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Sasaki Kojirō (佐々木 小次郎?

também conhecido como Ganryū Kojirō) (Fukui, 1583 –


Ganryūjima, 14 de abril de 1612), adotou este segundo nome como um nome de guerra
(Ganryū - 巌流 ), e era o mesmo nome da escola de kenjutsu que ele havia fundado. É
dito que Kojirō foi um dos mais famosos e habilidosos espadachins de sua época e
que estudara o estilo de espada Chūjō-ryu através de seu mestre Kanemaki Jisai ou
Toda Seigen. Toda Seigen foi o mestre da kodachi. Se Kojirō realmente aprendeu a
técnica de Seigen, ele teria sido seu "parceiro" e mestre. Devido a kodachi que seu
mestre usava, Kojirō usava nodachi ou também chamada, erroneamente, de katana longa
na qual ele ganhou excelência. Foi depois de vencer o irmão mais novo de seu mestre
que ele fundou Ganryū. Os primeiros registros confiáveis de sua vida afirmam que,
em 1610, devido à fama da sua escola e seu sucesso somado a várias vitórias de
diversos duelos (incluindo uma vez, quando ele lutou com três adversários com uma
tessen), Kojirō foi homenageado pelo senhor feudal Hosokawa Tadaoki como o
principal comandante das armas do feudo ao norte de Kyūshū. Sasaki mais tarde se
aperfeiçoou nas habilidades com nōdachi, e utilizava uma que ele chamava de "A
Varal" como sua arma principal, à qual ele carregava às costas para seu
adestramento no caminho da espada. Sasaki Kojirō ainda desenvolveu um estilo
próprio, o estilo Tsubame Gaeshi (Rasante da Andorinha), diz-se que seu estilo era
capaz de "cortar" uma andorinha em pleno voo.Kojirõ Sasaki foi morto ao duelar na
ilha de Ganryūjima contra outro samurai: simplesmente o ronin mais famoso da
história do Japão, Musashi Miyamoto, que considerou Kojirõ o seu maior rival.
Musashi sabia que Kojirõ só poderia ser superado por um método que não se baseasse
exclusivamente nas habilidades com a espada. Conta a história, baseada nas próprias
narrativas de Musashi, que este, entendendo que superar o estilo de Sasaki Kojirõ
seria muito difícil e arriscado, por causa da distância que a nodachi alcançava, e
já tendo ele muita velocidade e força no seu estilo, e também, conhecendo o orgulho
e tradicionalismo dele, se valeu de alguns truques psicológicos para desestabilizá-
lo emocionalmente. Musashi costumava dizer que um samurai enfurecido já estava a
meio caminho da derrota, e este duelo provaria sua tese. Propositalmente se atrasou
mais de 2 horas da hora marcada para chegar no local do duelo enquanto esculpia em
um remo uma bokken (espada de madeira), um pouco maior que a nodachi de Kojirõ.
Este, por sua vez, o observava da praia enquanto fazia isso, irritando-se cada vez
mais à medida que o tempo passava e Musashi, intencionalmente, não lhe dava a menor
atenção. Ao desembarcar na praia, estava usando vestes surradas e tinha os cabelos
visivelmente desgrenhados, com a bokken recém esculpida em uma mão e um cobertor na
outra. Kojirõ tomou isso como mais um insulto pois, na cultura samurai, apresentar-
se desalinhado para um duelo significa completa desconsideração pelo adversário,
ainda mais sem portar a espada, usando a bokken de madeira em vez da mesma. Esse
instrumento era algo de que apenas os aprendizes se valiam, não os samurais de alta
reputação e nem sequer a maioria dos ronin. Musashi, assim, insinuava que não
considerava Kojirõ um verdadeiro samurai, não sendo, portanto, digno de
consideração suficiente para fazê-lo desembainhar a sua espada. Além disso, Musashi
também havia planejado descer na praia exatamente na direção oposta à do sol e
esperou Kojirõ correr para cima dele pela areia. Assim, segundo planejara, Kojirõ,
além de ter a visão ofuscada, também se cansaria mais rapidamente e teria mais
dificuldade para se equilibrar, por causa do terreno irregular. Para a infelicidade
de Kojirõ, este caiu no jogo psicológico de Musashi, e, irritadíssimo com o
menosprezo com que o adversário lhe demonstrava, correu exasperado em sua direção.
Alguns historiadores afirmam que antes disso Kojirõ proferiu vários e pesados
insultos contra Musashi logo que este desceu do barco, aos quais seu rival teria
respondido apenas com um sorriso irônico, o que teria terminado de enfurecê-lo.
Kojirõ, descontrolado pelas provocações do adversário, correu diretamente na
direção de Musashi e jogou a bainha da sua espada no chão. Neste momento Musashi
disse a ele, "Acabou de perder a luta!", pois em sua filosofia dizia que, quem
jogava a bainha da espada no chão, não estava disposto a colocá-la de volta
(obviamente, em um duelo entre samurais, a lâmina só não volta para a bainha quando
o combatente morre).A luta real durou apenas o lance do seu momento decisivo,
embora Musashi tenha escrito que a luta começou no momento em que meditava e
esculpia sua espada no barco e durou até aquele momento: quando Kojirõ se aproximou
dele após correr pela areia, Musashi saltou, já estando na direção do sol, ficou
entre ele e os olhos de Kojirõ, assim atrapalhando sua visão por causa da luz,
Kojirõ utilizou seu golpe supremo do "voo rasante da andorinha" mas não conseguiu
acertar Musashi em cheio, somente cortando uma tira de pano que estava amarrada em
sua testa e causando-lhe apenas um leve arranhão. Porém, nesse mesmo tempo, no meio
do salto, Musashi acertou-lhe com a bokken, bem na parte mais alta de sua testa,
próximo à linha dos cabelos, o que fez com que Kojirō caísse tonto e com sangue já
descendo abundantemente por seu rosto, o que indicava que tivera o crânio fraturado
pelo golpe. Alguns dizem que, mesmo assim, já mortalmente ferido, ao cair no chão,
Kojirõ ainda tentou acertar as pernas de Musashi com sua espada. Porém, Musashi
evitou o golpe com outro salto e ainda o atingiu novamente nas costelas, e este
teria sido, então, o golpe fatal. Após isso, Musashi jogou a bokken para o alto e
soltou um grito profundo, o povo disse ao ver isso que o espírito de Kojirō ainda
estava lutando contra Musashi e ele teve que gritar para que o espírito de Kojirō
se dissipasse. Após o duelo, Musashi se retirou para cavernas em uma montanha para
escrever seus livros de iluminação chamado "os livros dos cinco anéis".

A narrativa possui alguns enganos práticos e históricos, o que compromete sua


credibilidade em alguns pontos; porém Harada Mukashi e alguns outros estudiosos
acreditam que realmente fora Musashi e seus alunos a assassinarem Kojirō Sasaki - o
clã Sasaki ao que parece era um obstáculo político ao Senhor Hosokawa, e derrotando
Kojirō seria um retrocesso político para o seu adversários políticos e religiosos.

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