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INTRODUÇÃO..........................................................................................4
CAP.1 – OKINAWA..................................................................................8
CONCLUSÃO..........................................................................................58
REFERÊNCIAS .......................................................................................60
INTRODUÇÃO
A origem das artes marciais não é precisa. Isto se dá devido o fato das
histórias terem sido passadas de geração para geração mediante a tradição oral.
O mais aceito no meio marcial é que o nascedouro das artes marciais se deu na
Índia. Da Índia, foi levada até o templo Shaolin na China, e então para ilha de
Okinawa no Japão. Em cada uma destas etapas, a arte marcial ficou conhecida
com um nome específico. Quando na Índia, era chamada de Vajramushti, já na
China recebeu o nome de Shaolin Kung Fu (em chinês) ou Shorinji Kempo (em
japonês). No Japão, a arte ficou conhecida simplesmente como ‘Te’.
Sato (2012) comenta que a história das artes marciais começa a tomar
forma mais concreta a partir do século VI, quando no ano 520 A.D. um monge
budista indiano chamado Bodhidharma (28º patriarca do Budismo e fundador do
Budismo Zen) deixou seu país e partiu numa longa jornada em busca da
iluminação espiritual. Bodhidharma viajou da Índia para a China, onde o destino
o conduziu ao Templo Shaolin, localizado na província de Honan. Diz a tradição
que, ao chegar ao velho mosteiro, Bodhidharma deparou-se com a precária
condição de saúde dos monges, fruto de sua inatividade. Foi então que ele
iniciou os monges na prática de uma série de exercícios físicos, ao mesmo tempo
em que transmitia-lhes os fundamentos da filosofia Zen, com o objetivo de
reabilitá-los tanto física quanto espiritualmente.
Segundo o Temple of Light Brazilian Shaolin Kung Fu Training Center
(2012), Bodhidharma iniciou os monges do templo Shaolin em treinamentos
físicos e aos monges mais elevados, foi ensinada a arte marcial do Vajramushti.
O Vajramushti se mostrou muito útil aos monges peregrinos
que frequentemente eram atacados em suas viagens de peregrinação e
propagação do Budismo. A estes monges, foi ensinado por Bodhidharma
uma técnica marcial extremamente perigosa e mortal dividida em dezoito golpes
de mãos que foi chamada pelos monges de "As Dezoito Mãos Do Arhat"
(referindo-se á Bodhidharma) que em chinês ficou conhecido como "Shi Ba Luo
Han Shou". Dado a dificuldade de pronunciar a palavra "Vajramushti" os
monges mudaram o nome desta arte marcial para "Os Punhos do Arhat",
em chinês "Luo Han Quan". Após a morte de Bodhidharma, esta arte
foi ensinada para vários outros mestres, dentro e fora do templo Shaolin. Esses
mestres criaram muitas outras técnicas marciais derivadas das técnicas originais
de Bodhidharma, como por exemplo, a técnica do “Tai Zu Chang Quan”, criada
pelo imperador Tai Zu da dinastia Sung.
Figura 13: (da direita para esquerda) mestre Maeshiro Morinobu, mestre Takara
Meiyu e mestre Nakamura Seiyu.
Fonte: MDV Communication (2012).
.
Figura 26: Ryu Ryuko.
Fonte: Associação de Karate Goju-Ryu de Pernambuco (2012).
Com a propagação palavra de sua grande habilidade, ele logo também
ensinou os membros da família real. Mais tarde, ele abriu seu próprio
dojo. Kanryo Higaonna foi especialmente conhecido por sua incrível velocidade,
força e poder e sua arte se tornou conhecida como Naha-Te. (INTERNATIONAL
OKINAWAN GOJU-RYU KARATE-DO FEDERATION, 2012).
Este nome veio a ser Goju-Ryu (em japonês): Go (duro, forte) Ju (suave)
Ryu (escola); logo, Goju-Ryu é a escola do forte e suave (ou duro e suave)
(INTERNATIONAL KARATE DO GOJU KAI ASSOCIATION BRASIL,
2012).
Segundo a International Okinawan Goju-Ryu Karate-Do Federation
(2012) em 1926, Chojun Miyagi estabeleceu o Clube de Pesquisa de Karate em
Wakas-Cho. Na ocasião haviam quatro instrutores, Chojun Miyagi, Hanashiro,
Motobu e Mabuni. Alternadamente todos os instrutores ensinaram alguns
exercícios preliminares e exercícios complementares. Depois, Miyagi ministrou
palestras para os alunos sobre a humanidade, a vida diária, e o código de ética
samurai, a fim de melhorar o seu desenvolvimento moral.
Segundo a West Australian Goju Ryu Karate Do (2012), Ghojun Miyagi
teve sete principais alunos, a saber:
Foi visto neste trabalho que a história das artes marciais começou a
tomar forma partir do século VI, quando no ano 520 A.D. um monge budista
indiano chamado Bodhidharma (28º patriarca do Budismo) deixou seu país e
partiu em uma longa jornada. Bodhidharma viajou da Índia para a China, onde
chegou ao Templo Shaolin, localizado na província de Honan. Ao chegar ao
velho mosteiro, Bodhidharma deparou-se com a precária condição de saúde dos
monges, fruto de sua inatividade. Foi então que ele iniciou os monges do templo
Shaolin em treinamentos físicos e aos monges mais elevados, foi ensinada a arte
marcial do Vajramushti.
A fama dos monges lutadores foi espalhada pela China, difundindo
amplamente as artes marciais durante a Dinastia Ming, alastrando-se ainda por
outros países da Ásia e dando origem a outros estilos de artes marciais, como
por exemplo o Karatê de Okinawa (Te).
Okinawa originariamente não era território japonês, mais sim um reino
com língua uchinaguchi com administração e filosofia próprias. Antes do
contato com a China (por motivos econômicos e culturais), existia na ilha uma
luta nativa denominada TE. Segundo antigos manuscritos japoneses os primeiros
contatos entre China e Okinawa ocorreram no período da Dinastia Tang (618 a
906 d.C.), quando várias missões diplomáticas, militares e religiosas visitaram a
ilha. Com o intercâmbio entre os monges budistas de Okinawa e da China, teve-
se influências de técnicas do Chuan Fa - Wushu dos monges chineses sobre o TE
dos monges japoneses.
O Te se desenvolveu em três locais diferentes de Okinawa, a saber: na
capital Shuri, denominado SHURI-TE; na cidade portuária Tomari, TOMARI-
TE e na cidade comercial Naha, NAHA-TE. Destes três, o Shuri-Te e o Tomari-
Te deram origem ao estilo SHORIN e o Naha-Te deu origem ao estilo GOJU.
O Naha-Te teve como fundador Higaonna e mais tarde passou a ser o
estilo Goju-Ryu sob a orientação do mestre Chojun Miyagi em 1930. O Shuri-Te
tem como fundador o mestre Anko Itosu e mais tarde passou a ser conhecido
como Shorin-Ryu nas mãos do sensei Tomohana Choshin em 1933. Também em
1933 o Tomari-Te, fundado por mestre Kosaku (Sokon) Matsumura, também
ficou conhecido como Shorin-Ryu através do mestre Shoshin Nagamine.
Os objetivos do Karatê são definidos pela filosofia Budo-japones (Do),
que se baseia na busca incessante do aperfeiçoamento pessoal e a harmonização
do meio onde se vive. Desta maneira o Karatê-Do, como arte marcial, provém
das técnicas de defesa sem armas. ‘Kara’ significa ‘vazias’, ‘Tê’ significa
‘mãos’, e ‘Do’ significa ‘caminho’. Logo, Karatê-Do é o ‘caminho das mãos
vazias’.
Ao final desse trabalho, pode-se concluir que, no Karatê-Do, cada
praticante deve buscar as suas metas pessoais com objetivos diferenciados que
devem ser respeitados, cada praticante terá a oportunidade de atingir as metas
propostas, metas essas no campo do autocontrole, equilíbrio interior, saúde
física e mental entre outros, que resultarão em um autocontrole e correto
direcionamento dos impulsos de agressividade naturais aos seres humanos.
Por fim, fica um pensamento do saudoso mestre Yoshihide Shinzato:
“Ichi Go ichi E”. Que significa: “Trate bem todas as pessoas que você conhecer
nessa vida! Elas não entram na sua vida por acaso!”.
Arigatou gozaimasu.
REFERÊNCIAS