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PREPARAÇÃO FÍSICA PARA

ESPORTES DE COMBATE
• Me. Paulo Uchoa
• Professor Adjunto UNIFAMETRO
• Mestre em Ciências do Desporto
• Graduado em Educação Física
• Faixa Preta de Judô
• Faixa Marron de Jiu-Jitsu
Escala CR10 de Borg (1982) modificada por Foster et al. (2001).
Desenvolvimento de Força e Potência

Força máxima: É a maior força que o sistema neuromuscular


pode mobilizar através de uma contração máxima voluntária,
ocorrendo (dinâmica) ou não (estática) movimento articular.
(WEINECK, 1999; PLATONOV & BULATOVA, 1998)

Força explosiva: É definida como a força produzida na


unidade de tempo. (ZATSIORSKY, 1999; BADILLO &
AYESTÄRAN, 2001)
Desenvolvimento de Força e Potência

FORÇA E SUAS MANIFESTAÇÕES O


CONTINUUM
Desenvolvimento de Força e Potência

VELOCIDADE BAIXA!!
Desenvolvimento de Força e Potência

VELOCIDADE ALTA!
Desenvolvimento de Força e Potência

A FORÇA MÁXIMA É UM
FATOR DETERMINANTE NOS
ESPORTES DE COMBATE
Desenvolvimento de Força e Potência
P=F.V

DENTRO DA
MATEMATICAMENTE NÃO
HÁ DIFERENÇA NAS DUAS
OU ORGANIZAÇÃO DO
FORMULAS TREINAMENTO….

P=V.F
Desenvolvimento de Força e Potência

THE FORCE VELOCITY CURVE


Desenvolvimento de Força e Potência
A model of the contributing components to a measurable sport performance outcome called ‘athletic performance’. Psych = psychological.
HOMEOSTASE
Meio interno rela+vamente estável

Claude Bernard observou a estabilidade de várias funções


Médico francês Claude Bernard (séc. XIX)
fisiológicas, como temperatura, frequência cardíaca, e pressão
arterial

“Permanente tendência do organismo de manter a constância do


meio interno. Rela+va independência do organismo em relação às
oscilações do meio ambiente externo”

Bernard, Claude (1865). Introduc7on à l’étude de la médecine expérimentale. Paris. pp. 180.
Meio interno rela+vamente estável

Walter B. Cannon, Fisiologista norte americano (1929)


Cannon cria o termo HOMEOSTASE

Homeo = similar
Homo = mesmo

Meio interno é man+do dentro de valores


aceitáveis, ao invés de valores fixos.

Stasis = condição

Meio interno não é um ambiente está+co e


inalterável, é uma “condição similar”

Bernard, Claude (1865). Introduc7on à l’étude de la médecine expérimentale. Paris. pp. 180.
Meio interno rela+vamente estável

Exercício [sico = quebra da homeostase


• Overreaching - acúmulo de treinamento e / ou estresse
sem treinamento resultando em diminuição de curto prazo
na capacidade de desempenho com ou sem sinais e
sintomas fisiológicos e psicológicos relacionados de
desadaptação em que a restauração da capacidade de
desempenho pode levar de vários dias a várias semanas.

• Overtraining - um acúmulo de treinamento e / ou estresse


sem treinamento resultando em diminuição de longo prazo
da capacidade de desempenho com sinais e sintomas
fisiológicos e psicológicos relacionados de inadaptação
em que a restauração da capacidade de desempenho
pode levar várias semanas ou meses.

Kreider R, Fry AC, O’Toole M. Overtraining in sport: terms, definitions, and prevalence.
Overtraining
Resposta generalizada ao estresse caracterizado por fadiga persistente, perda de rendimento, alterações bioquímicas e do estado de
humor, dentre outras variáveis psicológicas, devido, principalmente, ao aumento de volume e/ou intensidade de treinamento.

(ROGERO e TIRAPEGUI, 2005)

Sinais e sintomas:
•Mudança no ape+te;
•Perda de peso;
•Distúrbios do sono;
•Irritabilidade, inquietude, excitabilidade, ansiedade;
•Perda da mo+vação e vigor;
•Falta de concentração mental;
•Sensação de depressão; e
•Perda de gosto por coisas normalmente agradáveis.

(COSTIL e WILMORE, 2010)


DESENHANDO UM PLANO DE TREINO
PERFIL DO ESPORTE > PERFIL DO ATLETA> OBJETIVOS> PLANEJAMENTO>
MONITORAMENTO
PERFIL DO ATLETA
OBJETIVOS

O que exatamente o atleta precisa alcançar


e quando ele precisa alcançá-lo?
PLANEJAMENTO
PRINCÍPIOS PARA PLANEJAMENTO DO TREINO
ADAPTAÇÃO
PLANEJAMENTO
PRINCÍPIOS PARA PLANEJAMENTO DO TREINO

VOLUME INTENSIDADE
PERIODIZAÇÃO
A palavra periodização deriva de período, uma porção ou divisão
do tempo em pequenos segmentos mais fáceis de se controlar, a
fim de propiciar o desempenho máximo nas principais
competições. É um processo de estruturação das fases de
treinamento para atingir níveis máximos de condicionamento em
capacidades biomotoras gerais e específicas (BOMPA, 2002).
ESTRATÉGIA LINEAR
Esta estratégia de periodização envolve o
desenvolvimento seqüencial de uma qualidade física após
a outra, cada uma tornando-se mais especifica para o
desempenho esportivo.
ESTRATÉGIA LINEAR
ESTRATÉGIA CONCORRENTE
Esta estratégia desenvolve valências físicas
concorrentes dentro de um mesmo mesociclo. Uma
estratégia concorrente pode ser apropriada para
manutenção ou pequenos ganhos longitudinais em
várias qualidades físicas durante uma longa temporada
(por exemplo, em rugby profissional ou futebol) ou para
um atleta em desenvolvimento. Esta estratégia pode não
ser apropriada para um atleta bem treinado que está
tentando fazer ganhos consideráveis em uma qualidade
física específica.
ESTRATÉGIA CONJUGADO
O método conjugado envolve o treinamento de várias qualidades físicas
dentro de um microciclo, mas maximizando a intensidade em apenas
uma dessas qualidades físicas por mesociclo. Por exemplo, a força
máxima, a força-velocidade e a velocidade-força são necessárias para
maximizar o desempenho do salto vertical. Se o treinamento de força for
realizado três vezes por semana, cada sessão enfatizaria uma qualidade
física como ênfase.
PERIODIZAÇÃO EM BLOCOS
APLICAÇÕES PRÁTICAS

É necessário desenvolver métodos mais aplicados,


efetivos e realistas de treinamento (e desenvolvimento)
de atletas profissionais, que competem várias vezes
por ano e precisam manter o desempenho próximo ao
pico ao longo do macrociclo.
APLICAÇÕES PRÁTICAS

Do ponto de vista prático, monitorar os atletas usando


testes que melhor se correlacionam com o
desempenho real do esporte é muito mais importante
do que seguir conceitos teóricos, que afirmam
subjetivamente que a forma pode ser previsível e
controlada.
MONITORAMENTO DA
CARGA DE TREINAMENTO
STRESS
A palavra "estresse" tem origem na palavra
inglesa "stress", que significa "pressão",
"tensão" ou "insistência". Pode-se
definir estresse como um conjunto de
reações fisiológicas necessárias para a
adaptação a novas situações.
STRESS
“É o estado do organismo no qual, após a
ação de agentes de qualquer natureza, o
organismo responde com uma série de
reações não específicas de adaptação”
(Selye, 1956)
"Assim, o stress é praticamente
tudo o que força o sistema
nervoso simpático do corpo a
iniciar secreções hormonais
para reagir. Esta resposta é
necessária para a adaptação e
pode nos ajudar a alcançar
nossos objetivos."

Mark Verstegen
CLASSIFICAÇÃO DO
STRESS
• Estresse Mecânico: Este tipo de stress é apresentado como
dor e lesões, diz respeito a força que é aplicada ao músculo e
estruturas de apoio, como ossos, tendões e ligamentos.

• Estresse Neural: Atividades como pliometria, sprints,


levantamento olímpico, ou trabalho de força máxima feitos em
alta intensidade, sobrecarregam o sistema nervoso central e
periférico, resultando em fadiga .

• Estresse Metabólico: Atividades como corrida e ciclismo de


longa distância que se concentram em manter a produção de
energia por longos períodos de tempo, com freqüência
cardíaca elevada, induzindo estresse metabólico e
sobrecarregando os sistemas que produzem e restauram a
energia. Verstegen, 2016
Carga de treinamento
Carga externa Carga interna

Carga externa é definida como o Carga relativa ao stress fisiológico e


trabalho realizado pelo atleta psicológico exercido pelo treinamento.
medido independentemente das Wallace et al . , 2009
suas características internas.
Wallace et al . , 2009
Como ambas as cargas, externas e internas, têm importância para a
compreensão da carga de treino do atleta , uma combinação de ambas pode ser
importante para a monitorização do treinamento. Na verdade, pode ser a relação
entre as cargas externas e internas que ajudam a revelar a fadiga. Por exemplo ,
usando a carga externa no ciclismo como exemplo, a potência de saída pode
ser mantida durante o mesmo tempo; no entanto , dependendo do estado de
fadiga do atleta , isto pode ser conseguido com uma alta ou baixa freqüência
cardíaca ou uma alta ou baixa percepção de esforço . É essa separação ou
distanciamento das cargas externas e internas que pode diferenciar entre um
atleta fadigado e um recuperado( Pyne & Martin , 2011).
paulo.uchoa@professor.unifametro.edu.br

paulouchoa_

OBRIGADO!!
Paulo Uchoa

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