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Universidade Estadual de

Campinas
Relações Internacionais

Relações Diplomáticas Brasil-Coreia do Sul

Prof. Dr. Shiguenoli

Autora: Mariana Gottardo Lopes


RA: 103386
Resumo:
O trabalho irá tratar das Relações Diplomáticas do Brasil com a Coreia do Sul, e
mostrar a importância mundial que esses dois países possuem por comandaram o
G20 cada um na sua região, enfatizando a necessidade de cada país tornar cada vez
mais próxima essa relação de apenas 51 anos.
Esse pequeno ensaio pretende tratar das Relações Diplomática entre Brasil
e Coreia do Sul, que esse ano completa 51 anos. Antes de entrar no tema, a
apresentação da Coreia seria imprescindível para depois tratar a
importância de tal intercâmbio e as melhorias que trouxe para cada país.

História:
A Coreia passou por 3 invasões japonesas, tendo sida anexada pelo Japão
no ano de 1910, a ocupação durou até 1945, com o fim da 2º Guerra
Mundial, a península foi dividida em duas, o Norte ficou a cargo da URSS
e foi instalado o socialismo, e o Sul foi administrado pelos EUA. 25 de
junho de 1950, as tropas do Norte ultrapassam o paralelo 38 e tem inicio a
Guerra da Coreia ou como também conhecida a Guerra Esquecida, a guerra
durou somente 3 anos para depois ser assinado o acordo de paz que duro
até hoje mesmo com algumas ameaças do Norte como vêm sido noticiado
pela mídia. A Guerra em números ficou assim: 1,9 milhões de soldados
foram mortos desse número menos de 41 mil eram da UN(junta Sul e
EUA).
A industrialização veio em 1961 com o golpe de Estado do General Park
Chung Hee, apesar do regime ter sido autoritário e repressivo teve muito
investimento na área social e econômica, como as linhas de metrô sul-
coreanas, o general foi assassinado pela CIA em 1979. Até 1992, todos os
presidentes foram militares seguindo a linha do general Park, a partir dessa
data teve inicio uma política econômica mais forte e programas pro -
globalização. Chegando nos dias de hoje, com o PIB de aproximadamente
U$521,4 bilhões no ano de 2003, o intercâmbio comercial com o resto do
mundo de 379.949, conseguindo manter em equilíbrio o que é exportado do
que é importado. A base da suas exportações são produtos de bens duráveis
e de bens intermediários.

Brasil e Coreia:
Agora podemos entrar na Relação Brasil-Coreia do Sul, mesmo a
diplomacia tendo começado em 1959, e a embaixada foi instaurada em
Seul por volta de 1965, e a relação econômica data de 1963 quando foi
assinado o primeiro Acordo Comercial entre os dois países, mas somente
em 1992 o comércio de torna expressivo.
Hoje dentre os países da América Latina, o Brasil é o 3º maior importador e
um dos maiores exportadores para a Coreia. O volume de comércio
bilateral é de US$ 3,15 bilhões, as exportações brasileiras vem aumentando
chegando em US$ 1,4 bilhões em 2004. 
Entre 2000 e 2002, as importações originadas da Coréia apresentaram
queda significativa, recuperando-se no biênio seguinte. No período de 2000
a 2004 o intercâmbio tem sido favorável ao país asiático, apenas em 2003 o
saldo da balança comercial foi superavitário para o Brasil, em US$ 144
milhões. As exportações brasileiras para a Coréia tiveram pequena variação
nos últimos 5 anos, entre 1,1% e 1,7% do total, enquanto as importações
mantiveram-se entre 1,8% e 2% do total. Entre os países asiáticos, a Coréia
representou, em 2004, 9,8% das exportações brasileiras.
Para explicitar as empresas coreanas que entraram no Brasil após a década
de 90, podemos citar aglomerados internacionais que não param de crescer,
como a ‘Samsung’, ‘LG’, ‘Hyundai’ dentre outras além de empresas
estatais coreanas, não podemos deixar de citar a Companhia Coreano-
Brasileira de Pelotizacão (KOBRASCO) que possui capital dos dois países.
Em 2008, foi inaugurado o Banco do Brasil em Seul a fim de facilitar o
comércio entre esses dois países que no momento apresentou a sua maior
alta, uma das idéias principais do governo brasileiro com a implantação do
Banco do Brasil foi manter contato direto entre os bancos coreanos.
Também naquela mesma ocasião foi assinado um acordo que prevê o
estabelecimento de uma linha de crédito para financiar operações de
importação de produtos coreanos por empresas brasileiras e, também, a
importação de produtos brasileiros por empresas coreanas. Essa linha
possui taxas de juros competitivos e prazos bastante atraentes, que se
adéquam às necessidades de negócios, podendo ser financiados produtos de
consumo, matérias primas, bem como bens de capital, como máquinas e
equipamentos.
Pegando a linha de pensamento acima, agora iremos entrar nos acordos
assinados entre os dois países para expor que a relação diplomática vai
além da econômica, por exemplo, o Acordo que prevê isenção de visto que
teve sua última promulgação em 2002. Vale ressaltar os acordos referentes
a Dupla Tributação e Evasão Fiscal que facilitaram o comércio bilateral,
mas também Acordos de Cooperação na área de Ciências e Tecnologia, e
Cooperação no Turismo quer foi promulgado agora em 2005. O último
Acordo que pude ter contato foi o de Uso Pacífico da Energia Nuclear, que
foi promulgado também em 2005 mais precisamente dia 4 de outubro. Ao
todo foram 17 acordos assinados até 2005.
G20:
A Coreia do Sul e o Brasil junto com mais 17 países formam o grupo
econômico das 19 economias em ascensão, juntos pensam em como sanar
os subdesenvolvimento e contribuir para o fortalecimento da economia
mundial. Em 2008 sob o comando do Brasil o grupo decidiu ajudar os
outros países até mais desenvolvidos do que eles, ajudar a vencer a crise
econômica que se instalara a partir de 2008.
Recentemente, o grupo se reuniu mais uma vez, agora na Coreia do Sul, o
país sede teve a pretensão de apresentar um novo programa para criar um
mecanismo de proteção do sistema financeiro mundial, com o objetivo de
resguardar os mercados emergentes dos sobressaltos provocados por
mudanças bruscas nos fluxos de capital. Mas o tema principal da reunião
foi a reforma do FMI para reforçar a posição dos países emergentes e a
Guerra Cambial.
Até o final do ano serão 8 reuniões, 5 na Coreia do Sul, a mais importante
a reunião de cúpula ocorrerá nos dias 11e 12 de novembro em Seul.

Coreanos no Brasil, e Internacionalização da Coreia:


Agora, irei dissertar sobre a presença dos coreanos e sua relação direta com
o Brasil, temos 50 mil imigrantes e descendentes morando no Brasil, por
ser recente e em pouco número e devido a diferença de cultura, é fácil vê-
los sempre todos juntos, por isso criaram igrejas com o culto em coreano, e
escolas bilíngües que tentam ao máximo manter e ensinar a tradição as
crianças que nasceram longe da península.
Em contrapartida temos somente 518 brasileiros morando na Coreia do
Sul, maioria devido a presença de empresas brasileiras na região e que
acabaram sendo transferidos para lá.
Hoje a Coreia do Sul tem um projeto de internacionalização, e já estão
colhendo tais frutos. O governo mantém um intercâmbio mundial, onde
cada estudante obtém um bolsa de 1.200 reais além do pagamento da
universidade, que por lá a predominância são de universidades privadas.
Ainda há pouca procura de brasileiros, mas a embaixada ajuda cada um que
deseja tentar com muita atenção. No inicio do programa brasileiros tinham
mais facilidades, mas devido a baixa procura acabamos perdendo nossas
regalias.
Outro símbolo da internacionalização do país são os investimentos para o
mundo do entretenimento, com rádios em inglês e espanhol, e um canal de
televisão todo em inglês com vários quadros ensinando a língua, mostrando
lugares para turistas, tentando aproximar coreanos do resto do mundo.
Atualmente a música coreana está em expansão com todos os
investimentos para o seu crescimento, com uma indústria musical nova (a
partir da década de 90) em todo o mundo há grupos fortes de fãs, no Brasil
tais fãs aumentaram a quantidade de alunos estudando coreano, além de
manter contato direto com a Associação dos Coreanos de São Paulo.
Temos grande receptividade dos coreanos, sendo os fãs clubes oficiais ou
dos artistas que por meio da internet, diminuiu a distância entre esses dois
países e de algum modo ajuda para a expansão das culturas e diminuição do
pré-conceito.

Conclusão:
O intercâmbio entre esses dois pode ser considerado expressivo devido a
distância e suas diferenças culturais, mas esse mesmo intercâmbio permite
que tais diferenças sejam extintas. O interessante é que cada país investe no
outro de modo semelhante sem haver uma diferença brusca, o que torna os
dois grandes parceiros, já que num cenário mundial são países emergentes
que sofrem diferenças sociais e econômicas internas, mas que possuem
condições de se tornarem cada vez maiores em âmbito internacional a
longo prazo.
Como exposto, tentar tornar as relações cada vez mais próximas é
vantagem para os dois países, por isso o interesse brasileiro por lá
aumentou, hoje temos núcleos de pesquisas coreanas na USP e UNB.
Aumentar tais núcleos de pesquisas abre para o Brasil um aparato de
coisas, já que o mundo é grande e há vários países emergentes e
subdesenvolvidos que deveriam se tornar o alvo principal de ações políticas
e econômicas do Brasil, e o principal para isso é aumentar núcleos de
pesquisas por que para conseguir respeito mundial precisamos estudar tais
países para conseguir fazer o certo e assim garantir soberania brasileira e de
cada país alvo.
Pessoalmente vejo a força do povo coreano crucial para todo seu
desenvolvimento em tão pouco tempo, então vejo um futuro brilhante para
eles, já que o país já possui IDH de país desenvolvido, até expressivo, e o
Brasil não pode ficar de fora, manter relação amistosa e seguir o passo,
pode nos garantir melhorias. Com o velho mundo em crise, precisamos de
alternativas, e porque não aumentar nossa relação com a Ásia.

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