Você está na página 1de 34

Álgebra Linear

Determinante e Matriz Inversa


Prof. Carlos Alexandre Mello
cabm@cin.ufpe.br

Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello


cabm@cin.ufpe.br 1
Conceitos Preliminares
• Considere o sistema ax = b, a ≠ 0.
• A solução para este sistema é x = b/a
• Observe que o denominador está associado à matriz
dos coeficientes do sistema
• Em um sistema 2x2 teríamos:
x1 = b1a22 – b2a12
a11x1 + a12x2 = b1
a11a22 – a12a21
a21x1 + a22x2 = b2
x2 = b2a11 – b1a21
a11a22 – a12a21
Denominadores
Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello iguais
cabm@cin.ufpe.br 2
Determinante
• Quando nos referimos ao determinante, isto é, ao
número associado a uma matriz quadrada A = [aij],
escreveremos
 det A ou |A| ou det[aij]
• Então:
 det[a] = a
 det a11 a12 = a11 a12 = a11a22 – a12a21
a21 a22 a21 a22

 det[A3x3] = a11 a12 a13 = ....


a21 a22 a23
a31 a32 a33
Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
cabm@cin.ufpe.br 3
Determinante 3x3
1 2 1
det  2 1 1  = (1 × 1 × 2 + 2 × 1 × 1 + 1 × 2 × 1 ) −
 1 1 2 
1 2 1
2 1 1
1 1 2
1 2 1
2 1 1

Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello


cabm@cin.ufpe.br 4
Determinante 3x3
1 2 1 
det 2 1 1 = (1×1× 2 + 2 ×1×1 + 1× 2 ×1) −
1 1 2
− (2 × 2 × 2 + 1×1×1 + 1×1×1)
1 2 1
2 1 1
1 1 2
1 2 1
2 1 1
Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
cabm@cin.ufpe.br 5
Determinante 3x3
1 2 1 
det 2 1 1  = (1×1× 2 + 2 × 1× 1 + 1× 2 ×1) −
1 1 2
− (2 × 2 × 2 + 1×1× 1 + 1×1×1) = 6 − 10 = −4
1 2 1
2 1 1
1 1 2
1 2 1
2 1 1

Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello


cabm@cin.ufpe.br 6
Determinante
• Definição: Permutação é o ordenamento de um
grupo de objetos, em que a ordem na qual estes
objetos estão dispostos, faz diferença.
• Exemplo: (1, 2, 3)
– Permutações: {(1, 2, 3), (1, 3, 2), (2, 1, 3), (2, 3, 1), (3, 1, 2),
(3, 2, 1)}

Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello


cabm@cin.ufpe.br 7
Determinante
• Definição: Dada uma permutação dos inteiros 1, 2,
..., n, existe uma inversão quando um inteiro precede
outro menor do que ele.
• Exemplo: 1, 2, 3
Permutação no. de inversões inversões
(1 2 3) 0 -
(1 3 2) 1 (3 e 2)
(2 1 3) 1 (2 e 1)
(2 3 1) 2 (2 e 1) e (3 e 1)
(3 1 2) 2 (3 e 1) e (3 e 2)
(3 2 1) 3 (3 e 2), (3 e 1) e (2 e 1)

Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello


cabm@cin.ufpe.br 8
Determinante
• Exemplo: 1, 2, 3, 4
Permutação no. de inversões inversões
(3 2 1 4) 3 (3 e 2), (3 e 1) e (2 e 1)
(4 3 2 1) 6 (4 e 3), (4 e 2), (4 e 1)
(3 e 2), (3 e 1) e (2 e 1)

Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello


cabm@cin.ufpe.br 9
Determinante
• Considere o determinante de:
a11 a12 a13
det a21 a22 a23
= a11a22a33 – a11a23a32 – a12a21a33
a31 a32 a33 + a12a23a31 + a13a21a32 – a13a22a31

Observe que:
1) temos, no resultado, cada parcela da forma a1ia2ja3k,
onde i, j, k são todas as permutações de 1, 2, 3:
(1, 2, 3), (1, 3, 2), (2, 1, 3), (2, 3, 1), (3, 1, 2), (3, 2, 1)
2) o sinal é negativo quando a permutação tem um
número ímpar de inversões.

Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello


cabm@cin.ufpe.br 10
Determinante
• Definição: det[aij] = Σρ(-1)Ja1j1a2j2...anjn, onde J = J(j1, ...,
jn) é o número de inversões da permutação (j1,j2...,jn)
e ρ indica que a soma é estendida a toda as n!
permutações de (1 2... n)
• OBS:
 Se J é par, (-1)J = 1; se J é ímpar (-1)J = -1
 Em cada termo do somatório, existe um e apenas um
elemento de cada linha, e um e apenas um elemento de
cada coluna da matriz

Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello


cabm@cin.ufpe.br 11
Determinante
• Propriedades:
 Se todos os elementos de uma linha ou uma coluna de
uma matriz A são nulos, então det(A) = 0
 det(A) = det(A’)
 Se multiplicarmos uma linha da matriz por uma constante,
o determinante fica multiplicado por esta constante

0 1 5 0 1 5
  
det  3 − 6 9 = 3 det  1 − 2 3
2 6 1 2 6 1
Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
cabm@cin.ufpe.br 12
Determinante
• Propriedades:
 Uma vez trocada a posição de duas linhas, o determinante
muda de sinal

0 1 5  3 − 6 9
  
det  3 − 6 9 = − det 0 1 5
2 6 1 2 6 1
 O determinante de uma matriz que tem duas linhas ou
colunas iguais é zero

Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello


cabm@cin.ufpe.br 13
Determinante
• Propriedades:
 O determinante não se altera se somarmos a uma linha
outra linha multiplicada por uma constante
 det (A.B) = det(A).det(B)
 det(A + B) ≠ det(A) + det(B), mas:

a11 …. a1n a11 ... a1n a11 ... a1n


… … … … … …
det bi1+ci1 …. bin + cin = det bi1 …. bin + det ci1 …. cin
… … … … … …
an1 …. amn an1 …. amn an1 …. amn

Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello


cabm@cin.ufpe.br 14
Determinante
Desenvolvimento de Laplace
• Vimos que:
a11 a12 a13
det a21 a22 a23
= a11a22a33 – a11a23a32 – a12a21a33
a31 a32 a33 + a12a23a31 + a13a21a32 – a13a22a31

= a11(a22a33 – a23a32) – a12(a21a33 - a23a31) + a13(a21a32 –a22a31)


a22 a23 a a23 a a22
= a11.det a32 a33
- a12.det a21 a33
+ a13.det a21 a32
31 31

Observe o padrão do determinante…

Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello


cabm@cin.ufpe.br 15
Determinante
Desenvolvimento de Laplace

a11 a12 a13


a22 a23 a21 a22 a23
= a11.det
a32 a33 a31 a32 a33

a11 a12 a13


a21 a23
- a12.det a21 a22 a23
a31 a33
a31 a32 a33

a21 a22 a11 a12 a13


+ a13.det a31 a32 a21 a22 a23
a31 a32 a33

Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello


cabm@cin.ufpe.br 16
Determinante
Desenvolvimento de Laplace

• Assim, det A = a11∆11 + a12∆12 + a13∆13


• Onde
 ∆ij = (-1)i+j|Aij| = cofator
 e Aij é a submatriz da matriz inicial, retiradas a i-
ésima linha e j-ésima coluna
• Para matrizes de ordem n:
 det Anxn = Σj=1n aij ∆ij

Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello


cabm@cin.ufpe.br 17
Determinante
Desenvolvimento de Laplace

• Exemplo:
1 -2 3
|A| = 2 1 -1 = -2.∆12 + 1.∆22 + (-1)∆32
-2 -1 2

….

Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello


cabm@cin.ufpe.br 18
Determinante
Desenvolvimento de Laplace

• O desenvolvimento de Laplace é uma fórmula


de recorrência que permite calcular o
determinante de uma matriz de ordem n, a
partir dos determinantes das submatrizes
quadradas de ordem n-1

Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello


cabm@cin.ufpe.br 19
Matriz Adjunta
• Dados todos os possíveis cofatores de A (∆ij),
podemos montar uma matriz cujos elementos
são esses cofatores (A)
 Lembrando que ∆ij = (-1)i+j|Aij|
• A matriz adjunta de A e a transposta da matriz
dos cofatores de A
 ( A )’
• Teorema: A.A’ = A.(adj A) = (det A).In
Adjunta de A Matriz identidade
Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
cabm@cin.ufpe.br de ordem n 20
Matriz Inversa
• Definição: Dada uma matriz quadrada A de
ordem n, chamamos de inversa de A a uma
matriz B tal que A.B – B.A = In, onde In é a
matriz identidade de ordem n
 Escrevemos A-1 para indicar a inversa de A

Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello


cabm@cin.ufpe.br 21
Matriz Inversa
• Exemplo: Se A = 6 2 , encontre a inversa
de A 11 4
 Ou seja, queremos encontrar

a b
A-1 =
c d
 tal que A.A-1 = A-1.A = I3

Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello


cabm@cin.ufpe.br 22
Matriz Inversa

6 2 a b = 1 0
11 4 c d 0 1

Temos assim: Resolvendo o sistema


6a + 2c = 1 encontramos:
6b + 2d = 0 a=2
11a + 4c = 0 b = -1
11b + 4d = 1 c = -11/2
d=3
Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
cabm@cin.ufpe.br 23
Matriz Inversa
• Observações:
 Se A e B são matrizes quadradas de mesma
ordem, (AB)-1 = B-1.A-1
 Se A é uma matriz quadrada e existe uma matriz B
tal que BA = I, então A é inversível e B = A-1
 Nem toda matriz tem inversa

0 2
0 1
Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
cabm@cin.ufpe.br 24
Matriz Inversa
• Teorema: Uma matriz quadrada A tem inversa
se, e somente se, det A ≠ 0
 A-1 = (1/det A).(adj A)
• Exemplo: 6 2
11 4

• Exemplo: 6 2
12 4
Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
cabm@cin.ufpe.br 25
Procedimento para Inversão de
Matrizes

(A : I) → (I : A-1)
• Exemplo
2 1 0 0
A= 1 0 -1 1
0 1 1 1
-1 0 0 3

Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello


cabm@cin.ufpe.br 26
Procedimento para Inversão de
Matrizes
• Exemplo
2 1 0 0 1 0 0 0
1 0 -1 1 0 1 0 0
0 1 1 1 0 0 1 0
-1 0 0 3 0 0 0 1

Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello


cabm@cin.ufpe.br 27
Procedimento para Inversão de
Matrizes
• Exemplo (cont.)
1 0 -1 1 0 1 0 0
2 1 0 0 1 0 0 0
0 1 1 1 0 0 1 0
-1 0 0 3 0 0 0 1
L2 = -2.L1 + L2
L3 = L3
L4 = L1 + L4

Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello


cabm@cin.ufpe.br 28
Procedimento para Inversão de
Matrizes
• Exemplo (cont.)
1 0 -1 1 0 1 0 0
0 1 2 -2 1 -2 0 0
0 1 1 1 0 0 1 0
0 0 -1 4 0 1 0 1

L1 = L1
L3 = -1.L2 + L3
L4 = L4

Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello


cabm@cin.ufpe.br 29
Procedimento para Inversão de
Matrizes
• Exemplo (cont.)
1 0 -1 1 0 1 0 0
0 1 2 -2 1 -2 0 0
0 0 -1 3 -1 2 1 0
0 0 -1 4 0 1 0 1

L3 = -1.L3
L1 = L3 + L1 L4 = L3 + L4
L2 = -2.L3 + L2

Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello


cabm@cin.ufpe.br 30
Procedimento para Inversão de
Matrizes
• Exemplo (cont.)
1 0 0 -2 1 -1 -1 0
0 1 0 4 -1 2 -2 0
0 0 1 -3 1 -2 -1 0
0 0 0 1 1 -1 -1 1

L4 = L4
L1 = 2.L4 + L1 L3 = 3.L4 + L3
L2 = -4.L4 + L2

Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello


cabm@cin.ufpe.br 31
Procedimento para Inversão de
Matrizes
• Exemplo (cont.)
1 0 0 0 3 -3 -3 2
0 1 0 0 -5 6 2 -4
0 0 1 0 4 -5 -4 3
0 0 0 1 1 -1 -1 1

Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello


cabm@cin.ufpe.br 32
Exercícios Sugeridos
• 4
• 6
• 8a
• 9a
• 12

Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello


cabm@cin.ufpe.br 33
A Seguir...
• O Espaço… Vetorial

Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello


cabm@cin.ufpe.br 34

Você também pode gostar