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/// Em conversa com o líder

Provérbios que ensinam


Nestes próximos três meses, vamos estudar as orientações para a vida
cristã e vamos aprender muito com elas. Aprenderemos que Deus tem
orientações para todas as áreas da nossa vida, até mesmo aquelas que
existem hoje e pensamos que a Bíblia não tem por serem de época dife-
rente. Entenderemos que o amadurecimento cristão se dá em reconhecer
os erros e buscar a orientação para a vida mediante o direcionamento do
Espírito Santo. Também entenderemos que precisamos ler mais a Bíblia,
orar mais e confiar totalmente no Senhor.

Para estudar estas lições será preciso que você separe algumas horas du-
rante a semana e pesquise os textos que estão indicados nas lições. Tam-
bém será necessário que você leia esta revista toda, pois ela tem orien-
tações sobre como caminharmos juntos nos ensinos contidos nas lições
para este período.

Esta revista traz algumas novidades, principalmente na parte do suple-


mento didático que foi feito como um recurso para uma atividade social
que, apesar de ser apresentada como uma brincadeira, irá lembrar aos
adolescentes as 13 lições estudadas na EBD.

Nas lições da DCC – Divisão de Crescimento Cristão – os estudos estão divi-


didos em três áreas importantes na vida e para o amadurecimento cristão
dos adolescentes: na Unidade 1, as lições falam sobre comprometimento
que o adolescente deve ter na vida cristã e com o reino de Deus; na Unida-
de 2, as lições apresentam a doutrina da salvação; na Unidade 3, as lições
apresentam a importância de ajudar as outras pessoas a encontrarem a
salvação. Podemos ver que as três unidades se interligam e fazem com
que os adolescentes comprometam mais com o reino de Deus conhecendo
a importância da salvação, que os levará a pregarem mais o evangelho e,
assim, estarem alcançando e ajudando aqueles que estão caminhando a
passos largos para o inferno.

A revista deste trimestre traz para muito conteúdo e espero que os ado-
lescentes transformem outras vidas por meio das orientações e dos ensi-
namentos que a Palavra de Deus contém.

Que Deus os abençoe.

1
Em conversa com o líder .......................................................1
Expediente ..............................................................................2
Agenda ....................................................................................3
Bíblioteca ................................................................................4
Para falar com os professores .............................................6
Recursos pedagógicos .........................................................10 ISSN 1984-8595
Refletindo sobre o tema da EBD ........................................12 Literatura Batista
Tema da EBD.........................................................................15 Ano LXXXIII – Nº 337
Hino .......................................................................................17
Diálogo e Ação professor é uma revista para
EBD – Visão geral 18 professores de adolescentes (12 a 17 anos)
PLANOS DE AULA – EBD na Escola Bíblica Dominical e para os líderes
na Divisão de Crescimento Cristão, contendo
EBD 1 – Na escola de Deus .................................................19 orientações didáticas e outras matérias
EBD 2 – A felicidade de viver ...............................................22 que favorecem o seu trabalho em busca
EBD 3 – Em busca da pérola perdida .................................25 do crescimento do adolescente nas mais
EBD 4 – Abaixo a violência ..................................................28 diferentes áreas
EBD 5 – Na gangorra da preguiça ......................................31
EBD 6 – Receita para uma boa amizade ...........................34 Copyright © Convicção Editora
EBD 7 – A importância das palavras ..................................37 Todos os direitos reservados.
EBD 8 – E daí? Todo mundo faz .........................................40
Proibida a reprodução deste texto total ou
EBD 9 – O valor da disciplina ..............................................43
parcial por quaisquer meios (mecânicos,
EBD 10 – A gota mortífera ..................................................46
eletrônicos, fotográficos, gravação, estocagem
EBD 11 – Cultivando a vida interior ....................................49
em banco de dados etc.), a não ser em breves
EBD 12 – Construindo o futuro ...........................................52
citações, com explícita informação da fonte.
EBD 13 – Na encruzilhada da vida .....................................55
Publicado com autorização por
Avaliação da EBD .................................................................58 Convicção Editora
Reunião de planejamento ...................................................59 CNPJ (MF): 08.714.454/0001-36

DCC – Visão geral .................................................................61 Endereços


PLANOS DE ESTUDO – DCC Caixa Postal, 13333 – CEP: 20270-972
Rio de Janeiro, RJ
Unidade 1 – Comprometidos com Deus Telegráfico – BATISTAS
DCC 1 – Meu compromisso de crescer como pessoa .......62 Eletrônico – literatura@batistas.com
DCC 2 – Meu compromisso com a família .........................63
Editor
DCC 3 – Meu compromisso de testemunhar de Cristo ....64
Sócrates Oliveira de Souza
DCC 4 – Meu compromisso com o serviço cristão ............65
Coordenação Editorial
Unidade 2 – A doutrina da salvação
Solange Cardoso de Abreu d’Almeida
DCC 5 – Teorias sobre a pessoa de Jesus Cristo ...............66 (RP/16897)
DCC 6 – A verdadeira identidade de Jesus Cristo ..............67
Redação
DCC 7 – A humilhação e exaltação de Jesus Cristo ...........68 Tione Echkardt
DCC 8 – O tríplice ofício de Jesus Cristo .............................69
Produção Editorial
Unidade 3 – Ajudando outros a se encontrarem com Deus Oliverartelucas
DCC 9 – Sou importante na obra de evangelização ..........70
Produção e Distribuição
DCC 10 – Fazendo missões onde estou .............................71 Convicção Editora
DCC 11 – Salvação até os confins da terra ........................72 Tel.: (21) 2157-5567
DCC 12 – O desafio de missões ...........................................73 Rua José Higino, 416 – Prédio 16
Sala 2 – 1º Andar
Estudo especial ....................................................................74 Tijuca – Rio de Janeiro, RJ
Gabarito .................................................................................80 CEP 20510-412
literatura@conviccaoeditora.com.br

2
/// Agenda

JANEIRO Atividade especial: muitos adoles-


Mês dedicado à UHMBB centes estão de férias nesse perío-
do ou iniciando as aulas, por isso,
Principais datas do mês é bom enfatizar a importância do
testemunho. No primeiro domingo
Primeiro domingo: Reunião de
é comemorado o dia da Aliança Ba-
planejamento tis-ta Mundial e pode apresentar aos
Segundo domingo: Programa regular adolescentes o que ela é e como funci-
Terceiro domingo: Programa regular ona (http://www.baptistlink.com/
creationists/bwa.htm). Também acon-
23 – Sábado: Aniversário da União de tece o carnaval e é ideal estimular os
Homens Batistas do Brasil adolescentes a participarem do retiro
Quarto domingo: Programa regular da igreja e ter uma programação es-
pecial no retiro.
Quinto domingo: Programa regular

Atividade especial: Janeiro é o mês


MARÇO
das férias e programar atividades Mês dedicado a Missões Mundiais
com a classe durante a semana tor-
na-se muito interessante. Uma su- Principais datas do mês
gestão especial é para o dia 23, ani-
Primeiro domingo: Dia da esposa do
versário da UHMBB. Nessa data, po-
Pastor
de ser feito um programa especial
para os homens da igreja e isto se Segundo domingo: Dia de Missões
torna importante para que os ado- Mundiais
lescentes se envolvam nas ativida- Terceiro domingo: Programa regular
des denominacionais e eclesiásticas.
Quarto domingo: Programa regular

FEVEREIRO
Mês dedicado à Aliança Batista Mun- Atividade especial: há duas datas
dial e à UFMBB – Jovens Cristãs em importantes neste mês: no primeiro
Ação domingo, o dia da esposa do pastor e,
com certeza, a esposa do seu pastor
Principais datas do mês ficará muito feliz em participar de um
Primeiro domingo: Dia da Aliança Ba- programa especial louvando a Deus
tista Mundial – 1º domingo do mês pela vida dela; e, no segundo domin-
go, pode-se fazer uma atividade es-
9 – Terça-feira: carnaval
pecial sobre Missões Mundiais, inclu-
Segundo domingo: Programa regular sive, no decorrer deste mês podem
Terceiro domingo: Programa regular ser passados vídeos com testemu-
Quarto domingo: Programa regular nhos de missionários da JMM.

3
/// Biblioteca

INDICAÇÕES ESPECIAIS PARA O TRIMESTRE

Para auxiliar o seu trabalho na preparação das aulas deste período, tanto em
relação aos estudos das lições da EBD quanto ao que diz respeito aos estudos
das lições da DCC, estamos oferecendo uma lista de livros que poderão ser
consultados e, se examinados, contribuirão para a melhor qualidade do ensino.

Livros sugeridos para os estudos da EBD

BAXTER, J. Sidlow. Examinai as Escrituras. Trad. de Neyd Siqueira. SP: Vida


Nova, 1993. Vol. 3. 299p (Jó a Lamentações).

CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento Interpretado: Dicionário: A-L


e M-Z. SP: Editora Candeia, 2000. Vol. 6,7.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento Interpretado: versículo por


versículo: Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cantares. SP: Editora Candeia, 2000.
v4. 720p.

FOHRER, G. & SELLIN, Ernest. Introdução ao Antigo Testamento: livros históricos


e códigos legais; livros dos cânticos, livros sapienciais, livros proféticos, livro

4
apocalíptico (Dn), compilação e tra- Gomes e Jabes Torres. 2ªed. RJ: JUERP,
dição do AT. Trad. de D. Mateus Rocha, 1981. 285p.
OSB. 3ª edição. SP: Paulinas, 1978.
Vol. 1,2. 370p. (Nova coleção bíblica). GRAHAM, Billy. Paz com Deus. 3ªed.
Trad. de Jorge Rosa. RJ: JUERP, 256p.
KIDNER, R. Derek. Provérbios: intro-
dução e comentário. Trad. de Gordon
Chown. SP: Mundo Cristão, 1980. GROESCHEL, Craig. Quem Deus real-
mente é? Editora Vida, 191p.

Livros sugeridos para os HOLE, F. B. O plano de salvação. De-


estudos da DCC pósito de Literatura Cristã, 128p.

MONDIN, Batista. Quem é Deus? Edi-


Unidade 1 – Comprometidos tora Paulus, 456p.
com Deus
SCHAEFFER, Francis. A morte da razão.
OSBORNE, Cecil. A arte de aprender a 7ª ed. SP: Fiel e ABU Editora, 1997. 96p.
amar-se a si mesmo. Trad. de Roberto
Alves de Souza. 5ªed. RJ: JUERP, 1989. SPURGEON, Charles H. O caminho da
240p. salvação. Trad. de Ivan Carlos Parecy
Jr. Projeto Spurgeon. 13p.
OSBORNE, Cecil. A arte de relacionar-se
com as pessoas. Trad. de Josias Cunha
de Souza e Roberto Alves de Souza. Unidade 3 – Ajudando ou-
3ª ed. RJ: JUERP, 1990. 240p. tros a se encontrarem
com Deus
OSBORNE, Cecil. A arte de compreender-
se a si mesmo. Trad. de João Barbosa
MASTON, T. B. Certo ou Errado? Trad.
Batista. 6ªed. RJ: JUERP, 1988. 375p.
de José dos Reis Pereira. 3ªed. RJ:
JUERP, 1980. 190p.
PRICE, J. M. A pedagogia de Jesus: o
Mestre por excelência. Trad. de Wal-
demar W. Wey. 5ª ed. RJ: JUERP, 1986. PALAU, Luis. Diga sim para mudar.
162p. Trad. de Myrian Thalita Lins. MG: Be-
tânia, 1993. 172p.
Unidade 2 – A doutrina da
Salvação SHEDD, Russell Philip. O mundo, a
carne e o Diabo. 2ªed. SP: Vida Nova,
BUSCH, Wilhelm. A certeza da salva- 1995. 126p.
ção em Jesus. SC: 91p.
SWINDOLL, Charles R. Vivendo sem
CONNER, Walter Thomas. O evan- máscaras. Trad. de Myrian Talitha
gelho da redenção. Trad. de David Lins. MG: Betânia, 1987. 224p.

5
/// Para falar com os professores

UM DESAFIO PARA O PROFESSOR DA EBD

Ser professor no Brasil é ser um herói, principalmente diante do qua-


dro atual da educação. Ser professor de Escola Bíblica Dominical vai muito
além de herói.
Atualmente, há várias igrejas que não estão preocupadas com a EBD e
apresentam inúmeras questões como base para isto. Entre essas questões há
uma que é muito citada: a Bíblia não fala de professor, muito menos de Escola
Bíblica Dominical.
Será que isto é verdade?

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Bom, se formos procurar na Bíblia a palavra Escola Bíblica Dominical, com
certeza não encontraremos. Mas, e quanto ao ensino semelhante a ela? Será
que existia?
Vamos analisar um pouco de como era feito o ensino nos tempos bíblicos.

O ensino no Antigo Testamento


O Antigo Testamento apresenta uma informação muito importante que é
sobre o ensino oral de pais para filhos ou, então, dos mais velhos para os mais
novos.
Sabe-se que, naquela época, o ensino era oral e a família tinha um mo-
mento especial para ouvir e conhecer as histórias do povo de Deus. O ensino
sempre foi algo tão importante para Deus que há inúmeras passagens que
orientam a fazer isto: Gênesis 18.19; Deuteronômio 4.9; Salmo 78.3-6.
Em Deuteronômio 6.7-9 Deus dá a seguinte orientação: “E estas palavras,
que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos, e delas
falarás sentado em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levan-
tar-te. Também as atarás por sinal na tua mão e te serão por frontais entre os
teus olhos; e as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas.”
Isto significa que o ensino das leis do Senhor deveria e, ainda deve, ser algo
muito importante e levado a sério e a todo instante. Deus ainda diz que deve-
riam ficar pendurados em locais onde pudessem ser vistos como quadros nas
paredes.
Em Deuteronômio 11.18-20 é dada a mesma orientação, porém, com uma
linguagem mais detalhada que deve ser aqui destacada conforme o versículo 19:
“ensiná-las-eis a vossos filhos, falando delas sentados em vossas casas e an-
dando pelo caminho, ao deitar-vos e ao levantar-vos”.
Isto significa que o ensino no Antigo Testamento não era algo apenas do-
minical, mas constante, isto é, todos os dias desde que acordassem até antes
de dormir.
Havia uma enorme preocupação de que os filhos pequenos conhecessem
Deus e seus ensinamentos para que pudessem adorá-lo e passar isso para os
seus descendentes.

O ensino no cativeiro
No período que o povo de Israel foi levado ao cativeiro surgiu a necessidade
de continuar adorando a Deus e ensinando aos filhos. Afinal, era uma orienta-
ção que os filhos deveriam ser ensinados em qual caminho andar para não se
desviar dele quando crescessem (Pv 22.6).
Então, surgem as sinagogas que teve a sua origem no exílio da Babilônia,
onde as pessoas se reuniam para o estudo da lei. Ela substituiu o culto do

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templo, já que a princípio o povo es- nuavam com os mesmos princípios
tava cativo e não havia mais templo e educacionais da época do cativeiro.
mesmo depois de reconstruído mui- O ensino no Novo Testamento era tão
tos eram impedidos pela distância importante que Paulo orienta a Ti-
ou pela pobreza de participarem no móteo a continuar firme nos ensinos
templo. que recebeu na infância, pois eles é
que firmariam a certeza da salvação
Ela desenvolveu uma vida reli-
em Jesus (2Tm 3.15) e Paulo também
giosa que era a adaptação dos velhos
orienta aos pais da igreja em Éfeso
ritos e observâncias do judaísmo às
que eles deveriam ensinar aos filhos
novas condições que o povo tinha de
conforme os ensinamentos de Deus
viver. Esses eram os princípios es-
(Ef 6.4).
senciais do velho culto prescrito na
lei e pregado pelos profetas. Graças Os discípulos foram ensinados
a ela o judaísmo cresceu e persistiu. por Jesus e este ensino era diário e
durou três anos e, como consequên-
Os judeus fundaram sinagogas
cia, os apóstolos fizeram o mesmo
em cada cidade do império e em Jeru-
com os novos convertidos, inclusive
salém havia até sinagoga de estran-
geiros. A Galileia, na época dos Maca- com Paulo.
beus, estava cheia delas. Então, podemos ver que realmen-
A sinagoga se tornou o novo cen- te não havia Escola Bíblica Dominical
tro de culto, era um centro social para porque ela era diária e levada muito
os judeus se encontrarem e a pró- a sério.
pria palavra significa isto, reunidos
O ensino nos dias de hoje
juntos. Era a instituição de educação
para conservar a lei diante do povo e Hoje, a Escola Bíblica Dominical
para instruir as crianças na fé ances- não pode ser vista como um peso,
tral. Daí o início da educação no meio mas como uma coluna de ensino para
judeu. o povo de Deus. Por isso, o professor
da EBD precisa ensinar aos alunos e
Além da sinagoga ser a casa de
aprender com eles.
culto dos judeus, também servia de
escola e, como escola, seus alunos Há muitos novos cristãos per-
recebiam lições de história e da re- didos e sendo levados por ventos
ligião dos hebreus, bem como das de doutrina, independentemente da
habilidades práticas. Entre tais, ler e idade que tenham ou da igreja que
escrever sobre os seus progenitores. frequentam. É muito importante que
Além disso, aprendia aritmética sim- a Escola Bíblica Dominical exista e
ples, tradições judaicas extrabíblicas, funcione de forma que incentive e
complexos rituais do judaísmo e uma oriente os alunos, principalmente os
profissão. adolescentes.
A Professora Heloíza Helena R. A.
O ensino no Novo Testamento Pimentel diz em seu livro, Educação
Na época do Novo Testamento Cristã: revendo a EBD, que é na vida
ainda havia sinagogas e elas conti- do aluno que o mestre precisa encon-

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trar respostas, pois não existe ensi- Para pensar
no sem aprendizagem. Isto significa
que a EBD tem muito valor quando o “Eu tive muitas coisas que guardei
professor dá muito valor a ela e aos em minhas mãos, e as perdi. Mas
alunos. tudo o que eu guardei nas mãos de
Deus, eu ainda possuo” – Martin
O professor da EBD tem como
Luther King
fazer uma excelente aula quando se
dedica a cada lição. Não deve se pre- “Fiz uma aliança com Deus: que
ocupar com os afazeres, mas deve se ele não me mande visões, nem
organizar para exercer este tão belo sonhos nem mesmo anjos. Estou
ministério e confiar que Deus irá su- satisfeito com o dom das Escritu-
prir todas as suas necessidades. ras Sagradas, que me dão instru-
ção abundante e tudo o que pre-
Conclusão ciso conhecer tanto para esta vi-
da quanto para a que há de vir”
Apesar de ser um tema tão bati- – Martinho Lutero
do e parecer chato, a Escola Bíblica
Dominical é o que dá base à firmeza “A EBD é a amiga da infância, a
doutrinária de qualquer igreja, por inspiração da mocidade, a força
isso, querido professor, dedique-se da maturidade e o conforto da
neste ano a ter uma EBD criativa, velhice” – Autor desconhecido
interativa, dinâmica e com um forte “Nunca alguém tão grande (Jesus) se
ensino bíblico. Dedique-se apenas fez tão pequeno para tornar grandes
neste ano e depois avalie se valeu a os pequenos” – Augusto Cury
pena e para ter esta resposta, ana-
“Se você crê somente no que gosta
lise a vida e o crescimento espiritual
do evangelho e rejeita o que não
de seus alunos. Tenho certeza que
gosta, não é no evangelho que
você se sentirá grato e terá tantas
você crê, mas, sim, em si mesmo”
bênçãos para contar que nem saberá
– Agostinho
por onde começar.

9
/// Recursos pedagógicos

JOGO DE TABULEIRO
Neste trimestre sugerimos um jogo lançar um dado e o que sair com o
que envolve várias formas de pergun- número maior iniciará a partida.
tas e respostas que visam reforçar o
Como andar no tabuleiro: após
conhecimento das lições estudadas e
decidir quem será o primeiro a iniciar,
assuntos que se encontram na revis-
um dos participantes deverá lançar
ta e também uma interação entre a o dado e, ao cair em um número, o
classe, proporcionando um ambiente professor deverá questionar se o
alegre e descontraído. grupo PASSA ou RESPONDE.
Antes de começar, vamos às expli-
Passar: se o grupo passar, perde
cações.
a sua vez e o outro grupo fica com
direito a esta pergunta e a próxima
Suplemento didático que seria sua normalmente.
Todo o conteúdo importante para
Responder: se o grupo decidir
participar do jogo se encontra no
responder, o professor deverá pedir
Suplemento Didático, por isso, ele de- que o grupo escolha um número de
ve ser afixado em local visível e neces- 1 a 5.
sitará de uma caneta para marcar
os passos e os pontos. Também será Independentemente da escolha, o
necessário ter dois dados e peões ou professor deverá marcar no quadro
tampas de garrafas de refrigerantes que está no suplemento e que se
ou botões comuns. refere a esta opção.

O jogo será realizado por meio Os números de 1 a 5 irão deter-


da divisão da classe em dois grupos minar como será a resposta que o
e cada um deverá escolher um ca- grupo deverá dar referente à per-
minho até chegar o momento da en- gunta.
cruzilhada, onde eles se encontrarão
1 – Pergunta direta: Pergunta feita
e os participantes deverão escolher
diretamente para um participante es-
se continuam no seu grupo ou se mu- colhido pelo grupo. Não vale ter qual-
darão para o outro. quer tipo de ajuda na resposta.
Como jogar
2 – Ajuda do grupo: a pergunta
Após a divisão em dois grupos, um será feita e ele poderá ter ajuda de
participante de cada grupo deverá todo o grupo para responder.

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3 – Desenhar: o participante verá Caso haja a escolha de formarem
a resposta e terá que desenhar no um só grupo, as jogadas serão duplas
quadro-negro ou no quadro branco e só poderão seguir à frente se o único
para que o grupo responda. Não pode
grupo responder as duas perguntas.
escrever, tem que ser apenas desenho.
10ª pergunta: a última pergunta
4 – Mímica: o participante verá para cada grupo ou para o grupo úni-
a resposta e terá que fazer uma
co será feita diferente, pois ela será
mímica da resposta, podendo dividir
as sílabas até formar a resposta. referente ao tema do período. Ao che-
Não pode escrever ou falar, tem que gar à pergunta 10 deverá ser ana-
ser apenas mímica. lisado se há dois grupos ou um; se
houver dois, fazer as perguntas como
5 – Amor ao próximo: o grupo de-
tem sido feito; se for um grupo ape-
verá escolher uma das quatro for-
mas apresentadas acima e fazer com nas fazer a do último item A e B.
que o outro grupo possa dar a res- As perguntas
posta. É importante ressaltar que
vence se o outro grupo responder. As perguntas com as respectivas
Então, é melhor facilitar. respostas se encontram no item ATI-
VIDADE ESPECIAL desta revista.
Andando com o peão: cada per-
gunta a ser respondida por um dos
grupos, a opção escolhida é eliminada
Marcação nos quadrados
e vai sendo assim até eliminar todas O suplemento terá seis quadrados
as cinco opções e só após cinco res- sendo dois para cada grupo e a marca-
postas dadas será possível escolher
ção será referente ao desenvolvi-
novamente tendo as cinco opções.
Por isso, o professor deverá marcar mento de cada grupo. Caso após a
no quadro referente às escolhas para 5ª pergunta o grupo se torne em um
as perguntas para que todos saibam único a marcação será feita em um
quais opções lhe restam e só assim único caminho.
poderá mover o peão para a primeira
casa. Passa ou responde: a marcação
Perguntas: são 20 perguntas re- neste quadro será feita pelas letras
ferentes à revista e suas lições, sendo P ou R, correspondentes a cada es-
10 para cada grupo.
colha.
5ª pergunta: a quinta pergunta
é referente à lição 13, pois estará no Pontos: a marcação dos pontos
meio do caminho e os participantes será feita a cada resposta correta.
do grupo poderão escolher mudar de
Escolha das perguntas: a marca-
grupo. O interessante é que todos
poderão se tornar um só grupo e ção será feita para ir eliminando as
assim seguir um único caminho por opções até retornar a ter as cinco
estarem NA ENCRUZILHADA DA VIDA. opções disponíveis novamente.

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/// refletindo sobre o tema da EBD

LITERATURA POÉTICA OU SAPIENCIAL NO


ANTIGO TESTAMENTO

A Bíblia, assim como qualquer outro livro, possui estilos literários nos seus
escritos. A diferença se encontra que em outros livros é comum ver poucos
estilos literários ou, até mesmo, um em todo seu conteúdo. No caso da Bíblia,
é possível encontrar inúmeros estilos literários nos seus livros e, às vezes, até
mesmo dentro de um livro é possível ver mais de um estilo literário. Eis alguns
estilos literários que a Bíblia contém: anais, crônicas, novelas, mito, profetismo,
anedota, conto, listas, prosa, poesia, saga, lenda, dentre outros.
É bom ressaltar que estilo literário é a forma da escrita e que isto não
significa acrescentar ou inventar algo ao texto mudando a sua mensagem.
Na Bíblia, tudo o que está escrito foi revelado por Deus e inspirado pelo seu
Espírito Santo para a orientação do seu povo para anunciar as boas-novas de
salvação e isto não é para ser questionado.
O Antigo Testamento apresenta relatos maravilhosos de como as pessoas
entendiam Deus agindo em suas vidas, porém, muitas pessoas, nos dias atuais,
fazem de forma diferente, preferem procurar os milagres, os poderes ou as

12
promessas de Deus do que entender tinha em mente, por isso, passa toda
como ele age na humanidade e na a verdade de um tempo em poucas
vida de cada servo seu. palavras.
Entre todos os livros do Antigo Já no hebraico, a palavra mashal
Testamento os livros que mais encan- que é traduzida para provérbio, vai
tam a humanidade, até mesmo quem muito além, podendo indicar uma
não lê ou não tem acesso constante parábola ampliada ou qualquer outra
aos escritos bíblicos, são os conhe- comparação feita, desde que seja
cidos livros poéticos ou sapienciais ampliada. O termo mashal aparece
que são: Jó, Salmos, Provérbios, Ecle- nos textos comparando dois objetos
siastes, Cantares de Salomão ou Cân- ou duas situações em contrastes.
tico dos Cânticos. Entretanto, a litera-
Apesar dos provérbios apresen-
tura poética na língua hebraica não
tarem várias formas poéticas de
é como a nossa; ela é apresentada
declarações sábias, também contêm
pela língua hebraica e, por isso, sua
discursos extensos com vários para-
métrica é muito diferente e nem tão
lelismos. Um provérbio é uma decla-
simples para a compreensão de quem
ração expressiva, incisiva e concisa,
apenas conhece a língua portuguesa.
embora com o intuito de transmitir
Estes livros apresentam conheci- um pensamento novo ou importante.
mentos e comentários sobre a vida Pode ser uma declaração enigmática
de cada judeu da época, mas também ou uma máxima, como se fosse
servem e orientam para o dia a dia de uma pequena parábola ou símile,
cada pessoa, até mesmo para hoje. ou como uma parábola ou alegoria
comprimida e, até mesmo, possuindo
Definição e conceito as características de ambas. Jesus
A palavra provérbio vem do la-tim fez uso desta figura de linguagem
proverbium e é formada por pro (antes, em Lucas 4.23: “Disse-lhes Jesus:
de acordo com ou através de) verbum Sem dúvida me direis este provérbio:
(palavra). No hebraico, o termo utili- Médico, cura-te a ti mesmo; Tudo o que
zado para provérbio é mashal que ouvimos teres feito em Cafarnaum,
significa tornar-se semelhante, ser com- faze-o também aqui na tua terra.”
parável a, expressando a ideia de Na Bíblia, encontramos muitos
comparação e é composto por com- provérbios (mashal), principalmente
parações e observações sutis e inte- no Antigo Testamento e, muitas ve-
ligentes. zes, eles estão relacionados a um tra-
Em nossa língua, é comum defi- tado didático ampliado (Pv 1.8-19),
nirmos provérbios como um dito bre- uma pessoa (Jó 17.6) ou, até mesmo,
a um grupo de pessoas (Sl 44.14).
ve e conciso, às vezes satírico, que le-
va as pessoas ao ápice que, neste Há um exemplo muito bom e que
caso, é a máxima moral. De forma geral serve para compreensão de como eram
tem um único ponto de comparação ou os provérbios no Antigo Oriente e que
princípio de verdade para comunicar, se encontra em 1Samuel 10.12: “(...)
isto é, comunicar um único pensa- Pelo que se tornou em provérbio: Está
mento ou comparação que o autor também Saul entre os profetas?”

13
Neste caso, o provérbio está se re- sua vida buscando as orientações de
ferindo a um exemplo público de um Deus e convivendo em meio a um po-
rei, cujo comportamento se tornou vo ímpio.
questionável para os que o presen-
Em toda cultura há provérbios,
ciaram.
o que demonstra que isto é um cos-
Provérbios no Antigo Oriente tume universal. Os provérbios são uti-
lizados para ajudar no ensino dos prin-
No Antigo Oriente, os provérbios cípios éticos e para questões de bom
incluíam comparações, isto é, eram senso, demonstrando ser excelentes
observações agudas e condenadas recursos didáticos. Os provérbios não
pelas pessoas, por isso, em algumas surgiram com a escrita, mas ficaram
passagens o provérbio aparece no gravados por meio dela.
texto aparentando ter um sentido de
zombaria, um escárnio em relação Conclusão
aos que não servem a Deus, demons-
Apesar de alguns estudiosos consi-
trando que Deus tratava o seu povo e derarem o livro de Provérbios como
seus líderes como um exemplo público, uma obra que ensina sobre a sabe-
como se fosse uma lição ilustrada para doria secular e prática, podemos
as pessoas com as quais conviviam, ver que a sabedoria que o livro de
como um exemplo de vida. Provérbios ensina é a que vem de
Até entre os profetas surgem tex- Deus que é onisciente.
tos contendo expressões proverbiais
Como o povo hebreu não tinha
e estas são utilizadas como ilustração definido o conceito de religião, ele
à profecia do Senhor, comparando os sempre se atentava para o temor ao
casos e demonstrando que os que ser- Senhor e é este o conhecimento, a sabe-
vem fielmente ao Senhor não sofre- doria que todo servo de Deus precisa
rão danos. adquirir em todas as áreas de sua
Então, podemos dizer que os pro- vida e é este o ápice que os provérbios
vérbios que constam no Antigo Tes- contidos no livro de Provérbios apre-
tamento têm o objetivo de comparar sentam: temer ao Senhor. Afinal este é
o que é real com o que se deseja, o princípio do saber (Pv 1.7), ou melhor
levando a pessoa a fazer uma profun- dizendo, temer ao Senhor é obedecer
da reflexão em todos os âmbitos de aos seus ensinamentos.

14
/// Tema da EBD

O LIVRO DE PROVÉRBIOS
Apesar do livro de Provérbios ser atribuído a Salomão, por causa da sua
sabedoria apresentada no Antigo Testamento, o próprio livro apresenta mais
dois autores: Agur (30.1) e Lemuel (31.1) que, apesar de não serem conhecidos,
são apresentados como sendo de Massá que era o nome de uma tribo ismaelita
do norte da Arábia; e ainda houve uma transcrição dos provérbios de Salomão
feita pelos homens de Ezequias (25.1) que, talvez, tenham sido utilizados
na época do reavivamento religioso promovido pelo rei Ezequias (2Cr 29).
Muitos estudiosos atribuem o livro a Salomão porque ele escreveu inúmeros
provérbios. Talvez o livro tenha sido escrito, em sua maior parte, por ele e, por
isso, este livro recebe o nome de Provérbios de Salomão.
Os provérbios contidos no livro de Provérbios apresentam a mesma
tradição sapiencial do Antigo Oriente, remontando, inclusive, às sabedorias
das máximas egípcias de Amenémope e é por isso que muitos estudiosos
acreditam que Salomão escreveu provérbios sendo influenciado pela cultura
literária dos egípcios, principalmente porque ele se casou com a filha de Faraó.

Propósito do livro de Provérbios


O título do livro de Provérbios em hebraico é mashal Selomoh, isto é,
Provérbios de Salomão e muitos acreditam que este vocábulo venha do assírio,
mishlu (metade) por constar que os provérbios apresentam duas metades
postas num paralelismo.
Um ponto muito importante a ser destacado é que os provérbios que
constam no Antigo Testamento não apresentam significados ou pensamentos
filosóficos que criavam sistemas com base e conceitos, pois esta cultura ainda
não existia. Os hebreus não viam a vida desta forma, pois acreditavam na
criação feita por Deus e que o conhecimento, a sabedoria humana era uma
bênção direta de Deus sobre o pensamento humano, por isso, buscavam
orientações práticas para a vida. Os hebreus valorizavam muito mais a intuição
do que os longos momentos de reflexão e buscavam nesta sabedoria a solução
para os problemas morais do homem.

15
O livro de Provérbios começa com e as obrigações sociais, a pobreza, os
um estilo antitético contrastando dois cuidados com os pobres, as riquezas
aspectos da vida: obediência e deso- materiais como questão secundária,
bediência; caminha para um antago- a vida doméstica, relacionamento fa-
nismo voltado para a existência huma- miliar, o tolo, o desmiolado, o insen-
na, isto é, o contraste entre o indivíduo sato, o arrogante etc.
e a sociedade, apresentados por ana- Para compreender melhor o livro
logias e chega aos longos textos (25 a de Provérbios, eis uma sinopse:
29), utilizando os artifícios literários
dos paradoxos e dos dilemas.
Há pontos em comum no livro de 1.1-7 – Introdução
Provérbios como: sabedoria e reti-
1.8-33 – Recomendações sobre
dão que são idênticas, iniquidade é
a sabedoria
também apresentada como insen-
satez, por isso, a fonte da sabedoria 2 – A sabedoria e as más com-
e, consequentemente, da vida, é o panhias
temor a Deus. A literatura sapiencial
3 – A bênção de Deus para com
surge por causa dessa sabedoria,
os sábios
dessa sagacidade mental no ser hu-
mano que era muito apreciada pelos 4 – Os benefícios da sabedoria
hebreus.
5-7 – Advertências contra a in-
Dentro desta ótica fica fácil com- sensatez
preender que no livro de Provérbios 8-9 – Máxima sobre a sabedoria
as más obras são sementes de des-
truição e o bem atrai para o indivíduo 10-22.16 – Máximas éticas para
as bênçãos de Deus. a vida

O propósito do livro de Provérbios 22.17-24 – Advertências práticas


é apresentar a importância da sabe- sobre a sabedoria e a insensatez
doria e orientar os homens na sua 25-29 – Advertências e lições mo-
conduta diária a buscarem esta sa- rais transcritas pelos homens
bedoria que vem de Deus. do rei Ezequias
O livro de Provérbios é com- 30.1-14 – Oráculo de Agur
posto por declarações sucintas e ex-
pressivas que transmitem a sabe- 30.15-33 – Provérbios numéri-
doria e os longos discursos didáticos. cos sobre as maravilhas da na-
tureza e os costumes dos ani-
No livro de Provérbios há ins- mais
truções para que se abandone a in-
sensatez e siga a sabedoria (cap. 1-9); 31.1-9 – Oráculo de Lemuel, apre-
sentando a educação materna
exemplos específicos de conduta sá-
bia ou de conduta insensata (cap. 10- 31.10-31 – Acróstico de Lemuel
29); a descrição da mulher virtuosa apresentando a mulher que é
(cap. 30,31). Também aborda vários louvada por todos
assuntos do dia a dia como os males

16
/// hino

QUE ESTOU FAZENDO SE SOU CRISTÃO?

Hino 552 do Hinário para o culto cristão


Letra: João Dias de Araújo, 1967
Música: Décio Emerique Lauretti, 1974

17
EBD
Visão geral

Provérbios que ensinam


Objetivos – Toda pessoa conhece pelo menos um provérbio
e o utiliza em diversas oportunidades. Há tantos provérbios e
alguns até muito interessantes, mas servem mais como frases
de efeito e mais nada. Nestes próximos três meses iremos
estudar como os provérbios são importantes e como os que
estão no livro da Bíblia, que tem o mesmo nome, pode ajudar,
exortar e edificar a vida cristã.

EBD 1 – Na escola de Deus EBD 7 – A importância das


palavras
EBD 2 – A felicidade de viver
EBD 8 – E daí? Todo mundo faz
EBD 3 – Em busca da pérola perdida
EBD 9 – O valor da disciplina
EBD 4 – Abaixo a violência
EBD 10 – A gota mortífera
EBD 5 – Na gangorra da preguiça
EBD 11 – Cultivando a vida
EBD 6 – Receita para uma boa
EBD 12 – Construindo o futuro
amizade
EBD 13 – Na encruzilhada da vida

Autor das lições


As lições deste período foram preparadas pelo redator da revista.

18
PLANO
deAULA Na es cola
1 de Deus
Texto bíblico: Provérbios 1.1-9; 3.1-8

OBJETIVOS • Aplicação contextualizada ao am-


biente familiar.
• Conhecer a forma de escritos do
livro de Provérbios. DICAS
• Entender o significado da palavra • Preparar durante a semana car-
sábio para o povo de Israel. taz feito com cartolina contendo as
• Entender o significado da sabe- definições das palavras sábio e sabe-
doria na vida familiar. doria dentro do contexto do Antigo
Testamento, conforme apresentados
• Reconhecer a importância da sabe- na lição.
doria para o servo de Deus.
• Preparar um cartaz feito com papel
• Compreender a importância dos manilha contendo alguns provérbios
pais para a vida do cristão. conhecidos e atuais e outros do texto
bíblico apresentado na lição.
RECURSOS DIDÁTICOS • Apresentar no quadro-negro as
• Uma folha de papel manilha; formas de escritos que os hebreus
costumavam utilizar.
• Uma folha de cartolina branca;
• Pesquisar, durante a semana, co-
• Canetas pilot (azul, vermelha e pre- mentários bíblicos que falam a res-
ta); peito dos provérbios na Bíblia.
• Quadro-negro;
• Giz. DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO

TÉCNICAS DE ENSINO 1. Iniciar a aula apresentando o car-


taz contendo alguns provérbios co-
• Apresentação e explicação de defi- nhecidos e atuais; incentivar os alu-
nições de termos; nos a citarem outros; fazer o mesmo
com os provérbios bíblicos conheci-
• Exposição pelo professor dos tópi-
dos e que aparecem na lição.
cos da lição;
• Participação dinâmica e criativa 2. Explicar que provérbio era um estilo
dos alunos; literário muito utilizado no Antigo Tes-

19
EBD 1

tamento e que ele sempre traz uma 10. Explicar que a sabedoria familiar
aplicação prática apresentando a ver- é a educação cristã que os pais
dade em poucas palavras. passam e que participar ativamente
da igreja também faz parte dela.
3. Questionar o que os alunos enten-
dem ser uma pessoa sábia e o que é 11. Ressaltar que o livro de Provérbios
sabedoria e incentivar a participação também destaca o perigo da pessoa
da classe. orgulhosa e que ela não agrada a Deus.

4. Apresentar o cartaz contendo as 12. Perguntar aos alunos como en-


definições das palavras: sábio e sabe- tendem a primeira lição deste pe-
doria e explicar o que elas significam ríodo e se entenderam o que são os
no contexto do Antigo Testamento, provérbios que serão estudados.
principalmente, no do livro de Pro-
vérbios. 13. Enfatizar que os provérbios bíbli-
cos não são regras fixas que devem
5. Explicar as formas de escritos que ser decoradas, mas ensinamentos
que devem ser compreendidos e pra-
os hebreus costumavam utilizar e
ticados.
que estão escritas no quadro-negro.

14. Explicar que buscar a sabedoria em


6. Demonstrar que o livro de Provér-
Deus e seguir os seus ensinamentos
bios apresenta a sabedoria mais impor-
contidos na Bíblia é tornar-se sábio e
tante que o ser humano pode ter e
fazer o que agrada a Deus.
enfatizar que ela se encontra, prin-
cipalmente, no livro de Provérbios,
que é a sabedoria em temer a Deus 15. Terminar desafiando os alunos
e obedecê-lo. a ficarem atentos aos sábios e
abençoadores conselhos de Deus
que o livro de Provérbios tem e que
7. Questionar aos adolescentes o que serão estudados no decorrer deste
entendem ser a sabedoria familiar e período.
incentivar a participação de todos,
inclusive, com exemplos.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
8. Demonstrar que o livro de Provér-
bios apresenta inúmeros textos que O sábio no Antigo Testamento
ressaltam a importância da sabe-
A palavra sábio no Antigo Testamento
doria familiar para a vida do servo de
denota inteligência e é apresentada
Deus.
pela palavra hebraica hakam que re-
presenta um modo de pensar e uma
9. Destacar que obedecer, ouvir e atitude para com as experiências da
respeitar pai e mãe é algo que Deus vida em todas as áreas, inclusive, as
vê como muito importante para a de interesse geral e da moralidade
vida de seus servos. básica.

20
EBD 1

O hakam envolve assuntos que se rela- atributo divino que envolvia a sua
cionam à prudência em negócios se- onipotência e onisciência. Só Deus
culares, habilidades nas artes, sensibi- pode providenciar a sabedoria para
lidade moral e experiência nos cami- orientar o homem de modo que ele
nhos do Senhor. Porém, ao se tratar possa viver uma vida moral e ética
do sábio, como uma função, hakam diante dos povos.
também pode significar astuto, isto Por fazer parte dos atributos de
é, hábil e, por isso, ele é perito em vá- Deus, a sabedoria foi estabelecida
rios tipos de trabalhos técnicos como antes da criação do mundo e qual-
os artesões do tabernáculo e da mo- quer um que servir ao Senhor e obe-
bília do templo (Ex 35.10) e como ou- decer seus ensinamentos torna-
rives (Jr 10.9). se sábio, mas para isto é preciso
Para o hebreu, o homem sábio tam- estudar na escola de Deus cuja ins-
bém era aquele que sabia adminis- trução é dada pelo Espírito Santo,
trar as questões de estado. Os sábios atuante na vida de cada cristão e
só assim o cristão é coroado com
constituíam uma terceira classe ou
honra e bens diante dos homens.
ofício em Israel, usando a sabedoria
em harmonia com outros ofícios (Jr O apóstolo Paulo fala em suas car-
18.18), por isso, o sábio também da- tas que Deus aniquilou a sabedoria
va conselhos práticos baseados na do mundo e apresenta Cristo como
revelação divina e também em suas sendo loucura para os sábios e que
próprias experiências e observações. o mundo não consegue conhecer
Deus pela sabedoria (1Co 1 e 2). Tam-
A sabedoria no Antigo Testamento bém deixa bem claro nas Cartas
aos Efésios e Colossenses que de-
A sabedoria no Antigo Testamento era vemos pedir a Deus sabedoria para
o ensino de um Deus pessoal, santo nos apresentar como servos com-
e justo, cujo seu servo a exibe no seu pletos e Tiago nos orienta a pedir-
caráter, isto é, nas questões práticas mos a Deus sabedoria, pois ele a dá
da vida. Para o judeu, a sabedoria do a todos livremente (Tg 1.5).
servo de Deus sujeitava a vontade
humana às causas divinas, por isso é Para compreender Deus e conhecer
apresentada como algo prático para seus ensinamentos precisamos da
a vida cotidiana. sabedoria que ele dá a todos li-
vremente (Tg 3.17) e é sobre esta
A sabedoria familiar era tida como im- sabedoria que estaremos estudando
portante por isso, pois os pais apren- nestes próximos três meses.
diam sobre Deus, o adoravam e com
as suas experiências cotidianas esta-
vam aptos para ensinar os seus fi-
lhos os caminhos do Senhor aos quais
deviam seguir.
A sabedoria para o judeu não se en-
contrava na especulação nem nas fi-
losofias, porque era considerado um

21
PLANO
deAULA A felicida de
2 de viver
Texto bíblico: Provérbios 3.13-26

OBJETIVOS DICAS
• Entender o significado da palavra • Procurar durante a semana arti-
sabedoria na Bíblia. gos, figuras ou palavras que expres-
sem e representem a felicidade para
• Entender o significado de bem-
as pessoas hoje e preparar um mural
aventurado.
para afixar à frente da classe.
• Compreender que a sabedoria es-
tá em confiar no Senhor. • Preparar um cartaz feito com pa-
pel manilha contendo a definição de
• Reconhecer que o mundo apre- felicidade e bem-aventurado.
senta coisas para desviar o cristão
do caminho da vida. • Incentivar a participação dos alu-
nos mediante definições sobre feli-
• Enfatizar que todo cristão tem um cidade.
chamado de Deus que gera felicidade.

DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO
RECURSOS DIDÁTICOS
• Uma folha de papel manilha; 1. Iniciar a aula questionando o que
os alunos entendem por felicidade,
• Jornais, revistas ou figuras; como imaginam ser capazes de al-
• Tesoura e cola e quadro-negro. cançá-la e quando acham que isto
será possível.

TÉCNICAS DE ENSINO
2. Pedir que um aluno leia o primeiro
• Apresentação visual de figuras, tópico da lição e toda a classe comente
palavras ou textos; como é possível encontrar a sabedoria,
conforme a lição apresenta.
• Exposição pelo professor dos tó-
picos da lição;
3. Questionar qual a ligação que pode
• Participação dinâmica e criativa existir entre sabedoria e felicidade.
dos alunos;
• Aplicação contextualizada medi- 4. Apresentar o mural contendo os
ante o cotidiano dos adolescentes. artigos, figuras ou palavras que

22
EBD 2

expressem ou representem a felici- diárias propostas nas lições da re-


dade para as pessoas nos dias atu- vista.
ais.
13. Enfatizar que isto deve ser uma
5. Incentivar a participação dos ado- prática cotidiana para a vida do
lescentes, pedindo que eles comen- cristão independentemente de ser
tem sobre o que veem no mural e aluno assíduo da classe.
acreditam ser verdade ou não e que
justifiquem suas posições. 14. Explicar que a felicidade está em
viver uma vida fundamentada nos
6. Demonstrar que o livro de Pro- ensinamentos do Senhor e que isto
vérbios apresenta a felicidade como demonstra ter encontrado a sabe-
sendo algo que o cristão procura nos doria.
ensinamentos do Senhor.
15. Terminar desafiando os alunos
7. Apresentar o cartaz contendo a a separarem um momento em cada
definição das palavras felicidade e dia, no decorrer da próxima semana,
bem-aventurado e questionar o que para realizar as leituras diárias e
eles pensam ser bem-aventurado. meditar nelas.

8. Demonstrar que a felicidade está


em andar nos caminhos do Senhor INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
e confiar em Deus mesmo quando
está passando por dificuldades. Bem-aventurado

Felicidade no hebraico vem da pa-


9. Destacar que o mundo sempre ofe-
lavra esher e também significa bên-
rece inúmeros atrativos para afas-
ção e sua raiz também significa ir-
tar o cristão dos ensinamentos de
reto ou andar reto. Então, ser feliz sig-
Deus.
nifica andar pelo caminho do enten-
dimento ou da sabedoria e como a
10. Explicar que a felicidade é conse-
sabedoria do cristão faz parte dos
quência da sabedoria e que para
atributos de Deus, felicidade signi-
adquirir ambas, o cristão precisa
fica ser abençoado ou andar sob a
buscar a orientação na Palavra de
Deus. bênção de Deus.
Alguns estudiosos definem felici-
11. Ressaltar que ouvir, compreender dade ou bem-aventurado como o que
e praticar os ensinamentos de Deus marcha, isto é, o que anda em linha
é fundamental para que o cristão reta e disciplinada que, no caso do
tenha confiança em Deus. cristão, significa o que segue os ensi-
namentos de Deus e, por isso, anda
12. Perguntar aos alunos se eles de forma íntegra diante da socie-
estão lendo as lições e as leituras dade.

23
EBD 2

Confiar na sabedoria homem sem que este a mereça, mas


isto é mais conhecido como bênção,
A língua portuguesa apresenta mui- um presente de Deus para os seus
tos sinônimos para as palavras e servos.
algumas delas se perdem em suas
definições e conceitos. Por outro lado, Então, o mais importante é seguir o
a língua hebraica apresenta defini- direcionamento divino para se ter um
ções de suas palavras envolvendo o andar reto, seguir uma vida correta,
sabendo que assim estará alcançan-
contexto ao qual ela é apresentada.
do a felicidade que vem da parte de
Isto faz com que algumas palavras
Deus.
apareçam apenas uma única vez em
textos ou que sejam traduzidas para O Evangelho de Mateus dá ênfase
palavras que ficam distantes do seu à sabedoria e à felicidade quando
real significado no português. apresenta as bem-aventuranças que
Jesus pregou no Sermão do Monte (Mt
Ao se falar em confiança, a ideia que
5-7). Se analisarmos cada versículo
a língua hebraica passa é a mesma
destes capítulos, tendo em mente
que se tem para fé. Então, confiança este conceito de felicidade, veremos
significa certeza, base, fundamento, que para ser feliz é preciso praticar os
convicção, isto é, confiar na sabe- ensinamentos que a Bíblia contém e é
doria. Dentro do contexto do Antigo isto que significa exceder a justiça que
Testamento é ter como base da vida era pregada pelos fariseus e escribas
cristã os ensinamentos de Deus que (Mt 5.20), pois só assim estaremos
estão contidos na sua Palavra e, por fazendo parte do reino de Deus.
isso, é possível seguir alguns passos
para alcançar a felicidade no viver. O apóstolo Paulo, quando estava
diante do rei Agripa, disse que se sen-
Os provérbios que estão sendo tia feliz por apresentar a sua defesa a
estudados nesta lição abordam essa ele (At 26.2), pois a sua felicidade es-
compreensão e demonstram que o tava em pregar o evangelho, as boas-
cristão precisa aprender a confiar, isto novas de salvação a todos. Nós tam-
é, ter a certeza e ter como base para bém devemos encontrar a felicidade
sua vida que Deus tem um caminho nos ensinamentos da Bíblia.
certo e direciona o ser humano para
andar nele. O contraste aparece nas
coisas passageiras que o dia a dia de
cada um oferece e faz com que venha
se tornar um insensato.
É interessante destacar que seguir
alguns passos ou conselhos não sig-
nifica ter um guia com regras rígidas
e inflexíveis, mas ter as orientações
corretas e necessárias para todas as
áreas e em todos os momentos que a
vida apresenta. Afinal, a sabedoria é
um atributo divino que é oferecido ao

24
PLANO
deAULA Em busca da
3 pérola perdida
Texto bíblico: Provérbios 10.9; 11.1

OBJETIVOS DICAS
• Entender o significado da palavra • Recortar no decorrer da semana,
pecado. pedaços de papéis e escrever neles
• Reconhecer a importância do arre- palavras como pecado, arrependi-
pendimento. mento, confissão, culpa, consequên-
cias, nova vida.
• Compreender a necessidade da con-
fissão. • Preparar um cartaz feito com pa-
pel manilha contendo um círculo com
• Assumir a responsabilidade das
consequências dos erros cometidos. a palavra Deus e ao lado, mais abaixo,
outro círculo com a palavra homem.
• Enfatizar que todo cristão precisa
ter uma mudança de vida.
DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO
RECURSOS DIDÁTICOS
1. Iniciar a aula questionando o que
• Uma folha de papel manilha; os alunos entendem ser pecado e o
• Recortes de papel em tiras ou pe- que acreditam ser pecado.
daços;
2. À medida que forem conceituan-
• Fita adesiva e quadro-negro.
do ou definindo o pecado e citando
alguns, ver quais estão escritos nas
TÉCNICAS DE ENSINO
tiras de papel e separá-las para co-
• Apresentação visual de palavras locá-las no cartaz.
ou textos;
• Exposição pelo professor dos tó- 3. Apresentar a definição de peca-
picos da lição; do e explicar que todo pecado que
o homem pratica é contra Deus e,
• Participação dinâmica e criativa
dos alunos; por isso, não há tamanho de peca-
do, pois foram todos, independente-
• Aplicação da lição com objetivo de mente de quais sejam, que levaram
consagração de vidas.
Cristo a morrer na cruz.

25
EBD 3

4. Pegar as tiras de papel com os pe- 12. Perguntar aos alunos onde se
cados citados e com o nome pecado encontra a pérola neste processo.
(podendo fazer novas tiras no mo-
mento em que citarem) e afixá-las 13. Enfatizar que pérola se encontra
no cartaz, conforme for comentando no reconhecimento dos erros e na
cada um. mudança das atitudes.

5. Incentivar a participação dos ado- 14. Explicar que mesmo percorrendo


lescentes, pedindo que eles comen- este processo e recebendo o perdão
tem sobre o que eles entendem por de Deus, as consequências virão so-
arrependimento e como acreditam ser bre a vida de quem pecou e que para
um arrependimento sincero. suportar isto é necessário que o
cristão tenha uma mudança de vida.
6. Apresentar a definição de arre-
pendimento e também afixar no mu-
15. Terminar o estudo desafiando os
ral o papel contendo a palavra arre-
alunos a consagrarem suas vidas
pendimento.
ao Senhor e a analisarem seus atos,
buscando sempre uma mudança de
7. Explicar a importância da confis- vida, a nova vida que o cristão deve
são dos pecados diante de Deus e ter.
apresentar a definição de confissão,
conforme os ensinamentos bíblicos.
16. Encerrar com um momento de
oração, em que todos, de joelhos, de-
8. Questionar o que os alunos fazem verão orar pedindo que Deus esteja
quando reconhecem o seu pecado e lapidando a vida de cada adolescen-
se arrependem e como eles fazem a te.
confissão desses pecados.
9. Iniciar um momento de exposição de INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
ideias e de reflexão sobre os assuntos
apresentados, criando um vínculo en-
O que é pecado?
tre todos na sequência correta: pe-
cado, arrependimento e confissão. Tanto no hebraico quanto no grego, a
palavra pecado significa errar o alvo.
10. Explicar que é possível se arre- Esta expressão se refere a um alvo
pender, mas sem confessar e o que real, como de um arqueiro, porém,
isto pode acarretar na vida do cris- ela envolve um alvo mais importan-
tão e enfatizar como deve ser a ati- te que é o alvo da vida. Quando há
tude do cristão. pecado, significa que o homem erra o
alvo de andar nos caminhos que de-
11. Ressaltar que o arrependimen- veriam ser direcionados pelo Espíri-
to verdadeiro gera a confissão dos to Santo de Deus e que por isso todo
pecados diante de Deus e também pecado é contra Deus. Desta forma,
a mudança de vida diante de Deus e o homem deixa de andar nos cami-
dos homens. nhos, de seguir na direção reta e cor-

26
EBD 3

reta o que faz com que ele não tenha processo é realizado pela atuação
a felicidade, a bem-aventurança. do Espírito Santo na vida do cristão.
Isto, sim, é a verdadeira conversão
Apesar de moralmente o pecado ser
(arrependimento e retorno) aos ca-
apresentado como se tivesse valo-
res, todo e qualquer pecado é con- minhos do Senhor.
tra Deus e ele não vê diferença em Entretanto, em momento algum, o
qualquer um, pois todos afastam o arrependimento e a confissão fazem
homem do seu relacionamento com com que as consequências do peca-
Deus.
do sejam eliminadas. Elas sempre
O que é arrependimento? virão, porém, com a mudança de vida
e a confiança de que Deus está diri-
Arrependimento é retorno, voltar atrás, gindo os passos do cristão, ele terá
isto significa que arrependimento é conforto e segurança para enfrentá-
quando o homem reconhece que er- las, sejam quais forem.
rou e precisa retornar para o cami-
nho que precisa ser direcionado pelo Foi isso que aconteceu com o rei
Espírito Santo de Deus. Davi quando pecou e foi confrontado
Este retorno é o reconhecimento do pelo profeta Natã. Davi reconheceu
erro e a consciência de que é preciso seu erro, se arrependeu, confessou
caminhar segundo as orientações do o seu pecado e sofreu as consequ-
Espírito Santo. É uma decisão que ências, porém, essa experiência fez
precisa ser tomada mediante a atu- com que Davi desse um novo e maior
ação do Espírito Santo e só por meio valor às leis de Deus e ao seu amor
dela o homem é capaz de verdadei- pelo pecador (2Sm 12.1-23; Sl 41 e 51)
ramente se arrepender. e é por isso que devemos confessar
os nosso pecados (1Jo 1.9). Paulo
O que é confissão?
nos orienta que é pela confissão que
Confissão é o resultado da atuação obtemos o perdão e a salvação (Rm
do Espírito Santo na vida do homem. 10.9,10).
Não é falar algo, mas é o resulta-
do do processo de reconhecimento
dos erros cometidos e a vontade em
querer voltar a andar nos caminhos
do Senhor.
Confissão é acreditar e confiar que
Deus perdoa o erro e sentir a paz em
seu coração sobre o assunto. Só por
meio da confissão é que o arrepen-
dimento é completo e só a confissão
diante de Deus é capaz de levar o
homem a ter uma mudança de vida.
Os três fazem parte de um processo
que ocorre na vida do cristão e este

27

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