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Os clássicos do pós-colonialismo

1. Aimé Césaire
Nascido na Martinica, em 26 de junho de 1913.

Retornou ao Orum em 17 de abril de 2008, na Martinica, aos 94 anos.

Em 1934, como estudante em Paris, funda junto a Léopold Sédar Senghor


(senegalês), o jornal “O Estudante Negro”. Estudou letras e era poeta.

Cunha o conceito de “negritude”.

Casa-se em1937 com a também teórica e ativista Suzanne Roussi e retorna para
a Martinica, no qual funda a revista Trópicos.

Participou intensamente da vida política martinicana como membro do Partido


Comunista; foi prefeito, deputado. Em 1958, deixa o Partido Comunista e funda
o Partido Progressista Martiniquês.

Em 1950, publica “Discurso sobre o Colonialismo, na revista parisina “Presença


Africana”

Publicou 14 obras, entre poesia, teatro e ensaios políticos.


Traduzidos ao português, estão:
Discurso sobre o colonialismo.
Diário de um retorno ao país natal

Afastou-se do conceito de negritude, que foi algo datado no tempo. Porém, é


este conceito que vai, de certa forma, impulsionar os movimentos de libertação
da África.

Nunca advogou pela independência da Martinica, mas negociou para a ilha e


outras colônias francesas um estatuto especial.
Teve 5 de seus livros traduzidos para o português.
2. Albert Memmi
Nasceu em 15 de dezembro de 1920, em Túnez, baixo colonização francesa.
De origem judia.

Apoiador da independência tunisina.

Em 1957, publica “Retrato do colonizado, precedido pelo retrato do colonizador”,


obra que passa a ter influencia no movimento de independência das colônias
europeias na África.

É professor universitário, adotou a nacionalidade francesa e foi galornado com


prêmios literários diversos. Mais de 30 livros publicados, entre romances e
ensaios.
Suas obras ajudam a entender o mundo judeu-árabe; a modernidade árabe; o
colonialismo; o terceiro mundismo; os lacos conflitivos entre judaísmo, mundo
árabe, Islam e Sionosmo.
OBS: Memmi defendia um sionismo de esquerda.

Obras traduzidas ao português:


A estátua de sal, 1953;
Retrato do descolonizado árabe-muçulmano e alguns outros, 1973.
3. Frantz Fanon
Nasceu na Martinica, em 1925.
Lutou na II Guerra Mundial, como soldado das colônias francesas. Lutou na
Batalha da Alsácia, em 1944. Quando a derrota do nazismo já era evidente, foi
encerrado em Touloun, junto a todos os outros negros que lutaram pela Franca.

Em 1945, retorna para a Martinica, para trabalhar na campanha de Aime Césaire.

Regressou a Lyon, onde se formou em Medician, em 1951.


Trabalhou com o médico catalão Tosquellas.

Em 1952, publica Pele Negra, máscaras brancas.


Em 1953, assume o cargo de psiquiatra, na Argélia.
Em 1954 se une a Frente Nacional de Liberação da Argélia.
Em 1956, renuncia ao cargo de psiquiatra e é expulso da Argélia.
Trabalha intensamente pela revolução argelina, sendo seu embaixador em
Ghana. Viaja por vários países africanos. Descobre que sofre de leucemia.
Morreu a 06 de dezembro de 1961, nos Estados Unidos, onde entrou
clandestinamente para buscar tratamento.
Em 1961, após seu falecimento, é publicado “Os condenados da Terra”.

Obras
Pele negra, máscaras brancas. 1952
Sociologia de uma revolução. 1959
Os condenados da Terra. 1961
Pela Revolucao Africana. 1964
4. O Grupo de Estudos Subalternos

4.1 Ranajit Guha


Nascido a 23/05/1922, em Bengala. Em 1959 se radica na Inglaterra.
Livros: «Elementary Aspects of Peasant Insurgency in Colonial India»
Coletaneas sobre o grupo de estudos subalternos.
Nenhum dos seus livros foi traduzido para o português.

4.2. Partha Chatterjee


Nascido em Bengali, 05/12/1947.
Professor de Columbia University e Centro de Estudos Sociais de Calcutá.
Colonialismo, modernidade e política está traduzido ao português, assim como
vários artigos.

4.3. Dipesh Chakrabarty


Nascido em 15/12/1948, em Calcutá.
Formado em Física, mestre em Negócios e Doutor em História.
Professsor da Universidade de Chicago.
7 livros publicados, tradução livre de um artigo apenas.

5. Gayatri Spivak

Nascida em 24/02/1942 em Calcutá.


Professora na Columbia University.
Tradutora de Jacques Derrida.

Seu principal texto, “Pode o subalterno falar” foi traduzido ao português.


Outras obras também estão traduzidas ao português. Mais de 10 livros, nenhum
traduzido integralmente ao português.
6. Edward Said
Nascido em Jerusalém, em 01/11/1935.
Faleceu em 2003, vítima de leucemia.
Cresceu entre Jerusalém e Cairo, numa família cristã de classe média alta.
Estou nos Estados Unidos, tendo frequentado Princeton e Harvard.
Foi professor em Columbia, Yale, Hopkins e Harvard.
Foi ativista da causa palestina, tendo sido membro do Conselho Nacional
Palestino.

Seu principal livro é “Orientalismo – a invenção do oriente pelo ocidente”.


É o autor pos colonial mais traduzido ao português, com mais de 10 obras
disponíveis.
OS MEUS AUTORES.....MY DARLINGS

7. José Carlos Mariátegui


Nasceu em 14/06/1894.
Faleceu em Lima, em 16/04/1930.
Foi um dos principais estudiosos do marxismo na América Latina.
Fundou o Partido Socialista peruano, em 1928. Transformado em PCP, em 1930.
Trabalhou como jornalista, foi deportado para a Europa “com uma bolsa de
estudos”....

Em 1923 retorna a Lima.


Em 1924 teve que amputar a perna. Em 1925 funda a Editorial Minerva e publica
seu primeiro livro “A cena contemporânea”. Em 1926 funda a revista Amauta (EM
QUECHUA, SABIA OU MAESTRO). Foi preso em 1927. Em 1928 publica “7
ensaios de interpretação da realidade peruana”.

Várias de suas obras foram traduzidas ao português.

8. Steve Biko
Nasceu em 18/12/1946, em Pretória, numa família Xhosa.
Foi líder estudantil e fundou o Movimento “Consciência Negra”. Estudava
Medicina. Foi expulso da faculdade e banido pelo governo.
Foi assassinado pela polícia do apartheid, em 12/09/1930.
Foi assassinado em 12/09/1977.
Em 2003, um juiz declarou que os responsáveis por sua morte não seriam
condenados, pois o crime havia prescrito.
Recentmente, foi publicada uma reunião de seus textos, chamada “Eu escrevo
porque eu gosto”.

Seu principais conceitos são “consciência negra” e “dupla consciência”.


9. Chinua Achebe
Nasceu em 16/11/1930, em Ogidi. De origem igbo.
Foi estudante de medicina; mas decidiu mudar de curso para tornar-se escritor
após ler obras inglesas racistas.
Foi professor, radialista e escritor.
Faleceu em 21/03/2013, num acidente de transito.
Em 1958 publicou “Tudo se desmorona/Things fall apart”, a obra mais lida da
África.
Defendia o uso do inglês, mas era um forte opositor da colonização e suas obras
são anti-racistas.
Foi defensor da independência da Biafra, em 1967.

Tem 5 novelas publicadas; 8 livros de contos; 6 de poesia; 8 de ensaios políticos


e 4 livros infantis.
10. Ngugi Wa Thiong'o
Nasceu em 05/01/1938, em uma família numerosa. Foi o terceiro filho da quinta
esposa de seu pai.
Keniano, família lutou no Mau-Mau, movimento de libertação anti-colonial
queniano.
Formoou-se em Uganda. Em 1962 participa da Conferencia de Escritores
africanos, conhece Chinua Achebe (escritor nigeriano), que se torna seu editor.
No ano seguinte, termina a faculdade . Weep not, child, seu primeiro livro é
publidado em 1964.

Fez mestrado e doutorado em Leeds, UK. Em 1965, publica seu segundo livro.

Em 1967, renuncia ao seu nome cristão (James), ao cristianismo e ao Inglês.


Publica seu livro “Um grão de trigo”.
Passa a escrever suas novelas em Gikuyu.

Em 1977 foi preso por sua obra de teatro “Eu vou casar quando eu quiser”.

Exilou-se na Inglaterra, onde participou do Comitê para a Libertação dos presos


políticos quenianos.

Decolonising the mind foi publicado em 1986.

Foi professor de várias universidades na Inglaterra, de Yale, NY University.

Tem 7 novelas escritas, três delas apenas em Gikuyu. Dois livros de contos.
Cinco obras de teatro. Cinco livros de ensaios políticos. 4 livros de memórias.
Outros 5 livros de não ficcao e três livros infantis.

Foi indicado ao Nobel de Literatura várias vezes....mas nunca ganhou.


Duas de suas novelas estão traduzidas ao português: Sonhos em tempos de
geurra e Um grão de trigo.
11. Amílcar Cabral

Nascido em 12/09/1924, na Guiné Bissau.


Foi assassinado em 20/01/1973, na Conakry, por autoridades portuguesas.
É herói da independência da Guiné e de Cabo Verde. Foi secretário geral do
Partido Africano para a Independência da Guiné e de Cabo Verde.

Formou-se em Agronomia, em Lisboa, onde tomou contato com vários


estudantes africanos, que juntos começaram a organizar as guerras de
independência nacional da África portuguesa. É contratado pelo governo
português para atuar na Guiné, mas suas atividades políticas o fazem ser
deportado para Angola. Neste país, se junta ao Movimento Popular de
Libertacao de Angola.
Em 1959 funda o Partido Africano para a Independencia da Guiné e de Cabo
Verde.
Em 1963 tem início a luta armada.
Foi assassinado em 20 de janeiro de 1973 e a independência da Guiné Bissau
viria em 24/09/1973.
É autor de várias obras, como “Revolucao na Guiné: uma luta do povo africano”
(1967); Textos políticos (1974); A arma da teoria: unidade e luta (1978); Análise
de alguns tipos de resistência (1975); e vários textos dispersos sobre educação
e cultura, publicados em coletâneas. .
Seu textos versam sobre descolonização, educação, cultura e revolução.
Falava sobre a necessidade de re-africanizacao das mentalidades.
12. Achille Mbembe
Nasceu em Camarões, em 1957.
Doutorou-se em História pela Sorbonne, em 1989.
É professor de história e política da Wits, Johannesburg. Foi professor de
Columbia, Yale e Harvard, foi diretor do Conselho para o Desenvolvimento da
Pesquisa em Ciências Sociais da África.
É considerado o principal autor da pos colonialidade africana; publucou o livro
“On the postcolony”, em 2000. Mas negou ser “pós-colonial”, em uma entrevista
em 2011.

Um de seus livros mais conhecidos é “A CRÍTICA DA RAZÃO NEGRA”, 2013.


Este e “necropolítica” estão traduzidos ao português.
É autor de 7 livros.

13. Mogobe B. Ramose

Nasceu na África do Sul.


Por suas ideias políticas, teve que se exilar na Belgica, onde concluiu o
Doutorado e trabalhou como pesquisador por alguns anos. Em 1986, passa a
ser pesquisador no Zimbábue; regressando depois para a Bélgica e com uma
passagem em Leuven e na Holanda.
Foi professor de Filosofia da University of South Africa e atualmente está na na
Sefako Makghato Health Sciencies, também na África do Sul.
Seus trabalhos abordam a filosofia em geral, especialmente a filosofia africana;
o conceito de Ubuntu, ética, justiça, reparação, educação, pan-africanismo e
raça.

Alguns de seus textos foram traduzidos ao português, mas nenhum de seus


livros.
É autor de “Contents and contests about philosophy” (2018) e Philosophy
Through Ubuntu (2005); The development of thought in Pan Africanism (20172
14. Cheikh Anta Diop
Nascido em 29/12/1923, no Senegal. Faleceu em 07/02/1986, na capital Dakar.
Estudou Filosofia, química, matemática e Física em Paris, onde trabalhou com a
família Curie.
Em 1951 apresentou uma tese de doutorado em Letras, na qual defendia que o
antigo Egito havia sido uma cultura negra. A tese foi rechaçada. Ele passou 9
anos pesquisando sobre o tema e re-apresentou a tese, desta vez aprovada. Por
esta tese, é considerado o historiador mais controverso de todos os tempos.

Em 1960 retorna ao Senegal e pesquisa radiocarbono na Universidade de Dakar.


Ele usou uma técnica física para estudar a melanina das múmias egípcias.
Foi um dos primeiros teóricos a defender a origem africana da civilização, na
década de 70.
É considerado o autor que mais influenciou no pensamento africano. Foi autor
do capítulo sobre o Egito na História Geral da África, da Unesco.
Participou da vida política senegalesa, fundando partidos, sendo preso, etc.

É autor de uma dezena de livros, dentre eles “Nacoes negras e cultura (1955)” e
“A origem africana da civilização”, “A unidade cultural da África negra” (este
último publicado em português, pela Editora Pedago, de Lisboa).
15. Trinh T. Minh-há.
Nasceu em Hanoi, em 1952.
Cresceu num país em guerra e emigrou para o USA em 1970.
Cineasta, escritora, crítica literária, compositora e Professora.
Atualmente é professora de Estudos de Genero e Retórica, na Universidade da
Califórnia.

No seu trabalho literário, trata temas como diferença, colonização, outredade;


feminismo, pos-colonialismo.
Seu trabalho também foca em política e imigracao. A questão das guerras e do
refúgio foram temas do seu ultimo livro.
É, entretanto, muito conhecida mundialmente por seus filmes.
É uma das teóricas do terceiro cinema.
É autora de mais de 10 livros; instalações, músicas. Nenhum deles traduzido ao
português.

16. Uma Narayan


Nascida em abril de 1958, na Índia.
Doutorou-se nos USA, onde viveu por cerca de 10 anos.
Retornando a India, é professora de Filosofia da Vassar College.

Sua teoria está enfocada numa proposta de epistemologia feminista pós-


colonial, que considere as diferenças e especificidades das mulheres. Critica a
forma como as feministas ocidentais tratam a cultura. Trabalha na mesma linha
da Chandra Mohanty e Gayatri Spivak. É autora de 5 livros e numerosos
artigos.
O mais conhecido deles é “Dislocating Cultures: Identities, Traditions, and
Third World Feminism” (1997).
17. Chandra Mohanti
Nasceu em 1955, em Mumbai, na Índia.
É professora na Universidade de Syracuse, USA, na cadeira de Genero,
Sociologia e Fundamentos Culturais da Educação.

Seu foco está na teoria feminista, anti-capitalismo, educação anti-racista e


políticas do conhecimento. Suas obras não estão traduzidas ao português.

She is author of Feminism Without Borders: Decolonizing Theory, Practicing


Solidarity (Duke University Press, 2003 and Zubaan Books, India, 2004;
translated into Korean, 2005, Swedish, 2007, and Turkish, 2009, Japanese, 2012
and Italian, 2012), and co-editor of Third World Women and the Politics of
Feminism (Indiana University Press, 1991), Feminist Genealogies, Colonial
Legacies, Democratic Futures (Routledge, 1997), Feminism and War:
Confronting U.S. Imperialism, (Zed Press, 2008), and The Sage Handbook on
Identities (coedited with Margaret Wetherell, 2010).

18. Angela Davis


Nascida no Alabama em 26/01/1944.
Filósofa e militante revolucionária.
Foi militante do Partido Comunista dos Estados Unidos; atuou em apoio ao
Partido dos Panteras Negras, razão pela qual foi presa e se tornou uma das
mulheres mais famosas do mundo.
Em 1969, professora de filosofia da Universidade da Califórnia, foi expulsa.
Em 1976 regressou ao seu trabalho como professora. Foi candidata a vice-
presidente dos USA pelo Partido Comunista, em 1984.
É autora de uma dezena de livros.
Seu foco de estudos está na resistência, anti-racismo, questão carcerária e
feminismo.
Vários de seus livros estão traduzidos ao português. “Mulher, raca e classe” é
considerado um clássico, assim como “Mulher, cultura e política”.
19. Oyèrónké Oyĕwùmí
Nascida na Nigéria, de origem Yorubá.
Tem 5 livros publicados, nenhum deles traduzidos ao português.
Se tornou conhecida como teórica feminista pós-colonial após a publicação de
“A invenção da mulher: compreendendo o discurso de gênero ocidental através
da ideia africana”

Seu trabalho está focado em política, gênero e feminismo, tradição, identidade e


instituições sociais.

20. Amina Mama


Nascida em 19/09/1958, na Nigéria. Também tem nacionalidade britânica.
É graduada, mestre e doutora em Psicologia;
Viveu na África, Europa e está estabelecida nos Estados Unidos, onde é
professora da University of California; é assessora da ONU; e também tem
trabalhado com produção audiovisual.
É diretora de vários jornais, como Feminist Africa.
Se dedica a temas pós-coloniais, militarismo e gênero.
É autora de seis livros e vários capítulos de livros e artigos.
Nenhum deles está traduzido ao português.
21. Silvia Rivera Cusicanqui
Nasceu em 1949, em La Paz.
É socióloga, historiadora. Professora da Universidad Mayor San Andrés.
Professora convidada de Columbia, Austin, Flacso, Penn, etc.

Em 1983 criou o Laboratório de História oral Andina, trabalhando temas de


oralidade, identidade, movimentos sociais indígenas, especialmente aymaras e
quéchuas.
Também se dedica a sociologia da imagem.

É autora de uma dezena de livros, sendo “Oprimidos pero no derrotados: la lucha


campesina entre los aimarás y quechas em Bolvia (1900-1980)” uma se sus
obras más conhecidas.

22. Gloria Anzaldúa


Nacida em 1924, no Texas; proveniente de uma família operária de origem
mexicana.
Faleceu em 15/05/2004, por complicações de diabetes.
Trabalhou no campo desde pequena.
Foi professora e se doutorou em literatura comparativa. Trabalhou na
Universidade Estadual de San Francisco, California e Atlantica da Flórida.

Todo seu trabalho – assim como sua escrita - trabalha a nocao de mestizagem
e fronteira.
Incorporou sua devolução a virgen de Guadalupe, divindidas mextecas e
mitologia yorubá em seus textos.
Foi uma das mais importantes teóricas chicanas e queer.

Seu livro “Bordelands/La Frontera: the new mestiza”, publicado em 1987, é


considerado um dos 100 livros mais importantes do século.

Foi autora de cinco livros; e tres livros infantis.


23. Yuderkis Espinosa
Nasceu na República Dominicana, viveu na Argentina (onde termina seu
doutorado, baixo a direção de María Lugones) e, atualmente, reside em Bogotá,
Colombia.
É autora dos libros Escritos de una lesbiana oscura (2007) e
‘Tejiendo de “Otro Modo”: Feminismo, epistemología y apuestas descoloniales
en Abya Yala (2014), além de varios artigos e capítuos de libros.
Seu temas são: feminismo, decolonialidade, raca e gênero.

É integrante do Grupo Latinoamericano de Estudos, Formacao e Acao


Feminista.

24. Bell Hooks


Nasceu em 25/09/1952, nos Estados Unidos.
Viveu nos Estados Unidos segregado e frequentou escolas segregadas.
Formou-se em inglês, mestrado em inglês e doutorado em Literatura (sobre a
autora Toni Morrison).

É professora, escritora, feminista, e ativista.


Sua carreira como professora universitária inicou-se em 1976, na Universidade
do Sul da Califórnia.
Foi professora de várias universidades, dentre elas Yale e San Francisco.

Tem mais de 30 livros publicados, alguns deles traduzidos para o Português,


como “Ensinando a transgredir” e “o feminismo é para todo mundo”.

Seu livro mais conhecido Ain't I a Woman?: Black Women and Feminism (¿No
soy mujer ?: Las mujeres negras y el feminismo) foi publicado em 1981, mas
escrito quando ela ainda era uma estudante de graduação.
Em 1984 também publicou outro livro famoso Feminist Theory: From Margin to
Center (Teoría Feminista: De Margen a Centro).
25. Ochy Curiel
Dominicana, nascida em 15/03/1963.
Formada em Trabalho Social.

Viveu no México, Argentina e Brasil.


. Radicada em Bogotá, Colombia, é professora da Universidad Nacional e da
Universidad Javeriana.
É antropóloga, activista, cantora.
Foi uma das fundadoras da Rede de mulheres afro latinas e afro-caribenhas;
sendo uma reconhecida líder feminista e LGBT na América Latina.

Sua principal obra é “ La Nación Heterosexual: Análisis del discurso jurídico y al


régimen heterosexual desde la antropología de la dominación”.

É autora de cinco libros e uma série de artigos.

26. María Lugones


Filósofa argentina; professora da Binghanton University, USA.
Estudou filosofia na Universidade de Wisconsin e se doutorou em Filosofia pela
mesma universidade, em 1978.

Desenvolveu a ideia de colonialidade de gênero. É autora de “gênero e


descolonialidade”e “Peregrinajes: theorizing coaltion agains multiple
opressions”.
Quijano: colonialidade do poder
Maldonado: colonialidade do saber
Alguns de seus artigos podem ser encontrados em tradução para o porutuges.
27. Kimberlé Williams Crenshaw
Nasceu em 1959, em Canton, Ohio, nos Estados Unidos.
Doutora em Direito por Harvard.
Professora de Direito na UCLA e Columbia Law School.
Especialista em questões de raca, gênero e direito.
fundadora do Centro de Interseccionalidade e Estudos de Política Social da
Columbia Law School (CISPS) e do Fórum de Política Afro-Americano (AAPF),
bem como do presidente do Centro de Justiça Interseccional (CIJ), com sede em
Berlim
É uma das principais teóricas da teoria crítica da raça.

É autora de 7 livros. Nenhum deles disponível em português.

28. Audre Lorde


Nasceu em 18/02/1934, no seio de uma família afro-caribenha, de Barbados e
Carriacou.
Faleceu em 17/11/1992, com câncer de mama, nas ilhas viregens americanas.

Foi poeta, escritora, ativista, professora.


Antes de se formar, foi operária. Formou-se em biblioteconomia.

Entre 1984 e 1992, Lorde viveu largas temporadas em Berlim, ajudando a


organizar o movimento de mulheres afro-alemao. Esta parte de sua vida está
bem documentada no belíssimo “Audre Lorde – The Berlin Years”.

Seu ensaio mais conhecido é “As armas do amo nunca desmantelarão a casa
grande”, publicado em 1984. Conta com mais de dez livros publicados, entre
poesias e ensaios.
29. Lélia González
Nasceu em 01/02/1935, em Belo Horizonte.
Historiadora, mestre em Comunicacao e Doutora em Antropologia.
Foi Professora da PUC Rio de Janeiro; do Colegio de Aplicacao da UERJ.

Foi fundadora do Movimento Negro Unificado, do Instituto de Pesquisas das


Culturas Negras, do Olodum, etc...Foi membro do PT e do PDT.

Faleceu em 11/07/1994, no Rio de Janeiro.


Foi autora de dois livros, dentre eles “Lugar de Negro”, publicado em 1982 e de
mais de uma dezena de artigos.

Cunhou dois termos importantes: o pretugues e o afroladinoamericano.

30. Beatriz Nascimento


Nasceu em Aracaju, em 12 de julho de 1942.
Foi assassinada no Rio de Janeiro, em 28/01/1995.

Formou-se em História pela UFRJ, onde também cursou o Mestrado em


Comunicação.

Foi atuante no movimento negro, co-fundando o Grupo de Trabalho André


Reboucas, em 1974 (UFF – Candido Mendes)

Seu trabalho mais conhecido é o filme “Ori” (1989), em parceira com Raquel
Gerber.
Tem cerca de 10 trabalhos publicados
31. Ailton Krenak
Nasceu em Minas Gerais, em 1953. Cresceu no Paraná.
Pertence ao povo Krenak.

Foi produtor gráfico, jornalista. E é um grande líder indígena.


Participou da Constituinte de 1988.
É Doutor Honoris Causa pela UJFJ.
Tem dois livros publicados: Encontros, de 2017 e, em 2015 , “A luta pela terra
não parou até hoje”.
Seus textos focam na cultura indígena e ambientalismo.

32. Daniel Munduruku


Nasceu em 18/02/1964, em Belém.
É graduado em filosofia, história e psicologia. Mestre em Antropologia e Doutor
em Educacao pela USP.
Tem mais de 50 livros publicados, entre ensaios e obras infantis. Vendeu
milhares de livros.
Dois de seus livros osbre cultura indígena foram traduzidos ao inglês.
Recebeu vários prêmios, entre eles um Jabuti.

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