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Matéria 

e Energia 

MATÉRIA 

Matéria é tudo o que tem massa e ocupa um lugar no espaço, ou seja, possui volume. 
Ex.: madeira, ferro, água, areia, ar, ouro e tudo o mais que imaginemos, dentro da definição acima. 

Obs.: a ausência total de matéria é o vácuo. 

CORPO 

Corpo é qualquer porção limitada de matéria. 
Ex.: tábua de madeira, barra de ferro, cubo de gelo, pedra. 

OBJETO 

Objeto é um corpo fabricado ou elaborado para ter aplicações úteis ao homem. 
Ex.: mesa, lápis, estátua, cadeira, faca, martelo. 

ENERGIA 

Energia é a capacidade de realizar trabalho, é tudo o que pode modificar a matéria, por exemplo, 
na sua posição, fase de agregação, natureza química. È também tudo que pode provocar ou 
anular movimentos e causar deformações. 

FORMAS DE ENERGIA 

ENERGIA CINÉTICA 

Energia cinética é a energia associada ao movimento e depende da massa (m) e da velocidade (v) 
de um corpo. 

É calculada pela expressão: 

E = m.v 2 

ENERGIA POTENCIAL 

É aquela que se encontra armazenada num determinado sistema e que pode ser utilizada a 
qualquer momento para realizar uma tarefa. 

Existem dois tipos de energia potencial: a elástica e a gravitacional.

· A energia potencial gravitacional está relacionada com uma altura (h) de um corpo em 
relação a um determinado nível de referência. 

É calculada pela expressão: Epg = p.h ou Epg = m.g.h

· A energia potencial elástica está associada a uma mola ou a um corpo elástico.
É calculada pela expressão: 

Epe = k.x 2 

K= Constante da mola (varia para cada tipo de mola, por exemplo a constante da mola de um 
espiral de caderno é bem menor que a constante da mola de um amortecedor de caminhão) 

X= Variação no tamanho da mola 

ENERGIA MECÂNICA TOTAL 

A energia mecânica total de um corpo é constante e é dada pela soma das energias cinética e 
potencial. 

É calculada pela expressão: Em = Ec + Ep 

Obs.: No Sistema Internacional de Unidades (SI), a energia é expressa em joule (J). 

Obs II.: Existem outra formas de energia: energia elétrica, térmica, luminosa, química, nuclear, 
magnética, solar (radiante). 

LEI DA CONSERVAÇÃO DA ENERGIA 

A energias não pode ser criada nem destruída. Sempre que desaparece uma quantidade de uma 
classe de energia, uma quantidade exatamente igual de outra(s) classe(s) de energia é (são) 
produzida(s). 

CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS 

A partir das noções de matéria e energia, podemos classificar os sistemas em função da sua 
capacidade de trocar matéria e energia com o meio ambiente. 

SISTEMA ABERTO 

Tem a capacidade de trocar tanto matéria quanto energia com o meio ambiente. 
Ex.: água em um recipiente aberto (a água absorve a energia térmica do meio ambiente e parte 
dessa água sofre evaporação). 

SISTEMA FECHADO 

Tem a capacidade de trocar somente energia com o meio ambiente. Esse sistema pode ser 
aquecido ou resfriado, mas a sua quantidade de matéria não varia. 
Ex.: Um refrigerante fechado. 

SISTEMA ISOLADO 

Não troca matéria nem energia com o sistema. 

Obs.: a rigor não existe um sistema completamente isolado.
Ex.: um exemplo aproximado desse tipo de sistema é a garrafa térmica. 

PROPRIEDADES DA MATÉRIA 

Propriedades são determinadas características que, em conjunto, vão definir a espécie de matéria. 

Podemos dividi­las em 3 grupos: gerais, funcionais e específicas. 

PROPRIEDADES GERAIS 

São propriedades inerentes a toda espécie de matéria.

· Massa: é a medida da quantidade de matéria. 

Obs.: é importante saber a diferença entre massa e peso. O peso de um corpo é a força de atração 
gravitacional sofrida pelo mesmo, ou seja, é a força de atração que o centro da terra exerce sobre 
a massa dos corpos. O peso de um corpo irá varia em função da posição que ele assumir em 
relação ao centro da terra, enquanto a massa é uma medida invariável em qualquer local. Em 
Química trabalhamos preferencialmente com massa.

· Extensão: é o espaço que a matéria ocupa, o seu volume.
· Inércia: é a propriedade que os corpos têm de manter o seu estado de movimento ou de 
repouso inalterado, a menos que alguma força interfira e modifique esse estado. 

Obs.: a massa de um corpo está associada à sua inércia, isto é, a dificuldade de fazer variar o seu 
estado de movimento ou de repouso, portanto, podemos definir massa como a medida da inércia.

· Impenetrabilidade: duas porções de matéria não podem ocupar, simultaneamente, o 
mesmo lugar no espaço.
· Divisibilidade: toda matéria pode ser dividida sem alterar a sua constituição, até um certo 
limite ao qual chamamos de átomo.
· Compressibilidade: sob a ação de forças externas, o volume ocupado por uma porção de 
matéria pode diminuir. 

Obs.: de uma maneira geral os gases são mais compressíveis que os líquidos e estes por sua vez 
são mais compressíveis que os sólidos.

· Elasticidade: Dentro de um certo limite, se a ação de uma força causar deformação da 
matéria, ela retornará à forma original assim que essa força deixar de agir.
· Porosidade: a matéria é descontínua. Isso quer dizer que existem espaços (poros) entre 
as partículas que formam qualquer tipo de matéria. Esses espaços podem ser maiores ou 
menores, tornando a matéria mais ou menos densa. 

Ex.: a cortiça apresenta poros maiores que os poros do ferro, logo a densidade da cortiça é bem 
menor que a densidade do ferro. 

PROPRIEDADES FUNCIONAIS 

São propriedades comuns a determinados grupos de matéria, identificados pela função que 
desempenham. 
Ex.: ácidos, bases, sais, óxidos, álcoois, aldeídos, cetonas.
PROPRIEDADES ESPECÍFICAS 

São propriedades individuais de cada tipo particular de matéria. 

Podem ser: organolépticas, químicas ou físicas. 

I­ ORGANOLÉPTICAS 

São propriedades capazes de impressionar os nossos sentidos, como a cor, que impressiona a 
visão, o sabor, que impressiona o paladar, o odor que impressiona o nosso olfato e a fase de 
agregação da matéria (sólido, líquido, gasoso, pastoso, pó), que impressiona o tato. 

Ex.: água pura (incolor, insípida, inodora, líquida em temperatura ambiente) 

barra de ferro (brilho metálico, sólida) 

II­ QUÍMICAS 

Responsáveis pelos tipos de transformação que cada matéria é capaz de sofrer. Relacionam­se à 
maneira de reagir de cada substância. 

Ex.: oxidação do ferro, combustão do etanol. 

III­ FÍSICAS 

São certos valores encontrados experimentalmente para o comportamento de cada tipo de matéria 
quando submetidas a determinadas condições. Essas condições não alteram a constituição da 
matéria, por mais diversas que sejam. As principais propriedades físicas da matéria são:

· Pontos de fusão e solidificação 

São as temperaturas nas quais a matéria passa da fase sólida para a fase líquida e da fase líquida 
para a sólida respectivamente, sempre em relação a uma determinada pressão atmosférica. 

Obs.: a pressão atmosférica (pressão exercida pelo ar atmosférico) quando ocorre a 0° C, ao nível 
do mar e a 45° de latitude, recebe o nome de pressão normal, à qual se atribuiu, 
convencionalmente, o valor de 1 atm. 

Ex.: água 0° C; oxigênio ­218,7° C; fósforo branco 44,1° C 

Ponto de fusão normal: é a temperatura na qual a substância passa da fase sólida para a fase 
líquida, sob pressão de 1atm. Durante a fusão propriamente dita, coexistem essas duas fases. Por 
isso, o ponto de solidificação normal de uma substância coincide com o seu ponto de fusão normal.

· Pontos de ebulição e condensação 

São as temperaturas nas quais a matéria passa da fase líquida para a fase gasosa e da fase 
gasosa para a líquida respectivamente, sempre em relação a uma determinada pressão 
atmosférica. 

Ex.: água 100° C; oxigênio ­182,8° C; fósforo branco 280° C.
Ponto de ebulição normal: é a temperatura na qual a substância passa da fase líquida à fase 
gasosa, sob pressão de 1 atm. Durante a ebulição propriamente dita, coexistem essas duas fases. 
Por isso, o ponto de condensação normal de uma substância coincide com o seu ponto de ebulição 
normal.

· Densidade 

é a relação entre a massa e o volume ocupado pela matéria. 

Ex.: água 1,00 g/cm 3 ; ferro 7,87 g/cm 3 .

· Coeficiente de solubilidade 

É a quantidade máxima de uma matéria capaz de se dissolver totalmente em uma porção padrão 
de outra matéria (100g, 1000g), numa temperatura determinada. 

Ex.: Cs KNO3  = 20,9g/100g de H2O (10° c) 

Cs KNO3  = 31,6g/100g de H2O (20° c) 

Cs Ce2(SO4)3  = 20,0g/100g DE H2O (0° c) 

Cs Ce2(SO4)3  = 10,0g/100g DE H2O (25° c)

· Dureza 

É a resistência que a matéria apresenta ao ser riscada por outra. Quanto maior a resistência ao 
risco mais dura é a matéria. 

Entre duas espécies de matéria, X e Y, decidimos qual é a de maior dureza pela capacidade que 
uma apresenta de riscar a outra. A espécie de maior dureza, X, Risca a de menor dureza, Y. 
Podemos observar esse fato, porque sobre a matéria X, mais dura, fica um traço da matéria Y, de 
menor dureza. 

SUBSTÂNCIA  DUREZA  SUBSTÂNCIA  DUREZA 


TALCO  01  FELDSPATO  06 
GIPSITA  02  QUARTZO  07 
CALCITA  03  TOPÁZIO  08 
FLUORITA  04  CORÍNDON  09 
APATITA  05  DIAMANTE  10

· Tenacidade 

É a resistência que a matéria apresenta ao choque mecânico, isto é, ao impacto. Dizemos que um 
material é tenaz quando ele resiste a um forte impacto sem se quebrar. 

Observe que o fato de um material ser duro não garante que ele seja tenaz; são duas propriedades 
distintas. Por exemplo: o diamante, considerado o material mais duro que existe, ao sofrer um forte 
impacto quebra­se totalmente.
· Brilho 

É a capacidade que a matéria possui de refletir a luz que incide sobre ela. Quando a matéria não 
reflete luz, ou reflete muito pouco, dizemos que ela não tem brilho. Uma matéria que não possui 
brilho, não é necessariamente opaca e vice­versa. Matéria opaca é simplesmente aquela que não 
se deixa atravessar pela luz. Assim, uma barra de ouro é brilhante e opaca, pois reflete a luz sem 
se deixar atravessar por ela. 

AS FASES DE AGREGAÇÃO DAS SUBSTÂNCIAS 

FASE SÓLIDA 

A característica da fase sólida é a rigidez. As substâncias apresentam maior organização de suas 
partículas constituintes, devido a possuir menor energia. Essas partículas formam estruturas 
geométricas chamada retículos cristalinos. Apresenta forma invariável e volume constante. 

FASE LÍQUIDA 

A característica da fase líquida é a fluidez. As partículas se apresentam desordenadas e com certa 
liberdade de movimento. Apresentam energia intermediária entre as fases sólida e gasosa. 
Possuem forma variável e volume constante. 

FASE GASOSA 

A característica da fase gasosa é o caos. Existem grandes espaços entre as partículas, que 
apresentam grande liberdade de movimento. É a fase que apresenta maior energia. Apresenta 
forma e volume variáveis. 

MUDANÇAS DE FASES DAS SUBSTÂNCIAS 

O estado de agregação da matéria pode ser alterado por variações de temperatura e de pressão, 
sem que seja alterada a composição da matéria. Cada uma destas mudanças de estado recebeu 
uma denominação particular:

· Fusão: é a passagem da fase sólida para a líquida.
· Vaporização: é a passagem do estado líquido para o estado gasoso. 

Obs.: a vaporização pode receber outros nomes, dependendo das condições em que o líquido se 
transforma em vapor. 

Evaporação: é a passagem lenta do estado líquido para o estado de vapor, que ocorre 
predominantemente na superfície do líquido, sem causar agitação ou o surgimento de bolhas no 
seu interior. Por isso, é um fenômeno de difícil visualização. 

Ex.: bacia com água em um determinado local, roupas no varal. 

Ebulição: é a passagem rápida do estado líquido para o estado de vapor, geralmente obtida pelo 
aquecimento do líquido e percebida devido à ocorrência de bolhas. 

Ex.: fervura da água para preparação do café.
Calefação: é a passagem muito rápida do estado líquido para o estado de vapor, quando o líquido 
se aproxima de uma superfície muito quente. 

Ex.: Gotas de água caindo sobre uma frigideira quente.

· Sublimação: é a passagem do estado sólido diretamente para o estado gasoso e vice­ 
versa. 

Obs.: alguns autores chamam de ressublimação a passagem do estado de vapor para o estado 
sólido.

· Liquefação ou condensação: é a passagem do estado gasoso para o estado líquido.
· Solidificação: é a passagem do estado líquido para o estado sólido. 

Observe o esquema abaixo: 

DIFERENÇA ENTRE GÁS E VAPOR 

VAPOR: Designação dada à matéria no estado gasoso, quando é capaz de existir em equilíbrio 
com o líquido ou com o sólido correspondente, podendo sofrer liquefação pelo simples 
abaixamento de temperatura ou aumento da pressão. 

GÁS: Fluido, elástico, impossível de ser liqüefeito só por um aumento de pressão ou só por uma 
diminuição de temperatura, o que o diferencia do vapor. 

Alexandre

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