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1 INTRODUÇÃO
Tabela – Toxinas produzidas pelos diferentes tipos de Clostridium perfringens (VARNAN &
EVANS, 1992)
TIPO TOXINA
ALPHA BETA EPSILON IOTA
A + - - -
B + + + -
C + + - -
D + - + -
E + - - +
VARNAN & EVANS (1992)
Essas toxinas são distintas e não podem ser confundidas com a enterotoxina,
determinante de intoxicações de origem alimentar, produzida por cepas do Clostridium
perfringens tipo A (e algumas cepas dos tipos C e D). Assim, de todos os tipos, os
determinantes de gastroenterite são o A (mais importante) e algumas cepas C e D (VARNAN
& EVANS, 1991).
3 ORIGEM DO AGENTE
O Clostridium Tipo A é comum no intestino do homem e, segundo BRANT e cols.
(1978), 80 a 100% da população humana saudável o elimina pelas fezes. Pode ser
encontrado ainda na microbiota oral, vaginal e na urina.
O Clostridium também pode ser encontrado no intestino de animais de sangue quente,
no solo e poeira, particularmente o Tipo A. Os Tipos B, C, D e E parecem ser parasitas
obrigatórios, sendo usualmente isolados em animais e ocasionalmente no homem.
Em água o C. perfringens pode ser usado como indicador de contaminação fecal.
Temperatura:
- ótima = 45oC - 47oC (tempo de geração de 10 a 12 minutos)
- entre 15 e 20oC cresce lentamente
- < 10oC e > 60oC não se desenvolve
pH: crescem somente entre 5,0 e 9,0.
aw: crescem em até 0,95
Potencial de oxi-redução: são relativamente tolerantes ao O2, conseguindo se
desenvolver em potencial de até + 350 mV. O Eh normalmente cai após o cozimento, o
que permite a sua multiplicação em alimentos cozidos.
Ingredientes de cura: NaCl e NaNO2 nas concentrações usualmente utilizadas nos
alimentos processados inibe o desenvolvimento.
5 ALIMENTOS ASSOCIADOS
carne e produtos cárneos: surtos típicos foram aqueles em que grandes pedaços de carne
foram cozidos e depois não refrigerados adequadamente. No caso há morte das células
vegetativas mas os esporos, dado à termoresistência, germinam, determinando novo
aumento no número de células. GENIGEORGIS (1986), reporta que 70% dos casos
ocorridos nos EUA envolveram produtos cárneos. Dados mais atuais confirmam as
observações do autor (CDC, 1998)
leite e derivados: raramente estão envolvidos. Foi descrito um surto na Inglaterra,
envolvendo 6 pessoas e o consumo de queijo.
peixe e subprodutos: pode ocorrer em peixes principalmente por contaminação no
processamento. Dois surtos foram descritos na Inglaterra, envolvendo 800 pessoas e o
consumo de maionese com salmão.
outros alimentos, principalmente em molho e em grandes quantidades - favorece a
anaerobiose.
6 SINTOMAS DA INTOXICAÇÃO
8 MEDIDAS PREVENTIVAS
9 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA