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MÉTODOS EXPERIMENTAIS EM ENGENHARIA

RELATÓRIO 3 – Coeficiente de restituição

Prof. Juliano Soyama

Adriana Miranda RA: 11201723022


Gabriel Batista RA: 11047216
Marcos Kenji Kuribayashi RA: 11002416
Mikael Alves Monteiro RA: 21055813

Santo André
Julho, 2018
SUMÁRIO

RESUMO E CONTEXTUALIZAÇÃO ....................................................................................... 2


2 DESCRIÇÃO EXPERIMENTAL E METODOLOGIA .......................................................... 3
2.1 MATERIAIS ................................................................................................................. 3
2.2 METODOLOGIA ......................................................................................................... 3
2.2.1 Montagem do aparato experimental ........................................................................ 3
2.2.2 Parte 1: A) Medição do intervalo de tempo entre os dois primeiros impactos
consecutivos .............................................................................................................................. 4
2.2.3 Parte 1: B) Medição de dois intervalos de tempo consecutivos envolvendo três
colisões sucessivas ..................................................................................................................... 5
2.2.4 Parte 2: Registro de intervalos de tempo para traçar a curva de ∆tn em função de
n 6
2.3 CUIDADOS E DETALHES EXPERIMENTAIS ........................................................ 7
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................................... 8
3.1 Parte 1: A) Medição do intervalo de tempo entre os dois primeiros impactos
consecutivos .............................................................................................................................. 8
3.2 Parte 1: B) Medição de dois intervalos de tempo consecutivos envolvendo três
colisões sucessivas ..................................................................................................................... 9
3.3 Parte 2: Registro de intervalos de tempo para traçar a curva de ∆tn em função de n
11
3.4 Comparação dos resultados .........................................................................................12
4 CONCLUSÕES ........................................................................................................................14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...........................................................................................15
APÊNDICES ...............................................................................................................................16
RESUMO E CONTEXTUALIZAÇÃO

O coeficiente de restituição (ε) mede a habilidade que um material possui em absorver


energia quando sofre uma colisão, descrevendo assim, a elasticidade de um impacto (colisão
perfeitamente elástica, colisão inelástica ou colisão parcialmente inelástica). Ele é definido
como a razão entre as velocidades do objeto em estudo, no instante em que ele atinge uma dada
superfície e no instante em que ele a deixa, porém, existem inúmeras maneiras de se calcular o
coeficiente de restituição. O conhecimento e a determinação do coeficiente de restituição
apresentam diversas aplicações práticas como por exemplo na produção de novos materiais, na
análise do comportamento de bolas esportivas, na escolha de matérias para a construção civil e
etc. Este presente experimento teve como objetivo aplicar e comparar diferentes métodos para
obtenção do coeficiente de restituição de uma bola de ping pong. Em todos os métodos, o
procedimento experimental consistiu em analisar as colisões sucessivas de uma bola de ping
pong solta em queda livre em uma base de granito. Para isto, foi utilizado um sistema em que
um microfone de eletreto acoplado a um amplificador gerava sinais para um osciloscópio a
partir dos ruídos dos impactos. O primeiro método consistiu em medir o intervalo de tempo
entre os dois primeiros impactos consecutivos por meio do osciloscópio. No segundo método,
também com o auxílio do osciloscópio, mediu-se dois intervalos de tempo entre três impactos
sucessivos. O terceiro método baseou-se em determinar o coeficiente de restituição de maneira
gráfica, utilizando doze intervalos de tempo entre quatorze impactos sucessivos, através do
software LABFit. Os resultados determinados foram ε1 = (0,839 ± 0,009), ε2 = (0,88 ± 0,04) e
ε3 = (0,905 ± 0,005). De acordo com estes valores e utilizando o conceito de z’score, constatou-
se que os métodos 1 e 2 são compatíveis, assim como os métodos 2 e 3 (z’ < 2). No entanto, os
métodos 2 e 3 se mostraram incompatíveis (z’ > 3) de acordo com o presente experimento.

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2 DESCRIÇÃO EXPERIMENTAL E METODOLOGIA

2.1 MATERIAIS

▪ Osciloscópio;
▪ Caixa dois circuitos amplificadores, cada um deles conectado a um microfone de
eletreto;
▪ Fonte de alimentação (+3V);
▪ Multímetro digital portátil;
▪ 2 cabos de conexão banana/banana;
▪ 2 cabos de conexão banana/jacaré;
▪ Cilindro de plástico;
▪ Base de granito;
▪ Cronômetro;
▪ Bola de ping pong;
▪ Aparelho celular.

As especificações a respeito de alguns instrumentos utilizados, bem como as suas


incertezas instrumentais estão apresentados na Tabela 1.

Tabela 1 – Informações dos instrumentos de medição utilizados.


Incerteza
Marca Modelo Resolução
instrumental
Cronômetro Unity CR-100 0,01 s 0,005 s
Osciloscópio Tektronix TDS-2024C 0,1 ms 0,05 ms
Trena Sparta Pynetka Elastica 1 mm 0,5 mm

2.2 METODOLOGIA

2.2.1 Montagem do aparato experimental

Para realizar o experimento, foi necessário primeiramente montar um aparato no qual


todas as medições seriam coletadas (Figura 1). Colocou-se o cilindro de plástico verticalmente
em cima da base de granito para ser o sistema de soltura da bola e assim induzir a bola a se
deslocar de maneira vertical após cada impacto, minimizando assim irregularidades da
superfície da base. Na base de granito, foi fixado o microfone de eletreto. Para realizar a
conexão do microfone e do amplificador com a fonte de alimentação e o osciloscópio,
inicialmente a fonte foi ajustada para 3V, pois a tensão de alimentação do amplificador não
deve ultrapassar 3V ou 3,5V para não despolarizar o microfone. Para garantir esse valor,
conectou-se o multímetro à fonte com cabos banana/banana e a medição foi efetuada.
Finalmente, o circuito “microfone de eletreto – amplificador – osciloscópio” foi montado afim
de captar o sinal acústico das colisões consecutivas da bola com a base de granito e sua
consequente visualização do sinal elétrico amplificado.
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Figura 1 – Aparato experimental

2.2.2 Parte 1: A) Medição do intervalo de tempo entre os dois primeiros impactos


consecutivos

Nessa primeira etapa (A) do experimento, o mensurando foi definido como sendo o
coeficiente de restituição de uma bola de ping pong, determinado através da medição, por meio
de um osciloscópio, do intervalo de tempo entre dois impactos consecutivos da bola com a base
de granito.
Antes de tudo, com a trena mediu-se a altura H do cilindro de plástico e sua incerteza
foi estimada. Em seguida, a bola de ping pong foi solta em queda livre do topo do cilindro e
simultaneamente com o cronômetro foi medido o seu tempo de queda t 0 (tempo que ela demora
a cair até a primeira colisão com a base de granito). Foram realizadas quatro medições e então
o seu valor médio foi calculado. O tempo t0 também foi determinado a partir da seguinte
expressão matemática para efeito de comparação:

2𝐻
𝑡0 = √ (1)
𝑔

Onde t0 é o tempo até a primeira colisão, H é a altura em que a bola foi solta e g é a
aceleração da gravidade. O fluxograma dessa etapa está apresentado na Figura 2.

Figura 2 – Fluxograma da etapa de comparação dos tempos de queda t 0 através de diferentes métodos.

Abola novamente foi solta do topo do tubo plástico e através dos sinais de impacto
acústico captados pelo microfone de eletreto, amplificados e transmitidos ao osciloscópio,
mediu-se o intervalo de tempo ∆t 1 entre os dois primeiros impactos consecutivos, congelando
4
a imagem na tela do osciloscópio com o botão single seq e movimentando os seus cursores
horizontais. Esse procedimento de medição foi repetido mais três vezes, resultando num total
de quatro medidas de ∆t 1.
Posteriormente, de posse dos dados de ∆t1, calculou-se o seu valor médio e então,
mediante a expressão matemática abaixo, calculou-se o coeficiente de restituição ε1 utilizando
o valor de t0 obtido pela equação (1):

∆𝑡𝑛
𝜀𝑛 = (2)
2𝑡0

Onde ε é o coeficiente de restituição, n é o número de colisões, ∆tn é o intervalo de tempo


entre dois impactos consecutivos e t0 é o tempo até a primeira colisão. O fluxograma com o
resumo dos procedimentos se encontra na Figura 3.

Figura 3 – Fluxograma do procedimento experimental da etapa (A) da parte 1.

2.2.3 Parte 1: B) Medição de dois intervalos de tempo consecutivos envolvendo três


colisões sucessivas

Para essa etapa (B) do experimento, o mensurando foi definido como o coeficiente de
restituição da bola de ping pong, determinado através da medição, por meio de um osciloscópio,
de dois intervalos de tempo consecutivos envolvendo três colisões sucessivas.
A bola de ping pong foi solta em queda livre do topo do cilindro de plástico e através
da captura e registro dos ruídos das colisões pelo sistema microfone – amplificador –
osciloscópio, mediu-se os intervalos de tempo entre o primeiro e segundo impactos (∆t 1) e entre
o segundo e terceiro impactos (∆t 2). Esse procedimento foi realizado num total de quatro vezes,
resultando em quatro medidas tanto de ∆t 1 quanto de ∆t2.
Com esses valores obtidos, realizou-se o cálculo dos valores médios de ∆t1 e ∆t2 que
posteriormente foram utilizados para se obter o coeficiente de restituição ε2 através da seguinte
expressão:
∆𝑡
𝜀 = 𝑛+1 (3)
∆𝑡𝑛
5
Onde ε é o coeficiente de restituição, ∆t n é o primeiro intervalo de tempo entre três
colisões sucessivas e ∆t n+1 é o segundo intervalo de tempo entre três colisões sucessivas. A
Figura 4 apresenta um resumo dos procedimentos.

Figura 4 - Fluxograma do procedimento experimental da etapa (B) da parte 1.

2.2.4 Parte 2: Registro de intervalos de tempo para traçar a curva de ∆tn em função de
n

O mensurando foi o coeficiente de restituição de uma bola de ping pong, obtido a partir
de um gráfico com os intervalos de tempo entre quatorze impactos sucessivos da bola com a
base de granito, através de um aplicativo de ajuste de curvas.
Utilizando o mesmo aparato experimental da Figura 1, a bola de ping pong foi solta do
topo do cilindro e então, os valores de ∆t n foram medidos com os cursores a partir da imagem
na tela do osciloscópio. Foram colhidas doze medidas de ∆t n no total.
Esses dados foram plotados num gráfico e então foi realizado um ajuste de função a
partir dos dados experimentais e com isso foi possível determinar o valor do coeficiente de
restituição ε3 e o tempo t0. O fluxograma da Figura 5 resume a metodologia aplicada.

Figura 5 - Fluxograma do procedimento experimental da parte 2.

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2.3 CUIDADOS E DETALHES EXPERIMENTAIS

▪ Conferir se o tubo está na vertical em relação à base de mármore;


▪ Ajustar a tensão da fonte de alimentação com um multímetro antes de conectar ao
circuito amplificador. A tensão de alimentação do amplificador não deve ultrapassar 3V
ou 3,5V para não despolarizar o microfone;
▪ Para a medição do tempo entre dois impactos consecutivos, deve-se “congelar” a
imagem na tela do osciloscópio contendo o sinal do microfone amplificado. Isso pode
ser feito através do comando run/stop ou single seq;
▪ Para a obtenção de dois ou mais transitórios na tela do osciloscópio, contendo os picos
correspondentes aos impactos, deve-se ajustar adequadamente os controles de ganho de
tensão (amplitude) e base de tempo (eixo horizontal) do osciloscópio;
▪ Para ajustar a amplitude, usar o modo automático do osciloscópio (tecla autoset). Para
ajustar o tempo, pode-se usar um valor entre 50 e 100 ms/divisão, dependendo do
material testado.

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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 Parte 1: A) Medição do intervalo de tempo entre os dois primeiros impactos


consecutivos

O valor medido com a trena da altura H do cilindro que representou a altura máxima de
queda da bola de ping pong está apresentado na Tabela 2. A incerteza associada a essa medida
foi considerada como sendo a incerteza instrumental da trena utilizada.

Tabela 2 – Medida da altura H do cilindro de plástico e sua incerteza associada uH.


Incerteza instrumental
Altura H [m] H ± uH
(tipo B) [m]
Cilindro 0,620 0,0005 (0,620 ± 0,001) m

O resultado do cálculo a partir da equação (1) forneceu o valor de t0 (fórmula)


apresentado na Tabela 3 juntamente com a sua incerteza que foi obtida através do método de
propagação de incertezas (Apêndice, pág. 14). O valor da aceleração da gravidade considerado
foi de 9,8 m/s2 e a sua incerteza associada foi desprezada.

Tabela 3 – Medida do tempo de queda t0 (fórmula) e sua incerteza associada u𝑡0 .


Incerteza de t0
t0 (fórmula) [s] t0 ± 𝐮𝒕𝟎
(propagação) [s]
0,355711 0,000287 (0,3557 ± 0,0003) s

As medidas de t0 obtidas utilizando o cronômetro bem como o seu valor médio estão
apresentadas na Tabela 4. A incerteza dessa medida foi calculada a partir da combinação de
incertezas entre a incerteza tipo A de t 0 considerada como sendo o desvio padrão da média de
t0 e a incerteza tipo B instrumental do cronômetro utilizado (Apêndice, pág. 14).

Tabela 4 – Medidas do tempo de queda t0 (cronômetro) e sua incerteza associada u𝑡0 .


Desvio Incerteza
t0 Valor Incerteza
padrão da instrument
Medida (cronôm médio combinada t0 ± 𝐮 𝒕𝟎
média (tipo al (tipo B)
etro) [s] de t0 [s] [s]
A) [s] [s]
1 0,34
2 0,35
0,3625 0,010308 0,005 0,011456 (0,36 ± 0,01) s
3 0,38
4 0,38

Pode-se observar que os valores de t0 encontrados pelos dois métodos distintos, através
da fórmula matemática e através de medidas diretas usando o cronômetro, são bem próximos.
De fato, por meio da utilização da técnica do z’-score, obteve-se um z’ = 0,43, ou seja, as
medições de t0 pelos diferentes métodos são compatíveis, já que z’ < 2. (Apêndice, pág. 15).
8
A tabela 5 exibe os intervalos de tempo ∆t1 entre os dois primeiros impactos
consecutivos medidos com o uso do osciloscópio. O valor médio de ∆t1 também é apresentado
juntamente com o desvio padrão da média (incerteza tipo A) de ∆t 1, a incerteza tipo B
instrumental do osciloscópio operado e a incerteza combinada desses valores que representa a
incerteza de ∆t1 (Apêndice, pág. 15).

Tabela 5 – Medida do intervalo de tempo ∆t1 entre os dois primeiros impactos consecutivos e sua
incerteza associada u∆𝑡1 .
Desvio
Valor Incerteza
padrão da Incerteza
médio instrumen
Medida ∆t1 [s] média combinada ∆t1 ± 𝐮∆𝒕𝟏
de ∆t1 tal (tipo
(tipo A) [s]
[s] B) [s]
[s]
1 0,604
2 0,580
0,597 0,006191 0,005 0,006212 (0,597 ± 0,006) s
3 0,608
4 0,596

Com esses valores adquiridos, calculou-se o coeficiente de restituição ε1 usando a


equação (2), considerando t 0 (fórmula) calculado pela equação (1) e o resultado apresenta-se na
Tabela 6 junto com a sua incerteza associada obtida pela propagação de incerteza (Apêndice,
pág. 16).

Tabela 6 – Medida do coeficiente de restituição ε1 e sua incerteza associada uε1 .


Incerteza de ε1A
𝛆𝟏 𝛆𝟏 ± 𝐮𝛆𝟏
(propagação)
0,839163 0,008738 (0,839 ± 0,009)

De acordo com dados da literatura [1], o coeficiente de restituição da bola de ping pong
é de εlit = 0,712. Comparando as medidas, observa-se uma diferença entre elas. O valor do
coeficiente de restituição ε1 obtido nesse experimento é um pouco superior ao valor identificado
na literatura, sendo que a discrepância encontrada entre esses valores é de 0,127.

3.2 Parte 1: B) Medição de dois intervalos de tempo consecutivos envolvendo três


colisões sucessivas

As medidas coletadas através do osciloscópio dos intervalos ∆t 1 e ∆t2 e seus valores


médios, bem como suas incertezas associadas nas quais foram consideradas o desvio padrão da
média (incerteza tipo A) e a incerteza tipo B instrumental do osciloscópio, estão indicadas nas
tabelas 7 e 8, respectivamente (Apêndice, pág. 16 e 17).

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Tabela 7 – Medida do intervalo de tempo ∆t1 entre o primeiro e o segundo impacto e sua incerteza
associada u∆𝑡1 .
Desvio
Valor Incerteza
padrão da Incerteza
médio instrumen
Medida ∆t1 [s] média combinada ∆t1 ± 𝐮∆𝒕𝟏
de ∆t1 tal (tipo
(tipo A) [s]
[s] B) [s]
[s]
1 0,580
2 0,530
0,5775 0,016520 0,0005 0,016528 (0,58 ± 0,02) s
3 0,600
4 0,600

Tabela 8 – Medida do intervalo de tempo ∆t2 entre o segundo e o terceiro impacto e sua incerteza
associada u∆𝑡2 .
Desvio
Valor Incerteza
padrão da Incerteza
médio instrumen
Medida ∆t2 [s] média combinada ∆t2 ± 𝐮∆𝒕𝟐
de ∆t2 tal (tipo
(tipo A) [s]
[s] B) [s]
[s]
1 0,510
2 0,470
0,510 0,014142 0,0005 0,014151 (0,51 ± 0,01) s
3 0,530
4 0,530

O resultado do cálculo do coeficiente de restituição ε1B através da equação (3) aplicando


as medidas obtidas está apresentada na Tabela 9 juntamente com a sua incerteza associada
determinada pelo método de propagação de incertezas (Apêndice, pág. 17).

Tabela 9 – Medida do coeficiente de restituição ε2 e sua incerteza associada uε2 .


Incerteza de ε1B
𝛆𝟐 𝛆𝟐 ± 𝐮𝛆𝟐
(propagação)
0,883117 0,035203 (0,88 ± 0,04)

Comparando esse valor ε2 obtido com o valor do coeficiente de restituição encontrado


na literatura de εlit = 0,712, novamente, observa-se uma diferença entre os resultados. A medida
obtida nesse experimento é um pouco mais superior ainda do que a medida identificada na
literatura. A discrepância nesse caso foi de 0,168.

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3.3 Parte 2: Registro de intervalos de tempo para traçar a curva de ∆tn em função de
n

As medidas de intervalo de tempo entre as colisões foram coletadas através do


osciloscópio. Os dados estão apresentados na Tabela 10 juntamente com as suas incertezas
associadas que nesse caso foram consideradas como sendo a incerteza instrumental do
osciloscópio.

Tabela 10 – Medidas de ∆tn em função de n e suas incertezas associadas u∆𝑡𝑛 .


n ∆tn [ms] ∆tn ± 𝐮∆𝒕𝒏
1 520,0 (520 ± 0,1)
2 420,0 (420 ± 0,1)
3 380,0 (380 ± 0,1)
4 340,0 (340 ± 0,1)
5 320,0 (320 ± 0,1)
6 300,0 (300 ± 0,1)
7 260,0 (260 ± 0,1)
8 240,0 (240 ± 0,1)
9 220,0 (220 ± 0,1)
10 200,0 (200 ± 0,1)
11 200,0 (200 ± 0,1)
12 160,0 (160 ± 0,1)

Os dados obtidos foram colocados no LABFit, que construiu o Gráfico 1 e calculou os


parâmetros A e B para a função Y= ABX que mais se ajustava aos pontos do gráfico e com a
equação abaixo decorrente da equação (2):

∆𝑡𝑛
𝜀𝑛 = ↔
2𝑡0

↔ 𝛥𝑡𝑛 = 2𝑡𝑜 𝜀 𝑛 (4)

Comparando as duas funções, observou-se que o parâmetro B corresponderia ao


coeficiente de restituição ε3 enquanto que o parâmetro A corresponderia a 2t0. As incertezas
associadas a esses valores foram calculadas automaticamente pelo LABfit (Figura 6).
Portanto, o resultado obtido para o tempo de queda foi t 0 = (268 ± 14) ms e o resultado
determinado para o coeficiente de restituição para esse método foi de ε3 = (0,905 ± 0,005).
Comparando esse valor com o coeficiente de restituição encontrado na literatura sendo
εlit = 0,712, percebe-se uma grande variação com o valor obtido pelo software LABFit sendo
bastante superior ao identificado na literatura. A discrepância entre esses valores é de 0,193

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Gráfico 1 – Gráfico de Δt n x n com as medidas coletadas pelo osciloscópio.

Figura 6 – Parâmetros e incertezas calculadas pelo LABFit.

3.4 Comparação dos resultados

A tabela 11 mostra os resultados para o coeficiente de restituição obtidos pelos


diferentes métodos propostos.

Tabela 11 – Coeficiente de restituição encontrado através dos diferentes métodos.


Método 1 Método 2 Método 3
ε1 = (0,839 ± 0,009) ε2 = (0,88 ± 0,04) ε3 = (0,905 ± 0,005)

12
Observa-se que foram encontrados valores próximos para o coeficiente de restituição,
apesar das variações. Usando o conceito de z’score (Apêndice, pág. 21) para comparar os dados
obtidos através dos diferentes métodos obte-se os seguintes resultados (Tabela 12).

Tabela 12 – Comparação dos diferentes métodos utilizando o z’score.


Métodos Métodos Métodos
1e2 1e3 2e3
z'score 1 6,410487 0,620174

Portanto, pode-se dizer que os métodos 1 e 2 foram compatíveis entre si, assim como
os métodos 2 e 3, visto que z’ < 2. No entanto, como para os métodos 1 e 3, obteve-se z’ > 3,
então, conclui-se que estes métodos são incompatíveis.

13
4 CONCLUSÕES

Tendo em consideração as propriedades de materiais abordadas, é possível concluir que


os meios de obtenção de magnitudes para essas propriedades podem passar por processos de
natureza indireta, tendendo a apresentar graus mais elevados de incerteza que diversos outros
processos mais tradicionais. É de grande importância o uso de softwares que facilitem o
trabalho de ajuste de curvas e linearização, pois a complexidade das operações com resultados
dos experimentos induz a erros e tende a outras grandes dificuldades na confecção do conjunto
de resultados. O uso de equipamentos móveis com capacidade de captar som e vídeo
implementa mais uma proposta de ferramenta experimental, e relaciona o observável a
resultados de maneira que possa ser inclusiva e simplificadora, pois em virtude do contato já
tradicional e consolidado com o equipamento, a experiência tende a ser mais expressiva do que
com outros equipamentos.

14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] http://hypertextbook.com/facts/2006/restitution.shtml, acesso em 30/07/2018.

[2] Roteiro da Atividade Experimental #3: Coeficiente de restituição, Métodos Experimentais


em Engenharia, Universidade Federal do ABC, Profs. D.Consonni, J.C. Teixeira, M.T.Escote
e S.M.Malmonge. Edição: 2º Quadrimestre de 2018.

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APÊNDICES
CÁLCULOS

Parte 1: A)

▪ Cálculo de t0 (fórmula) e sua incerteza

2𝐻 2 ∙ 0,620
𝑡0 = √ =√ ↔ 𝑡0 = 0,355711 𝑠
𝑔 9,8

2 2 2 2 2
𝜕𝑡0 𝜕𝑡0 𝑢𝐻 √𝐻 ∙ 𝑢𝑔 0,001
𝑢𝑡0 = √( ∙ 𝑢𝐻 ) + ( ∙ 𝑢𝑔 ) = √( ) + (− ) = √( )
𝜕𝐻 𝜕𝑔 √2𝑔𝐻 √2𝑔3 √2 ∙ 9,8 ∙ 0,620

↔ 𝑢𝑡0 = 0,000287 𝑠

Onde:
✓ t0 = tempo de queda até o primeiro impacto;
✓ H = altura;
✓ g = aceleração da gravidade;
✓ ut0 = incerteza de t0;
✓ uH = incerteza da altura;
✓ ug = incerteza da aceleração da gravidade.

▪ Cálculo de t0 (cronômetro) e sua incerteza

o Valor médio de t 0:

𝑛
1 0,34 + 0,35 + 0,38 + 0,38
𝑡0𝑚é𝑑𝑖𝑜 = ∑ 𝑡0 𝑖 = ↔ 𝑡0𝑚é𝑑𝑖𝑜 = 0,011456 𝑠
𝑛 4
1

o Desvio padrão da média (incerteza tipo A):

∑𝑛𝑖=1(𝑡0 𝑖 − 𝑡0𝑚é𝑑𝑖𝑜 )2 0,001275


𝑢𝑡0 𝐴 = √ =√ ↔ 𝑢𝑡𝐴 = 0,010308 𝑠
𝑛(𝑛 − 1) 4(3 − 1)

o Incerteza instrumental do cronômetro (incerteza tipo B):

𝑢𝑡0 𝐵 = 0,005 𝑠

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o Incerteza combinada de t 0:

2 2
𝑢𝑡0 = √(𝑢𝑡0𝐴 ) + (𝑢𝑡0 𝐵 ) = √(0,010308)2 + (0,005)2 ↔ 𝑢𝑡0 = 0,011456 𝑠

Onde:
✓ t 0médio = valor médio do tempo de queda até o primeiro impacto;
✓ n = número de medições;
✓ 𝑢𝑡0 𝐴 = incerteza tipo A de t 0;
✓ 𝑢𝑡0 𝐵 = incerteza tipo B de t 0;
✓ 𝑢𝑡0 = incerteza combinada de t0.

▪ Z’-score entre t0 (fórmula) e t0 (cronômetro)

𝑉𝑎 − 𝑉𝑏 0,36 − 0,3557
𝑧′ = || || = | | ↔ 𝑧′ = 0,43
2
√(𝑢𝑉𝑎 ) − (𝑢𝑉𝑏 )
2 √(0,01)2 − (0,0003)2

▪ Cálculo de ∆t1 e sua incerteza

o Valor médio de ∆t1:

𝑛
1 0,604 + 0,580 + 0,608 + 0,596
∆𝑡1 𝑚é𝑑𝑖𝑜 = ∑ ∆𝑡1 𝑖 = ↔ ∆𝑡1 𝑚é𝑑𝑖𝑜 = 0,597 𝑠
𝑛 4
1

o Desvio padrão da média (incerteza tipo A):

∑𝑛𝑖=1(∆𝑡1 𝑖 − ∆𝑡1𝑚é𝑑𝑖𝑜 )2 0,000460


𝑢∆𝑡1 𝐴 = √ =√ ↔ 𝑢∆𝑡1 𝐴 = 0,006191 𝑠
𝑛(𝑛 − 1) 4(3 − 1)

o Incerteza instrumental do osciloscópio (incerteza tipo B):

𝑢∆𝑡1 𝐵 = 0,0005 𝑠

o Incerteza combinada de t 0:

2 2
𝑢∆𝑡1 = √(𝑢∆𝑡1 𝐴 ) + (𝑢∆𝑡1 𝐵 ) = √(0,006191)2 + (0,0005)2 ↔ 𝑢∆𝑡1 = 0,006212 𝑠

17
Onde:
✓ ∆𝑡1 𝑚é𝑑𝑖𝑜 = valor médio do intervalo de tempo entre os dois primeiros
impactos;
✓ n = número de medições;
✓ 𝑢∆𝑡1 𝐴 = incerteza tipo A de ∆t1;
✓ 𝑢∆𝑡1 𝐵 = incerteza tipo B de ∆t1;
✓ 𝑢∆𝑡1 = incerteza combinada de ∆t1.

▪ Cálculo de 𝛆𝟏 e sua incerteza

∆𝑡𝑛 ∆𝑡1 0,597


𝜀𝑛 = ↔ ε1 1 = = ↔ ε1 = 0,839163
2𝑡0 2𝑡0 2 ∙ 0,355711

2 2 2
𝜕ε1 𝜕ε1 𝑢∆𝑡 2 ∆𝑡1 ∙ 𝑢𝑡0
𝑢ε1 = √( ∙ 𝑢∆𝑡1 ) + ( ∙ 𝑢𝑡0 ) = √( 1 ) + (− )
𝜕∆𝑡1 𝜕𝑡0 2𝑡0 2𝑡02

0,006212 2 0,597 ∙ 0,000287 2


= √( ) + (− ) ↔ 𝑢ε1 = 0,008757
2 ∙ 0,355711 2 ∙ 0,3557112

Onde:
✓ ε = coeficiente de restituição;
✓ ∆t1 = intervalo de tempo entre os dois primeiros impactos;
✓ t0 = tempo de queda até o primeiro impacto;
✓ 𝑢ε1 = incerteza de ε1 .

Parte 1: B)

▪ Cálculo de ∆t1 e sua incerteza

o Valor médio de ∆t1:

𝑛
1 0,580 + 0,530 + 0,600 + 0,600
∆𝑡1 𝑚é𝑑𝑖𝑜 = ∑ ∆𝑡1 𝑖 = ↔ ∆𝑡1 𝑚é𝑑𝑖𝑜 = 0,5775 𝑠
𝑛 4
1

o Desvio padrão da média (incerteza tipo A):

∑𝑛𝑖=1(∆𝑡1 𝑖 − ∆𝑡1𝑚é𝑑𝑖𝑜 )2 0,003275


𝑢∆𝑡1 𝐴 = √ =√ ↔ 𝑢∆𝑡1 𝐴 = 0,016520 𝑠
𝑛(𝑛 − 1) 4(3 − 1)

18
o Incerteza instrumental do osciloscópio (incerteza tipo B):

𝑢∆𝑡1 𝐵 = 0,0005 𝑠

o Incerteza combinada de t 0:

2 2
𝑢∆𝑡1 = √(𝑢∆𝑡1 𝐴 ) + (𝑢∆𝑡1 𝐵 ) = √(0,016520)2 + (0,0005)2 ↔ 𝑢∆𝑡1 = 0,016528 𝑠

Onde:
✓ ∆𝑡1 𝑚é𝑑𝑖𝑜 = valor médio do intervalo de tempo entre os dois primeiros
impactos;
✓ n = número de medições;
✓ 𝑢∆𝑡1 𝐴 = incerteza tipo A de ∆t1;
✓ 𝑢∆𝑡1 𝐵 = incerteza tipo B de ∆t1;
✓ 𝑢∆𝑡1 = incerteza combinada de ∆t1.

▪ Cálculo de ∆t2 e sua incerteza

o Valor médio de ∆t2:

𝑛
1 0,510 + 0,470 + 0,530 + 0,5300
∆𝑡2 𝑚é𝑑𝑖𝑜 = ∑ ∆𝑡2 𝑖 = ↔ ∆𝑡1 𝑚é𝑑𝑖𝑜 = 0,510 𝑠
𝑛 4
1

o Desvio padrão da média (incerteza tipo A):

∑𝑛𝑖=1(∆𝑡2 𝑖 − ∆𝑡2𝑚é𝑑𝑖𝑜 )2 0,0024


𝑢∆𝑡2 𝐴 = √ =√ ↔ 𝑢∆𝑡1 𝐴 = 0,014142 𝑠
𝑛(𝑛 − 1) 4(3 − 1)

o Incerteza instrumental do osciloscópio (incerteza tipo B):

𝑢∆𝑡1 𝐵 = 0,0005 𝑠

o Incerteza combinada de t 0:

2 2
𝑢∆𝑡1 = √(𝑢∆𝑡1 𝐴 ) + (𝑢∆𝑡1 𝐵 ) = √(0,014142)2 + (0,0005)2 ↔ 𝑢∆𝑡1 = 0,014151 𝑠

Onde:
✓ ∆𝑡2 𝑚é𝑑𝑖𝑜 = valor médio do intervalo de tempo entre o segundo e o terceiro
impacto;
19
✓ n = número de medições;
✓ 𝑢∆𝑡2 𝐴 = incerteza tipo A de ∆t2;
✓ 𝑢∆𝑡2 𝐵 = incerteza tipo B de ∆t2;
✓ 𝑢∆𝑡2 = incerteza combinada de ∆t2.

▪ Cálculo de 𝛆𝟐 e sua incerteza

∆𝑡𝑛+1 ∆𝑡2 0,510


𝜀= ↔ ε2 = = ↔ ε2 = 0,883117
∆𝑡𝑛 ∆𝑡1 0,5775

2 2 2
𝜕ε2 𝜕ε2 ∆𝑡2 ∙ 𝑢∆𝑡1 𝑢∆𝑡2 2
𝑢ε2 = √( ∙𝑢 ) +( √
∙ 𝑢 ) = (− ) +( )
𝜕∆𝑡1 ∆𝑡1 𝜕∆𝑡2 ∆𝑡2 ∆𝑡1 2 ∆𝑡1

0,510 ∙ 0,016528 2 0,014151 2


= √(− ) +( ) ↔ 𝑢ε2 = 0,035203
0,57752 0,5775

Onde:
✓ ε = coeficiente de restituição;
✓ ∆t1 = intervalo de tempo entre os dois primeiros impactos;
✓ ∆t2 = intervalo de tempo entre o segundo e o terceiro impacto;
✓ 𝑢∆𝑡1 = incerteza combinada de ∆t1;
✓ 𝑢∆𝑡2 = incerteza combinada de ∆t2;
✓ 𝑢ε2 = incerteza de ε2 .

▪ Comparação entre os métodos

o Métodos 1 e 2:

𝑉𝑎 − 𝑉𝑏 0,839 − 0,88
𝑧′ = || || = | | ↔ 𝑧′ = 1
2
√(𝑢𝑉𝑎 ) − (𝑢𝑉𝑏 )
2 √(0,009)2 + (0,04)2

o Métodos 1 e 3:

𝑉𝑎 − 𝑉𝑏 0,839 − 0,905
𝑧′ = || || = | | ↔ 𝑧′ = 6,410487
2
√(𝑢𝑉𝑎 ) − (𝑢𝑉𝑏 )
2 √(0,009)2 + (0,005)2

20
o Métodos 2 e 3:

𝑉𝑎 − 𝑉𝑏 0,88 − 0,905
𝑧′ = || || = | | ↔ 𝑧′ = 0,620174
2
√(𝑢𝑉𝑎 ) − (𝑢𝑉𝑏 )
2 √(0,04)2 + (0,005)2

QUESTÕES

Questão 1: Como você espera que variem as medidas de t0 (tempo de queda até o primeiro
impacto), obtidas para diversas bolas? Em teoria, estes valores deveriam ser diferentes?
Comente.
É esperado que as medidas de tempo de queda até o primeiro impacto (t 0) para diversas
bolas não variem, pois, em teoria, estes valores não deveriam ser diferentes visto que a
expressão matemática que determina t0 independe de qualquer propriedade específica do tipo
de material, dependendo apenas da altura da queda e da aceleração da gravidade.

Questão 2: Comente sobre as principais fontes de incertezas nos procedimentos de


medição do coeficiente de restituição.
Para determinar o coeficiente de restituição uma das incertezas consideradas foram as
incertezas instrumentais que estão relacionadas aos instrumentos de medição utilizados e as
suas respectivas incertezas sistemáticas associadas a cada medida. Uma das principais fontes
de incerteza foram as medidas obtidas através do osciloscópio devido a possíveis erros na
análise dos valores experimentais observados e à imprecisão do operador no momento da
medição.

Questão 3: Faça uma tabela comparativa dos valores de coeficiente de restituição obtidos
através dos diferentes métodos utilizados. Avalie se, com as incertezas estimadas, os
métodos utilizados são compatíveis. Utilize o conceito de erro normalizado (Enorm) para
esta comparação:

Método 1 Método 2 Método 3


ε1 = (0,839 ± 0,009) ε2 = (0,88 ± 0,04) ε3 = (0,905 ± 0,005)

Observa-se que foram encontrados valores próximos para o coeficiente de restituição,


apesar das variações. Usando o conceito de z’score para comparar os dados obtidos através dos
diferentes métodos obtemos os seguintes resultado:

Métodos Métodos Métodos


1e2 1e3 2e3
z'score 1 6,410487 0,620174

21
Portanto, pode-se dizer que os métodos 1 e 2 foram compatíveis entre si, assim como os
métodos 2 e 3, visto que z’ < 2. No entanto, como para os métodos 1 e 3, obteve-se z’ > 3,
então, conclui-se que estes métodos são incompatíveis.

Questão 4: Comente o efeito da base de granito no ensaio. Ela afeta os resultados? Sua
massa afeta os resultados?
A base de granito afeta os resultados da medição visto que os tipos de materiais
envolvidos na colisão influenciam na dissipação de energia. Como a base de granito (cerâmica)
possui baixa capacidade de absorção de energia, a bola de ping pong perde pouca energia
cinética na colisão. Além disso, as possíveis imperfeições na superfície da base podem
influenciar os resultados, uma vez que, após a colisão, a bola de ping pong pode sofrer desvios
em sua direção, alterando assim a sua altura posterior ao impacto e consequentemente o tempo
de subida.
Em contrapartida, a massa da base de granito não interfere nos resultados, pois, os
cálculos para a determinação do coeficiente de restituição independem das massas dos objetos
envolvidos na colisão.

Questão 5: Pesquise na literatura valores para os coeficientes de restituição dos materiais


avaliados, e comente eventuais diferenças entre estes valores e aqueles obtidos no
experimento.
De acordo com a literatura pesquisada, o coeficiente de restituição da bola de ping pong
é 0,712. Fazendo uma comparação com as medidas obtidas nesse experimento, observa-se que
houve uma diferença não muito grande entre os valores, sendo que, o valor encontrado na
literatura foi inferior aos determinados através dos procedimentos experimentais.
Devido ao fato de não ter sido encontrado na literatura nenhum valor de coeficiente de
restituição da bola de ping pong junto a sua incerteza associada, não foi possível calcular o erro
normalizado entre os resultados obtidos nesse experimento e o achado na literatura.

Questão 6: Descreva três exemplos de aplicações industriais para o procedimento descrito


neste experimento.
Há o exemplo da própria indústria de confecção de bolas, que precisa delas com
coeficientes muito próximos para determinada modalidade esportiva, a fim de não prejudicar
a performance dos atletas. Outra aplicação é na indústria automobilística, sendo muito
importante a determinação desse coeficiente a fim de se estudar as colisões dos veículos [].
Na confecção de palmilhas para calçados esportivos a determinação do coeficiente de
restituição também é de extrema importância, visto que está ligada a performance de seus
usuários, como visto na referência.

22

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