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1.

ESTUDO DA MATÉRIA E LEIS PONDERAIS


Matéria

Matéria é tudo o que tem massa e ocupa um lugar no espaço, ou seja, possui volume.
Ex.: madeira, ferro, água, areia, ar, ouro e tudo o mais que imaginemos, dentro da definição acima.
Obs.: a ausência total de matéria é o vácuo.

Corpo

Corpo é qualquer porção limitada de matéria.


Ex.: tábua de madeira, barra de ferro, cubo de gelo, pedra.

Objeto

Objeto é um corpo fabricado ou elaborado para ter aplicações úteis ao homem.


Ex.: mesa, lápis, estátua, cadeira, faca, martelo.

Energia

Energia é a capacidade de realizar trabalho, é tudo o que pode modificar a matéria, por exemplo, na sua
posição, fase de agregação, natureza química. È também tudo que pode provocar ou anular movimentos e
causar deformações.

1.1.MATÉRIA E ENERGIA

O conceito de matéria

No estudo da Ciência, a composição do Universo é dividida em duas entidades – matéria e


energia. De acordo com o método cientifico, devemos realmente admitir que pode haver no
Universo algo mais além da matéria e da energia, mas até agora a Ciência não encontrou
este componente. A matéria inclui os materiais que formam o Universo: as rochas, a água, o
ar e a multiplicidade de coisas vivas. Tudo que é sólido liquido ou gasoso é uma forma de
matéria.

Classificar algo como matéria não significa, entretanto, que conheçamos a natureza
real da matéria. Sabemos que os químicos desdobram a matéria para determinar seus
constituintes, e o físico deseja saber o que mantém tais constituintes unidos; mas as
partículas fundamentais e as leis da matéria parecem ser sempre um desafio.

A melhor maneira de adquirir um conceito de matéria é trabalhar com ela e descrever


suas várias formas. Uma descrição não é uma definição no sentido real da palavra, mas
reduz uma idéia abstrata a termos bem concretos.

Propriedades da matéria

As propriedades são usadas para descrever a matéria. Ao descrevermos uma pessoa, por
exemplo, referimo-nos às suas propriedades: sua altura, aparência, disposição, habilidades;
semelhantemente, todas as espécies de matéria apresentam propriedades, e do mesmo
modo que alguém pode ser identificado pela relação de suas propriedades, determinada
espécie de matéria o pode ser por intermédio de suas características. Na verdade, é mais
fácil discutir a matéria em termos de suas propriedades do que explicar a sua natureza final,

As propriedades da matéria podem ser divididas em duas categorias: as que podem


ser determinadas sem alteração essencial da substância, e aquelas que só se evidenciam
quando a substância sofre interação com outra forma de matéria.
GERAIS E ESPECÍFICAS

INÉRCIA

A última classe de propriedades, que exigem uma mudança na composição da matéria,


inclui as chamadas propriedades químicas, enquanto que as primeiras, em que não há
necessidade disto, são chamadas propriedades físicas. Por exemplo, a capacidade de uma
substância de queimar-se é uma propriedade química, enquanto que o seu ponto de fusão é
uma propriedade física.

O número de propriedades que pode ser enumerado para uma substância é


virtualmente infinito. Os manuais especializados de Física e Química dedicam centenas de
páginas ao relacionamento das propriedades de várias formas de matéria. Da mesma
maneira que existem novas facetas do caráter de uma pessoa, para as quais ela não está
alertada, os cientistas constantemente estão descobrindo novas propriedades da matéria.

Em vez de catalogar aqui as propriedades físicas da matéria com que entraremos em


contato, é melhor discuti-las à medida que forem surgindo. Mas, no estudo da Física, é
importante reconhecer o fato de que, se uma propriedade não pode ser medida e comparada
com alguma espécie de padrão, não tem utilidade para o cientista: Sem medida não pode
existir Ciência, e quanto mais precisamente se possa medir determinada propriedade, mais
completa será a descrição da matéria.

Massa e peso

Uma propriedade básica da matéria é sua massa: A massa de uma substância é a medida da
quantidade de matéria nela contida. As medidas de massa são baseadas no
quilograma/massa, que é conservado em um depósito especial no Bureau Internacional de
Pesos e Medidas, em Sèvres, próximo de Paris, na França. Em vários lugares de todo o
mundo estão guardadas duplicatas deste padrão. No Brasil acham-se guardadas na Casa da
Moeda, no Rio de Janeiro.

A massa de uma substância não varia. com a temperatura; pressão ou localização no


espaço. Um objeto com a massa de 1kg terá esta massa na Terra, na Lua, em Marte ou
quando flutuando no espaço. Mas de que maneira determinamos a massa de uma
substância? É suficiente uma comparação de tamanho com a massa padrão? Evidentemente,
não, já que os objetos podem ter o mesmo volume, mas concentrações diferentes de
matéria; um pode ser firmemente comprimido, como uma peça de metal, enquanto que
outro pode ter estrutura esponjosa.

Em lugar do volume, devemo-nos voltar para outra propriedade da matéria sua reação
às forças. Por enquanto, podemos definir uma força como algo que tende a modificar a
posição ou a direção do movimento de um objeto. Um empurrão ou um puxão é uma força, e
a matéria oferece resistência a empurrões ou puxões; quando empurramos um carro parado,
o empurrão é a força, e o automóvel resiste a ela. Se não apresentasse tal resistência, não
seria necessário o empurrão para colocá-lo em movimento. O fato de resistir mostra que o
carro é formado de matéria. A resistência da matéria a qualquer alteração de seu estado de
repouso ou movimento é chamada inércia.

A inércia se manifesta não somente quando os objetos estão parados, mas também
durante seu movimento. Uma bola de futebol em vôo continuará deslocando-se, a menos
que alguma coisa o impeça; quando interpomos a cabeça o em sua trajetória, estamos
novamente fornecendo a força necessária para levá-la ao repouso.

Isto sugere a existência de duas espécies de inércia - uma forma estacionária e outra
de movimento, mas se trata, na verdade, da mesma propriedade da matéria que se está
mostrando em circunstâncias diversas.
A inércia da matéria é a chave para a medida da massa. Se dois objetos materiais,,
inteiramente livres para se moverem; oferecem a mesma resistência a fuma dada força,
então possuem a mesma massa, isto é, contêm a mesma quantidade de matéria.

Um instrumento criado para a medida de massas por esta relação é a balança de


inércia; se uma substância ou objeto é colocado na barra horizontal desta balança, e o
sistema posto em vibração, o objeto mover-se-á para um lado e para o outro
periodicamente, e a freqüência deste movimento dependerá da massa do objeto e da rigidez
das molas. Como estas fornecem a força e a massa oferece a resistência, a balança de
inércia é independente de sua localização no espaço.

Se for conhecido o tempo de vibração de uma massa padrão, outras massas podem
ser medidas determinando-se o tempo das vibrações que ocasionam. Isto pode ser feito
locando-se em um gráfico as freqüências de várias massas conhecidas, e fazendo o mesmo
com a freqüência da massa desconhecida, ou por meio da seguinte fórmula:

na qual m1 é uma massa conhecida (inclusive a massa da plataforma da balança), m 2 a


massa desconhecida (mais plataforma), T1 o tempo para uma vibração completa (ida e volta)
de m1, e T2 o tempo correspondente para m2. Um bom método de determinar T1 e T2 é deixar
a balança oscilar 100 vezes, e dividir o tempo total por 100.

Desta experiência podemos concluir que a massa é a medida da inércia de um objeto.

Um termo que é muito confundido com massa é peso. Peso é uma medida da força
gravitacional que atua sobre uma substância. Como esta força varia com a distância entre
dois objetos, o pêlo de um corpo não é constante, e na ausência desta força será nulo, mas
sua massa permanece inalterada.

Uma unidade de força usada em Física é o newton; esta unidade não será definida de
forma completa aqui, as o importante a lembrar aqui é que o newton e o quilograma não são
unidades equivalentes. Com isto queremos dizer que é possível transformar quilogramas em
newtons, ou vice-versa, da mesma forma que transformamos metros em centímetros. Trata-
se de quantidades físicas diferentes, mas é correto dizer-se, por exemplo, que a massa de
1,0 kg 9,8 N no nível do mar.

Nas mesmas condições, os pesos de dois objetos estão na mesma razão que suas massas.
Os dispositivos mais comumente usados no laboratório de Física para medir, massas e pesos
são a balança de pratos e a balança de mola.

A balança de prato compara a força gravitacional que atua sobre dois corpos por meio
de alavancas, enquanto que a balança de mola mede esta força sobre um corpo, pela
distorção de uma mola. Desta maneira, os dois aparelhos comparam massas indiretamente,
já que as razões das massas são as mesmas que as dos pesos.

A leitura da balança de mola variará com a altitude, e nenhum dos dois dispositivos
poderá ser usado para comparar massas em um ambiente de gravidade nula. São, na
verdade, "pesadores", e não "medidores de massa", já que não medem diretamente a massa
de um objeto.

Uma propriedade da matéria Intimamente relacionada com a massa é a massa


específica, que se refere à quantidade de matéria em dado volume, e é definida como a
massa de uma substância por unidade de volume. Assim, se um corpo ocupa um volume de
15 m3 e tem a massa de 450 kg, sua massa específica é 30 kg/m 3. A fórmula matemática é
d=m/v.:
Ao se enunciar a massa específica de uma substância, é importante incluir as unidades
(quilogramas por metro cúbico, gramas por centímetro cúbico, ou qualquer outra unidade de
massa por unidade de volume), para que se possa compará-la com outros valores de massa
específica.

PESO: ACAO DA GRAVIDADE SOBRE A MATERIA

Condições da matéria

Muitas propriedades da matéria não são constantes, variando com as condições do ambiente.
Assim, a água congela quando está suficientemente fria, e ferve quando é aquecida o
necessário. Em cada caso, as propriedades físicas da água foram alteradas. Da mesma
forma, a massa especifica de um gás aumenta quando o mesmo é colocado sob pressão, e
diminui quando a pressão é reduzida.

0 ambiente da matéria é conhecido como suas condições. As condições incluem, entre


outras coisas, a temperatura, pressão, concentração (no caso de soluções) e carga elétrica.
Muitas das relações de causa e efeito que serão estudadas em Física, tanto na sala de aula
como no laboratório, dirão respeito às variações de uma propriedade de uma substância com
a mudança nas condições.

ENERGIA

O conceito de energia

A energia é ainda mais difícil de definir que a matéria. Ela não tem peso e só pode ser
medida quando está sendo transformada, ou ao ser liberada ou absorvida. Por isso, a
energia não possui unidades físicas próprias, sendo expressa em termos das unidades do
trabalho que realiza. Em outras palavras, energia é a capacidade de realizar trabalho.

Apesar de não ser definida com facilidade, a energia, em geral, é bastante perceptível,
pelo fato de estar o homem dotado de sentidos apropriados para registrarem a presença de
várias formas de energia. Nossos olhos reagem à energia luminosa, nossos ouvidos detectam
a energia sonora; nervos especiais são sensíveis à energia térmica e outros nervos nos
informam quando entramos em contato com energia elétrica.

Além das formas de energia que podem ser percebidas por meios fisiológicos, os cientistas
descobriram outras variedades, o que significou a necessidade do desenvolvimento de
instrumentos especiais de detecção e medida, para registrarem seus efeitos. Ainda mais, os
cientistas ampliaram o campo e a sensibilidade dos sentidos humanos, por meio de
dispositivos registradores especiais. Dentre as formas de energia que se enquadram nesta
categoria "extra-sensorial" estão a energia química, a energia nuclear e a energia
eletromagnética, acima e abaixo da faixa de freqüências que os seres humanos podem
perceber.

O estudo da energia é o conceito unificador da Física. Mais especificamente, o trabalho


da Física é acompanhar e medir o curso da energia ao passar de uma forma para outra, pois
as diversas formas de energia são intercambiáveis. E como a energia, da mesma maneira
que a matéria, em geral não é criada nem destruída, segue um ciclo sem principio nem fim.

Tomemos, por exemplo, a energia que gastamos em um passeio a pé. Nós a


recebemos dos alimentos que comemos,

Um exemplo de energia potencial gravitacional

A quantidade de energia no livro depende do ponto zero escolhido para a experiência, os


quais, por sua vez, a obtiveram dos nutrientes do solo e das radiações do sol; este
desenvolveu-a nas reações nucleares em seu interior, etc. Acompanhando a continuação da
marcha desta energia, a pressão de nossos pés sobre o solo aquece-o ligeiramente, e este
calor é irradiado para o espaço, ajudando a evaporar a água da terra; o. que torna possível a
chuva, etc.

Como podemos concluir, um único ciclo de energia pode cobrir um curso inteiro de
Física, e até mesmo ramificar-se em várias outras ciências.

É importante ressaltar novamente que o estudo da natureza pode ser realizado como
ciência pura e como tecnologia. A física pura trata das leis que descrevem as transformações
da energia, e a Tecnologia toma essas leis e aplica-as à vida diária. Os princípios
fundamentais da conversão da energia nuclear em elétrica fazem parte da física pura, mas a
utilização de tais princípios na produção de energia elétrica, para uso industrial ou
doméstico, enquadra-se nos domínios do engenheiro.

1.2. PROPRIEDADES E ESTADOS FÍSICOS DA MATÉRIA


Todos os corpos existentes na Terra, assim como todos existentes no Universo têm uma característica
em comum: São constituídos por matéria. O que diferencia todos os corpos do Universo portanto é o tipo
de matéria, ou seja, a concentração de cada elemento diferente existente na natureza e também seu
estado.

Os estados da matéria são cinco: sólido, líquido, gasoso, plasma e zero absoluto.

O primeiro estado da matéria é o estado sólido. Quando a matéria se encontra no estado sólido, ela tem
uma forma definida, e independentemente do recipiente em que for colocada, a matéria manterá sua
forma. Vamos pensar por exemplo em um automóvel: independentemente de o carro estar na garagem
ou em um campo aberto, seu volume será o mesmo para ambos os casos.

Para um líquido no entanto, já temos reações diferentes, o líquido assim como o sólido possui um volume
constante e fixo, sendo muito complicada sua compressão ou expansão, porém sua forma depende
unicamente do recipiente em que está contido. Se por exemplo tivermos um litro de água dentro de um
recipiente muito grande e passarmos esta água para um recipiente onde apenas caiba ½ litro, o volume
do recipiente será totalmente preenchido e ½ litro de água vazará para fora dele, no entanto o volume
total de água continuará sendo de 1 litro.

No caso gases, temos outro tipo de comportamento: os gases não tem forma definida, e ambas sua forma
e seu volume são definidos pelo recipiente que contém o gás. Se tivermos por exemplo um bulbo de aço
com duas atmosferas de pressão em seu interior e de repente reduzirmos o volume do bulbo pela
metade, de forma que sua área também seja reduzida pela metade, temos que a força é igual à pressão
sobre área, resultando assim que a nova pressão atingirá o dobro do valor, e se agora quadruplicarmos o
volume do bulbo, o gás voltará a ocupar todo o volume com uma pressão quatro vezes menor. Podemos
então concluir que um gás ocupa todo o volume dentro do qual ele é confinado.

O plasma é o caso onde a temperatura é tão alta que não existem mais átomos, mas sim apenas uma
sopa de íons, pois todos os elétrons, prótons e nêutrons foram arrancados de perto do núcleo de tão
intensa que é a agitação molecular devida à temperatura. Apesar de ser difícil a produção de plasma na
Terra devido à necessidade de compartimentos que resistam a temperaturas altíssimas, pesquisadores
acreditam que 99% de toda a matéria existente no Universo esteja sob a forma de plasma.

O zero absoluto é apenas um estado teórico, já que a temperatura de zero kelvins é impossível de ser
atingida, no entanto supõe-se que à temperatura de zero absoluto, não haveria movimento de prótons,
elétrons ou nêutrons em torno de um núcleo. Temos que entender no entanto que esta temperatura é
realmente impossível de ser atingida. A uma dada temperatura e pressão, cada substância pode ser
encontrada em um estado específico, no entanto deve ficar claro que cada substância é distinta das
outras, logo à temperatura ambiente e pressão atmosférica, coexistem os estados sólido(metais),
líquido(água), e gasoso(ar).
CARACTERÍSTICAS

Sólido:

- forças de coesão são maiores do que as de repulsão;

- apresenta retículo cristalino - forma geométrica definida;

- o movimento das partículas ocorre somente no retículo cristalino;

- são muito pouco compressíveis;

Líquido:

- as forças de coesão e repulsão se igualam;

- não apresenta retículo cristalino;

- apresenta tensão superficial;

- os líquidos podem ser comprimidos

Exs.: vidro, plástico, parafina e mercúrio metálico.

Gasoso:

- forças de repulsão maiores do que as de coesão;

- há grande expansibilidade;

- há grande compressibilidade;

- as partículas movimentam-se com grande velocidade.

Fonte: www.mundodoquimico.hpg.ig.com.br

ESTADOS FÍSICOS DA MATÉRIA


Estados da matéria, em física clássica, as três formas que pode tomar a matéria: sólida, líquida ou
gasosa. Os sólidos se caracterizam por sua resistência a qualquer mudança de forma. Em estado líquido,
a matéria cede às forças tendentes a modificar sua forma. Os gases não oferecem nenhuma resistência à
mudança de forma e muito pouca às alterações no seu volume.

Líquidos, substâncias em um estado da matéria intermediário entre os estados sólido e gasoso. As


moléculas dos líquidos não estão tão próximas quanto as dos sólidos, mas estão menos separadas que
as dos gases. Caracterizam-se por uma resistência à fluidez chamada viscosidade. São caraterísticos de
cada líquido o ponto de ebulição, o ponto de solidificação e o calor de vaporização (o calor necessário
para transformar em vapor uma determinada quantidade do líquido).
Evaporação, conversão gradual de um líquido em gás, sem que ocorra ebulição. Em temperaturas abaixo
do ponto de ebulição, é possível que moléculas individuais tenham energia suficiente para escapar da
superfície e passar para o espaço acima, na forma gasosa. O processo oposto é a condensação. A
passagem de sólido a gás chama-se sublimação.

Sólido, estado físico da matéria, em que as amostras conservam sua forma e tamanho. Os sólidos
apresentam uma distribuição regular das partículas atômicas.

Cristal, porção homogênea de matéria com estrutura atômica ordenada e definida e com forma externa
limitada por superfícies planas e uniformes, simetricamente dispostas. Os cristais formam-se quando um
líquido torna-se lentamente um sólido. Esta formação pode resultar do congelamento, do depósito de
matéria dissolvida ou da condensação direta de um gás em um sólido. O estudo do crescimento, forma e
geometria dos cristais chama-se cristalografia. Existem seis sistemas cristalinos, caracterizados pelo
comprimento e posição de seus eixos (linhas imaginárias que passam pelo centro do cristal e interceptam
as faces, definindo relações de simetria no cristal). Os minerais de cada sistema dividem algumas
características de simetria e forma cristalina, assim como muitas propriedades ópticas importantes.

Os sistemas cristalinos são: o sistema cúbico, que inclui os cristais com três eixos perpendiculares, dois
dos quais têm o mesmo tamanho; o ortorrômbico, que inclui cristais com eixos de tamanhos diferentes e
formando entre si ângulos oblíquos, e, por último, o sistema hexagonal, que engloba os cristais com
quatro eixos. Alguns elementos ou compostos podem cristalizar em dois sistemas diferentes. Isto dá
origem a substâncias que, embora idênticas em composição química, são diferentes em quase todas as
demais propriedades físicas. Por exemplo, o carbono cristaliza no sistema cúbico formando o diamante e
no sistema hexagonal formando o grafite.

Cristal líquido, substância que se comporta ao mesmo tempo como um líquido e como um sólido. As
moléculas de um cristal líquido podem deslocar-se, umas em relação às outras, com bastante facilidade,
tal como as de um líquido. No entanto, todas as suas moléculas tendem a estar orientadas do mesmo
modo, algo semelhante à estrutura molecular de um cristal sólido. Emprega-se nos mostradores de
relógios digitais e calculadoras, televisões em miniatura, computadores portáteis e outros aparelhos.

Fluido, substância que cede imediatamente a qualquer força tendente a alterar sua forma e por isso
adapta-se à forma do recipiente. Podem ser líquidos ou gases.

Gás, substância em um dos três estados da matéria comum, que são o sólido, o líquido e o gasoso. Os
gases expandem-se livremente até encher o recipiente que os contém, e sua densidade é muito menor
que a dos sólidos e a dos líquidos. A teoria atômica da matéria define os estados, ou fases, de acordo
com a ordem que envolvem. As moléculas têm uma certa liberdade de movimentos no espaço. Esses
graus de liberdade microscópicos estão relacionados com o conceito macroscópico de ordem. As
moléculas de um sólido estão dispostas em uma rede e sua liberdade está restrita a pequenas vibrações
em torno dos pontos dessa rede. Em troca, um gás não tem uma ordem espacial macroscópica. Suas
moléculas se movem aleatoriamente e só estão limitadas pelas paredes do recipiente que as contém. A
temperaturas baixas e pressões altas (ou volumes reduzidos), as moléculas de um gás passam a ser
influenciadas pela força de atração das outras moléculas e todo o sistema entra em um estado de alta
densidade e adquire uma superfície limite. Isso acarreta a entrada no estado líquido. O processo é
conhecido como transição de fase ou mudança de estado.

Vapor, substância em estado gasoso. Emprega-se a palavra vapor para referir-se ao estado gasoso de
uma substância que normalmente é líquida ou sólida.

Quando confinado, o vapor de uma substância a qualquer temperatura exerce uma pressão conhecida
como pressão de vapor. Ao aumentar-se a temperatura da substância, a pressão de vapor eleva-se,
como resultado de uma maior evaporação.

Ponto crítico, condições de temperatura e pressão nas quais não se pode liquefazer um gás. A
temperatura, a pressão e o volume críticos são as constantes críticas de uma substância.
Temperatura, propriedade dos sistemas que determina se estão em equilíbrio térmico. Se dois corpos têm
temperaturas diferentes, o calor flui do mais quente para o mais frio até que as temperaturas sejam
idênticas e se alcance o equilíbrio.

As mudanças de temperatura têm de ser medidas a partir de mudanças em outras propriedades. O


termômetro convencional mede a dilatação de uma coluna de mercúrio. Se aplica-se calor a um gás, a
temperatura pode ser determinada a partir da mudança de pressão.

Existem várias escalas de temperatura: segundo a escala Fahrenheit, o ponto de solidificação da água é
32 °F, e seu ponto de ebulição, 212 °F. A escala Celsius designa 0 °C e 100 °C a estes pontos. Na escala
absoluta ou Kelvin, o zero absoluto corresponde a -273,15 °C (0 K) e um kelvin equivale a um grau
centígrado.

A temperatura desempenha um papel importante. Assim, as aves e os mamíferos suportam uma variação
muito pequena de temperatura corporal. Em temperaturas árticas, o aço se torna quebradiço e os líquidos
se solidificam ou são muito viscosos.

Pressão, força por unidade de superfície que exerce um líquido ou um gás perpendicularmente à dita
superfície. Costuma ser medida em atmosferas (atm); no Sistema Internacional de unidades (SI), é
expressa em newton por metro quadrado, chamada pascal (Pa). A atmosfera é definida como 101.325
Pa, e equivale a 760 mm de mercúrio em um barômetro convencional. Para medir pressões, usam-se os
barômetros. Estes costumam medir a diferença entre a pressão do fluido e a atmosférica, e por isto é
preciso somar a última para obter a pressão absoluta. Uma leitura negativa corresponde a um vácuo
parcial.

1.3.ELEMENTOS,SÍMBOLOS,FÓRMULAS, SUBSTÂNCIAS
PURAS E MISTURAS, SUBSTÂNCIAS SIMPLES E COMPOSTAS,

ELEMENTO

Um elemento é definido como uma substância pura feita de apenas um tipo de átomo e
que não pode ser subdividida em substâncias mais simples através de nenhum meio
físico ou químico.

Um elemento pode ser representado através de um símbolo.

Exemplos de Elementos

Os símbolos H2 e Fe representam os elementos Hidrogênio e Ferro


respectivamente.

Os elementos químicos são formados por átomos idênticos entre si.

A) Símbolos

Os elementos químicos são organizados por nomes e símbolos diferentes.


Eles são apresentados pela primeira letra de seu nome (maiúscula), quando há nomes que iniciam com a
mesma letra acrescentasse mais uma letra minúscula. Alguns elementos são representados pela primeira
letra do “seu” nome em latim.

Veja abaixo alguns exemplos:

hidrogênio – H
Helio – He
Sódio – Na (natrium)
Fósforo – P (Phosphoro)
Cobre – Cu (Cuprum)
Mercúrio – Hg (Hidrargirium)
Chumbo – Pb ( Plumbum)

O símbolo pode significar o átomo como o elemento.

O elemento químico é formado por átomos idênticos, porém existem mais de 100 diferentes tipos de
elementos químicos.

SUBSTÂNCIAS

As substâncias são materiais que apresentam composição e propriedades


definidas. Elas são formadas por moléculas (no caso das substâncias
covalentes) e por íons-fórmula (no caso das substâncias iônicas). As
moléculas ou íons-fórmula são as menores porções da substância que ainda
guardam as características da mesma. Quaisquer que sejam a posição de
retirada e quantidade da amostra, ela deverá apresentar as mesmas
características pois uma substância pura é constituída por aglomerados iguais
entre si.

As substâncias puras são representadas por fórmulas. Estas funcionam como


representação gráfica da substância pura. A composição fixa da substância pura
permite que para ela seja definida uma fórmula.

Fórmula do ácido sulfúrico H2SO4

Os números subscritos à direita de um dado átomo representam o número de


vezes que o mesmo aparece na molécula. A molécula do ácido sulfúrico é
formada por dois átomos de hidrogênio, um átomo de enxofre e 4 átomos de
oxigênio. Estes números são conhecidos por índices de atomicidade, ou
simplesmente índices.

As substâncias podem ser simples ou compostas.

Substância simples: as moléculas são constituídas sempre pelo mesmo


elemento químico. São exemplos de substâncias simples o H2, O2, O3, S8. A
quantidade de átomos que fazem parte de uma molécula de uma substância
simples é conhecida como atomicidade.

A alotropia é um fenômeno que ocorre quando um elemento pode formar duas


ou mais substâncias simples diferentes. Os principais casos de alotropia são:

- Enxofre (S8): pode apresentar as formas monoclínica e rômbica

- Carbono (Cn): pode apresentar as formas grafite e diamante

- Oxigênio: O2 (oxigênio) e O3 (ozônio)

- Fósforo: Pn (vermelho) e P4 (branco)

Substância composta: as moléculas são constituídas por átomos de


elementos químicos diferentes. São exemplos de substâncias compostas: H2O,
NaOH, KNO3.

Compostos
Um composto é definido como uma substância pura feita de dois ou mais tipos de
Elementos (átomos) quimicamente combinados em uma proporção fixa, e que pode
ser subdividido em substâncias mais simples somente através de meios químicos.

A molécula é a menor parte de um composto, cujas propriedades são as mesmas


que a do composto.

Um Composto pode ser representado usando-se uma fórmula química.

Exemplos de Compostos
As fórmulas químicas H2O e FeS representam os compostos água e sulfeto ferroso
(sulfeto de ferro I) respectivamente.

MISTURAS

Misturas são sistemas formados por moléculas de diferentes tipos. Cada


substância pura participante da mistura é conhecida como componente. Cada
aspecto visualmente homogêneo do sistema é conhecido como fase. Ao
contrário da substância pura, as propriedades de uma mistura são dependentes
da sua composição.

De acordo com o número de fases que podem ser observadas, as misturas


podem ser:

- Homogêneas ou soluções: não se pode distinguir a separação entre os


componentes, presença de só uma fase. São exemplos: ar atmosférico puro,
água e sal dissolvido, álcool e água. Misturas de gases sempre são sistemas
homogêneos.

- Heterogêneas: Ocorre a presença de mais de uma fase. São exemplos: água


e óleo, água e areia, granito (mica, feldspato e quartzo), ar atmosférico e
poeira.

Misturas
Uma mistura é definida como uma substância impura feita de dois ou mais tipos de
elementos (átomos) ou compostos ou ambos mecanicamente misturados em
qualquer proporção, e que pode ser subdividida em substâncias mais simples
através de meios físicos (mecânicos).

Os constituintes de uma mistura retêm suas propriedades originais.

Os constituintes de uma mistura homogênea estão uniformemente misturados


através da mistura. As propriedades e composição de uma mistura homogênea são
as mesmas através da mistura.

Os constituintes de uma mistura heterogênea não estão uniformemente misturados


através da mistura. As propriedades e composição de uma mistura heterogênea
não são as mesmas através da mistura.
Exemplos de Misturas

O aço inoxidável é uma mistura (liga) de ferro, carbono, cromo e níquel. O


carbono dá a dureza à mistura. O cromo e o níquel dão a aparência prateada à
mistura.

Solução de sulfeto de potássio é uma mistura homogênea.

Uma mistura de água e óleo é de natureza heterogênea.

1.4. FENÔMENOS FÍSICOS E QUÍMICOS

Gerador de Van der Graff: fenômenos físicos envolvidos .

Fenômeno é toda e qualquer transformação que ocorre com a matéria, na qual ocorrem mudanças
qualitativas na composição. Um fenômeno pode ser classificado em físico ou químico.

Fenômeno químico é todo aquele que ocorre com a formação de novas substâncias. Um fenômeno
químico, como a combustão, transforma uma substância em outra, com diferentes propriedades químicas.

Fenômenos físicos são todas as transformações da matéria sem ocorrer alteração de sua composição
química. É todo fenômeno que ocorre sem que haja a formação de novas substâncias.

O fenômeno químico altera a natureza da matéria. O fenômeno físico altera apenas a forma da matéria.
Veja a demonstração com o papel:

Fenômeno Químico: Queimando o papel ele deixa de ser papel;


Fenômeno Fisico: Quando rasgamos o papel ele continua sendo papel mesmo tendo mudado sua forma.

Exemplos de fenômenos químicos: o enferrujamento do ferro, a respiração dos seres vivos, a


fotossíntese realizada pelos vegetais clorofilados, etc. Os fenômenos químicos são também denominados
reações químicas, e são descritos através de equações.

Combustão do etanol ou álcool comum: Nesta reação química, uma molécula de etanol (C 2 H 5 OH) reage
com três moléculas de gás oxigênio do ar atmosférico (O 2), produzindo duas moléculas de gás carbônico
(CO 2) e três moléculas de água, conforme a equação:

C 2 H 5 OH(l) + 3 O 2 (g) => 2 CO 2 (g) + 3 H 2 O(l) + calor

Exemplos de fenômenos físicos: a queda de um corpo, a reflexão da luz em um espelho, a dilatação


dos corpos, os pontos de fusão e ebulição, a densidade absoluta, etc.

As mudanças de estado físico sofridas pelas substâncias são propriedades físicas da matéria (ponto de
fusão e ebulição). A fusão do gelo e a evaporação do álcool são exemplos dessas propriedades.

Você já ouviu falar do Gerador de Van der Graff? U m instrumento que através da força eletrostática faz
com que os cabelos do indivíduo que o tocar fiquem totalmente de pé. Esse objeto consiste na exibição de
um fenômeno físico.

1-Fenômenos Físicos e Químicos, transformações da matéria.

Sempre que a matéria sofre uma transformação qualquer, dizemos que ela sofreu um fenômeno, que pode ser
físico ou químico.

Fenômeno físico.
Se o fenômeno não modifica a composição da matéria, dizemos que ocorre um fenômeno físico.
No fenômeno físico a composição da matéria é preservada, ou seja, permanece a mesma antes e depois
da ocorrência do fenômeno.

Exemplos de fenômenos físicos são:


· Um papel que é rasgado quando submetido a uma força.
· Um ímã que atrai a limalha de ferro devido á força magnética.
· O gelo que derrete se transformando em água liquida ao absorver calor do meio.
· Um bloco de cobre que é transformado em tubos, chapas e fios.

Obs: Em geral, os fenômenos físicos são reversíveis, ou seja, a matéria retorna a sua forma original após a
ocorrência do fenômeno. Mas nem sempre é assim. Quando rasgamos um papel, por exemplo, os pedaços
picados continuam sendo de papel, portando temos um fenômeno físico, porém, não podemos obter novamente
o papel original e intacto apenas juntando os pedaços picados, o que nos leva a concluir que, em certos
aspectos, os fenômenos físicos podem ser irreversíveis.

Fenômeno químico.
Se o fenômeno modifica a composição da matéria, ou seja, a matéria se transforma de modo a alterar
completamente sua composição deixando de ser o que era para ser algo diferente, dizemos que ocorreu um
fenômeno químico.

No fenômeno químico, a composição da matéria é alterada, sua composição antes de ocorrer o


fenômeno é totalmente diferente da que resulta no final.
Exemplos de fenômenos químicos são:
· Um papel que é queimado.
· Uma palhinha de aço que enferruja.
· O vinho que é transformado em vinagre pela ação da bactéria Acetobacter aceti.
· O leite que é transformado em coalhada pela a ação dos microorganismos Lactobacillus bulgaricus e
Streptococcus themophilus.
Todo fenômeno químico ocorre acompanhado de uma variação de energia, ou melhor, a transformação na
composição da matéria implica necessariamente uma liberação ou absorção de energia.
Fenômenos químicos que ocorrem com liberação de energia são denominados exotérmicos. A matéria que
resulta de uma transformação exotérmica em geral é mais estável que aquela que lhe deu origem.

Fenômeno químico exotérmico.

Note que essa definição se refere ao saldo de energia da matéria transformada em relação ao meio ambiente
após o fenômeno químico ter sido concluído, já que todos os fenômenos químicos necessitam de um
fornecimento externo de energia – que pode variar de muito grande a muito pequeno – para serem
desencadeados.
Por exemplo, para desencadear a combustão ou queima do papel, é necessário um fornecimento externo de
energia, fogo.
Toda combustão só se inicia a partir de um fornecimento externo de energia.

Obs: O fogo é uma emissão simultânea de calor e luz, que acompanha determinadas transformações químicas.
Quando colocamos fogo em um papel, estamos fornecendo energia térmica e luminosa(radiante). A energia
liberada na combustão é muito maior do que a energia que foi absorvida para desencadear a queima.

No entanto, o saldo de energia para o meio ambiente depois da combustão(queima) do papel é positivo, ou seja,
a combustão do papel é uma transformação em que a energia liberada no final é maior que a energia absorvida
para desencadear o fenômeno.
Dessa forma as cinzas sólidas e a matéria gasosa liberada na combustão completa do papel são mais estáveis
que o papel em si porque foram formadas por meio de um processo químico exotérmico.

Toda combustão é um fenômeno químico exotérmico, e a matéria produzida numa combustão é mais
estável do que a matéria que sofreu combustão para formá-la.
Obs: O homem utiliza a energia liberada na combustão de alguns tipos de matéria, por exemplo, gasolina,
álcool etílico e carvão para realizar trabalho como movimentar engrenagens de motores em geral, sejam de
máquinas industriais ou agrícolas, sejam de meios de transporte.

Fenômeno químico endotérmico.


Há casos em que os fenômenos químicos ocorrem com absorção de energia.
Fenômenos químicos que ocorrem com absorção de energia são denominados endotérmicos. A matéria que
resulta de uma transformação endotérmica é em geral mais instável que aquela que lhe deu origem.

Para desencadear um fenômeno químico endotérmico, também é necessário que haja fornecimento externo de
energia.
A diferença nesse caso é que o saldo de energia para o meio ambiente é negativo, isto é, a energia liberada no
final é menor que a energia absorvida no inicio – a transformação da matéria absorve energia do meio ambiente.

Como todos os fenômenos ocorrem espontaneamente em direção a um aumento de estabilidade e a absorção


de energia implica aumento de instabilidade, os fenômenos químicos endotérmicos não são muito comuns.
Com base em todos os conceitos que vimos até o momento, podemos definir energia de um modo mais amplo:
Energia é o que faz a matéria existir, se movimentar, modificar sua fase de agregação e transformar sua
composição.

1.5. LEI DAS PROPORÇÕES CONSTANTES OU LEI DE PROUST


E LEIS VOLUMÉTRICAS

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