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APOSTILA DE
INICIAÇÃO NO
JIU-JITSU
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INTRODUÇÃO
ARTES MARCIAIS
Dojô:
Significando “lugar de aprender e realizar”, o dojô é o local onde se costuma
estudar a sua arte marcial. Nele, a atitude mais importante é o respeito, tornando-o
assim um lugar especial, respeito pelo espaço e pelas pessoas que treinam com você.
Lembre-se que os professores esforçam-se para ensinar-lhe tudo o que sabem e não
deixar que você se machuque. Tendo respeito, também, pelo que está sendo ensinado,
pois muitas pessoas inteligentes e talentosas aprenderam com seus mestres e
colaboraram para que este conhecimento chegasse até você.
Sensei:
Significando “aquele que veio antes”, o sensei é o professor ou mestre,
como se fosse o líder de uma expedição que está à frente. O praticante deve confiar
nesta pessoa e ouvir cuidadosamente as instruções dela, para que não se perca no
caminho, trilhe com segurança e possa, um dia, ajudar os outros a caminhar. O sensei,
portanto, é alguém que praticou e estudou a arte a sério e decidiu transmitir a novos
alunos as tradições e o conhecimento que aprendeu.
Quimono e faixa:
A vestimenta de um praticante é composta de quimono e faixa. O quimono
representa a roupa do dia-a-dia, casaco e calça e a faixa para compor a vestimenta,
prendendo a roupa ao corpo. Antigamente, todos possuíam faixas brancas e
diferenciavam-se os alunos pelo quanto à faixa era encardida, então quanto mais
escura era faixa, mais tempo de treino tinha o praticante(por isso o motivo de não
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lavarmos nossa faixa). Com o passar do tempo, surge uma tradição de colorir as faixas,
em geral, o aluno inicia na faixa branca, percorrendo um longo caminho em faixas
coloridas até chegar à faixa preta. Lembre-se de manter seu quimono sempre limpo,
respeite seu mestre e seus companheiros de treino.
Formação (início e fim dos treinos):
É um ato de cumprimento mútuo entre alunos e professores. No início, a
formação tem o objetivo de proporcionar uma concentração a todos que iniciarão o
treinamento, é o momento de levar a consciência para o que vamos aprender e
realizar. Ao final, é o momento de fazer um repasse mental das técnicas e lições
aprendidas na aula.
Comportamentos no dojô:
Os praticantes devem observar atitudes e comportamentos necessários em
um dojô, não podem comportar-se como se estivesse num parque ou na rua, pois este,
é um lugar muito especial. Ao entrar e sair do dojô, devem curvar-se, primeiramente,
pela especialidade do local, também, para comunicar a todos (e a nós mesmos) que
estamos prontos para treinar e, por fim, manifestar o respeito pelo mestre, sua história
e pelos colegas. A partir do momento que o praticante entra no dojô, a sua saída (por
qualquer razão) só acontece com a permissão do professor.
Após sua entrada, o praticante deve dirigir-se até o professor ou instrutor
(quem estiver ministrando a aula) e cumprimentá-lo com um aperto de mão, repetindo o
ato com todos os faixas pretas e seguir a sequência de graduados presentes no dojô,
em sinal de respeito. Se o professor entrar depois do praticante, este deve parar o que
estiver fazendo e cumprimentá-lo da mesma forma. Abaixo seguem algumas condutas
indispensáveis de um praticante de Jiu-Jitsu no dojô:
● Disciplina: o exercício do controle sobre os pensamentos e ações. A
prática da capacidade mental de seguir os costumes e horários do seu dojô, prestando
silenciosa atenção aos ensinamentos do Sensei.
● Respeito: ver e conceber algo ou alguém como uma coisa ou um ser
especial, dotado de qualidades e defeitos. Respeito com colegas, professores e com o
ambiente de treinamento.
● Humildade: é ótimo ficar contente, de tudo que se aprende ou realiza nas
artes marciais, mas também é importante não se encher de orgulho e nem ficar se
gabando de realizações.
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JIU-JITSU
O jiu-jitsu surgiu nas montanhas da Índia há 2500 anos, foi criado por
monges budistas, que na época eram constantemente atacados e saqueados. Os
monges eram franzinos, fisicamente fracos e necessitavam defender-se sem usar
armas, sem fortalecer o corpo e, principalmente, sem agredir, nem machucar seus
agressores, pois isto era contrário a filosofia budista. Baseados nos movimentos dos
animais, criaram forças de alavanca como técnicas de defesa e nunca mais foram
saqueados
Surgia o jiu-jitsu, na tradução “arte suave”, foi a 1ª forma de autodefesa no
mundo. Com a expansão do budismo, o jiu-jitsu percorreu o sudeste asiático, a China e
chegou ao Japão. No Japão, onde imperava o feudalismo, os senhores feudais eram
protegidos por samurais, guerreiros que duelavam até a morte e tinham no jiu-jitsu a
sua luta de corpo a corpo.
Com a revolução industrial, abriram-se os portos japoneses ao ocidente e os
ocidentais já possuíam uma curiosidade em relação à cultura oriental, principalmente
em relação às lutas. Para preservar a cultura, o imperador japonês decretou crime de
lesa-pátria ensinar jiu-jitsu fora do Japão. Para exportação, o jiu-jitsu é fragmentado e
denominado de karatê, judô, aiki-dô, entre outros. Jigoro Kano, por exemplo, entusiasta
com o jiu-jitsu, mesclou sistemas e técnicas do jiu-jitsu e criou o judô.
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JIU-JITSU BRASILEIRO
Fundada pelo professor Vicente Júnior, hoje faixa preta quarto grau e aluno
do mestre Ricardo de la Riva, a Vicente Júnior Team Brasil ou equipe Vicente Júnior
tem 16 anos de história.
O professor Vicente Júnior iniciou sua carreira no Jiu-Jitsu em 1991.
Em 2000 começou a representar a de la Riva, que foi a primeira grande
equipe em Alagoas, na epóca se chamava Equipe Vicente Júnior de la Riva. O
legendário Ricardo de la Riva é o professor do mestre Vicente Júnior, foi ele quem
graduou Vicente à faixa preta em 2001. Hoje a equipe se chama Vicente Júnior Team
Brasil e possui o núcleo internacional, nos Estados Unidos, onde mora, atualmente o
professor Vicente Júnior. No Brasil, a Vicente Júnior Team possui núcleos em todo o
Estado Alagoano e tem cerca de 400 integrantes.
Vicente hoje possui dentre inúmeros outros títulos, o de campeão Mundial,
Campeão Mundial NoGI, 4 vezes Campeão Pan-americano, 2 vezes Campeão Pan-
Americano NOGI, Campeão American National Gi e NOGI, 9 vezes Campeão New
York Open, Campeão Sul-Americano, Invicto até hoje no estado de Alagoas.
Anualmente realizamos eventos que são de grande importância para a
nossa equipe, como a Copa Vicente Júnior, e o mais importante sem dúvidas, o
Seminário Anual com o mestre Vicente Júnior.
GRADUAÇÃO
ANEXOS
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TÉCNICAS DE AMORTECIMENTO:
* Rolamento de frente;
* Rolamento para trás;
* Amortecimento Frontal, Lateral e para Trás;
* Fugas de quadril de 1 à 5.
TÉCNICA DE ESTABILIZAÇÕES:
* 100 kilos;
* Gravata lateral;
* Gravata lateral invertida;
* Norte e Sul;
* Montada 1, 2, 3.
PROJEÇÕES (QUEDAS):
* Osoto gari;
* Ogoshi;
* Ipon SeoiNage;
* Single Leg;
* Double Leg;
* Ipon SeoiNage de joelho;
* Passa pé;
* Tomoe Nage;
* Sumi Gaeshi.
RASPAGENS:
* Tesoura;
* Portuguesa;
* Diagonal;
* Guarda X;
* Borboleta;
* (2) Meia Guarda;
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* (3) De la Riva;
* Calcanhar;
* Tripé;
* Berimbolo;
* (2) Guarda Aranha.
FINALIZAÇÕES:
* Armlock rodado do 100kg;
* Armlock Invertido do 100kg;
* Armlock na guarda;
* Armlock na montada;
* Triângulo na guarda;
* Triângulo na montada;
* Mão de Vaca do 100kg;
* Omoplata;
* Omoplata Invertido;
* Americana no 100kg;
* Estrangulamento crucifixo;
* Lapela na guarda;
* Estrangulamento meia guarda lapela;
* Chave de braço nas costas;
* Ezequiel;
* Amassa pão;
* Pano cruzado;
* Chave de pé reta;
* Relógio.
* Amassando;
* Toriando;
* Meia guarda;
* De la riva;
* Passagem Legdrag.
SAÍDAS:
* (2)Montada;
* (1) 100 kgs;
* (1) Gravata lateral;
* (1) Costas;
* (1) Armlock;
* (1) Triângulo;
* (1) Meia guarda;
* (1) Americana na guarda.
DEFESAL PESSOAL:
* Tapa;
* Pisão frontal;
* Estrangulamento com as duas mãos;
* Estrangulamento por trás;
* Chute frontal;
* Domínio de pulso.
SEQÜÊNCIAS DE TÉCNICAS:
O aluno deverá ter a capacidade de desenvolver várias sequências de técnicas das
que constam nesse anexo, conforme critério do professor. (Mínimo 04 Sequências).