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Gordon B. Hinckley
do C onselho dos Doze publicação mensal da Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias editada pelo
Centro Editorial Brasileiro
R. São Tomé, 520 - V. Olímpia
CP 19079, São Paulo, SP
Tel. 80-9675
Editor
Senhor nos tem aconselhado e dado m andam entos sôbre tantas coisas, que Hélio da Rocha Camargo
0 nenhum m em bro da sua Igreja precisa jam a is equivocar-se. Êle esta bele
ceu normas no toca nte à nossa v irtu d e , benevolência, obediência à lei,
lealdade ao govêrno c o n s titu íd o , observância do dia do Sábado, sobriedade
e abstinência de álcool e fum o, pagamento do dízim o e o fe rta s, cuidado dos pobres,
c u ltiv o do lar e da fa m ília , prom oção do Evangelho, para m encionar som ente uns
poucos.
Redator
Aldo Francesconl
Estaca São Paulo
R. Iguatemí, 1980, São Paulo, SP
Estaca São Paulo Leste
R. Ibituruna, 82, São Pauio, SP
A cérca de todos êles, é pe rfe ita m e n te dispensável qualquer argum entação ou
Correspondente
contenda. Se prosseguirm os firm e m e n te no rumo da aplicação da nossa re lig ião Estevam Giagnório
em nossas vidas, favorecerem os sua causa mais e fe tivam e nte do que por qualquer
Estaca São Paulo Sul
outro meio.
R. Catequese, 432, Santo André, SP
Poderá haver os que ten tarã o afastar-nos, quem nos queira enganar. Poderemos
Correspondente
ser menoscabados e desacreditados. Poderemos s o fre r invectiva s e m esm o ser r i
Armando Jekabson
dicularizados perante o mundo.
Existe quem, tan to de ntro com o fora da Igreja, procura com pelir-nos a mudar Missão Brasil Central
nossa posição em c e rto s assuntos, com o se fôra nossa p rerro gativa usurpar uma R. Henrique Monteiro, 215
CP 20.809, São Paulo, SP
autoridade que pertence som ente a Deus.
Tel. 80-4638
Não desejam os a lte rc a r com quem quer que seja. Pregamos o Evangelho da paz,
Correspondente
mas não podemos ignorar a palavra do Senhor, segundo nos fo i dada a conhecer
Bruce G. Howard
através de homens que apoiamos com o profeta s. É preciso que nos mantenham os
firm e s e digam os como Barbara Tuchman, h isto riado ra galardeada com o Prêm io Missão Brasil Sul
R. Dr. Flôres, 105, 14.°
P ulitzer: “ Is to é o que eu cre io . Is to fa re i e aquilo não. Êste é o meu código de
CP 1513, Pôrto Alegre, RS
conduta, e aquilo está fo ra dê le " ( “ The M issin g Elem ent — M oral C ourage",
Tel 24-9748
McCalTs, junho de 1967, p. 28)
Correspondente
Wilma Bing Torgan
Nêste número Missão Brasil Norte
R. Stefan Zweig, 158, Laranjeiras
CP 2502, ZC-00, Rio de Janeiro, GB
Mensagem de Inspiração. Gordon B. Hinckley 2 Tel. 225-1839
Guardareis os Meus Mandamentos. Pres. Joseph Fielding Smith 3 Correspondente
BATISMO — Por que aos Oito Anos. C. N. Ottosen 5 Charles K. Gunn
N
tados pela redação. Não obstante, serão bem-vindas
êle deixou Nazaré (cêrca de 25 km a oeste da fo z do Jordão), de onde, tôdas as colaborações para apreciação da redação e da
descendo ao vale dêsse rio, te ria ido uns 112 km para o sul até “ Betâniá. equipe internacional do “ The Unified Magazine". Cola
da outra banda do Jordão, onde João estava batizando" (João 1:28), loca borações expontâneas e matéria oriunda dos correspon
lidade situada 6 km ao norte da entrada do Jordão, no M ar M o rto . A li, nas águas dentes estarão sujeitas a adaptações editoriais.
turvas e lentas do Jordão, Jesus fo i batizado. “ E, sendo Jesus batizado, saiu logo da Subscrições: Tôda a correspondência sôbre assinaturas
água, e e is que se lhe abriram os céus, e v iu o E s p írito de Deus descendo com o deverá ser endereçada ao Departamento de Assinatu
pomba e vindo sôbre êle. E e is que uma voz dos céus dizia: Êste é o meu Filho ama ras, Caixa Postal 19079, São Paulo, SP. Preço da assi
do, em quem me com prazo .” (M ateu s 3:16-17) A capa dêste mês reproduz um qua natura anual para o Brasil: CrS 10,00: para o exterior,
simples: USS 3,00; aérea: USS 7,00. Preço do exemplar
dro ilu s tra tiv o dessa cena ba tism al. A p intura é de au toria de H arry A nderson, sendo
avulso em nossa agência: CrS 1,00; exemplar atrasado:
que reproduções da cena são utilizad as pela Igreja para pregar o Evangelho nos
CrS 1,20. As mudanças de enderêço devem ser comunica
centros de v is ita n te s . Na pág. 5, os le ito re s encontrarão o artigo Batismo — Por que das indicando-se o antigo e o nôvo enderêço, devendo-se
aos oito anos? a êle relacionado. aguardar até oito semanas para o processamento postal.
Guardareis os
Meus
Mandamentos
Presidente Joseph Fielding Smith
Janeiro de 1971 3
“Que vos ameis uns aos outros...”
João 13:34
verdade e nosso mútuo amor. Se Igreja, o Senhor disse que nela es Abraão, e a igreja e o reino e os elei
realmente amamos a Jesus, guarda tabelecera “ um convênio nôvo e tos de Deus.
remos seus mandamentos. eterno, o mesmo que existiu desde
o p rincípio." (D&C 22:1) Estas são “ E também todos os que recebem
Se houver quem o ofende ou deixa palavras m uito significativas. Era um êste Sacerdócio, a mim me recebem,
de guardar seus mandamentos, isto nôvo e eterno convênio, não obstan diz o Senhor;
evidência que não ama ao Senhor. É te te r existido sempre, desde o iní
preciso obedecer-lhe. Através de cio. E assim também o nôvo manda “ Pois aquêle que recebe os meus
nossas obras, demonstramos que servos, a mim me recebe;
mento de nos amarmos uns aos ou
amamos ao Senhor nosso Deus de tros sempre existiu. A verdade não
“ E aquêle que me recebe a mim,
todo o coração, poder, mente e fo r envelhece. O princípio do amor é
recebe o meu Pai.
ça; em nome de Jesus C risto o ser idêntico hoje como ontem, e será o
vim os, e amamos a nosso próximo mesmo amanhã. Se eu não estiver “ E aquêle que recebe o meu Pai,
como a nós mesmos. (Veja D&C em harmonia com êste princípio que recebe o reino de meu Pai; portan
59:5-6) Esta é a palavra do Senhor, é um princípio da verdade eterna, to, tudo que meu Pai possui ser-lhe-á
segundo foi revelada nestes tempos então estarei sob condenação diante dado.
modernos para a orientação de Is do Senhor e não tenho nenhuma as
rael. Devemos te r em nossos cora sociação com êle. “ E isto é de acôrdo com o jura
ções um sentim ento de amor por to mento e convênio que pertence ao
dos os nossos semelhantes. Se se Jesus disse: “ Se alguém me ama, Sacerdócio." (D&C 84:33-39)
guirmos os mandamentos do Senhor, guardará a minha palavra, e meu Pai
não é possível que sintam os ódio o amará, e virem os para êle, e fare Se guardarmos os mandamentos
por nosso próximo, seja êle da Igre mos nêle morada.” (João 14:23) Se do Senhor, deleitar-nos-emos com a
ja ou não. Que d ireito terem os de rá que entendemos plenamente o presença tanto do Pai como do Filho,
questionar ou achar falta ou pro que isto significa? A sublime pro e receberemos o reino do Pai e sere
curar destruir o proveito de nosso messa fe ita aos membros desta Igre mos herdeiros de Deus — co-herdei-
irmão, seja êle quem fôr? Não so ja, que estão dispostos a acatar a ros com nosso Irmão maior. (Veja
mos meros amigos ou cidadãos de lei e guardar os mandamentos do Rom. 8:17) Ó, quão maravilhosas,
uma comunidade, estado ou nação, Senhor, é que não somente terão um quão sublimes são as bênçãos do
mas, sim, irmãos e irmãs. lugar no reino de Deus, mas tam Senhor prometidas aos santos dos
bém a presença do Pai e do Filho; últim os dias e a todos os que se dis
“ Um nôvo mandamento vos dou: e não é só isso, pois o Senhor pro põem a passar pelas águas do batis
Que vos ameis uns aos outros: como meteu que tudo o que êle possui, mo, serem fie is à lei e guardarem os
eu vos amei. A vós, que também vós ser-lhes-á dado. Esta verdade é cla mandamentos do Senhor!
uns aos outros vos am eis." (João ramente exposta na seção 84 de Dou
13:34) “ Um nôvo mandamento" — trina e Convênios: Amemos ao Senhor, pois isto é o
não obstante, à semelhança de tan fundamento de tôdas as coisas. É o
tos outros mandamentos, é tão ve “ Pois aquêles que forem fié is até prim eiro mandamento. O segundo,
lho como a eternidade. Nunca houve a obtenção dêstes dois Sacerdócios semelhante a êle, é amar ao próximo
época em que não existisse êsse dos quais falei, e magnificam os como a si mesmo (Veja Mateus
mandamento e não fôsse essencial seus chamados, são santificados pe 22:37-39); e se assim fizerm os, te re
para a salvação e, no entanto, é sem lo Espírito para a renovação de seus mos cumprido a lei, pois nada mais
pre nôvo. Nunca se torna ultrapassa corpos. restará a ser fe ito. Deus nos aben
do, porque é a verdade. çoe, meus irmãos e irmãs. Permane
“ Êles se tornam os filh o s de M oi çamos firm em ente unidos no serviço
Pouco após a organização da sés e de Aarão e a semente de do Senhor.
4 A LIAHONA
BATISMO -
Por que aos Oito Anos?
C. N. Ottosen
C
risto tornou claro a Nicode- se a rre p e n d e r;... E aquêle que dis ju s tiç a ", assim como todos os de
mos que “ aquêle que não ser que as criancinhas necessitam mais homens.
nascer da água e do Espí de batismo, nega as m isericórdias de
rito, não pode entrar no reino de C risto, despreza a sua expiação e o As igrejas que praticam o batismo
Deus", acrescentando ainda para poder de sua redenção." (M oroni infantil e procuram defender sua po
maior clareza: “ Não te maravilhes 8:19-20) Segue-se naturalmente que sição, descobrem que lhes é impos
de te r dito: Necessário vos é nascer essa afirmação de Mórmon e passa sível justificá -lo pelas Escrituras ou
de nôvo." (João 3:5,7) O arrependi gens sim ilares das Escrituras são de outra forma. Os pontos de vista
mento e o batismo são requisitos aplicáveis somente até que a criança dos clérigos variam; Santo Agosti
necessários para ingressar na Igreja chegue ao ponto de ser capaz de ar- nho afirm ou ser o inferno o destino
de Jesus C risto. São a porta pela repender-se, de d istin g u ir entre o de tôdas as crianças não batizadas,
qual todos têm de passar, a fim de certo e o errado, começando a ser mas também escreveu à guisa de
obterem remissão de seus pecados, responsável por seus próprios atos. escusa: “ Estou, creiam-me, assedia-
para tornarem-se dignos de receber Depois de te r atingido tal ponto, dtí por não pequenas dificuldades e
o Espírito Santo e virem a ser mem também ela precisa “ nascer da água bastante confuso quanto ao que res
bros do reino de Deus. (Veja Atos e do E spírito” , para poder entrar no ponder.” Vincent W ilkin, capelão ca
2:38, Néfi 31:17) reino de Deus e filiar-se à Igreja de tó lic o da Universidade de Liverpool,
C risto. Inglaterra, condescendia teorizando
Êste mandado se aplica a todos os que as crianças não batizadas iriam
homens, pois, segundo C risto a fir O fato de o batism o te r sido de para o céu, porém não antes do fim
mou a João por ocasião de seu batis clarado por C risto como obrigatório do mundo, quando da vinda de C ris
mo: “ Deixa por agora, porque assim para todos os homens não entra em to, ocasião em que o pecado original,
nos convém cum prir tôda a justiça " co nflito com a declaração de M ór bem como a morte, serão abolidos.
(Mateus 3:15) A única exceção são mon sôbre a desnecessidade do ba As crianças, então, poderiam entrar
tism o de crianças. É óbvio que, du no céu, porque seu único pecado era
as .crianças. “ Deixai os meninos, e
rante a prim eira infância, o arrepen o original.
não os estorveis de v ir a mim; por
que dos tais é o reino dos céus,” dim ento seria coisa im possível; po
rém, a certa altura do desenvolvi A revelação moderna veio esclare
disse C risto. (Mateus 19:14) Depois,
mento posterior, torna-se viável. cer o assunto e te s tific a r o fato de
colocou as mãos sôbre êles e os
Qualquer coisa contrária seria repul qúe as crianças abaixo da idade do
abençoou. O profeta Mórmon decla
siva a um bondoso e sábio Pai Celes discernim ento e responsabilidade
rou que “ as criancinhas não podem
tia l. É de se esperar que venha uma não serão impedidas de entrar no
época na vida de uma personalidade reino de Deus, estando isentas da
em desenvolvim ento, em que ela submissão à ordenança do batismo
C. N. Ottosen, líd er do grupo de sumo-
possa ser convocada para responder até chegarem à idade responsável.
sacerdotes da 2.* Ala de Wasatch, em Salt
Lake C ity, é comissário de seguros do Es pelos seus atos, arrepender-se dos O Senhor instruiu a Igreja através
tado de Utah. erros cometidos e “ cum prir tôda a do Profeta Joseph Smith que “ nin
Janeiro de 1971 5
guém pode ser recebido na Igreja Como é a criança de oito anos? nas coisas até resolvê-las. Deseja
de C risto a não ser que tenha alcan Os doutores Arnold Gesell e Fran ser boa e tem agora consciência das
çado a idade de responsabilidade cês L. ilg, da clínica de desenvolvi duas fôrças opostas do bem e do
diante de Deus, e seja capaz de se mento infantil da Faculdade de Me mal. É mais responsável por seus
arrepender," (D&C 20:71), e, mais dicina da Universidade de Yale, rea atos, dispondo-se a assumir as con
especificam ente, que . . . “ quando al lizaram estudos e pesquisas durante seqüências. Demonstra mais apêgo
cançarem os seus filho s os oito anos anos, analisando os processos de de à verdade e um ativo interêsse pela
de idade, deverão ser batizados para senvolvim ento, crescim ento e racio religião e a Bíblia. Mostra maior ini
a remissão de seus pecados, e rece cínio infantil, chegando às seguintes ciativa em enfrentar seu meio am
berão a imposição das m ãos” (D&C conclusões: biente.
68:27). E cabe aos pais providenciar
que a criança compreenda o s ig n ifi Aos o ito anos, a criança é mais O Dr. Benjamin S. Bloom, em sua
cado do arrependimento, seja ensi “ pessoa" segundo o padrão adulto. obra Stability and Change in Human
nada a te r fé em C risto o Filho de Uma de suas tendências dominantes Characteristics, afirm a mesmo que,
Deus, e preparada para essa or é avaliar e aquilatar o que lhe acon antes dos quatro anos, a criança atin
denança naquela idade, para que o tece e qual a causa que o provoca. ge metade de sua inteligência; aos
pecado não caia sôbre a cabeça dê- oito, ela atingiu mais trinta por cen
les. (Veja D&C 68: 25) Conseguiu destacar-se bastante to, ou seja, oitenta por cento de sua
do domínio paterno e dos professo inteligência total.
res. Ela e seus colegas de escola
Até que ponto será ou não arbitrá
suprem a própria disciplina e contro W illiam Johnz, d iretor da Escola
rio determ inar oito anos como a ida
lam suas atividades através de mú Elementar para Excepcionais de Ber-
de responsável? Como a idade em que
tua crítica e atribuição de respon kely, C alifórnia, tem sido citado por
dêles se pode esperar discernim en
sabilidades. sua declaração: “ A m elhor idade na
to e crité rio , de modo a poder exigir-
vida de uma pessoa para explorar as
lhes arrependimento e batismo? Ha
Sente-se envergonhada com mui ciência abstratas e a matemática, é
verá qualquer fundamento de fato,
to mais freqüência; experimenta uma cêrca dos oito aos onze anos."
experiência ou lógica que garanta a
crescente aversão à falsidade. A dm i
determinação dos oito anos como a
te suas culpas, e suas ações reve Em 1938, houve apelação numa
idade de responsabilidade? Serão ca
lam respeito aos padrões e retidão ação judicial à Suprema Côrte de Mi-
pazes de saber a diferença entre o
morai. Está aprendendo a perder e
certo e o errado? Serão capazes de
aceita inibições e lim ite s estabeleci
arrependerem-se e assumirem as
dos pelos companheiros de idade.
responsabilidades da nova vida, opor
tunidades e obrigações decorrentes Já não está mais na prim eira in
do batismo e recebim ento do Espíri fância. Aos cinco, seis e sete anos,
to Santo? ela entrou em contato com facêtas
de áreas crescentes do mundo hu
Será interessante notar que em mano, percebendo apenas lampejos
certas áreas de estudo e atividades, e adaptando-se aos poucos; mas aos
as crianças aos oito anos são de mo oito, começa a tira r conclusões e
do geral, consideradas como tehdo efetuar distinções, e seu universo
alcançado a idade de responsabilida tornou-se menos desconexo. Ela vê
de, iniciando o período de desenvol a si própria como uma pessoa entre
vim ento no qual são capazes de exer pessoas — como um membro da so
cer discernim ento, crité rio e auto- ciedade. Tem interêsse em avaliar
disciplina, a compreender o perigo e seu próprio desempenho e seu rela
a conhecer a diferença entre o bem cionamento com os outros, e quer
e o mal. Segundo pesquisas realiza a tingir o padrão estabelecido par£
das no campo da psicologia infantil, ela.
os traços de maturidade da criança
de oito anos respondem a essas A criança de oito anos já tem
questões vigorosa e afirm ativam ente mais capacidade de d irig ir seus pen
e corroboram as conclusões acima. samentos, de decidir-se, de cogitar
6 A LIAH O N A
chigan, acêrca de um caso que en mais notável nas conclusões a que pelos cientistas e psicólogos infan
volvia a questão da responsabilida chegaram tais pesquisas é o fato de tis. Essas côrtes têm sido com peli
de infantil em tôrno dos sete anos que a idade dos sete anos traça uma das a entrar no m érito da questão e
e a capacidade normal de crianças linha de transição no desenvolvim en examinar o problema, a fim de de
dessa idade de reagirem perante o to mental da criança. Na copiosa e term inarem se a criança envolvida
perigo e de compreenderem o grau rica literatura devotada ao assunto, tem suficiente juízo e discernimen
de cuidado, discernim ento e crité rio surge repetidam ente a ênfase dada to, para ser considerada responsável
necessários, para evitar ferim entos a essa idade como ponto inicial do e capaz de conduta negligente.
em tráfego autom obilístico. Em seu pensamento e da razão, o comêço do
arrazoado, o juiz referiu-se às con intercâm bio de idéias, o princípio de A preocupação dos tribunais seria
clusões de m uitos cientistas e outros conceitos de justiça. As autoridades sim plesm ente: em que idade, ou em
observadores no campo do cuidado, no assunto afirm am que essa idade que ponto do desenvolvim ento e
educação e psicologia infantil, e de assinala a passagem do período da crescim ento da criança, pode-se
pois declarou: fala e pensamento auto-centraliza- afirm ar que tenha atingido capacida
dos, para o de entendimento verbal, de suficiente para ser considerada
“ O que existe quanto a fatos reais, pensamento e cooperação sociais. responsável por seu atos? Quando
ciência ou pesquisa, para ju s tific a r Em suma, a idade de sete anos po tem ela suficiente juízo e experiên
um tratam ento diferente entre as de ser considerada como o lim iar sô cia, para d istin gu ir o certo do erra
crianças abaixo de sete anos e as bre o qual o ser humano passa, da do? O que é conduta negligente, em
que já ultrapassaram essa idade? esfera da imaginação e sonho, para se tratando de responsabilidade le
Não é possível deixar de sentir-se o mundo da realidade e fa to s .” gal por tal conduta, e é preciso que
impressionado com o fato de que haja prejuízo alheio ou contribuir
essas conclusões no tocante ao Nos tribunais federais e estaduais para o seu próprio?
“ sta tu s” especial da criança dessa dos Estados Unidos da Am érica, as
idade, cristalizadas há centenas de opiniões e decisões judiciais de m ui Um adulto é negligente, ou negli
anos, têm sido confirmadas pelos tos magistrados quanto às caracte gente co-responsável, quando deixa
atuais observadores e cientistas no rísticas de maturidade da criança de de respeitar a lei ou de reagir como
campo especializado do cuidado, sete e oito anos, são umâ “pessoa razoável e prudente” o
educação e psicologia in fa n til... O te idênticas às conclusões em idênticas circunstâncias.
Janeiro de 1971 7
Mas os tribunais não encontraram anos é considerada a “ linha de tran Quanto à criança de oito anos ou
uma regra precisa que estabeleça sição no desenvolvim ento m ental" mais, novamente encontramos as
tal padrão de cuidados para crianças da criança. Esta “ idade cruciante de inevitáveis variações humanas, mas
pequenas, mostrando-se relutantes responsabilidade" descobriu-se ser é interessante notar a considerável
em adotar uma norma objetiva dêsse a mesma nos campos da psicologia, consistência na maioria dos casos.
tipo para êlas. O problema de dis lei crim inal, tradições e educação in A despeito dessas variações resul
cernim ento, experiência, entendi fa n til. Todos os tribunais reconhe tantes das diferenças de opiniões
mento e distinção entre conduta cer cem que, durante os prim eiros anos humanas, a consistência da maior
ta e errada é por demais variável da infância, até cinco a seis inclusi parte das decisões judiciais em se
nos prim eiros anos de vida e, por ve, a criança não possui suficiente tratando da responsabilidade da con
isso, os tribunais consideram que discernim ento para ser acusada de duta infantil, ju s tific a as seguintes
nenhum corpo de jurados adultos po negligência ou cum plicidade neste conclusões gerais: (a) abaixo dos
derá julg ar o que a mente de crian ponto, sendo considerada incapaz. sete anos, a criança é considerada
ças “ razoáveis e prudentes" fariam Certa côrte se expressou da seguin incapaz de julgam ento e discerni
em determinadas circunstâncias. Co te maneira: mento, não sendo responsável por
mo resultado, foram estabelecidas atos negligentes; (b) aos sete anos,
duas leis aceitáveis. A chamada lei “ Seguimos a norma adotada por a maioria dos tribunais ainda a con
de Illino is estabelece arbitràriam en- numerosas autoridades merecedoras sidera incapaz e irresponsável, con
te que qualquer criança até a idade do m aior respeito, de que a criança quanto m uitas côrtes considerem es
de sete anos deve ser encarada co abaixo dos sete anos é incapaz de sa regra refutável, exigindo seja
mo totalm ente incapaz, sendo esta negligência co-responsável” . provada, em cada caso, a capacida
seguida pela maioria dos demais es de, julgamento, educação, anteceden
tados. A segunda, conhecida como tes e discernim ento individual da
A discussão de qualquer tópico le
lei de M assachusetts, reza que exis criança, deixando que o tribunal ou
gal seria d ificilm e n te completa sem
te uma contestável conjetura de in o júri tome uma decisão; (c) após
citar-se famosa autoridade inglesa
capacidade até a idade de sete anos. com pletar oito anos, a criança atin
nesse campo, Sir W illiam Blacksto-
Conseqüentemente, parece lícito giu a idade de responsabilidade, pos
ne, que redigiu os conhecidos co
concluir que, sob as duas leis, os t r i sui suficiente julgamento, capacida
mentários sôbre o assunto, por volta
bunais reconhecem certa inferência de e discernim ento para distin gu ir o
de 1765-1769, nos quais afirm a o se
de incapacidade até a idade de sete certo do errado, sendo, então, acei
guinte: “ Na verdade, abaixo dos se
anos inclusive. A única diferença é ta e tratada como adulta.
te anos de idade, a criança não po
que a m aioria dos estados conside
de ser culpada de delito grave, pois, Aparentemente, ao longo dos
ra a inferência conclusiva, e a m ino
até então, o discernim ento crim ino séculos, estudiosos, psicólogos in
ria, refutável. Podemos concluir tam
so é quase uma im possibilidade; po fantis e juizes crim inais chegaram
bém que todos os estados conside
rém, aos oito anos, ela pode ser cul todos à mesma conclusão de que,
ram as idade de sete a oito anos co
pada de d elito g r a v e . . . ” Isto, natu aos oito anos, o desenvolvimento
mo a linha divisória entre a prim ei
ralmente, refere-se à responsabili da criança normal atingiu um estado
ra infância, adm itidamente incapaz
dade crim inal, mas ainda assim re em que pode ser considerada su fi
de julgar e discernir, e os acima de
fle te a opinião antiga quanto à ca cientem ente madura, para ser res
oito anos tidos como capazes disso,
pacidade e idade de responsabilida ponsabilizada por seus atos. Tudo o
sendo, portanto, responsáveis por
de infantil. que fo i dito acima, serve apenas
sua conduta e podendo ser julgados
pelos fatos como os adultos. para corroborar o que os santos dos
O referido autor recorda o caso últim os dias consideram a melhor
do menino de oito anos que incen evidência do mundo quanto à idade
Não é minha intenção defender ou diou dois celeiros e foi condenado em que a criança deve ser batizada
ju s tific a r nenhuma das duas leis re à fôrca sob as leis do século dezes — a d iretriz pessoal de Deus dada
ferentes à conduta infantil negligen sete; mas, mesmo então, a despeito a Joseph Sm ith de que as crianças
te. Contudo, é bom salientar o pon da jurisprudência impiedosa da épo devem ser batizadas aos oito anos
to de que, tanto numa como na ou ca, os sete anos eram uma idade de de idade. Tôdas as demais provas
tra, a idade em tôrno dos sete a oito inocência. são secundárias.
8 A LIAH O N A
Sete Sinais de Alerta de
um Casamento Enfermo
Lindsay R. Curtis
urante os numerosos anos dora espôsa visitaram -m e em meu Então, e só então, Thomas E.
Janeiro de 1971 9
quais a fam ília McKay iniciou seus
filh o s foi o da cortesia e cavalhei
rism o, e êles o conservaram por tô
da a vida.
10 A LIAH O N A
— Ouça, Judite, você alguma vez que nada, além de palavras, poderá nela, mas no que concerne a ela, vo
já lhe perguntou? Você realmente evitar o fracasso. cê nem sequer nota que ela existe.
se importa com o que êle faz? Mos Por quê? Porque você não lho diz.
trou interêsse quando êle tentou A Falta de Elogios A m ulher sim plesm ente acha que os
contar-lhe ou estava por demais elogios que você lhe fazia antes de
absorvida com os problemas das Célia é uma m ulher meticulosa, casar, não são suficientes para du
crianças ou com seus próprios in- eficiente e elegante. Quando os f i
terêsses? lhos foram para a universidade, acei
tou um emprêgo de secretária.
Seguiu-se uma pausa longa, pensa
tiva, antes de Judite adm itir que seu Qual será o problema de Célia?
desinterêsse poderia ser o motivo
do mutismo dêle. O melhor ponto — Sinto-me atraída por um cole
de partida para uma boa conversa é ga de trabalho.
um sincero interêsse. As pessoas
— Como você veio a conhecê-lo?
não estão interessadas em falar, en
— perguntei.
quanto não encontram ouvintes in
teressados. — Êle costuma passar por minha
mesa todos os dias e tece algum co
Inicie a conversa com uma pergun
m entário acêrca do meu trabalho,
ta breve e sincera; depois, esteja
meu penteado, minha roupa. Êle tem
preparada para escutar com atenção.
um je ito todo especial de fazer com
Poderá ser supreendente o quanto
que me sinta “ alguém ” . A imagem
seu marido (ou espôsa) tem a dizer-
que faço de mim mesma melhorou
lhe, contanto que esteja realmente
cem por cento desde que o conheço.
interessada em escutar.
O diálogo subseqüente revelou que
E os maridos que reclamam que
Célia tem sido fe liz com o marido. rarem a vida inteira, sem que sejam
não têm meios para satisfazer as exi
gências das esposas, obviamente reforçados e repetidos freqüente
— Amo meu marido, mas êle nun
mente.
ca me faz um elogio. Não procura
animar-me. Ocasionalmente me cen Jorge agora encetou uma campa
sura. nha para elevar sua espôsa até as
nuvens. O que diz não é lisonja —
— Quanto à censura, é merecida?
apenas a verdade — mas, antes, êle
— perguntei.
parecia não dar valor.
— Bem, sim , no mais das vêzes. O moral de Célia está subindo e
Mas o caso é que êle quase nunca o mesmo acontece com a cotação
diz alguma coisa, quando faço a coi do marido aos olhos dela. Há nova
sa certa. Não toma conhecimento de mente esperança para êste m atri
como me penteio, da minha aparên mônio.
cia, ou se estou usando um nôvo per
fume. Suponho que eu seja uma pes Demasiado número de casamentos
soa que precisa que lhe digam essas fracassam pelo descuido. Simples-
coisas. „ mente porque ninguém observa cer
tas regras. De cada marido e espô
Posteriormente, tive oportunidade sa, requer-se que elogiem um ao ou
de conversar com o marido de Célia, tro não sete vêzes, mas setenta vê
pois Jorge estava preocupado com o zes sete — todos os meses!
interêsse dela por seu colega e
admirador. Falta de Orações em Conjunto
Janeiro de 1971 11
na de forma alguma com essa sepa
ração, — comentei. — Se não me
engano, lembra-me' uma noiva deci
didamente vibrante, tão divinamente
apaixonada, que “ ê le ” ocupava todo
o seu horizonte. Lembra-me também
um jovem que não conseguia tira r os
olhos da encantadora noiva, enquan
to pronunciava o “ s im ". Vocês não
pretendem negar que eram felizes
naquela época, pois não?
— M uito bem, — prossegui — Neli animou-se. — Esta é uma per Deixar de Perceber e Preencher as
então, naquele tempo, vocês eram gunta capciosa, doutor, com uma Necessidades (Não as Exigências)
felizes. Acontece que também sei porção de “ ses", mas, obviamente, Mútuas
que, quando vocês voltaram da ce ri a resposta seria sim, contudo, temo
mônia no templo, encaravam todo o ser m uito tarde, especialmente de Lágrimas enormes banhavam seu
seu futuro com muita espiritualidade. pois de tudo o que nos dissemos bonito rosto.
Devo também supor que levaram mutuamente.
adiante os conselhos recebidos e — Não me importa que não possa
oravam juntos? — Neli e Luiz, vocês nunca fize mos te r uma casa melhor, ou mes
ram alguma coisa em tôda a sua v i mo certas coisas que todo mundo
— Sim, fazíamos, sim — disse Ne da que desejariam não te r feito? considera como normal, nunca recla
li, — mas isto fo i há tanto te m p o ... Nem precisam responder, pois todos mei daquilo que não temos e estou
nós já o iizem os. Digam-me, gosta disposta a trabalhar da manhã até
— Suponho que vocês oravam em riam de que o Senhor apagasse tu a noite para agradar meu marido.
conjunto freqüentem ente, com os do o que há em suas “ fic h a s ” , e “ de Mas há uma coisa de que não posso
braços enlaçando um ao outro, e pe las não mais se lembrasse"? prescindir — amor próprio. Talvez
diam ajuda do Senhor quando tinham fôsse melhor chamá-lo de confiança,
problemas, não é? — O senhor sabe que sim, doutor mas seja como fôr, perdi-o por com
— disse Luiz. pleto.
Chegara a vez de Luiz responder.
— Bem, se é isso que vocês dese
Após somente três anos de casa
— Sim, doutor, fizemos exatamen jam e esperam que o Senhor seja
da, Rute, a jovem espôsa de 24 anos,
te assim e com freqüência. E penso m isericordioso acêrca dessas coisas
estava pronta a desistir.
saber aonde o senhor quer chegar. que talvez tenham fe ito, seria pedir
Irá perguntar-nos “ Por que não pe m uito que perdoassem e esqueces
— Necessito de alguma prova de
diram que o Senhor os auxiliasse a sem as coisas que fizeram um ao ou
que sou espôsa e mãe, enfim , ra
solucionarem seus problemas, evi tro? Seria demais pedir a vocês que
zoavelmente bem sucedida na vida.
tando, assim, acabar na situação em se ajoelhassem comigo para, em ora
Gostaria de que Décio me assegu
que se encontram ?” Estou certo? ção, pedirmos ao Senhor que perdoe
rasse isso vez por outra.
nossas faltas e nos dê a capacidade
— De certa forma. Mas o que que de perdoarmos um ao outro?
ro saber é quando e por que deixa Geraldo, por outro lado, veio pro-
ram de orar juntos. — E já que estamos orando, por curar-me para falar de Vera, sua
que não pedir a êle que lhes dê mais espôsa.
— É uma longa história e devo uma oportunidade de honrar os con
a dm itir que deixamos de orar juntos vênios e votos m atrim oniais, prome — Doutor, — disse êle — afinal,
antes de entrarm os em desavenças tendo que, se o atender, vocês o bus não sou nenhum bicho papão e, cer
sérias. Como portador do Sacerdócio carão sempre juntos em oração? tamente, não espero que minha es
da fam ília, devo reconhecer que fui pôsa pense somente em mim, mas
negligente, que fracassei numa por — E mais uma coisa — lembrem- venho de uma fam ília carinhosa e o
ção de coisas. se sempre de que o Senhor é o me carinho é parte do laço que mantém
lhor “ sócio" que vocês poderão te r o casal unido. Mas Vera simplesmen
— Dêem-me uma resposta hones em ,seu casamento. Êle não se ma te me empurra para longe dela. Eu
ta, os dois. Se pudessem vo lta r a go nifesta até ser procurado, no entan a quero acima de tudo neste mundo,
zar a felicidade, o amor, a confian to está sempre pronto e disposto a mas, que posso fazer?
ça, a união dos prim eiros anos de ajudar. Permitam que êle seja um
casados, vocês topariam a parada? “ sócio a tivo" em seu casamento. Bernardo, 32 anos, diz o seguinte:
12 A LIAH O N A
— Sempre costumava caçar com Provavelmente, nunca mais após "R ainha” por ser:
meu pai e irmãos. Geralmente é essa data. Quase poderá tornar-se
questão de uns poucos dias apenas, monótono e desgastado, menos a A m elhor atriz — parecendo con
mas serve para conservar os laços frase “ Eu te am o.” As mulheres (e tente, quando deveria mostrar-se de
afetivos com a fam ília. Procuro pas homens também) adoram que lho sapontada. Tudo o que recebeu no
sar o resto do tempo com minha mu repitam constantemente. Apreciam dia dos Namorados foi um beijo em
lher e filhos, mas ela arma tanto ba que isto lhes seja assegurado e reas lugar de um presentinho, sim ples
rulho por causa dessa caçada, que, segurado repetidamente. mente porque esqueci a data.
mesmo que eu vá, para mim já tudo
A m elhor escritora — mandando
está estragado.
cartas aos filhos que estão fora de
Teresa, atraente loura de 27 anos, casa, seja estudando, em missão e
pergunta: prestando serviço m ilitar.
A m elhor diretora — orientando
— Doutor, será demais para uma com sucesso o tráfego no local mais
m ulher querer ir ao cabeleireiro uma m ovimentado do mundo — nosso
vez por semana? A final, não estamos lar.
endividados, somente amortizando
a casa. Procuro economizar de tôdas A m elhor produtora — conseguin
as maneiras. Dario tem seu barco, do os melhores resultados quanto à
armas de caça e equipamento de educação dos filhos, com o auxílio
pesca. Aprecio arrumar o cabelo se m uito aquém do desejável do pai
manalmente. Estarei exigindo de atarefado, e com o menor estarda
mais? Êle insiste que deixe de fazê- lhaço possível.
lo. Isto está quase ameaçando nosso
casamento. A m elhor modista — criando e
confeccionando trajes especiais pa
Parece incrível, não é? No entanto, ra festinhas, form aturas ou bailes a
uma coisa tão triv ia l como essa as rigor, e um vestido especial para o
sume proporções exageradas, quan bota-fora do filh o que sai em missão.
do outros pequenos ressentim entos
se apegam a ela como os crustáceos A m elhor atriz coadjuvante —
ao navio em dificuldades. apoiando-me de todo o coração, e
sem reclamar, nos meus encargos
Perguntaram à espôsa de Einstein da Igreja e profissionais.
se ela compreendia sua teoria da re
latividade, ao que respondeu: Um dos maiores conceitos errô
neos de nossos dias é que o homem
— Não, mas penso que entendo
e a m ulher se casam e depois vivem
A lb e rt Einstein.
O tipo fo rte, calado, neste caso felizes para sempre. É certo que sen
Não importa que a necessidade perderá sempre para o menos atlé tem mútua atração pelo que é o iní
seja carinho, reconhecimento, con tico, bonitão, mas falante, se não cio de amor. Então, casam-se e co
fiança, atenção, um prato especial repetir essas três palavras com fre meçam a construir, juntos, uma vida
para o jantar ou arrumar o cabelo se qüência. de amor. Mas o amor verdadeiro, du
manalmente; o bom cônjuge reco radouro, expressivo não acontece
nhece tais necessidades especiais e — Sei que me ama, mas, por que por acaso, gratuitam ente.
procura preenchê-las. É absolutamen não o diz? — E,' acrescentaríamos
te certo que nem só de pão vive o nós, repita-o sempre e sempre. Am or é algo construído sôbre um
homem, mas, em m uitos casos, do sólido alicerce de convênios e votos
preenchimento de suas necessida O m elhor investim ento que um fe ito s na cerim ônia do casamento.
des especiais por um cônjuge aten homem pode fazer é empregar um Mas depois, deve-se prosseguir o
to e compreensivo. níquel, para telefonar à espôsa du levantamento da estrutura, pedra por
rante o dia, apenas para lhe dizer pedra, com cada ato de amor, ternu
Incapacidade de Demonstrar Amor que a ama. Experimentem e vejam ra, abnegação e consideração duran
o que acontece. Observem como rea te tôda a vida em comum. Reconhe
O juiz perguntou a certo homem ge quando a fazem saber que estive çamos os sinais e sintomas de um
cuja espôsa requerera divórcio, por ram pensando nela e que prefeririam casamento enfermo, a tempo de
que êle nunca dissera à espôsa que sua companhia a outra qualquer. curá-lo e restabelecê-lo totalm ente.
a amava. Êste respondeu:
Nós, homens, deveríamos unir- Finalmente, vocês, homens (e o
— Mas eu disse! nos para in s titu ir a condecoração de mesmo se aplica às m ulheres), se
“ Rainha” para nossas esposas. Ve desejam que sua espôsa os trata co
— Quando? — indagou o juiz.
jam se na opinião de vocês êste tí mo reis, procurem tratá-la como
— Ora, quando nos casamos. tu lo cabe às suas esposas. rainha!
Janeiro de 1971 13
0 Verdadeiro Conhecimento
da Trindade
Richard O. Cowan
14 A LIAHONA
Nosso Salvador, agindo sob a direção do Pai, é o o povo a ignorá-lo como Pai amoroso; e assim, começa
único mediador entre Deus e o homem. Escrevendo a ram a recorrer aos “ santos” , para preencherem a bre
Timóteo, Paulo disse: “ Porque há um só Deus, e um só cha e agirem como interm ediários entre Deus e o
Mediador entre Deus e os homens, Jesus C risto ho homem.
mem .” (I Tim. 2:5) Por isso, o Senhor instruiu seus se
guidores a orarem diretam ente ao Pai, em nome de Je Embora alguns “ reform adores” tentassem reviver o
sus Cristo. interêsse no amor de Deus, ainda que sem revelação,
não conseguiram restabelecer a completa e verdadeira
Quando a igreja p rim itiva deixou de ser guiada por compreensão da pessoa divina.
revelação, essas verdades básicas se perderam. Os
pensadores cristãos, influenciados pela filo so fia pagã, Êstes são os antecedentes da confusão religiosa
tentaram explicar como os cristãos poderiam ser mo- que levou Joseph Smith a consultar prim eiro a Bíblia e,
noteístas, adorando a um só Deus, reconhecendo simul- depois, a orar em busca de uma resposta para suas dú
tâneamente haver três membros na Trindade, surgindo, vidas: “ Qual é a igreja verdadeira? A qual delas devo
assim, diversas correntes de opinião: filia r-m e ? ” Mal sabia êle, ao entrar no bosque para
“ perguntar a Deus” , que sua sim ples oração de fé con
O adocinonismo pregava ser C risto um sim ples ho duziria ao início de uma nova dispensação do Evange
mem mortal que atingira tal perfeição de santidade, que lho e à restauração do verdadeiro conhecimento da Di
foi adotado como Filho de Deus e elevado à divindade. vindade. Sua “ Primeira V isão” é um fato histórico sôbre
o qual disse o seguinte:
Os Modalistas consideravam Deus como sendo um
ente único, assumindo sucessivamente como um ator, .. .vi uma coluna de luz acima de minha cabeça, de
os papéis de Pai, Filho e Espírito Santo. um brilho superior ao do sol, que gradualmente descia
até cair sôbre m im ... Quando a luz repousou sôbre
O Concilio de Nicéia, convocado pelo imperador mim, vi dois Personagens cujo resplendor e glória desa
Constantino, em 325 A .D ., lançou os fundamentos para fiam qualquer descrição, em pé, acima de mim, no ar.
a tradicional doutrina cristã sôbre Deus. O credo de Um dêles falou-me, chamando-me pelo nome, e disse,
Nicéia estabelece em parte: apontando para o outro: ÊSTE É O MEU FILHO AMADO.
OUVE-O! (Joseph Smith 2:16, 17)
Cremos em um só Deus, o Pai. . . e em um só Se
nhor, Jesus Cristo, o Filho de Deus, concebido do Pai... Diversas verdades foram reveladas ao jovem Jo
da substância do Pai... seph Smith por esta única experiência:
O credo atanasiano, mais tarde, esposou uma dou 1. Os membros da Trindade são três pessoas
trina semelhante: distintas.
•
Adoramos um Deus em Trindade, e a Trindade em 2. O Pai e o Filho têm corpos reais a cuja imagem
Unidade, não confundindo as pessoas, nem dividindo a foi criado o homem.
substância. Pois há uma pessoa do Pai, outra do Filho,
e outra do Espírito Santo. Mas a Divindade do Pai, Filho 3. Sua glória e esplendor são indescritíveis, mas
e Espírito Santo é uma s ó . .. foi perm itido a Joseph que os visse e te stificasse o que
viu, pois o Espírito Santo, o te rce iro membro da Trin
Após certa confusão quanto às partes humana e di dade, “ (cujo poder também se manifestou naquele mo
vina em C risto, o C oncilio de Calcedônia, em 451 A.D., mento sagrado) prestara testemunho à sua a lm a ... de
decidiu-se em favor de duas naturezas antes do nasci que o Pai e o Filho eram dois Personagens glorificados
mento, e uma única personalidade depois dêle. Gradual na imagem expressa um do outro."
mente, o conceito de um Deus pessoal se foi perdendo,
tornando-se êle antes a "Causa Prim eira" ou poder que Pelo seu Santo Espírito, sim, pelo inexprimível dom
ocupa todo o universo. O credo dos anglicanos reflete do Espírito Santo, Deus vos dará conhecimento que não
êsse conceito, declarando: “ Existe um único verdadeiro foi revelado desde a fundação do mundo até agora.
Deus vivente, eterno, sem corpo, partes ou p a ix õ e s ... ” (D&C 121: 26)
Nova mudança doutrinária sobreveio, quando os ho 4. O Filho opera sob a direção do Pai.
mens começaram a dar ênfase à justiça de Deus e de
pois, a temê-lo como juiz. Isto, combinado à perda de 5. As pessoas podem orar a Deus sem quaisquer
um claro entendimento da personalidade de Deus, levou intercessores e receber respostas.
Janeiro de 1971 15
A importância de cum prir as obrigações a todo
CUMPRIR custo foi um dos princípios diretores do Presidente
McKay durante tôda a sua vida. A devoção ao dever era
tema freqüente de seus sermões. O dever, aos seus
AS PROMESSAS olhos, era uma forma de cum prir as promessas feitas
ao Pai Celestial e a si próprio. Se achasse que tinha o
dever de agir, descurava do cansaço e punha de lado
qualquer prazer ou outra atração que interferisse no
cumprim ento do que considerava ser sua obrigação.
Mostrava impaciência com aquêles que ignoravam o es
p írito do contrato, insistindo nas palavras de documen
tos mal redigidos.
David, protestando, alegou que estavam trabalhan Certo dia, recebemos o Presidente McKay para um
do na parte baixa, portanto, a carga destinada ao dízimo jantar em nossa casa. Um dos meus irmãos, Llewelyn,
deveria obedecer à ordem e ser igual às demais. também fôra convidado. Êste descobriu que ia chegar
atrasado a um encontro marcado com certa irmã im i
■
— Não, — respondeu o pai — destine o m elhor pa grante, porém sabia que ela esperaria por êle. Achava
ra a parcela do Senhor. que o jantar com o pai era mais importante. Quando o
Presidente McKay soube disso, a refeição de Llewelyn
E assim, carregaram a décima carroça com o me foi subitamente interrompida.
lhor feno do campo.
— Você prometeu-lhe, não foi? Então, o que está
Êsse incidente é mais do que um exemplo de como fazendo aqui?
se deve pagar o dízimo. M ostra que bem cedo na vida,
o pai de David O. McKay ensinou-lhe categoricamente Llewelyn argumentou que aquela irmã compreende
a andar a segunda milha no cum prim ento de uma obri ria seu atraso. Além disso, ela estava em casa e isso
gação. Ambos, pai e filho , entendiam que o dízimo não não lhe causaria nenhum transtorno.
é um presente, mas o pagamento devido — algo já pro
metido a Deus. Naquele dia, David aprendeu que esta — Isto não é desculpa. Você fêz-lhe uma promessa.
promessa deveria ser cumprida alegremente e sem re Então, cumpra sua palavra. Naquele dia, Llewelyn per
servas. Devia ser mais do que um cum prim ento literal. deu uma bela sobremesa.
16 A LIAH O N A
ra uma vez uma garotinha — não uma
menina grande, nem um bêbe, mas
I Na jaula dos macacos, Ceei bateu palmas
e apontou um dêles: — Olhe, mamãe, que ma
uma garotinha adorável. caquinho engraçado! O rabo dêle é curto, mas
bem comprido! E veja como se balança pen
Um dia, sua mãe lhe disse: — Acabe logo durado pelo rabo!
seu lanche, filhinha, e depois vista seu vestido
predileto. Hoje vamos visitar o jardim zooló Quando viu a cobra, gritou excitada: — O
gico. rabo dela não é comprido nem curto! Ela até
parece que é tôda rabo!
Ceei enfiou o vestidinho amarelo de bolas
Rindo, sua mãe explicou: — As cobras não
brancas. Depois, a mãozinha agarrada à mão da
têm rabo, Ceei, mas você tem razão. Realmen
mãe, andaram pela calçada até o ponto do ôni
te, parecem que são só rabo. Mas isso é por
bus. Esperaram sentadas num pequeno banco
que não possuem pernas e são obrigadas a se
amarelo, até que chegou o grande ônibus, tam
arrastarem pelo chão.
bém amarelo, e parou para que pudessem em
barcar. Naquela noite, Ceei vestiu seu pijama côr-
de-rosa estampado com bichinhos. Olhou-se no
No jardim zoológico, Ceei dizia rindo: espelho e comentou:
— Olhe só a girafa! Como tem pescoço — Meu pescoço não é comprido e fino,
comprido! E por cima tão fino! porque não preciso arrancar fôlhas das árvores
para comer.
— Ela precisa de um pescoço fino e com
prido para poder alcançar as fôlhas das árvo — Meu pescoço não é curto e grosso, pois
res, — respondeu a mãe de Çeci. não precisa carregar uma cabeça grandona.
— É verdade, — concordou a mãe — êle — Não sou uma menina grande; nem uma
precisa de um pescoço curto e grosso para car criança de colo. Eu sou a pequena Ceei. Estou
regar a cabeça grande que tem! tão contente de ser assim como sou!
Janeiro de 1971 17
A Gaita de Foles do
Bisavô MacDougaFs
Rosaiie W. Doss
Os pensamentos sombrios de Jamie foram inter Jamie abriu a porta. — Está bem, Laddie, já vou.
rompidos pela mãe de Angus, que dizia: Ninguém irá dizer que um MacDougal é mau perdedor.
— Por favor, Jamie, acompanhe-nos até a casa para Angus veio encontrá-lo a meio caminho da casa
um lanche de “ scones" e bolos de aveia. dêle, e disse:
Jamie afastou-se depressa. Não desejava p artici — Jamie, mandei Laddie buscá-lo, pois quero pedir-
par da celebração. Ao p artir correndo para casa, sentiu lhe um grande favor.
algo macio roçar em sua perna. Era Laddie, o belo cão
collie branco-dourado de Angus. O rapaz refle tiu que o — O que é, Angus? — indagou Jamie. O que mais
amigo era mais afortunado do que poderia merecer qual poderia querer? Já não ganhou hoje tudo o que importa?!
quer rapaz. Além de vencer o certame de gaiteiros, ain
da era dono do melhor co llie da A lta Escócia. Laddie Angus prosseguiu: — Você perm itiria que Laddie
era um animal de exposição. Ganhara muitas medalhas ficasse em sua casa, enquanto eu estiver em Glasgow?
por suas qualidades como ótim o cão pastor de ovelhas. Não tenho dúvidas de que mamãe cuidaria bem dêle,
mas não terá tempo de levá-lo às colinas com as ove
lhas ou a longas caminhadas. Garanto que Laddie gos
taria de fica r com você, Jamie.
Janeiro de 1971
— Um filh o te da cria? Do que você está falando, Que bom vencedor não era Angus! Embora acabas
Angus? se de ganhar importante competição, não se jactava
dela. Ainda tivera tempo de pensar na mágoa de um
-— Laddie é pai da últim a ninhada de Bonnie. Assim , amigo. Angus, na verdade, soubera ser um vencedor
tenho d ireito ao m elhor filh o te da cria. Mas vou cedê-lo m uito melhor do que êle, Jamie, como perdedor!
a você, Jamie. Você mesmo poderá escolher o filho te
e fica r com êle. — Angus, agora quem tem um favor a pedir sou
eu — disse Jamie.
— M uito, m uito obrigado, Angus, — disse-lhe Ja
— O que é?
mie, quase sem poder falar diante de tanta felicidade.
Olhou para o amigo como se o visse realmente pela p ri — Você estaria disposto a levar a gaita do meu
meira vez. bisavô MacDougal a Glasgow? Ela sentir-se-ia muito só
ficando lá em casa sôbre a mesa da sala.
Angus sabia quão grande fôra o desapontamento
de Jamie por perder o certame de gaitas de foles. O — Está falando sério? Deixaria mesmo que eu le
orgulho de fam ília dos escoceses, porém, não lhe per vasse aquêle magnífico instrum ento para usá-lo nas f i
m itia embaraçar a ambos, dizendo-o. Mas, em sua pro nais de Glasgow? Com uma gaita assim, não poderei
funda compaixão e compreensão, estava tentando ame deixar de vencer!
nizar a dor do amigo, dando-lhe um filh o de Laddie. E
não era pequeno o presente! Um filh o te assim daria — Eu sei, — respondeu Jamie, feliz. — E é isso o
bom preço. Mas, mesmo assim, Angus o presenteava que eu desejo a você. t— Dessa vez, era um voto since
ao amigo. ro, brotando diretam ente do coração de Jamie.
20 A LIAH O N A
0 Bispo Presidente Fala
à Juventude Sôbre:
Patriotismo
Bispo John H. Vandenberg
Janeiro de 1971
riência nos proíbem esperar que a moralidade a fim de que as bênçãos da liberdade perma
nacional possa prevalecer havendo a exclusão necessem sôbre seus irmãos enquanto hou
dos princípios religiosos.” (Mensagem de Des vesse, para tomar conta do país, um grupo de
pedida de W ashington). cristãos — ...
Lincoln também compreendia que o vigor “ E, por conseguinte, Moroni orou nessa
de uma nação se deriva de retidão pessoal de ocasião para que fôsse favorecida a causa dos
seu povo: cristãos é a liberdade do país.
“ E aconteceu que, quando êle elevou sua
“ Deus governa êste mundo — e é dever
alma a Deus, deu o nome de país escolhido e
das nações, bem como dos homens, de reco
terra de liberdade a tôda a zona situada ao sul
nhecerem sua dependência ao poder dominan
do país de Desolação, sim, e em resumo a tôda
te de Deus, confessarem seus pecados e trans
a terra, tanto ao norte como ao sul.
gressões com humilde contrição... e reconhe
cerem a sublime verdade de que somente as “ E disse: Certamente Deus não permitirá
nações cujo Deus é o Senhor, são abençoadas.” que nós, que somos desprezados por tomar o
• nome de Cristo, sejamos pisados e destruídos,
Diz a Bíblia: “ A justiça exalta as na enquanto tal castigo não provoquemos por nos
ções...” (Prov. 14:34) Somente a retidão pes sas próprias transgressões.
soal poderá livrar uma nação atolada em di “ E, tendo Moroni falado estas palavras,
ficuldades. Tôdas as nações necessitam de adiantou-se por entre o povo, fazendo tremular
uma geração de jovens que possua convic a tira de sua túnica no ar, para que todos pu
ções justas. dessem ver a inscrição que nela havia coloca
Não é possível subestimar-se o poder da do, e clamou em alta voz:
retidão individual. Muitas vêzes na história da “ Todos que queiram manter êste título no
humanidade, a retidão e justiça de um único país adiantem-se, na fôrça do Senhor, e façam
indivíduo foram o fermento provocador da as convênio de que apoiarão seus direitos e sua
censão de um país inteiro. religião, para- que o Senhor Deus possa aben-
Joana d’Arc, a camponesa de 19 anos, er çoá-los.” (Alma 46:12-13,16-20)
gueu a França dos escombros da derrota, le Cada um dêsses indivíduos, além dos de
vando seus exércitos à vitória através de sua mais que poderíamos mencionar, demonstra,
inspirada bravura. convincentemente, a importância da retidão
Mórmon, o profeta nefita, foi nomeado pessoal na preservação do vigor de uma nação.
comandante dos exércitos por sua decadente Não há melhor maneira de demonstrarmos nos
nação. A despeito de contar apenas 16 anos so amor pela pátria do que adotarmos em nossa
de idade, sua retidão pessoal o destacou como vida os princípios que tornam forte uma nação.
líder. Como Moroni dos tempos nefitas, ou Davi
da antiga Israel, precisamos te r a coragem de
Davi, o menino-pastor, salvou seu povo
declarar abertamente nossa fidelidade à pátria
por ter suficiente fé em Deus, para descer ao
e aos princípios que preservam sua grandeza.
vale enfrentando o lutador campeão de Gate.
Não pode haver dúvidas acêrca de como a
Quando Moroni, comandante em chefe das juventude da Igreja enfrentará êsses tempos
tropas nefitas, viu sua nação dilacerada pelas desafiantes. O rumo é claro. O Presidente
dissensões, “ rasgou sua túnica e, tomando de David O. McKay o traçou com as seguintes
uma de suas tiras, nela escreveu o seguinte: palavras:
Em memória de nosso Deus, nossa religião, “ Nestes dias de incertezas e inquietação,
nossa liberdade, nossa paz e nossas esposas e a maior responsabilidade e supremo dever dos
filhos; e amarrou-a na ponta de um mastro. povos amantes da liberdade é perseverar e
“ Revestiu-se então de seu capacete, de proclamar a liberdade do indivíduo, seu relacio
sua couraça e escudos e, cingindo seus lombos namento com Deus, e a necessidade de obe
com uma armadura, tomou do mastro em cuja diência aos princípios do Evangelho de Jesus
ponta se achava a túnica rasgada (a que êle Cristo. Somente assim, poderá a humanidade
chamou estandarte da liberdade), inclinou-se encontrar a paz e a felicidade.” (The Improve-
até o solo e orou fervorosamente a seu Deus, ment Era, dezembro de 1962, p. 903)
22 A LIAHONA
glaterra, para conhecer um pouco melhor a si próprio
Conheça a si Mesmo e a natureza, disse o seguinte sôbre o assunto:
“ É mais fácil navegar por muitos milhares de qui
lôm etros num barco do govêrno, tendo quinhentos ho
mens e rapazes para nos assistir, enfrentando frio , to r
mentas e canibais, do que explorar sozinho o mar secre
O
s gregos tinham um axioma predileto: “ Conhe-
to, o A tlântico e o Pacífico do próprio ser."
ce-te a ti m esm o", e grande parte de sua li
teratura e filoso fia baseava-se nesta máxima. Mas digamos que você explorou seu “ mar secre
A que ponto você se conhece? O segrêdo para v ir at oco
” , que vasculhou seus mais íntimos pensamentos e
nhecer a si mesmo é examinar o mais íntimo “ eu” . sensações. E então? Consegue aceitar o que viu lá den
Henry David Thoreau, naturalista, filóso fo e escritor tro? Consegue encarar honestamente a si mesmo?
americano (1817-1862), que passou diversos meses nu Por diversos anos, a Primeira Presidência fêz dis
ma pequena cabana junto ao Lago Walden, na Nova In trib u ir uma série de cartazes desafiando a juventude:
Janeiro de 1971 2?
“ Seja Honesto Consigo M esm o". Cada um dêles ilus cionalizando aquilo que uma voz interior honesta nos
trava o princípio da honestidade com o próprio eu. Quan d iria ser pura e sim ples to lice ou preguiça.
tas vêzes você não fêz mais do que so rrir, quando apa Por exemplo, quando você diz que quer perder uns
recia um nôvo? Quantas vêzes você tentou promover quilos, mas continua banqueteando-se com chocolate e
tal conceito em sua vida? A que ponto foi honesto con tortas, a que ponto está sendo honesto consigo mesmo
sigo próprio? quanto ao desejo de emagrecer? Honestamente, você,
na realidade, não prefere ser obeso e super-alimentado
Todos nós temos o que os psicólogos chamam de a esbelto?
uma “ válvula de escape” ou “ mecanismo de escape” Ou talvez você não jogasse m uito neste ano — ou
do qual lançamos mão, quando a vida nos parece dura porventura nem chegasse a ser indicado para o tim e.
demais. M uitas vêzes, tais mecanismos de escape são De quem foi a culpa? Do treinador? Teria sido êle mudo
perfeitam ente normais e necessários, como auxílio para e cego? Ou talvez parcial? — Ou — honestamente —
nos ajustarmos a um mundo im perfeito. Contudo, amiúde suas condições seriam realmente satisfatórias? Você
demais, inclinamo-nos a fazer do “ escapism o” um s i terá trabalhado e treinado com suficiente empenho e su
nônimo de “ exculpism o” , e iludim os a nós mesmos, ra ficien te tempo?
Até que ponto você arrisca deixar que os outros o pessoas que o apreciam pelo que realmente é, não pelo
conheçam realmente — não apenas que você não é per que aparenta ser?
fe ito, mas também que é um indivíduo, alguém que nem E quanto à imagem projetada pelos outros — você
sempre quer acompanhar a “ turm a"? Estaria disposto a a vê verdadeiramente? Enxerga mesmo a imagem ou a
adm itir que, na verdade, não liga m uito para bailes, pre realidade? Presta atenção quando lhe confiam um pro
ferindo um piquenique? Ousaria confessar que aprecia blema? uma vitória? Talvez, como a maioria de nós,
mais a música ligeira do que os ritm os “ quentes", ou você está mais preocupado'com o que vai dizer em se
prefere Beethoven à música popular? guida, do que com o que lhe estão dizendo. Quem sabe,
é mesmo mais importante resolver aquêle problema de
Estará você disposto, honestamente, ao risco de matemática ou estudar um nôvo acorde na guitarra do
expor-se um pouco mais, sujeitando-se, talvez, a ser ri que dar atenção à irmãzinha que pehsa ser você o “ ta l” .
dicularizado ou rejeitado, mas também conseguindo A matemática ou sua guitarra serão realmente tão im
eventualmente uma amizade mais chegada, sincera, com portantes?
E outra coisa, se não conhecermos o Senhor, como aquêle outro guia sincero, Deus? Provàvelmente, não —
faremos para reconhecer sua voz, quando falar conos a não ser que o conheça realmente.
co? Nem sempre êle fala como de um homem para ou Por meio da oração e sincera comunicação, é pos
tro; aquela “ voz suave e mansa" freqüentem ente é mais sível v ir a conhecer Deus. Como também falar com êle
uma sensação de paz quanto à justeza de uma decisão tão francam ente como com seu m elhor amigo e receber
do que um som propriamente. E m uitas pessoas rece as mesmas respostas diretas, a despeito da forma que
bem respostas em sonhos. Outras ainda recebem res possam assumir. Os profetas, antigos como modernos,
postas por interm édio das bênçãos dadas pelos pais. registram algumas de suas comunicações com o Se
Mas, como seremos capazes de discernir entre a ins nhor: os salmos de Davi são um dos exemplos; outro,
piração do Senhor, a simulação do demônio, e nossos a oração de Joseph Smith enquanto aprisionado na ca
próprios desejos? Talvez você já tenha participado da deia de Liberty. Ao saber das crescentes perseguições
quela brincadeira em que certo objeto, prèviamente es pelo populacho enfurecido, Joseph Smith clamou, angus
condido, deve ser achado por uma pessoa de olhos ven tiado: “ Ó Deus, onde estás?” , ao que respondeu o Se
dados, com o auxílio de uma segunda, que lhe diz a ver nhor: “ Meu filho, paz seja com a tua a lm a ... O Filho
dade sôbre o rumo a tomar, enquanto uma terceira lhe do Homem sujeitou-se a tôdas elas. És tu maior do que
dá indicações falsas. Seria você capaz de discernir o êle?" (Veja D&C 121,122) Êsses homens realmente co
guia que fala a verdade? É capaz também de reconhecer nheciam o Senhor.
24 A UAHONA
Ou, quem sabe, você não conseguiu um par para o lho de fazê-los perceber o quanto a impressionaram —
baile e fica andando desanimada pela casa, remoendo não apenas como mero par em perspectiva, mas como
por que êsses rapazes obtusos não conseguem enxer pessoa?
gar além dos atavios de uma môça a ver a pessoa real, Com sinceridade, alguma vez já se recolheu em
por que não se dão conta que você é um par m uito su si mesma, para indagar: “ Quem sou eu? Por que sou o
perior àqueles que estão sempre flertando. Seja hones que sou?" Você pode ser uma filha de Deus, mas tam
ta, você não esquece, às vêzes, que êles também são bém é um ser mortal falível. Então, se você se achar um
"gente" e não existem apenas para convidá-la a sair nos ser humano um tanto mais im perfeito do que desejaria
fins de semana? E quando fica tôda empertigada e alar ser, irá enfrentar essa descoberta sem nada fazer, ou
mada ao lado dêles, não se estará preocupando demais encetará a marcha pela senda do auto-aperfeiçoamento?
com a impressão que lhes está causando? Não estará Diz um ditado fa m iliar: “ Se não mudares de rumo, che-
conjeturando se determinado rapaz gostará de você e garás ao destino que êle leva." Por que, então, não fazer
a convidará para sair, em lugar de compreender que êles uma pausa para avaliar seu rumo? Conhece-te a ti mes
também precisam sentir aprêço? Você se dá ao traba ma! (Honestamente)
Mas talvez você ache que não está projetando ape ao rapaz com quem saiu algumas vêzes que gosta real
nas uma imagem ideal, mas o verdadeiro eu, e que ten mente da sua companhia e dêle como pessoa, mas que
ta honestamente conhecer os outros. A que ponto, pois, p referiria interrom per os encontros? Talvez isso possa
estará inclinado a falar sôbre o laço entre amigos que fe rir os sentim entos dêle — e caberá a você julgar se
tal conhecimento cria? Às vêzes, a verdadeira comuni êle possui ou não maturidade suficiente para “ agüentar
cação surge, quando você consegue aproximar-se do co o golpe” — mas também poderá descobrir que essa ho
lega de quarto ou de uma irmã e confessa: “ Você real nestidade eventualmente levará a uma amizade valiosa,
mente me deixou magoado, quando disse aquela pilhé uma amizade sem restrições, uma amizade inestimável
ria sôbre os cinco quilos que engordei” , ou quando con para tôda a vida. Isso já tem acontecido!
segue desculpar-se: “ Sinto m uito — deveria te r nota
do", e ambos conseguem sorrir, conhecerem-se e ama A comunicação entre duas pessoas pode ser um
rem-se um pouco mais, por causa dessa comunicação. risco — tanto para você como para a outra. Mas tam
bém pode valer tal risco. Quão disposto estará você a
Ou quão disposta estará em correr o risco de dizer correr êsse risco — honestamente?
Entretanto, não é preciso ser um rei ou profeta viciado em drogas tentou por cinco vêzes largar o vício,
para te r uma comunicação dessas com o Senhor. Pode mas somente depois de começar a form ar relaciona
remos, por nós mesmos, falar com êle, e não só quan mento com o Senhor nas pequenas coisas, conseguiu
do tiverm os problemas: poderemos também com parti realmente pedir o auxílio dêle para fica r “ firm e ” . Ago
lhar dos planos e triun fos da vida cotidiana. ra, em lugar de “ fica r alto" com drogas, êle exulta em
fazê-lo no Evangelho. E seu método de “ falar franca
Ademais, a fim de v ir a conhecê-lo verdadeiramen
m ente” ao Senhor — e depois escutar com atenção —
te, é preciso não só falar-lhe com honestidade, mas tam
funciona não só no tocante áo problema das drogas,
bém escutá-lo honestamente. Certa universitária que
como em qualquer problema — de rapazes, môças, pais,
sempre consultava o Senhor antes de aceitar um convi
escolares etc.
te de rapazes para sair, deu atenção ao seu conselho,
A chave disso tudo? Honesta comunicação bi-dire-
e devido a isso, agora está casada com um jovem a
cional. Por isso, quando você afirma que deseja chegar
quem nunca teria dado atenção, se não tivesse o Se
ao reino celestial, lembre-se de que a vida celestial foi
nhor dito: “ Faça-o” . Ela escutou e obedeceu-lhe.
definida como vida eterna. “ E a vida eterna é esta: que
Finalmente, se somos capazes de fa lar com Deus te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a
e atendê-lo nas pequenas coisas, tornar-se-á bem mais Jesus C risto, a quem enviaste.” (João 17:3)
fácil quando surgirem grandes problemas. Certo rapaz Até que ponto você conhece Deus? .Honestamente?
Janeiro de 1971 25
Viver Verdadeiro
Elayna Louise Barber
lagarta contorcia-se, como Quais as belezas que vistes. mente tomaria o pequeno corpo sô
nas bordas do buraco, alheias ao de que conseguia exprim ir a alegria O tempo passou; o menino sentiu
licado desenho que criavam no sentida, e passou a repetir m ental impulso de se mover, abandonar sua
tronco. mente a quadrinha para si mesmo. “ pedra dos devaneios" e descer cor
Levantou e espreguiçou-se, sentin rendo vertente abaixo. Desceu do
O menino observava a faina atra do-se jovem, cheio de vida, disposto rochedo e estacou, apenas por um
vés das pálpebras semi-cerradas. e livre como tôdas as coisas na mon instante, saboreando a quietude.
Imaginava se ela também estaria em tanha. Tudo era amarelo, verde e cá- “ Sou um cervo — não, um gamo, o
briagada pelo sol estivai e o aroma lido. Pulou, elevando-se no ar como mais belo de to d o s !” E no mesmo
fragrante dos pinhos da montanha. O que num vôo, depois partiu correndo instante, lá se foi, montanha abaixo,
lavor era incomum. Todo em mar montanha acima. Para cima, para ci deixando para trás o tronco em que
rom, mas em tantas nuanças diver ma, até alcançar o penhasco de ro vivia a lagarta, atravessando a cam
sas! Arrastou-se sôbre o tapête de chas escarpadas que dominava as pina, passando pelo portão, até che
fôlhas de pinheiro, acercando-se pa campinas, sua casa e o vale mais gar ao amplo alpendre. Jogou-se na
ra ver melhor. A lagarta parou de abaixo. Escalou apressado, com es rêde, balançando-se para frente e
mastigar, suspeitosa com aquêle na pantosa energia para seus dez anos, para trás, ofegante, gozando a som
riz sardento a meros dez centím e até chegar ao tôpo das rochas, onde bra acolhedora. Sentia o perfume
tros de distância. O menino riu in estacou os braços estendidos para o das roseiras florescentes lá para os
teriorm ente e rolou o corpo, ficando alto, os olhos cerrados. Então, bra lados do jardim , e ainda — ergueu
deitado de costas. O sol estava tão dou interiorm ente, pelo sim ples jú o nariz sardento e farejou — sim,
quente, o ar tão fragrante, as nuvens bilo de estar vivo! podia sentir o cheiro do sol, da bri
grandes e baixas! Freqüentemente, sa e do pinho da montanha. Riu inte
sonhava estar voando para aterrar Uma águia desenhava círculos aci riorm ente enquanto, impulsionada
numa delas. Imaginava-se saltando e ma dêle, lenta e graciosamente, à pelo pé, a rêde rangia para lá e para
dando cambalhotas sôbre suas fôfas espera de uma prêsa. O menino dei cá, para lá e para cá.
almofadas. tou-se de costas na pedra ensolara
da, observando e tentando imaginar Dentro de casa, sua mãe, entre-
Voar como os pássaros. Como se como seria o mundo visto lá de cima. tendo uma visita, ouviu o rangido da
ria bom! Imagine a cara dos pais, se rêde e sabia que êle voltara. Sorriu
um dia sim plesm ente chegasse ao “ Ah! Se eu fôsse como a águia tristem ente e sua amiga retribuiu-
alpendre e saísse voando para as al Sentada sôbre um penhasco
lhe solidariamente.
turas do céu! Então ficariam orgulho Aguardando apenas te r
sos; então, quem sabe, compreen O desejo de voar. — Os médicos continuam insistin
deriam que ser diferente não era tão Voar em círculos largos do em que não há esperança?
ruim assim. Em vôo baixo e profundo
Por sôbre montes e vales — Nenhuma. Afirm am que conti
Um pardal castanho pousou num Até os confins do mundo.” nuará mudo para o resto da vida.
galho acima dêle, fazendo oscilar o
ramo para cima e para baixo. Pôs-se Riu novamente lá no íntim o e de — Que lástima, — comentou a v i
a rir, quando o animalzinho bateu as dicou a poesia ao pássaro. Não se sita, tocando seu braço. — Nunca
asas para manter o equilíbrio. importava com o tempo que estava se ntir plenamente a alegria de viver!
deitado ali. Sentia-se apenas em
“ Passarinhos, Passarinhos, perfeita sintonia com o ambiente, e A mãe assentiu com um movimen
Quais foram os sons que ouvistes, houvesse alguém passado, provàvel- to de cabeça.
Janeiro de 1971 27
0 Poder do
T estemunho
Mark E. Petersen
do Conselho dos Doze
onverter é a meta final de todo o ensino na E como pregarão se não forem e nviad os? ... (Ro
Igreja. manos 10:13-15) ”
A menos que seja êsse o nosso objetivo, es
taremos fracassando como professores e líderes de Tôda pessoa que comparece às nossas aulas, ne
classes; e fracassando individualm ente como professo cessita ser ensinada e mais convertida. O Evangelho
res, tôda a organização fracassa na medida concernen é tão amplo em suas implicações e aplicações, ofere
te à nossa designação particular. cendo tão grande soma de conhecimento, que nenhum
m ortal até hoje conseguiu aprender tudo o que êle con
Nossas salas de aula e púlpitos não se destinam tém. Portanto, todos precisam ser ensinados.
aos propósitos de “ foro popular", nem tampouco são
locais de debate. Não devem ser utilizados como “ cai As pessoas que comparecem às nossas aulas, fre
xa acústica" para promulgar idéias, interpretações e qüentemente mostram-se “ fam intas e sedentas” das
pareceres particulares do professor. tenras sementes de justiça encontradas numa lição bem
apresentada. Ao professor da classe cabe a responsa
Nossas salas de aula e púlpitos são centros de bilidade de satisfazer essa necessidade, através de ma
aprendizagem do Evangelho, instalações pelas quais se terial devidamente preparado, que seja ortodoxo e, cor
podem tocar os corações e converterem-se almas ao reto e isento de especulações de qualquer tipo.
Evangelho de nosso Senhor Jesus C risto.
A boa instrução incluirá o emprêgo de auxílios v i
As palavras de Paulo aos romanos devem soar suais, quando apropriados, bem como da palavra falada.
constantemente em nossos ouvidos: As referências às Escrituras são vita is em tôda lição.
Nosso ensino deve comportar a marca de autenticidade,
" . . . Todo aquêle que invocar o nome do Senhor e quando recorremos generosamente às Escrituras na
será salvo. educação religiosa, elas asseguram essa qualidade.
“ Como pois invocarão aquêle em quem não creram? Mas existe ainda outro fa to r imprescindível para
e como crerão naquele de quem não ouviram? e como lograrmos as conversões almejadas entre os membros
ouvirão, se não há quem pregue? da nossa classe — o TESTEMUNHO.
28 A LIAH O N A
Quando se pergunta a pessoas recém-convertidas de um testemunho no qual o professor declara com tô
sôbre o que mais as impressionou ao conhecerem a da a sinceridade:
Igreja, quase tôdas respondem: O profundo e sincero
“ E presto testemunho a vocês de que eu sei que
testemunho do m issionário.
isto é verdade".
Na qualidade de professores de uma ciasse, tam Êste método converte não-membros pelo mundo
bém somos missionários e, se esperamos converter afora. Será igualmente eficiente na conversão e “ re
nossos alunos às doutrinas de que falamos, precisa conversão” daqueles que vêm à sua aula.
mos utilizar o poder do testemunho, exatamente como
O testemunho sincero é acompanhado por uma in
o fazem os m issionários de proselitism o. fluência especial. Através dêle, o Senhor derrama seu
Espírito profusamente. Seja onde fô r que prestemos
“ Ensinar*— T estificar — B atizar!”
nosso testemunho — como missionários pelò mundo
Eis a rota seguida pelos m issionários, devendo ser afora, aos fam iliares no círculo doméstico, ou aos mem
também o nosso método ao d irig ir uma aula. bros de uma classe na Escola Dominical — essa fôrça
estará conosco. Mas, sem êle, poderá nosso ensino soar
Hoje em dia, m uito se tem falado sôbre o ensino convincentemente?
“ direto e personalizado". É realmente m uito eficiente.
Se possuímos um testemunho ardendo em nosso
Ainda assim, tal método deixa m uito a desejar, a não
peito e o prestarmos destemida e corajosamente, cau
ser que seja acompanhado pelo testemunho direto e
saremos a impressão desejada. As conversões se se
pessoal vindo de um professor dedicado.
guirão e, com elas, virá a salvação para todos os que
obedecerem.
Quando uma lição é apresentada eficiente e convin
centemente, o que mais se pode comparar ao clímax Êste é o nosso testemunho!
“BUSCAI E ENCONTRAREIS”
Johann A. Wondra
Mateus 7:7
*T ? ui criado sem qualquer instrução religiosa. Nun- segurança; e durante meus tempos de universitário, res
■"1 ca ouvira nada sôbre o nosso Pai C elestial e tava-me apenas uma concepção abstrata de Deus, até
somente descrições desconcertantes do nos o dia em que dois m issionários da Igreja de Jesus Cris
so Redentor. Não obstante, já como criança pequena, to dos Santos dos Ú ltim os Dias me procuraram. Quando
desenvolveu-se em mim um sentim ento m uito fo rte e abri a porta à batida dêles, anuciaram: “ Temos uma
definido quanto à existência de um Ser espiritual invisí mensagem de Deus para você.”
vel interessado em mim, como seria um pai carinhoso,
e que me entendia e a tôdas as minhas esperanças e as Eu estava preparado para aquela visita. Estivera
pirações. Êsse ente era para mim algo m uito real, e eu buscando e ansiando pela verdade. Não mais poderia vi
o consultava quanto a tôdas as minhas necessidades in ver sem ela. Sentia que a verdade existe e que eu have
fantis e em todos os meus problemas. Entretanto, pou ria de encontrá-la.
co a pouco, fu i perdendo êsse setim ento que me dera
“ Temos uma mensagem de Deus para você!" As
singelas palavras daqueles m issionários tocaram-me
profundamente. Ouvi a história de Joseph Smith. De
Johann A. Wondra foi batizado na Igreja a 30 de novembro de pois, deixaram comigo o Livro de Mórmon que li duma
1958, à qual continua servindo ativamente desde aquela data. É
só assentada, sentindo-me tomado por um indescritível
formado pela Universidade de Viena, trabalhando profissionalmente
como diretor assistente do B urgtheater de Viena. É casado com sentim ento de alegria, como nunca antes havia expe
Ursula Tischauser. O casal tem três filhos. rimentado.
“ Eu sou o caminho, a verdade e a vida...”
Joao 14:6
Sim, ali estava a verdade! Que alegria inexprimível Admirava Néfi, o filho de Léhi, desde a prim eira
— saber realmente que existe um Ser assim, exatamen vez que travara conhecimento com o Livro de Mórmon.
te como pressentira na infância, que há üm Pai nos céus M uitas vêzes, m editei sôbre os aspectos em que dife
e que eu era seu filh o e êle meu Pai para todo o ria dos irmãos mais velhos, Lamã e Lemuel. Entender
sempre. aquela diferença era m uito importante para mim, pois,
de alguma forma, parecia servir de medida à minha pró
Recordo-me nitidam ente do dia em que fui batizado pria atitude para com o Profeta, que, à semelhança de
e da sensação cálida, tranqüila e fe liz em meu coração. Léhi, dirige a grande fam ília da Igreja. Era importante
Naquele tempo, tomei a decisão de procurar conhecer para mim conhecer as bases da conduta de Néfi, a fim
realmente meu Pai Celeste e meu Redentor, e ligar-me de ser contado entre os “ edificadores” e não entre os
intimamente a êles. O caminho foi-me tornado claro “ m urm uradores” . Um dia, descobri. A única diferença
pelas palavras de Joseph Smith e John Taylor, quando realmente distin tiva era o fato de Néfi desejar testem u
lhe disse que atentasse para os ditames do Espírito de nhar as revelações através do poder do Espírito Santo,
Deus. como seu pai fizera, enquanto seus irmãos apenas que
riam debater e argumentar sôbre elas. (Veja I Néfi
"A tenta para o que o Espírito te sussurra," disse 10:17-19; 15:1-11) E por isso, a vida de Néfi alicerçava-
Joseph Smith. “ Aplica-o em tua vida e se tornará um se na revelação pessoal. Êle sabia e via. E assim, resol
princípio de revelação, para que possas conhecer e en vi prestar atenção a cada palavra do nosso Profeta vivo,
tender o espírito dêsse poder.” estudar suas palavras e orar acêrca do que disse, e
como poderia aplicá-las em minha vida. Agindo dessa
Comecei a treinar-me para, atender, consciente
forma, tive muitas experiências maravilhosas e obtive
mente, aos ditames do Espírito de Deus. Costumava
um firm e testemunho de que Deus, usando seus profe
passear regularmente pelos belos bosques vienenses,
tas como porta-vozes, realmente fala a nós.
enquanto lia as Escrituras, orava, procurava ouvir o Es
p írito Santo, e anotava o que sussurrava ao meu cora A transmissão radiofônica da conferência geral da
ção. Eu praticava isso de modo bastante semelhante ao Igreja de abril de 1968 foi, para mim, uma experiência
que se pratica com uma língua estranha. inesquecível. Minha espôsa e eu acabávamos de che
gar do hospital em que estava internada nossa filhinha
Certo dia, preocupado com m uitos problemas, de
de seis meses, nos últim os estágios de câncer. Já havia
cidi escalar uma montanha próxima, a fim de pedir con
traços do mal na coluna vertebral. Seu fígado apresen
selhos ao Senhor. Durante o caminho, elaborei uma lis
tava o dôbro do tamanho normal. Ao abençoá-la, pro
ta de tudo o que me deprim ia, uma lista completa até
meti que iria viver e recuperar-se, mesmo após os mé
os mínimos detalhes. Era uma longa lista. Satisfeito
dicos especialistas terem perdido qualquer esperança
com meu trabalho, comecei a deleitar-me com as bele
de cura. Foi logo depois disso que ouvimos a mensa
zas naturais ao meu redor. Senti-me assombrado com a
gem do nosso amado Profeta David O. McKay. Êle falou
maneira pela qual o Senhor governava e dava vida a to
sôbre a divindade de Jesus C risto e a ressurreição de
do aquêle esplendor; estabelecia uma lei e depois per
Lázaro. Essa mensagem mais uma vez nos habilitou a
m itia que tôdas as coisas a êle sujeitas elaborassem
colocar tôda a confiança no poder do Senhor. Oh, com
sua própria existência complexa. A percepção dêsse
que profunda gratidão cantamos as palavras: “ Damos
plano causou-me arrepios e parei de rogar a Deus que
graças a ti, ó Deus amado, por mandares a nós uma
me resolvesse todos os meus problemas individuais.
lu z !”
Ao a tingir o tôpo da montanha, pedi ao Senhor uma úni
ca coisa — a necessária sabedoria e fôrça para eu mes Nossa filhinha ficou completamente curada e hoje
mo solucionar todos aquêles problemas. Agradeci ao é uma criança normal, sob todos os aspectos.
Senhor as muitas bênçãos da minha vida. Então, pare
ceu-me ouvir uma voz que dizia: “ Eu sou o caminho, e Deus é verdadeiramente o Pai que nos ama. Está
a verdade e a vida.” Enquanto descia da montanha, des interessado em cada um de nós. Não faz distinção de
cobri que meus numerosos problemas haviam desapare pessoas, mas investiga antes o nosso coração. E porque
cido. Sentia-me cheio de vida divina e da percepção do nos ama, deseja que venhamos a êle e sejamos aben
que realmente significa ser um filh o de Deus, te r uma çoados. Deu-nos um Profeta vivo, que nos ajuda a encon
linhagem divina. tra r o caminho que leva à sua presença.
30 A LIAHONA
mão, alguma coisa me dizia. E exatamente agora neces
um momento de oração sita orar com alguém que com partilhe sua crença!
Minhas mãos apertavam as teclas como que para
com um soldado subm ergir minhas dúvidas. O jovem acompanhou-me
com uma clara e bela voz de tenor: “ Mais perto quero
estar, meu Deus, de t i . ” Achegou-se ao banco e sen
Carla Sanson tou-se perto de mim. Paulatinamente, minha reserva des
vaneceu-se. Cantamos as quatro estrofes inteiras. “ Sem
pre hei de suplicar: Mais perto quero estar, mais perto
u estava só, sentada na banqueta do órgão,
E
quero estar, meu Deus, de ti." Notei uma lágrima em
num desmantelado edifício que usávamos co seus olhos.
mo capela na cidade de Hamburgo, Alemanha,
ensaiando o hino “ Mais perto quero e s ta r” . Uma boa — Você alguma vez já teve mêdo de morrer? —
têrça parte do telhado havia sido arrancada pelas deto perguntou-me.
nações de bombas explosivas, de modo que de um la — Não, nunca, — respondi.
do estava pendurado em frangalhos, com um grande bu — Sei que logo irei m orrer no campo de batalha,
raco bem sôbre a sala de reunião. Mas era o único lu — prosseguiu.
gar que restara para os membros da Igreja se reuni
.— Ora, não irá não! Você está apenas farto de lu
rem. E estávamos m uito gratos por êle.
tar e tremendamente cansado. É natural que lhe venham
Era pelo fins do ano de 1944. A Alemanha já sofre êsses pensamentos. — Sentia-me extremamente inútil.
rá perdas insuportáveis; contudo, ainda formavam re
Silenciou por longo tempo. Depois, deixou-se escor
gimentos que eram mandados para o leste, para retar
regar do banco e caiu de joelhos.
dar o ímpeto da invasão russa.
— Por fa v o r ... — fazendo um sinal, para que ajoe
A bela luz dourada do sol no acaso banhava o te
lhasse também.
clado, enquanto meus dedos brincavam nas teclas. M ui
tos sons dissonantes de fora passavam pela brecha no Ajoelhei-m e ao lado dêle. Então, o soldado abriu
telhado — o pôrto, a estação de estrada de ferro, o ala seu coração a Deus. Disse-lhe o quanto o amava, e o
rido de ruas movimentadas. Eu sabia, porém, que Deus que o Evangelho significava para êle. Mencionou o quan
estava próximo; já sentira sua paz tantas vêzes. to sempre se sentira confortado no campo de batalha,
mas, que agora, seu coração pegava, pois sentia que
Enquanto minha mente se entretinha com êsses
sua permanência na terra estava para findar em breve.
pensamentos, ouvi uma fo rte batida na porta externa,
Desejava tanto poder viver para ser um pregador da
depois mais outra, em seguida um sacudir ruidoso. Sen
verdade e da justiça; contudo, se fôsse da vontade do
ti a urgência naquelas pancadas e apressei-me em abrir Senhor, estava pronto a m orrer, pois sabia que do outro
a porta. Encontrei um jovem tenente em uniform e de
lado também havia trabalho a ser feito.
campanha, a quem nunca havia visto antes. Ao fita r seu
rosto inteligente mas exausto, o estranho disse: Meus olhos estavam marejados de lágrimas, e
então chegou a minha vez de falar com o Pai Celestial.
— Queira desculpar-me. Ouvi um órgão to c a n d o ...
Eu esquecera completamente que aquêle homem era
Sou o Tenete Schwartz — quero dizer, Irmão Hans
um estranho. Foi fácil expor inteiram ente o meu cora
Schwartz, de Viena. — Estendeu-me a mão esbelta,
ção como êle fizera, e não pude deixar de notar a presen
maltratada pelas intem péries. — Você é santo dos úl
ça de sêres celestiais. Depois do “ amém", olhei para o
tim os dias, não é?
rosto do soldado.
C onfirm ei, com um movimento de cabeça. — Deus a abençoe, irmã, — disse, estendendo a
— Nosso regim ento está mudando de trem na es mão. — Tudo será bem mais fácil agora.
tação, e ali parado na plataforma, ouvi o belo hino tão Nunca mais vo ltei a encontrar aquêle jovem, Mas,
fam iliar. Segui os sons chegando até aqui. esteja onde estiver, sei que está perto de Deus.
Mas isso é impossível! Foi meu prim eiro pensa Essa experiência me ensinou o verdadeiro sentido
mento. A estação fica a três quarteirões inteiros, e com das palavras do Salvador: “ Deixai os meninos, e não os
todos o barulho lá fora!
estorveis de v ir a mim; porque dos tais é o reino dos
— Não pode imaginar como me deixou fe liz encon céus.” (Mateus 14:14)) A fim de ser-se um bom próxi
tra r êsse lugar, — prosseguiu o moço. — Vamos partir mo, e um só coração como fam ília humana, é tão impor
daqui a uma hora e eu precisava orar. — Hesitou, depois tante dar de si mesmo, como o fazem as crianças. Pre
fitou-m e nos olhos. — Posso pedir-lhe que ore comigo? cisamos melhorar nossas atitudes e fazer uso dos ins
Fiquei estupefata por um momento. Convidei-o a trum entos que constroem as pontes* de um coração
entrar na capela. Precisava de algum tempo. Seitei-me humano ao outro.
novamente ao órgão e comecei a tocar a conhecida
melodia.
O soldado sentou-se num degrau e fechou os olhos. Carla Sansom, da Ala Pacific Palisades, Califórnia, criou-se em
Hamburgo, Alemanha, onde testemunhou os acontecimentos da
Êle quer que eu ore com êle. Ainda se fôsse uma II Guerra Mundial. Atualm ente, tem um filho servindo como missio
môça, pensei, seria bem mais fá cil. Mas êle é seu ir nário na Missão da Alemanha Ocidental.
Janeiro de 1971 31
“Olimpíadas” U ma irmã relatou-nos um interessante diálogo
que teve com uma amiga que não é membro
da Igreja:
— Não sei o que fazer com meus filhos. Saem de
casa e nem sequer me dizem onde vão. Preocupa-me
no Rio de Janeiro - MBN terrivelm ente o que estariam êles fazendo.
— É mesmo um problema. Em casa não é assim,
Charles Gunn hoje, por exemplo, meus filho s estão na Ig re ja ...
— Na Igreja? Não consigo fazer meus filho s irem
à igreja nem aos domingos. Como você o consegue?
I
32 A LIAHONA
Atrás, a partir da esq., Pres. Ângelo B. Perillo, do DBH; Cláudio I. Bueno, do Ramo de BH; na frente, da esq. para a dir.: Allen
Hanson, 2.° Cons.; Pres. Hal R. Johnson; W alm ir Silva, 1.» Cons.; da MBN e Pres. Robert G. Taylor, do Ramo da Floresta.
0
fenomenal sucesso da obra evangélica que o de Belo Horizonte, liderado pelo Presidente Cláudio I.
Brasil vem experimentando tem conduzido ao Bueno; Floresta, liderado pelo Presidente Robert G.
desmembramento das unidades existentes e a Taylor e Juiz de Fora, presidido pelo Élder Jerald A. Roy.
criação de novas. Com o apoio integral dos santos da região fo i chamado
Êsse crescim ento tem se mostrado de maneira a d irig ir essa nova unidade o Presidente Angelo B. Pe
atuante nas áreas abrangidas pela MBN, a exemplo, com rillo , tendo por 1.° Cons. Jefferson G. Souza e 2.° Cons.
a presença de membros e amigos da Igreja, realizou-se Daniel Laguardia, secretariados por Itamar Braga.
dia 25 de outubro passado, na capela de Belo Horizonte, Das proposituras apresentadas pelos novos líderes
importante conferência que contou com a presença das a prim eira é estudar a viabilidade de um futuro des
autoridades daquela Missão, lideradas pelo Presidente membramento dos atuais ramos da capital belorizontina
Hal R. Johnson, na oportunidade foi proposta a criação dando origem a um terceiro, ao que indica, a ser insta
do Distrito de Belo Horizonte, que congregaria os ramos lado no Bairro Industrial, daquela cidade.
Cõro dos Ramos de Belo Horizonte e Floresta, durante a A congregação ergue o braço em sinal de apoio à criação
conferência. do DBH.
Janeiro de 1971 33
Missionários e membros participaram ativamente da exposição.
Expo-Móvel em Goiânia
S
ob todos os aspectos, a exposição móvel reali referências foram recebidas, o que animou bastante os
zada em agôsto passado em Goiânia foi um membros que tanto trabalharam para fazer com que a
grande sucesso. Durante os dez dias em que exposição obtivesse sucesso.
estêve aberta ao público, mais de mil pessoas a v is i A exposição consistiu de material transportado de
taram. Inicialmente estêve montada na capela do Ramo Belo Horizonte e foi usado com bastante imaginação
de Goiânia (Rua 55, 33 — Bairro Popular); porém, quan pelos irmãos do planalto central que acrecentaram os
do o Vice-Governador do estado a visitou, impressionou- toques originais responsáveis pelo êxito conseguido. A
se o suficiente providenciando sua mudança a um nôvo mostra produziu ótim os efeitos na população local, que
edifício comercial no centro da cidade. vem se tornando mais receptiva à mensagem dos mis
O ramo, com 150 membros e 8 missionários, parti sionários, passando a recebê-los mais atenciosamente.
cipou ativamente para e fetivar a exposição. Mais de 250 de um informe do Élder David Jones
44r\ r>
l^uase
C
om a visita do Élder David B. Haight ao Brasil, No conceito SUD, o inferno é um lugar de consciên
em setembro passado, m issionários e mem cia de culpa, conhecimento de que você teria se saído
bros tiveram a oportunidade de ouvirem e fa melhor se tivesse se esforçado mais. Dizer: “ quase con
larem com um homem inspirado de Deus. Um dos mais se gu i” não trará paz à mente.
significativos pronunciamentos que fêz foi com respeito “ Quase” não basta a nenhum SUD durante a exis
à palavra “ quase” . tência m ortal. Nenhum jovem SUD poderia obter um
Como membros da Igreja de Jesus C risto, fomos emprêgo altamente qualificado para o qual êle “ quase”
abençoados com um verdadeiro conhecimento do con estudou e nenhum vendedor SUD poderá alim entar sua
ceito de Deus. Sabemos de nosso potencial pes fam ília com a venda que êle “ quase” fêz.
soal, que podemos nos tornar como Deus e viver Fomos escolhidos desde a fundação do mundo para
para sempre com êle no reino celestial. Compreende sermos o povo mais reto da terra e não o povo “ quase
mos que para viverm os com Deus precisamos nos to r re to ” . “ Quase” nos impedirá de receber a exaltação
nar perfeitos. Pode você imaginar a consternação de eterna. Devemos nos lembrar de que, aos olhos de
não se a tingir a perfeição, o sofrim ento mental de ter Deus, “ quase bom ” não é bom suficiente.
que repetir para si continuamente: “Quase cheguei a
ser digno de ser adm itido na glória celestial?" (de um informe de Bruce Howard)
34 A LIAH O N A
... .
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,..
0 Bispo Nelson de Genaro, da Ala de Sorocaba I, apresenta a sua congregação a Taça do Presidente, conquistada merecidamente.
A Taça do Presidente
Bruce Howard
Q
uando os membros da Igreja perguntavam a verifica-se em qual zona produziu-se o maior número de
Joseph Smith qual era a coisa mais importante conversões, à qual caberá o privilégio de reter o troféu
que poderiam fazer, sua resposta era invarià- até a reunião seguinte. No final de cada mês, o nome
da zona que alcançou o maior número de conversões
velmente a mesma: “ Preguem arrependimento a êste
povo e tragam almas de volta à presença do Pai Celes
(e o nome dos ramos que a compreendem) é gravado
tia l.” O maior chamado do homem no seu estado mortal no troféu. Congratulações a Sorocaba I e II por terem
é a pregação do Evangelho. ganho a taça no prim eiro mês. No troféu será gravado:
Cada um de nós, como membros da Igreja de Jesus Setembro de 1970 — Zona III — Sorocaba I e II.
C risto dos Santos dos Ú ltim os Dias, temos a oportuni Êste programa é uma oportunidade de obter um re
dade e a responsabilidade de convidar as pessoas a conhecimento visível por fazer a obra do Senhor. Lem
conhecerem mais sôbre o Evangelho de Jesus C risto, bremo-nos, entretanto, de que cada batismo representa
mas muitas vêzes encontramos problemas: ou não sa um filho do nosso Pai C elestial que veio a obter um
bemos como iniciar uma palestra sôbre a Igreja ou não verdadeiro conhecimento de Deus. Cada batismo signi
estamos m uito dispostos a fazê-lo. Por essa razão, te fica que mais um dos nossos irmãos aqui na terra teve
mos na Igreja a organização m issionária. a oportunidade de v ir a ser verdadeiramente feliz v i
O Presidente da missão ensina os m issionários a vendo a vida que nosso Pai Celeste deseja que vivemos.
serem melhores em seu trabalho, reúne-se amiúde com Lembremo-nos também da promessa feita a nós,
êles, abre-lhes novas perspectivas e encoraja-os a esfor- quando ajudamos nossos amigos a entrarem para Igreja:
çarem-se mais. Por sua vez os m issionários visitam os “ E, se acontecer que, se trabalhardes todos os vossos
membros e fazem o mesmo. dias, proclamando arrependim ento a êste povo, e trou-
Para encorajar tanto os m issionários quanto os xerdes a mim, mesmo que seja uma só alma, quão gran
membros a darem tudo de si para trazerem mais almas de será a vossa alegria com ela no reino de meu Pai.
ao conhecimento do Evangelho, a MBC criou um troféu E agora, se a vossa alegria fô r grande com uma só alma
rotativo chamado TAÇA DO PRESIDENTE. Quinzenal que trouxeste a mim no reino de meu Pai, quão grande
mente, ao reunirem-se os líderes de zona para avalia será a vossa alegria se me trouxerdes muitas alm as!”
rem o trabalho e discutirem problemas e novas idéias, (D&C 18:15-16)
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MBC - Desenvolve-se
“ Ide por todo mundo, pregai o evangelho a tôda criatura...”
Marcos 16:15
36 A LIAHONA
Na foto, Alfredo à esq. e Wagner à dir., durante seus O trabalho nas construções torna-se mais agradável quando
estudos do evangelho que fazem tôdas as manhãs. desenvolve-se o companheirismo.
Construtores de Capelas
Manoel Marcelino Netto
bom ser útil, principalm ente quando se pode minhas mãos para a edificação do reino construindo ca
Chamado a Servir
esde dezembro de 1969, o Departamento de Em 1963 teve a oportunidade de supervisionar também
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Élder Monte Stewart, da MBN, tem obtido muito sucesso Élder "D " Casperson, quando da sua participação ativa
com o programa. na campanha.
A LIAHONA
contato eficaz
Edward D. Casperson
38 A LIAHONA
Da esq. para a dir.: Jay Holloman. Keith Finlayson, James Arrington e Douglas Cardon, numa das apresentações na TV gaúcha.
Mor-Môços”
Divulgam a Igreja no Sul
m dos meios que mais têm sido utilizados élderes Jay Holloman, Keith Finlayson, James Arrington
pós quase cinco meses de árduo trabalho, o A fim de obter melhores resultados pela concen