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Apostila Tecnologia Grafica PDF
Apostila Tecnologia Grafica PDF
Sintigraf
Sindicato dos Trabalhadores na Indústria grafica de Cascavel e Região
Sintigraf
Sindicato dos Trabalhadores na Indústria grafica de Cascavel e Região
Cascavel
2007
MENSAGEM DO SINTIGRAF
APRESENTAÇÃO
Esta apostila foi desenvolvida com a preocupação única de ensinar e conscientizar os alunos do curso
de Produção Gráfica, sobre todo o fluxo produtivo gráfico. De forma que o participante tenha uma
visão geral de todos os momentos que o original irá passar ao chegar numa gráfica.
Sempre buscando utilizar palavras e conceitos técnicos, objetivando de forma mais dinâmica e eficiente
o aprendizado. E ciente de que, a Indústria gráfica continua se atualizando constantemente, e que os
equipamentos se tornam ultrapassados, devemos continuar acompanhando essas mudanças, sempre
estudando, para que seja possível continuar exercendo nossas atividades, e evitar assim de sermos
engolidos pelo monstro da tecnologia e da automação.
Marketing
Existem hoje muitos tipos de publicações (mídias, anúncios, propagandas) nos dias atuais nos quais
uma empresa pode investir o difícil é decidir qual é a que irá dar maior reterno para a mesma por isso
iremos fazer uma breve análise das vantagens e desvantagens de algumas.
Jornais: Um jornal de grande circulação não é, necessariamente o único caminho. Há jornais que,
apesar de terem menos leitores podem ser mais qualificados. Procure sempre saber o perfil dos leitores
de cada jornal antes de anunciar. (Uma pequena loja de bairro que tem como público alvo a
comunidade local, poderia anunciar num pequeno jornal do bairro em que atua,ao invés de gastar em
um grande jornal onde o anuncio seria muito mais caro.)
Vantagens: Tem grande penetração nos mais variados tipos de público (exceto analfabetos) Ideais para
divulgar liquidações, procura de empregos, ofertas especiais lançamentos de produtos etc.
Desvantagens: Nada mais antigo que o jornal de ontem. A não ser que você possa fazer repetidos
anúncios, sua mensagem será vista apenas no dia (ou dias em que anunciar).
Revistas: São de interesse geral, possuindo públicos variados. Revistas especializadas são lidas por um
número menor de leitores, porém mais qualificados. Para um equipamento agrícola por exemplo, uma
revista do ramo pode ser mais eficaz do que uma revista de interece geral.
Vantagens: Qualquer anúncio costuma ter mais tempo de vida, geralmente próximo da duração da
própria revista. Revistas semanais são lidas até quase um ou dois dias antes da chegada da próxima
edição. Além disso, uma revista pode ter mais de um leitor por número. Às vezes numa casa ou
escritório, a mesma revista é lida por duas ou mais pessoas.
Desvantagens: Nem todas as pessoas que tem dinheiro para comprar jornal , podem comprar revistas,
o que pode significar menos leitores além disso, o maior tempo de vida de um anúncio tem, em
contrapartida, o fato de que ele pode ser mais caro, dependendo da revista.
Rádio (emissoras): Aqui a escolha deve não só considerar o tipo de emissora mas também o programa
e horário adequados para anunciar . Um alto executivo pode gostar de música sertaneja ou clássica.
Uma dona de casa pode gostar de entrevistas ou notícias e você tem que saber disso. Então você deve
fazer uma pesquisa para saber qual o programa de rádio mais ouvido por seus clientes.
Vantagens: A principal vantagem é que as pessoas ouvem rádio em qualquer lugar : no Trânsito, em
casa no trabalho (dependendo do tipo), além de ter audiência desde a madrugada até a tarde da noite. O
rádio é conhecido como um grande “companheiro”. Um texto bem elaborado pode passar mensagens
de alto índice de recall.
Desvantagens: O rádio não possui imagem. Se você depende de imagem para divulgar sua empresa,
este não é o melhor meio. Além disso, se o seu cliente potencial é alguém que esta sempre em reuniões
até tarde, pode ser difícil encontrar um horário adequado um horário para atingi-lo e, mesmo assim,
você terá que torcer para que ele tenha o hábito de ouvir o tipo de programa que você escolheu.
Televisão (emissoras): A exemplo do rádio, deve-se verificar a emissora, horário e programas mais
adequados. Podem em alguns horários, ter público maior que outras mídias.
Vantagens: Apresenta imagem com movimentos e cores, som e possibilidade de uso de textos. De
todos os meios de comunicação talvez seja o mais completo em termos de apelos sensoriais (audição,
visão). Em horários bem escolhidos possibilita grande divulgação, uma vez que pode ser programado
para inserções locais, regionais ou nacionais.
Desvantagens: Costuma ter custo mais elevado que todas as outras mídias e exige, em função disso,
grande cuidado na escolha da programação.Para objetivos mais restritos ou específicos, pode significar
um gasto desnecessário, a não ser que existamprogramas dirigidos para o público que se deseja atingir.
Telemarketing: Embora este seja um recurso extremamente amplo, aqui esta considerado em apenas
um de seus usos, ou seja, para propaganda. Nesta concepção constitui uma forma de realizar “visitas”
por telefone a clientes potenciais ou habituais.
Vantagens: Agiliza enormemente os contatos e permite a transmissão de mensagens a públicos
selecionados com um mínimo de dispersão. Divulga atividades promocionais a clientes e pode ter
função de gerar tráfego em lojas ou de convidar para visitas a show-rooms.
Desvantagens: Requer linha telefônica específica para esse fim. Pode ser agressivo se não for bem
orientado, exigindo, portanto, planejamento de chamadas e treinamento adequado para quem o realizar.
Mala-Direta: Peça de divulgação que permite os mais variados formatos , tamanhos e cores.Em alguns
casos permite o envio de pequenas amostras.
Vantagems : Pode ter o volume que se desejar e ser enviada a qualquer tipo de cliente, em grandes
quantidades ou postagens periódicas. Pode também ser elaborada de forma a conter um cupom resposta
que tende a aumentar seu efeito se essa resposta significar alguma gratificação, brinde ou algo
semelhante. Permite a divulgação de produtos e serviços de forma rápida atingindo grandes públicos.
Associada a um trabalho de acompanhamento telefônico, costuma ter um efeito bastante melhorado.
Desvantagens: Tem retorno reduzido em relação ao número de envios. Embora existam variações
significativas de um ramo a outro,pode-se dizer,em linhas gerais que de 1 a 3% são retornos
excelentes.Em função do aumento desses recursos nos últimos anos, as pessoas hoje recebem muito
mais malas diretas que no passado, reduzindo seu interesse. Exige, portanto, elaboração planejada para
que seu custo seja compensador.
Patrocínio de eventos
Neste tipo de divulgação o anunciante faz figurar sua marca, logotipo ou nome de produtos em diversos
materiais: convites, cartazes, painéis do evento, entradas de feiras, teatros, além dos próprios veículos
em que o evento for divulgado.
Vantagens:Desde que bem escolhido, aproxima a empresa de seus clientes potenciais, geralmente em
clima festivo. Ocorrendo com regularidade,pode associar o nome da empresa a atividades que
despertem interesse, tais como: esporte, música, laser, cultura, educação, ciência e outras.
Desvantagens: Requer cuidadoso levantamento de informações sobre os organizadores, experiência
destes na promoção de eventos,público a que se destina, objetivos claros e como serão mensurados.Um
evento ruim ou mal sucedido pode “arranhar” o nome de seu patrocinador, causando danos
imprevisíveis à imagem e até aos produtos da empresa.
Web-Site: Apresenta imagem, movimentos e cores, som e possibilidade de uso de textos e também é
completo em termos de apelos sensoriais (audição, visão). Possibilita grande divulgação.
Vantagens: Baixo Custo.
Desvantagens: Requer cuidadoso levantamento de informações sobre a experiência da empresa que irá
produzi-lo. O cliente tem que acessa-lo e nem todos os seus clientetem acesso a internet.
Porque acontece de vermos determinados símbolos e, mesmo sem que tenham qualquer coisa escrita,
sabemos do que se trata? Por que identificamos sinais de trânsito e, mesmo sem palavras, obedecemos
a comandos ou instruções que eles representam?
É claro que todos sabemos o que é um símbolo. Entretanto, vamos aqui falar um pouco sobre a
importância. Segundo o Dicionário Aurélio,”símbolo é aquilo que, por um princípio de analogia evoca,
representa ou substitui outra coisa”.
Desde os tempos mais remotos, o homem comunica-se por símbolos, alguns de conhecimento geral,
outros secretos e só reconhecidos por iniciados. Temos símbolos universalmente conhecidos e que, em
qualquer lugar do mundo, representam a mesma coisa.
Símbolos
Escreva em sua opinião o que cada símbolo representa:
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_________________________ _________________________
_________________________ _________________________
_________________________ _________________________
Linguagem simbólica
A linguagem simbólica é, portanto uma forma de comunicação imediata e fácil de reconhecer, mesmo
quando estamos em países cuja língua não falamos. Através dos símbolos comunicamos idéias,
conceitos, locais, autorizações ou proibições e tantas outras coisas. A própria linguagem escrita é uma
linguagem simbólica já que,por convenção cada letra representa um som e estas juntas formam outros
sons que entendemos como palavras.
No âmbito empresarial isso não é diferente. Todos conhecemos dezenas, talvez centenas de empresas
apenas visualizando seu símbolo em luminosos e cartazes de rua, anúncios, nos carros da Fórmula 1, e
outros eventos esportivos, no cinema ou televisão e em todo canto ao seu redor.
A empresa de cada participante é uma pessoa jurídica, isso quer dizer que ela não tem”cara” ou “corpo”
visível. Para aqueles que já negociam com ela, a empresa pode ser o José, o João, a Maria,. Pode
também ser o prédio da esquina da Avenida Brasil com a Parigot de Souza.
Porém, para quem faz ou não negócios com a empresa, seu símbolo é a representação desta em
qualquer lugar.Por isso, um bom símbolo é o inicio de um bom relacionamento. E o que é um bom
símbolo? Bom é aquele que passa as idéias ou conceitos que a empresa incorpora, de forma eficaz.
Vejamos como pode ser isso.
A identidade da empresas é estabelecida, em primeiro lugar, por seu logotipo (representação gráfica de
nome ou palavra, com letras de traçado e forma específicos, design característico na escrita do nome da
empresa ou identidade), logomarca (conjunto de logotipo e marca em uma única composição gráfica)
ou marca e a forma de aproveitamento desses símbolos em seu cartão de visitas, papel carta, envelopes,
locais de tráfego de pessoas dentro da empresa, fachada, veículos crachás de identidade funcional,
uniformes de vigias, seguranças, entregadores, etc.
Se essa mesma marca fosse de uma confecção de moda jovem, talvez fosse mais
conveniente um tratamento menos formal e mais arrojado:
Note que a maneira de escrever uma marca ou logotipo, sua distribuição e tamanhos, pode
resultar em uma imagem mais apropriada para a sua empresa. A identidade visual está
diretamente ligada a como as pessoas lembrarão e reconhecerão seu nome, quando ele
aparecer fora de sua fachada ou de seus papeis de carta por exemplo.
Slogan
Uma das formas de melhor capitalizar um bom símbolo é associa-lo a um bom slogan e
este um dos usos mais imediatos da propaganda. Além do anúncio de produtos e
serviços , divulgando suas imagens, rótulos formatos e tamanhos,o slogan é o apelo
associado a sua marca, logotipo ou à um produto que enfatiza suas qualidades ou cria
forte ligação com o público a que se destina. Vejamos alguns slogans que marcam:
A marca do coração – Lar
1001 utilidades – Bombril
A nº 1 – Brahma
...................................................................................
Azul
Lembra frescor e pureza. Divindades hindus como Shiva e Krishna são representadas por
tons de azul. Usada em ambientes para efeito calmante ou em embalagens de água e outros
produtos que devam passar idéia de pureza . Cor do infinito (o azul do céu). Com tons
pasteis é usada para designar produtos infantis, geralmente masculinos.
Branco
Símbolo universal da pureza e da perfeição,indica também higiene e limpeza. Usado em
rituais de nascimentos, casamentos, batizados e também por médicos e profissionais da
saúde. Acalma e harmoniza mas, em excesso, pode ser entediante e, dependendo do uso ou
ambiente, até depressivo.
Cinza
Associado a tecnologia, lembra o metálico como o aço,alumínio, etc. Passa a imagem de
sobriedade e serenidade. Muito usado em ambientes e artigos masculino. Usado também
como base para outras cores por sua propriedade neutra, em seus tons mais claros.
Marrom
Do bege claro ao marrom intenso essa cor tem forte ligação coma terra. Associado, por
motivos óbvios, ao café, chocolate e, por extensão a outros alimentos, especialmente doces.
Freqüente em ambientes e produtos masculinos por ter um resultado sóbrio e elegante.
Rosa
Considerado por muitos como a cor do amor, por estar ligada à deusa grega Afrodite, tem
também características femininas e infantis. Embora o uso excessivo possa dar um
resultado de mau gosto, pode ser combinada com outras cores com efeitos de legância e
suavidade.
Verde
Florestas, natureza, frescor e fonte de vida são algumas das idéias ligadas á essa cor e todos
seus tons. Costuma representar o oposto do vermelho. Usado em alimentos, especialmente
naturais, passa a imagem de saudável. Simboliza também dinheiro e esperança. Usado em
ambientes pode produzir repouso visual.
Vermelho
Sangue, fogo, calor vibração, paixão volúpia, fecundidade estão relacionados ao vermelho.
Em ambientes deve ser usado com cuidado e critério. Ligado também a alimentação pode
lembrar sabor e coisas quentes ou apimentadas. Em conceitos religiosos pode estar ligado
ao demônio ou mal.Muito usado para sinais de advertência ou perigo. Em Vitrines, usado
com habilidade, pode chamar atenção.
Violeta/Lilás
Uma é mais intensa e outra mais leve, mas são variações da mesma cor formada pelo rosa
puro (magenta) e azul puro (ciano). Para várias culturas orientais, simboliza pureza e paz. É
também a cor da meditação . Para os católicos, a tonalidade mais intensa e escura simboliza
a paixão de Cristo (daí sua associação à morte). Em tons suaves é muito usada em
ambientes femininos.
Exercício Crie um Logomarca para uma Gráfica usando as cores que julgar corretas:
Pré-Impressão
É a fase produtiva responsável pela concretização das idéias de um artista gráfico em um
arquivo digital que possa ser reproduzido em sistemas de impressão em escala industrial.
Pode envolver também a gravação de fotolitos, assim como de chapas planográficas, no
caso de impressão off-set, ou similar.
Impressão
Pode ser realizada por diversos processos (offset, rotogravura, serigrafia, flexografia,
litogravura e etc...) onde se transfere para um suporte (papel, plástico, metal e etc...) a
imagem do trabalho gráfico através da aplicação de pigmentos de diversas naturezas (tintas,
toner, verniz e etc...).
Pós-Impressão
Também conhecida como Acabamento, essa fase de finalização do trabalho possibilita
desde um simples corte final do impresso até finalizações mais complexas como dobras,
relevos, vinco, verniz e etc...
Assim a Indústria gráfica pode ser visualizada por seus principais processos, porém, sem
nos esquecermos de que novas tecnologias podem tornar essa divisão teórica menos lógica.
Veremos alguns processos que podem encurtar o fluxo produtivo, aproximando cada vez
mais o criador do produto final. Vamos conhecer as principais tendências:
Prensa UV Revelação
Impressão
scanner
O fluxo baseado em filme requer controle muito refinado dos processos de gravação de
filme pelo image setter , revelação química dos filmes, cópia e revelação de chapas.
CTPlate Impressão
CTPress Impressão
scanner
No sistema off-set convencional, a imagem é gravada sobre a chapa por meio de uma
película fotossensível aplicada a sua superfície, sendo esta gravação obtida mediante a
exposição à luz de um fotolito.
Na impressão digital a imagem é gravada diretamente na chapa por raio laser, que expõe de
arquivos gerados em computadores, não havendo portanto necessidade de revelação. Como
a exposição é realizada simultaneamente em todas as chapas não há necessidade de ajuste
de registro e a abertura dos tinteiros possui controle computadorizado.
Com este processo obtém-se um bom resultado, porém devido ao seu alto custo é
direcionado para impressões rápidas e de pequenas tiragens.
Como não existe uma matriz fixa, na impressão digital é possível se imprimir uma imagem
para cada giro da máquina, tornando assim verdadeiro o processo de personalização do
trabalho. Cada folha pode conter informações relativas ao cliente com o seu nome, foto e
cada produto pode ser feito na quantidade desejada mesmo que seja uma única peça.
CTPrint Impressão
scanner
É bom Lembrar que a impressão digital ainda não atingiu a qualidade obtida na impressão
offset convencional que utiliza, obviamente, as chapas.
Essa tecnologia se torna viável para pequenas tiragens. Como os custos fixos de produção
são proporcionais à quantidade de impressos, para as grandes tiragens o preço torna-se
inviável se utilizar tal tecnologia hoje disponível.
PREPARAÇÃO DO ORIGINAL
Há tempos atrás o original era preparado manualmente, como em fotocomposição, por
exemplo, onde se utilizava de um paste-up. Hoje em dia os originais são produzidos no
computador se utilizando de ferramentas para editoração eletrônica, dentre eles podemos
citar: Corel Draw, Adobe Illustrator, Photoshop, PageMaker e QuarkXPress.
Cada software tem a sua especialidade: os ilustradores , por exemplo, tem a função clara de
ilustrar, desenhar e não de paginar ou tratar imagens. Os mais famosos são: Illustrator,
Corel Draw e Freehand da Macromedia. O Corel Draw domina o mercado de PC´s
(Computadores pessoais baseados na tecnologia da IBM) enquanto o Illustrator domina o
de Mac (Macintosh é um computador fabricado pela Apple que foi concebido para
O mais importante é saber usar cada um no seu momento apropriado e não tentar fazer
revistas ou jornais nos ilustradores, nem tentar ilustrar no paginador, assim como evitar
fazer a impressão final nos ilustradores. É necessário, também, saber como enviar esse
arquivo, depois de pronto, para uma gráfica ou bureau/fotolito.
O arquivo aberto é o arquivo criado pelo profissional (.cdr / .p65 / .ai / .qxd) que pode ser
aberto em qualquer computador que tenha o aplicativo que o gerou. Dessa maneira é
necessário que se envie, na mesma pasta, o arquivo original, todas as fontes utilizadas e
todos os vínculos. Esse sistema é mais demorado, pois na gráfica todos os vínculos serão
checados, fontes instaladas e o original fechado. Essa demora gera um custo maior e, o que
é pior, uma falta de segurança, pois o arquivo pode ser manipulado.
Um arquivo fechado nada mais é que um arquivo de impressão que ao invés de ser enviado
para a impressora é gravado em disco. Esse arquivo é escrito na linguagem PostScript, que
foi desenvolvida pela Adobe Systems e tem a finalidade de descrever às impressoras como
os tipos (Fontes e letras) e as ilustrações devem ser posicionados na página a ser impressa.
Inclui também informações sobre os ângulos e lineaturas das retículas.
Quando o usuário fecha um arquivo, ele está usando os parâmetros e fontes de sua própria
máquina (diminui o risco de troca de fontes), torna a impressão do filme muito mais rápida
e evita ter de pagar taxas adicionais que são cobradas quando o cliente envia o arquivo
aberto. Sem contar na total segurança, pois na gráfica o arquivo só poderá ser visualizado e
impresso.
A vantagem de enviar arquivos abertos é que ele permite correções de última hora. Ao
encaminhá-lo no regime fechado o cliente conta com menor prazo de entrega, descontos
maiores, uso de fontes e vínculos do seu próprio equipamento e acima de tudo segurança.
Apesar disso, estima-se que apenas 20% dos arquivos entregues para a impressão nos
bureaus estejam no regime fechado. Vários fatores ajudam essa estatística, como por
exemplo: falta de conhecimento para gerar arquivo fechado, expectativa que o bureau
corrija eventuais erros na construção do arquivo, tamanho do arquivo fechado que por ser
maior dá mais trabalho para transportar e principalmente por não querer assumir
responsabilidade.
PostScript X PCL
Antes de aprendermos como fechar um arquivo, é importante saber que todas as
impressoras possuem uma ou mais linguagens de impressão.
A linguagem Post Script foi desenvolvida pela Adobe Systems e é padrão em todas as
impressoras profissionais, tais como: image-setters, copiadoras coloridas, plotters, plate-
setters e outras como alguns modelos de jato de tinta e laser.
Drivers e PPDs
Veremos que para fechar um arquivo temos que instalar no nosso computador a impressora
onde ele vai ser impresso. Para isso usamos o driver que é o software que permite ao
Sistema Operacional controlar a impressora. Uma impressora PostScript sempre necessita,
também, de um PPD (PostScript Printer Description) para funcionar. Alguns aplicativos,
como o Page Maker, Illustrator e outros pedem, na hora da impressão ou fechamento, o
PPD.
Os drivers e PPDs das impressoras são específicos para cada bureau pois cada um deles tem
impressoras diferentes (ou de um mesmo fabricante e modelo, porém com alguma
característica diferente). Esta é justamente a função do PPD: descrever para o driver e
complementá-lo, de maneira mais específica, os formatos de impressão, resolução máxima
e outras características. O PPD complementa as informações dos drivers.
Para instalação dos PPDs na plataforma Windows, basta que eles sejam copiados para o
diretório PPD normalmente localizado nos diretórios do Page Maker, Quark, Illustrator ou
Freehand. O Page Maker, por exemplo, usa a pasta c:\pm65\rsrc\brasil\ppd4.
Fechamento de arquivos
Fechar arquivos é algo muito simples. Tão simples quanto imprimir, porém toda vez que
for enviar um arquivo para uma gráfica ou bureau, consulte-os para saber certas
especificações como: lineatura e ângulo das retículas, separação ou não de cores e outros
detalhes que são variáveis. Existem livros que esclarecem todos os detalhes sobre
fechamento, por exemplo podemos citar “ Preparação e fechamento de arquivos para birôs
– Windows e Macintosh” de Ricardo Minoru e distribuído pela editora Érica.
Apesar de haver tantas variáveis, segue abaixo uma lista de passos para fechar um arquivo,
considerando-se as exigências normais da praça.
1º- Instalar uma Impressora Post Script EM FILE (Antigamente se usava uma impressora
genérica, a Linotronic 530 que pode ser usada numa simulação. Mas lembrem-se, a melhor
impressora a ser instalada é a que estiver sendo usada na gráfica ou bureau de fotolito).
No Corel Draw
• No menu Arquivo – Configurar impressão, determine o papel. Se não estiver ativado,
ative o PPD.
Hoje temos como visualizar um arquivo fechado, diminuindo dessa maneira um provável
reenvio. Usaremos para isso dois programas: Adobe Acrobat Distiller e Adobe Acrobat
Reader .
O Distiller é usado para converter o arquivo postscript (.ps) em arquivo com tecnologia pdf
(Portable Document Format), que é um formato de arquivo criado pela Adobe e permite o
envio de documentos formatados para que sejam vistos ou impressos em outro lugar, sem a
presença do aplicativo que o gerou. O pdf foi concebido para distribuição eletrônica pois é
um arquivo muito leve, logo depois criada uma compatibilidade com impressoras
profissionais como image setters, por exemplo, passou a ser usado para substituir os
arquivos ps na impressão profissional; com uma grande vantagem: o tamanho do arquivo é
bem menor.
O uso do Distiller é muito simples. Ao abrir o arquivo com extensão ps, ele
automaticamente entra na tela “Salvar como” para que salvemos em pdf.
O Acrobat Reader, é um programa gratuito que vem junto com quase todos os programas
hoje em dia, podendo também ser “baixado” pela Internet. Sua função é única e
exclusivamente a de ler arquivos em pdf.
Dessa maneira, podemos fechar o nosso arquivo normalmente, usar o Distiller para
convertê-lo em pdf e depois abri-lo no Reader para conferir. Estando ok, há uma grande
possibilidade que na gráfica tudo ocorra bem.
Fontes
As fontes são conjuntos de caracteres e símbolos desenvolvidos em um mesmo desenho.
Esse desenho de letra ou caractere é chamado de tipo.
Fonte Adobe
Também chamadas de fontes Tipo 1 ou PostScript, foram desenvolvidas pela Adobe
Systems para serem absolutamente compatíveis com a linguagem PostScript. Apesar disto,
nada impede sua utilização em impressoras de linguagem PCL.
Restrições
Existem bureaus de pré-impressão que não fazem restrições a nenhum dos dois padrões,
outros que recomendam a seus clientes a só utilizarem fontes de padrão Adobe e outros,
ainda, que se recusam a aceitar trabalhos nos quais foram utilizadas fontes True Type.
Onde obter fontes
Gratuitamente, as fontes estão disponíveis nos CDs do Corel Draw (cerca de 1200) e nos
CDs que acompanham o PageMaker e Adobe Illustrator. Elas podem, também, ser
adquiridas por meio do Adobe Font Folio e Adobe Type and Call. Pela Internet você
encontrará uma listagem das principais Font Houses no site da publish
(www.publish.com.br).
Nunca adquira fontes em banca de jornal, na Internet (a não ser em sites de fabricantes),
fóruns de discussão ou de qualquer outra origem desconhecida. Na dúvida, faça um teste
antes no seu bureau.
Obs.: quando você já tem um trabalho com um determinado tipo de fonte e precisa de
descobrir o nome dela existem o site www.myfonts.com onde você pode colocar um
pequeno modelo e descobrir o nome da fonte utilizada isto agiliza muito o trabalho.
Retículas
Os procedimentos de impressão impossibilitam
a reprodução de um original em meio tom,
fazendo-se necessário a reticulagem do original
durante o processo de reprodução. Este
processo explora uma ilusão de ótica pois, se
os pontos com tamanhos diferentes forem
impressos com espaçamento regular numa trama suficientemente fina, os olhos os vêem
como sombra cinza ao invés de um amontoado de pontos; possibilitando a reprodução de
originais meio tom.
Examinadas de perto ou com o auxílio de uma lupa, as imagens revelam sua verdadeira
face: Um mosaico de pequenos pontos de tinta dispostos em forma regular sobre a
superfície branca.
Três características principais definem uma retícula convencional (as retículas estocásticas,
ainda pouco usada pela indústria gráfica, funcionam de maneira diferente e não serão
abordadas nesse curso) o formato dos pontos, a lineatura ou freqüência e a angulação.
Quanto ao formato, a grande maioria dos processos de geração de fotolitos emprega pontos
redondos ou arredondados.
Lineatura
Ao transformar fotos em originais reticulados, o operador precisa definir a quantidade de
pontos que serão gerados para cada área da imagem. Como as retículas podem ser
visualizadas na forma de todas as paralelas de pontos, usa-se a denominação lineatura ou
freqüência para definir este valor. Gráficas e fotolitos convencionais costumavam utilizar a
medida em linhas por centímetro (lpc). Os programas de editoração eletrônica adotam
normalmente o padrão norte americano de linhas por polegadas (lpi – lines per inch) que
está se tornando dominante no mercado. De qualquer modo, as medidas são conversíveis,
bastando multiplicar o número de lpc por 2,54 para obter o valor em lpi (60 lpc é
aproximadamente 150 lpi).
Em teoria quanto maior o número de lpi, menores são os pontos, mais definida fica a
imagem impressa e mais perfeita é a ilusão ótica de tom contínuo.
Nas condições reais de trabalho, a definição da lineatura está atrelada às limitações dos
processos de impressão e às características dos papéis, que apresentam graus variáveis de
dificuldade em lidar com pontos muito pequenos ou muito próximos entre si.
Pode-se dizer que processos baseados em tipografia e flexografia pedem lineaturas mais
baixas, entre 60 e 100 lpi.
Impressoras offset rotativas, assim como as de rotogravura, aceitam valores maiores, entre
100 e 150 lpi.
Máquinas offset planas de boa qualidade podem manusear sem problemas lineaturas entre
133 e 200 lpi.
Impressoras dry off-set podem trabalhar com retículas ainda mais finas. Do mesmo modo,
papéis lisos e revestidos (como o couchê) aceitam lineaturas mais altas enquanto que papéis
não revestidos e do tipo jornal exigem valores menores para a obtenção de um bom
resultado.
Angulação
A segunda característica que nos interessa nas retículas é a sua angulação ou inclinação.
Uma retícula cujas linhas estejam perfeitamente alinhadas com esta reta ocupa o Ângulo 0º
e, em função de poder ser vista nas duas direções, também o ângulo perpendicular 90º. Ao
girarmos a retícula no sentido horário o valor do ângulo aumenta para 30º/120º e 45º/135º.
A prática demonstra que a ilusão do tom contínuo é ligeiramente mais eficiente quando a
retícula está inclinada em relação à vertical do papel, porque a angulação dificulta que o
observador perceba isoladamente os pontos. Por isso, a maioria das fotos preto e branco são
impressos com retículas 45º. Fotos coloridas empregam uma combinação de ângulos.
Quando mais de uma cor é utilizada para a reprodução, os meios tons reticulados de cada
uma delas precisam estar dispostos em diferentes ângulos, formando figuras semelhantes a
rosáceas. A orientação de um meio tom para o outro se chama inclinação de retícula. No
método tradicional, as retículas são colocadas em ângulos diferentes e então fotografadas.
No sistema digital, estes ângulos podem ser determinados pelo editor ou então na saída
final do fotolito na pré-impressão.
Se as retículas são uma engenhosa solução para os problemas dos tons contínuos, são
também as grandes responsáveis pelas dores de cabeça que enfrentamos ao reproduzir fotos
impressas. Se o olho humano não individualiza os pontos e os enxerga como tons de cinza
ou cor, o mesmo não acontece com os scanners de alta resolução. Na captura e reimpressão
das imagens, os pontos da retícula previamente impressa entra em conflito com as células
óticas do scanner e também com as retículas do novo fotolito. Surge o moiré, que também
pode ser gerado quando retículas de cores diferentes estão com a mesma inclinação. Para
evitá-lo basta manter as inclinações convencionais das quatro cores com os seguintes
ângulos:
Preto - 45°
Magenta - 75°
Amarelo - 90° ou 0º
Cian - 15°
O Moiré
Em artes gráficas, basicamente dois tipos de moiré são comuns com os que trabalham com
imagens: o moiré de scanner e o moiré de sobreposição de retículas.
O moiré de sobreposição surge quando dois padrões de retícula – com freqüência e/ou
inclinações diferentes – são aplicados um sobre o outro.
O moiré de scanner acontece quando os pontos de retícula são captados gerando padrões
(rosáceas das retículas para gerar uma cor). Por isso devemos digitalizar originais (fotos,
cromos ou negativos) e não de impressos.
Além de gerar texturas estranhas sobre a imagem, o moiré também pode alterar as cores
originais.
A Cor
A cor é um fenômeno ocorrido entre a interação de três elementos: fonte luminosa, objeto e
observador. Sem a presença de um destes três elementos não podemos falar sobre o
fenômeno cor.
Assim, a primeira conclusão a que podemos chegar é que a cor é um fenômeno subjetivo,
ou seja, que depende do observador. Mudando-se o observador a cor também será
percebida de uma maneira diferente pois cada pessoa possui uma sensibilidade cromática
diferente.
Podemos definir a luz como uma forma de energia que se propaga em ondas
eletromagnéticas.
Quando o olho humano recebe uma onda com comprimento de 1 metro nada ocorre, porém
ao receber ondas compreendidas entre 400 e 700 nm (nanômetros, 1nm = 10-9 metro =
0,000000001) temos a sensação das cores.
Esta parte do espectro eletromagnético, entre 400 e 700 nm é chamada de espectro visível
em três partes proporcionais teremos a predominância de três cores: Vermelho, Verde e
Azul Violeta que traduzidas para o inglês serão: Red, Green and Blue, ou seja, RGB. A luz
branca é luz formada pela adição destas três luzes coloridas RGB, no sistema conhecido
como Síntese Aditiva que pode ser observado em qualquer monitor de computador ou
televisão que possui somente fósforos destas três cores e podem compor todas as demais
cores que observamos.
Então podemos determinar a cor por meio da combinação numérica do sistema RGB ou do
sistema CMYK, também chamados espaços de cor. Por exemplo, uma cor pode ser
informada da seguinte forma no espaço CMYK: 0% de ciano, 100% de magenta, 100% de
amarelo e 0% de preto, ou no espaço RGB: 182 vermelho, 0 verde e 38 no azul. Lembrando
que CMYK opera de 0 a 100% em escala e RGB com tom de 0 a 255.
Desta maneira podemos informar as cores desejadas de maneira precisa e assim as cores
serão mais próximas do que esperamos.
Porém é justamente com estes números que começam os nossos problemas, pois os espaços
de cor RGB e CMYK são dependentes , ou seja, a cor resultante destes sistemas não
depende somente das quantidades determinadas mas também das tintas, monitor, máquinas
impressoras e tudo o mais utilizado na sua reprodução.
Então, para determinar numericamente uma cor e saber que teremos a mesma reproduzida
ao final do processo, a CIE (Comission International de L’clairage – Comissão
Internacional de Iluminação) estudou a forma como o olho humano percebia as cores para,
a partir daí, criar um espaço de cores que fosse independente dos equipamentos e processos
de produção, um sistema que determinasse numericamente as cores e essas sempre fossem
iguais em qualquer condição de produção.
São três as características que diferenciam as cores aos nossos olhos: Tom, Saturação e
Luminosidade HSL (Hue, Saturation and Lightness).
O Tom se refere à tonalidade predominante da cor, por exemplo, Vermelho, Azul e etc...
A Saturação determina o grau de pureza desta cor e o quanto ela está próxima ou afastada
dos tons neutros de cinza, branco ou preto.
A partir destas três grandezas criou-se o espaço de cores xyY no qual podemos determinar
o valor numérico de uma cor através de três coordenadas cartesianas sendo que os valores
de xy determinam as mudanças nos valores de Tom e Saturação, enquanto o valor Y
determina o valor da luminosidade.
A CIE ainda criou outros espaços de cor e entre eles o mais importante para as Artes
Gráficas é o sistema CIE Lab que é muito similar ao xyY, porém possui algumas melhorias
na distribuição espectral que o aproximam ainda mais da percepção do olho humano.
Seleção de cores
Para se reproduzir um original colorido, é necessário decompô-lo para se obter as quatro
cores primárias do processo gráfico: cian, magenta , amarelo e o preto. Isto é conseguido
por se fotografar o original através dos filtros que correspondem às suas cores
complementares: vermelho, verde e azul (RGB – do inglês red, green e blue). Quando
seleciona-se uma cor pelo processo DTP(Desktop Publishing, ou Editoração Eletrônica), o
programa informa a porcentagem de cada uma das 4 cores usadas para a formação daquela
tonalidade.
Talvez o sistema mais largamente conhecido seja a escala de cores Pantone, onde podemos
especificar uma cor escolhendo-a em uma tabela impressa que possui a “fórmula” para sua
confecção.
O sistema Pantone possui várias escalas de cor, sendo as mais conhecidas aquelas que se
utilizam da mistura na composição das tintas (Formula Guide) e a que se utiliza da mistura
de porcentagens de ponto das tintas CMYK (Color Process), ambas utilizando as tintas
próprias da Pantone.
As escalas de cores Pantone já possuem aplicações digitais onde as cores são escolhidas e
aplicadas diretamente no computador através do programa Pantone Color Drive, disponível
tanto para Macintosh quanto para Windows.
Aos criadores de páginas para a Internet também existem aplicações como o Pantone
ColorWeb, que se utilizam da linguagem HTML para determinação de cores para home-
pages.
Para trabalhos impressos de maior exigência quanto ao impacto visual das cores, existe a
possibilidade da impressão utilizando-se mais cores além do CMYK, são os chamados
sistemas Hi-Fi Color ou similares.
Nestes sistemas geralmente utilizamos, além das cores CMYK, mais três cores: Verde,
Laranja e Azul-Violeta, o que aumenta consideravelmente a quantidade de cores
reproduzíveis aumentando o apelo visual do material impresso.
Mais uma vez encontramos no sistema Pantone o seu Hexachrome para impressão a mais
de quatro cores.
Cores Pantone são cores especiais, para cada uma usada é necessário um filme e uma chapa
pois as elas não podem ser diluídas no processo CMYK. As paletas Pantone (que são
vendidas no mercado gráfico) indicam os percentuais para se atingir aquela cor específica.
Quando a gráfica recebe de um cliente um arquivo com uma cor dessa paleta, ela é
obrigada a gerar seus fotolitos, inclusive um especial para aquela cor Pantone, gravar as
chapas e antes de imprimir misturar as tintas que compões tal cor. Utilizando, portanto,
uma quinta cor.
Uma vez calibrados todos os equipamentos, podemos iniciar o uso dos gerenciadores de
cores, os softwares que trabalham conjuntamente com o hardware Colorímetro ou
Espectrofotômetro, ambos equipamentos capazes de ler valores de xyY e Lab.
Calibração de monitores
Uma das maiores dificuldades de quem trabalha com tratamento de imagem e correção de
cores em editoração eletrônica é conseguir um ajuste de monitor que garanta um mínimo de
fidelidade entre o que se vê na tela e o resultado final impresso. O que pouca gente sabe é
que a chamada “calibração de monitor” pode ser feita de um modo mais simples, rápido e
sem necessidade de softwares e equipamentos caros. Deixando bem claro que não vai
alcançar os mesmos resultados, muito embora melhore bastante. Basta seguir alguns
procedimentos básicos, ter alguma prática no uso das cores e uma boa dose de bom senso.
É importante lembrar que essas dicas serão necessárias mesmo com um sistema de
gerenciamento perfeito.
Neste tipo de tarefa, os microcomputadores Apple Macintosh são superiores aos modelos
Windows por dois motivos: o hardware dos Macs é mais homogêneo (no que diz respeito a
interfaces e placas de vídeo) que o dos PCs; e o sistema operacional Mac OS dispõe de um
recurso interno de gerenciamento de cores mais sofisticado, o Color Sync.
A sala onde os micros estão instalados deve ter iluminação suave, calibrada e estável. Não é
fácil conseguir lâmpadas adequadas, mas as fluorescentes de 5.000º K e alto índice de
reconhecimento de cor (IRC > 80), como as da série Super 85 da Philips, já ajudam
bastante. Evite o excesso de iluminação. A luz suave e difusa permite que os monitores
sejam usados com menos brilho, o que garante melhor reprodução de cor e maior vida útil
aos tubos.
Os monitores devem estar ajustados (via Painel de Controle) para reproduzir milhões de
cores (“true colors” nos PCs), na resolução mais alta que suportarem. O papel de parede ou
padrão da mesa de trabalho deve ser ajustado para um tom neutro, preferencialmente um
cinza 40 ou 50%, que pode ser preparado no próprio Photoshop a partir de uma imagem
P&B (grayscale).
Evite que os operadores fiquem com os monitores em posição contra-luz ou que haja
reflexo das lâmpadas nas telas. Em alguns casos, pode ser útil improvisar abas como as
usadas nos monitores profissionais. Faça as abas com papel cartão preto fosco e fixe-as às
laterais do computador com fita adesiva de velcro, que permite sua retirada quando não
estiverem sendo utilizadas.
Para fazer a calibração nos Macs é necessário Mac OS versão 8.1, ou mais recente,
equipado com o Color Sync 2.6 ou posterior – encontrado no disco de instalação ou pode
ser encontrado no site www.apple.com/colorsync. PCs devem ter o sistema de
gerenciamento ICM instalado no Windows.
Além disso, será necessário o Adobe Photoshop versão 5 (de preferência atualizado para
5.02), 5.5 ou a mais recente 6.0 além do painel de controle Adobe Gamma (que é instalado
junto com o Photoshop).
Para acerto da calibração, é preciso ter no micro o arquivo de algumas fotos em modo
CMYK e o resultado dessas mesmas fotos impressas, de preferência em impressora offset
plana e usando papel couchê de boa qualidade. Ou ainda as provas de cor (prelo,
Cromalin® ou Matchprint®) dessas imagens.
Caso você não possua este material, tente consegui-lo no seu bureau de serviço. Escolha
fotos com cores vivas e variadas, além de tons neutros.
Por fim, será muito útil possuir um perfil ICC (ICC profile) com a caracterização do seu
modelo de monitor. O CD do Mac OS traz todos os perfis dos monitores da Apple. Alguns
fabricantes disponibilizam os perfis na lnternet ou nos disquetes de instalação que
acompanham o equipamento.
Scanners
Os scanners permitem que o PC converta uma imagem em um código de forma que um
programa gráfico ou de editoração eletrônica possa produzi-la na tela e imprimí-1a através
de uma impressora gráfica ou converter páginas datilografadas páginas possíveis de serem
editadas.
Scanners Planos
Os scanners planos, de tecnologia CCD (coupled charged devices) são aparelhos que
capturam as imagens por meio de milhares de pequenas células fotossensíveis (os CCDs),
afixadas lado a lado numa barra posicionada num dos lados da área de digitalização
(normalmente no lado “superior”, onde se posiciona a parte de cima do original). Um carro,
munido de tubo luz, lentes e espelhos, corre sob a mesa de vidro, capta a luz refletida pelo
original e envia para a barra de CCDs uma seqüência de “fatias” paralelas da imagem. Cada
um dos CCDs transforma essa luz em sinais elétricos de intensidade variável que são
convertidos em bytes de informação digital e formam os pixels da imagem.
O número de CCDs existentes na barra e quantidade de “fatias” que podem ser capturadas à
medida em que o carro avança determinam as resoluções óticas horizonta1 e vertical do
aparelho. Essa resolução é medida em pixels por polegada (ppi) ou dots por polegada (dpi),
nomes equivalentes. Atualmente, a maior parte dos bons scanners de mesa oferece entre
600 X 600 ppi e 1200 X 1200 ppi de resolução ótica (desconsidere a resolução interpolada,
pois ela desfoca a imagem). Aparelhos profissionais “hi-end” podem ir além dos 5000 ppi.
Alguns fabricantes anunciam a resolução do seu scanner se baseando na resolução
interpolado, ao invés da resolução ótica (resolução real).
Scanners Cilíndricos
Nos scanners cilíndricos, um cilindro gira em alta velocidade. Durante cada volta, o sistema
óptico "olha" para uma linha de informação em torno do cilindro. Cada linha é constituída
de pequenos pontos chamados pixels. Um pixel pode variar de um centésimo até,
aproximadamente, um milésimo de polegada, em diâmetro. Durante a análise de cada
ponto, antes do sistema óptico mover-se para o próximo, o raio de luz passa através dos
filtros vermelho, verde e azul e atinge tubos fotomultiplicadores. Os tubos
fotomultiplicadores são sensíveis a diferentes níveis de luz. Eles medem as quantidades de
luzes vermelha, verde e azu1 que passam pelo original.
A intensidade dos sinais indica as quantidades de cyan, magenta e amarelo em cada ponto
do origina1. Cada pixel é gravado como um nível de cinza entre 256 possíveis para cada
cor do processo. Até este momento a cor aparece apenas como um nível de gris.
Enquanto o cilindro executa uma volta o scanner analisa os pixels em torno dele e registra
um valor de cyan, magenta e amarelo para cada pixel. Para calcular a quantidade de preto
necessária em cada pixel, o scanner analisa os três valores lidos.
Quando os três sinais (cyan, magenta e amarelo) são altos, muito preto está presente. Se
somente um ou dois dos sinais são muito intensos é porque a cor não é preto. Ela pode ser
uma cor saturada. Portanto, a área em questão necessita muito pouco ou nenhum preto.
Depois do cilindro ter realizado uma volta completa, o sistema óptico do scanner move-se
ao longo do comprimento na medida da largura de uma linha de scan, que é igual à largura
de um pixel. O cilindro executa uma nova rotação e o scanner repete o processo até que
toda imagem original seja analisada.
O scanner, sua mesa e seu entorno devem estar, sempre, o mais limpos possível. Um
cuidado especial deve ser dedicado à mesa de vidro ou ao cilindro. Restos de fita adesiva, cola ou óleo
precisam ser completamente removidos, com extremo cuidado para não riscar ou marcar o
vidro ou pexiglass.
No caso de scanners planos, convém deixar a lâmpada do equipamento aquecer por cerca
de meia hora antes de iniciar o trabalho, especialmente se forem ser digitalizadas imagens
coloridas.
Cuidado especial deve ser tomado com o posicionamento dos originais. Procure colocar as
fotos perfeitamente alinhadas no scanner, para evitar que tenham de ser rotacionadas
posteriormente. A rotação de imagens (exceto em ângulos retos: 90º/180º/270º) causa,
sempre, uma significativa perda de qualidade.
Além disso, os originais devem ser cuidadosamente fixados e mantidos o mais próximo
possível da superfície da mesa ou do cilindro, evitando a formação de bolhas de ar.
No caso de cromos e negativos, a face com emulsão (“gelatina”) deve ser colocada em
contato direto com o vidro. Modelos topo de linha (hi-end) costumam oferecer gabaritos
apropriados para os cromos, além de recomendar o uso de óleos especiais que garantem
uma melhor reprodução e evitam o surgimento de refrações conhecidas como “anéis de
Newton”.
5- Gravação do Fotolito
Em sistemas como Computer-to-plate (CTP), Computer-to-press e Computer-to-print não é
utilizado o fotolito (Filme em positivo), havendo gravação do computador diretamente para
a chapa ou máquina impressora.
O processo digital é bem mais rápido e oferece vantagens como: alta qualidade e o fato do
operador não manipular diretamente em produto químico pois o revelador, fixador e água
ficam dentro da processadora, entretanto requer constantes cuidados com a calibração ou
linearização do image-setter, além de contar com equipamentos bem mais caros.
Provas analógicas:
Obtidas a partir dos fotolitos finalizados na pré-impressão. Destacam-se o Cromalin® da
Dupont e o Matchprint® da 3M. Ambos com o mesmo princípio de funcionamento e com
uma característica fundamental: são fiéis à reprodução do filme exposto, possuindo as
seguintes aplicações:
• verificação da separação de cores;
• prova de pré-impressão para o cliente;
• guia de cores para a produção gráfica;
• instrumento de controle de qualidade para a separação de cores, através de todas as
fases de produção gráfica.
Outro tipo de prova analógica comumente utilizado é o prelo. Este apresenta uma vantagem
em relação à prova Comalin e Matchprint pois fornece uma escala de impressão, isto é,
uma folha impressa de cada cor para que o impressor da máquina offset tenha referenciais
de carga de tinta, registro e etc.
Até um tempo atrás, os sistemas de provas de prelo eram considerados obsoletos, porque a
obtenção de uma única prova implicava em gravar um jogo de chapas e imprimi-las nestas
máquinas que nada mais eram que simuladores de impressão. No entanto, novos prelos
automáticos são dotados de estações automáticas de cores que possibilitam o ajuste rápido,
acerto de entintagem e a reutilização da matriz na impressora offset.
Provas digitais
Provas de alta resolução obtidas a partir do arquivo, antes de se gerar os fotolitos. Obtém-se
resultados excelentes, com um custo competitivo. É especialmente indicada para as
empresas que utilizam o sistema Computer to Press, onde a imagem da matriz de impressão
é obtida a partir do arquivo impaginado – sem o fotolito.
Gamut
Ao se referir a monitores e provas estamos falando de sistemas de reprodução distintos e
que funcionam segundo princípios físicos diferentes (daí serem comuns as diferenças entre
ambos). Um monitor é basicamente um aparelho que funciona de acordo com os princípios
da Síntese Aditiva. Num impresso ou em provas de fotolitos, o que presenciamos é um
processo de Síntese Subtrativa.
As cores primárias da síntese subtrativa são empregadas nos pigmentos que compõem as
tintas de processo (Cyan, Magenta e Amarelo) e decompostas em pontos de retícula que
formarão a imagem final.
Pela sua natureza, os fósforos usados nos monitores possuem uma saturação centenas de
vezes superior às cores de processo. Dessa forma, a quantidade de cores que um monitor
pode reproduzir é muitas vezes superior à quantidade de cores possível de se obter sob
qualquer sistema de provas (relação de aproximadamente 150 : 1).
Há, portanto, cores em RGB sem conversão para CMYK ou que não sejam seguras para a
Web, todos os aplicativos voltados para a Indústria gráfica oferecem um símbolo
(exclamação) acompanhado de um box com uma cor (imagem ao lado),
para alertar cores fora do Gamut de impressão. Basta clicar nele que o
aplicativo vai escolher a cor mais próxima já mostrada no quadrado
aolado da exclamação. No Corel Draw e no Photoshop é oferecido um comando chamado
alerta de gamut, que “mancha” as cores que estão fora do gamut de impressão.
7- SISTEMAS DE IMPRESSÃO
Tipografia
O sistema tipográfico consiste em uma matriz em alto relevo, onde a tinta é
distribuída por meio de rolos. A transferência da imagem para o papel é por meio
de contato direto, uma vez que a matriz está com a imagem invertida.
O resultado é uma impressão com forte cobertura tonal. Contudo, apresenta
alguns inconvenientes: lentidão na impressão e na secagem, além de uma
qualidade final baixa do impresso.
Rotogravura
A formação da imagem na Rotogravura é constituída de baixos relevos gravados em um
cilindro revestido de cromo. Esses baixos relevos são chamados de alvéolos ou células, na
verdade pequenos sulcos onde a tinta é
depositada. Este cilindro é imerso num
tanque com tinta que apresenta um alto grau
de fluidez.
Flexografia
Baseado no mesmo sistema da tipografia, este sistema possui a matriz em alto relevo,
porém esta é flexível, sob forma de clichês de fotopolímeros gravados num processo foto-
químico. Este clichê é fixado num cilindro que, quando em impressão, entra em contato
com outro cilindro carregado de tinta. Uma vez entintado o clichê transfere a tinta para o
suporte.
Este sistema está se desenvolvendo no mundo, podendo-se encontrar até mesmo jornais
impressos em flexografia em alguns lugares. No Brasil, a flexografia possui um forte
campo na área de embalagens, fazendo frente à Rotogravura.
Serigrafia
Também conhecido como Silk Screen, este sistema consiste numa tela de tecido muito fino
de um material bastante resistente, o suficiente para ser esticada e presa em um quadro com
sua tensão máxima. sobre esta tela esta imagem será gravada de uma maneira muito
semelhante a da gravação das chapas offset.
Embora pareça rudimentar, a serigrafia desenvolveu-se muito nos últimos anos, sendo
automatizada e melhorando-se a qualidade das tintas empregadas.
Offset
O sistema de impressão offset é baseado na repulsão natural entre água e corpos
gordurosos, neste caso, a tinta. As áreas de grafismo (imagem) da matriz de impressão é
preparada para possuir afinidade com a tinta, ao passo que as áreas de contragrafismo é
preparada para receber água e repelir a tinta.
A matriz ou chapa é presa num cilindro porta-chapas que transfere a imagem para o papel
por meio de um cilindro revestido de borracha , chamado de caucho ou blanqueta; este por
sua vez transfere a imagem para o papel que se encontra apoiado num cilindro de aço
denominado contra-pressão. Por esta razão o sistema offset é denominado de impressão
Esquema de
funcionamento de uma
impressora Offset
indireta.
O sistema de gravação da chapa de impressão offset, também chamado de cópia de chapa é
baseado em princípios fotomecânicos. Antes de receber a gravação da imagem, a chapa
consiste numa lâmina de alumínio com uma superfície de camada de material fotossensível.
Sobre a chapa será colocado o fotolito, uma lâmina de filme transparente em que a área de
grafismo foi gravado pelo processo fotográfico. Sobre esta chapa será dada uma exposição
com luz forte, rica em raios ultra violeta.
Depois de ser exposta à luz, a chapa será submetida a um banho de um líquido denominado
revelador, cuja função é dissolver a área que foi exposta à luz, permanecendo na chapa
somente a área de grafismo
Tinta Água
Após revelada, a chapa é lavada e seca sendo depositada uma fina camada de goma arábica
a fim de se evitar a oxidação até ser colocada na máquina de impressão.
O número de cores de uma impressora é definido pelo número de grupo impressores que a
máquina possui. Já o formato é definido em função das dimensões com que os papéis são
produzidos. Existem modelos cujo formato é em função do formato de papel 66x96cm , são
conhecidos como máquinas de folha-inteira, já as que trabalham com metade deste formato
são chamadas meia folha (48 x 66), há ainda as que trabalham com a quarta parte desse
formato (1/4 ou duplo ofício), ou as que trabalham com 1/8 do formato 6x96 que são as
formato ofício (pequeno porte).
Ganho de Ponto
Por décadas, lidar com cores em produção gráfica era um trabalho semelhante ao de pintar
cerâmica antes da queima. Nas artes-finais, as cores a serem aplicadas eram indicadas por
valores numéricos de CMYK. Os fotolitos com as separação de cores das fotos vinham
direto dos scanners (ou do processo fotográfico). Tudo era reunido no filme limpo e a
primeira visualização das cores reais do impresso só surgia nas provas de prelo, quando não
na própria máquina impressora. Assim como na cerâmica, os artistas gráficos precisavam
imaginar como o produto ficaria quando as cores surgissem vivas e brilhantes sobre o
papel.
De 10 anos para cá, monitores coloridos de alta definição e as novas impressoras digitais de
mesa facilitaram muito esse trabalho. Hoje, é possível criar um impresso em quatro cores e
ver imediatamente o resultado final no monitor. Uma prova impressa pode ser conseguida
em poucos minutos. Surgem, no entanto, alguns novos desafios. Um deles é fazer com que
os resultados no monitor e na prova correspondam ao que vai se obter na impressão final.
Sem isso, o produtor corre o risco de ser enganado por seus olhos e aprovar um serviço que
na realidade está insatisfatório. Os monitores e as impressoras de mesa são hoje os
primeiros dispositivos de prova do nosso fluxo de trabalho. Mas para que funcionem bem, é
preciso “caracterizá-los”, os seja, ajustá-los de forma que imitem o comportamento
cromático das tintas offset nas impressões industriais.
O fenômeno que conhecemos como “ganho de ponto” é o resultado de uma soma de fatores
físicos e ópticos que ocorrem quando colocamos tinta sobre papel para formar imagens
impressas. Eles fazem com que as tonalidades e cores das tintas apresentem
comportamentos diferentes do que seria esperado, em especial nas retículas dos meio-tons.
Normalmente, essas cores têm uma tendência ao escurecimento, que pode ser maior ou
menor conforme o tipo de papel e processo de impressão. Mas também há casos de “ganho
de ponto negativo”, onde as cores clareiam. Felizmente, boa parte desses efeitos pode ser
previsto com antecedência, permitindo que façamos uma compensação (ou “contra-
correção”) nos arquivos digitais e fotolitos.
A primeira e mais importante causa do ganho de ponto é o aumento na área de cobertura
dos pontos da retícula, que ocorre quando se aplica tinta sobre papel. É semelhante ao que
ocorre quando deixamos cair um pingo de tinta nanquim ou de caneta num pedaço de
papel: a tinta se espalha à medida em que vai sendo absorvida pelas fibras, e a mancha
resultante é muito maior que o pingo original. O mesmo fenômeno, em escala reduzida,
ocorre em todos os processos de impressão que usam originais reticulados. Em linhas
gerais, o ganho de ponto é mais acentuado quanto mais absorvente for o papel e quanto
maior for a quantidade de tinta (carga de tinteiro) aplicada pela impressora Papéis
revestidos (tipo couchê) costumam apresentar ganho de ponto menor que equivalentes não
revestidos. Os maiores ganhos de ponto acontecem em papéis inferiores, do tipo jornal.
No entanto, o ganho de ponto não é uniforme em todas as tonalidades da retícula. Nos tons
muito claros, a quantidade de tinta existente nos pequenos pontos é insuficiente para
provocar um aumento significativo na área de cobertura Nos tons muito escuros, o
crescimento da área de cobertura é significativo, mas percentualmente reduzido em função
do maior tamanho do ponto original. Além disso, boa parte da tinta espalha-se sobre áreas
já cobertas pelos pontos adjacentes. Por isso, o fenômeno costuma ser mais acentuado nos
meio tons (25% a 75%), com pico na faixa entre 50% e 60%. Num gráfico, podemos
representar a influência do ganho de ponto sobre os tons da imagem como uma curva
“embarrigada” para cima.
Uma das conseqüências desse tipo de comportamento, é que o ganho de ponto não apenas
escurece imagens coloridas, mas também pode mudar o tom das cores. Um exemplo: numa
cor laranja, feita com 90% de Amarelo e 60% de Magenta, o ganho de ponto será muito
mais acentuado na segunda cor que na primeira. Com isso, o tom laranja tenderá a
distorcer, ficando mais vermelho quanto maior for o ganho de ponto da impressão.
Outro fator importante, é que o ganho de ponto também varia em função do tipo e da
lineatura de retícula empregada nos fotolitos. Normalmente, quanto mais alta é a lineatura
(deixando os pontos menores e mais próximos), mais acentuado e difícil de controlar se
torna o ganho de ponto. Este é um dos principais problemas que impede o uso mais amplo
das retículas do tipo estocástica ou FM: esse tipo de fotolito gera um ganho de ponto
elevado e de controle muito difícil, exceto em condições muito boas de impressão.
Por fim, o ganho de ponto também sofre influência do tipo de equipamento usado na
impressão. Embora haja exceções, a regra geral diz que quanto mais uma impressora é
otimizada para velocidade, menos ela é otimizada para qualidade. Por isso, máquinas de
alta produtividade (em geral rotativas, que usam papel em bobinas) produzem ganhos de
ponto mais altos que os encontrados nas máquinas mais lentas (normalmente planas, que
usam folhas soltas). A tecnologia de impressão também faz diferença: a flexografia
apresenta um ganho de ponto muito acentuado, enquanto que na rotogravura o fenômeno é
reduzido. O offset normal fica no meio termo, enquanto que o offset sem água (waterless)
apresenta um dos menores ganhos de ponto da indústria gráfica.
Uma infinidade de outros fatores têm influência sobre o crescimento da área dos pontos.
Dentre eles destacamos o tipo de fotolito (chapas eu fôrmas produzidas com filmes
positivos têm ganho de ponto menor que às feitas com filmes negativos, que são
normalmente empregadas em jornais), o processo de gravação das chapas, a viscosidade da
tinta, o equilíbrio água-tinta na impressão offset e a pressão dos rolos e blanquetas nas
máquinas impressoras.
Cor do papel
Um outro tipo de “ganho de ponto”, que não se relaciona com aumento da área dos pontos
da retícula. É um ganho de ponto ótico, causado pela influência da tonalidade do branco do
papel sobre as cores e tons das imagens. É fácil entender que, aplicada sobre um papel
acizentado, uma foto tenderá a ficar mais escura do que se houvesse sido impressa em um
suporte mais alvo.
Novamente aqui os papéis do tipo jornal são os grandes prejudicados. Mas deve-se explicar
que a cor cinzento-amarelada do papel jornal não decorre apenas da baixa qualidade do
produto. Ela é em boa parte intencional, pois ajuda a reduzir o efeito de transparência
(comum em papéis de baixa gramatura) e torna mais confortável a leitura sob condições de
grande luminosidade (como ao sol, por exemplo).
É interessante notar que esse ganho de ponto óptico também causa distorções no tom das
cores. Para compreender o porquê, imagine que o tom do papel jornal é aproximadamente o
mesmo de uma cor feita com 10% de Cyan, 8% de Magenta e 12% de Amarelo. Essa “cor
de fundo” vai somar-se a todas as cores impressas sobre o papel, num processo de
“contaminação”. E a contaminação gera influências estranhas nas cores.
Um verde feito com Ciano 80%, Magenta 4% e Amarelo 100%, por exemplo, passaria a
ser visto como Ciano 90%, Magenta 12% e Amarelo l12%. A influência sobre o amarelo
chapado é quase nula e sobre o Cyan é relativamente pequena. Mas a quantidade de
magenta foi multiplicada por três! Por isso, quando impressas sobre papéis cinzentos as
cores tendem não só a escurecer, mas também a ficar menos brilhantes e pouco saturadas.
O primeiro fenômeno acontece nas chamadas “mínimas”, as regiões mais claras das
imagens, onde se encontram os menores pontos da retícula. Em papéis de superfície muito
áspera e irregular é extremamente difícil fazer com que pequenos pontos de tinta se fixem
no impresso. O resultado é que as áreas mais claras tendem a ficar “carecas” ou “furadas”,
comprometendo a reprodução de detalhes nas altas luzes da imagem. Em papéis revestidos
e com boas condições de impressão, é possível imprimir pontos de 2% a 3% (ou até de 1%,
dependendo da lineatura da retícula). Em papéis inferiores e impressoras rápidas, raramente
é possível imprimir pontos menores que 5% ou 6%. Devido ao tipo de matriz empregada,
essa questão é especialmente crítica na impressão por flexografia.
Compensação do ganho
A combinação desse conjunto de fatores determina o comportamento geral do ganho de
ponto em um determinado impresso. Estudando as variáveis, fazendo testes comparativos e
medindo a área dos pontos com ajuda de um densitômetro é possível prever uma “curva de
ganho” aproximada para cada combinação possível de papel e impressão. Essa curva é a
base para que se aplique, nos arquivos digitais ou nos fotolitos, a chamada “compensação”
ou “contra-correção” do ganho de ponto. Com isso, é possível minimizar seus efeitos
nocivos, mantendo a luminosidade da imagem dentro dos valores corretos e garantindo que
as cores não sofram distorções inaceitáveis.
Basicamente, a compensação de ganho de ponto é feita pelo ajuste dos limites mínimos e
máximos das retículas, pelo clareamento dos meio-tons (onde o ganho é mais acentuado) e
pelo aumento do brilho e da saturação das cores (compensando as contaminações}. As
técnicas não são novidade: os bons operadores de fotolito empregam esse mesmo processo
há décadas. No fotolito convencional, a compensação era feita por processos ópticos e
fotográficos. Nos computadores, podemos fazê-la digitalmente, de forma manual ou
automática.
Assim, a única maneira de obter bons resultados era aplicando manualmente curvas de
correção que deixavam as imagens claras e desbotadas no monitor, torcendo para que no
processo de impressão o escurecimento das tintas trouxesse as cores para níveis mais
corretos. Um trabalho impreciso, baseando nos valores numéricos de cada tinta e na
intuição do produtor.
Hoje, já é possível fazer com que o computador aplique uma compensação automática,
ajustando a maneira como as imagens CMYK são mostradas na tela, desde que as previsões
corretas de ganho de ponto e contaminação das tintas que sejam informadas ao sistema.
Uma das maneiras de fazê-lo é usando perfis ICC e algum dos diversos kits e softwares de
gerenciamento de cores do mercado, uma opção relativamente cara e complicada. Há um
método bem mais fácil, acessível e multiplataforma de fazer isso, ao menos nas fotos e
imagens dos trabalhos. Basta acertar corretamente o CMYK Setup do Photoshop e tomar
alguns cuidados no ajuste manual das imagens.
Trap
A separação de cores através do método CMYK tem algumas características importantes.
Em primeiro lugar, por formar as cores através de tintas (CMYK - síntese subtrativa), a
quantidade de cores formada é muito inferior ao tota1 que pode ser visualizado e composto
através de luzes (RGB - síntese aditiva).
Trap é o artificio utilizado para encaixe de cores na impressão, por meio da sobre-posição
de tintas. É uma pequena área onde duas cores diferentes se encontram e se sobrepõe.
O trap permite que pequenas variações de registro (alinhamento) ocorram sem que a cor do
papel apareça. Já que as cores de impressão são transparentes (offset), o trap irá
corresponder a um contorno onde as cores do objeto e do fundo se sobrepõem, resultando
em um fio de contorno com a somatória das duas cores.
O valor de trap varia de acordo com o sistema de impressão. Obviamente, a espessura deste
"fio" é muito pequena, caso contrário teremos um fio de contorno. Jornais exigem mais trap
que revistas, e serigrafia exige valores maiores que jornais.
8- TINTAS
Este nome indica toda substância aplicada sobre um suporte para
produzir uma imagem da matriz. Estas substâncias passam da matriz ao
suporte sob o qual são fixados, originando o produto impresso.
Guia Pantone
Para a reprodução de cores especiais que requerem tintas misturadas para uma cor
específica, pode-se recorrer ao Guia Pantone. Trata-se de um catálogo, internacionalmente
aceito, cuidadosamente elaborado contendo cores impressas em papel couchê e offset, as
quais são obtidas através de misturas.
Vantagens da utilização do Guia Pantone:
9- PAPEL
O papel constitui uma das principais preocupações do planejador, pois, entre a enorme
variedade de tipos disponíveis, deve escolher o mais “correto” para o trabalho. Esta escolha
torna-se mais fácil quando se conhecem as propriedades e características dos papéis: do que
são feitos e que processos tornam um tipo diferente do outro.
Histórico
A palavra “papel” originou-se do termo grego papyrus, que significa junco. O predecessor
do verdadeiro papel foi desenvolvido pelos egípcios por volta de 300 a.C., que o
produziam entrelaçando juncos, ensopando-os na água e batendo-os até que atingissem a
lisura e a espessura desejadas.
A invenção do papel tal como hoje o conhecemos tem sido atribuída a Tsai-Lun, na China,
no ano 105 da nossa era. A forma chinesa de fabricar papel consistia em misturar cascas de
árvores, trapos e outros materiais fibrosos e batê-los até que formassem uma substância
pastosa. Essa pasta era então diluída em água. Em seguida, mergulhava-se um molde raso e
poroso na solução pastosa. À medida que se retirava o molde a água escoava pelo fundo
tipo peneira, deixando uma camada de fibras. Removido do molde e posta a secar, essa
camada de fibras tornava-se uma folha de papel.
No século VIII a arte de fazer papel passou dos chineses para os árabes, e no século XII dos
árabes para ao espanhóis. Os demais países europeus só conheceram mais tarde: a Itália no
século XIII, a França no começo do século XIV, e a Alemanha no fim do século XIV. A
Inglaterra só começou a fabricar papel em 1495 e a primeira fábrica de papel na América
data de 1690.
A fabricação de papel percorreu um longo caminho desde Tsai-Lun. Embora alguns papéis
ainda sejam produzidos manualmente, a maioria é fabricada em enormes máquinas de
dezenas de metros de comprimento. Estas máquinas produzem uma folha contínua de papel
chamada lençol, ou simplesmente folha.
A matéria prima para a fabricação do papel são fibras vegetais, que podem ser provenientes
da floresta, de culturas de árvores e de papéis velhos. Da madeira extrai-se a fibra por
processos químicos e mistos originando a pasta de celulose, que ao ser espremida promove
a autoaderência das fibras e a formação do papel.
Produção da pasta de celulose: pode-se obter a pasta celulósica pelo método mecânico ou
químico para tratamento da madeira. O método químico produz um papel mais resistente,
brilhante, estável, de melhor qualidade, porém mais caro. Já o método mecânico, mais
utilizado, consiste em umedecer a madeira triturá-la. A seguira madeira é cozida com
sulfato dando origem à pasta de papel, que após ser moída, seguirá para lavagem e
Prensagem e secagem: as máquinas do processo de secagem são planas, onde a maior parte
da água é extraída num cilindro aspirador, enquanto a folha movimenta-se sobre as prensas
de feltro até que a massa passe pelas calandras para o tratamento da superfície.
Gramatura: peso teórico de uma folha considerada como tendo um metro quadrado de
superfície. É expresso em g/m²
Peso: relação da gramatura com o peso da resma. É obtido por multiplicar-se o peso da
resma ou então por dividir a gramatura por 3.
Formatos de papel
Existem vários padrões para definir os formatos de papel. Os mais utilizados são os DIN,
A, B, C e D e o BB – mais utilizado pelas gráficas no
Brasil.
Formato BB
É o formato que corresponde uma folha 66x96 cm. É mais utilizado nas máquinas
impressoras do Brasil.
Quando se determina o formato de um papel deve-se observar o sentido fibra em que este
foi fabricado a fim de se evitar problemas na produção. Papéis de alta gramatura dobrados
no sentido contra fibra, ocasionam o rompimento delas, além de dificultar o acerto do
registro na máquina impressora, pois não há como compensar a dilatação neste sentido.
10- ACABAMENTO
Trata-se da finalização da produção industrial gráfica, onde o impresso receberá sua forma
definitiva. O acabamento é o agrupamento das folhas em forma de cadernos, livros,
revistas, catálogos, etc. A escolha de um acabamento em particular é baseada em uma
variedade de fatores: praticabilidade, durabilidade e, talvez o mais importante, custo. A esta
lista o planejador pode querer adicionar a estética.
.
Aplicação de verniz e plastificação
Tratamento da superfície dos impressos com a finalidade de aumentar seu brilho e/ou
protegê-lo na sua manipulação.
Corte
É realizado em guilhotinas lineares. Alguns modelos dispõe programações eletrônicas que
permite a automatização de cortes repetitivos. Possuem também dispositivos de segurança
que evitam acidentes.
O processo de refile consiste em aparar o papel, colocando-o no formato para a dobradeira
ou então simplesmente refilando para a entrega ao cliente.
Dobra
A folha, depois de impressa, é dobrada. Esta operação é feita normalmente em uma
máquina dobradeira, capaz de fazer dobras simples ou múltiplas. Algumas máquinas, além
de dobrar, podem executar outros serviços, tais como: colagem, picote, vinco e refile.
Montagem
A montagem é o arranjo das páginas em uma folha impressa de tal forma que elas fiquem
na seqüência correta quando as folhas forem dobradas e refiladas. Uma folha completa é
Alceamento
Disposição dos cadernos impressos a fim formarem o volume final
Costura / grampo
Destina-se a unir os caderno com um grampo ou linha.
Impressão SINTIGRAF
Tratamento de Imagem
Antes de mais nada, quero deixar claro que não podemos simplesmente alterar,
tratar ou manipular qualquer foto sem nenhuma base ou conteúdo técnico do que
estamos fazendo. Precisamos entender realmente a função de cada ferramenta e
determinar uma meta, para efetuarmos um trabalho bem feito. Vou explicar aqui
como funciona, inclusive a parte técnica de uma manipulação de cor, mas para
isso é necessário que calibremos os monitores onde efetuaremos a o tratamento
da imagem.
Como muitos não temos grana sobrando para investir em equipamentos e softwares caros para
calibrar o monitor e manter uma relação perfeita entre o que se vê na tela e o que é impresso. Para
colegas como ele que tentam a maior qualidade com o menor custo possível tá ai uma dica que vai
ajudar bastante. Claro que não é o ideal, mas é melhor que nada!!!
Target:
Providenciado a Configuração de cor, é necessário um arquivo de referência, conhecido como
Target. Você vai precisar do arquivo no seu computador e na versão impressa (do seu seu
laboratório de preferência ou até mesmo de sua impressora, isso depende de onde você revela
suas fotos) no papel que você costuma usar.
Importante: Peça ao cara do minilab que não faça nenhum tipo de alteração no arquivo, pois isso
alterará o Target. Com o Print nas mão siga os passos da calibração.
Calibrando o monitor
Coloque o target impresso ao lado do monitor e abra o arquivo Target no Photoshop.
IMPORTANTE: ao abrir, surge a janela Missing Profile (Perfil Ausente). Escolha excepcionalmente
a opção Don't color Manage (Deixar como está (não efeturar o gerenciamento de cores)) - a
primeira das três opções.
O Adobe Gamma atualiza o perfil de cores para que o mesmo possa ser utilizado nos diversos
aplicativos e, dessa forma, calibrar o dispositivo para que sua reprodução de cores seja
consistente.
Para usar o Adobe Gamma:
WINDOWS:
Inicialize o Adobe Gamma que está localizado no folder Painel de Controles ou Control Panel, ou
ainda em Arquivos de Programas/Arquivos Comuns/Adobe/ Calibração no seu disco. Se estiver
usando o sistema em Inglês, o mapeamento é Program Files/Common Files /Adobe/Calibration.
MAC:
Basta abrir o menu Apple/Control Panel/Adobe Gamma
Uma vez o aplicativo aberto...
A primeira decisão a ser tomada será sobre o procedimento de calibração a ser usado no Adobe
Gamma, que pode ser Passo a Passo / Step by Step que é o mais recomendado para as pessoas
que não tenham tanta experiência ou através do Painel de Controles / Control Panel.
Com o procedimento escolhido, basta seguir as instruções descritas pelo aplicativo, que passam
pela escolha do perfil do monitor que fornece ao aplicativo as características de seu monitor, o
ajuste do brilho e contraste que utiliza um gabarito com dois quadradinhos, sendo um preto e outro
próximo ao cinza chumbo. Na parte referente ao tipo de fósforo do monitor, deve ser escolhida a
informação correta; caso não saiba, basta procurar nos manuais, suporte técinico via Internet ou o
serviço de atendimento ao cliente.
A próxima opção determina o comportamento dos meios tons através de um gabarito que deve ser
neutralizado
O ponto branco do hardware deve ser colocado na próxima tela. Caso o valor não tenha sido
fornecido pelo manual do dispositivo, basta clicar em Medir e um teste com instruções vai aparecer
em sua tela; em seguida, em um gabarito com 3 quadrados cinzas, clique sempre no quadrado
mais neutro possível até a confirmação do comando. Com o ponto determinado, basta escolher
qual será agora o ponto branco desejado para trabalhar, geralmente o valor varia de 5000ºk até
6500ºk dependendo do ambiente e material que vai ser simulado. O procedimento está completo,
clique em salvar e seu perfil ICC para a correção do monitor está pronto.
Calibrando o Photoshop
O Photoshop pode ser calibrado praticamente para qualquer tipo de media. Por
exemplo, podemos determinar qual o universo de impressão das cores em um
papel duplex, couchê, offset... cada uma dessas medias possui características de
impressão diferente, um tipo de carga de tinta obtido a partir de um estudo de
densitometria, essa tinta quando aplicada no papel vai resultar uma informação
cromática e também em uma curva de ganho de ponto.
Tudo isso pode facilmente ser obtido a partir de uma prova de cores; em alguns
casos utilizo uma prova chamada gabarito básico de cores.
Existem quatro decisões a serem tomadas nessa parte: uma sobre o espaço de cor RGB referente
ao monitor, onde se utiliza o mesmo perfil anteriormente trabalhado no Adobe Gamma, uma sobre
o CMYK referente ao comportamento das tintas de impressão, uma sobre os tons de
cinza/grayscale referentes às imagens em tons de cinza, por fim, uma sobre cores spot referentes
às cores especiais ou cores Pantones colocadas na impressão.
CMYK
No item para definição do CMYK podemos optar entre diversos ajustes pré-determinados do
Photoshop que simulam escalas como Europa, Swop, Toyo... ou configurar uma escala
personalizada selecionando a opção de CMYK Personalizado / Custom CMYK de acordo com a
prova. É muito importante lembrar que se deve imprimir uma prova para cada tipo de papel, pois é
a partir desta que vamos colocar as informações de cores e ganhos de pontos no Photoshop.
Na tela do Custom CMYK, devemos editar as cores das tintas; para isso, basta selecionar
Personalizar/Custom da opção de Cores das tintas/ Ink Colors, e uma tela será aberta permitindo a
colocação dos valores de cores do cyan, magenta, amarelo, preto, vermelho, verde, azul, mistura
de cyan, magenta e amarelo além do branco e preto.
Após ajustar qual a cor correta do impresso, devemos colocar a curva de ganho de ponto para
cada uma das tintas; essa curva pode ser lida na prova com a ajuda de um densitômetro, existe
um valor para cada tipo de tinta, o mesmo valor da curva do preto deve também ser colocado para
a opção de tons de cinza/grayscale e em alguns casos para as cores spot.
Uma vez definidos esses valores, o Photoshop pode ser considerado calibrado e o trabalho vai ser
manipulado com base em um hardware/monitor e um software/Photoshop calibrados com a
realidade da impressão.
Uma imagem digital é uma coleção de pixels ou pontos, cada pixel contendo um
número que corresponde à cor ou ao brilho de uma porção minúscula da imagem
total. A alteração de uma imagem digital consiste justamente na alteração dos
valores desses pixels, de forma a não deixar transições que tornem a alteração
detectável visualmente.
Cores Parecidas
Para determinar qual dentre duas cores (RGB) é a que mais se parece com uma
terceira, basta calcular a distância entre as cores no espaço RGB.
Tom de Cinza
Uma cor é um tom de cinza sempre que suas componentes R, G e B são iguais
Grau de luminosidade
Grau de luminosidade de uma cor significa quanto o olho humano pode perceber
desta cor. Pode ser calculado por Luminosidade = R*0.3 + G*0.59 + B *0.11.
Determina-se um nível de cinza (Limiar) a partir do qual o ponto deve ser acesso.
Para cada ponto da imagem, se nível de cinza limiar acenderá o ponto. Caso
contrário, apagará.
O limiar pode ser escolhido como a intensidade média do palette da imagem. Gera
uma imagem de baixa qualidade, entretanto é um algortimo rápido
ANTES DEPOIS
É só preciso uma grande dose de paciência, esse trabalho por exemplo durou 16
horas
Lembro que a técnica mostrada aqui não é complicada, porém requer paciência.
Clone Stamp Tool: É capaz de copiar um trecho fiel de uma imagem em uma
camada e aplicá-la em outro lugar.
Clique sobre a ferramenta "Clone Stamp Tool" (S) e segure a tecla "Alt". Nesse
momento, capture uma área sem imperfeições da região em que voce irá tratar e
clique sobre outra área, como mostrado abaixo:
Veja, no círculo vermelho, uma área limpa e ótima para utilizarmos. Já a área com
o círculo roxo é onde iremos colar o trecho copiado. Caso haja interesse, altere a
opacidade (Opacity) da ponta do pincel da "Clone Stamp Tool", alterando na barra
de opções como abaixo.
4º Passo: Repare em áreas que precisamos ter maior atenção, como boca,
bochecha e outro pontos com nuances de cor e texturas que necessitam de
tratamento especial.
Antes Depois
Clique sobre a ferramenta "Brush Tool" (B) e, em seguida, pressione "Q" para
entrar no modo "Quick Mask Mode".
9º Passo: Vamos corrigir alguns tons em nossa foto. Então escolha a opção
"Selective Color..." e altere como abaixo:
10º Passo: Nesse momento, vá em Image > Adjustments > Shadow / Highlights:
Antes Depois
Mas iremos trabalhar inclusive com outras técnicas aqui, e algumas encontradas
na internet, principalmente em fotologs ou sites relacionados. Com esta técnica,
iremos dar um outro aspecto à nossa foto.
11º Passo: Pressione "Ctrl + J" para duplicarmos nossa foto. Feito isso, vá até os
fitros e escolha Filter > Noise > Dust & Scratches. Altere como abaixo:
Fazendo isso, iremos "criar" uma outra pele para nossa modelo, principalmente
trabalhando com todas nuances da foto.
12º Passo: Nesse momento, vá ate o filtro Filter > Blur > Gaussion Blur e deixe
como abaixo:
13º Passo: Agora vá até Filter > Noise > Add Noise:
14º Passo: Clique sobre o botão "Add Layer Mask" para criarmos uma máscara
sobre a camada pele.
16º Passo: Agora, utilizando a "Painted Bucket Tool" (G), preencha nossa
máscara em preto. Repare que nossa imagem retornará ao normal e nossa
máscara ficará totalmente preenchida como abaixo:
17º Passo: Pressione "D" para inverter as cores princiais e configure a ponta do
pincel. Em certos tons e posições da pele em que iremos corrigir com a "nova
pele", precisamos alterar as configurações da ponta de nosso pincel. Para fazer
isso, veja abaixo meu exemplo:
Clique várias vezes sobre a máscara de nossa "nova pele". Dessa forma iremos
deixar um aspecto mais jovem, sem rugas e imperfeições como em revistas. Tome
cuidado com as diagonais da foto e pontos de passagem de luz.
19º Passo: Nesse momento, iremos incluir um filtro em nossa foto. Vá em Layer >
New Adjustment Layer > Photo Filter.
Iremos alterar alguns pontos de nossa foto, como lábios, por exemplo.
20º Passo: Pressione "Shift + Ctrl + N" para criarmos uma nova camada.
21º Passo: Pressione "B" para habilitarmos a ferramenta "Brush Tool". Altere o
tom da ponta do pincel para #860404 e trace como abaixo:
22º Passo: Altere a propriedade da camada "boca" para "soft light" e deixa-a com
67% de opacidade.
23º Passo: Duplique a camada que não possui máscara, pressionando "Ctrl + J":
25º Passo: Agora vá em Layer > Layer Style > Blending Option.
27º Passo: Clique sobre o botão "Create a new fill or adustament layer" e, em
seguida, "Brightness/Contrast".
E finalmente...
Existem vários autores que trazem como tratar fotos em 8 passos, neste caso
adaptamos mais alguns para deixar o tratamento mais completo.
2º Passo: Vá em Image > Adjustments > Levels (Ctrl + L). No caso, coloquei os
valores bem altos, mas isso irá variar muito conforme a foto que você escolher.
3º Passo: Vá em Image > Adjustments > Curves e coloque os valores: Input 118 e
Output 136. Novamente, joguei valores bem altos. A foto ficará bem clara, mas
não se preocupem, no próximo passo iremos saturar a imagem e ela ganhará cor
novamente.
4º Passo: Como disse anteriormente, agora iremos saturar a imagem para que ela
novamente ganhe cores.
Vá em Image > Adjustments > Hue/Saturation (Ctrl + U). Mova apenas a opção
Saturation. No caso, inseri o valor +37, mas novamente isso irá variar conforme a
imagem escolhida.
5º Passo: Vá até Image > Adjustments > Brightness e aumente o contraste de sua
foto. No caso, inseri o valor +8.
6º Passo: Agora vamos deixar os traços mais perceptíveis para que se note
melhor os detalhes de nossa foto. Vá até Filter > Sharpen Unsharp Mask. No
campo Radius, insira o valor 0,4 e Threshod 1. Esses são valores no qual costumo
trabalhar, pois assim não corre o risco de sua imagem ficar estourada e
consequentemente deformada. No primeiro campo Amount , insira um valor de
sua preferência no caso usei 136 pois nesse valor alcancei o maximo de detalhes
sem estourar os pixels da imagem.
8º Passo: Agora, para dar maior realidade à foto, selecione a opção Smudge Tool.
Com o mouse, clique e arraste as áreas na qual você fez o tratamento das
espinhas. Isso fará com que ele embace um pouco e torne mais real ainda sua
foto.
Sua foto deverá ficar assim. Repare a diferença. Não se nota a diferenças de cor
de ter copiado as áreas da foto.
10º Passo: Agora, com o layer que foi duplicado selecionado, iremos criar um
Path do seus dentes. Vá até a opção Paths, conforme mostro abaixo e crie um
Path assim como a área selecionada logo abaixo.
11º Passo: Com a tecla Ctrl pressionada, clique sobre a opção Path 1. Repare
que a área da imagem fica selecionada como se fossemos recortá-la.
13 Passo: Vá em Image > Adjustments > Levels (Ctrl + L); No caso, deixei bem
branco para que se note a diferença.