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C – 03
ROTEIRO CINEMATOGRÁFICO
AULA 01
PROFESSORXS:
DRA. LÍVIA NATÁLIA
É Doutora em Teorias e Crítica da
Literatura e da Cultura (2008) pela
Universidade Federal da Bahia (UFBA) e
Mestre na mesma (2005) área e
Instituição. Possui graduação
(Licenciatura e Bacharelado) em Letras
Vernáculas pela Universidade Federal da
Bahia (2002). Tem experiência em curso
de Comunicação Social (Universidade
Estadual de nSanta Cruz - UESC), tendo
ministrado disciplinas do campo da
Teoria da Comunicação, como Estética da
Comunicação e Comunicação e Sociedade
Contemporânea. Atualmente Professora
Adjunto IV do Setor de Teoria da
Literatura da Universidade Federal da
Bahia. Coordena o grupo de pesquisa
CORPUS DISSIDENTE e estuda a escrita de
intelectuais e escritoras negras
contemporâneas.
PROFESSORXS:
LUCAS C. S. PORTELA
Mestrando em Literatura e
Cultura (UFBA), pesquisa
adaptação literária para
Cinema e Vídeo. Bacharel em
Letras Vernáculas (UFBA –
2015) e Tecnólogo em Produção
Audiovisual – Cinema e TV
(UNIJORGE – 2017),´pós-
graduando em Cinema e
Linguagem Audiovisual.
CEO Fundador da Editora Mágica
– Comunicação Criativa, atua
na área de Produção
Audiovisual (Cinema e Vídeo).
Autor dos romances “Terrors”
(CBJE, 2005) e “Laços de
Outras Vidas (Protexto, 2010).
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
EMENTA: A disciplina visa discutir os fundamentos
dramatúrgicos do roteiro cinematográfico de ficção, bem
como a sua concepção enquanto gênero literário, de modo
que os estudantes tenham os subsídios teóricos para
escrever os seus próprios roteiros, bem como conhecer
todo o processo de formulação dos documentos que o
antecedem.
OBJETIVOS: Revisar as concepções do drama
aristotélico e os contatos estabelecidos entre o
gênero dramático e a escrita de roteiros de ficção
audiovisual; compreender o processo de escrita de um
roteiro, partindo dos elementos que precedem a
escrita do próprio texto; Compreender o processo de
criação de personagens e a importância destes para a
estruturação do roteiro cinematográfico; Estabelecer
diálogos entre diferentes mitos literários já
transportados para a linguagem cinematográfica e
compreender o processo de adaptação literária para o
cinema e vídeo, através do estudo teórico e de
atividades práticas.
METODOLOGIA: As aulas serão ministradas através de exercícios
práticos de escrita e análise de roteiros cinematográficos, bem
como através de revisão teórica sobre dramaturgia, escrita e
formatação de roteiros;
INTRIGA:
• Imitação de uma ação “una e completa” (unidade e
totalidade da ação);
• Verossimilhança interna (o que convence por ser
provável dentro do universo ou sistema da obra);
• Causalidade da ações; critério de necessidade dos fatos
ou eventos, uns após outros decorridos;
interdependência das partes;
• Estruturação em nó (ação crescente ou complicação) e
desenlace, incluindo peripécia e reconhecimento;
• Extensão apreensível pela memória, compreendendo no
mínimo uma mudança de estado (“da boa para a má fortuna
ou vice-versa”).
FUNDAMENTOS DO DRAMA ARISTOTÉLICO
PERSONAGEM:
• Secundária em relação à ação: não age para imitar
caracteres, e sim assume caracteres para efetuar ações;
• Una, coerente e verossímil: palavras e atos de uma
personagem com certo caráter devem justificar-se por
verossimilhança, necessidade e coerência;
• Caráter médio do herói: nem excessivamente bom, nem
mau;
• Age em conformidade com seu pensamento e caráter, ou
seja: pensamento e caráter da personagem são a causa de
suas ações.
FUNDAMENTOS DO DRAMA ARISTOTÉLICO
LINGUAGEM:
• Ao mesmo tempo clara e elevada: “clareza sem baixeza”,
ou seja, comunicabilidade sem vulgaridade;
• Riqueza sem obscuridade: “uso discreto de metáforas”. A
linguagem não deve ser exuberante (ou rica, ou
“ornamentada” ) a ponto de obscurecer caracteres,
pensamento e ação;
• A linguagem está a serviço da caracterização, que por
sua vez está a serviço da ação.
INTRODUÇÃO À DRAMATURGIA AUDIOVISUAL
CONFLITO
DESEJO
PERSONAGEM
PLOT/CRAFT
DESEJO
CONFLITO
STORYTELLING
Após a definição do PLOT, inicia-se o ato de
transformar a ideia em história, ou seja, o
procedimento conhecido como STORYTELLING.
Storytelling é o ato de contar a história,
através da organização dos seus elementos:
*PERSONAGENS;
*CONFLITOS;
*ENCADEAMENTO DE FATOS;
*RESOLUÇÃO.
STORYTELLING
“O contar de uma história é a demonstração criativa da
verdade. Uma estória é a prova viva de uma ideia, a
conversão da ideia em ação. A estrutura de eventos de uma
estória é o meio com o qual você primeiro expressa e
depois prova a sua ideia... Sem explicações.”
ROBERT MCKEE (2016)
QUESTIONAMENTOS:
• Qual a importância dessa cena? O que ela revela?
• Quem deve estar na cena?
• Essa cena seria mais potente ou alteraria a história se
estivesse em outro local?
• Que cena a antecede e que cena a sucede?
ESCALETA
FORMAS:
CABEÇALHO + BREVE DESCRIÇÃO DA CENA;
Uólace acorda e vai descrevendo, voz off, seu cotidiano, em que lhe
falta tudo. Inclusive a mãe, que viajou. “Escuta” a voz off da mãe proibindo
que ele peça dinheiro na rua.
ESCALETA