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Enfrentar as incertezas

A maneira de ser e agir do ser humano se distingue pelo movimento, pela constante
construção e criação de idéias e conceitos constituintes do reconhecimento de
sua essência e particularidade, enquanto titulares desta condição. As formas de
pensar e elaborar teorias que conduzam às respectivas práticas, no ob etivo
deorientar o seu rumo e atividades, são constantemente renovadas, gerando descobertas
e incertezas.!ara "orin #$eria preciso ensinar principios de estratégias que
permitiriam enfrentar os imprevistos, oi n e s p e r a d o e a i n c e r t e z a & . . . ' (
preciso aprender a navegar em um oceano de incertezas em meio
a arquipélagos de
certeza.) *este saber, o autor nos situa diante da imprevisibilidade, das incertezas que no
s cercam e daimpossibilidade, portanto, de certezas sobre os acontecimentos.
+essa forma é papel fundamental daeducação, preparar as mentes para o
inesperado e seu enfrentamento, para isso devemos evitar mostrar parao aluno idéias
fechadas e prontas, pois corremos o risco do imprevisto do erro. !recisamos nos preparar
e principalmente preparar o aluno para as incertezas do futuro e isso inclui nos munirmo
s de coragemnecessária para mostrar as diferentes vers es do mesmo problema, pois
conhecimento é uma interpretaçãoda realidade que nem sempre é fiel a ela."orin chama
atenção para o fato que no final do século -- que, a visão do universo obediente a uma
ordemimpecável, é preciso substituir a visão na qual este universo é o ogo
e o risco da dial gica &relação aomesmo tempo antag/nica, concorrente e
complementar' entre a ordem, a desordem e a organização. 0omoestamos conduzindo
a educação em nossas escolas1 0omo estamos avaliando nossos estudantes,
futuroscomandantes e profissionais da nação1 +evemos conduzir nossos
trabalhos enquanto profissionais daeducação para lidar com as incertezas, e a
tomada de uma nova consciência2 o homem está confrontado detodos os lados com as
incertezas. !or isso a educação do futuro deve se voltar para as incertezas ligadas
aoconhecimento."orin cita alguns itens que ustitificam estas incertezas23 #4m
princ%pio de incerteza cérebro5mental, que decorre do processo de
tradução6reconstrução pr pria doconhecimento.3 4m princ%pio de incerteza
l gica2 como dizia !ascal muito claramente. #*em a contradição é sinal
defalsidade, nem a não5contradição é sinal de verdade).3 4m princ%pio da
incerteza racional, á que a racionalidade, se não mantém autocr%tica
vigilante, cai naracionalização.3 4m princ%pio de incerteza psicol gica2
e7iste a impossibilidade de ser totalmente consciente do que se passa na
maquinaria de nossa mente, que conserva sempre algo de fundamentalmente
inconsciente.!ortanto, a realidade não é facilmente leg%vel. As idéias e teorias não
refletem, mas traduzem a realidade,que podem traduzir de maneira err/nea. *ossa
realidade. 8sto nos mostra que é preciso saber interpretar ar e a l i d a d e a n t e s d e
reconhecer onde está o realismo. 9alvez não este amos preparados
p a r a l i d a r c o m quest es filos ficas e psicol gicas do conhecimento, mas
na atualidade temos um n:mero grande derecursos tecnol gicos que podem e
devem ser usados fornecendo o suporte necessário ao trabalho trazendo atona o
verdadeiro sentido para enfrentar as incertezas.

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para posar como pessoa “bem informada” e, deste modo, poderfingir ser uma
pessoa dita “crítica”.Putz grila! Toda vez que ouço alguém usar essapalavra,
que não cenário atual não passa de uma expressãonão significativa (um
topus), já procuro pegar um rolo depapel higiênico, porque coisa que preste não
vem. É naturalque isso ocorra devido ao fato de o elemento movente destesindivíduos
pelo conhecimento ser a massagem de seu ego comsua impávida vaidade.Isso mesmo.
Esses indivíduos são adestrados aestudar não para compreender a estrutura da
realidade, massim, para posar de bom moço e assim poder ser identificadocomo
membro de um grupo de pessoas que se auto-afirmam comosendo “as pessoas boas”,
não porque ele estivesse realmenteinteressado em aprender algo. Ou seja: quando um
indivíduodesses pronuncia algo, não o faz com a preocupação de estardescrevendo um
fenômeno, objeto ou situação da maneira maisclara e lúcida possível, mas sim,
unicamente pelo efeitoemotivo que suas palavras terão frente ao público ouvinte ese
os seus pares irão gostar do que está sendo dito. Quantoà realidade, que essa se dane.
Azar o dela se ela contrariaos sentimentos do palpiteiro e dos seus semelhantes.Agora
vão me dizer que não é assim? Não estoui n d a g a n d o s o b r e o q u e v o c ê
acha ou se você concorda ou
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e-mail: opontoarquimedico@yahoo.com.br

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d i s c o r d a s o b r e o q u e f o r a d i t o n a s l i n h a s a n t e r i o r e s . Pergunto
sim se as palavras apresentadas acima descrevem
oun ã o u m f a t o p e r c e p t í v e l e m n o s s a s o c i e d a d e , e m n o s s
o sistema educacional e, principalmente, em nossas atitudesfrente ao
conhecimento.Reconhecer tal impostura nos outros é a coisamais fácil do mundo
meu caro. Mas unicamente isso, percebero m a l p r e s e n t e e m n o s s o e x t e r i o r ,
não passa de um parvof i n g i m e n t o d e p s e u d o -
s u p e r i o r i d a d e . I s s o m e s m o . E é justamente assim que se
fundamenta todo o nosso
processod i t o e d u c a t i v o . P r i m e i r a m e n t e o n e ó f i t o é i n s t i g a d o a
imaginar que todos e tudo o mais está errado e é
injusto,m e n o s e l e e a q u e l e s q u e u s a m a s m e
s m a s p a l a v r a s politicamente corretas que são aceitas como mais
dignas ejustas simplesmente por usarem os mesmos jargões. Agindoassim,
gradativamente, o elemento tem o seu desejo
naturalp e l o c o n h e c i m e n t o m i n a d o p e l a s u a v a i d a d e q u e f o i s e n d o basta
nte massageada por esse condicionamento.Conseqüentemente, é mais do que
obvio que
nósn ã o t e m o s a f o r m a ç ã o d e u m i n d i v í d u o a u t ô n o m o m o r a l e i
ntelectualmente,
mas sim, um perfeito idiota facilmentem a n i p u l á v e l p o r t e r t i d o o s e u i n t
e l e c t o d i s c i p l i n a d o a aceitar e reproduzir apenas aquilo que o seu grupo
afirma
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como sendo aceitável, que o seu grupo diga ser “bonito” eque ele dissimule
acreditar ser.Platão a mais de dois milênios ensinava a seusalunos que
uma Verdade aprendida deve ser, necessariamente,uma Verdade obedecida, pois, a
Verdade, não se faz revelarem uma palavra politicamente correta e muito
menos em umafrase bonitinha, mas sim e unicamente, através da realidadeque se
apresenta para as janelas de nossa alma. E é isso
oq u e r e a l m e n t e i m p o r t a . O r e s t o é t r o l o l ó p a r a a s a l m a s tolas se
entreterem.A p r o c u r a p e l a V e r d a d e , e s s e é o n o r t e d a v a
c a ç ã o h u m a n a p a r a o c o n h e c e r . S e f o r d e s d e n h a d o , n o s reduz a
uma reles marionete daqueles elementos que afirmamque tudo é relativo, menos o que
eles proclamam; que todossão injustos, principalmente aqueles que discordam
deles.Num cenário assim, como é possível preservar e cultivar
ai n t e l i g ê n c i a h u m a n a ? É p r a t i c a m e n t e n u l a . E n t r e t a n t o , a conversa
fiada se fará bem longa e (f)útil, como tudo
maisq u e s e j a m o v i d o a p e n a s p e l a n o s s a p r e o c u p a ç ã o c o
m asaparências. Ou então, pare de fingir e ao menos s
e j a realista consigo mesmo.E é só.

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