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No novo testamento, o termo “catequese” significa dar uma instrução a respeito da fé. Em sua origem o
termo se liga a um verbo que significa ”fazer ecoar” (Kat-ekhéo). A Catequese, de fato, tem por objetivo
último fazer escutar e repercutir a palavra de Deus. (Catequese Renovada pág 18 nº 31)
A HISTÓRIA DA CATEQUESE
- Compreender melhor a fé
- Deixar de lado os costumes pagãos
- Realizar um tempo de conversão e santificação
- A descoberta da Impressa
- A difusão das escolas
- A preocupação com uma maior clareza das formulações cristã.
É assim o povo de Deus que se reuni e esse povo tem uma missão:
“Ide, pois, ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do pai, do filho e do espírito santo”. (Mt
28,19)
Bispo: Chefe da Igreja particular ou Diocese. É uma pessoa chave na Igreja, recebe o sacerdócio em
plenitude e a ele são dados todos os ministérios.
Padre: Colaborador direto do Bispo na evangelização e na distribuição dos ministérios. Pode ser:
Diocesanos e Religiosos.
Devem: Pregar o evangelho; presidir a eucaristia; exercer o ministério dos sacramentos a eles confiados;
animar, coordenar e orientar a comunidade.
Não ordenados – (Leigos) – toda a comunidade Igreja, todos aqueles que, recebendo o Batismo,
resolvem assumir o seu papel na comunidade. Entre esses, nós, catequistas.
“A Igreja para cumprimento de sua missão, conta com a diversidade de ministérios. Ao lado dos
ministérios hierárquicos, a Igreja reconhece o lugar dos ministérios desprovido de ordem sagrada.
Portanto, também os leigos podem sentir-se chamados ou ser chamados a colaborar com os seus
pastores a comunidade eclesial, para o crescimento e vida da mesma, exercendo ministérios diversos,
conforme a graça e os carismas que o senhor aprouver conceder-lhes.”
(puebla 804)
No centro da catequese encontramos essencialmente a pessoa de Jesus de Nazaré, filho do Pai. Que
morreu por nós e agora ressuscitado vive conosco para sempre (catecismo IC 426).
FINALIDADE DA CATEQUESE
Levar a comunhão com Jesus Cristo: só ele pode conduzir ao amor do Pai. Portanto aquele que é
chamado a ensinar o Cristo deve conhecê-lo. É desse conhecimento de Cristo que jorra o desejo de
anunciá-lo, de evangelizar e de levar outros ao “sim” da fé em Jesus (catecismo da IC 428 e 429).
QUEM É O CATEQUISTA?
O Catequista é antes de tudo alguém que escuta e atende o chamado de Deus (Mt, 9, 37-38). Ele é um
mestre em doutrina religiosa, que enviado por Deus, vai despertar e cultivar a fé dos catequizados
(catecúmenos).
O Catequista é alguém de muita vocação (Ef, 4,1. 2Ts, 1,11).
Virtudes do Catequista:
É destinada a todo o homem, de modo particular os pobres e os menos favorecidos (diretório geral para
catequese pág. 172).
A todo batizado porque é chamado por Deus a maturidade da fé (diretório geral para catequese pág 175
nº 167)
A comunidade cristã é a origem, lugar e a meta da catequese (diretório geral para catequese pág. 251 nº
253).
A comunidade eclesial de base (diretório geral para catequese pág. 259 nº 263)
MISSÃO DO CATEQUISTA
A missão primordial da igreja é anunciar a Deus e testemunhá-la diante do mundo (diretório geral para
catequese pág. 25 nº 23)
Anunciar o reino de Deus como o próprio Jesus o fez sendo enviado (diretório geral para catequese pág.
37 nº 34)
Transmitir aos catequizandos a viva experiência que ele tem dos evangelhos (diretório geral para
catequese pág. 65 nº 66)
Conservar fielmente o evangelho a todos aqueles que decidiram seguir Jesus (diretório geral para
catequese pág. 76 nº 78)
A Catequese é uma prioridade em toda a Igreja, “A Catequese é uma urgência. Só posso admirar os
pastores zelosos que em suas Igrejas procuram responder concretamente a essa urgência, fazendo da
catequese uma prioridade” (João Paulo II, encontro com os Bispos em Fortaleza 10/07/1980).
• Espiritualidade profunda – rezar e testemunhar o cristianismo, não perder nunca a intimidade com
Deus.
• Integração na comunidade – Participar ativamente de toda a vida da Igreja. O catequista deve exercer
o ministério de forma continuada e permanente.
• Senso crítico – ler, estudar, e analisar coerentemente os fatos da Igreja do mundo. A alienação é um
mal que jamais deve tomar o catequista.
• Animação – saber ouvir e dialogar, buscar não mostrar dúvidas e insegurança, animar de tal forma o
encontro de catequese, que leve o catequizando a um conhecimento gostoso da doutrina da Igreja.
• Formação doutrinária – buscar conhecer a doutrina católica, estudar sobre seus diversos aspectos,
através de leituras, cursos etc.
Ser catequista não é ser professor. Aulas são dadas na escola. Os encontros de catequese têm a
preocupação de anunciar Jesus e levar o catequizando a uma aproximação maior com a Igreja.
Por ser considerado pelas crianças como modelo, o catequista deve dar testemunho daquilo que prega,
de viver o que anuncia.
O essencial a um bom catequista é o AMOR, daí emana:
- Compreensão
- Carinho
- Dedicação
- Atenção
- Preparação
- Serviço
A catequese não se restringe apenas à preparação para 1ª Eucaristia. Antigamente muitos pais, diante da
preparação para 1ª Eucaristia queriam ver seus filhos o mais rápido possível fazendo ou recebendo a
comunhão.
O catequista deve deixar bem claro que primeira comunhão não é um evento social, onde se desfilam as
roupas bonitas, mas ninguém se preocupa em dar continuidade à vida da Igreja, da mesma forma os
outros sacramentos, daí a importância das reuniões com os pais, movimentos paroquiais.
“O exemplo de Cristo orante: o Senhor Jesus, que passou pela terra fazendo o bem e anunciando a
palavra, dedicou, sob o impulso do espírito santo, muitas horas a oração. O cristão, movido pelo espírito
santo, há de fazer da oração motivo de sua vida diária e de seu trabalho. A Igreja que ora em seus
membros une-se à oração de Cristo” (puebla 932).
Por isso durante toda a sua vida o catequista deve ser uma referência em oração, e o grande incentivador
de seus catequizandos. O catequista tem esse dever de levar o catequizando a compreender a
necessidade desse encontro pessoal com Deus na oração, quem não tem um contato diário com Deus na
oração, não é capaz de compreender a própria missão que está no coração do pai, a oração nos leva à
ação.
Cheia de amor – Deus é amor, daí é preciso estarmos também com a disposição para amar.
A bíblia é o livro da catequese por excelência (catequese renovada 26, pág 58 nº 154). O catequista deve
fazer uma catequese inteiramente baseada na bíblia, buscando na palavra de Deus a base do
ensinamento do catequizando, o catequista tem a obrigação de ter um profundo conhecimento da
sagrada escritura.
O CATEQUISTA E A EUCARISTIA
A celebração eucarística, centro da sacramentalidade da Igreja e presença mais plena de Cristo no meio
da comunidade, é o centro e o ponto culminante de toda vida sacramental. (puebla 923)
A eucaristia está no centro da liturgia, e em redor dela todos os outros sacramentos, por isso o catequista
tem que ser espelho de uma fidelidade constante ao corpo e sangue do senhor.
Ao iniciarmos uma caminhada catequética é necessário ter um momento para maior entrosamento entre
os catequistas da comunidade. Para isso é necessário um encontro semanal para preparação dos
encontros, partilha de idéias e experiências de trabalho. Também um encontro mensal, para se fazer uma
avaliação das atividades desenvolvidas no referido mês, seguida de um momento de espiritualidade.
Ao prepararmos o Encontro de catequese, devemos nos preocupar com o catequizando: sua vida, suas
expectativas.
• Deverá está em ordem, limpo e agradável. Os catequistas podem convidar os catequizandos para ajudar
na arrumação.
• Utilizar cartazes, figuras sobre o tema em questão, enfeitar o ambiente para despertar nos
catequizandos interesse pelo tema.
• A Bíblia deve ocupar lugar de destaque no local do encontro. Usar flores, toalhas e velas sempre que
possível.
• Os catequizandos deverão sentar-se em círculo, para que todos possam ver a todos. Essa é uma
maneira de discerni sobre sala de aula e sala de encontro de catequese.
QUANTO AO ACOLHIMENTO
• Para acolher bem os catequizandos o catequista deverá chegar um tempo antes do horário de inicio do
encontro para receber a todos com igual atenção, sem demonstrar preferências.
• Ter um momento de diálogo com os catequizandos, questionando-os sobre o que fizeram durante a
semana, como estão se sentindo, o que desejam receber na catequese. Não deve ser um relatório mais
sim uma conversa espontânea.
• O ponto de vista do catequizando deve ser respeitado, e sua opinião ser ouvida com bastante atenção.
• O catequista deve dizer sempre a verdade. Se não souber responder a alguma pergunta, deverá se
comprometer em procurar a resposta e trazer no próximo encontro.
• Se o catequizando tiver algum problema, o catequista deve procurar ser amigo dele para ajudá-lo a
superar suas dificuldades.
QUANTO À LINGUAGEM
• Ter atenção com determinadas palavras que costumamos usar: Catequese não é um curso, nem escola.
Em vez de “aula” falar “encontro”. Não fazer “provas” nem dar “notas” nem castigos. Que o
relacionamento não seja de “professor” e “aluno”.
• Essas coisas existem na escola, mas não na catequese, que é o encontro do catequizando com Jesus
Cristo e com a comunidade.
QUANTO A ORGANIZAÇÃO
• O Catequista deve utilizar uma pasta com materiais para anotar os dados principais do catequizando:
Idade, endereço, escolaridade etc.
ORAÇÃO DO CATEQUISTA:
Senhor, tu me chamaste a ser catequista na tua Igreja nesse imenso Brasil, na tua comunidade que
também é minha. Tu me confiaste a missão de anunciar a tua palavra, de denunciar o pecado, de
testemunhar, pela minha própria vida, os valores do evangelho. Recuo diante do teu chamado. É pesada,
Senhor, a minha responsabilidade. Mas, se me escolhestes confio na tua graça. Caminharemos juntos,
Senhor, tu, apoiando-me, iluminando-me; eu, colocando-me à tua disposição, à disposição da tua Igreja,
preparando-me, atualizando-me sempre mais para servir melhor o teu povo. Faze-me teu instrumento
para que venha o teu reino, reino de amor e paz, de fraternidade e justiça, reino, onde Deus será tudo em
todos. Amém.
Fontes Bibliográficas consultadas: Catecismo da Igreja Católica 1993, Diretório geral para a catequese
1998, Catequese renovada nº 26 da CNBB 1983 e Preparação para catequistas (Gabriel Chalita) 2000 e
Livro do Catequista Fé vida e Comunidade Editora Paulus 13ª Edição 1994.