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CURITIBA
2007
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CURITIBA
2007
AGRADECIMENTOS
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“Sem cultura não há nação, não há paz, nem estrutura de sentido. Sem cultura não
há felicidade” (Dr. Wolmir Amado, 2006)
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RESUMO
Este estudo analisa de que maneira o Centro Cultural Teatro Guaíra contribui para o
fomento à cultura paranaense, por meio do Projeto Teatro para o Povo; avalia a
influência exercida pelo CCTG sobre as classes sociais e o desenvolvimento da
cultura da sociedade paranaense, acompanhando suas mudanças. Além disso,
buscou-se destacar aspectos de fomento à cultura voltada à democratização do
teatro, música e dança, oferecidos pelo CCTG. Como base para essa análise, este
estudo propõe o resgate do histórico da cultura e do teatro. Dentro deste estudo
foram destacados aspectos ligados à identidade cultural, da arte como atividade
cultural e a evolução do teatro no mundo, no Brasil e no Paraná. Toda análise foi
baseada em conceitos fundamentados por autores renomados e entrevistas
concedidas pela administração do CCTG neste ano de pesquisa. Concluiu-se que o
Centro Cultural Teatro Guaíra tem grande influência no fomento à cultura
paranaense por meio de projetos como o Teatro para o Povo, que oferece acesso às
pessoas que não estão habituadas a freqüentar um teatro ou que não conhecem as
atividades de um grupo de balé, de uma orquestra ou de um grupo teatral. Esta
influência, percebida ou não pelo público, são refletidas formação dos indivíduos e
da sociedade, além de possibilitar a inclusão social e conseqüente formação de
platéia.
SUMÁRIO
LISTA DE ABREVIATURAS...................................................................................07
INTRODUÇÃO........................................................................................................08
1 CULTURA............................................................................................................10
1.1 Conceito: Formação e Evolução...................................................................10
1.2 Identidade Cultural.........................................................................................13
1.3 Arte como Atividade Cultural........................................................................15
2 TEATRO...............................................................................................................18
2.1 Histórico...........................................................................................................18
2.2 Evolução do Teatro no Mundo......................................................................20
2.3 Evolução do Teatro no Brasil........................................................................22
2.4 Teatro Paranaense em Curitiba.....................................................................24
3 ESTUDO DE CASO – TEATRO GUAÍRA...........................................................27
3.1 Delineamento de Pesquisa............................................................................27
3.2 Apresentação e Análise de Dados................................................................29
3.2.1 Histórico do Teatro......................................................................................29
3.2.2 O Projeto Teatro para o Povo – Análise Documental...............................30
3.2.3 Entrevista com Diretora Presidente do CCTG..........................................32
3.2.4 Entrevista com o primeiro Coordenador do Projeto TPP.......................33
3.2.5 Observação Direta.......................................................................................34
3.2.6 Entrevista com Maestro Paulo Torres.......................................................37
3.3 Considerações Finais.....................................................................................39
CONCLUSÃO.........................................................................................................41
REFERÊNCIAS......................................................................................................43
APÊNDICES...........................................................................................................46
ANEXOS.................................................................................................................67
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LISTA DE ABREVIATURAS
INTRODUÇÃO
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1 CULTURA
O autor acredita que a cultura é o que constrói o ser humano, o que traz o
sentido da sua vida, uma direção para sua existência.
Para Santos (1987), cultura refere-se à humanidade em todo o seu contexto
e, simultaneamente, a cada um dos povos, nações, sociedades e grupos que a
compõem. O autor afirma ainda que, para entender as práticas e costumes da
cultura de uma sociedade, deve-se conhecer as razões de sua existência para a
sociedade em questão, pois cada grupo constrói sua cultura de acordo com sua
maneira de ser e cada ato que compõe esta cultura tem um significado para a
sociedade que o pratica.
Gabriel (2005) apresenta várias definições de cultura, entre estas a proposta
pela UNESCO, conforme as conclusões da Conferência Mundial sobre as Políticas
Culturais, que ocorreu no México, em 1982, da Comissão Mundial da Cultura e
Desenvolvimento, em 1995, e da Conferência Intergovernamental sobre Políticas
Culturais para o Desenvolvimento, que aconteceu em Estocolmo, em 1998:
a cultura pode ser entendida como um conjunto de características distintas
espirituais, materiais, intelectuais e afetivas que caracterizam uma
sociedade ou um grupo social. Abarca, além das artes e das letras, os
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politicamente. O autor cita ainda os princípios gerais para uma política sobre
conteúdos e identidade cultural:
Os conteúdos de identidade cultural devem preservar e estimular a
diversidade em suas variadas manifestações no espaço (identidades
instituídas e instituintes) e no tempo (a memória e o projeto como fontes de
formação de identidades culturais). As autoridades públicas devem
acompanhar o sistema de produção de conteúdos (em suas diferentes
fases: a produção propriamente dita, a distribuição, a troca e o uso) sob o
ângulo da identidade cultural de modo a assegurar o pleno uso social das
possibilidades da sociedade da informação. (MIRANDA, 2000, p.86)
2 TEATRO
2.1 Histórico
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circo. Na verdade, o teatro de Roma é definido por Berthold (2000, p.140) não
com tantos propósitos artísticos, mas como um “show business organizado”, pois
eram construídas arenas destinadas a espetáculos grandiosos, como a provocação
de animais em público, jogos de gladiadores e batalhas navais.
Segundo Delacy (2003), o teatro da Idade Média tem sua origem na religião,
pois seus enredos são tirados de passagens bíblicas e apresentados em festas
litúrgicas. De acordo com Berthold (2000), o teatro medieval veio cheio de vida e
diversidade, falou sobre Deus e o diabo, enfrentou os vetos e provocou a Igreja, pois
com a separação da Igreja, vieram as representações críticas, grotescas e profanas
em relação ao catolicismo, que atacavam as representações litúrgicas, como a da
Páscoa e do Natal.
O marco da Renascença do teatro, segundo Berthold (2000), pode ser
definido em 1946, quando foi representada, pelos humanistas, a primeira tragédia de
Sêneca, em Roma e a primeira comédia de Plauto, pelo duque de Ferrara, além de
ter sido publicada a obra De Architetura, uma contribuição literária essencial para
modelar o palco e o teatro segundo a antiguidade.
O teatro Barroco agregou apelo emocional ao classicismo renascentista e
reviveu a fartura de alegorias da Idade Média, retratando a imagem da época e
sendo berço da Ópera e dos teatros arquitetonicamente ornamentados.
(BERTHOLD, 2000)
Segundo Berthold (2000), sob a filosofia Iluminista, o teatro burguês do século
XVIII ofereceu ao homem da época, além de autoconhecimento, auto-expressão e
enriquecimento da supremacia da razão, luxuosos e esplêndidos teatros e óperas.
O teatro naturalista, de acordo com Berthold (2000), procurava explicar o
impulso instintivo humano, o comportamento determinado pela raça, meio-ambiente
e momento e abriu as portas para a crítica teatral e filosofias sobre a função do
teatro, como questiona Bertold Bretch, se o teatro tem colocação didática ou apenas
de lazer.
(1993 apud PISNITCHENKO, 2004, p.32) afirma que o teatro, no Brasil, foi
introduzido com a catequização das tribos indígenas, feita por missionários da
Companhia de Jesus, afirma ainda que o “teatro brasileiro nasceu à sombra da
religião católica”, através dos manuscritos de sermões dramatizados do Padre José
de Anchieta. (PRADO, 1999, p.19).
Segundo Pisnitchenko (2004), o teatro jesuítico não era apenas divertimento
ou passatempo intelectual, mas possuía importante função pedagógica e
catequética. A autora afirma ainda que as peças costumavam ser apresentadas em
tupi-guarani, português e castelhano e os motivos das representações eram,
principalmente, a recepção de personalidades ou imagens e relíquias.
De acordo com Delacy (2003), outras atividades artísticas anteriores à
chegada dos jesuítas - e que podem ser consideradas como teatro - vinham sendo
realizadas no Brasil: eram narrativas ricas em psicologia popular, apresentadas em
verso, que podiam ser reais, fictícias ou adaptadas à realidade. Para a autora, na
realidade, os jesuítas utilizaram-se do teatro para se entrosar com os nativos
brasileiros, introduzindo no contexto a religião.
O teatro brasileiro começa a despontar no século XVIII, quando, além da
Igreja católica, que incorporou às tradicionais atividades teatrais, cavalhadas,
touradas, e números musicais, foram impressos os primeiros textos teatrais e as
apresentações ao público acompanharam o sentido político e econômico do país,
partindo da então sede do Vice-Reinado do Brasil, Bahia, em direção ao Rio de
Janeiro. (PRADO, 1999)
Segundo Prado (1999), já com o novo gênero da ópera italiana introduzida no
Brasil, com trechos representados por elenco de negros, estudantes, professores,
funcionários e soldados, foram construídos, entre 1790 e 1795, teatros conhecidos
como Casa da Ópera na Bahia, no Rio de Janeiro, no Recife, em São Paulo e Porto
Alegre.
No século XIX, o ciclo das casas de ópera se encerra com a construção do
primeiro teatro de grandes dimensões no Brasil, atendendo ao decreto de D. João
VI. Prado destaca a primeira tragédia e a primeira comédia legitimamente
brasileiras, levadas ao palco em 1838: Antônio José ou O Poeta e a Inquisição, de
Domingos Gonçalves de Magalhães, também considerada o marco inicial do teatro
romântico brasileiro, e O Juiz de Paz da Roça, de Luís Carlos Martins Pena.
(PRADO, 1999). De acordo com Magaldi (1999), Gonçalves de Magalhães foi quem
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dos mais famosos palcos da Europa e do Rio de Janeiro, e seguiu sendo palco
de outras peças até ser abandonado, em ruínas, em 1887.
De acordo o CCTG (2007), o Teatro Guaíra inaugurou seu primeiro auditório
em 1954, foi o Auditório Salvador de Ferrante, na gestão do governador Bento
Munhoz da Rocha Netto, que planejava realizar grandes óperas, oportunizando-se
do período de evolução cultural que acontecia na cidade de Curitiba.
Segundo Dotto Neto (2000), a censura da ditadura acalmou a partir de 1978,
portanto a sociedade passou a reivindicar sua liberdade de expressão também no
que se refere à arte e ao teatro, como em pedidos de liberação de peças vetadas
pelo regime militar.
O Sindicato dos Artistas e Técnicos em Artes Cênicas promoveu, em agosto
de 1980, o I Simpósio Sobre os Problemas do Teatro em Curitiba, discutindo o
assunto com a presença de onze companhias profissionais e cinco grupos
amadores. (DOTTO NETO, 2000)
Os espaços cênicos percebidos em 1982 compreendiam o auditório Salvador
de Ferrante, Guairão e Míni-Guaíra, pertencentes ao complexo do CCTG, o Teatro
do Colégio Estadual do Paraná, o Teatro da Reitoria, mantido pela Universidade
Federal do Paraná, o Teatro do Paiol, o Teatro de Bolso, o Teatro do Piá, o Teatro
Universitário de Curitiba e o então recém inaugurado Teatro da Classe. (DOTTO
NETO, 2000).
Em 1983, o governador José Richa estimulou a democratização da cultura,
como direito do cidadão, conceito este reforçado na capital pelo então prefeito de
Curitiba: Maurício Fruet. (DOTTO NETO, 2000). No mesmo ano foi criada a Central
de Artes Cênicas pela Fundação Cultural de Curitiba e neste período, segundo Dotto
Neto (2000), Oraci Gemba assumiu a superintendência da Fundação Teatro Guaíra -
FTG, apresentou e apoiou projetos com intuito de democratização da cultura, como
o Carreta Popular: teatro ambulante levado aos bairros menos favorecidos de
Curitiba e também à cidades do interior do Paraná.
De acordo com Dotto Neto (2000), em 1986, o teatro curitibano passou por
uma crise que se refletiu na administração dos espaços cênicos da cidade, onde
foram registrados fracasso de público e precariedade técnica.
O carioca Oswaldo Loureiro assumiu, em 1987, a superintendência da FTG,
anunciou a crise do teatro em todo o país e, como uma das primeiras atitudes em
função da democratização da cultura, criou o projeto Teatro para o Povo, com
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Segundo Yin (2001 apud DUARTE, 2005), o estudo de caso nada mais é do
que a investigação – coleta, análise e interpretação de observações – de um
fenômeno contemporâneo inserido no contexto da vida real, utilizado para se
responder questões de “como” e “por que”. O objetivo geral desta pesquisa é
analisar como o Centro Cultural Teatro Guaíra influencia a cultura do público
paranaense por meio do projeto Teatro para o Povo, em especial através das
apresentações da Orquestra.
Este tipo de estudo se aplica ao objetivo desta monografia visto que, de
acordo com Stake (1994 apud DUARTE, 2005), a análise de entidades como, por
exemplo, uma organização, classifica-se como estudo de caso, independente da
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Segundo o CCTG (2007), o projeto Teatro para o Povo foi criado em 1991,
como um programa formador de platéias, com acesso livre ao público, possibilitando
o contato com espetáculos de dança, teatro, música, ópera e teatro de bonecos,
realizados no inicialmente apenas no auditório Bento Munhoz da Rocha Netto.
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Segundo entrevista concedida por Mário Trojan (APÊNDICE B), atual produtor
artístico do CCTG, o Projeto Teatro para o Povo, surgiu em agosto de 1991, por
iniciativa de Oswaldo Loureiro Filho, então diretor do Teatro Guaíra, na gestão de
1991 a 1994. O projeto era realizado todos os domingos de março a dezembro, com
folga nos meses de janeiro e fevereiro.
O objetivo do Projeto era dar acesso ao público menos favorecido e também
ao público não freqüentador do Teatro. O público que freqüentava o Projeto era
variado e tornou-se rotina na programação de final de semana de muitas famílias.
Como havia distribuição de gêneros pelos teatros, sendo geralmente uma
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expectativas pois, na sua concepção, por ser gratuito, o concerto teria menor
qualidade e, pelo contrário, apesar da apresentação ter sido didática, a orquestra
manteve o rigor e a tradição.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BIZZOCCHI, Aldo. Anatomia da cultura – Uma nova visão sobre ciência, arte,
religião, esporte e técnica. São Paulo: Dalas Athena, 2003. 361p.
CUCHE, Denys. A noção de cultura nas ciências sociais. 2 ed. Bauru: EDUSC,
2002. 220p.
FARIA, J.R. O teatro na estante. São Paulo: Ateliê Editorial, 1998. 227p.
MAGALDI, Sábato. Panorama do teatro brasileiro. 4ª Ed. São Paulo: Global, 1999.
APÊNDICES
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APÊNDICE A
ENTREVISTA MARISA VILLELA
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Na verdade a gente tem que dar uma variedade e é isso que estamos
conseguindo de certa forma. Alternando não só teatro ou só musica. Se pegar a
última pauta do Guairão, tem de tudo. Dança flamenca, orquesta sinfronica, piada,
mpb. É variado, porque nós queremos atingir vários públicos. Porque o público que
vem no Chico Buarque, na Maria Bethânia, de repente não vem no Alice Cooper, por
exemplo. São públicos diferentes.
11 - Que imagem você acha que o público que freqüenta o projeto teatro
para o povo tem do projeto e do teatro?
Ah ficam encantados, isso é unanimidade. Também pelo fator novidade, o
fator gostar ou não de música clássica, ou de música popular, ou de música de raiz.
No momento em que as pessoas vêm a um espetáculo, por exemplo, a pessoa
gosta de musica de raiz e vem ver um espetáculo de fandango. Ela pode se
encantar muito mais do que um erudito que vem ver o mesmo espetáculo. Vai muito
do tipo do espetáculo, mas a unanimidade é que todos se encantam em vir. E o
teatro é bonito, é pomposo, é confortável, tem o entorno também. E o vir ao teatro é
um acontecimento, você sair de casa, se arrumar para vir ao teatro.
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Por exemplo, minha mãe tem 78 anos e adora cinema, por isso se recusa
a ver filme na televisão, porque para ela o cinema é ir ao cinema, é ficar no
escuro, na tela grande. É esse mecanismo que acontece também aqui no teatro. Só
o fato de vir ao teatro já é um acontecimento e as pessoas ficam predispostas a
gostar.
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APÊNDICE B
ENTREVISTA MÁRIO TROJAN
9 – Que tipo de mudança você acredita que o projeto traz para o público
atingido?
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Conheço gente como a Bia que trabalha aqui, que acompanhou a fase do
projeto em 92/93, ela vinha todo domingo ver espetáculo aqui, conheço muita
gente que fez isso, que depois até fez artes cênicas, ou enfim, não por isso, mas
depois seguiu pra este rumo mesmo. É interessante a questão de você oportunizar
uma pessoa a ver todas as apresentações, sem compromisso de estar pagando
ingresso, de ter que ficar no espetáculo, quer dizer, a pessoa resolve ir a um
espetáculo de teatro que nunca viu, na época aparecia muita gente que nunca tinha
entrado num teatro e nunca tinha visto um espetáculo teatral, muda uma série de
conceitos de vida inclusive, é muito interessante oportunizar às pessoas a fazer isto.
Hoje a gente tem um público mais formado, nesta segunda fase do projeto, porque
já teve aí uma série de quatro anos de entrada franca, etc, mas de qualquer maneira
é uma coisa interessante, possibilita uma série de entendimento de mundo, de arte,
às vezes a pessoa, nem por nada, não vai buscar isto, até por questão de crítica.
APÊNDICE C
FOTOGRAFIAS REFERENCIAIS
TEATRO PARA O POVO - 24.06.2007
Fotografia 03 - Abertura das portas do Auditório Bento Munhoz da Rocha Netto, 2007.
Fonte: MARAFIGO, 2007.
Fotografia 04 – Projeção em tela retrátil com slides informativos a respeito do Projeto Teatro para
o Povo, dos auditórios e do programa das apresentações.
Fonte: MARAFIGO, 2007.
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APÊNDICE D
ENTREVISTA PAULO TORRES
eventos. Porque normalmente ninguém, é mais difícil você fazer, você formar
uma platéia, óbvio que alguém ali já conhece, já ouviu falar e traz outras
pessoas. Então, acabam vindo adultos, crianças, jovens, de todas as faixas etárias.
Isso é muito importante porque isso aproxima o público, a platéia, dos atores, dos
artistas e isto é muito bom. Culturalmente é muito bom, é muito bom para o estado,
porque a cultura é uma questão muito importante. As pessoas mais cultas tendem a
serem menos enganadas, elas tendem a ter um conhecimento melhor de tudo que
acontece ao seu redor, elas têm uma visão do mundo diferenciada, elas vêem o
mundo de uma forma mais inteligente eu diria, elas compreendem melhor tudo que
se passa. Então a cultura é muito importante no momento em que teatro para o povo
é um projeto do estado em que recebe na sua casa pessoas de todas as classes
sociais, pessoas de todas as faixas etárias estão atingindo um grupo enorme de
pessoas através da cultura.
Eu acho que isso é uma das partes mais importantes de ter este evento.
digamos, que não seria algo totalmente justo fazer uma apresentação neste
estilo. Então, dois dias antes, não tendo dinheiro, eu cancelei, então mudei tudo,
optei por fazer mais clássico mesmo, mas era para ser realmente um estouro.
aquilo muda a vida, aquilo é químico, mexe com o organismo. Sabendo escolher
a música, então, melhor ainda. Porque realmente você atinge a pessoa no
íntimo, não é? Na consciência, na alma.
na cabeça assim tipo “Não gostei de tal coisa, do tempo que você escolheu”, não
tem muita gente que faz isso, mas às vezes vem um e você fica realmente
desestruturado, fica ali um pouco chocado, às vezes.
ANEXOS