Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
!ULA !!
INTRODUÇÃO!AO!DIREITO!
INTERNACIONAL!!!!TRATADOS!
INTERNACIONAIS!(PARTE!1)
www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
ƒ sempre muito bom estar aqui com voc•s. Meu nome Ž Ricardo Vale e,
desde 2009, sou professor de Direito Internacional.
Assunto Data
Aula 00 Introdu•‹o ao DIP. Tratados internacionais (Parte 1) 12/05
www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
Abra•os,
Ricardo e N‡dia
www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
Por maiores que sejam as diferen•as entre a ordem jur’dica interna e a ordem
internacional, n‹o se pode negar a presen•a de um arcabou•o jur’dico que
rege a vida e as rela•›es internacionais. ƒ a esse conjunto de normas
jur’dicas (princ’pios e regras) que denominamos Direito Internacional.
www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
4
MELLO, Celso de Albuquerque. Curso de Direito Internacional Pœblico, 1¼ volume, 11a
edi•‹o. Ed. Renovar, 1997, pp. 63.
5
MAZZUOLI, ValŽrio de Oliveira. Curso de Direito Internacional Pœblico, 4» ed. S‹o Paulo:
Editora Revista dos Tribunais, 2010, pp. 55.
6
SHAW, Malcolm N. Direito Internacional. S‹o Paulo: Ed. Martins Fontes, 2010. pp.1-2.
www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
A’ Ž que n—s nos perguntamos: o que ocorrer‡ quando for rompida a situa•‹o
de isolamento em que vive cada um desses agrupamentos humanos? O que
ocorrer‡ quando um tiver contato com o outro?
7
ÒUbis societas ibi jusÓ Ž express‹o latina que significa que onde houver uma sociedade
(agrupamento humano) haver‡ uma ordem jur’dica, isto Ž, haver‡ o direito.
www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
00000000000
www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
8
MAZZUOLI, ValŽrio de Oliveira. Curso de Direito Internacional Pœblico, 4» ed. S‹o Paulo:
Editora Revista dos Tribunais, 2010, pp. 43- 45.
www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
Essas distin•›es, todavia, n‹o s‹o suficientes para que se sustente a ideia de
que o Direito Internacional n‹o existe ou que n‹o tem natureza jur’dica. Foi-se
o tempo em que se pensava na exist•ncia de uma sociedade internacional
an‡rquica.
12
SHAW, Malcolm N. Direito Internacional. S‹o Paulo: Ed. Martins Fontes, 2010. pp.3-5.
13
SHAW, Malcolm N. Direito Internacional. S‹o Paulo: Ed. Martins Fontes, 2010. pp.6-10.
14
MELLO, Celso de Albuquerque. Curso de Direito Internacional Pœblico, 1¼ volume, 11a
edi•‹o. Ed. Renovar, 1997, pp. 71.
www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
Por —bvio, h‡ viola•›es ao direito internacional, mas estas n‹o retiram o seu
car‡ter jur’dico. Trazendo a quest‹o para o ‰mbito do direito interno,
podemos refletir. Quantas vezes por dia s‹o descumpridas leis e atŽ mesmo a
Constitui•‹o no interior de um Estado? Quantas vezes alguŽm que comete um
crime fica impune? Tenho certeza de que voc• respondeu que s‹o inœmeras as
vezes. E nem por isso alguŽm se atreve a dizer que n‹o h‡ ordem jur’dica no
direito interno.
Para aqueles que dizem que as san•›es n‹o s‹o efetivas, poder’amos ainda
dizer, conforme explica muito bem Celso Mello que Òo Direito Penal n‹o deixa
de existir porque as suas san•›es deixam de ser aplicadasÓ. 15 Conforme j‡
comentamos, a exist•ncia do Direito independe das san•›es. A san•‹o Ž
um elemento externo ao Direito; o que caracteriza o Direito, nesse sentido, Ž a
possibilidade de san•‹o pelo descumprimento de suas normas.
15
MELLO, Celso de Albuquerque. Curso de Direito Internacional Pœblico, 1¼ volume, 11a
edi•‹o. Ed. Renovar, 1997, pp. 97-101
www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
Coment‡rios:
Coment‡rios:
Dizer que n‹o existe um Poder Legislativo e um Poder Judici‡rio com jurisdi•‹o
compuls—ria sobre os Estados Ž um argumento daqueles que dizem que o
direito internacional Ž desprovido de car‡ter jur’dico. Quest‹o correta.
Coment‡rios: 00000000000
Coment‡rios:
www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
A quest‹o traz v‡rias afirma•›es corretas. No entanto, seu erro est‡ em dizer
que o Tribunal Penal Internacional (TPI) Ž um tribunal Òad hocÓ. Na verdade,
trata-se de corte internacional de car‡ter permanente. Quest‹o errada.
Coment‡rios:
www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
Existe ainda outro problema. Com base nessa teoria, o Estado poderia
n‹o aceitar os valores b‡sicos que regulam a sociedade internacional.
Nesse sentido, destacamos cr’tica feita por Aguilar Navarro: Òum Direito
que s— obriga a vontade do interessado n‹o pode pretender ser
considerado como talÓ. 16
internacional obrigat—rio.
16
MELLO, Celso de Albuquerque. Curso de Direito Internacional Pœblico, 1¼ volume, 11a
edi•‹o. Ed. Renovar, 1997, pp. 129.
www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
00000000000
www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
17
MELLO, Celso de Albuquerque. Curso de Direito Internacional Pœblico, 1¼ volume, 11a
edi•‹o. Ed. Renovar, 1997, pp. 132.
www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
Essas normas imperativas s‹o as chamadas normas jus cogens, que n‹o
podem ser violadas por nenhum tratado internacional, sob pena de nulidade.
Trata-se de normas que, pela sua import‰ncia para o funcionamento da
sociedade internacional, t•m o cond‹o de limitar a vontade dos Estados.
18
MAZZUOLI, ValŽrio de Oliveira. Curso de Direito Internacional Pœblico, 4» ed. S‹o Paulo:
Editora Revista dos Tribunais, 2010, pp. 92-95.
19
REZEK, Francisco. Direito Internacional Pœblico: curso elementar, 11» Ed, rev. e atual.
S‹o Paulo: Saraiva, 2008, pp. 3-4.
20
Interessante exemplo de norma fundada no consentimento criativo Ž dado por Rezek.
Segundo o autor, a extradi•‹o, quando surgiu, tinha como objetivo recuperar o dissidente
pol’tico exilado. Com o passar do tempo, ela passou a ser usada para recuperar os dissidentes
pol’ticos e os criminosos comuns. Hoje, a extradi•‹o n‹o alcan•a os criminosos pol’ticos. Como
se v•, trata-se de norma que evoluiu em uma dire•‹o, mas poderia ter evolu’do em outra
diametralmente oposta.
www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
entanto, a vontade estatal n‹o poder‡ violar as normas jus cogens, que se
imp›em a toda a sociedade internacional. 21
Coment‡rios:
Coment‡rios:
Coment‡rios: 00000000000
www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
Coment‡rios:
Tratados Internacionais
Por hora, precisamos saber que, quando da cria•‹o da CIJ, existia a dœvida
sobre com base em quais normas esse tribunal deveria decidir um lit’gio. Para
dirimir essa dœvida, foi redigido o art. 38 do Estatuto da CIJ, que assim disp›e:
Artigo 38
A Corte, cuja fun•‹o Ž decidir de acordo com o direito
internacional as controvŽrsias que lhe forem submetidas,
www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
aplicar‡:
a) as conven•›es internacionais, quer gerais, quer especiais,
que estabele•am regras expressamente reconhecidas pelos
Estados litigantes;
b) o costume internacional, como prova de uma pr‡tica geral
aceita como sendo o direito;
c) os princ’pios gerais de direito, reconhecidos pelas na•›es
civilizadas;
d) sob ressalva da disposi•‹o do Artigo 59, as decis›es
judici‡rias e a doutrina dos juristas mais qualificados das
diferentes na•›es, como meio auxiliar para a determina•‹o das
regras de direito.
A presente disposi•‹o n‹o prejudicar‡ a faculdade da Corte de
decidir uma quest‹o ex aequo et bono, se as partes com isto
concordarem.
www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
c) Dizer que a CIJ poder‡ decidir uma quest‹o Òex aequo et bonoÓ
significa que essa corte internacional poder‡ solucionar uma
controvŽrsia com base na equidade. Considera-se equidade a
aplica•‹o de considera•›es de justi•a a um caso concreto. Cabe ressaltar
que a CIJ somente poder‡ decidir com base na equidade caso ambas as
partes litigantes com isso concordarem.
00000000000
www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
2 - Tratados internacionais:
2.1 Ð Conceito:
22
Segundo a doutrina mais moderna, s‹o sujeitos de DIP os Estados, as organiza•›es
internacionais e os indiv’duos. Para a doutrina cl‡ssica, os sujeitos de DIP s‹o apenas
os Estados e as organiza•›es internacionais.
www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
23
REZEK, Francisco. Direito Internacional Pœblico: curso elementar, 11» Ed, rev. e atual.
S‹o Paulo: Saraiva, 2008, pp. 16-17.
24
REZEK, Francisco. Direito Internacional Pœblico: curso elementar, 11» Ed, rev. e atual.
S‹o Paulo: Saraiva, 2008, pp. 18-21.
www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
00000000000
www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
25
A regra Òpacta sunt servandaÓ significa que os compromissos assumidos devem ser
cumpridos.
26
Os art. 31 e art. 32 da CV/69 se referem ˆs regras de interpreta•‹o dos tratados
internacionais.
27
MAZZUOLI, ValŽrio de Oliveira. Curso de Direito Internacional Pœblico, 4» ed. S‹o Paulo:
Editora Revista dos Tribunais, 2010, pp. 151.
www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
Logo em seu art. 2¼, a Conven•‹o de Viena de 1969 traz uma espŽcie de
gloss‡rio, no qual s‹o apresentadas as defini•›es dos termos mais importantes
do direito dos tratados. Vamos dar uma lida com calma no art. 2¼?
ƒ fundamental que voc• entenda bem cada um desses termos! Vamos, ent‹o,
por partes:
a) Tratado: A defini•‹o trazida pela CV/69 Ž bem parecida com a que n—s j‡
apresentamos previamente. Tratado internacional Ž um Òacordo
internacional conclu’do por escrito entre Estados e regido pelo Direito
Internacional, quer conste de um instrumento œnico, quer de dois ou mais
instrumentos conexos, qualquer que seja sua denomina•‹o espec’fica.Ó
www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
Para que fique mais claro o que significa a ades‹o, vale a pena ilustrarmos
com um exemplo. Em 1992, foi celebrado por Brasil, Argentina, Uruguai e
Paraguai o Tratado de Assun•‹o, que estabeleceu o MERCOSUL. A Venezuela
n‹o participou das negocia•›es do Tratado de Assun•‹o, tampouco o assinou.
Entretanto, o Tratado de Assun•‹o est‡ aberto ao ingresso dos demais
membros da ALADI28, motivo pelo qual Ž poss’vel a ades‹o da Venezuela ao
Tratado de Assun•‹o.
28
A ALADI Ž a Associa•‹o Latino-Americana de Integra•‹o, que se constitui no f—rum
de negocia•›es mais importante da AmŽrica Latina.
29
REZEK, Francisco. Direito Internacional Pœblico: curso elementar, 11» Ed, rev. e atual.
S‹o Paulo: Saraiva, 2008, pp. 66.
www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
Cabe destacar que o art. 7¼ da CV/69 prev• que certos agentes estatais
podem celebrar tratados independentemente da apresenta•‹o da carta
de plenos poderes. S‹o eles:
Mais ˆ frente, retomaremos nosso estudo sobre esse dispositivo. Por ora,
precisamos saber apenas que h‡ pessoas que n‹o precisam da carta de
plenos poderes para atuar em nome do Estado. Por outro lado, qualquer
pessoa que receba uma carta de plenos poderes poder‡, por delega•‹o, atuar
em nome do Estado nos atos relativos ˆ celebra•‹o de um tratado.
www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
30
Essa observa•‹o Ž importante para aqueles que j‡ estudaram ComŽrcio Internacional. No
‰mbito da OMC, h‡ destacada diferen•a entre os acordos multilaterais (vinculam
automaticamente todos os membros dessa organiza•‹o internacionais) e os acordos
plurilaterais (vinculam apenas os membros que com eles resolverem se comprometer).
Entretanto, na pr‡tica do direito internacional, tratados plurilaterais s‹o sin™nimos de tratados
multilaterais.
www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
32
Interpreta•‹o teleol—gica Ž aquela que leva em considera•‹o a finalidade da norma.
33
MAZZUOLI, ValŽrio de Oliveira. Curso de Direito Internacional Pœblico, 4» ed.
S‹o Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2010, pp. 314-320.
www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
34
MAZZUOLI, ValŽrio de Oliveira. Curso de Direito Internacional Pœblico, 4» ed.
S‹o Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2010, p.175
www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
Coment‡rios:
Coment‡rios:
Coment‡rios:
Coment‡rios:
www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
Coment‡rios:
15. (Juiz TRT 20a Regi‹o Ð 2012) ÒReservaÓ significa uma declara•‹o
bilateral, qualquer que seja a sua reda•‹o ou denomina•‹o, feita pelos
Estados ao ratificarem, assinarem, aceitarem ou aprovarem um
tratado, ou a ele aderirem, com o fito de excluir o efeito jur’dico de
certas disposi•›es do acordo.
Coment‡rios:
Coment‡rios:
Coment‡rios:
www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
Coment‡rios:
Coment‡rios:
Coment‡rios:
Segundo a CV/69, tratados s‹o acordos formais, isto Ž, acordos celebrados por
escrito. Logo, para a CV/69, a forma escrita Ž fundamental. Quest‹o errada.
Coment‡rios:
www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
Coment‡rios:
Coment‡rios:
Coment‡rios:
Coment‡rios:
www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
Coment‡rios:
Coment‡rios:
Letra A: errada. A CV/69 n‹o faz distin•‹o entre tratado e conven•‹o. Com
efeito, a denomina•‹o espec’fica recebida pelo tratado Ž irrelevante para
caracteriz‡-lo como tal. Assim, qualquer que seja sua terminologia -
conven•‹o, acordo, pacto, estatuto, declara•‹o Ð n‹o interfere no car‡ter
jur’dico de seu texto.
00000000000
www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
Coment‡rios:
Coment‡rios:
Coment‡rios:
Coment‡rios:
Coment‡rios:
www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
Coment‡rios:
Coment‡rios:
Nacional.
Coment‡rios:
www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
Coment‡rios:
37. (OAB- 1999) Leia com aten•‹o o trecho do Tratado de Roma, que
instituiu a Comunidade Econ™mica EuropŽia, para, ap—s, marcar a
op•‹o correta:
www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
Coment‡rios:
Essa quest‹o foi bem tranquila, n‹o Ž mesmo? Est‡ bem claro para todos que
se trata de um trecho do pre‰mbulo de um tratado multilateral (Letra C). O
pre‰mbulo Ž a parte inicial de um tratado, no qual as partes expressam suas
inten•›es quanto ao estabelecimento do referido compromisso internacional.
Ela Ž desprovida de conteœdo normativo, embora possa servir de valioso
instrumento interpretativo do tratado.
Coment‡rios:
00000000000
Coment‡rios:
www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
Nos termos da CV/69, pode ser realizada por um Estado ao assinar, ratificar,
aceitar, aprovar ou aderir a um tratado. Quest‹o errada.
Coment‡rios:
Um tratado, para que tenha validade, deve possuir alguns requisitos, quais
sejam: i) habilita•‹o dos agentes signat‡rios; ii) objeto l’cito e poss’vel; iii)
capacidade das partes contratantes e; iv) consentimento livre.
A pergunta que se faz aqui Ž a seguinte: quem tem compet•ncia para atuar
em nome do Estado no plano internacional com o fim de praticar atos relativos
ˆ conclus‹o de um tratado?
www.estrategiaconcursos.com.br 46 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
Assim, h‡ outros agentes, alŽm dos Chefes de Estado e Chefes de Governo que
podem representar o Estado para os atos relativos ˆ conclus‹o de um tratado.
S‹o os chamados plenipotenci‡rios, assim chamados por serem detentores
de Òplenos poderesÓ.
www.estrategiaconcursos.com.br 47 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
ƒ poss’vel tambŽm que alguns agentes, apesar de n‹o portarem uma carta de
plenos poderes e n‹o estarem relacionados na lista do art. 7¼, atuem em nome
do Estado com o intuito de celebrar um tratado. ƒ a isso que faz men•‹o o art.
7¼, par‡grafo 1¼, da CV/69, ao estabelecer que uma pessoa Ž considerada
representante do Estado se a Òpr‡tica dos Estados interessados ou outras
circunst‰ncias indicarem que a inten•‹o do Estado era considerar essa pessoa
seu representante para esses fins e dispensar os plenos poderesÓ. Ora, se a
pr‡tica dos Estados indicar que o Estado tem a inten•‹o de indicar uma
determinada pessoa como seu representante, ser‡ dispensada a carta
de plenos poderes.
00000000000
www.estrategiaconcursos.com.br 48 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
35
Acordo constitutivo Ž o tratado que d‡ vida ˆ organiza•‹o internacional e estabelece
sua organiza•‹o, funcionamento e processo decis—rio.
36
PORTELA, Paulo Henrique Gon•alves. Direito Internacional Pœblico e Privado. Salvador:
Editora Juspodium, 2009, pp. 94-96.
www.estrategiaconcursos.com.br 49 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
O art. 53 da CV/69 esclarece o que s‹o normas jus cogens, ao estabelecer que
Ò... uma norma imperativa de Direito Internacional geral Ž uma norma aceita
e reconhecida pela comunidade internacional dos Estados como um
todo, como norma da qual nenhuma derroga•‹o Ž permitida e que s—
pode ser modificada por norma ulterior de Direito Internacional geral da
mesma natureza.Ó
As normas jus cogens s‹o normas que, pela sua import‰ncia, gozam de valor
superior na ordem jur’dica internacional, prevalecendo sobre as demais.
N‹o se admite, portanto, sua derroga•‹o, a n‹o ser por norma de mesma
natureza. Hoje em dia, por exemplo, n‹o se admite de forma alguma que
exista o tr‡fico de escravos ou mesmo a escravid‹o. A proibi•‹o da escravid‹o
Ž, portanto, uma norma jus cogens.
00000000000
www.estrategiaconcursos.com.br 50 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
A CV/69 reconheceu, por meio dos art. 53 e art. 64, a preval•ncia das
normas jus cogens sobre as demais normas do ordenamento jur’dico
internacional. Vamos entender o que dizem esses dispositivos:
(...)
www.estrategiaconcursos.com.br 51 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
O art. 64, por sua vez, regula o conflito entre um tratado internacional e
uma norma jus cogens que lhe Ž posterior (norma jus cogens
superveniente). Nos termos desse dispositivo, caso sobrevenha uma norma jus
cogens, qualquer tratado que estiver em conflito com essa norma, torna-se
nulo e extingue-se. Entende a doutrina mais abalizada, todavia, que se trata
de hip—tese de extin•‹o de tratado internacional e n‹o de nulidade.40 Esse
entendimento Ž o que prevalece em raz‹o de serem distintos os efeitos da
nulidade e da extin•‹o, sendo incongruente, portanto, que o art. 64 se
refira, simultaneamente, ˆ extin•‹o e ˆ nulidade.41 Com efeito, a extin•‹o de
um tratado n‹o retroage, Ž dizer, opera efeitos Òex nuncÓ.
40
MAZZUOLI, ValŽrio de Oliveira. Curso de Direito Internacional Pœblico, 4» ed.
S‹o Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2010, pp. 258-259.
41
Fazendo um paralelo com o Direito Constitucional, essa Ž a mesma l—gica que leva
o STF a n‹o ser aceitar a inconstitucionalidade superveniente. Para o STF, caso a nova
Constitui•‹o seja materialmente incompat’vel com lei a ela anterior, opera-se a
revoga•‹o (extin•‹o) da referida lei.
www.estrategiaconcursos.com.br 52 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
Coment‡rios:
Pegadinha! Norma jus cogens pode, sim, ser revogada, desde que por outra
norma da mesma natureza, ou seja, outra norma jus cogens. Quest‹o
errada.
Coment‡rios:
Coment‡rios:
est‡ correta.
Coment‡rios:
www.estrategiaconcursos.com.br 53 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
Coment‡rios:
Coment‡rios:
Pelo art. 64 da CV/69, a superveni•ncia de norma jus cogens torna nulo e faz
com que se extinga um tratado que com ela conflite. Quest‹o correta.
Coment‡rios:
Segundo o art. 53 da CV/69, ser‡ nulo todo tratado que, no momento de sua
conclus‹o, conflite com uma norma jus cogens. Dessa forma, um tratado que
regulamente o tr‡fico de escravos, por conflitar com a norma jus cogens que
pro’be a escravid‹o, ser‡ nulo. Quest‹o correta.
00000000000
Coment‡rios:
A CV/69 reconhece a exist•ncia das normas jus cogens, mas n‹o as enumera.
Quest‹o errada.
www.estrategiaconcursos.com.br 54 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
Lista de Quest›es
www.estrategiaconcursos.com.br 55 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
15. (Juiz TRT 20a Regi‹o Ð 2012) ÒReservaÓ significa uma declara•‹o
bilateral, qualquer que seja a sua reda•‹o ou denomina•‹o, feita pelos
Estados ao ratificarem, assinarem, aceitarem ou aprovarem um
tratado, ou a ele aderirem, com o fito de excluir o efeito jur’dico de
certas disposi•›es do acordo. 00000000000
www.estrategiaconcursos.com.br 56 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
www.estrategiaconcursos.com.br 57 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
www.estrategiaconcursos.com.br 58 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
37. (OAB- 1999) Leia com aten•‹o o trecho do Tratado de Roma, que
instituiu a Comunidade Econ™mica Europeia, para, ap—s, marcar a
op•‹o correta:
www.estrategiaconcursos.com.br 59 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
www.estrategiaconcursos.com.br 60 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
00000000000
www.estrategiaconcursos.com.br 61 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
Gabarito
1. ERRADA
2. CERTA
3. CERTA
4. ERRADA
5. ERRADA
6. ERRADA
7. ERRADA
8. ERRADA
9. ERRADA
10. ERRADA
11. CERTA
12. ERRADA
13. CERTA
14. ERRADA
15. ERRADA
16. ERRADA
17. CERTA
18. CERTA
19. CERTA
20. ERRADA
21. ERRADA
22. ERRADA
23. CERTA
24. ERRADA
25. ERRADA
26. CERTA
27. Letra C
28. CERTA
29. 00000000000
ERRADA
30. CERTA
31. CERTA
32. ERRADA
33. CERTA
34. CERTA
35. ERRADA
36. CERTA
37. Letra C
38. Letra B
39. ERRADA
40. ERRADA
41. ERRADA
www.estrategiaconcursos.com.br 62 de 63
00000000000 - DEMO
DIREITO INTERNACIONAL P/ MPT (PROCURADOR)
Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale
42. CERTA
43. CERTA
44. ERRADA
45. ERRADA
46. CERTA
47. CERTA
48. ERRADA
00000000000
www.estrategiaconcursos.com.br 63 de 63
00000000000 - DEMO