s para Presidente da Repu guarda d i r i g i r a a atividade das massas popu-
l i c a . Estas bandeiras tendem a ganhar força l a r e s e em p a r t i c u l a r da c l a s s e operária pa
a polarizar a vida p o l í t i c a do p a í s . ra os grandes embates que se avizinham.0

ri ri nnr
f?/VíEZA «A CONSTRUÇÃO DO PARTIDO
SPOWDER AS EXIGÊNCIAS
LÍTÍCAS
A fim de que o Partido tenha condições to u t i l i z a r todas as formas de l u t a . Entre -
cumprir com as imensas t a r e f a s p o l í t i c a s t a n t o , a t a r e f a principal do Partido Revolu-
o momento coloca, temos que avançar e cionário do Proletariado é a de e s t a r perma-
ito no plano organizativo. Precisamos de nentemente voltado para a elevação da c o n s o
Partido combativo, numeroso, f o r t e cen ência p o l í t i c a , da mobilização e da organiza
ido sua atuação nas f á b r i c a s . Alguns objê ção p o l í t i c a das massas e em p a r t i c u l a r da
os devem merecer nossa atenção de forma classe o p e r á r i a . " A nossa primeira e funda-
ecial, dentre os quais destacamos: mental missão c o n s i s t e em promover o desen -
volvimento p o l í t i c o e a organização p o l í t i c a
RLITA*fliNTO:num balanço da nossa atividade da c l a s s e o p e r á r i a " . - Lénin -"Os Comunistas
^osfPTzêY que o Partido atualmente está e as e l e i ç õ e s " .
2gnado, não tem crescido. Porque i s t o o Temos que atuar corretamente, levando a
-e ? E* necessário que abordemos esta queif especificidade de cada categoria. Atuar em
tendo como base que hoje é preciso cons" todos os s e t o r e s chaves, e t c . Atuar em todas
r um grande Partido sobretudo nas gran as f r e n t e s . Exemplo - Juventude Estudantil -
concentrações de trabalhadores e nas mai o papel dos comunistas e l u t a r para que e s t e
empresas i n d u s t r i a i s . Aqui nos depara - setor levante a bandeira da derrocada do r e
com vários ^problemas que precisam ser gime m i l i t a r , das amplas liberdades p o l í t i -
igidos. Até recentemente nós atuamos de cas e em defesa da soberania nacional, levan
a localizada ( mesmo nas fábricas e com do em conta as suas especificidades da l u t a ,
3 privilegio nos b a i r r o s ) , voltados pa ganhar a juventude estudantil para apoiar e
5 reivindicações eco-Ômicas, da l u z , dã se s o l i d a r i z a r com as massas populares e com
, do esgoto, e t c . Aquele momento corres- a classe o p e r á r i a . Não adianta dizer a ela
ia a uma dada situação p o l í t i c a , resis que a c l a s s e operária é que a d i r i g i r á . E
io fascismo. Era o «Partido dos movimen - preciso ganhá-la com ações concretas e d i r i -
A~Ccr.ferencia Regional de 8 1 , apontou gindo-as politicamente. Só assim ela confia-
itamente que era necessário o Partido rá e a c r e d i t a r á que esta c l a s s e deve d i r i g i -
formar-se num Partido de ação p o l í t i c a , la mesmo.
com^fisionomia própria, o que nao .e
aditório em atuar em defesa das r e i v i n - O balanço que fazemos da atuação do Par
oes mais sentidas das massas e para i s - tido neste período é p o s i t i v o , entretanto no
UKIDÁDE DA CLASSE OPERARIA
•- ; --—• i -'i • T ns : ri"Tyi.~! S-H." 1 .Vi I 1 I r.lJT-fMT •!'!-

vos problemas se colocam. O que temos feito V& 3-15} fÍHfW


Sjr,ais agitação e propaganda das nossas i Internacional Comunista - "A ditadura do pro
i é i a s , ainda num c í r c u l o pequeno. A campanha-
eleitoral demonstrou que e necessário e possí
i l e t a r i a d o é o pleno exercício da direção de
todos os trabalhadores e explorados - contra
'ei fazer agitação e propaganda para milhões? a c l a s s e que a oprimia, perseguia, vexava.de
ias ê preciso i r além. Hoje temos que organi- sunia e enganava - os c a p i t a l i s t a s . Pela úni^
a r . npbilizar as massas para ações de gran - ca classe que o desenvolvimento h i s t ó r i c o do
e^brgadura. capitalismo preparou para esta função divi -
gente. Daí què a preparação da ditadura ' do
Para que i s t o ocorra e preciso quebrar p r o l e t a r i a d o deve ser iniciada "desde }<\'.'
om alguns conceitos e com o do Partido cons- Mais para frente d i z : " As-células estre
í r a t i v o . lia m i l i t a n t e s que estão anos a fio itamente ligadas entre si e com os órgãos
o Partido sem r e c r u t a r ninguém, outros dá pa c e n t r a i s do Partido, t-ocando entre si as
a se contar nos dedos os recrutamentos, ou suas experiências, realizando um trabalho de
ros levam meses para r e c r u t a r um m i l i t a n t e 7 $ agitação, de propaganda e de organização, e
Jtros recrutam os que leêm bem porque os de adaptando-se a todas as esferas da vida so
l i s a t i v i s t a s são ótimos mas muito p r a t i c i s - c i a i , a todas as categorias e setores das
3S,_outros sõ recrutam se o a t i v i s t a souber massas trabalhadoras, davem educar-se a si
5 côr e salteado os t e x t o s , de Lênin, de mesmas com regularidade através deste traba_
srx, de S t ã l i n , de Engels; outros não recru- lho n i u l t i l a t e r a l e educar o Partido, a c l a s -
im porque o companheiro ainda acredita em se e as massas". Ainda d i z Lenin quanto as
ÍUS, outros porque o companheiro s e mostrou massas: " é preciso aprender abordá-las do
mia ação radical muito d i s p o s t o , provavelmen modo mais -paciente e cauteloso, para chegar
; deve ser da p o l í c i a , outros porque acham ~ a comprender as particularidades e os aspec-
)ssas reuniões cansativas, e por a í v a i . Há tos o r i g i n a i s da psicologia de cada camada ,
tmaradas que trabalham em l o c a i s com mais de profissão, etc."
OOO^tessoas, em escolas importantes, e t c . e
nca^Tvam o j o r n a l de massas porque "queima'
quando levam passam uns 5 ou 10 no máximo Aprender a abordar as massas era nisso
se dão por realizados. Nas Sociedades Ami - que Lênin via a preparação do Partido para a
s de Bairros, a maioria dos j o r n a i s das en ditadura do p r o l e t a r i a d o .
dades não trazem uma vírgula da situação
e aflige a maioria do povo, porque não dá Para c o n s t r u i r um GRANDE PARTIDO é ne
ra d i s c u t i r com os a t i v i s t a s a .tática do | cessãrio ganharmos amplos setores de massa
r
tido porque i s o l a . Na fábrica-não dá para para a necessidade da revolução, da constru-
Ler nada, nem se quer d i s t r i b u i r o boletim ção da ditadura do p r o l e t a r i a d o , qual o seu
sindicato, o jornal dos o p e r á r i o s - quando | papel nesta l u t a e para que serve o poder po
alguns se c r i a e s t e instrurrtento -, não dá g l í t i c o . E" preciso modificar os métodos de
a se c r i a r uma rede de amigos, não dá para recrutamento. Muitas vezes o a t i v i s t a entra
t i c i p a r das CIPAS, dos t o r n e i o s , e t c . " Por no Partido por causa da prática do dia-a-dia
l ã todo mundo me persegue, t á sempre de do P a r t i d o , quando entra no Partido abraça a
o no que estou fazendo", causa do p r o l e t a r i a d o e aceita o Manifesto
Programa e seus e s t a t u t o s . Portanto entender
isso é fundamental, precisamos atuar com uma
Há camaradas que beatificam o Partido polítTci c l a r a , sem subterfúgios em todas as
i nijjguém tem d e f e i t o , s e escondem sobre frentes p o l í t i c a s desiginadas pelo Partido e
cap?Rle citações do marxismo, mas na vida entendendo que o nosso papel ( camaradas d i H
tica não tem nada daquilo. Ha camaradas gentes ) ê transformar o a t i v i s t a em militun
conversam e discutem, com a s massas numa t e p o l í t i c o . Não é retirando ele da fábrica,
;ção de superioridade; "é massa não conhe- da escola, do seu local de moradia. Mas como
iadaM. Não as escuta e nem ao menos procu- a l i e l e desenvolve ação p o l í t i c a num grau
intender as suas necessidade, querem en mais elevado, como ele vincula ainda mais a
o socialismo , toda a p o l í t i c a de uma sõ sua ligação com as massas, corro transforma
e o pior ê que no movimento r e a l das mas i s t o numa fortaleza do Partido, fi a l i que e
nada fazem. Há camaradas que atuam com u- le fará propaganda da causa s o c i a l i s t a , aplT
isão b a s i s t a , que tudo são as massas, sem cará a t á t i c a p o l í t i c a do p r o l e t a r i a d o , e l e -
>reender o papel do P a r t i d o , rebaixa-o a u vará os seus conhecimentos dominando a reaH
lera extensão das ma~.sas."o P a r t i d o aqui t ã dade da luta de c l a s s e s , planejará as ações
( porque dispôs de camaradas ) , aqui não para ganhar as amplas massas.
orque não tem ninguém". E e l e o que fez ?
que por acaso est« Partido não e cada um
ós ? Não jwdemos ser doutrinarástas e nem
também usar chavões; o nossopapel é saber a
bordar as massas, conhecê-la profundamente e
Camaradas, temos que avançar no tratamen t r a n s m i t i r a nossa jjolítica de forma compre-
estes problemas. Este amontoado de concep ensível e convincente, ligando aos problemas
nada tem haver com o Partido Leninista . que ]nais as afligem, apontando os resjonsã -
í disse em julho de 192ÍT- Teses Acerca
Tarefas Fundamentais do I I Congresso da veis e qual é a solução. Para i s t o tenos que
# 2 . 5/ÍT/ tlsr/tíl
a t u a r ncj_movimento r e a l das massas. Os c o l u - t a e s t a q u e s t ã o , e n f r e n t e as d i f i c u l d a d e s c
n i s t a s não inventam l u t a s . Eles apenas s i s t e c r i e condições de r e c r u t a i r o s . Para i s t o or>>a
matizam e intervém para e l e v á - l a no s e n t i d o - n i z a r p a l e s t r a s , a t u a r no movimento re.il das
de dar a v e r d a d e i r a safda dos problemas. De- massas, u t i l i z a r o j o r n a l de massas, fazer am
vemos s a b e r manejar a nossa t á t i c a para a t i n pia propaganda dos nossos m a t e r i a i s i n t e r n o s ,
girmos e s t e o b j e t i v o , ltoje 5 p r e c i s o u n i r a c r i a r as n o s s a s c o r r e n t e s de o p i n i ã o nos Io
mais ampla f r e n t e , levando em conta que o ca c a i s em que s e façam n e c e s s á r i a s . - *
r ^ ^ r do movimento de r e i v i n d i c a ç õ e s demo- -
c r a t i c a s e ao mesmo tempo d a r corpo p o l í t i c o
a Unidade Popular. SUBESTIMAÇA0 DA QUANTIDADE PARA'
RESPONDER A CRISE QUE SE AVIZINHA

ISTO s-0 SERÁ" POSSÍVEL COM


Quando discutimos esta questão- sempre \c
UM PARTIDO FORTE E NUMEROSO I vantamos a qualidade dos militantes. Isto nao
ê contraditório. Porque é também da quantida-
de que tir.-imos a qualidade. Hoje para respon
h\ der aos embates da luta de classes é preciso
SUBESTIMAÇÃO DAS POSSIBILIDADES: Não jTodcmos I ternos um Partido de alguns milhares de mem -
e s t a r s a t i s f e i t o s com o numero a t u a l de c é l u Ibros. Temos que estar preparados política, o£
I a s , Isso sem c o n t a r que a grande maioria I gani ca e materialmente para esta situação.
das c é l u l a s de b a s e ainda não tem planos de
finidos nss f r e n t e s p o l í t i c a s e muito menos
planos de recrutamentos. Nas empresas onde . A POLÍTICA DE QUADROS E A
e s t á concentrada a c l a s s e o p e r á r i a e numero 1
de c é l u l a s é i r r i s ó r i o , a nossa grande des POLÍTICA 0RGANIZATIVA
culpa é a perseguição e o desemprego. Mas
n ^ p e r d a d e é que quando temos um m i l i t a n t e
o nosso t r a b a l h o e s t a e n c e r r a d o . Não explora Temos que trabalhar no sentido de conso
mos todas as p o s s i b i l i d a d e s - Vivemos num c í F lidar os núcleos de quadros existentes,buscan
eu Io v i c i o s o de c o n s t r u ç ã o . Na r e c e n t e forma do estudar os novos problemas e respondê-los
ção de uma chapa para a c a t e g o r i a m e t a l ú r g i - de forma prática,planejando e controlando a a
ca da c a p i t a l obtivemos 7.000 v o t o s , tem fã tividade parti daria,com objetivos bem defini-
b r i c a que vendemos a t é ISO j o r n a i s de massa dos.£ preciso acabar com o método de direção
e n t r e t a n t o temos meia d ú z i a d e - m i l i t a n t e s de encontro a cada 15 dias.com a direção de
que não sabe na maioria d a s vezes como atuar. ponto.Buscando combinar as formas legais e
Na campanha e l e i t o r a l mobilizamos no Estado legais,é importante ter locais públicos, onde
um contingente de 7000 p e s s o a s para boca de ps dirigentes principais possam ser localiza-
urna. Se somarmos o numero d e v o t o s de todos dos a qualquer instante. A vida hoje é muito
os candidatos n o s s o s , chegamos a mais de 100 dinâmica.necessita de respostas rápidas. Mui-
mil v o t o s , tem c i d a d e s que somos t e r c e i r a tos vão alegar que isto enfraquece a direção.
força p o l í t i c a fora o PDS e o PMDB a p e s a r de
nosso P a r t i d o e s t a r na i l e g a l i d a d e . Já r e a l i Não é verdade. Isto exige sim, que deve-
zamos encontros em t o r n o da q u e s t ã o das AR's nos buscar fortalecer e dirigir coletivamen-
com aproximadamente 2000 p e s s o a s , r e c e n t e - te. Jenudj ri gentes com 3 empregos., Guando é
;:
: '^É ajudamos-a p r e p a r a r um encontro com a que ele irá pensar e planejar a atividade do
pTO damente 1000 j o v e n s . Camaradas t e m o s - Partido ? Isto implica em dividir as respon-
que \ isar que numa f á b r i c a de 3000 pessoas sabilidades e dar autonomia para que cada ca-
temos que t r a b a l h a r para termos 300 membros marada no âmbito da sua atuação resjx>nda poH
no mínimo. Porque por mais desemprego que ticamente. Se assumir uma postura errada será
ã cobrado por isso.
haja sempre haveremos de t e r gente para r e -
c r u t a r novos elementos. I s t o sõ ê p o s s í v e l
sabendo combinar as formas d e l u t a s com os Este ê um problema importante. Porque ho
elementos que devem assumir abertamente o je temos que dispor de toda a nossa força e
t r a b a l h o . Nas e s c o l a s temos que t e r também cada vez mais dirigir coletivamente. Ha d_i_
um grande P a r t i d o e a nossa c o r r e n t e de o p i - rigentes do Partido e também dirigentes inter
nião . e s t r u t u r a d a . Nos b a i r r o s temos que a mediãrios que resistem bravamente a esta exi
t u a r nas e n t i d a d e s , transformando-as em c o r - géncia do Partido. Hoje é importante que àWi_
r e i a s de transmissão da p o l í t i c a do P a r t i d o . gentes do Partido procurem atuar coletivamen-
Para i s t o o c o r r e r não precisamos s e r e s t r e i - te nos organismos a que forem designados,que
tos e nem s e c t á r i o s . O nosso rumo deve s e r a assumam as suas res]X>nsabi 1 idades e que sejam
unidade âa l u t a que ora travamos, q u a i s são cobrados por elas. l)evem buscar prestar con
os s e t o r e s naquele momento que unificam es tas das responsabilidades no que se refere ao
t e s dois f a t o r e s - A t á t i c a do P a r t i d o ê am - âmbito de sua atuação, na área que foi desig-
pia e flexível. nado.

£• p r e c i s o que as d i r e ç õ e s l o c a i s d i s c u - FORMAÇÃO TEÓRICA - Devemos criar condições


UNIDADE DA CLASSE OPERARIA
VAZ-3. fa pAb/éü
.para cursos de formação, para que eles se re reunião que provavelmente se realizara daqui
slizcm com maior freqüência. As áreas e os uma scm.ina. Tiranos um plano de trabalho, le
respectivos órgãos de direção devem elaborar vamos 30 ou AO dias p3ra descer ao coletivo
calendários de cursos para elevação teórica partidário. Precisamos criar as condições pa
dos militantes, fias também devemos ressaltar ra n.jdar isto. Quando não as células de.ba-
que o estudo individual ganha grande impor - se sequer o recebem.Temos que chamar todos os
lãÉÊi i~n i formação dos membros, estudo este responsáveis e com eles avançar na orienta -
que deve ser planejado para responder as ne ção. Há dirigentes que discutem ujna coisa e
cessidades políticas e não um estudo desliga no seu local de resjwnsabilidade encaminham
do da realidade. Os quadros se formam teóri- da seguinte forma "Vai lã quem quer",' sem ao
ca e praticamente, é dando responsabilidades menos procurar mobilizar o coletivo e ganhã-
cont rol ando-as e "avançando nas discussões. -lo para a realização da tarefa. Muitos diri
Assim é que formaremos os quadros. gentes não estudam, não debatem com o coletT
vo sobre as particularidades da área que o
AS REFERENCIAS DE MASSAS - os dirigentes e indivíduo atua, por exemplo, no centro de
camaradas designados para atuarem nas fren - São Paulo o Partido tem que ser construído
tes políticas devem buscar tribunas e formas nos grandes magazines, bancos, escolas, etc.
amplas de se tornarem referências. 0 momento Há camaradas quando convocados para ativos ,
não comporta uma direção burocrática. Diri - chegam ao cumulo de dizer que não foram con-
gente deve sempre procurar se por a frente vocados com antecedência, entretanto muitas
das ações do Partido. vezes temos que responder a questões em vin-
te e quatro horas, nada melhor do que a par-
AGILIZAÇÃO NAS COMUNICAÇÕES - Ainda somos ex cela envolvida naquela questão estar presen-
tremainente lerdos. Ha camaradas que quando e te, ajudando a direção, para se tirar uma -p
feita uma discussão política, guarda-a para rientação mais precisa. Tem camaradas que de
si.^ão procura anotá-la para transmitir pa- cidem sozinhos que tal atividade ê mais im
ra ^coletivo partidário, e por sua vez ga portante. " A h — eu julgo que isso não dá1.'
nhar os militantes para discutir com as mas mas depois do fato passado, ainda persistem
sas. Tiramos muitas vezes circulãres orien - no mesmo erro. Hoje a direção do Partido rea
tando qual deve ser a conduta do Partido liza um grande esforço no sentido de regula-
frente aos novos aconteci mentos ,mas para is rizar a tiragem do "UNIDADE DA CIASSE", é ira
portante ter sugestões, artigos, etc...Uti-
sotem que ser discutido, mobilizado o Parti- lizar corretamente as circulãres, os conta -
do rapidamente. Ficamos esperando a próxima tos periódicos, ativos, etc.O

— " A nossa primeira e fundamental missão con


siste em promover o desenvolvimento político e a organização
política da classe operária. Quem relega esta incumbência pa
ra segundo plano e a ela não subordina todas as tarefas par_
ciais e as diferentes formas de luta, toma um caminho errado
e inflige grave dano ao movimento. Desprezam esta missão, em
primeiro.lugar, aqueles que induzem os revolucionários a lu
tar contra o governo com as forças dos círculos de conspirado
res, desligados do movimento operário. Desprezam esta missão,
em segundo lugar, aqueles que restringem o conteúdo e o alcan^
ce da propaganda, agitação e organização políticas; aqueles
que consideram possível e oportuno convidar os operários a in
tervir na "política" so em momentos excepcionais da sua vida,
apenas em casos graves; aqueles que sentem excessiva ânsia de
substituir a luta política contra a autocracia pela simples
reclumaçao a esta de certas concessões e se preocupam muito
pouco em que a reivindicação de concessões se transforme na
luta sistemática e ininterrupta do partido operário revolucio
nãrto contra a autocracia"...

( de "OS COMUNISTAS E AS ELEIÇÕES" - Lênín )


&* vV^-3 f<r, f-frlLQ
4
I
PELA CONSTRUÇÃO
DE CÉLULAS FORTES
•E NUMEROSAS
Jornal da co
NAS FABRICAS,
_ BAIRROS, "
P ESCOLAS

OI

ORGAO DO COMITÊ REGIONAL DE SAÒ* PAULO DO PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL

Queridos camaradas militantes,


Que 19 84 seja um ano de lutas e de vitorias para o
proletariado e o povo brasileiro; um ano de vitórias
para o nosso Partido; que ele se enraize ainda mais
nas fábricas, nas escolas, nos bairros, nas cidades de
todo o estado de São Paulo. Que sobretudo o Partido
cresça, construindo poderosas células de base onde se
concentra a nossa jovem e combativa classe operária:
nas grandes fábricas.
Pelo avanço da luta pela liberdade, pela democracia
popular rumo ao socialismo. E que viva o Partido
Comunista do Brasil \

Comitê Regional de São Paulo do PC do B


w
Jornal da ,

CELULK

. • • , - . • • • . . . . - . - . • - .

'•••• • ; • • <t2'i '/•••• • ' . • ••'

<£ K • • • : . '
Qif ;:
... .r .. _ _ .. .... .

ái
I--S pè
-
Zlfej •: . , • wm
• ' ' ' - . - * • • • • ' * • - ' ' . - '

t u tee^.w • • • <

CO fe^
u u te;* y..•.•-.. ••,:..••:
. . • • ' ' .

-

. - '
• •


. . .

.
: • '

' •'.• '•'.• 1 •'" • i

: '
ÈSíMàSS ,'.»<,:.• .... ,,./ •• ...; • .; ^'.^XM&ÊL&c-, :
O JORNAL DA CÉLULA é um instrumento voltado especialmente pa
ra os camaradas que militam numa base do Partido. Nele serão .trata
dos assuntos políticos e organizativos de interesse mais direto das'
células de base- As células, em particular as células de fábricas,são
o fundamento do Partido Marxista-Leninista. O Comitê Regional consi-
dera que no plano organizativo temos que tratar prioritariamente des_
te problema da construção de grandes células de empresa. Nas grandes
fábricas, ali onde é o centro do proletariado, tem que pulsar o cora
I ção do Partido.
O objetivo deste jornal é o de possibilitar uma forma de
contato mais estreita entre a base e a direção do Partido. Cremos ser
I esse um método eficaz para avaliar os pontos de vista, os problemas'
e as atividades das células. Por meta temos a vitalização política, o
combate â atitude de expectativa e de falta de iniciativa por parte'
; dos organismos de base, avançando no tratamento dos entraves que têm
surgido na construção e funcionamento de grandes células do Partido.
Para cunrorí-lo, conclamamos todas as células para que escre
| vam ao jornal, fazendo chegar a correspondência aos cuidados do Comi^
tê Regional. Os demais organismos também poderão escrever. Temos es-
I pecial interesse no plano de atividades das células, no seu funciona
mento, nas suas dificuldades, na experiência de construção de gran
| des células em fábricas, bairros e escolas.
Mãos â obra! O estudo do JORNAL DA CÉLULA e o envio de cor-
respondência para ele' são desde já uma tarefa importante de todas as
células.
I
I
CELUIA 3

"QUANTO Â CÉLULA, ELAS SÃO PARA NÓS DA MAIOR


IMPORTÂNCIA. A PRINCIPAL FORCA DO -MOVIMENTO
ESTÁ DENTRO DAS FÁBRICAS, PORQUE ELAS AGRU-
PAM A PARTE MAIS FORTE DA CLASSE OPERÁRIA ,
NÃO SOMENTE POR SEU NÚMERO, MAS TAMBÉM POR
SUA INFLUÊNCIA, SEU NÍVEL INTELECTUAL, SUA
COMBATIVIDADE. CADA FÁBRICA DEVE SE TORNAR
NOSSA FORTALEZA"
(LÊN1N)

Às Células de Base do Partido


1983 foi um ano de intensas a EXEMPLO :Na prepação da greve ge-
ções políticas dos comunistas.Ar ral do dia 21 de julho,o
mados da justa política do Parti^ Partido teve importante
do, conquistamos nas lutas gran- papel. Mas se revelou a
de respeito e influência políti- pequena implantação nas
ca entre as massas populares.Mas, fábricas, principalmente
r apesar do enorme potencial acumu nas grandes. Mesmo onde
lado, o número de militantes no estávamos implantados, ti^
Partido não cresceu o correspon- vemos dificuldades em pa
dente a essa influência. Os orga ralisar a fábrica a par-
nismos de base, onde existem,são tir de dentro.O"fator de
pequenos, congregando 3, 5,10 co- cisivo é que as células'
munistas, com condições limitadas nesses locais sao peque-
de intervenção política em sua ã nas , não abarcam a maio-
rea de atuação. Isso não pode ser ria das seções da fábri-
A revolução ê obra da força de mi_ ca, nem ás vezes as se-
lhões de homens e mulheres de nos ções decisivas para a gre
so povo e para tanto é necessário ve.-Se não se tem célu -
um Partido com força material su Ias grandes aí nas fãbri
ficiente para dirigir esse movi- cas, o resultado do tra-
mento. Um Partido pequeno, prin- balho é sempre muito a-
cipalmente no interior das fãbri quêm do necessário para
cas, representa um fator de atra se conquistar a classe pa
so na luta. ra a luta revolucionária
^k Precisamos, pois, diminuir es A célula ê o alicerce do Parti-
se atraso. Por onde atacar o pro daEla deve ser, para a massa do
blema? local onde atua, o que o Parti -
do ê para o conjunto da classe o
O Partido precisa crescer a
perãria e das massas trabalhado-
partir das células de base e nas
ras: o chefe político, o Estado'
empresas. Em particular nas gran
Maior, o destacamento organizado
des fabricas, que é onde estaose
de vanguarda. Essa função muito
dando os mais agudos choques de'
dificilmente pode ser cumprida,ho
classe, o Partido precisa cons -
je, por células pequenas nas em-
truir células fortes, com cente-
presas, nos bairros e escolas. Por
nas de camaradas, a única forma'
aue? Porque não têm força oara '
de jogarmos papel eficiente na
dirigirem todo o rico movimento'
luta política em curso. Isso ê o
de massas. Porque têm dificulda-
que corresponde,inclusive, ao an
de de sobreviver por muito tempo
seio de grandes parcelas da cias
se não crescem. Há acumulo de ta
se operária que foram ã luta, e
refas sobre poucos camaradas e
procuram se organizar nas fábri-
insuficiente atividade política
cas e sindicatos.
Jorro/da 0

4 CELULK
diante das necessidades. O resul EXEMPLO:Num importante bairro de
tado é que a célula muitas vezes uma cidade do interior *
passa a não ter eixo de agão,des_ de SP a célula- local le-
liga-se do local de atuação e se vou ã prática essas quês
us militantes passam a se dedicar toes. Tendo certa in-T
apenas ãs atividades gerais em fluência política, promo
campanhas. Uma célula assim .não veu palestra onde foram
pode se transformar de fato •no- recrutados quase 40 no-
centro de gravidade da atividade vos camaradas, organiza-
partidária. dos numa única célula.As
sim, ela ganhou novo di-
EXEMPLO:Em 19 81 o Partido apoiou namismo; logo se trans-
uma chapa para as elei - formou na principal base
ções ao Sindicato dos Me para a conquista da SAB
talúrgicos. Obtivemos se e da Federação e passou
te mil votos, principal- a exercer grande influên
mente nas grandes fábri- cia política na região.
cas. Mas a insuficiente* Logo ela foi ampliada,re
atividade nas células de crutando mais dezenas de
base dificultou o recru- moradores do bairro e or
tamento maciço. O mesmo' ganizando subseções.
não pode ocorrer com re- Na década de 50 o Parti-
lação aos milhares de o- do tinha células com ma-^
perários e populares que is de 1000 camaradas,que
foram organizados para as decidia, ela mesma, devi
caravanas do Ato do dia do â sua enorme influên-
28, em sua grande parte' cia de massa, realizar
pessoas que vêem no Par- -- um ato público no bairro
tido a única saída para em defesa de determinada
a situação em que vivem. reivindicação.
0 Partido forte e numeroso que As células grandes têm um^fun
precisamos dependerá do vigoroso cionamento mais dinâmico. Reúnem
empenho das células em crescer.Em
planejar o recrutamento no h bojo se regularmente a cada 30 dias
das lutas de que participamos, cons_ ou mais, em verdadeiras assem-
truindo grandes células,principal bléias. Nelas se faz o balanço '
mente por local de trabalho. Nes- das atividades previstas e o pia
sas células, a atividade de seus' no para o período, sempre tendo"1"
membros está voltada prioritaria- em vista as lutas que se desen
mente para a massa do local onde : volvem no local onde atua e a
se atua. Aí é que são planejadas' conquista das'massas para as nos
e levadas a cabo as lutas políti- sas idéias, e tendo em vista a
cas e reivindicatõrias, aí é que situação política geral. Todos e
os comunistas incorporam amplas cada um dos membros recebem tare
massas ao movimento político, ele fas, principalmente no que •' diz
vando seu nível de consciência e respito a participação nas enti-
organização. Essas células cum- dades de massa, ao recrutamento'
prem melhor as tarefas permanen- e â agitação e propaganda. Nas
tes de recrutar novos membros,pro fábricas, uma tarefa permanente
pagandear as opiniões do Partido, é conhecer bem a empresa, os .se-
arrecadar finanças para a revolu- tores vitais, o número de operá-
ção, vender o jornal de massas.En rios, jovens e mulheres;planejar
fim essas são células ativas, com o trabalho interno e combiná-lo'
vida dinâmica, com fortes liga-' com o trabalho de agitação na por
ções com a massa. O resultado é ta da empresa; desenvolver liga-
que a célula se transforma em ver ção cora os companheiros de traba
dadeiro chefe político das mas- lho, programando visitas a eles
sas, conquista para o Partido as nos fins de semana; distribuir '
entidades (Sindicatos, CIPAS,Grê- materiais do sindicato; ir ao_ sin
mios, SABs, DAs, e t c ) , colocando- dicato com outros companheiros e
as a serviço da luta do povo. sindicalizar em massa.Com paciên
Jotrcldçi 0

CELUIA I _ 5
cia-e'.persistência, devemos cons tos pela base. Compõem um secre-
I ^truir nessas fabricas uma grande tariado de acordo com as necessi
célula, qüe seja, pela sua força dades. Entre uma e outra reunião ,
indestrutível. Nos bairros,a ce- acompanharão a atuação dos mili-
lula organizará a luta reivindi- .tantes, ajudando-os no cumprimen
catôria, planejará seu trabalho* to das tarefas. Devem estar ao
junto aos jovens, mulheres, estu par de tudo que diga respeito ãs
dantes, e t c , e apoiará a cons- massas no seu local de atuação .
trução do Partido nas empresas , Em situação que exija respostas'
com mutirões de jornal, com o re imediatas, eles as tomam, apoia-
crutamento dos operários residen dos na linha do Partido. Formar
tes no bairro, etc. esses dirigentes leva tempo, por-
isso é necessário que recebam to
EXEMPLO:Em cidade do interior dó; do apoio dos Comitês do Partido',
[Estado, os companheiros' e que não sejam deslocados da cê
|do sficrpf.ariado do Comi-j
[têMunicipalch amaram a si' lula com freqüência. É lá que, se
fa tarefa de acompanhar '] formarão como verdadeiros chefes
de perto a construção do; nolíticos de massas.
Partido. Implantado numa: Esse o Partido que podemos,
grande fábrica com • uma! construir, principalmente nas '
célula de 15 camaradas ,j grandes fábricas de nosso Estado,
tomaram medidas para con Desde já, precisamos estudar a
solidar essa célula, não situação de nossa célula, ver on
. expondo desnecessariamen de e- que as coisas estão emper-
te seus efetivos ao de-: rando, e lançar mãos S obra na
semprego.:No planejamen-: sua transformação em uma grande'
to..de seu crescimento, a— célula. Onde ainda não existam,o
poiou-se o trabalho da militante "isolado tem como tare-
fábrica com o do bairro'; fa primeira organizar a célula ,
onde moram muitos opera principalmente por local de tra-
balho. Aí estão os milhares e mi_
rios dessa e de outras' lhares de brasileiros que parti-
fábricas. Logo lideramos' ciparam da rica luta política nes-
uma invasão e nasceu o' te ano, em contato com nossas i-
movimento de mulheres, ' i deias, que precisam ser esclare^"
nesse mesmo bairro. As-i cidos de que seu lugar é no Par-
sim, tendo como eixo a tido, no PC do Brasil, o Partido
fábrica e os operários ,. da Revolução.
já há célula também no
bairro, além da organiza Essa a tarefa de todas as cé-
-
bao de massa das mulhe-; lulas. E não esquecer de escre-
ires.' ver para o JORNAL DA CÉLULA a ex
periência, positiva ou negativa,
Os membros mais destacados da que vamos acumulando nesse t e r -
célula são seus dirigentes, elei_ reno.

1
Jornal òa

CELUIA

/klantém-seaLula
pela Legalidade
A reação e os militares reacionários
qualificam o PC do Brasil de organiza-
ção conspirativa e de vida escusa. Fal-
ta-lhes autoridade para fazer essa afir
tiva.
0 Partido Comunista do Brasil3 desde
a sua fundação, reivindica o direito a le-
galidade. Em sessenta anos de existen-'
cia, teve apenas dois ou três anos de a
tuaçao legal, e assim mesmo precária. Vi_
veu quase sempre na clandestinidade ou
na semiclandestinidade forçada.
Como a burguesia tem medo do partido
da classe operária .'
Erram os que pensam que o Partido de_
seja viver nos subterrâneos do ilegalis_
mo. AÍ tem vivido longos períodos por
fatores contrários a sua vontade. Nunca
deixou de lutar por um lugar ao so~l, en
carando essa conquista nao como conces-
são de seus adversários, mas como um di_
reito democrático , uma exigência da clas_
se operária e de todos os trabalhadores,
um reclamo das pessoas progressistas do
país.
A luta pela democracia ê inseparável
da luta pela legalidade do partido dos
comunistas. Onde ele nao des fruta de li_
herdade, nao há democracia, mesmo a de-
mocracia restrita, mutilada,enganadora,
de nosso tempo.
A perseguição aos comunistas é sem-
pre a ponta de lança da reação contra '
os democratas em geral. Em todas as épo_
cas, a ofensiva desvairada da burguesia
e seus agentes contra os comunistas foi
o prenuncio do ocaso da liberdade, a ve_
reda na direção do fascismo.
A investida contra o Partido Comunis_
ta é uma atitude retrógrada porque con-
tra o progresso, contra aquilo que re-
presenta o futuro.
(Trecho do livro "SOCIALISMO - Ideal da
Classe Operária, Aspiração de trdos os
Povos", de João Amazonas, pãg. 69, Ed.
Anita Garibaldi)
Ao levar â prática a luta ; pela legalidade,preoarando o Ato do dia
28, o Partido acumulou uma rica experiência que todos devemos apro-
veitar.
Quais os aspectos principais dessa experiência? D
V4i.?AT, p.-2}/64

CELU1A
1. TORNA-OS O PARTIDO Milhares e milhares de pessoas tomaram
MAIS CONHECIDO conhecimento de que o Partido está orga
nizado, atua e aspira à legalidade. Fo-
ram distribuídos quase meio milhão de
folhetos, levando as mensagens dos comu
nistas, atraindo para si a simpatia e a
adesão nas fábricas, nos bairros e esco
Ias. A foice, o martelo e a estrela tre
mularam gloriosamente nesses locais.
2. APARECEMOS COM
FISIONOMIA PRÓPRIA Defendemos a legalidade do Partido jun-
to com nossas propostas políticas, sem
difundir ilusões no regime e conclaman-
do â união para a sua derrubada. Apare-
cemos para o povo como comunistas, de-
marcando campo com os revisionistas,que
fazem sua campanha pela legalidade nos'
conchavos de cüoula, prometendo fideli-
dade a Figueiredo e companhia.
3. AVANÇAMOS NA LUTA Soubemos nos relacionar com amplitude e
CONTRA A ESTREITEZA flexibilidade com as correntes democrá-
ticas . Colocando no centro a questão do
direito democrático que é a legalidade,
mostramos que ê possível atuar junto a
esses setores sem perder a identidade .
Foi uma lição de política. E um_. passo
concreto para o reforçamento do campo
democrático no estado.
4. UM PASSO ATRAS, Soubemos aplicar o ensinamento de que
DOIS PASSOS A FRENTE às vezes é preciso recuar, para permi
tir um posterior avanço. Os generais '
montaram um plano de provocação onde o
Partido era o bode expiatório, visan-
do atingir a autonomia do Estado e a in
dependência do Poder Legislativo. Adian
do o Ato, preservamos nossos objetivos,
mantivemos a unidade com o movimento de
mocrático, desmascaramos as manobras '
do regime e criamos condições para reto
mar a organização do Ato em outra oca-
sião.
5. A LEGALIDADE E O Aprendemos também, desde a preparação '
LIBERALISMO do Ato, que lutar pela legalidade abre
um vasto campo para nossa atuação, pois
se trata de um direito legal, justo e
legítimo, assegurado a qualquer cidadão,
mesmo nas condições da falsa •• abertura
em que vivemos. Isso no entando nadatem
a ver com o liberalismo, que leva a su-
bestimar as maquinações antidemocráticas
dos generais,ou as ilusões de que seja
possível conquistar a legalidade nos
marcos desse regime. Lutar pela legali-
dade não deve significar expor a estru-
tura do Partido aos golpes da reação. A
condição de membro do Partido, os orga-
nismos de. base ou direção aos quais pertencemos,
precisam ser cuidadosamente preservados,
do inimigo. Q
Vi)-2.3,^ j>.2t//^X)
Jomolda ,

8 CELUÍA
Por esses elementos, o balan- 2. Levaremos ãs entidades e
ço do trabalho realizado foi bas personalidades que nos ..apoiaram,
tante positivo. Devemos nos per- aos diretórios de partidos, às
guntar: QUAIS NOSSAS TAREFAS AGO SABs , Sindicatos , e t c , as expli-
RA nessa luta? COMO CONSOLIDAR ' cações sobre o adiamento do Ato,
esses aspectos positivos? buscando manter e ampliar o rela
A legalidade não é um objeti- cionamento com esses setores. A X
vo em si mesmo, desligado da lu- exporemos nossa opinião sobre a
ta contra o regime. Será preciso luta em curso no país, visando u
conquistá-la na raça, junto com nir as forças para derrotar o go
as correntes democráticas e da u- verno de Figueiredo.
nidade popular, na luta por um
novo governo, que assegure as mais 3. Nos locais onde trabalha-'
amplas liberdades políticas. O mos, moramos ou estudamos, -pro-
trabalho já realizado nos forne- gramaremos atos e palestras so-
ceu uma importante base sobre a bre o Partido, convidando todos"
os que estavam organizados em ca
qual devemos desenvolver ainda ravanas para o ato do dia 28 e a
mais a batalha. Assim, nossa ta- traindo novos simpatizantes.Deve
refa ê prosseguir na luta pela mos mostrar aos operários, ao po
legalidade. Como? vo em geral, que o Partido ê in-
1. Ela será travada diariamen dispensável para resolver a .si-'
te por cada organismo, por cada 1 " tuação em que vivemos, e devemos
militante, no seio das lutas ge- convidá-los para ingressar .'»' no
rais das quais participamos. Is- Partido. Recrutar os que iam ã
so significa aumentar a difusão 1 Assembléia Legislativa é um obje
de nossas idéias, apresentar as tivo essencial que não deve ser
propostas políticas dos comunis- deixado para depois.
tas nos mais variados foros, nas
entidades de massa principalmen- 4. Cumprindo essas tarefas r_i
te, desenrustindo a nossa "atua- gorosamente, acumularemos "força
ção, organizando debates amplos para a realização de um grande a
sobre as opiniões do Partido quan to democrático em outra data,ob-
to ã situação do país. jetivo que permanece atual.

agenda & Correspondência


Recebemos de um camarada de Pres idente Prudente a seguinte poesia.
Há um certo tipo de gente Tem mais coragem que medo
que toda a gente deve ouvir por meta escolheram o mundo
São homens e mulheres por vida a transformação.
que da causa do -povo fizeram São heróis, são homens comuns
sua razão de vida, seu existir que cultivam a ciência
Que se erguem sem orgulho de btarx, de Engels.
acima hoje - pelo amanhã de Lenin e de Stãlin
Que se dão as vidas- sem sacrifício! E suas vozes ecoam
Que se amam e a sua classe- sem deus! corno se uma só fora
Que fazem dos meus problemas- os seus ! E seus pensamentos vibram
Que nao abrem mao da história, ao mesmo tempo,-um so
que são da classe operária a glória São homens e mulheres que estão
e o rumo certo da vitória. ao teu lado,companheira,companheiro.
Que para si nada querem Camaradas são entre si e o impulso
sua, ambição é maior, e desmedida, revolucionário os guia.E os direciona
perto da qual a fortuna ã pequena a razão prática da luta.
e o sucesso ã mesquinho São um todo nao servil
são do Partido Comunista do Brasil!

ESCREVA AO JORNAL, LEIA OS INFORMES****************************


l/AÍ.i-V.>Po.ZSfíO
t
Jornal cia

9 9 <N
ES5ÊS OS

PELA CONSTRUÇÃO DE CÉLULAS FORTES E NUMEROSAS NAS FABRICAS, CAMPO, BAIRROS E ESCOLA:

/4s Céíulas de Base e a


Campanha Pelas Diretas
O País entrei em vigorosa campanha política. O povo "tá a fim"de
lutar para mudar a situação em que vive• Nada mais urgente do que
nos prepararmos, política e organicamente, para a batalha. Quais as
tarefas de cada organismo do Partido neste momento? Como vamos apro-
veitar os acontecimentos para ampliarmos a força do Partido, torná-
lo mais forte e numeroso?
No espírito das decisões do Congresso, devemos nos esforçar em
realizar as tarefas, fundamentalmente, através das organizações de
4fc base - as células do Partido. Mesmo onde elas ainda são débeis ou
™ inexistentes, entrar na campanha tendo isso presente é o caminho pe-
lo qual podemos fortalecê-las ou construí-las. Não se justifica dei
xar de lado o mínimo que existe de organizado em termos de células
e passar a desenvolver apenas a agitação geral, a partir de ativis
tas. Se assim procedermos, jião desenvolveremos na medida possível
a ligação com a massa, lã onde ela vive e está em luta: nas fábri -
cas, no campo, nos bairros e escolas. Não conseguiremos ser os che-
fes políticos de massas e conhecer em profundidade seu estado de es-
pírito, visando levá-la ã luta. Só com células organizadas e atuan-
tes é que jogaremos esse papel, ativando em cada um desses locais
centros políticos de massas dirigidos pelo Partido. Ademais, cons-
truir e fortalecer as células ê o caminho para enquadrar a ativida-
de dos militantes que vivem soltos, sem tarefas_definidas. Cada miLi
tante deve se voltar: para o seu local de atuação e lã aplicar a li-
nha do Partido, visando organizar uma nova célula.
Precisamos compreender em profundidade que prestígio- político
(que o Partido tem e ê cada vez maior) sem células organizadas é
como um gigante de pês de barro. Isso principalmente nas grandes
^ . f á b r i c a s de nosso Estado. Todos sabemos que a força social mais im-
portante em São Paulo é a classe operária; para onde ela se ineli -
nar, decidirá o futuro. Sabemos também da falta de liberdade e-
xistente nas fábricas e da falta de representatividade e liberdade
sindicais. Isso tudo aumenta ainda mais a importância^do papel^ das
células para uma profunda ligação com as massas operárias, Ia on
de elas são exploradas e oprimidas - no interior das fábricas. Subes
timar a construção de células operárias é subestimar a própria clas-
se operária como força dirigente da revolução no Brasil.
Isso é o que devemos aplicar na presente campanha. É indispen
sãvel que as células planejem, nas suas áreas, a atividade que de-
senvolverão. Haverá problemas, mas eles serão superados com o nosso
esforço e imoulso revolucionário. É um caminho difícil esse, o de
estimular e apoiar a iniciativa das células, de construí-las e de-
senvolvê-las, de ajudá-las a levar a política do Partido ã pratica;
mas é o caminho mais conseqüente, mais revolucionário. Cada militan
te e dirigente deve ter isso bem presente. _ :
Devemos levar a campanha pelas diretas a_cada rincão onde haja
massas, não nos limitando apenas ã participação "por cima", nos comi
tês gerais e grandes comícios. Devemos criar comitês unitários de
massa e desenvolver agitação política a partir de cada célula, de ca
v/tfj-v, htt/èo v
JorncUda

CELULK

da local onde atuamos. Isso é o que a' célula de V


ve planejar, visando multiplicar e irradiar nos-
sa ação política. Onde só há militantes soltos ou
que militam em células mistas, está aí uma ótima o-
portunidade para fazer política.

Fundar comitês unitários de massas e, na estei


ra desse trabalho, construir as células do Parti-
do. Onde já há células, no curso da atividade, va-
mos recrutar novos membros. Particularmente nas
fábricas, devemos buscar com tenacidade e criativi-
dade, as melhores maneiras de desenvolver ação, uti
lizando volantes do Partido e do sindicato, o jor-
nal de massas, a presença nas portas de fábrica
com agitação, a visita aos operários em suas mora
dias, etc, até mesmo fundando comitês onde isso
for possível.
Vamos prestar atenção a duas coisas bem práti-
cas dessa batalha, que dizem respeito â consolida-
ção da influência que conquistamos com o recrutamen ^
to dos mais combativos e conscientes elementos de w
massas:
1 - Realizar, de 26 de janeiro a 15 de feverei-
ro, pelo menos uma palestra política sobre o
•Partido, para recrutamento.Cada célula contri-
J LLi. 1
buirã na convocação", com metas discutidas e as-
jjOKNAt! J u ! - C £ f u u i — — '
[Orgao do t R ide S . P ; 1 I sumidas por todos. Pode ser confeccionado um vo
J-do.-P^C~do-8r«s^-'-— . lante para convidar a massa. Lutar contra o es
h i ! i i Ti ! pontaneísmo na preparação dessa atividade.
;—[—0--JC se—p-r-opoe-l-a—se-r—J-u«
. i n s t r u m e n t o ile d i r i g e n t e s ' é 2 - No mesmo período, não descuidar do recruta-
í-ftil i t-í n t e s ne- i m p o r t a n t e - ' t a - í
• r e f a do c r e s c i m e n t o do P a r t i mento a partir da célula, realizando sessões
j-th)-,—d a | - X T t i ç3 D~-,-f o r t a 1 e"c 1 me n especiais para a qual serão convidados novos
j t o j e c o n s o l i d a ç ã o das c ê l u - ' '
r ^ V — p r i - n c i p a l i n è n t e nas- f ã- ' i membros ou candidatos para explicar-lhes a im-
^bricjs. Ein^^jj; p5s^nas l r a i
j T t f c a ô s d e s s e s probVen.as". " Pa portância de militar no P . C . do Brasil. Também
! S I ' 9 S Í - 1 i n l u J j C o n t e ú d o , v i vo_p : aqui lutar contra o espontaneísmo e esforçar-se
! p r a t i c o , ie i n d i s p e n s á v e l qué
_es_ ce 1 u 1 as_rej>aíj&.ljjlS-1 exptxi jpara realizar a reunião era clima de luta, onde
l e n c i õ s c o n c r e t a s de sçu f u n ^
LcJc^i|i.ento._os_pr£iblemâs_;qutí ! cada novo membro sinta-se ã vontade para exter
Iemperram o c r e s c i m e n t o , e t c j nar seu ponto de vista, sendo ajudado pelos d e - ^ ^
f-ts-sJJ"^—àz—^per-iiiici-ií-r-pos4
j t i v a s j o u j r i e g a t i yas l e n r i q u e c e mais a encontrar as tarefas práticas pelas quais^P
j-r-ã o -o ;-GO n i u n to—fio—Par M-d o v - 3
j O S j C o m i t ê s «• r e s p o n s á v e i s pé I poderá contribuir com a célula.
p*-CTg«fii.Tu-çãtr-t!evéi!T—c-tri-da-rt
i d a ! r á p i d a , chegada do JC t l i Se cumprirmos essas duas tarefas praticas em
-c-é f-u 1-a-s-.-Kbem-co mo—s-o-x i + i - á - ^ - j
Ias lia d i s c u s s ã o do j o r n a l » cada célula e em cada área, estaremos no rumo certo.
"fc"P a~t rrr,n-a—de'~£Ve7rnrn-s ~ r r Essas são as condições, no plano organizativo,
t<6o»i \ I { L_L_J 1
.i J - • ! i i r~f— para não ficarmos apenas na conquista das eleições
Os] c r i t e r i os* p a r a escreve*r f diretas, mas avançarmos rumo a uma verdadeira saída
ao c
r? 'n > I f J i r~l democrática e popular para o Brasil, liquidando o
• i - i Os t a r t í q p s dev e • I t r i
c u | - t o s . são jê npcess~ari o : t e é
regime militar e galgando a revolução. Isso cada dia
J . " \ 1 Í S U L R Í i_rjs_U.t ÍLUJWZXS mais aparece como tarefa que tem no P.C. do Brasil
enti a t . _ 1 1 [ j i I ] a força mais clarividente e conseqüente. É para cum
•er-i<Jp.ub | ( l4- !^d4s_c.p_inioc^
— \ Z - j lP-*Q^Jojce^xLi-Scul_p.odea
p
e se fi rseoyi ei sr |dos|
jpara mo'i f lj iot rçnn at èl .s . N
jEs-í
ão' prir essa tarefa que precisamos tornar nosso Parti-
s-ii—o p-i-R-i ô« s d*-v e a - ^ e r - l í l efca -uf.
daf r. f c é l u l a . .j>e riao>hoúve7 do cada dia mais fcrte e numeroso, Partido de célu -
-c-o rvM^n-s-o v o j o r t j l -gi>---p<KÍ«—rr*-{
j f l b t i r as. d i v e r s a s ! o p | n i ões j Ias fortes e numerosas, solidamente enraizadas nas
-
r d c s - n r r T t T n - t j f s kre-rc-a-j-dcr-p-rp
!blt-n.aj I » | I 1 í j grandes fabricas.
Temos plena confiança de que nosso Partido em
r e r e t t dos p á r a C|), a t r a v é s
**o|rrfeaitt»j— São Paulo, aguerrido e combativo, cada um de nossos
l [ l I
TTT1 militantes e organismos, saberão cumprir essa difí-
D
l_l cil, mas indisoensável missão.
Jornal da

CELUIA 3

Campanha do Jornal de /Hassas^


no Aniversário da Reorganização,
Difundir as Idéias Revolucionárias
Nada está desvinculado. Existe ' lllsno
uma roda gigantesca em movimento, que i Por isso, todos os camaradas e or
se chama CAMPANHA PELAS DIRETAS. Se [Jganismos estão chamados a um grande
entrarmos no movimento dessa roda, va ^evento: o sábado e dominqo vermelhos,
mos poder cumprir nossas tarefas de T fâa 51 1
comemoração dos »™
22 anos• de
1
reorganj[.
ganhar o povo para as soluções que o gzação do Partido. Em 18 e 19 de feve-
Partido aponta e fortalecer o Partida 1 reiro, TODOS, MAS TODOS MESMO, mili-'
Para isso é necessáriodivulgar nossas jtantes e dirigentes, VAMOS FAZER UMA
idéias.E elas estão expostas brilhante 1 GRANDE VENDAGEM do jornal de massas,
mente,toda semana em duas cores,farta- 1 em todo o Estado simultaneamente. Uma
mente ilustradas.no nosso jornal demasS circular detalhada ja foi distribuída,
sas.o melhor e mais conseqüente j o m a f g S e você nao a recebeu ainda, reivmdj
do Brasil.Vender os jornais é tarefaKque em sua célula ou comitê. Vamos "
permanente. Mas ê, agora, questão de [planejar cuidadosamente o trabalho '
entrar nessa roda, em cujo movimento :|nas células, e uma campanha das célu-
estão interessados 120 nulhões de bra | l a . s i voltada para o seu local de atua
sileiros. í também questão de planejai ||Çao«
mento, de controle e de consciência' | Este ano o aniversário dareorga-
polTtica revolucionaria, de quem sabe Onização do P.C. do Brasil será comemo
que nossa luta nao acaba nas diretas Irado nas ruas, juntoao povo, levando
e passa pela organização do povo para |as idéias revolucionárias, através do
construir um novo Brasil, um Brasil ' § jornal, a cada canto onde existam co-
de democracia popular rumo ao sócia-' |mun1stas organizados e abnegados.

' '•• .'-'.'*•'•' .'„ .-í"ii:4Í'''-.'SÍ?^'iIÍ«;!*i"i-' L2:> •'',"";' '• .'-':"•'' V'.- . ' • ;'-".'••>• '':."r

A
(RESUMO DA CIRCULAR DISTRIBUÍDA)
Objetivo: Através de uma atividade conjunta de todas as cé-
lulas do Partido na região, promover uma venda massiva do
jornal de massas, inserida na campanha pelas eleições dire-
tas, estimulando o trabalho de agitação e propaganda e o re-
crutamento de novos membros.
FASE I - até 08 de fevereiro:
. Discussão organizada nas células sobre a campanha e
planejamento.
FASE II - até 15 de fevereiro:
. Preparativos práticos da campanha (arregimentação ,
pedido dos jornais, coleta de recursos).
FASE III - dias_18 e 19/2, das 7 às 19 horas:
. Execução do plano.
FASE IV - até 28_de fevereiro:
. Avaliação dos resultados, recrutamento e planeja-
mento de um trabalho regular e permanente com o jor
nal para março e abril.

!
W* i- 1Ç p ISfcQ
6
Jomdda f

CELUIA

agenda : & Correspondência


\ámi*smM£&& £&m&£iz . t
O socialismo e o comunismo avançam pelo claro caminho
do bem estar e progresso da Humanidade. Cumprem sua
gloriosa missão sem esconder-se
sem omitir-se
sem fingir-se de mortos.

Estruturam-se e desfilam com garbo pelas fábricas


pelas escolas
pelos quartéis
pelos navios
pelas cidades e povoados.

Atravessam campos
rios
florestas
â frente das multidões.
J.D.
WttÈÈSBKBUBBk tüâk _:.- i

A LÊNIN, NOS ÓO/ÍNOS DESUK MORTE


Lênin é o genial dirigente do Partido Bolchevique, o chefe e
educador da classe operária.'Dirigente de novo tipo, simples e mo-
desto, intimamente ligado às massas por milhares de vínculos, che
fe das novas massas simples e comuns que formam as "baixas cama-
das" mais profundas da humanidade, camadas que se levantam em luta
por sua libertação. É, também, o maior gênio de todos os tempos
e de todos os povos, munido de toda a ciência e a riqueza da Cul-
tura humanas e que manejou com perfeição a arma todo-poderosa do
proletariado, o marxismo revolucionário.
Educando as massas, Lênin instruía-se a si mesmo junto delas.
Estigmatizava impiedosamente os que olhavam as massas de cima,pen
sando somente em ensiná-las, mas esquecendo a necessidade de apren
der com elas, de compreender a sua ação, de estudar minuciosamente
e de generalizar a experiência prática da luta de massas.
"Temos o direito de ser orgulhosos e felizes, - escrevia Lê-
nin - pois somos os primeiros a enterrar, num canto do globo, es-
ta besta feroz que ê c capitalismo, que inundou a terra de sangue,
reduziu a Humanidade ã fome e ã selvageria, e que morrerá infali-
velmente e muito em breve, por mais monstruosamente ferozes que
sejam as manifestações do extertor que acompanha sua agonia".

Extratos do livro: Biografia de Lênin. Editado pela Distri -


buidora Marx, Engels, Lênin, Stálin do PC Bolchevique da
URSS, em 1945.
LEIA E ESTUDE O ARTIGO SOBRE LÊNIN, na Classe Operária n9 156.
- -*-
w«-Mr, p. ^ / é t j
7- -*»
i Jornal da oo

Ê
CO
OI

PELA CONSTRUÇÃO DE CÉLULAS FORTES E NUMEROSAS NAS FABRICAS, CAMPO, BAIRROS E ESCOLAS 2 1

IRA
^^l^Tf p.ifi/iáJ
Jomoida ,

CELUIA

25 DE /HKRC062 AHO%
DE FUND/4QIO
LU
o DO PC DO BR4SIL
'Neste 25 de março terá lugar o evento de comemoração
do aniversário de fundação do Partido. Em local a ser
amplamente anunciado, haverá palestra com o tema"0s
Comunistas e as Eleições Diretas".
Conclamamos todos os militantes e organismos partida
Expediente 2 rios a uma grande mobilização visando:
-De cada local, na capital e interior, preparar cara
Impulsionar a Ação P o l í t i vanas para comparecer ao ato;
ca - Mais I n i c i a t i v a das -Esforçar-se por fazer uma ampla divulgação da data'
Células 3 e mobilizar populares e democratas, difundindo am—
piamente os convites e cartazes, mandando-os para a
E" t a r e f a da c é l u l a o imprensa, etc.
"Fim de Semana Vermelho". J> -Motivar o envio de moções de solidariedade a luta '
democrática pró-legalidade do Partido (de prefeitos,
Mais m i l i t a n t e s p a r a o Par vereadores, câmaras, diretórios partidários,comitês
tido 6 pró-diretas, sindicatos, SAB'y, DA 's, étcT.~
-Difundir amplamente em pixações as palavras^ de or—
Reforçar o P a r t i d o com dem: Viva o PC do Brasil e a classe operária;...e o
mais Operários de Van- socialismo;...e o 25 de março! Pela Legalidade do
guarda 7 PC do Brasil!
-Estabelecer plano de mobilização a partir de cada '
Você é um bom m i l i t a n t e ? - . 8 célula, convocar reunião especial para esse fim,jun_
tamente com o plano de mutirão de venda do jornal '
A atividade p a r t i d á r i a de massa.
tem um nreço 9 -De 25 a 21 de março, em cada localidade, programar'
ato do Partido em torno do mesmo tema (as diretas),
Agenda Ç Correspondência,10 visando difundir nossa opinião e recrutar novos com
batentes.

EXPEDIENTE
JORNAL DA CÉLULA N » 3 - Órgão do CR de SP do PC do Brasil
0 JC se propõe a ser um instrumento de dirigentes e militantes na importante ta
refa do crescimento do Partido, da criação, fortalecimento e consolidação das C£
lulas, principalmente nas fabricas. Em suas páginas trataremos desses problemas.
Para que tenha conteúdo vivo e prático, é indispensável que as células relatem '
as experiências concretas de seu funcionamento, os problemas que emperram o crês
cimento, etc. Assim, as experiências, positivas ou.negativas enriquecerão o con-
junto doPartido.
Os comitês e responsáveis pela organização devem cuidar da rápida chegada do JC
as células, bem como auxiliá-las na discussão do jornal e na escrita de eventuais
artigos.
Lembramos aos camaradas que os artigos devem ser curtos.Não é necessário ter"es-
tilo", mas relatar experiências. As cartas devem ser remetidas ao CR, através '
dos comitês. £ útil debater a carta na célula, procurando refletir a experiência
coletiva dos camaradas.
?rI P ^4éD
Í Jornal da 0

CELUIA

IMPULSIONAR A AÇÃO POLÍTIOl


/Mais inicializa das Células

Dois exemplos colhidos no mês de fevereiro ajudam a compreender melhor os pro


blemas atuais da vida de nossas células. Ambos nos vêm de uma importante região o
perãria da capital, onde o partido goza de razoável influência política.
Nos dias 18 e 19 de fevereiro, no grande mutirão de venda do jornal de m a s —
sas, para o qual todo o Partido foi convocado, apenas 15?. dos militantes assumi—
ram de fato a tarefa, o que resultou num encalhe de quase 701 dos jornais pedidos
para a área. Colocou-se em clara evidência que o Partido ali conta com poucas cé-
lulas vivas, atuantes. Os militantes vivem dispersos, a direção tem dificuldade '
de mobiliza-los. Nas ações de maior vulto, deixa-se de lado o t>ouco que existe de
organizado.
0 outro exemplo é iniciativa dos camaradas em importante fabrica da mesma re
gião. Levaram a luta pelas diretas para dentro da fabrica, na forma de um abaixo-
-assinado dos operários de adesão ao Comitê Paulista Pro- Diretas. Foi uma inicia
tiva da célula local, cujos dirigentes rapidamente compreenderam que essa luta de
vè incorporar os operários. Essa iniciativa de vanguarda deve ser rapidamente mui
tiplicada nas fábricas, em estreita vinculação com a luta reivindicatoria e sindT
cal.

mmmm%m^MÊÈmmmm o QUE MANTÉM A CÉLULA ymMmmmmmÉmiÊmm&ism

^Organizar as células não é mero exer- Todas se prestam a educar, organizar e


cício de distribuir militantes. Manter' elevar o nível de consciência do povo .
a célula viva depende, em primeiro lu - De todas a célula participará e disputa
gar , da atividade política permanente' rã sua direção. Mas, num primeiríssimo1"
de cada militante. Os comunistas nas ce- plano, está a luta política, hoje expies
las se ocupam de encontrar os meios e T sa mais que tudo na luta pelas DIRETAS'
as formas de explicar às massas a polí- JÁ! Todas as situações e todas as lutas
tica do Partido, de mostrar-lhes a saí devem se prestar para incorporar o povo
da revolucionária indicada pelo Partida nessa grande batalha, explicando ao po-
E não sõ explicar, mas levar as massas' vo de maneira viva que a conquista des-
â luta nos locais onde se atua. se direito relaciona-se com o fim do re
gime militar, com a conquista da efeti-
Para isso, têm importância todas as '
va liberdade que pode permitir ao povo'
lutas específicas dos trabalhadores,das
organizar-se para impor uma saída revo-
massas populares no bairro, nas escolas.
lucionária para o nosso país.
Jornalda

CELUIA

^fcXEMPLO: j Na campanha^salarial dos metalúrgicos o Partido se empenha para que


. se vincule ã campanha Pro-Diretas.
Em uma cidade do interior, numa reunião com militantes e amigos, tra-
vou-se interessante debate. Um dos participantes expôs que no seubair
ro mobilizaram o povo para a luta pelas diretas. Na primeira reunião *"
foram 40 pessoas. Um companheiro considerou que era pouca gente, devi
do a que as diretas ainda eram uma questão abstrata para o povo e con
siderou também que naquele momento, o povo do bairro sentia mais na
carne o problema do Imposto Predial, super caro, que mobilizaria mais
gente na luta que as diretas. No debate que se seguiu, concluiu-se '
que nunca se viu um movimento tão grande do povo quanto a luta pelas'.
Diretas Já em nosso país e, certamente, também naquela cidade. Que a
questão do Imposto Predial preocupa o povo, mas que jamais^a luta ape
nas contra o imposto levaria mais de 1 milhão de pessoas às ruas, co
mo esta ocorrendo. Que isso mostra que não se pode subestimar a cons-
ciência popular de profunda insatisfação com os 20 anos de governo nú
litar, que o povo quer agarrar a cobra venenosa pela cabeça (diretas'
já.') e não pelo rabo (a luta apenas reivindicatõria e localizada) gue,
^ enfim, não ha contradição nessas lutas: deveríamos'formar um comitê '
9 pré-diretas naquele bairro que, além de mobilizar o povo para a campa
nha, encampasse também as demais lutas populares do bairro, como a
questão do imposto, vinculando-a a questãojiiais geral da necessidade'
do fim desse regime vende-pãtria, antioperãrio e antipopular, antide-
mocrático. ••'•'•'• •-. • •

Em cada célula planejar a luta, esta- vulgação de nossas idéias, que levam a
belecer metas, planificar e'controlar o influencia política para muito além dos
trabalho, sempre visando dar vida ativa nossos efetivos organizados. Os militan
a célula, transformando-a em verdadeiro tes que não lêem os materiais partida -
instrumento político de vanguarda das ' rios, nao são estimulados e até ajuda -
massas trabalhadoras. Se não desempenha dos a isso, e não vendem o jornal de mas;
esse papel a atividade delas se disper- sas, dificilmente podem ter a presença
sa, carece de sentido e as vezes defi - política necessária onde trabalham, mo-
nha. ram ou estudam. Muitas vezes militantes
gozam de boa influência de massa, mas
JJma segunda questão na atividade das
não a vinculam abertamente as idéias do
células e a agitação e propaganda perma
Partido, através de materiais como o jor
nentes, intimamente associada a questão
nal. Claro que a agitação e a propagan-
anterior. Sem a divulgação de nossas i-
da podem ser verbais, mas são sólidas '
déias, o Partido não avança, não se for
as ligações quando ela se materializa nu
talece e nao conquista a direção das T
ma grande venda de jornais.
grandes massas.
Portanto, uma primeira questão é essa :
Entre as atividades permanentes da cé
estimular as células a aplicarem a l i —
lula está a planificação e o controle T
nha do Partido, que visa por em ação as de estudo e divulgação por materiais par
massas, sempre de acordo com o nível po tidários, e a divulgação de nossas pala
lítico da massa em cada local e com o vras de ordem. Isso é indissociável da
níve] político dosmilitantes da célula. atividade política. Os dias 18 e 19 de'
Em torno de cada militante do Partido fevereiro, embora tenha constituído'
deve gravitar uma enorme massa de ami - êxito por ter multiplicado por 3 a ven
gos e simpatizantes, laços vivos de li- da do jornal, deixou muito a desejar no
gação com a grande massa. Isso exige' que diz respeito ã educação das células
da célula uma profunda atividade de di- para o trabalho permanente com o jornal
C
Jornal da

CÉLUUX to*.3.«} y.33/40


Outras debilidades são a pequena difu - ainda têm pichaçoes de 1982, o Manifes-
são da palavra de ordem FORA FIGUEREDO: to pelas Diretas da Comissão Nacional '
DIRETAS JÂ! vinculada às reivindica - pela Legalidade ainda não alcançou as '
ções populares pela soberania nacional, fabricas,
ffora o FMI etc: os muros de São Paulo '

Aí estão dois importantes problemas da vida de nossas células:


a atividade política e a agitação e propaganda variada e perma
nente. Vamos fazer um inquérito de nossas células acerca dos T
seguintes pontos: .
l)Qual a atitude da célula no trabalho com o jornal de massas?
Quantos participaram do 18 e 19 de fevereiro e qual o desem-
penho?
Quais os motivos desse desempenho e como melhorá-lo?
2)Quais iniciativas tomamos para difundir a palavra de ordem '
FORA FIGUEREDO, DIRETAS JÁ?
Participamos da luta pelas diretas no nosso local de atuação,
formamos comitês nas fábricas, bairros e escolas?
Estamos incorporando o povo, principalmente a classe opera -
ria na campanha?
. 3)Como atuaremos na grande manifestação em São Paulo e na cara
[; vana em Brasília?
' ". Temos claro que num comício de 1 milhão de pessoas so jogare
mos maior influência se em torno de cada comunista se agrupa
rem centenas e milhares de populares, organizados desde o Io
cal de atuação e unidos em torno das propostas do Partido?
CONCLAMAMOS TODAS AS CÉLULAS A RESPONDEREM A ESSE INQUÉRITO,
ENVIANDO A RESPOSTA AO JORNAL DA CÉLULA.

É Tarefa das Células o


FIM DE SEMNMA VER/MELHO
Na atividade de vendas e no trabalho' prender com a ação anterior, aprimorar'
de propaganda do nosso jomal de massas Qs métodos de trabalho, jogar todo o co
marcado para os dias 18 e 19 de feverej, letivo na tarefa, procurando dobrar as
ro conseguimos dar um bom passo adiante metas previstas para o 18 e 19 de feve-
triplicamos a vendagem naquela semana ! reiro.
Esta meta atingida poderia ter sido 6ti -- .
ma não fosse a baixa média que vínhamo? „° momento que vivemos e único na nis-
t o r i a de n o s s o
mantendo. Constatou-se que apenas 25°6do . P o v o : s a o a s maiores mo-
contingente foi mobilizado para a tare- bilizaçoes de massa destes quatrocentos
fa. E foram poucas as células que se or e poucos anos de vida. É nessa corrente
ganizaram. De maneira geral, os organis popular contra o regime que precisamos'
mos intermediários é que se preocuparam crescer e aumentar nossa influencia. 0
com o evento. jornal de massas e um instrumento valio
síssimo. Mãos â obra!
Estamos convocando todos os organis - P5:
mos do Partido na Região a promoverem ' ° organismo que apresentar o melhor
um outro fim de semana VERMELHO nos pro trabalho com o jornal neste 24/2S
de marco
Ximos dias 24 e 25 de março em comemora recebera vana coleção das o_
br as
ção ao 62? aniversário de fundação do T . escolhidas do grande revoluczo
Partido Comunista do Brasil. Devemos a- nario GEORGES DIMITROV.
§
C/ ( r Joinolda ,

6 CELULK

Mais militantes para o Partido


O povo brasileiro está envolvido aos milhões na maior campanha política de
todos os tempos. De norte a sul, na capital e no interior, aumenta a penetração '
das palavras de ordem do Partido de PORÁ FIGUEREDO, DIRETAS JÂ! Por outro lado, '
mais de uma dezena de importantes eleições sindicais se desenvolvem neste semes -
tre, como: metalúrgicos, borracheiros, jornalistas, médicos, securitários,etc,etc
É preciso lembrar que essa situação ê muito propícia para chamar ãs fileiras de
nosso Partido mais e mais combatentes revolucionários.
As palestras para recrutamento, os comícios relâmpago, as reuniões operárias,
as simples discussões com companheiros do trabalho ou moradia ou estudo em torno
da situação política e da linha do PC do Brasil, devem ser aproveitadas, não sõ '
para reforçar a participação popular na campanha, formando os comitês pró-diretas,
mas também para convidar os elementos mais destacados para se filiarem ao Partida
O PC do Brasil precisa abrir suas portas para todos os explorados que mani -
festera na prática espírito de luta de classes, sejam honestos e respeitados pelas
massas. As nossas atenções devem se voltar prioritariamente para os operários, as
salariados rurais e outros trabalhadores explorados.A eles deve ser explicado que
a adesão ao PC do Brasil representa um compromisso de passar a lutar de forma or-
ganizada contra o regime militar, em prol de uma saída popular democrática para'
a situação brasileira; que sõ numa poderosa organização partidária a luta ootidia
na adquire maior conseqüência revolucionária.
Os novos militantes devem ser de imediato integrados numa célula, participar
da vida política do partido, serem orientados, receberem tarefas de acordo com as
suas possibilidades e serem especialmente ajudados a realizá-las. Essa é a condi-
ção essencial para que venham a formar-se como verdadeiros comunistas de vanguar-
da, dirigentes políticos do povo.
Cumprindo essas condições todas, aumentam as condições de nosso Partido al-
cançar pleno êxito na Campanha Karl Marx de construção partidária, que se encerra
em 25 de marco. Reforcemos o Partido!
mmmÊm
Kl •A
HW
-»»l??í€SSSsi
tmgg:
REFOQSR O PARTIDO COM MkiS
OPERÁRIOS DE NJKNGUkRDK
N° DE GREVES EM SP SEGUNDO
Aumenta sem cessar a luta dos opera - A CAUSA DE ORIGEM
rios em prol de seus direitos, contra o
arrocho, contra o desemprego, pela li - Atraso de Reivindi- Protestos
ANOS Pagamento cações TOTAL
bardade e unidade sindical. Nem mesmo a
crise, levando ã formação de um enorme"
"exército de desempregados" conseguiu a 341 401 26%
balar o ímpeto crescente de lutas opera 1980 50
rias. Essa é uma condição objetiva que 1981 451 31% 24% 141
o Partido deve aproveitar para reforçar 30% 22%
1982 .481 239
a presença de operários nas suas filei-
ras. 1983 42% 33% 25% 286
Em 1983, São Paulo conheceu grande mo Dados de 0 Estado de São Paulo 12/2/84
vimento grevista. Alem da greve geral ,
do dia 21/7, quando paralisaram a produ 1 = -1
ção centenas de milhares de operários , retas, conclamando ã unidade da classe'
no dia a dia as greves vêm se desenvol- na luta contra o regime.Porém, mais que
vendo. O quadro ao lado mostra, com da - tudo, precisamos reforçar a presença do
dos ainda parciais, a evolução dos últi Partido nas grandes concentrações fa
mos 4 anos em São Paulo. bris, construindo células. O mesmo vale
para as concentrações de assalariados
Por aí se vê o aumento do número de rurais, que também elevam o nível de sua
greves, além do fato de terem prevaleci luta e organização.
do os motivos de atraso de pagamento '
dos salários. Mas houve ainda greves por Esse trabalho exige de nós absoluta
reivindicações (aumento de salários, hi prioridade e planificaçao: venda do jor
giene, segurança etc) e de protesto (a- nal de massas nas portas de fábricas,
meaça de desemprego, transferência de ' nos bairros de bõias-frias, atuação no
local de trabalho, etc). sindicato, nos grêmios, nas crPA's, vi-
Un outro dado relevante é que esse mo sitas aos operários, presença na campa-
vimento paredista de 83 destacou ainda"1" nha pela reforma agrária, destacar os
mais a inportância da organização opera principais quadros operários para se o-
ria dentro das empresas, ao mesmo tempo cuparem dessa nobre tarefa , orientar
em que exigiu das direções sindicais um as células do bairro para também se de-
papel mais ativo para nao serem atrope dicarem a esse trabalho, etc.
ladas pela insatisfação operária.
Isso tudo sõ reforça a opinião do Par
tido de que a classe operária é a força
social mais poderosa de nosso estado. A
qui se situa o grosso da organização sin
dical brasileira, com 34 Federações sin
dicais, 774 sindicatos urbanos, 360 sin
dicatos rurais e 38 associações profis-
sionais, responsáveis, em conjunto, por
metade das atividades do Ministério do
Trabalho em todo o Brasil.
As indicações que dái derivam são de"
que devemos nos lançar febrilmente nas
campanhas salariais e de eleições sindi
cais em curso, levando ã classe as pro-
postas mais combativas e incorporando -
-as na luta política pelas eleições di-
o Jornal do

8
CELUÜX ..

Vocêé um bom militante?


Como anda sua militância partidária? Procure responder
a cada um dos seguintes tópicos:
MJ1TO IXXJDO XS VEZES ODH HEGULA *
1) Freqüenta as reuniões da célula... XJÜ.UE

2) Você lê os materiais partidários..


*Jornal de Massas
*A Classe Operária
*Jornal da Célula
*A revista teórica
•Materiais do Congresso..
3) Você atua na venda militante
*Do jornal de massas no
local onde atua
*Do jornal de massas em
mutirões
i *Da revista teórica
*Dos materiais do

V Congresso
4) Você está envolvido em lutas espe-
cíficas do local onde atua
5) Você recruta novos elementos para
o Partido no local onde atua
6) Você contribui financeiramente na
sua célula de base
7) Você sindicaliza ou associa compa
nheiros no local onde atua
8) Você freqüenta a entidade (Sindi-
cato, SAB, DA etc)
9) Você está em contato estreito com
a massa do seu local, costuma vi-
sitar os companheiros
10)Você procura os dirigentes da cé-
lula ou comitê para se esclarecer
sobre as tarefas do Partido

Esses são alguns elementos da militância num Partido como o nosso. ítesnondendo a
essas questões, orocure levar a discussão na sua célula sobre os problemas exis-
tentes para que, com a ajuda do coletivo sejam sunerados.
Cada um desses elementos tem sua irrrortãncia e significado. Não significam,no en
tanto, dez diferentes tarefas a serem acumuladas. Na verdade, significam una coi
sa só; ser um comunista, um lutador de vanguarda que, onde quer que esteja, anli
ca a linha do Partido, está ligado ã massa e busca organizá-la oara a luta. Sig-
nifica travar a luta a cada momento, em qualquer situação, orientado e dirigido'
pela organização oartidária - a célula de base.
O Jornal da Célula ficará muito satisfeito se receber das células um balanço com o
resultado do inquérito.
/

-CÉLUIA ' <«»•*.« f - j y ^

A AYwidade Partidária tem um Preço


Pagar pontualmente as contribuições estabe-
lecidas, é outra obrigação do militante. A contri-
buição financeira estabelece um vínculo material
entre o militante e o Partido. Além disso, é um
importante fator de sua educação, dando-lhe senso
de responsabilidade partidária. As finanças estáveis
do Partido repousam nas contribuições de seus
militantes; sem elas, toda a atividade do Partido
se torna mais d i f í c i l . As mais importantes realizações
da organização partidária dependem em certa medida
de recursos financeiros. E inconcebível qualquer
descaso do comunista por esta obrigação estatutária.
A o cumpri-la no prazo regularmente estabelecido,
o militante está ajudando a organização partidária
a atender melhor suas responsabilidades de vanguarda
revolucionária para com o proletariado e o povo
trabalhador. O militante deve compreender, portanto,
a alta significação política e ideológica do pagamento
mensal das contribuições ao Partido.
0. AHHJM - "A Educação R.-.\<olucio>ãria do
CMiiizta" - paj B/9 - ld Anita Carilaldi

Persiste grande dificuldade com a questão das finanças. Os antigos


militantes ainda estão deseducados quanto a essa importante exigên
cia estatutária. Os novos muitas vezes sequer ouviram falar que u-
ma das condições para ser militante ê o pagamento pontual da contri
buição estabelecida.
P o r i s s o , a célula devera discutir coletivamente o problema. As de
cisões sobre o volume da contribuição e a forma de fazê-lo pontual
mente devem ser tomadas coletivamente. NENHUM membro do Partido po
de deixar de contribuir. Devemos compreender que a estreita obser-
vância de tais condições pelo militante deve ser preocupação cons-
tante porque, ainda segundo Arruda,
possibilita melhorar e aperfeiçoar sempre
suas qualidades de comunista, construir sua vida
com atos dignos de um combatente de vanguarda
marxista-leninista. Os esforços que faz nesse sentido
ajudam a sua formação como verdadeiro comunista
e a eficácia da atividade revolucionária da organização
partidária.

Portanto, novos ou antigos militantes, devemos sanar rapidamente es


sa questão, o que guarda relação com um funcionamento ativo d a s c e -
lulas do Partido. Alegar que os novos nao compreendem essa questão
é mandar o problema de Pôncio para Pilatos. O Partido se "irmã con-
tinuamente na base da discussão política e ideológica, que signifi-
ca antes de mais nada, células atuantes. Se damos^ingresso ao
Partido a um novo camarada e não o organizamos numa célula, não co-
meçamos com ele um longo e paciente trabalho de educação onde se
inclui a exigência da contribuição financeira.
-,o CELULK-

Agenóa & Corresporoãxia


Recebemos da^Camarada M., d í n o s r c s ss
uma grande c é l u l a de b a i r r o enTcir^-g
do i n t e r i o r p a u l i s t a a seguinte zz-zz.:

"Para permanecer no Partido e -pr^z-Zs:


conquistar o povo. E para conquir^or z
povo e preciso tempos para que a p^=z
tome muito cuidado pois hã pessoas
combativasj mas hã pessoas que crírrlsior.
pois a massa ainda tem medo de ser-
repreendida pela polícia. "
"Eu demorei muito para conquisto? r-
pessoal do bairro, pois eu tvábaZtc z
so encontro eles aos sábados e
domingos. Eu estava tendo muitas
dificuldades em divulgar as coisas.
Agora que estou lendo o JORNAL DA
CÉLULA estou mais ciente das coiszs.
Me deu uma emoção tão grande dentro ãt
mim quando li alguma coisa que falo.
sobre as portas de fabrica, sobre cs
escolas, bairros... Fiquei muito
contente sim!"
"Agora vou dedicar mais tempo em
reuniões nem que seja para fazer cqrz 3
ou 4 pessoas. Não vou perdsr á=
vista esse intuito de militante do
Partido. Vou mostrar para essa ger.te
que o Partido é nos e dar?.' Vamos
contar com mais umas 4 ou 5 pessoas
dentro do PC do B. "
"Estou escrevendo para o JC porque
achei que e uma Verdadeira tribuna(..)
Quando entrei para o Partido fui
convidada por uma colega que é
professora, mas não deram nenhuma
explicação para mim. Ela me deixou um
livrinho que é o Manifesto. Então
comecei a ler e falei prós meus filhos
Eu vou ser uma comunista! Meus filhos
disseram: Faz o que a senhora achar
melhor. Eu jã fazia jparte dos mutirões
com o jornal. Mas nao assistia nenhuma
reunião pois cada vez que chegava
aonde estavam reunidos parecia que
chegava a policia. Um dia perguntei zarcs urr núcleo de União de Mulheres, a
para uma amiga lã de âentro,ela me l i a de crcanizar a l u t a por creches e nr
disse que era uma reunião do Partido. pels associação do b a i r r o . Todos l ã o—
Então eu disse prã ela: Que Partido é IhaiT ccrr r j i t a naturalidade o P a r t i d o .
esse que estou com 3 anos que faço Essa e is= exemplo importante e como d i z
parte junto com vocês e vocês nao me .V.-^aTCS ver como a p a r t i r desse t r a b a -
dão a mínima atenção? Dai chegou um lhe ccca-rcs lançar o t r a b a l h o nas f ã b r i
camarada e ele começou a passar o cas. Vi-se r-ela carta que para M. o JC"1"
informe para mim. Agora jã sei tudo í una \ar-Caceira ferramenta para o t r a -
sobre o Partido. Quero continuar lendo balfc? rclítico no b a i r r o . Que isso se '
o JC que divulga muito mais o Partido. " isultiz-iicue ror mil em todo o Estado.
Wè.3. v
; ?&1M
Jcxnalda ,

CELUIA 11

Recebemos também mais duas cartas, das* De um organismo de bairro do interior:


quais transcrevemos trechos: "Parabenizamos os nobres camaradas do JC
através desta mensagem de fortalecimento
Do organismo Carlos Danielli do jornal. Nossa célula fez uma
"Pela unanimidade de seus integrantes, avaliação e concluiu que ele traz como
saudámos a iniciativa do Comitê Regional objetivo o fortalecimento das células.
Paulista de editar o JC. Congratulamo- Para isso daremos as mais profundas
-nos também com a bela feição grafica colaborações.
dada ao jornal. "Nossa célula aqui ê grande e de novos
"Desde sua VII conferência Nacional, em camaradas combativos das fábricas.
1979, o CC vem recomendando a Conseguimos mobilizar totalmente o povo
transferencia do centro de gravidade do por ser um bairro de operários. Estamos
Partido para as células de base. Nossos em quase todas as associações de
estatutos já destacam serem os moradores e APM's. Tivemos participação
organismos de base o "alicerce de toda em todos os encontros estaduais e não
a organização partidária". Ê necessário queremos ficar só aqui: vamos mais longe,
que essas idéias e resoluções sejarn^ queremos a derrubada desse governo, mudar
levados ã pratica, e a sua aplicação e todas as estruturas e implantar a
\uma luta que deve ser travada velo ditadura operária.
conjunto do Partido. 0 surgimento de um "Na medida que levarmos nossas idéias o
órgão como o JC será um impulso nesse povo vê que o Partido ê a solução da
sentido, generalizando as experiências vitória. Vamos a luta companheiros,
mais positivas dos organismos viva o PC do Brasil!"
partidários, tirando ensinamentos de
seus acertos e erros. (...)
"Desejamos pleno êxito ao JC'
"Sugerimos a inclusão no logotipo do ^v
jornal "A construção de células fortes y
e numerosas" também no campo". /
A sugestão chegou a tempo de corrigir o
lapso ja no n°2. Obrigado aos camaradas
pela carta.

Cartas das Céiuías


TEMA CENTRAL: 0 FUNCIONAMENTO DAS CÉLULAS

Recebemos para este numero do JC 3 cartas. Duas delas provém de células grandes ,
com atuação em bairros. Um problema a tratar, também confirmado em outros locais,
e o dos entraves para o funcionamento. Os maiores correm por conta da dificuldade
em reunir, devido à incompatibilidade de horários, e o da dificuldade em coorde -
nar a ação de todos os militantes.
Ja dissemos no JC n v 1 e 2, que construir, consolidar e fortalecer as células, em
narticular nas fábricas, é a mais importante tarefa organizativa do Partido. Isso
exige dos dirigentes e quadros partidários o máximo afinco e dedicação.
Afirma J. Amazonas em texto da revista Problemas, 1951: Ajudar as células não é a
penas orientarão seu trabalho e ajudar politicamente a sua realização. Ajudar as
células é também ajudar os militantes de base a resolver problemas aparentemente'
insignificantes, mas na verdade de grande importância. A reunião da célula, por '
exemplo, é decisiva para formar os militantes, fortalecer a disciplina e elevar a
atividade e a experiência política dos comunistas". •
\M*. MS, p. Í{b/Qt)
ioivdáa
12 ' CÉLULA
i

Algumas soluções práticas são necessárias:


1-Deve-se levar em conta as dificuldades dos trabalhadores, desde a
falta de hábito em se reunirem ate o fato de que moram longe, tra-
balham muito, etc. Não podemos subordinar as reuniões de base ã con
veniência dos dirigentes, as suas tarefas, senão não construiremos
o Parido. E* tarefa dos dirigentes da célula ajudar os militantes a
encontrar sempre os meios práticos para fazer as reuniões, ajuda -
-los a encontrar hora e lugar que facilitem as reuniões. Da mesma'
forma a pauta deve ser viva e não cansativa.
2-As reuniões devem ser preparadas pelos dirigentes da célula. A da-
ta e o local devem ser previamente estabelecidos e fornecidos aos
militantes com razoável antecedência. Essa convocação deve chegar'
a_cada militante, acompanhada da discussão política sobre a impor-
tância da reunião, os pontos que serão tratados, etc.
3-Nem sempre é possível e necessário fazer uma assembléia geral. Com
freqüência, a célula pode se reunir em seções ou sub-seções. 0 se-
cretariado pode travar a discussão com essas seções, contornando a
incompatibilidade de horário que haveria se convocássemos todos. *
Por exemplo, algumas células grandes abarcam extensos bairros. Ha
militantes em creches, SAB's, etc, e também operários, como é o ca
so da carta n 9 3. As vezes há 3 ou 4 operários de uma mesma empresa
Mesmo participando da luta no bairro é importante tratar os operá-
rios como uma seção da célula que exige atenção especial, reuniões
mais freqüentes; pode-se até mesmo ter uma sub-seçao com operários
de uma mesma empresa ou de um mesmo ramo de produção. Assim cria -
-se condições também para que essas seções e sub-seções se desen -
volvam a ponto de se tornarem células grandes nos locais de traba-
lho.

4-Um importante princípio de direção é o de saber ã base da discus -


são política e estabelecimento de um plano de trabalho, '
dar tarefas a TODOS e CADA UM dos militantes, de forma que todos '
estejam ocupados em algo concreto. Entre uma e outra reunião, os
membros do Secretariado controlarão a execução daquela tarefa con-
creta, visando ajudar o militante a se desenvolver. Se isso não o-
corre, as coisas ficam soltas, o militante se sente apenas um par-
ticipante a mais e não um militante propriamente dito. Além disso,
dentro do plano político, sempre hã tarefas para todos. Alguns vao
se responsabilizar pela pixação, outros pela arrecadação de fundos,
outros vão desenvolver a ação mais nas entidades, etc.
5-Por tudo isso, vê-se o importante papel do secretariado da célula'
que coordena toda essa ação. Eles deverão ser csmais dedicados, os
mais pacientes e animados camaradas. Devem ser especialmente ajudji
dos pelos dirigentes do comitê. Eles é que garantem que o trabalho
de cada um dos militantes da célula dê, no conjunto, os frutos es-
perados, trilhando pela linha política do Partido.

Todos somos capazes de imaginar a força ainda adormecida que nosso Partido con -
tem, na medida que não incorporar os militantes soltos na atividade da célula.Se
a isso dedicarmos o melhor de nossas forças, teremos multiplicado o nosso poder'
de fogo, nossos laços de viva ligação com as massas, facilitando o cumprimento '
das metas pele Partido.
-*&
PC DO BRASll^SPp.
£1 Yfl Jornai da

' Cresce sem cessar jpat


..a vontade-do-TX)VO- ef*1"
ria r ticipar^exigindo
"rias na sua situação
_da*oolatica~,'econômica e s o | :
ciai., Debates ^atQS^prõ-dirètâíít^Vy\l • \ ;-•
i^venTTõs^sindicais, e. poDulares^traern:£Mj*
uma quantidade ide ressoas muito maior do <júé ha apenas"? &:<•'
6 ireses atrás, intensifica-se a discussão Dolítica nas fábricas; reanipa-se o mo-
vimento estudantil e dos jovens; as mulheres tem narticipação cada vez mais ativa
nas lutas sociais e oolíticas; os negros aumentam a organização de seu movimento'
contra a discriminação racial e social. Nos bairros cresce a luta pela moradia, '
contra as orestações escorchantes do BNH e crescem os moviinentos de invasão. No '
cairpo, acaba de ocorrer em São Paulo vigoroso e explosivo movimento de orotesto
dos bõias-frias de cana e laranja, conquistando expressiva vitória através da gre
ve. Assim, intensifica-se a luta oposicionista, que vai incorporando setores popu
lares cada vez mais vastos, inclusive aqueles que antes "não se interessavam por
política". E essa luta tende a crescer cada dia que passa, porque é alimentada pe
Ia profunda esperança de mudança, de derrubada do regime militar. Encontrou seu
leito princioal na íuta pelas Diretas Já, em ligação com a luta por reivindica
ções sociais e econômicas que tende a se desenvolver amplamente.
Nosso Partido compreendeu essa situação. Atirou-se nos últimos meses ã ação polí-
tica, mobilizando o povo para a luta. Onde quer que haja comunistas o Patido está
organizado e ?. luta do rxsyo ganha vigor e conseqüência. As bandeiras do PC doBra
sil vão se tornando mais conhecidas e conquistando prestígio entre as camadas '
mais amplas da população. Como resultado disso, grande vitalidade anima as fileiras
partidárias, que cresceram mais que o dobro no último ano. As células do Partido'
vão se consolidando e melhorando a compreensão do importantíssimo papel que devem
cumprir. i (continua na pag 3)
M*-3.te,(MA/í©
Jomoida ,

CELUIA

4,
Camaradas

LU Já estamos no nQS do JC. As cartas que nos foram '


O enviadas dão-nos a certeza de que o jornal vai
transformando numa importante ferramenta na cons -
se

Q • trução política,
Mas ha debilidades:
ideológica e orgânica do Partido.
em algumas áreas nem todos os
militantes receberam todos os números; em quase tq_
das as áreas, ha grande atraso na chegada do jor-
nal aos militantes. Apelamos a todos os militantes
a discutirem com as respectivas direções e exigir'
solução imediata para esse problema. 0 JC sai com
regularidade mensal e, após ser entregue ás dire -
ções, demora ãs vezes trinta dias para ser distri-
buído. Não se pode compactuar com esse descaso e
burocratismol Não vamos deixar essa situação perdu_
rar por mais um dia sequer.' As células precisam en
contrar formas mais rápidas de distribuírem o jor-
nal e as direções intermediárias precisam criar es_
trutura mais ágil para fazê-lo chegar às áreas.
Um outro problema e que cada número do JC faz su -
gestões de pequenos relatórios que a célula pode '
enviar ao jornal para dar conta de sua atividade. '
Poucas cartas desse tipo foram escritas. Apelamos'
aos camaradas e aos dirigentes de células que sees_
As massas -...1 forcem para planificar essa atividade, que ê muito
Expediente. • • 2 importante para o nosso jornal.
Coluna das Fábricas 5 continue escrevendo para o JC continue escrevendo
Agenda & Correspondência..8 para o JC continue escrevendo para o JC continue
escrevePAPA NÓS ISSO É MUITO IMPORTANTE para o JC
ABC do Sccialismo .9 continue escrevendo para o JC continue escrevendo
para o JC continue escrevendo para o JC continue

EXPEDIENTE
JORNAL DA CÉLULA N95 - o'rgao do CR de SP do PC do Brasil
0 JC se propõe a ser um Instrumento de dirigentes e militantes na importante ta
refa do crescimento do Partido, da criação, fortalecimento e consolidação das ce
lulas, principalmente nas fabricas. Em suas páginas trataremos desses problemas.
Para que tenha conteúdo vivo e prático, ê indispensável que as células relatem '
as experiências concretas de seu funcionamento, os problemas que emperram o crês
cimento, etc. Assim, as experiências, positivas ou negativas enriquecerão o con-
junto do Partido. •'
Os comitês e responsáveis pela organização devem cuidar da rápida chegada do JC
as células, bem como auxiliá-las na discussão do jornal e na escrita de eventuais
artigos. . . . . . .
Lembramos aos camaradas que os artigos devem ser curtos.Não é necessário ter"es-
tilo", mas relatar experiências. As cartas devem ser remetidas ao CR, através '
dos comitês. É útil debater a carta na célula, procurando refletir a experiência
coletiva dos camaradas.
Jomofda, - ,

-. I CELULN! 3
(continuação do artigo de capa) *nt>- j . I±J Ç• Hf>\b\J
Numa situação dessas, ressalta-se ainda uma vez que, anesar do progresso've-
rificado, e ainda.pequeno o numero de militantes. Esse contraste nao pode perdu -
rar. Persistem obstáculos que todos nós devemos enfrentar com energia e espírito*
criador, aplicando integralmente a orientação do Congresso. Esses obstáculos se
# relacionam com os critérios para o recrutamento, com o funcionamento das células
e com os métodos do trabalho de direção, o que revela dificuldades e incompreen -
soes sobre a necessidade política der-termos um Partido grande, com dezenas de mi-
lhares de membros, com células grandes e ativas.
Uma primeira questão ê clara: precisamos seguir ampliando.a ação política, '
mergulhar decididamente no movimento das grandes massas do povo, ousar levá-las ã
luta e organizá-las. "Vamos ao povo, vamos as massas" deve ser o lema de cada mi-
litante e dirigente partidário. Vamos mobilizar o povo no rumo da unidade para a
derrubada do regime militar, conquistando as Diretas Já. Vamos criar e fortalecer
a atuação das entidades associativas do povo (sindicatos, associações, SABs, dire
tórios estudantis e políticos, os comitês unitários de massa pelas Diretas Já,etc)
as quais servem de eficiente correia de transmissão da política dos comunistas,,
Não é mais época de nos ocuparmos apenas das parcelas "avançadas" do povo, ou com
ativistas tão somente. Devemos tratar com a massa mesmo, ousar conquistar sua con
fiança e direção política, atraindo seus melhores elementos para a militancia par
tidária. Um comunista nao pode estar alheio a qualquer acontecimento político na
área onde atua, ou então alheio a atividade da entidade de sua categoria,_bairro'
ou escola. Ê assim que vamos estender nossa influencia, levar nossa agitção e pro
paganda a setores novos, aumentar o nosso raio de ação, organizar novas células.
Portanto,é necessário todo o espírito de iniciativa política nessa questão,
Ao tratarmos cem o povo, precisamos ampliar os critérios de recrutamento e
tratar de encontrar os melhores meios e formas de incorporar novos militantes nas
células. Esse tem sido o tema principal dos 4 números anteriores do Jornal da Cé- \
lula, bem como de A Classe Cperária n9 155 e 156 e o Unidade da_Cj^sse_C6erária *<ár
n9 10.. Ê preciso ler e estudar atentamente esses materiais e dar solução prática'
aos problemas existentes. É freqüente ainda submetermos o novo aderente a uma_ver
dadeira "prova vestibular", para comprovar se ele"estâ â altura" dos que já são "r
membros do Partido. Ê comum, inclusive chamar elementos da direção para efetuar o
recrutamento, como se fosse necessário "um bom professor" para convencer o novo a
derente da necessidade de ingressar no Partido. Outras vezes utilizamos uma lin -
guagem de código, incompreensível para a massa. Expressões como "Fazer política",
"fisionomia própria", "processo", etc, podem ser compreendidas com sentido dife:--
rente do usual entre os membros do Partido e representar fator de dificuldade pa-
ra um novo aderente. Também é freqüente realizarmos na célula reuniões longas,
sem rumo, onde se tratam de inúmeros problemas sem tirar um claro plano de traba-
lho, o que pode levar ao desinteresse. Esses são alguns exemplos de fatos que po-
dem distanciar o Partido das massas. Muitos elementos do povo se mantém na posi -
ção de admirar os comunistas, mas sem se sentirem em condições de militar no Par-
tido. O erro é nosso ou deles? É nosso, principalmente. Essas debilidades no nos-
so trabalho são fruto de idéias elitistas de Partido. Se não forem combatidas na
nossa prática diária levam a um Partido distanciado das massas, fechado em si mes
mo, com organismos pequenos que terão muita dificuldade em levar a política do
Partido.
Mas há incompreensões mais profundas sobre o Partido forte e numeroso. Há os
que, na prática, consideram que ampliar os critérios de recrutamento pode levar ã
inchação do Partido. No fundo esse argumento parte da suposição de que um partido
grande contraria os estatutos do Partido, as normas de organização. Ou seja, o '
Partido grande é igual a indisciplina, pois os novos militantes sao indisciplina-
dos, não comparecem a reuniões, não contribuem financeiramente, etc.Além de eli -
tista,essa visão está em profunda contradição com a política dos comunistas. Essa
política implica numa determinada organização: um Partido numeroso, com grandes '
células principalmente nas fábricas. Esse o conteúdo atual da nossa política de *
organização, fixada no Congresso do Fartido. Koje isso se materializa na amplia -_
çao dos critérios de recrutamento e na construção de grandes células. Daí provém
Jornal da .

CELUIA
i
a orientação do Jornal da Célula n94 de que devem ingressar no Partido os que es
tão dispostos a lutar e defender os interesses do proletariado; os que são hones-
tos e trabalhadores, os que são estimados pelas massas e não são dedo-duros.

Significa isso que qualquer um deve entrar para o Partido? Significa que que
remos um Partido frouxo, indisciplinado? Significa que os critérios do estatuto
devem ser deixados de lado? Absolutamente. Nada autoriza essa conclusão. Signifi-
ca isso sim que precisamos ter critérios mais amplos para o recrutamento, ter me-
nos temor dos elementos enérgicos e honrados das massas, em particular dos operá-
rios. Significa que confiamos amplamente na capacidade de nosso Partido - pela '
coerência de nossas idéias, pela forma de organização revolucionária que adotamos
- de transformar esses elementos em comunistas abnegados. Militando em organismos
de base atuantes, que aplicam a política do Partido e seguem as normas internas '
da vida do Partido, ditadas pelos Estatutos, esses elementos aprenderão com nossa
experiência e não somente aceitarão o Programa e Estatutos como também vão assimi
lã-los, compreedê-los com base na sua própria experiência.
Os materiais partidários ressaltam que milhares de homens e mulheres do povo
reúnem as qualidades para serem membros do PC do Brasil. É nossa obrigação dar-
-lhes ingresso, abrindo as portas para essa saudável renovação e abrindo um rumo
revolucionário ã vida desses lutadores. Aqueles que, pela sua prática, defendem_'
um Partido pequeno, dão provas de atraso político. E o combate a essa prática não
pode ser apenas em palavras, mas em atos. Cada célula, cada militante deve refle-
tir sobre sua experiência e tomar todas as atitudes concretas para fazer crescer'
o seu organismo.
Importante papel está reservado aos dirigentes de todos os níveis. Ê preciso
também ir as massas, equacionar a solução dos novos problemas. Hoje, quando vai
se aprofundando o combate a essa visão politicamente atrasada de um Partido peque
no, voltado para si mesmo e não para as massas, é preciso, além do estudo teórico,
ser uma direção viva, dinâmica, que acompanhe de perto a vida das células, ajudan
do-as no funcionamento regular, formando os novos quadros no calor desse combate.
As bases precisam criticar a rotina e o burocratismo nas direções, exigir sua pre
sença na solução dos novos problemas. Os dirigentes precisam ter um claro plano
de trabalho, fixar sua atenção sobre as prioridades do trabalho partidário, que
são o aumento dos efetivos e a construção de grandes células, principalmente nas
fábricas e empresas.
Vamos enfrentar esses problemas com energia revolucionária e espírito pratica
Abrir-se-á para nosso Partido uma nova fase se enfrentarmos com conseqüência os
problemas aqui apontados»

"0 TRABALHO FECUNDO DAS CÉLULAS DE EMPRESA E DE BAIRRO


DO PARTIDO DEPENDE,, EM GRANDE MEDIDA, DA QUESTÃO DE
SABER SE OS ÓRGÃOS DIRIGENTES QUE LHE SÃO IMEDIATAMENTE
SUPERIORES DIRIGEM E APOIAM DE MANEIRA JUSTA A ATIVIDADE
DESSAS CÉLULAS. '• OS INSUCESSOS NO TRABALHO DAS CÉLULAS SE
EXPLICAM EM BOA PARTE PELO FATO DE QUE 0 APARELHO DOS
ÓRGÃOS INTERMEDIÁRIOS DO PARTIDO, TANTO POR SUA ESTRUTURA
COMO PELOS MÉTODOS DE SUA ATIVIDADE, NÃO ESTÁ AINDA
ADAPTADO Ã DIREÇÃO DO TRABALHO COTIDIANO DAS CÉLULAS"
Trecho da resolução da 2a Conferência de Organização
do CE. da Internacional Comunista, de março de 1926
ÍS^üií!úãiÊj&i.M2£i^^ itlV.s'-.'*£&*—-';.
Jornal do _r»
CELUIA

DAS F/4BRSQS ~ \

experiências na construção do partido


Nosso distrito abrange vários bairros predoininanteirente operários, liga
dos entre si por um grande número de pequenas e médias empresas. Há tam
bém duas grandes empresas com mais de 2000 operários. Do ponto de vista
partidário, contamos com algumas células de bairro e poucas em médias e
pequenas empresas. Além. disso temos muitas ligações individuais, tanto'
nas duas grandes cano nas demais.
AApesar de nossos contínuos esforços, não havíamos até agora conseguido1
construir um organismo partidário em nenhuma das duas grandes empresas.
Por mais que fizéssemos , as ligações permaneciam sempre "simples liga-
ções". Resolvemos dirigir o nosso esforço principal na frente de organi^
zação para a construção do Partido em uma dessas empresas. Para atingir
o nosso objetivo compreendemos que era preciso mobilizar todas as nos -
sas forças, células de bairro, células de empresas médias e pequenas,]!
gaçÕes individuais, etc. Mas fundamentalmente esta tarefa passou a ser
uma tarefa conjunta do secretariado, que resolveu incluir permanentemen
te na ordem do dia o problema da empresa. Duas das mais fortes células'
de bairro foram mobilizadas para o trabalho permanente, especialmente a
quelas dos militantes que não tinham responsabilidade individual na di-
reção de organizações de massa.
O problema foi discutido no secretariado, depois no Comitê Distrital, '
que aprovou as tarefas propostas pelo secretariado,e finalmente em todas
as células e com todos os militantes do Partido. Todos receberam com en
tusiasmo o plano e as tarefas que lhes cabiam. As decisões foram realiza
das ã base das resoluções do Partido e demonstraram que se estava com -
preendendo a importância da construção de organizações de base nas gran
des empresas.
O plano traçado incluía um estudo aprofundado da empresa: funcionaTento,
grau de desenvolvimento técnico, constituição do capital da firma, pro-
blemas de matérias primas, o estado exato da situação dos trabalhadores,
número de operários, sua distribuição pelas seções e turnos, número de
adultos, mulheres e jovens, número de operários qualificados e de aju -
dantes, tempo de trabalho dos ooerãrios na empresa. Nível de salário ,
condições de higiene interna, condições de transporte, etc. E ao mesmo
tempo o estudo das seções para sabermos quais as fundamentais, pelo nú-
mero de trabalhadores e quais as tecnicamente mais importantes, seções'
chaves das quais as outras dependem para o andamento do trabalho. Isto
era indispensável para elaborarmos um plano de reivindicações justo e
uma tática justa. Resolvemos também estudar as tradições da empresa,das
suas lutas, bem como o grau de organização efetivo da massa.
Dois membros do secretariado receberam a tarefa de articularem o mais '
intimamente possível com os elementos de ligação já existentes. Ao mes-
mo tempo as células de bairro receberam a tarefa de realizar comandos '
na porta e nas imediações da empresa para distribuírem material de.agi-
tação e propaganda, bem como para conversar e conseguir ligação com o
maior número possível de trabalhado "es.
A realização da campanha de agitação e propaganda nas imediações da fá-
brica obedeceu a um plano, que tinha em vista essencialmente atinqir ne
Io manos uma vez por semana todos os operários da fábrica, de todas as
— I
CELULK
^jaMagMI—riirim^-vrr-r"i,r •"•"•*-t~~--i-rir-fT nrrir" n — M — < M meaatMiBB»aw,- •-• IMMMIBMI

seções e turnos. Isto não era muito fácil em vista dos múltiplos horá-
rios de entrada e saída dos trabalhadores e tarrbém devido ao reforço '
da vigilância policial com que já contávainos e que efetivamente veio a
se estabelecer. Para evitar prisões realizávamos um comando principal'
por semana na saída da turma, concentrando para isso 10 a 12 militan -
tes. Fazíamos comício -relâmpago, debates e larga distribuição de mate
rial. Dispurihamos ainda de uma larga sunerioridade numérica momentânea
que permitia a realização de nossas atividades com segurança. Quando •
chegava o reforço solicitado pelos "tiras" de plantão, já era tarde.Os
outros comandos eram realizados por numero menor de comoanlieiros a uma
distância do portão da emoresa, as vezes no horário de entrada, outras
no de saída. A uma distância maior do portão os trabalhadores conversa
vam com maior liberdade com os comfanheiros. Por esse meio obtiveram o
endereço de muitos deles e alguns se prontificaram a convencer colegas
para pequenas reuniões em suas casas, Muitas dessas reuniões não se re
alizaram ou então se realizaram com apenas dois ou três elementos. Mas
às três reuniões desse tipo convocadas, durante três meses de traballio,
compareceram mais de dez operários interessados tanto em contar a si -
tuação dos trabalhadores e discutir a maneira como deviam lutar, como'
também saber o que os comunistas pensavam da situação nacional e inter
nacional.
Através dos antigos e dos novos elementos de ligação oonseguiinjs saber
muita coisa sobre a emoresa. Soubemos que cerca de 50% dos trabalhado-
res eram membros do sindicato, embora não o freqüentassem , senão uuan
do havia reclamação de caráter individual a fazer. (...) Os primeiros '
contatos com um número maior de trabalhadores também serviu para nos
esclarecer a razão porque os quatro elementos com quem mantinhamos li-
gação há muito tempo nunca haviam organizado nada. Um deles era ur> >~?oe
rãrio categorizado e honesto. Mas, muito ligado â direção nosc nativos1
técnicos, não merecia a confiança da massa. Dois outros eram conheci -
dos como comunistas. Mas como se limitavam a falar uuito e apenas coi-
sas gerais, sem se nreocuparem com organizar a massa para a luta nelas
reivindicações, não rolarizavam em torno de si senão uns poucos s^mr-a--'
tizantes antigos que deles compravam jornais, etc. Mas por não sai^erem
como trabalhar, formavam um gruno extremamente sectário, afastaria da '
ressa. O quarto elemento de ligação, uma antiga operária da erir-resa, '
realizava algum trabalho de massa e, revelou-se, depois, muito capaz .
Foi o único dos antigos elemsntos que pode ser aproveitado nora a «.Hre
ção do novo organismo.
Entre as tarefas que nós traçamos,constava a realização de reportagens,
o envio de notícias constantes para a imprensa e a ampla dlstrUsuição1
de materiais partidários, que foram lidos e comentados airplarrente e?i '
toda a empresa. Do manifesto do 19 de maio distribuímos 500 e oolaraos*
nas imediações da entpresa 50. Numerosos grupos se formavam, para deba -.•
ter esse manifesto do Partido. ( )
A constatação de que a maioria era sindicalizado, mostrou-nos que áa*^
ríamos encaminhar por aquele lado a luta pelas reivindicações. Numero-*-
sas comissões dirigiram-se ao sindicato a fim de discutir ou» os dire-
tores a necessidade de serem apresentadas as reivirKiicações iio3 natações.
Estes sabotaram toda tentativa de mobilização, mas afinai foram obriga
dos a concordar oom. a realização de uma reunião restrita d« renreseu »•
tantes de todas as seções. Foi aprovado então um plano de reivindica -
ções, tendo como base um pedido de 50% de aumentos e a concessão de
maior tolerância para faltas e atrasos. Dessa reunião resultou a orga-
nização de uma Comissão, que agora procura formar sub^comissões em to^
das as seções e em cada turno.
•NU •»**' ÍMB »ty r~tj<
W2j
^ÍWfl
CELUIA

r — I i r i i i i i i i B i i n - i i w i i i i i r winnani-iTTMífíiTni-h-rt**

Krt
i-S':-
«ii sã? li
SSíPí

||j »*?^
rj
4
% w

I
«

Já conseguimos recrutar um. bom. número de membros para o Partido. Em ca-


da uma das reuniões amolas que realizávamos, e a que comnareciam mais de
cem ooerárioS/exDlicavamos o que era o Partido e depois conversávamos
particularmente com. cada um,cerguntando-lhe se desejava entrar para o
Partido.Muitos não concordaram em entrar logo,mas todos se declararam a
miqos nossos, dispostos a comprar nossa imprensa e a contribuir finan -
ceiramente.
Em. resumo, sabemos que ainda resta muito a fazer mas também é certo _'
que fizemos mais nestes três meses do que nos últimos dois anos. São ê-
xitos pequenos, especialmente tendo em vista o número de emoresas pelas
quais somos responsáveis e a enorme pooulação oneraria que reside nos •
bairros de nosso distrito. .Mas estamos convencidos de que poderemos ser
vitoriosos também nas demais tarefas que nos impusermos. £gora confiar-
mos mais em nós mesmos. Por outro lado, estamos convencidos de que os ê
xitos alcançados nós o devemos a ajuda que recebemos dos organismos su-
periores .(...}

Muito interessante e educativa essa experiência. Serve de roteiro segu-


ro a todos os organismos partidários • particularmente os CDs e CMs. En-
tre outras coisas, essa experiência destaca com bastante clareza alguns
pontos que fazem muita falta hoje em dia:
19 - A necessidade de ser conseqüente com as prioridades. O CD agarrou'
com afinco a orientação de construir o Partido na grande empresa .
29 - Por ser tarefa importante e prioritária o secretariado do CD cha -
mou a si a responsabilidade direta vela sua realização. O que era'
um velho problema foi enfrentado com esvirito prático, sem rotina'
ou burocratismo.
39 - Um planejamento e controle rigorosos das metas, meios e métodos pa
ra alcançar o resultado, começando pelo bom conhecimento das condi_
ções que iam ser enfrentadas.
49 - A ajuda dos organismos superiores já que era uma tarefa inadiável
e de grande significado construir o Partido na empresa.

Por isso companheiros, vamos aplicar esses ensinamentos sem mais tardan
ça. Nos temos hoje ainda a prioridade em construir grandes células nas
fabricas.

O presente artigo foi reproduzido do jornal A CLASSE OPERABTA de 1951


3/ Jornal do ,

8 CELU1A •
agenda & Correspondência
&L
Recebemos una longa carta dos camaradas gráficos, da qual publicamos trechos:
0 "Jornal da Célula" ê uma importante ferramenta para construirmos um Partido
forte, grande, presente no cenário paulista., assentado em alicerces sólidos que
são os organismos ou comitês de base*»*
Queremos apontar alguns pontos que achamos falhos ou incompletos- no JC:
19 - Ao lado do título temos "pela construção de células fortes e numerosas
nas fabricas, campo, bairros e escolas". Pensamos que se deve acrescentar
empresas, compreendendo ai:.bancos, repartições públicas, comércio, etc,
29 - Na página Z, artigo "As Células de Base do Partido", final do 19 parágrafo:
"Um Partido pequeno, principalmente no interior das fábricas,, representa
\um fator de atraso". Não ê correto isto. 0 Partido & "sempre um fator de
^avanço. 0 Partido pequeno se dilui- e não consegue ser vanguarda, não
consegue dirigir a luta, como esta bem colocado no exemplo a seguir^
39 - Na pãg. 4 depois do exemplo, quando fala das tarefas permanentes das
células, esqueceu uma tarefa fundamental^ em qualquer organismo do Partido:
o estudo. Todas as células do Partido têm que, ao lado das demais tarefast
planejar o estudo sistemático da política do Partido e âo_ marxismo -
-leninismo. Sem o domínio da linha do Partido e assimilação básica dos
princípios fundamentais da teoria do proletariado, os organismos de base
não transformami- a linha do Partido em força .material*
' ' ' OB DE GRÁFICOS

Acpradecemos a carta e as justas preocupações que ela levanta. Gostaríamos tam


T
bem de receber dos camaradas uma carta contendo a eraariêneia de vocês na
construção do Tartido nas empresas.
Estamos escrevendo para o "Jornxxl da Célula11 por entendermos que este órgão pode
ajudar e muito no trabalho de construção partidária e no cumprimento de nosso
objetivo organizativo de transformar as células em centros de ação política das
massas.
As características de nossa célula relacionam^se com sua própria história; ela
foi formada em meados do ano passado, basicamente através de contatos que o
Partido mantinha dentro de nçssa categoria. Com o desenvolvimento de uma luta'-
econômica dentro de nossa empresa, um camarada do Partido, percebendo as
aspirações dos companheiros, destacou^se como organizador e mobilizador dos
operários da empresa, e, desta forma, o- Partido pode ampliar suas fileiras
recrutando vários companheiros e fazendo muitos amigos.
Entre nossas atividades, podemos destacar o fato de termos levado quase 200
companheiros da empresa para uma reunião no sindicato,, Atualmente,
estamos empenhados na organização de uma Comissão de Empresa que seja solida e
reconhecida pelos trabalhadores da empresa, Estamos também pressionando a
diretoria do sindicato de nossa categoria para que esta assuma de forma mais
efetiva a luta prÓ~diretas com a perspectiva de se criar um comitê pré^diretas
no sindicato e dentro da empresa. Assim, apesar de nossa célula ser relativamente
nova o Partido é muito conhecido na empresa, sua influencia política ê
considerável e, por lâ todos sabem que quando se traia de lutar pelos direitos
do povo e dos trabalhadores "ê com os comunistas mesmo*.
Ao lado de nossos êxitos,temos algumas debilidaâes a serem superadas: o
'crescimento do Partido na empresa se fez rapidamente e o secretariado da célula
se empenha para adquirir um melhor preparo de direção •;os materiais do Partido
ainda são pàucolidos e discutidos e necessitamos ligar a combatividade que e
característica de nosso Partido e da nossa célula com uma melhor formação
política dos camaradas: precisamos também elevar a consciência política dos
companheiros da empresa, esclarecendo-^os sobre nossa perspectiva revolucionaria.
Passo importante para a superação de nossas debilidades è o compromisso que
assumimos de estudar e participar do nosso "Jornal da Célula''. 0 B . DE £fjpfí£SA
h > \ Sin.ii-.mihtiÉttneí.', Miliiiíiiuí 'MÈmism

DO SOCIALISMO 2 oi
rru
i—
d
i—
"A doutrina de Marx é todo-poderosa
que é justa.
por
Ê harmoniosa e completasda
aos homens uma concepção coerente do
OMarxismo-
mundo,inconciliável com toda a supers-
tição, com toda a reação, com toda a de_
uma reMoiucão no pensamento social
fesa da opressão burguesa. Ê a sucesso- Desde a antigüidade, Aristóteles (filo-- fica denominada idealismo objetivo, com
ra legítima de tudo quanto a humanidade sofo grego 384-322 aC). chamou o homem ' batia a opinião,mui to em voga em seu '
criou de melhor no século XIX: A Filoso' de "animal político", querendo com isso tempo, de que a história da humanidade'
Ha Alemã, a Economia Política Jnalesa afirmar que o homem é um ser soei ai, con era uma sucessão de acontecimentos caó-
* • m
m
dição que o distingue dos outros anirais. ticos e tentou analisá-la como umproces
e o Socialismo Francês." so necessário e contraditório. Dastaque-
Rousseau (filósofo francês 1712-1778)ob
Lenin - As três fontes e as -se ainda o papel de Ludwig Feuerbach,a
servou a relação entre o uso de instru-
três partes constitutivas do depto do materialismo,que, a despeito '
Marxismo . mentos de trabalho metálicos pelo homem
com o surgimento da propriedade privada disso, não conseguindo libertar-se da
Esta vrofunda reflexão do grande chefe e da desigualdade social. Helvécio (fi- metafísica, acabou resvalando para o i-
aá • >
da revolução proletária que sabia unir lósofo francês(1715-1771) formulou céle dealismo.
teoria e prática com tanta maestria,va- bre tese de que o meio determina o cara Todos esses pensadores, muito embora te
le para a atual geração de operários ' ter e o comportamento das pessoas. Os ' nham formulado algumas teses justas,não
conscientes e comunistas como un vigoro_ socialistas utópicos, dentre os quais ' puderam elaborar uma teoria científica'
so alerta para que encarem o Marxismo- se destaca a figura do francês Saint-Si_ e coerente sobre a sociedade e o proces_ W
Leninismo como ciência e cuidem do seu mpn (1760-1825), tentaram explicar as ' so histórico. Isso ocorreu porque estu- -*
aprimoramento teórico e ideológico. revoluções burguesas dos séculos XVII e davam a sociedade de maneira idealista. ^ \
XVIII ocorridas na Europa contra o feu- Ou seja, buscavam a explicação para os,-
Muitos pensadores sociais, filósofos ,
dalismo, do ponto de vista da luta de ' fenômenos históricos nas idéias,nos pon
historiadores e economistas pré^roarxis*-
classes, indicando que tais revoluções' tos de vista jurídicos, filosóficos, re_^*
tas desempenharam um papel positivo na
eram o resultado da revolta das camadas
preparação do terreno para a elaboração ligiosos, morais, artísticos 7 na cons-'^>
pobres contra a aristocracia feudal. Os
de uma teoria científica sobre a socie^ ciência social. Segundo esta concepção' ^
economistas ingleses Adam Smith e David
dade. Nas suas obras filosóficas e so «• idealista, as relações sociais se trans
Ricardo descobriram os vínculos existen
ciológicas aparecidas no período de de- formam â proporção que muda a consciên-
tes entre a divisão da sociedade burgue
senvolvimento da ciência social que pen- cia social.
sa em classes e os interesses econômi -
demos chamar de sociologia prê-marxista. JQ
cos. O filósofo alemão Hegel (1770-183]} Além disso, estes pensadores não enxer-
podemos encontrar importantes" estudos '
« &'^ sebre o desenvolvimento da humanidade, representante iráxiiio da corrente filosõ gavam mais do que os aspectos externos, to
w
k
^y^y«gsEssBR.ku^!fcV^'«grBa^

a superfície da vida social. Para eles' tórico constitui uma verdadeira viragem dade produtiva dos bens materiais é a ' ^
o motor da historia não são as oontradi revolucionária no pensamento social. Lê mais importante atividade social dos ho-
ppa ções sociais objetivas, o sujeito da T
história não são as'massas populares. E
nín disse que"o materialismo histórico'
de Marx foi a maior conquista do pensa-
mens e analisando o mecanismo das rela-
ções de produção Marx descobriu as leis
les viam a narcha dos aoont^ciirentos go mento científico". Marx fez a grande ' objetivas do desenvolvimento social. As
vernada pelas paixões, sentirentos e opi_ descoberta de que as idéias dos homens' sim,ele fugiu â descrição superficial '
niões dos homens, sem mergulhar fundo ' nao surgem espontaneamente, casualmente, dos fenômenos históricos. Estudandcros'
nas causas que determinam o próprio ' nem caem do céu, mas são, em última ins cientificamente, viu o encadeamento lõ-r
surgimento dos sentimentos e das opini- tância, reflexo do ser social.Lênin as- gico entre esses fenômenos e o papel de
ões. Despe modo, eles descreviam a his- sinalou qua Marx chegou a tal conclusão cisivo das massas populares na história
tória como uma sucessão de fatos ocasio "destacando dos diversos campos da vida
nais, sem ligação uns com os outros, re social o campo eoonómioo, destacando de Marx e Engels afirmaram em suas Teses'
duzindo a historia a uma biografia dos todas as relações sociais as relações' sobre Peuerbach; !' Os filósofos se limi
"grandes" homens. de produção como relações fundamentais, taram a interpretar o mundo de diferen^
de primeira ordem, que determinam todas tes maneiras; o que imoorta é transfor-
as demais". mã-lo".
A MAIOR ^VITORIA DA CIÊNCIA SOCIAL
Com efeito, o materialismo histórico '
Para Marx as relações de produção cons-
Marx, valendo-se das contribuições lega não teve importância apenas para a ex •?
tituem o fundamento da sociedade e têm' plicação científica da história e dos '
das pela Filosofia Alemã, pelo Socialis existência objetiva independente da '
mo Utópico Francês e pela Economia PolT fenômenos sociais. Ele serve como base'
consciência social, das idéias dos h o — teórica do socialismo científico e do
tica Inglesa e criticando oom rigor os mens. Por isso, o materialismo históri-
desvios -dessas correntes de pensamento, irovimento revolucionário do proletaria-
co tem como fundamento o reconhecimento do. 0 materialismo histórico argumenta '
elaborou genialmente a concepção mate - de que o ser social é o dado primeiro ,
rialista da história, que se converteu' teoricamente a indispehsabilidade da der
enquanto a consciência social é o dado' roçada do capitalismo e da vitória do
em arma afiada do proletariado nascente secundário determinado pelo ser social.
e permitiu a explicação científica da socialismo. Fornece os elementos para a
Isto não significa negar a importância' formulação dos objetivos programáticos'
vida social, a correta interpretação da e o papel ativo que as idéias desempe -
história e a previsão de seu desenvolvi do Partido do proletariado,, dos' princí-
nham no processo histórico, mas situa - pios estratégicos e táticos de sua luta
mento faturo. Pela primeira vez na his- -Ias partindo de uma visão materialis- revolucionária. 0 materialismo históri-
tória a filosofia se converteu numa con ta. "Não ê a consciência dos homens que sr«
co aponta a inevihabilidade da revolu -
cepção de mundo da classe oprimida e ex
olorada e se colocou a serviço de sua '
determina a sua existência, mas, pelo '
contrário, sua existência social deter-
cão proletária, parteira da história ,
que abrirá o caminho ao surgimento de '
o \$
completa emancipação.
da r r u i
Assim o surgimento do materialismo his-
mina sua consciência" (Marx e Engels) .
Partindo da constatação de que a ativi-
um novo estágio de desenvolvimento
humanidade - o socialismo e o cxomunisma Ei
i—

y
pr Le^ct /U /SOM ImuM Á OA ^K^n^tuta^GA de f4wtíu**&'
^j
Jornal da Ww.flr, ?.$llh0 oo

•o
p r . u CONSTRUÇÃO 1>E CEUBJVS PORTES E NUMEROSAS NAS FABRICAS. CAMPO. BAIRROS E ESCOIAS -z.
oi
£
Jorrei da ,

CÉLULA

Wè.3.ir,-p. sa-VéO s

LU
O

*Expediente 2
*Fortalecer o Partido^
i recrutar mais opera
rios de vanguarda.... 3
*Coluna das Fábricas..5
*Agitação e Propaganda
Tarefa Permanente e
Criativa 6 continue escrevendo para o JC continue escrevendo
*Agenda & Correspondên para o JC continue escrevendo para o JC continue
cia 7 escrefePAPA NÓS ISSO É MUITO IMPORTANTE para o JC
*ABC dò Socialismo...-9 continue escrevendo para o JC continue escrevendo
| para o JC continue escrevendo para o JC continue

<M EXPEDIENTE
JORNAL DA CÉLULA N 9 6 - oVgâo do CR de SP do PC do Brasil
0 JC se propõe a ser um instrumento de dirigentes e militantes na importante ta
refa do crescimento do Partido, da criação, fortalecimento e consolidação das ce
lulas, principalmente nas fábricas. Em suas páginas trataremos desses problemas.
Para que tenha conteúdo vivo e prático, e indispensável que as células relatem '
as experiências concretas de seu funcionamento, os problemas que emperram o cres_
cimento, etc. Assim, as experiências, positivas ou negativas enriquecerão o con~
junto do Partido.
Os comitês e responsáveis pela organização devem cuidar da rápida chegada do JC
as células, bem como auxiliá-las na discussão do jornal e na escrita de eventuais
artigos.
I/Cmbramos aos camaradas que os artigos devem ser curtos.Não e necessário ter"es-
tilo", mas relatar experiências. As cartas devem ser remetidas ao CR, através '
dos comitês. E* útil debater a carta na célula, procurando refletir a experiência
coletiva dos camaradas.
Jorro! da
CELUIA r
**•***, g-Si/tf
FORTMECERO PA
Hoje. os comunistas t ê m u m amplo c a m p o
de ação na p r ó p i i a classe. A í , p o r t a n t o , deve ser concentrado o
nosso t r a b a l h o de c o n s t r u ç ã o d o Partido. Nada pode justificar
a falta de r e c r u t a m e n t o de proletários urbanos e rurais, p i i n -
c i p f l l m e n t e nos Estados mais desenvolvidos d o p o n t o de vista
capitalista. Só uma visão defensiva o u equivocada d o m o m e n -
to p o l í t i c o que atravessamos ou d o caráter de classe d o Partido
impede que- m e l h o r e m o s a composição social de nossas fileiras.

Essas sao palavras do Informe de Organização do 69 Congresso do Par


tido. Sao extremamente atuais.
São Paulo ê o estado* mais industrializado do país. Aqui se concen -
tra a maior quantidade de operários, além de contar com um grande
número de "boias-frias", que são os operários do campo.
A batalha que estamos travando por um Partido forte e numeroso é in
separãvel disso.Recrutar novos militantes hoje é, MAIS DO QUE TUDO,
recrutar esses homens, mulheres e jovens que com o seu suor constro
em e mantêm esse nosso Brasil.
Esse é o xis do problema do crescimento. Por quê?
Porque os comunistas sabem que ê no interior das fabricas que resi-
de a força principal do nosso movimento. A grande produção
capitalista disciplina e "educa" os operários, impulsionando
-os para a luta mais decidida contra o atual estado de coi -
sas. Os operários da cidade e do campo tendem instintivamen-
te para se organizarem para a luta contra a tirania e a o-
pressão, que conhecem do seu dia a dia.
Porque são precisamente os operários, capitaneados pelo setor mais
combativo, numeroso e experiente - os METALÚRGICOS - que
mais lutam na atual situação. "Onde ha fumaça há fogo", diz
o ditado popular. Onde há luta dos operários desenvolve-se a
consciência i política e a consciência da necessidade de.se
. organizar. E os operários se organizam nos sindicatos e asso
ciações, nas comissões de fábrica e de grevistas, e também
no seu partido de classe. Aí, portanto, deve estar o PC do
Brasil.
Porque a política dos comunistas é a que mais corresponde aos ansei
os operários. É a classe operária a mais interessada na der-
rubada do^regime militar e na conquista da liberdade políti-
ca. Essa é precisamente a proposta central dos comunistas na
presente situação. Para sermos conseqüentes, então, é preci-
so promover o casamento da nossa política com uma maioria de
operários nas nossas organizações partidárias. É preciso
crescer a partir dos operários.

ESTREITAR OS LAÇOS COM A VIDA DOS OPERÁRIOS


"A questão da composição social operária de nosso Partido reflete '
sempre o grau de ligação do Partido com a classe" (69 Congresso).
Ainda é.insuficiente nossa ligação com a classe, nossa convivência'
com os operários. Particularmente e débil a atividade permanente '
nos sindicatos. Muitos acontecimentos cotidianos que envolvem a
Jcxnalda ,

CÉLULA
V ^ - i . i r , (xjrV/é
classe se passam sem a intervenção organizada dos comunistas devido
a essa debilidade.
Todo comunista deve vestir integralmente a camiseta de bom sindica-
lista. Devemos ser os melhores sindicalistas. Comparecer ã sede e
subsede, sindicalizar novos companheiros e, principalmente, levar a
atividade sindical para dentro das fábricas.
Hoje, esse campo é muito amplo e promissor. Estão em curso eleições
sindicais dos metalúrgicos da capital, S. Bernardo e^Campinas. Sao
os três principais centros operários do Estado. Também em Suzano e
Santo André há eleições de outras categorias. É nessa batalha que
levamos aos operários o debate político sobre a situação_da classe'
e sobre as formas e meios de melhorá-la. Nessas circunstâncias,^to-
dos devem se engajar na batalha, cada qual com sua tarefa específi-
ca.
ESSE Ê 0 CHAMAMENTO DO PC DO BRASIL: PELA VITÓRIA_DA UNIDADE DA
CLASSE OPERÁRIA NA LUTA CONTRA 0 GOVERNO, OS PATRÕES E AS FOR -
ÇAS DIVISIONISTAS! QUE A ATUAL CAMPANHA APROFUNDE OS LAÇOS DE
LIGAÇÃO DO PARTIDO COM A CLASSE E COM A VIDA SINDICAL!

"Como se mantêm a disciplina do partido revolucio-


nário do proletariado? Como pode ser comprovada?Co
mo pode ser reforçada?
Primeiro, pela consciência de classe da vanguarda'
proletária e por sua fidelidade ã revolução, por '
sua tenacidade, abnegação e heroísmo. Segundo, por
sua capacidade de vincular-se, de estabelecer o ma
is estreito contato e, digamos assim, de fundir-se,
em certa medida, com as mais amplas massas de tra-
balhadores, em primeiro lugar com o proletariado ,
mas também com as massas trabalhadorasnao proletá
rias. Terceiro, pela acertada orientação política'
que essa vanguarda exerce, pelo acerto de sua es •»
tratêgia e sua tática políticas, sempre que as am-
plas massas se tenham convencido, por experiência'
própria* de que são acertadas. Sem estas condições
ê impossível conseguir disciplina em um partido re
volucionãrio verdadeiramente capaz de ser o partT
do da classe avançada, cuja missão ê derrubar a '
burguesia e transformar toda a sociedade. Sem es -
tas condições, inevitavelmente se malogram todas '
as intenções de implantar a disciplina e terminam'
em fraseologia. Por outro lado, estas condições '
não podem surgir de golpe. Sõ se formam mediante '
esforços prolongados e uma dura experiência.Forjar
essa^disciplina é facilitado por uma teoria revolu
cionãria acertada que, por sua vez, não é um dog-
ma, senão que adquire sua forma definitiva sõ em
estreita vinculação com a atividade pratica de um
movimento verdadeiramente de massas e verdadeira -
iicnte revolucionário".
LÊNIN- 0 esquerdismo.doença
infantil do comunis-
mo - 1920
JbmolcJa , -.

CELUIA uAÍ , ,

J\AAM COLUN/4 DAS B4BROS


experiências na construção do partido
Quando começamos a trabalhar numa grande empresa, a primeira coisa a fazer ê
conhece-la, o que não ê fácil e leva algum tempo. A minha principal preocupa
çao foi fazer um mapa interno da fábrica, procurando saber quais eram as se-
ções, quais delas eram prioritárias para a produção, onde estavam localiza -_
dos os banheiros, refeitórios e vestiários, que são os locais onde o pessoal
normalmente fica na hora das refeições. Procurei também saber quais os horá-
rios de entrada, saída e lanche; onde estavam localizados os serviços essen-
ciais como energia elétrica, caixa d'água, casa de máquinas, compressores,ge
radores, etc. tma outra questão importante é saber qual o trajeto dos ônibus
que transportam os operários, de que bairro provêm.
Depois veio a fase do conhecimento dos companheiros: fiz um levantamento das
últimas lutas travadas a nível interno ou a nível de toda a categoria, o
grau de participação da massa e os resultados. O que mais me impressionou '
foi a organização prõpria que já existia e a disciplina com que os oompanhei^
ros se organizavam . Parte deles tinha por base o sindicato e outra parte se
constituía na chamada oposição sindical, que inclusive tinha finanças pró -
prias. Ficou desde logo evidente para mim que aquela divisão não ajudava a
luta. Mas quando se tratava de uma luta geral, a necessidade obrigava a que'
todos se unificassem. Outro dado interessante foi constatar a grande influên
cia de nosso Partido, quer através das idéias e mesmo através das referên -
cias de massa, inclusive a minha. Isto facilitou a princípio minha ligação '
com a comissão de oposição, mas ao mesmo tempo fui me ligando ao sindicato ,
combatendo as idéias e práticas atrasadas e divisionistas.
Não tenho dúvidas de que o Partido jogou um papel importante na coesão dos
trabalhadores. Naquela época estávamos saindo da clandestinidade. O recruta-
mento levava um grande espaço de tempo para se efetivar. Mas fui descobrindo
que os companheiros tinham e têem menos restrições a nossas idéias do que po
de parecer. Hoje, em tese, mais de cem companheiros na minha fábrica admitem
sua condição de comunistas.Muitos companheiros admitem ser do Partido, mas '
ainda receiam se organizarem, por medo da repressão interna e externa. Mui -
tos deles, companheiros novos, ajudam mais e na hora dos embates decisivos '
se destacam mais!,do que alguns camaradas com mais tempo de Partido. A difi -
culdade é como organizar o trabalho. Quando são apenas três ou quatro numa '
célula isso é fácil, mas quando são 20 ou 30 fica mais difícil, porque você
deixa de ter laços de amizade para ter laços políticos. Além disso salvo ra-
ras exceções, os militantes não lêem os materiais partidários. Mesmo os que
lêem só o fazem parcialmente.
Acho que existe üm certo distanciamento nosso da vida dos companheiros, em
muitos casos. É normal entre eles se visitarem, formarem núcleos de amigos,'
freqüentar bares, forrós, jogar dominó, ir a passeios, jogar futebol e outios
esportes. Muitas vezes acho que temos restrições quanto ã discussão de fute-
bol, mas já encontrei muitos piqueteiros valentes que são torcedores fanáti-
cos deste ou daquele time.
Para concluir a vida tem demonstrado que é possível construir o Partido den-
tro da fábrica, que os operários estão abertos para as idéias do socialismo.
Mas temos que desenvolver um grande esforço organizativo e educativo, adap -
tar nossas formas de organização, conhecer melhor a vida dentro das fábricas,
nos integrar mais com nossa classe, fazer a ligação fábricy-sindicato e Par-
tido.
V-
Jornal da

CELUIA

AGITAQÍO E ÜK)PAG1NDA:

TARE&4 PERMANENTE E C R I M N k
[Um bom trabalho de agitação e propagan-
\da reflete a ligação entre o Partido e
\as massas e ê inseparável de todo o tra
\balho de mobilização de massas.
Assim, ele deve ser regular e permanen-
te. Esforçar-se por sintetizar e escla-
recer a questão central das lutas que <•'
são travadas. As palavras de ordem do '
Partido jogam esse papel, ajudam a mas- tíU-rr*

sa a avançar e aumentam nossa interven-


•ção nas lutas.

Temos os mais variados meios de agita -


ção e propaganda ao nosso dispor. Neste*
mês saíram a revista teórica e o jornal
A Classe Operária, em formato de jornal.
É preciso fazer os planos de trabalho '
com esse material. Além deles, esforçar^
-se por difundir mais o jornal de mas -
sas, como orientador e unificador da po_
litica do Partido.

Nessa questão dos meios e formas, levar


em conta que devemos realizar a agita -
çao e propaganda de forma viva e com •;'
criatividade. Jã está sendo pensada por
alguns comitês do Partido a iniciativa'
de carros de agitação e propaganda. Com
Kombis, com Trailers ou mesmo com uma
"carroça", essa iniciativa se presta pa
ra uma presença mais constante nas por-
tas de fábricas, sendo um importante
ponto de apoio e referencia para o tra-
balho partidário no interior dessas fá-
bricas.
agenda & Correspondência

Nosso Partido aqui na região está implantado nas grandes industrias.


Estamos enviando um breve relato de como isso se deu na principal
dessas indústrias. O primeiro elemento contatado foi através do
jornal de massas, numa assembléia da categoria. 0 pessoal do jornal
foi até a casa 'desse companheiro conversar e assim surgiu nosso .^
primeiro militante. Além de manter o trabalho com o jornal e enviar
o novo camarada para a atividade^ sindical, os dirigentes do Partido
na cidade lançaram-se na promoção de palestras e debates sobre
diversos ternas* convidando operários. Dai ê que surgiram novos
camaradas, constituindo assim a célula do Partido na fabrica.
Nossas formas de organização sao bastante variadas, dependendo muito
do momento. As reuniões geralmente são feitas nas horas de almoço,_
nos banheiros, nos vestiários, nos bares em intervalos de reuniões
sindicais e na beira do rio na hora da pescaria. 0 importante e que
cada camarada e- simpatizante do Partido recebe sempre os materiais
e os mais politizados estão sempre discutindo com os operários os
problemas da fábrica e apontando as saldas.
Na ultima campanha salarial fomos postos ã prova. Tivemos um saldo
bastante positivo no que se refere ao recrutamento. Com um diretor
sindical e uma base de mais de 3.300 operários, conseguimos levar a
operação tartaruga em toda a fábrica. Tínhamos operários militantes
e grupos de operários sob direção de nossos camaradas nas duas alas
mais numerosas jda fábrica. Nestas duas alas, dois camaradas sem
estabilidade na> empresa assumiram junto com o camarada diretor
sindical a direção da luta. Quando terminaram as negociações esses
camaradas foram reconhecidos pelos operários como verdadeiras
lideranças. Isto vai nos ajudar muito na arrancada para um Partido
grande, pois desta vez já estamos arrancando para outras indústrias.

'•':••' Re JB

As duas cartas deste número do JC provêm de operários, o que muito


nos alegra. São experiências valiosas de constução partidária, que
precisamos estudar. O Partido está em luta permanente. O esforço
maior e para construirmos sólidas organizações de base nas fábri-
cas. Pela carta acima, temos a certeza de que os operários vao com-
preendendo cada vez mais rapidamente que a arma mais preciosa que
possuem é a organização.Das formas mais variadas, por diversos cami
nhos, o fim ê Um só: o esforço para ir consolidando as células do
Partido, vencendo a dificuldade do trabalho desorganizado e disper-
so.. Assim, é necessário reunir periodicamente a célula, dar um ba-
lanço da atividade e traçar um claro plano de trabalho onde todos e
cada um tenham claro as tarefas que lhes cabem.

)
Jornal da e

8 CELUIA

COMO INGRESSEI NO PC DO BRASIL

Toda vez que havia alguma noticia de teor político e social na TV


alguns colegas de seção as comentavam e davam sua3 opiniões. Eu
observava com muita atenção os debates mas procurava não interferir
muito, pois por inexperiência acabava sempre concordando com as
idéias dos outros. Eu era (e sou) uma pessoa comum, que só pensa em
trabalhar, comer, dormir, divertir, enfim, viver a vida como ela e
(ou como Deus quer).
Numa ocasião, ingressou na firma um novo funcionário em nossa seção.
Ele era dedicado trabalhador e de certa forma tímido - como todo
funcionário novo. Comecei a admirá-lo pelas posições que ele assumia
e que, por sinal, às vezes batiam com as minhas. Outro fato também
chamou a minha atenção - em certas conversas bobas, como por ^exemplo
futebol, religião, mulher, etc. ele encaixava posições ideológicas
e políticas, que despertavam bastante curiosidade. Isso chamou a
minha atenção e a de outros colegas, que participavam como
espectadores. Logo ele despontou como um autêntico líder, sempre
disposto a colaborar com os outros que tinham dúvidas ou problemas^
de todo tipo. Sendo assim, comecei a indagar a ele sobre as posições
políticas não só dele como a dos outros e as minhas.
Começou então a me passar material partidário e a me convidar com
certa insistência a participar das reuniões sindicais. Passado certo
tempo, confiqndo na minha pessoa, se declarou comunista. Fiquei
ainda mais curioso e o alertei sobre certos colegas que poderiam
traí-lo. Ele me contou historias revolucionárias de outros países,
falou-me da guerrilha do Araguaia. Ensinou-me o que era socialismo,
capitalismo, mais-Valia, etc. Comecei a entender coisas que jamais
pensaria algum dia saber. Falou-me com grande entusiasmo da Albânia.
Comecei a fincar entusiasmado quanto ao fato de algum dia vir a ser
comunista - {que faria? Como seria? Enfim, comecei a ficar bastante
agoniado. Mas quando ele me contou a história do Partido, suas
lutas, vitorias e derrotas, sobre a perseguição do regime, ai então
me identifiquei com o Partido.
Ele passava muitos materiais partidários que ãs vezes até me davam
raiva, simplesmente pelo fato de não estar acostumado a ler! Me
cobrava se tinha lido e cheguei até a enganá-lo dizendo que sim.
Passando o tempo, comecei a sentir necessidade de ler aquilo. Fui
sentindo que mais dia menos dia seria convidado a participar das
fileiras do PC do Brasil. Não deu outra. Na realidade, eu já me
sentia do Partido independentemente de pertencer ou não a ele. Foi
dentro do Partido que aprendi a ser militante consciente e que sei
que ainda falta muito para mim.

V.

r
JtXTOlCfa #

CÉLULA <<,*-. MT, p. S1&


í1
o>cs d l
(tf TJ - P w ítf
i
(tf
•p
to 3
fl)
to
I I
3 -H
13 TJ
I
O I
O O i - i 111 <D O Pi
o 3 JC tO d> g g
<u co D1 O 13 0) rtf
Ti O a, to e e «a na -P
«• C 0)
O O to d) T J
-H to a>
S-i tn (tf d) o u rtf
• H -H I «o O 0) CniH H
d) u TJ (tf -P (tf o to CO
g to 3 *H (tf T i • H O W •H 0) 0)
-H d) (tf Q) -p (tf Ti P J H rtf 3
i>V LO CO 3 V H a> (tf (tf >H <
C V H <D C» Çh U -H -H O H g to
r H 3 5V, m O O 5-1 r-l •
u
3
0»(tf tn 3 O a o i o o a a o
m G >-i «5
O (tf
tO
o E
-p
LO
-P g
oi
•H o
w
m>
Oi
to t n (tf g
-d (tf
to <U ,Q
O 31
D (tf

G » d a)
10 •• o 10 J-l
a> d) »(tf O (tf o a> tu •T3 »0 3
r** T! O £ (tf • -P -P o to -P (tf
<y (tf rH O -H CO V) r H CL.X) (tf O -H <
tfl Q T I 3 to to c
• O 5-l»<l>
TJ ai - P s »o a) a> (tf a) eu (0 eu (tf CQ t ( t f •
- nj -H VH to to -P to T3 rH g t5 (tf eu C 3
to ü U f t o to (tf w -M <+-. O -H
o H O (tf - ^ H K 1 C (tf -P -H > O - ^ -H M
«H TS to d> -H tu rH 3 (tf -H •a s: u a
3 d) o s< t n x : E ü .H g T3
-P T I
i i a ] CO l 1 C|H I
O «3iC O) o ' W O to
(tí rtf| (0 *XJ cs cs o
a) Cr- o to »co >%
o H O tt)
0) ü o
8' ^ g a Pd - (tf
VH
Ou
(tf
ífcíír •.'£ ü O M tu o 10 -H
•H»(tf c "CJ C0*O C g O (tf to O g O O ü O
o n o o *ri rQ to cs 10) O) rtf X 0) -P G
o (tf 10 O CJ nj (tf XJ 1
5-1 13 -H<0)
to a. o CO o T ) -H g tJ g (tf O T)
E CQ E o O (tf LO • 2 O O C g
Pu (tf O (tf cs
g «4-1 -P
<tf - H to
co
CS P> f ,
E - ^ ca
CS + i
CO tO -P
0) 0)
I O M tO
CO - H (0
(tf C g Q -H O -P
> G tU
3 to + i 4J ü
\cU
-P
c
U -P O - r i ?H t - i
co C5 O U (tf g to CU 10 o
(tf rrl R CS C> ' r j t o 'XS •H g O -P ca T I to (tf ü
CUO»CU 3 +^ O -Q O Q T3 • tü o ^ X l
S r-i f , O "XS +i ítf (tf O -p (0 0) o
» O O O CS O «w • r i O (0
pi E
d) • to
+i O

g (tf co to
«J
O
to ca
«0
• 3 O. cs
CO
3»(tf ítf M g CS
t n j-i -p O 3
•H 0) (tf
S 5-1 T3 -p
(tf to CO to
ca

O 4-> ^ - . O O O C j cs o J-i a> •H D. tu O (tf to •^


>V8», _'3
X I W *t» * 3 3 c 0) 13 •H c
SpíJ • H ss Cíl-ri cs CS t - i v XX O E 0) (tf • H •P - H £ cs
í'r, I O G cs •• -v» to 3 o .tf o m rH 3
H 3 5 ; O •XS^O Cr 0) O E (tf c 1(S 0) tO (tf E
4) g 4-> s a, O T3 -P O) (0 c C o
•v» O c» T3 (tf C •H g rH 3 -P -H O
a. üo <XJ
o cs *-» C T 3 d) r
CS to CO "M
ítf <U g tn ra
d)
E ft, C O rH tó
CJ ca CO " r » 3 -H -H 5-1 > (tf M 0) CU CO o
5s eu E -P ü > 3 ca Ê -P D"' (tf (tf T3
co tn 3
1 •H c I O I I tU I I to (tf I
« c o OlO
O C rH O O rH x : O
H 0 o<a> o •uH
c o c 1 o >
(tf -H C (tf (tf
m o to t n
-H tu c Xi

m
5"-, v.

<?•••
r* ítf •
Di s
(tf CO
SO, (tf
-p
H
H
U
•• H
LO
Oj
ü
c
g
^ •t» O
OJ +^ >
o
(tf "XJ ^
0
tn H (tf (tf o
-H 3
r-t ' J 10 (tf ü 10
tU -H
o rH rH
0) ftf 0) 0.<CU -H •• (tf tn
G g
rH
o
>
ü
3

(tf
w
tn-H
c g o

tu
(0
u o
t)

o O •H > ^ d) 5-t
M CO r-
TI o a C4H CU-H T3 -H 10 (tf (tf •H 01 d) tu 1(0
(0 >H O g O - X rQ o
CU-H B M M a, CU
(tf V tn
m
mm
0) 3
>a gO
C O O O ü
ti
(ti
J P-. U) o a
-—•
>-
ai t 3
B ftUOCO
+>
O o o u
rHI(tf Qj CO 10
o
-H t J co CWtf Ü 10
a>»tu E
-H
CU to
(CU
O
co
(tf
G
g
d)
5-t (tf
s: d) o
-H rH
(tf
H

o
n3 O td rti 0 v. o ot 0) O 10 (d VH ítf rH tO G -H O ü <x
+J +J cr. o -u d n to o (d c (0 »(tf (tf 5-1 to •» o X
OJ CO 10 •H „•», CO co u W jCL, w <tu -H CX rH 5-1 -P (tf co ül 0)
U O 0) i ^ r^- LO <ü -H CU (l) U t n O (tf O 4-1 3 cs
U T3 «O « QJ V - , r H to O l O - P » 0 to T3 O O " S (tf rtf
<y (3 co kl •»» tO 13 O H(d) C H (tf O HO O •r» TJ
(0 (tf r- +1 r - l
cn m* 3 (tf (0 tO O U 3 to O s: tu
Cn Cl Cl a, rHOO( tfa)4Jgto -H W « rd CJ 3
o n
0) • H a QJ a> o % O -H -H U ti •P
»(tf H (d 5-1
T3 (tf T3 T3 u U '-t -H tO O rH VH rH 4-1 * tr 4-1
ítf = CJ »(tf o, c o ts o rH ftf g O g
TÍ o o CU O O to S (0
TJ G X -P to C
(D (tf LO ^ O H O O) G CU 10 (tf a g
(0 10 X) X)
<tf - H QJ -P - O - H
o o (d 5-1 (tf
•» í-l 0) g tu O H •H 5-1
- P C J t 0 g G X r o > M
(0 CJ >-( OJ (tf rH 3 3 í O - H t U M ( t f O
(d Oi O 5-1 4-1 (tf
tn > •HítU > M X t > to
•H Ittfvftf (tf P i
U O g O O C
atrtftvw*!1*
íJt: 'lOUfamiM 13tíí'm 11 ^^t^«^'<3Ji^»MÍ»vl2^,^7,^u.;'A^lt^,'ü -iáw:fattV.^liViu:gÜfatwK-itá$^ Ü8ki;k.-,tai*i:T..i:J^L'.ihvÍ!) ^ . ; . ^ . ^ ^ v ' i . : . : ^ V , . ' : J \ : ; J . N » j , ' v v ' ; ^ ^ -

do de produção burguês oferece que a sociedade vive a revolu - homem será a condiçãc para o li
a humanidade. A burguesia cria ção aberta e o proletariado es- vre desenvolvimento de todos os
as armas para sua própria des - tabelece sua dominação de clas- homens. HN
truição. se. Estas idéias foram comprova
das em definitivo com o triunfo No terceiro capítulo do Ma
E a burguesia não cria'so- nifestoj Marx e Engels criticam
mente as £__mas que devem dar- da Revolução Proletária na ve -
lhe morte. Forja também os ho- lha Rússia. A classe operária a literatura socialista e comu-
mens que-as empunharão: o prole foi ao ..poder e iniciou a cons- nista existente em meados do sé
tariado. trução do socialismo. culo' XIX. Combatem o socialismo'
reacionário, o socialismo con-
0 proletariado ê formado No segundo capítulo do Ma- servador burguês e o socialismo
pelos homens que só vivem se en nifesto - "Proletários e Comu - e o comunismo utópicos. Este ca
contram trabalho. E só encon- nistas"- Marx e Engels declaram pítulo dá base segura para que
tram trabalho com a condição de que o objetivo imediato dos co- se analise criteriosamente as
aumentar o capital da burguesia munistas é a conquista do poder diversas correntes oportunistas
Os operários recebem somente o político pela classe operária, e revisionistas hoje existentes.
necessário para sobreviver e e o fim da dominação burguesa. Todas negam a luta de classes
criar outros seres humanos para Mostram que os seus i,nteresses ou o papel revolucionário do
serem explorados. Tudo mais que não se separam da conjunto do proletariado.
é produzido pertence ã burgue - proletariado; pelo contrário,
sia. são os comunistas que defendem No último capítulo - "Ati-
0 proletariado, organizado os interesses comuns da classe tude dos comunistas com respei-
para produzir em grandes fábri- revolucionária. São os mais re- to aos diferentes partidos de £
cas, entra em choque inicialmen solutos na luta de classes, ten posição"- Marx e Engels traçam
te contra o burguês individual do visão do movimento em geral. o eixo da atividade prática dos
e, ã medida que se multiplicam Têm a convicção científica de comunistas: lutar para alcançar
e intensificam estas lutas, vai que ao proletariado somente in- os objetivos e interesses ime-
se unindo como uma classe anta- teressa como solução final a diatos da classe operária, mas
gônica ã classe burguesa. Só e- destruição da propriedade bur - ao mesmo tempo defender, dentro
le é verdadeiramente revolucio- guesa, da propriedade privada. do movimento atual, o futuro
nário. As demais classes tendem Visam o proletariado no poder, desse movimento.
a desaparecer com o desenvolvi- tomando medidas que irão fazer
mento da grande industria. 0 com que as diferenças de classe Com todas estas idéias, o <. 5 &.<

proletariado é a única classe desaparaçam. 0 proletariado no Manifesto do Partido Comunista $ OsÉ


que tem por objetivo acabar com poder acabará no futuro com a ê o documento de cabeceira de' 4
n~u i
todo o modo de produção existen dominação de uma classe sobre todo operário consciente. Não 1— 1
te. Portanto tem que destruir a outra, e de uma nação sobre ou- se pode dizer marxista aquele -& i— si
propriedade privada e tudo que tra. A humanidade chegará ao que não procura estudar e apro- >h
assegura sua existência. Esta ponto em que a condição para o fundar as idéias contidas neste
y
necessidade chega a um grau em livre desenvolvimento de cada documento V

. \
tf - í

Você também pode gostar