Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Materiais de
construção I
1
10cm
2
3
m2
m1 1
θ
t
Elaborado por:
Ana Sofia Cruz, nº 13156
Docentes:
Teórica - Fernando Henriques
Prática - Fernando Pinho
2002/2003
Pilar – Elemento vertical, esbelto e resistente.
1
Cofragem – Molde para fazer vigas (muito caras)
2
Ensaio para determinação da massa volúmica e de massa
específica (método da pesagem hidrostática):
m
massa volúmica =
m sat − m im
3
→ quanto menor é o volume de vazios de um corpo maior é a sua
compacidade
→ a densidade aparente é proporcional à compacidade ⇒ a
resistência mecânica é função crescente da densidade aparente
→ compacidade e porosidade têm valores complementares
→ um exemplo de um material de porosidade fechada
é o poloestireno expandido, cujo nome comercial é Ar
esferovite.
N. B.:
→ Quando mais poroso um material é menor a sua resistência
mecânica e vice-versa.
→ Quanto maior a compacidade maior a resistência mecânica e
vice-versa.
→ O betão é um pécimo isolante térmico pois tem muita água.
→ O esferovite é um óptimo isolante térmico, pois tem muitos
poros.
N. B.:
→ O ligante das juntas tem que ter uma grande porometria, de
modo a absorver o mínimo de água possível.
→ As paredes têm que ser permeáveis ao vapor de água, pois só
assim conseguem secar após uma chuvada.
4
Condutibilidade térmica – característica específica dos materiais
homogéneos. Traduz a capacidade do material se deixar atravessar
por calor.
N. B.:
→ O betão aguenta muita compressão e pouco tracção, pelo que se
colocam varões de aço na zona que o betão está à tracção, de
modo a complementar a acção do betão.
N. B.:
→ quando estamos em regime elástico há proporcionalidade entre
tensões e deformações, ou seja, verifica-se a Lei de Hooke:
σ = E × ε , E- módulo de elasticidade dinâmica do material, é
característico de cada material. Corresponde à tensão capaz de
provocar uma deformação unitária
→ o aço corrente rompe após uma longa fase plástica, ou seja, o
material deforma-se muito antes de romper
→ em termos de segurança seria preferível usar apenas materiais
dúcteis, pois eles avisam-nos antes de romper, em contra
partida, ao usá-los perdemos capacidade de resistência a
cargas elevadas.
5
→ a compressão actua no sentido da tracção atómica, daí que não
se rompa o material por compressão, pois se assim
acontecesse era necessário quebrar as ligações
atómicas. A compressão provoca uma diminuição de
volume numa determinada direcção e aumento nas
outras, este aumento de volume induz esforços de
tracção nas faces correspondentes, acabando o material por
romper por tracção induzida e não por compressão pura ⇒
Efeito de Poisson .
→ se o corpo tiver dimensões tais que o plano de corte possa
acontecer a 45º, ele vai romper preferencialmente por esse
plano, pois é ao longo dele que o esforço traccional é maior
→ quando 1 viga está simplesmente apoiada, não estando ligada à
laje nem aos pilares, ala está apenas sujeita a tracção e
compressão. No entanto, se a viga estiver bem agarrada à laje,
se esta descer de um dos lados a viga roda com a laja, mas se
esta também estiver ligada aos pilares a viga irá torcer
→ quando estamos a pregar 1prego a força transmite-se por
tensão e se esta ultrapassar a capacidade resistente do
material o prego penetre no material.
constante
t=0
→ é a fluência que faz com que as pontes t=t1
6
Relaxação – diminuição, no tempo, da tensão sob
deformação constante
7
Plasticidade – propriedade de não recuperar a forma quando de deixa
de efectuar uma solicitação.
8
Resistência à fadiga – a tensão de rotura diminui quando o material é
sujeito a esforços repetidos e alternados ( relevante para os aços)
9
As pedras têm grande resistência à compressão e baixa
resistência à tracção (e também à flexão). O betão tem exactamente
as mesmo características, pelo que também é considerado uma pedra,
mas pedra artificial.
Neste capitulo vamos falar de pedras naturais e do seu uso
ornamental, não nos debruçaremos sobre as suas resistências
mecânicas.
Uma vez que Portugal é um grande exportadores de pedras, as
que têm valor superior no estrangeiro dificilmente são vendidas cá.
10
→ No palácio de Sintra, em vez de se pintar as paredes (sofre
desgaste muito facilmente) aplicou-se 1 argamassa de cal e pó
de mármore que tem uma tonalidade branca. Esta argamassa é
aplicada em grossas camadas, as quais se desgastam +
lentamente que as de tinta.
11
Dureza – mede a resistência do material a compressões pontuais. Tem
a vantagem de permitir seleccionar o modo mais económico de cortar
a pedra, assim, quanto à dureza, as pedras classificam-se em:
*1 a rocha não vai ser cortada pelo aço, mas sim pelo atrito que é
criado pela areia
*2 diamante industrial
12
Há 5 métodos para a determinar a massa saturada de um
material, o que faz com que existam 5 métodos de determinação da
porosidade ou da massa específica.
- imersão progressiva
- imersão instantânea
- imersão em ebulição (em água a ferver o corpo dilata, pelo
que os seus poros ficarão maiores facilitando-se assim a
saída do ar de dentro deles)
- imersão com depressão de ar (usa-se um escicador, o qual
vai causar uma depressão no seu interior obrigando o ar a
sair dos poros, o que faz com que quando se coloca o corpo
em imersão a água penetre nos poros muito + facilmente
⇒ método + eficaz)
- imersão em água sobre pressão (aumenta-se a pressão de
forma a obrigar a água a entrar nos poros)
13
antes do ensaio começar, colocar lá água quente durante
algum tempo)
→ normalmente usa-se um pouco de papel absorvente entre o
provete e o fundo do tabuleiro, para que ele absorva
preferencialmente pela base.
→ após o ensaio faz-se um gráfico
m
14
Também são características físicas de uma pedra a massa volúmica, a
massa específica, a densidade e a compacidade, que não tendo sido
referidas neste capítulo já o foram no anterior
15
- depois do disco ter percorrido 1000m mede-se a
espessura final com um comparador ou um defletómetro.
16
Por agentes químicos da atmosfera
→ CO2
água evapora ⇒ o
bicarbonato deposita-
se novamente sob a
forma de carbonato,
formando manchas à
Rocha absorve água ⇒ rocha fica +
dissolve o carbonato de cálcio porosa ⇒
dos calcários formando-se perde
bicarbonato de sódio (instável) compacidade
Chove
17
cristalizam quando ela se evapora constituindo eflorescências, se a
evaporação é lenta, ocorrendo na superfície exterior, ou
criptoflorescências, se a evaporação é rápida, ocorrendo no interior
da pedra.
A eflorescência não tem problema,
pois limpa-se facilmente. No entanto a
criptoflorescência empurra a superfície
para fora formando barrigas ou
destacamento do revestimento.
A água só dissolve os sais, os quais não
pertencem directamente à pedra, pelo que •eflorescência
com criptoflorescência e eflorescência a •criptoflorescência
pedra não perde compacidade.
18
contudo não existem valores mínimos de utilização
→ A capacidade de polimento (desgastar a pedra até ela ter o
aspecto desejado) é directamente proporcional à resistência
mecânica e à dureza
19
→ também denominados de agregados
→ usados para fazer betões e argamassas, dado serem + baratos
do que as cimentos, diminuindo o custo da obra
→ diminuem as retracções, dado que os inertes não diminuem de
volume
20
Quanto ao modo de obtenção
- naturais (areias) – são usados tal como ocorrem na
natureza
- britados
→ os inertes surgem na natureza em grandes blocos, as
britadeiras diminuem as suas dimensões, surgindo desperdícios
que podem ser usados como areias (areias britadas)
→ inerte grosso britado = brita
→ seixo rolado = godo (natural – pedras dos rios)
21
⇒ o inerte é aceitável se a sua resistência ao esmagamento
for ≤ 45 %
22
Análise granulométrica – consiste em avaliar as dimensões das
partículas.
→ o resultado deste ensaio depende da forma dos inerte (esferas
passam + facilmente)
23
⇒ quando a pasta seca, dentro do inerte também há
cimento)
24
As que interferem fisicamente são:
- partículas de dimensões iguais ou inferiores à das
partículas de cimento que interferem na estrutura do
mineral hidratado, enfraquecendo-a
- partículas com resistência baixa
- partículas com contracções e expansões excessivas
devidas às alternativas de embebição e secagem
→ se houver pó de brita ou pó de argila a cobrir o inerte a sua
ligação ao cimento vai ser pior
→ se o inerte estiver coberto por matéria orgânica pior será a
compacidade do futuro betão, pois essas impurezas
desaparecem
→ quanto + matéria orgânica houver + tempo o betão demora a
secar
→ as impurezas provenientes de partículas finas diminuem a
resistência mecânica e aumentam a quantidade de água
necessária para fabricar o betão, pois essas partículas
requerem muita água para serem hidratadas. Este aumento da
quantidade de água usada, por si só, diminui a resistência
mecânica e aumenta a retracção do betão
→ na tecnologia do betão, partículas finas são todas aquelas que
passam no peneiro de 75 µm de abertura
25
A avaliação da quantidade de matéria orgânica é feita através
do ensaio colorimétrico:
- mistura-se o inerte com uma solução de NaOH a 3%
(emulsionaste que neutraliza total ou parcialmente o ácido
orgânico)
- espeta-se 24h
- avalia-se o teor de matéria orgânica pela cor da solução
(quanto + intensa é a cor maior é a quantidade de matéria
orgânica)
26
→ pode acontecer que 2 inertes tenham a mesmo designação sem
que tenham curvas coincidentes. Isto acontece porque estamos
apenas a retirar informação dos extremos das curvas. Para
caracterizar o que acontece no meio existe o módulo de finura
Módulo de finura – número que indica a dimensão média do inerte. Uma
boa estimativa consiste em alinhar os vários montes de inerte retido
em cada peneiro da série principal, depois excluem-se da contagem os
montes referentes à porção de finos (material que passou o peneiro nº
200 - refugo) e o material que ficou retido no peneiro nº 200. Agora
contamos os montes a partir do material mais pequeno até
encontramos o maior monte a contar do monte referente ao peneiro
nº 200. O valor exacto é dado pala soma das percentagens retidas em
cada 1 dor peneiros da série principal, com excepção do número 200 a
dividir por 100.
→ o módulo de finura é proporcional à área do gráfico definida
pela curva, pelo eixo das dimensões e pela linha dos 100%
→ ↓ área ⇒ ↓ módulo
→ quanto + para a esquerda está deslocada a curva + fino é o
inerte
→ se a curva tem 1 declive bastante acentuado o material é
poligranular (muitas partículas grossas e muitas finas)
→ se a curva é praticamente vertical o material é monogranular
(muitas partículas da mesmo dimensão)
27
Extracção do ferro no alto forno – o ferro é extraído dos seus
minérios por meio de reacções de redução, obtidas através da acção
do carbono, sob a forma de carvão. No alto-forno o minério é reduzido
a ferro metálico, a ganga (impurezas em relação ao minério) e as
cinzas são transformadas em escória e além disso o ferro absorve
metais, metalóides e não-metais que alteram as suas propriedades. O
ferro que sai do alto forno chama-se gusa e é ainda inaplicável como
material de construção. A partir da gusa de alto-forno, obtém-se 3
tipos de materiais, na percentagem de carbono que contém:
Moldagem
- extrusão – o lingote é refundido e obrigado a passar, sob
pressão, por orifícios com a forma desejada, e esfriado
- laminagem – o material é levado ao rubro e obrigado a
passar entre cilindros com espaçamentos e diâmetros
cada vez menores (fieira).
- trefilamento ou estiramento – o metal é ligeiramente
aquecido e forçado a passar por orifícios de moldagem
28
Tratamentos mecânicos – também chamados de “tratamento a frio”,
são processos que alteram as características mecânicas do aço,
nomeadamente a tenção limite de cedência e a extensão de rotura.
29
- envelhecimento artificial (30 min a
100ºC e arrefecimento à 90º
temperatura ambiente) 20º
- desdobragem de 20º
⇒ o aço é aceitável sem não fendilhar
na zona de dobragem
Configuração superficial
- lisos (sem rugosidades ou saliências)
- nervurados (com saliências) – existem nervuras
(inicialmente paralelas ao eixo do varão, mas sem ele for
endurecido a frio por torção formam um certo ângulo com
o eixo) contínuas e descontínuas
- indentados (têm uma série de cavidades tipo pneu)
→ o aço nervurado é o que tem melhor aderência ao betão
φ
10 φ 10 φ
30
- o varão só está aderente ao betão no comprimento dos
10φ, o resto do varão encontra-se numa bainha, onde não
há contacto com o betão, dentro da qual pode deslizar
livremente
- o objectivo é medir (nas extremidades) a força a partir
da qual à deslizamento do varão
31
→ A designação de ligante advém da propriedade que têm de poder
aglomerar uma porção elevada de inertes conferindo-lhe coesão
e resistência.
32
→ as várias famílias distinguem-se pela quantidade de impurezas
(argila) associada ao CaCO3
→ todos os ligantes das famílias anteriores são formados por
CaCO3 + argila
Ciclo da cal aérea – processo que serve para podermos aplicar a cal
com a forma desejada
carbonatação – endurecimento
Ca(OH)2 + CO2 ⎯
⎯→ CaCO3 + H2O
33
*2 – coloca-se a cal dentro de água, coso contrário dá-se
imediatamente uma grande explosão
Cais hidráulicas
- CaCO3: 80 a 95%
- argila: 5 a 20%
→ o aumento do teor de argila torna o ligante menos dependente
do contacto com o CO2
Cimentos naturais
- CaCO3: 60 a 80%
- argila: 20 a 40%
presa lenta ou normal - argila < 27%
presa rápida – argila: 27 a 40%
Cimentos artificiais
→ não necessitam de CO2 para solidificar, pois dão-se outra
reacções
34
Matéria prima – mistura devidamente proporcional de calcário, argila
e substâncias ricas em sílica, alumina ou ferro.
35
* - relaciona a percentagem CaO com as dos outros óxidos. Chama-se
hidráulico porque é a relação entre um componente que dá origem a
material hidrofóbico a componentes que dão origem a material
hidráulico.
36
Após a saída do arrefecedor, a cerca de 125-180ºC o clínquer é
armazenado, terminando o seu arrefecimento e entrando depois nos
moinhos de bolas, onde é moído, juntamente com aditivos – gesso –
para lhe regular a presa, e outros – pozolanas, escória de alto-forno,
etc – para lhe modificar as propriedades.
Componentes principais
3CaO.Al2O3+3(CaSO4.2H2O)+26H2O=3CaO.Al2O3.3CaSO4.32H2O
CaSO4.2H2O ≡ gesso
3CaO.Al2O3.3CaSO4.32H2O ≡ sulfoaluminato tricálcico
37
componente calor de Tensão de rotura (MPa) Resistência
hidratação 7 dias 28 dias 1 ano química
(cal/g)
silicato 120 42.5 50.0 72.5 baixa,
tricálcico necessita de
contacto com
Ca(OH)2
silicato 62 2.0 6.7 70.0 média,
bicálcico necessita pH <
12
aluminato 207* 2.0 3.4 6.7 fraca, origina
tricálcico sulfoaluminato
tricálcico
aluminoferrato 100 2.0 3.6 3.8 boa
tetracálcico
38
Mas a sua presença é necessária para se obter uma fase líquida
durante a cozedura de clínquer, o que permite a combinação de cal
com a sílica. Se não sem formasse esta fase líquida no forno a reacção
levaria muito mais tempo, e provavelmente nunca seria completa.
→ a tensão de rotura à compressão é diminuída pela perda ao
rubro, óxido de potássio, aluminoferrato tetracálcico e
aluminato tricálcico e aumenta com a percentagem de alite,
trióxido de enxofre e finura
→ calor de hidratação – quantidade de calor libertada durante a
hidratação completa dos componentes do cimento
→ a disparidade deste valor relativamente aos outros calores de
hidratação deve-se à complexidade das reacções de hidratação
dos outros componentes
39
demorar semanas, meses ou mesmo anos e como o óxido está no
estado sólido dá-se a passagem a hidróxido sem dissolução prévia, o
que torna a reacção expansiva. A expansão provoca a diminuição ou
desaparecimento da coesão.
A expansibilidade devida à hidratação da magnésia é função:
i) dimensão dos cristais e sue distribuição
ii) não presença de pozolanas, que bloqueiam a hidratação da
periclase devido à formação de tobermorites (contém no seu
interior os cristais de periclase, inibindo-a de reagir com a
água)
iii) insuficiente rapidez de arrefecimento do clínquer
A primeira causa pode resolver-se.
- aumentando o grau de finura do cru
- diminuindo o módulo de fundentes e então a periclase
dissolve-se no aluminoferrato tetracálcico e na fase
vítrea
- empregando no cru adjuvantes com base no flúor
→ a presença da periclase e de óxido de cálcio livre pode ser
detectada pelo ensaio de expansibilidade
40
o conjunto é colocado dentro de água durante 24h a 20 +
1ºC (para acelerar a presa)
mede-se o afastamento inicial das astes
eleva-se a temperatura até 100ºC durante uma hora
(1.25ºC por minuto), mantendo-se esta temperatura
durante 3h
deixa-se arrefecer e mede-se o afastamento final das
astes
a diferença entre as duas medições representa a
expansão do cimento
⇒ o cimento é aceitável sem a expansibilidade < 1cm
41
Presa – passagem do estado líquido ao estado sólido, ou melhor,
rigidificação da pasta de cimento
42
Há vários métodos para determinar a dimensão média das
partículas, vamos usar um (método de Blaine) que se baseia na
permeabilidade de uma camada de partículas. Este método baseia-se
no facto de a existência ao escoamento de um gás através de uma
camada de pó compactado até um certo volume, com porosidade
conhecida, depender da superfície específica das partículas a o
compõe o pó. A granulometria do cimento é então calculada
indirectamente. A superfície específica dá-nos uma ideia da dimensão
média das partículas
→ ↓ dimensão ⇒ ↑ superfície dos grãos ⇒ ↑ atrito ⇒ ↑
dificuldade de passagem
43
o ensaio de elasticidade é efectuado antes ou em simultâneo
com o ensaio de compressão
44
Pozolanas – produtos naturais que ocorrem nas erupções vulcânicas,
muito leves (tipo pedra polmes moída), era, na antiguidade, o único
composto que permitia fazer compostos hidráulicos
45
Pozolanas artificiais – argilas de qualquer tipo depois de sujeitas a
temperaturas suficientes para a desidratação, mas inferiores ao início
da fusão (500 a 600ºC). Outra pozolanas artificiais são os
subprodutos de industrias, como as cinzas volantes
Tipos de gesso
→ gesso para estuque – gesso branco resultante do
tratamento térmico do gesso bruto branco ou amarelo
utilizando utilizado em mistura com cal ou outro
retardador
46
→ gesso para esboço – gesso escuro ou pardo resultante de
tratamento térmico normal proveniente do gesso bruto
escuro, com granulometria mais elevada do que o gesso de
estuque, para ser utilizado sobre esboço de paredes
executado com argamassa de cal e areia
47
→ a adição de água diminui a resistência mecânica.
Propriedades do gesso
→ tem considerável resistência mecânica
→ a sua característica mais importante é a protecção contra
incêndio
Isolamento térmico
→ o isolamento térmico é tanto maior quanto mor a condutibilidade
térmica do material
- o gesso é mau condutor de calor
→ o isolamento térmico não é só função do material, também
depende das espessura: ↑ espessura ⇒ ↑ isolamento, como
usamos apenas uma fina camada de gesso, a sua contribuição é
modesta
48
Isolamento acústico
- contribuição baixa devido ao seu baixo peso
Aderência
- é em geral boa, mas diminui com o tempo
- a sua aderência ao ferro é muito boa, mas quando sem dá
início a esta ligação ocorre de imediato a corrosão do
ferro, pelo que nestas circunstâncias se deve aplicar um
tratamento protector ao ferro
- a aderência à madeira é má
Resistência à húmidade
- é má, provocando ocasionalmente queda do estuque
→ se devidamente tratado, o gesso pode ser utilizado no exterior,
aplica-se-lhe uma camada que dificulte a chegada da água ao
gesso, por exemplo tinta (tinta de óleo, de preferência)
Aplicações do gesso
- estuques
- placas para tecto falsos – estafe (placas armadas com
fibras de cizal (planta))
- o estafe está a ser substituído por gesso cartonado (em
placas com 1 a 1.25cm de espessura)
→ as fibras de cizal no estuque aumentam a sua resistência à
flexão
→ o facto de o gesso ter má resistência à tracção faz com que se
prefira o gesso cartonado, pois o cartão tem uma elevadíssima
resistência à tracção
→ pladur – marca de gesso cartonado, frequentemente associada
ao produto (tal como a marca esferovite para o poliestireno
expandido)
→ o cartão do pladur não propaga incêndio, pois está colada à outra
superfície, funciona como alcatifa esticada
49
- a matéria prima base de todos os produtos cerâmicos é a
argila (silicato de alumínio hidratado – SiO2.Al2O.2H2O),
que é usada, preferencialmente, na sua forma mais pura
- existem argilas gordas (ricas em alumina) e magras (ricas
em sílica)
- quanto ao teor de impurezas, as argilas dividem-se em:
puras: caulinite, caulino >80%
impuras
→ dividem-se em:
- vitrificáveis (maior teor de sílica): formam uma
camada vítrea quando aquecidos
- fusíveis (com óxido de ferro e sílica): adquirem uma
cor alaranjada devido ao óxido de ferro
50
- calcários (1 a 5%): funcionam como fundentes e
solidificantes
- óxido de ferro: a água dissolve-os e transporta-os para
onde possa evaporar, provocando eflorescência e
criptoflorescência
- matéria orgânica: a qual se degrada provocando a perda de
compacidade
- pedras grossas: a ida ao forno provoca dilatações na
matéria cerâmica, a qual é menor nas pedras, ficando
estas soltas lá dentro
51
Fases da cozedura
- 100 a 120ºC: evaporação da água e aparecimento de
porosidade
- 250º a 600ºC: dissociação das moléculas de SiO2 e Al2O3
- 600 a 1200ºC: combinação da SiO2 e da Al2O3 com o CaO,
ocorrendo grande retracção (são as reacções mais
importantes, pois conferem resistência mecânica ao
composto)
- 1200 a 166ºC: fusão das argilas calcárias
52
↗ saída de ar
quente (gases)
entrada de ar ↗
frio (oxigénio)
Tipos de tijolos
- tijolos maciços: furação < 15% - usam-se essencialmente
com funções resistentes
53
resistente, já que embora os vazios
diminuam a sua área resistente,
facilitam a cozedura e portanto a
resistência unitária
Aplicações
- Paredes simples – ¼ vez, ½ vez, 1vez – designações que
indicam a espessura da parede. Se usarmos tijolos furados
estas designações não estão relacionadas com a posição,
mas sim com a dimensão.
vista em planta (exemplo para tijolos 22 x 11 x 7):
- ¼ de vez (tijolos são colocados ao alto ou ao
cutelo) 7
- ½ vez 11
22
- 1 vez
54
- paredes duplas: são formadas por dois panos de alvenaria
sem contacto físico. Na base têm uma caldeira que drena
a água para o exterior e permite a entrada de ar
55