Você está na página 1de 34

SOCIEDADE ESPÍRITA ALBERGUE DE SÃO LÁZARO

CURSO LIVRE DE FILOSOFIA E TEOLOGIA ESPÍRITA – FAFITE

Lílyan
Ciência Espírita

MATÉRIA versus ANTIMATÉRIA

Matéria é tudo que ocupa espaço e possui massa de repouso (ou massa
invariante).

É um termo geral para a substância na qual todos os objetos físicos consistem.

Tipicamente, a matéria inclui átomos e outras partículas que possuem massa. A


massa é dita por alguns como sendo a quantidade de matéria em um objeto
e volume é a quantidade de espaço ocupado por um objeto, mas esta definição
confunde massa com matéria, que não são a mesma coisa.

Diferentes campos usam o termo de maneiras diferentes e algumas vezes


incompatíveis; não há um único significado científico que seja consenso para a
palavra "matéria", apesar do termo "massa" ser bem definido.

Contrariamente à visão anterior que igualava massa e matéria, uma das principais
dificuldades em definir matéria consiste em decidir quais formas de energia
(todas as quais possuem massa) não é matéria.

Em geral, partículas sem massa como fótons e glúons não são considerados
formas de matéria, apesar de que quando estas partículas estão aprisionadas
em sistemas em repouso, elas contribuem com energia e massa para eles.

Por exemplo, quase 99% de toda a massa da matéria atômica


comum consiste da massa associada com a energia
contribuída pelos glúons e a energia
cinética dos quarks que fazem os núcleons.
Vendo desta forma, a maior parte da "matéria" ordinária consiste de
massa que não é contribuída por partículas de matéria.

Em grande parte da história das ciências naturais as pessoas contemplaram a


natureza exata da matéria. A ideia de que a matéria era feita de blocos de
construção discretos, a assim chamada teoria particulada da matéria, foi proposta
primeiro pelos filósofos gregos Leucipo (c. 490 a.C.) e Demócrito (c. 470-380 a.C.).

Com o passar do tempo foi descoberta uma estrutura cada vez mais fina para a
matéria: objetos são feitos de moléculas, moléculas consistem-se de átomos, que
por sua vez consistem-se de partículas subatômicas como
os prótons e elétrons.

Normalmente a matéria existe em


quatro estados (ou fases): sólido, líquido, gás e plasma. Entretanto, avanços nas
técnicas experimentais descobriram outras fases, que antes eram apenas teóricas,
como o Condensado Bose-Einstein e o Condensado fermiônico.

Um foco na visão da matéria partícula-elementar também leva a novas fases da


matéria, como o plasma de quarks-glúons.

Na física e química, a matéria exibe propriedades tanto


de onda quanto partícula, a assim chamada Dualidade onda-partícula.

Na cosmologia, extensões da expressão matéria são usadas para incluir a matéria


escura e a energia escura, conceitos introduzidos para explicar alguns fenômenos
estranhos do Universo observável, como a curva de rotação galáctica.

Estas formas exóticas de "matéria" não referem-se à matéria como "blocos de


construção", mas a formas atualmente mal compreendidas de massa e energia.

A matéria escura, da mesma forma que a matéria normal (formada de prótons,


neutrons e elétrons), possui gravidade, exercendo força de atração sobre a matéria. Ela é
chamada escura porque não emite radiação eletromagnética, e, portanto não pode ser
detectada em nenhuma faixa do espectro eletromagnético.

Em escala astronômica, o papel da matéria escura é bastante necessário, já que, sem


ela, as galáxias não conseguiriam girar e se moveriam rápido demais para
permanecerem aglomerados.

Na cosmologia, a energia escura é uma forma hipotética de energia que estaria


distribuída por todo espaço e tende a acelerar a expansão do Universo. A principal
característica da energia escura é ter uma forte pressão negativa. De acordo com
a teoria da relatividade, o efeito de tal pressão negativa seria semelhante,
qualitativamente, a uma força que age em larga escala em oposição à gravidade. Tal
efeito hipotético é frequentemente utilizado por diversas teorias atuais que tentam
explicar as observações que apontam para um universo em expansão acelerada.

Galáxias desempenharam e seguem desempenhando um relevante papel na


determinação da matéria escura e suas propriedades. Galáxias estão entre os
objetos astrofísicos que mais despertam a curiosidade do grande público, visto que
suas imagens e o próprio termo “galáxia” é largamente conhecido e usado pela
população, sendo também usado em contextos bem diferentes
do científico. Várias das galáxias próximas e mais conhecidas foram, até o início do
séc. XX, chamadas apenas de “nebulosa”.
Galáxias passaram a ser apropriadamente classificadas como galáxias, ao invés
do termo mais vago nebulosa, quando ficou claro que essa classe especial de
nebulosas tinha distâncias muito maiores do que as distâncias típicas das estrelas
que observamos (e consequentemente que tais nebulosas eram estruturas gigantes,
algumas maiores que a própria Via Láctea). Isto é, quando ficou claro que a Via
Láctea é um grande conjunto de estrelas (e outros elementos) do qual o Sol faz
parte; as outras galáxias seriam outras “ilhas” no universo. O conhecimento sobre
essas distâncias a outras galáxias só se estabeleceu no início do séc. XX, devido em
especial aos trabalhos de
Oepik e Hubble.

Propriedades da matéria
Inércia: É a tendência do corpo de manter-se em repouso ou em movimento, se
não existirem forças atuando sobre ele.

Massa: É a propriedade relacionada com a quantidade de matéria existentes em


um corpo. Essa definição é simplificada. Em Física, a massa de um corpo está
relacionada à medida de sua inércia: quanto maior a massa de um corpo, maior a
sua inércia.

Extensão: É a propriedade da matéria de ocupar um lugar no espaço, que é medido


pelo seu volume.
Impenetrabilidade: Dois corpos não podem ocupar um mesmo lugar no espaço ao
mesmo tempo.

Divisibilidade: Toda matéria pode ser dividida em partes cada vez menores, até
certo limite.

Compressibilidade e Elasticidade (expansibilidade): A propriedade da matéria de


ser comprimida, isto é, ter seu volume reduzido pela ação de uma força, é
chamada compressibilidade. Quando a força que provocou a compressão deixa de
ser aplicada, a matéria volta ao seu volume inicial graças à propriedade
chamada elasticidade. A compressibilidade e a elasticidade geralmente são
imperceptíveis em corpos nos estados sólido e líquido.

Descontinuidade: Toda matéria é descontínua, por mais compacta que pareça,


devido à existência de espaços vazios entre as menores partículas que
caracterizam a matéria.

Os pré-socráticos estavam entre os primeiros de que se tem registro a


especular sobre a natureza do mundo visível.

Tales (c. 624 a.C.-c. 546 a.C.) acreditava que a água era o material fundamental do
mundo.
Para Anaximandro (c. 610 a.C.-c. 546 a.C.), o material básico era um todo sem
características ou limites: o infinito (Apeiron).
Anaxímenes de Mileto (ensinou a partir de 585 a.C., faleceu em 528 a.C.) postulava
que o material básico era o pneuma ou ar.
Heráclito (c. 535 a.C.-c. 475 a.C.) parece ter dito que o elemento básico era o fogo,
apesar de que talvez ele quisesse com isto dar a entender que tudo estava em
mudança.
Empédocles (c. 490-430 a.C.) falou dos quatro elementos dos quais tudo era
feito: terra, água, ar e fogo. Enquanto isto, Parmênides argumentava que as
mudanças não existiam, e Demócrito alegava que tudo era composto de corpos
minúsculos e inertes de todas as formas chamados de átomos, uma filosofia
chamada atomismo. Todas estas noções possuem sérios problemas
filosóficos.

Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.) foi o primeiro a criar um conceito com uma
base filosófica sólida, que ele fez em sua filosofia natural, especialmente
em Física, livro I. Ele adotou como suposição razoável os quatro elementos de
Empédocles, mas acrescentou um quinto, o éter. Entretanto, estes elementos não
são básicos na ideia de Aristóteles. Ao invés disso eles, como tudo no mundo
visível, são compostos dos princípios básicos matéria e forma.
.
A palavra que Aristóteles usa para matéria, ὑλη (hyle ou hule), pode ser
literalmente traduzida para madeira, ou seja, "matéria prima" para construção. De
fato, a concepção de Aristóteles de matéria está intrinsecamente ligado a algo
sendo feito ou composto. Em outras palavras, em contraste com a concepção
moderna da matéria como simplesmente ocupando espaço, a matéria de
Aristóteles é ligada por definição a processo ou mudança: a matéria é o que sofre
uma mudança de substância.

Por exemplo, um cavalo come grama: o cavalo muda a grama para si; a grama
como tal não persiste no cavalo, mas algum aspecto dela - sua matéria -
persiste. A matéria não é especificamente descrita (por exemplo, como átomos),
mas consiste de qualquer coisa que persista na mudança da substância de grama
para cavalo. A matéria, nesta forma de compreender, não existe de forma
independente (isto é, como uma substância), mas existe interdependente (isto é,
como um "princípio") com forma e somente na medida em que sofre mudanças.
Pode ser útil conceber o relacionamento de matéria e forma como muito similar ao
relacionamento entre as partes e o todo. Para Aristóteles, a matéria como tal só
pode receber realidade da forma; ela não possui atividade ou realidade por si,
semelhante à maneira que as partes como tal só têm sua existência dentro de um
todo (de outra forma elas seriam todos independentes).
Início da Modernidade

René Descartes (1596-1650) originou o conceito moderno de matéria. Ele era um


geômetra, primariamente. Ao invés de fazer como Aristóteles, e deduzir a
existência da matéria da realidade física da mudança, Descartes arbitrariamente
postulou que a matéria era uma substância matemática, abstrata, que ocupa espaço:
Portanto, extensão em comprimento, largura, e profundidade, constituem a
natureza da substância dos corpos; e o pensamento constitui a natureza da
substância do pensamento. E tudo o mais que pode ser atribuído aos corpos
pressupõe extensão, e é só uma forma do que é estendido
– René Descartes, Principles of Philosophy

Para Descartes, a matéria só possuía a propriedade da extensão, então sua única


atividade além da locomoção é excluir outros corpos: esta é a filosofia mecanicista.
Descartes criou uma distinção absoluta entrementes, que ele definiu como uma
substância sem extensão, pensante, e matéria, que ele definiu como uma substância
não-pensante, estendida. Elas eram coisas independentes. Em contraste, Aristóteles
definiu a matéria e ao princípio formal/de formação
como princípios complementares que juntos compõe a substância de algo
independente. Em resumo, Aristóteles definiu a matéria (de forma simples) como
do que as coisas são feitas (com um potencial para existência independente), mas
Descartes eleva a matéria para uma coisa independente em si.

A continuidade e diferença entre as concepções de Descartes e Aristóteles é


digna de nota. Em ambas concepções, a matéria é passiva ou inerte. Nas
respectivas concepções a matéria tem diferentes relacionamentos com a
inteligência. Para Aristóteles, a matéria e a inteligência (forma) existem juntos
em um relacionamento independente, enquanto para Descartes, matéria e
inteligência (mente) são definitivamente substâncias opostas, independentes.

A justificativa de Descartes para restringir as qualidades inerentes da matéria à


extensão é sua permanência, mas seu critério real é não é a permanência (que
podem ser aplicados também à cor e resistência), mas seu desejo de usar a
geometria para explicar todas as propriedades materiais. Da mesma forma
que Descartes, Hobbes, Boyle, e Locke argumentaram que as
propriedades inerentes dos corpos eram limitadas à extensão, e as assim chamadas
qualidades secundárias, como cor, eram apenas produtos da percepção humana.
Isaac Newton (1643-1727) herdou o conceito mecanicista de matéria de
Descartes. Na terceira de suas "Rules of Reasoning in Philosophy" ("Regras de
Raciocínio em Filosofia"), Newton lista as qualidades universal das matérias como
"extensão, dureza, impenetrabilidade, mobilidade, e inércia". De forma similar,
em Óptica ele conjetura que Deus criou a matéria como "partículas sólidas,
massivas, duras, impenetráveis, móveis", que eram "tão duras que nunca se gastam
ou quebram em pedaços". As propriedades "primárias" da matéria eram passíveis
de descrição matemática, diferente das qualidades "secundárias", como cor ou
sabor. Da mesma forma que Descartes, Newton rejeitou a natureza essencial das
qualidades secundárias.

Newton desenvolveu a noção de Descartes da matéria ao atribuir à matéria


propriedades intrínsecas além da extensão (pelo menos de forma limitada), como a
massa. O uso de Newton da força gravitacional, que agia "à uma distância"
efetivamente repudiava a mecânica de Descartes, nas quais as interações acontecem
exclusivamente por contato.

Apesar da gravidade de Newton parecer um poder dos corpos, o próprio Newton


não a admitia como sendo uma propriedade essencial da matéria. Avançando a
lógica de forma mais consistente, Joseph Priestley alegou que as propriedades
corpóreas transcendem contatos mecânicos: as propriedades químicas exigem
a capacidade de atração. Ele argumentou que a matéria tem outros poderes
inerentes além das assim chamadas qualidades primárias de Descartes, e assim por
diante.

Desde os tempos de Priestley, aconteceu uma expansão maciça no conhecimento


dos constituintes do mundo material (moléculas, átomos, partículas subatômicas),
mas não houve avanço na definição de matéria. Em vez disso, a questão tem sido
posta de lado. Noam Chomsky resume a situação que prevaleceu desde aquela
época:
Qual é o conceito de corpo que emergiu finalmente? [...] A resposta é que não há
um conceito claro e definitivo de corpo. [...] Ao invés, o mundo material é o que
descobrimos que ele é, com as propriedades que devemos assumir para ter uma
teoria explanatória. Qualquer teoria inteligível que oferece uma explicação genuína
e que pode ser assimilada pelas noções básicas da física se torna parte da teoria do
mundo material, parte de nosso entendimento de corpo. Se temos uma teoria
destas em algum domínio, procuramos assumir ela nas noções fundamentais da
física, talvez modificando estas noções conforme executamos esta empresa.
– Noam Chomsky, 'Language and problems of knowledge: the Managua lectures,
p. 144

Então a matéria é o que quer que a física estude e o objeto de estudo da


física é a matéria: não há uma definição geral independente da matéria, à parte
de sua adequação à metodologia de medição e experimentação controlada. Em
resumo, os limites entre o que constitui matéria e tudo o mais continua tão vago
quanto o problema da demarcação de delimitar a ciência de tudo o mais.
Fim do século XIX e início do século XX

No século XIX, seguindo o desenvolvimento da tabela periódica, e a teoria atômica,


os átomos eram vistos como os constituintes fundamentais da matéria. Os átomos
formavam moléculas e compostos.

A definição comum em termos de ocupar espaço e ter massa estavam em contraste


com a maioria das definições físicas e químicas da matéria, que se baseavam nas
estruturas e atributos não necessariamente relacionados a volume e massa. No final
do século XIX, o conhecimento da matéria começou uma evolução rápida.
Alguns aspectos da visão newtoniana ainda persistiam. James Clerk
Maxwell discutiu a matéria em seu trabalho Mater and Motion (Matéria e
Movimento). Ele cuidadosamente separou "matéria" de espaço e tempo, e define a
mesma em termos do objeto referido na primeira lei de Newton.
Entretanto, a imagem Newtoniana não era a história toda. No século XIX, a
expressão "matéria" foi discutida ativamente por cientistas e filósofos, e um breve
sumário pode ser encontrado em Levere. [necessário esclarecer] Uma discussão de
1870 sugere que a matéria é feita de átomos:
Três divisões da matéria são reconhecidas na ciência: massas, moléculas e átomos;
Uma Massa de matéria é qualquer porção de matéria apreciável pelos sentidos;
Uma Molécula é a menor partícula de matéria em que um corpo pode ser dividido
sem perder sua identidade;

Um Átomo é uma partícula ainda menor produzida pela divisão de uma molécula.
Em vez de apenas ter atributos de massa e ocupar espaço, a matéria também
recebia propriedades químicas e elétricas. O físico famoso J. J. Thomson escreveu
sobre a "constituição da matéria" estava interessado em uma possível conexão entre
matéria e carga elétrica.

Acontecimentos recentes
Há uma literatura imensa acerca da "estrutura da matéria", indo da "estrutura
elétrica" no início do século XX, a mais recente "estrutura de quarks da matéria",
introduzida hoje com a observação: A compreensão da estrutura de quarks da
matéria é um dos mais importantes avanços na física contemporânea. [necessário
esclarecer] Nesta conexão, os físicos falam de campos de matéria, e falam de
partículas como "excitações quânticas de um modo do campo da matéria". E aqui
está uma frase de Sabbata e Gasperini: "Com a palavra "matéria" nós denotamos,
neste contexto, a fonte das interações, que
são camposspinor (como quarks e léptons), que se acredita serem os componentes
fundamentais da matéria, ou campos escalares, como a bóson de Higgs, que são
usadas para introduzir a massa em uma teoria de gauge (e que, entretanto, pode
ser composta de campos férmion mais fundamentais)." [necessário esclarecer]
A concepção moderna de matéria foi refinada várias vezes na história, à luz do
incremento no conhecimento do quê são os blocos básicos, e como eles interagem.
No final do século XIX com a descoberta do elétron, e no início do século XX, com
a descoberta do núcleo atômico, e o nascimento da física de partículas, a matéria
passou a ser vista como feita de elétrons, prótons e nêutrons interagindo para
formar átomos. Hoje, sabemos que mesmo os prótons e nêutrons não são
indivisíveis, e podem ser divididos em quarks, enquanto os elétrons são parte de
uma família chamada léptons. Ambos os quarks e léptons são partícula
elementares, e estão sendo atualmente vistas como constituintes fundamentais da
matéria.

Estes quarks e léptons interagem através de quatro forças


fundamentais: gravidade, eletromagnetismo, interação fraca, e interação forte.
O Modelo Padrão de física de partículas é a melhor explicação atualmente para
toda a física, mas apesar de décadas de trabalho, a gravidade ainda não pode ser
explicada no nível quântico; ela só é descrita pela física clássica (veja gravidade
quântica e gráviton). As interações entre quarks e léptons são o resultado de uma
troca de partículas portadoras de força (como os fótons) entre os quarks e léptons.
As partículas portadoras de força não são elas mesmas blocos de construção. Como
consequência, massa e energia (que não podem ser criada ou destruída) não podem
sempre relacionadas com a matéria (que pode ser criada de partículas não-
materiais como fótons, ou mesmo de energia pura, como a energia cinética).
Portadores de força normalmente não são considerados matéria: Os portadores da
força elétrica (fótons) possuem energia (veja a relação de Planck) e os portadores da
força fraca (bósons W e Z) são maciços, mas nenhum deles é considerado
matéria. Entretanto, enquanto estas partículas não são considerados matérias, eles
contribuem com a massa total dos átomos, partículas subatômicas e todos os
sistemas que os contém.
O Universo é 70% é energia escura, e 25% é matéria escura, deixando apenas 5% de
matéria normal. Mas até recentemente, os astrônomos só podiam realmente
responder por cerca de 60% dessa matéria normal (hidrogênio, hélio e elementos
mais pesados) - quase metade da matéria normal estava faltando. Uma pesquisa
fixou a terceira parte ausente, encontrando-a no espaço entre as galáxias. Essa
matéria perdida existe como filamentos de gás oxigênio a temperaturas de cerca de
1 milhão de graus Celsius. Uma simulação prevê que esse material perdido esteja
escondido dentro de nuvens de gás, chamadas de Meio Intergalático Morno-
Quente.

Resumo
A expressão "matéria" é usada em física em uma variedade desconcertante de
contextos: por exemplo, há quem se refira a "física da matéria
condensada", "matéria elementar",matéria "partônica", "matéria escura",
"antimatéria", "matéria estranha" e "matéria nuclear". Em discussões sobre matéria
e antimatéria, a matéria normal tem sido referida por Alfvén como koinomatéria. É
razoável dizer que na física não há um consenso para uma definição geral de
matéria, e o termo "matéria" é normalmente usado em conjunto com um
modificador que especifica do que se está falando.

Definições

Definições comuns
A Molécula de DNA é um exemplo de matéria sob a definição "átomos e
moléculas".
A definição comum de matéria é tudo que
tenha massa e volume (ocupa espaço). Por exemplo, diz-se que um carro é feito
de matéria, já que ele ocupa espaço, e tem massa.
A observação de que a matéria ocupa espaço vem da antiguidade. Entretanto, uma
explicação para o porquê da matéria ocupar espaço é recente, e o argumento é que
se trata de um resultado do princípio de exclusão de Pauli. Dois exemplos
particulares onde o princípio de exclusão claramente relaciona a matéria com a
ocupação de espaço são as estrelas anãs e as estrelas de nêutrons, discutidas mais
adiante.

O que é matéria?

A palavra matéria vem do latim e significa “aquilo de que uma coisa é


feita”. Matéria é tudo aquilo que possui peso e ocupa espaço no Universo. De
acordo com Demócrito, a matéria é formada por pequenas partículas menores,
chamadas de átomo, e cada tipo de matéria se distingue pela natureza e forma de
organização dos átomos, o que nos leva aos diferentes estados físicos:
gasoso;
líquido;
sólido.
O ar atmosférico que respiramos, por exemplo, também é matéria. Apesar de não
conseguirmos ver, o ar tem peso e ocupa espaço. Prova disso é que,
quando enchemos um balão, ele ganha volume e, se colocarmos um balão vazio e
um cheio em uma balança, poderemos ver que o balão cheio de ar é um pouco mais
pesado.

Imagem representando a diferença de volume nos balões com ar e sem.

Composição da matéria

A matéria é composta por espécies atômicas ligadas por diferentes forças inter e
intramoleculares. Os átomos se organizam e formam moléculas, e as moléculas se
unem e formam elementos de dimensões maiores.
A matéria pode ser formada por um tipo apenas de átomo (sendo chamada
de substância) ou pode ser formada por dois ou mais átomos, configurando
uma mistura.

Tipos de matéria

Podemos classificar a matéria de diversas formas, levando em conta características


como:
estado físico;
natureza do(s) elemento(s) formador(es);
origem natural ou artificial;
propriedades específicas, etc.
Mas vamos nos ater aqui à matéria orgânica e inorgânica.
Matéria orgânica

Matéria orgânica são os compostos que têm em sua estrutura átomos


de carbono, realizando ligações covalentes com outros átomos de carbono e com
outras espécies atômicas, como:
hidrogênio;
fósforo;
oxigênio;
nitrogênio;
halogênios.

Todo composto orgânico tem carbonos em sua estrutura, mas nem todo composto
que tem carbono é orgânico. Os carbonatos (sais compostos pelo íon CO32−), por
exemplo, são compostos inorgânicos.
Antigamente se acreditava que os compostos orgânicos eram exclusivamente
produzidos por seres vivos. Em 1828, o cientista Friedrich Wöhler conseguiu,
em laboratório, sintetizar a ureia (CH₄N₂O), um composto orgânico, a partir do
cianato de amônio (NH4OCN), um composto inorgânico. Depois disso surgiram
outros compostos orgânicos sintetizados em laboratório.
Inorgânicos
Compostos inorgânicos são normalmente unidos por ligação iônica, como:
ácidos;
bases;
óxidos;
sais.
São as substâncias que não possuem carbonos ordenados, cadeias
de hidrocarbonetos ligadas à molécula. Exemplo de composto inorgânico presente
no nosso cotidiano é o cloreto de sódio (NaCl), que é o nosso sal de cozinha.
Podemos citar também o hidróxido de sódio (NaOH), também conhecido como
soda cáustica.
Duas soluções com compostos inorgânicos — ácido clorídrico (HCl) e cloreto de
sódio (NaCl).

Propriedades da matéria

Há dois tipos de propriedades da matéria. Aquelas que dizem respeito a todo tipo
de matéria são as propriedades gerais, e aquelas que são específicas de uma espécie
variam de uma matéria para outra.
 Propriedades gerais
 Massa: é a quantidade de matéria que temos em uma determinada
amostra. Sua unidade é o quilograma (kg) pelo Sistema Internacional de Unidades
(SI).
 Volume: espaço ocupado pela amostra de matéria. Sua unidade é o
m³ pelo SI. Um m³ corresponde a 1000 litros.
 Impenetrabilidade: toda matéria ocupa um determinado espaço no
Universo, e nenhuma outra matéria é capaz de ocupar esse mesmo espaço
simultaneamente.
 Divisibilidade: é possível dividir a matéria em infinitas partes
menores até chegarmos às unidades fundamentais da matéria, que hoje sabemos
que vão além dos átomos.
 Descontinuidade: toda matéria é composta por espaços vazios entre
os átomos e moléculas.
 Compressibilidade: capacidade de ter seu volume reduzido por
ação de forças externas.
 Elasticidade: capacidade que a matéria tem de voltar à forma
original quando não se tem mais força ou pressão externa agindo sobre ela.
 Indestrutibilidade: ainda que mude sua estrutura original, a
matéria não pode ser destruída. Isso foi afirmado por Lavoisier em sua famosa
frase: “nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.”
 Inércia: tendência que um corpo tem de permanecer no seu estado
de energia original, seja em repouso, seja em movimento, até que haja a
interferência de uma força externa.
Veja também: Primeira lei de Newton – lei da mecânica que comprova a existência
da inércia
 Propriedades específicas
 Funcionais: propriedades relacionadas com as funções químicas da
matéria. É a classificação da matéria conforme a semelhança de funções e reações
químicas.
 Ponto de fusão e ebulição: ponto (temperatura) em que acontece a
troca de estado físico da matéria do sólido para o líquido e do estado líquido para o
gasoso, respectivamente.
 Densidade: relação entre massa e o volume que a amostra de
matéria ocupa (d=m/v).
 Solubilidade: capacidade da matéria de se dissolver ou se misturar
à outra de forma homogênea.
 Dureza: capacidade que um material tem de riscar ou cortar outro
material.
 Maleabilidade: capacidade que o material tem de ser moldado sem
se partir ou quebrar.
 Ductibilidade: capacidade de um material de formar fios ou, em
outras palavras, até onde suporta ser deformado antes de se romper.
 Tenacidade: capacidade da matéria de suportar ou absorver
impactos sem quebrar.
 Organolépticas: característica da matéria que podemos observar
com os nossos sentidos: tato, visão, audição, olfato e paladar.
Estados físicos da matéria
A matéria pode se apresentar em cinco estados físicos diferentes:
 condensado de Bose-Einstein;
 sólido;
 líquido;
 gasoso;
 plasma.

A diferença entre eles é a movimentação e condensação das partículas


formadoras.

Representação da relação entre os estados físicos da matéria e a energia entre as


partículas.

Matéria e energia
A matéria está diretamente relacionada com a energia e vice-versa. Exemplo disso
são as forças (energia) que unem as partículas formadoras da matéria, bem como os
estados físicos, que aparecem conforme a energia cinética entre as partículas
formadoras.
Segundo Einstein, matéria e energia são proporcionais. Ele descreveu isso usando a
fórmula matemática:
E = mc²
E → Energia
m → massa
c → velocidade da luz
Assim, se houver aumento de matéria, haverá também aumento da energia
associada a ela.
Exercícios resolvidos
"A definição de matéria é dada por uma frase simples e abrangente: trata-se de
tudo aquilo que ocupa lugar (o mesmo que volume) no espaço e apresenta peso
(produto da massa pela gravidade). Alguns exemplos de matéria: árvore, bactéria,
vírus, ser humano, ar, água, mesa, veículo, etc.

Poderíamos citar milhares de exemplos, já que a matéria é bem abrangente. Mas,


será que existe algo que não seja matéria? Com certeza, sim, porém, nesse caso, é
denominado de energia, como os seguintes exemplos:

Luz: denominada de energia luminosa;

Pressão: denominada de energia pressórica;

Som: denominado de energia sonora;

Fogo: associação das energias térmica e luminosa;

Eletricidade: denominada de energia elétrica;

Calor: denominado de energia térmica;

Raio-X: uma forma de energia eletromagnética;

A energia pode ser definida como uma força capaz de produzir ação e movimento.
Assim, é muito simples diferenciar a matéria de energia, já que uma ocupa espaço e
possui massa, e a outra, não.

Uma curiosidade importante sobre a matéria é que ela pode ser denominada de
duas formas diferentes: corpo e objeto.

Corpo: trata-se de uma parte da matéria. Exemplos: fio de lã, caco de vidro, vento,
tronco de uma árvore;

Objeto: trata-se de uma parte da matéria que apresenta uma utilização específica.
Exemplos: camisa, ar comprimido, caneta, cadeira.

Tópicos deste artigo


1 - Mapa Mental: Matéria
2 - Composição da matéria
3 - Estados físicos da matéria
4 - Propriedades gerais da matéria
Mapa Mental: Matéria

Composição da matéria

De uma forma geral, toda matéria é formada por uma unidade estrutural básica,
denominada átomo, que apresenta a seguinte composição:

Núcleo: composto por prótons e nêutrons;

Prótons: partículas com carga positiva;

Nêutrons: partículas sem carga;

Níveis de energia: regiões onde estão os subníveis;

Subníveis de energia: regiões onde estão os orbitais;

Orbitais: regiões em que há maior probabilidade de encontrar os elétrons;

Elétrons: partículas com carga negativa.

Quando dois ou mais átomos se combinam, formam as moléculas, as quais podem


constituir substâncias químicas, assim como átomos isolados.

Estados físicos da matéria


Os estados físicos mais comuns em que podemos encontrar a matéria são:

Sólido: estado em que as partículas (átomos ou moléculas), que formam a matéria,


apresentam o maior nível de organização;

Representação da organização das partículas no estado sólido

Líquido: estado em que as partículas (átomos ou moléculas), que formam a


matéria, apresentam um menor nível de organização;

Representação da organização das partículas no estado líquido


Gasoso: estado em que as partículas (átomos ou moléculas), que formam a matéria,
não apresentam organização.

Representação da organização das partículas no estado gasoso

Propriedades gerais da matéria

Toda e qualquer matéria, independentemente dos elementos químicos que a


formam, deve apresentar as propriedades especificadas a seguir:

Elasticidade: propriedade que matéria apresenta no estado sólido quando é


submetida a uma força elástica extrema, sem que suas estruturas sejam rompidas.
Quando essa força cessa, a matéria volta à sua forma original;

Compressibilidade: quando uma porção de matéria no estado gasoso é submetida a


uma compressão, passa a ocupar um volume menor;

Material sendo comprimido em um cilindro

Inércia: quando a matéria está em movimento, a tendência é que permaneça em


movimento. Se estiver em repouso, a tendência é que ela permaneça em repouso;

Divisibilidade: a matéria pode ser dividida em porções menores;

Impenetrabilidade: duas matérias não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo


tempo.
Fases ou estados da matéria são conjuntos de configurações que
objetos macroscópicos podem apresentar. O estado físico tem relação com
a velocidade do movimento das partículas de uma determinada substância.
Canonicamente e segundo o meio em que foram estudados, são cinco os estados ou
fases considerados:
Sólido
Líquido
Gasoso
Plasma
Condensado de Bose-Einstein
Outros tipos de fases da matéria, como a Água
superiônica, Supersólidoe Superfluidez, estudados em níveis mais avançados
de Física. As características de estado físico são diferentes em cada substância e
dependem da temperatura e pressão em que ela se encontra.
Os estados físicos clássicos
Há muitas discussões sobre quantos estados da matéria existem, porém as versões
mais populares atualmente são de que a matéria somente tem três estados: sólido,
líquido e gasoso. Mas há também outros que, ou são intermediários ou pouco
conhecidos. Por exemplo: os vapores, que nada mais são uma passagem do estado
líquido para o gasoso na mesma fase em que o gás, porém quando está em estado
gasoso, não há mais possibilidade de voltar diretamente ao estado líquido; já
quando em forma de vapor, pode ir ao estado líquido, desde que exista as trocas
de energia necessárias para tal fato. Por isto que diz comumente "vapor d´água".
Se colocarmos os estados físicos clássicos da matéria em ordem crescente, conforme
a quantidade de energia interna que cada um possui, teremos:
Sólido → Líquido → Gasoso → Plasma
Estado sólido considera-se que a matéria do corpo mantém a forma macroscópica e
as posições relativas das suas partículas, as moléculas se encontram próximas umas
das outras com forte atração entre elas, nestas condições,
possui forma e volume próprio, independentemente do corpo onde se encontra e
ainda o movimento é praticamente nada. A força coesiva da matéria é forte o
suficiente para manter as moléculas ou átomos nas posições dadas, restringindo a
mobilidade térmica. Os sólidos podem ser cristalinos ou amorfos. Entretanto o
vidro e outros sólidos não cristalinos, ou amorfos, não possuem ordem
padronizada. É particularmente estudado nas áreas da estática e da dinâmica.
Estado líquido, o corpo mantém a sua quantidade de matéria e aproximadamente o
seu volume. A forma e posição relativa das suas partículas é variável se adaptando
conforme o corpo. As moléculas estão relativamente próximas, e a força de atração
é mediana, assim como os movimentos. As partículas de uma substância líquida
têm mais energia cinética que as de um sólido. Um líquido mudará de forma para
se adequar ao seu recipiente. A magnitude da força de empuxo ascendente é igual
ao peso do fluido deslocado pelo objeto. Quando a força de empuxo é igual à força
da gravidade puxando para baixo a massa do objeto, o objeto flutuará. As
partículas de um líquido tendem a ser mantidas pela atração intermolecular fraca,
em vez de se moverem livremente como as partículas de um gás. Esta força coesiva
puxa as partículas para formar gotas ou correntes. É particularmente estudado nas
áreas da hidrostática e da hidrodinâmica.
Estado gasoso, o corpo mantém apenas a quantidade de matéria, podendo variar
amplamente a forma e o volume, as partículas possuem força de atração nula e
movimentos bruscos (agitação térmica). As partículas de gás têm muito espaço
entre elas e possuem alta energia cinética. Se não confinadas, as partículas de um
gás se espalharão indefinidamente; se confinado, o gás se expandirá para preencher
seu recipiente. As partículas dos gases têm energia cinética suficiente para superar
as forças intermoleculares que mantêm sólidos e líquidos juntos. É particularmente
estudado nas áreas da aerostática e da aerodinâmica.
Plasma é o estado em que a maioria da matéria se encontra no universo. O plasma
consiste em partículas altamente carregadas com energia cinética extremamente
alta. Os gases nobres são frequentemente usados para fazer sinais luminosos
usando eletricidade para ionizá-los ao estado de plasma. Estrelas são
essencialmente bolas de plasma superaquecidas. Em laboratório, é possível se
estudar o plasma de alta temperatura, mantidos confinados por campos
magnéticos intensos, em um reator experimental de fusão nuclear, ou focalizando
um laser de alta intensidade com pulsos ultracurtos em um gás. Há pouquíssimas
substâncias que se encontram nos estados sólido, líquido e gasoso no Universo. É
pouco provável que superem o que em química se considera como restos
infinitamente pequenos. Toda a substância restante do universo subsiste no estado
denominado plasma.

Os estados físicos modernos

Condensados de Bose-Einstein

Em 1924, Albert Einstein e Satyendra Nath Bose previram o "condensado de Bose-


Einstein", por vezes referido como o quinto estado da matéria. Trata-se de uma
coleção de milhares de partículas ultrafrias ocupando um único estado quântico,
ou seja, todos os átomos se comportam como um único e gigantesco átomo. Possui
características, de ambos, estado sólido e estado líquido, como supercondutividade
e super-fluidez, porém, é encontrado em temperaturas extremamente baixas
(próximas ao zero absoluto), o que faz com que suas moléculas entrem em colapso.
É particularmente estudado na área da mecânica quântica.
Na fase gasosa, o condensado de Bose-Einstein manteve uma previsão teórica não
verificada durante muitos anos. Em 1995, os grupos de pesquisa de Eric
Cornell e Carl Wieman, de JILA na Universidade do Colorado em Boulder,
produziram pela primeira vez esse condensado experimentalmente. Um
condensado Bose-Einstein é "mais frio" do que um sólido. Pode ocorrer quando os
átomos têm níveis quânticos muito semelhantes (ou o mesmo), em temperaturas
muito perto do zero absoluto (-273,15 °C).

Superfluidos
Perto do zero absoluto, alguns líquidos formam um segundo estado líquido
descrito como superfluido porque tem viscosidade zero ou fluidez infinita. Isso foi
descoberto em 1937 para o hélio, que constitui um superfluido abaixo
da temperatura lambda de 2,17 K. Neste estado, ele vai tentar "subir" para fora do
recipiente.Também tem condutividade térmica infinita, de modo que
nenhum gradiente de temperatura pode se formar em um superfluido.
Essas propriedades são explicadas pela teoria de que o isótopo comum hélio-4 faz
um condensado de Bose-Einstein, no estado superfluido. Mais recentemente,
superfluidos de condensado fermiônico tem sido formados a temperaturas ainda
mais baixas pelo raro isótopo hélio 3 e lítio-6.
Dois tipos conhecidos são:
Condensado fermiônico possui características, de ambos, estado sólido e estado
líquido, como supercondutividade e super-fluidez, porém, é encontrado em
temperaturas extremamente baixas (próximas ao zero absoluto), o que faz com que
suas moléculas entrem em colapso. É particularmente estudado na área
da mecânica quântica.
Superfluido de polaritons é um superfluido que é capaz de levar energia de um
lugar para outro utilizando-se de um feixe de luz, também pode gerar raios laser
potentes com baixo consumo e fazer transporte de bits em meio sólido.
Outros estados da matéria
Existem outros possíveis estados da matéria, alguns destes só existem sob
condições extremas, como no interior de estrelas mortas, ou no começo do universo
depois do Big Bang:
Fluidos supercríticos
Colóide
Matéria degenerada
Neutrônio
Plasma de quarks-glúons
Matéria estranha ou matéria de quark
Excitonium
Super fóton

Transições de fase

Como a cada uma destas fases de uma substância corresponde determinado tipo de
estrutura corpuscular, há vários tipos de mudanças de estruturas dos corpos
quando muda a fase, ou de estado de aglomeração, da substância que são feitos. A
mudança de fases ocorre conforme o diagrama de fases da substância. Mudando a
pressão ou a temperatura do ambiente onde um objeto se encontra, esse objeto
pode sofrer mudança de fase.
Fusão - mudança do estado sólido para o líquido.Existem dois tipos de fusão:
Gelatinosa - derrete todo por igual; por exemplo o plástico.
Cristalina - derrete de fora para dentro; por exemplo o gelo.
Vaporização - mudança do estado líquido para o gasoso. Existem três tipos de
vaporização:
Evaporação - as moléculas da superfície do líquido tornam-se gás em qualquer
temperatura.
Ebulição - o líquido está na temperatura de ebulição e fica borbulhando, recebendo
calor e tornando-se gás.
Calefação - o líquido recebe uma grande quantidade de calor em período curto e se
torna gás rapidamente.
Condensação - mudança de estado gasoso para líquido (inverso da Vaporização).
Solidificação - mudança de estado líquido para o estado sólido (inverso da Fusão).
Sublimação - um corpo pode ainda passar diretamente do estado sólido para o
gasoso.
Ressublimação - mudança direta do estado gasoso para o sólido (inverso da
Sublimação).
Ionização - mudança de estado gasoso para o estado plasma.
Desionização - mudança de estado plasma para estado gasoso (inverso de
Ionização).

0
Em física de partículas e química quântica, antimatéria é a
extensão do conceito de antipartícula da matéria, por meio de
que a antimatéria é composta das chamadas antipartículas, da mesma maneira que
matéria normal está composta das partículas subatômicas.

Por exemplo, pósitrons (elétrons com carga positiva), antiprótons (prótons com
carga negativa) e antinêutrons (com carga nula como os nêutrons, mas contrários a
estes no que diz respeito a outras particularidades) poderiam dar forma
a antiátomos, da mesma maneira que elétrons, prótons e nêutrons dão forma
a átomos normais da matéria.

Além disso, a mistura da matéria e da antimatéria conduziria ao aniquilamento de


ambas, da mesma maneira que a mistura das antipartículas e das partículas,
criando assim fótons de grande energia (raios gama) e outros pares de partículas e
antipartículas. As partículas que resultam do aniquilamento matéria–antimatéria
são dotadas de energia igual à diferença entre a massa de repouso dos produtos do
aniquilamento e a massa de repouso do par original da matéria-antimatéria, que é
sempre grande (ver: aniquilação pósitron-elétron).

Introdução

Em 1928, o físico teórico britânico Paul Dirac elaborou uma equação que leva seu
nome. Esta equação tornou possível antever a existência dos pósitrons e, portanto,
a existência da antimatéria.
Há uma especulação considerável na ciência e na ficção científica a respeito do
motivo pelo qual o universo observado parece ser constituído inteiramente de
matéria. Especula-se a respeito de outros lugares possivelmente constituídos
apenas por antimatéria. Atualmente, a assimetria aparente entre matéria e
antimatéria é um dos maiores problemas sem solução da física. O possível processo
pelo qual ocorreu é explorado mais detalhadamente na bariogênese.
Em 1995, foram produzidos antiátomos de anti-hidrogênio, assim como núcleos de
anti-deutério, criados a partir de um antipróton e um antinêutron. Já em 2011, uma
colaboração, que reuniu 584 cientistas e que contou com físicos da USP e Unicamp,
produziu, no Laboratório Nacional Brookhaven (EUA), antinúcleos de Hélio,
formados por dois antiprótons e dois antinêutrons, a porção de antimatéria mais
pesada já produzida.

A antimatéria cria-se no universo como resultado da colisão entre partículas de


alta energia, como ocorre no centro das galáxias, entretanto, não se tem detectado
nenhum tipo de antimatéria como resíduo do Big Bang, coisa que ocorre com a
matéria normal. A desigual distribuição entre a matéria e a antimatéria no universo
tem sido, durante muito tempo, um mistério. A solução mais provável reside em
certa assimetria nas propriedades dos mésons-B e suas antipartículas, os
antimésons-B.
Os pósitrons e os antiprótons podem ser armazenados num dispositivo
denominado, em inglês, Penning trap ("armadilha Penning"), que usa uma
combinação de campos magnéticos e elétricos. Para a criação de armadilhas que
retenham átomos completos de anti-hidrogênio foram empregados campos
magnéticos muito intensos, assim como temperaturas muito baixas. As primeiras
destas armadilhas foram desenvolvidas pelos projetos ATRAP e ATHENA.
Foguete de antimatéria: astronave que, teoricamente, utilizaria antimatéria como
combustível.
O símbolo que se usa para descrever uma antipartícula é o mesmo símbolo da
partícula normal, porém com um traço sobre o símbolo.
As reações entre matéria e antimatéria tem aplicações práticas na medicina como,
por exemplo, na tomografia por emissão de pósitrons (PET).
As colisões entre matéria e antimatéria convertem toda a massa possível das
partículas em energia. Esta quantidade é muito maior que a energia química ou
mesmo a energia nuclear que se podem obter atualmente através de reações
químicas, fissão ou mesmo fusão nuclear. A reação de 1 kg de antimatéria com 1 kg
de matéria produziria 1.8×1017 J de energia (segundo a equação E=mc²). Em
contraste, queimar 1 kg de petróleo produziria 4.2×107 J, e a fusão nuclear de 1 kg
de hidrogênio produziria 2.6×1015 J.
A escassez de antimatéria significa que não existe uma disponibilidade imediata
para ser usada como combustível. Gerar somente um antipróton é imensamente
difícil e requer aceleradores de partículas, assim como imensas quantidades de
energia (muito maior do que a obtida pelo aniquilamento do antipróton), devido à
ineficiência do processo. Os métodos conhecidos para produzir antimatéria
também produzem uma quantidade igual de matéria normal, de forma que o limite
teórico do processo é a metade da energia administrada se converter em
antimatéria. Inversamente, quando a antimatéria é aniquilada com a matéria
ordinária, a energia emitida é o dobro da massa de antimatéria, de forma que o
armazenamento de energia na forma de antimatéria poderia apresentar (em teoria)
uma eficiência de 100%.
Na atualidade, a produção de antimatéria é muito limitada, porém tem aumentado
em progressão geométrica desde o descobrimento do primeiro antipróton em 1995.
A taxa atual de produção de antimatéria é entre 1 e 10 nanogramas por ano,
esperando-se um incremento substancial com as novas instalações do CERN e
da Fermilab.
Considerando as partículas mais elementares que se conhecem
atualmente: Lépton (Elétron, Elétron-neutrino, Múon, múon-neutrino, Tau e Tau-
neutrino), Quarks (Up, Down, Charm, Strange, Top e Bottom)
e Bósons (Fótons, Glúons, Bósons vetoriais mediadores e grávitons), podemos dizer
que para cada uma delas, existe uma antipartícula, com massa igual porém
com carga elétrica e momento magnético inverso. Elas dão origem ao antielétron
(chamado também de pósitron), ao antipróton e ao antinêutron - a antimatéria,
portanto.

A teoria

A teoria mais aceita para a origem do Universo é a do Big Bang que diz que tudo se
iniciou numa grande explosão. Nos primeiros instantes o universo não era
constituído por matéria, mas sim por energia sob forma de radiação. O universo
então passou a expandir-se e, consequentemente, a esfriar. Pares de partícula-
antipartícula eram criados e aniquilados em grande quantidade. Com a queda de
temperatura a matéria pôde começar a formar hádrons, assim como a antimatéria a
formar anti-hádrons, pois matéria e antimatéria foram geradas em quantidades
iguais. Atualmente, no entanto, parece que vivemos em um universo onde só há
matéria.
Na esquerda: Partículas (elétron, próton, nêutron).

Na direita: Antipartículas (pósitron, antipróton, antinêutron).

Na realidade, já é estranho que o universo exista[carece de fontes], pois, quando a


matéria e a antimatéria se encontram, o processo inverso da criação ocorre, ou seja,
elas anulam-se gerando apenas energia nesse processo. Seria altamente
provável[carece de fontes], portanto, que logo após terem sido criadas, partículas e
antipartículas se anulassem, impedindo que corpos mais complexos como hádrons,
átomos, moléculas, minerais e seres vivos pudessem formar-se[carece de fontes].
Acredita-se[carece de fontes] que esse processo de geração e aniquilação realmente
ocorreu para quase toda a matéria criada durante o início da expansão do universo,
mas o simples fato de existirmos indica que ao menos uma pequena fração de
matéria escapou a esse extermínio precoce[carece de fontes].

É possível que algum processo, de origem desconhecida, tenha provocado uma


separação entre a matéria e a antimatéria. Neste caso existiriam regiões do universo
em que a antimatéria e não a matéria seria mais abundante[carece de fontes].
Planejam-se algumas experiências no espaço para procurar essas regiões. No
entanto, como até hoje não se conhece um processo capaz de gerar tal
separação[carece de fontes], a maioria dos cientistas não acredita
nessa hipótese[carece de fontes].

Por outro lado, existe a possibilidade de que a natureza trate de forma ligeiramente
diferente a matéria e a antimatéria. Se isto for verdade, seria possível que uma
pequena fração da matéria inicialmente gerada tenha sobrevivido e formado o
universo conhecido hoje. Há resultados experimentais e teóricos que apontam
nesta direção.[carece de fontes]

Experimentos

Experimentos para a produção artificial de antimatéria e seu armazenamento por


períodos relativamente longos de tempo vem sendo tentados por cientistas nos
últimos anos.

Em setembro de 2010, a equipe internacional ALPHA do CERN (a qual inclui


pesquisadores de diversos países, incluindo os brasileiros Cláudio Lenz Cesar e
Daniel de Miranda Silveira) anunciou que conseguiu pela primeira vez capturar
átomos de antimatéria. Foram aprisionados 38 átomos de anti-hidrogênio no
"tanque de antimatéria" criado pelos cientistas, cada um deles ficando retido por
mais de um décimo de segundo.

Em junho de 2011, a mesma equipe ALPHA anunciou um novo recorde, ao


aprisionar átomos de antimatéria por 1000 segundos (mais de 16 minutos e 35
segundos).

Em março de 2012, a equipe ALPHA anunciou que conseguiu pela primeira vez
efetuar medições de propriedades de átomos de antimatéria.

Em dezembro de 2016, a equipe ALPHA, contando com a participação de


pesquisadores brasileiros, publicou na revista Nature o resultado do primeiro
experimento em que conseguiram fazer átomos de anti-hidrogênio interagir com
raios laser, podendo fazer pela primeira vez a espectroscopia da antimatéria, e
chegando a conclusão de que o espectro da antimatéria não é diferente do espectro
da matéria convencional.

Produção natural

Os pósitrons são produzidos naturalmente na decomposição β+ de isótopos


radioativos de ocorrência natural (por exemplo, potássio-40) e nas interações
dos fótons gama (emitidos pelos núcleos radioativos) com a matéria. Antineutrinos
são outro tipo de antipartícula criada pela radioatividade natural (decaimento β−).
Muitos tipos diferentes de antipartículas também são produzidos por (e contidos
em) raios cósmicos. Em janeiro de 2011, a pesquisa feita pela Sociedade
Astronômica Americana descobriu a antimatéria (pósitrons) originado acima das
nuvens de tempestade; os pósitrons são produzidos em flashes de raios gama
criados por elétrons acelerados por campos elétricos fortes nas nuvens.
Antiprótons também foram encontrados no Van Allen Belts em torno da Terra pelo
módulo PAMELA.

As antipartículas também são produzidas em qualquer ambiente com uma


temperatura suficientemente alta (energia de partícula média maior do que o limiar
de produção de pares). Durante o período da bariogénese, quando o universo era
extremamente quente e denso, a matéria e a antimatéria eram continuamente
produzidas e aniquiladas. A presença de matéria remanescente e a ausência de
antimatéria detectável restante , também chamada assimetria de bárion, é atribuída
a CP-violação: uma violação da simetria CP relacionando matéria a antimatéria. O
mecanismo exato dessa violação durante a bariogénese permanece um mistério.

Observações recentes indicam que buracos negros e estrelas de nêutrons produzem


vastas quantidades de plasma de elétrons pósitrons através dos jatos.[20][21] Um
processo possível é: próton → pósitron + 938 MeV.

Usos

Médico

As reações matéria-antimatéria têm aplicações práticas na área de imagens


médicas, como a tomografia por emissão de pósitrons(PET).[1][22] Na
desintegração beta positiva, um nuclídeo perde o excesso de carga positiva ao
emitir um pósitron (no mesmo caso, um próton se torna um nêutron e
um neutrino também é emitido). Nuclídeos com excesso de carga positiva são
facilmente feitos em um ciclotron e são amplamente gerados para uso médico.
Antiprótons também foram mostrados dentro de experimentos de laboratório
como tendo o potencial para tratar certos tipos de câncer, em um método
semelhante atualmente usado para a terapia de íons (prótons).

Combustível

A antimatéria isolada e armazenada poderia ser usada como combustível para


viagens interplanetárias ou interestelares como parte de uma propulsão de pulso
nuclear catalisada por antimatéria ou outros foguetes de antimatéria, como o
foguete de Redshift. Uma vez que a densidade de energia da antimatéria é maior
do que a dos combustíveis convencionais, uma nave espacial alimentada com
antimatéria teria uma relação impulso-peso maior do que uma espaçonave
convencional.

Se as colisões matéria-antimatéria resultassem apenas na emissão de fótons, toda a


massa restante das partículas seria convertida em energia cinética. A energia por
unidade de massa (9×1016 J/kg) é cerca de 10 ordens de magnitude maior do que
as energias químicas, e cerca de 3 ordens de magnitude maior que a energia
potencial nuclear que pode ser liberada, hoje, usando a fissão nuclear (cerca de 200
MeV por reação de fissão[26] ou 8×1013 J/kg) e cerca de 2 ordens de magnitude
superiores aos melhores resultados possíveis esperados da fusão (cerca de
6.3×1014 J/kg para a cadeia próton-próton). A reação de 1 kg de antimatéria com 1
kg de matéria produziria 1.8×1017 J (180 petajoules) de energia (pela fórmula
de equivalência massa-energia, E = mc2), ou o equivalente bruto de 43 megatons de
TNT - um pouco menor do que o rendimento da bomba Tsar de 27.000 kg, a maior
arma termonuclear jamais detonada.

Nem toda essa energia pode ser utilizada por qualquer tecnologia de propulsão
realista por causa da natureza dos produtos de aniquilação. Embora as reações de
elétron-pósitron resultem em fótons de raios gama, estes são difíceis de direcionar e
usar para empuxo. Nas reações entre prótons e antiprótons, sua energia é
convertida em pions relativistas neutros e carregados. Os pions neutros decaem
quase imediatamente (com uma meia-vida de 84 attosegundos) em fótons de alta
energia, mas os píons carregados decaem mais lentamente (com uma meia-vida de
26 nanossegundos) e podem ser desviados magneticamente para produzir empuxo.

Note que os píons carregados acabam por decompor-se numa combinação


de neutrinos (que transportam cerca de 22% da energia dos píons carregados)
e muão carregados instáveis (transportando cerca de 78% da energia píon
carregada), com os muões então decadentes em uma combinação
de elétrons, pósitrons e neutrinos, os neutrinos deste decaimento carregam cerca de
2/3 da energia dos muões, o que significa que a partir dos picos originais
carregados, a fração total de sua energia convertida em neutrinos por uma ou outra
rota é cerca de 0.22 + (2/3)⋅0.78 = 0.74).

Armas

A antimatéria tem sido considerada como um mecanismo desencadeador de armas


nucleares. Um grande obstáculo é a dificuldade de produzir antimatéria em
quantidades suficientemente grandes, e não há evidência de que seja possível[30].
No entanto, a Força Aérea dos EUA financiou estudos sobre a física da antimatéria
na Guerra Fria e começou a considerar seu possível uso em armas, não apenas
como um gatilho, mas como o próprio explosivo.

O que é antimatéria?

A antimatéria é o inverso da matéria. As antipartículas possuem as mesmas


características das partículas elementares, mas apresentam carga elétrica oposta.

O encontro entre partícula e antipartícula gera aniquilação

A+
A-

Literalmente, a antimatéria é o inverso da matéria. Cada partícula elementar que


conhecemos possui uma partícula oposta que apresenta exatamente as mesmas
características, exceto a carga elétrica, que é o inverso. O pósitron, por exemplo, é a
antimatéria do elétron, portanto, possui a mesma massa, mesma rotação, mesmo
tamanho, mas carga elétrica de sinal oposto.

Matéria e antimatéria, constituídas de antipartículas

A antimatéria não é produzida naturalmente na Terra. Tudo o que se sabe sobre


essas antipartículas vem de experiências realizadas em aceleradores de partículas,
que apresentam antipartículas como produto. A dificuldade de produzir e analisar
esses materiais está no fato de que, no encontro da matéria com a antimatéria, sempre
ocorre aniquilação, isto é, uma destrói a outra, e o resultado é uma grande
quantidade de energia.
Antipartículas já são utilizadas no diagnóstico feito a partir de imagens. O exame PET
scan, por exemplo, é uma tomografia por emissão de pósitrons em que imagens
tridimensionais são formadas a partir da interação, que é inofensiva, de pósitrons com
o corpo humano.

Imagem obtida a partir de uma tomografia por emissão de pósitrons


Bombas mais potentes que ogivas nucleares e reatores para a produção de energia
elétrica também são possibilidades do uso da antimatéria.
Curiosidade
As leis da Física são simétricas para o uso de partículas e antipartículas. Isso quer dizer
que, se o universo fosse totalmente formado por antipartículas, ele seria percebido
exatamente da mesma forma como é.
Antimatéria e antipartículas não são só coisa de filme de ficção científica. Apesar de
durarem muito pouco, serem raras e caras de produzir —sério, estamos falando de
trilhões de dólares—, elas têm sido estudadas em detalhes por muitas décadas e fazem
os cientistas quebrarem a cabeça. Tanto esforço e dinheiro envolvidos nessas pesquisas
têm uma boa explicação: elas podem, no futuro, revolucionar muitas áreas, gerar
energia ou ajudar a medicina a detectar câncer. A primeira antipartícula descoberta foi
o antielétron (também chamado de pósitron), em 1932, por Carl Anderson, ao estudar
raios cósmicos. Mas sua existência já havia sido prevista em 1928, quando o físico
britânico Paul D...

A antimatéria é uma consequência da união de ideias de duas grandes revoluções da
física do início do século 20: a teoria da relatividade e a mecânica quântica", explica
Eduardo Pontón, pesquisador do Instituto Sul-Americano de Pesquisa Fundamental,
do International Centre for Theoretical Physics (ICTP), em colaboração com a
Universidade Estadual Paulista (Unesp). Matéria x antimatéria O primeiro passo para
entender a antimatéria é saber que tudo é constituído por matéria. E a matéria é
formada por átomos, que, por sua vez, são compostos de elétrons (de carga negativa),
prótons (positiva) e nêutrons (neutra). Era nisso o que os cientistas acreditavam até
1928. Depois, Dirac demon... -

Você também pode gostar