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PREFEITURA MUNICIPAL DE VILA VELHA

ESTADO DO ESPÍRITO SANTO


“Deus seja louvado”

1 ATA DO CMHIS Nº 007/2018


2 Reunião Extraordinária
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8 Aos vinte e seis dias do mês de julho de 2018, no Auditório da Prefeitura Municipal de Vila
9 Velha, situado na Avenida Santa Leopoldina, nº 840 – Coqueiral de Itaparica – Vila Velha -
10 ES reuniram-se os Conselheiros do CMHIS (Conselho Municipal de Habitação de
11 Interesse Social), para a segunda reunião extraordinária. Estiveram presentes, o vice-
12 presidente do conselho, o Subsecretário de Desenvolvimento Urbano e Mobilidade
13 Jefferson Miranda Pimentel e 16 (dezesseis) conselheiros, sendo eles: Lidia Mara Coelho
14 Boldrini (SEMAS), Simone Araújo de Souza Mendes (SEMOB), Ricardo Ferreira dos Santos
15 (SEMPLA), Cristiany Alves de Oliveira Fontenelle (PGM), Elaine Gonçalves (SEMDESU),
16 Kleber Wilton Nery Nascimento (SEMSU), Augusto Bandeira Filho (SEMPREV), Patricia
17 Crizanto (CMVV), Bruna Mascarenhas Gava Pitanga (SEDURB), Rafael Mesquita de
18 Oliveira (CEF), Alexandre Victor de Oliveira Anicio (SINDUSCON), José Carlos Neves
19 Loureiro (CAU-ES), Tereza Cristina Zanol Pereira de Souza Puppim (MOVIVE), Maria das
20 Dores Soares (MNLM), Antônia Leite Zampieire (UNIÃO), Edson Antônio Rabbe
21 (AHABITAES). Jefferson após a verificação do quórum dá por aberta a segunda reunião
22 extraordinária do CMHIS. (Informar os ausentes e quem Justificou ausencia, “Gleicy dos
23 Santos da Vitória está de licença do cargo de conselheira”, Conforme o envio de oficio, por
24 motivos de pleito eleitoral, retornando assim que se encerrar a campanha eleicões 2018
25 onde disputa a eleição)
26 Em seguida passa ao primeiro ponto de pauta, informes sobre o Conjunto Habitacional
27 Ewerton Montenegro Guimarães. Relata que a equipe da SEMDU compareceu ao conjunto
28 no dia 16 (dezesseis) de julho do corrente, para fazer a vistoria dos imóveis, que os
29 moradores já estavam aguardando e das 129 (cento e vinte e nove) moradias que existem
30 nos 112 (cento e doze) lotes, 111 (cento e onze) foram vistoriadas. Que as certidões de
31 benfeitoria dos 111 (cento e onze) imóveis já foram emitidas e entregues a representante
32 dos moradores, Sra. Luzia, para conferência junto aos mesmos de seus dados pessoais.
33 Que após a conferência as certidões serão assinadas em ato oficial e encaminhadas para
34 registro no Cartório de Imóveis. Que o Conjunto Habitacional Ewerton Montenegro
35 Guimarães será o primeiro loteamento, que a Regularização Fundiária contemplará o
36 terreno e a edificação. Que a Certidão de Regularização Fundiária – CRF contará com a
37 área do terreno e com a área construída, se tornando uma escritura plena. Que os demais
38 moradores que não estavam em casa, serão agendados após a devolutiva das certidões
39 que estão sendo conferidas. Após, passa ao segundo ponto de pauta, “Votação da Proposta
40 de Alteração da Lei 4.713/2008 que trata da regulamentação do Conselho e do Fundo
41 Municipal de Habitação”. Tereza Cristina, pede a palavra e solicita duas alterações na
42 proposta: a primeira no artigo terceiro, inciso segundo, alínea E. Informa que o Movive é
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43 uma organização da sociedade civil de defesa de direitos e sugere que a referida alínea
44 passe a ter a seguinte redação: e) 01 (um) membro representante do Movimento Vida Nova
45 – MOVIVE ou de outra organização da sociedade civil de defesa de direitos.
46 A segunda alteração sugerida é no artigo dez, solicitando que o referido artigo passe a ter
47 a seguinte redação: Fica instituído o Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social –
48 FMHIS, de natureza contábil, financeiro e com Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica
49 (CNPJ) próprio, com o objetivo de centralizar e gerenciar recursos orçamentários que serão
50 exclusiva e obrigatoriamente utilizados, nos termos que dispuser o regulamento, em
51 programas ou projetos habitacionais de interesse social. A minuta da Proposta de Alteração
52 da Lei 4.713/2008 é posta integralmente em votação e aprovada por unanimidade.
53 Jefferson solicita que sejam realizadas as adequações na minuta e que a referida seja
54 encaminhada ao Excelentíssimo Prefeito Municipal para apreciação e posterior
55 encaminhamento. Cristina sugere a criação de uma comissão para elaboração do
56 Regimento Interno, conforme previsto no artigo oito. Elaine informa que o Regimento
57 Interno já existe, que passou por reformulação em 2017 e está na SEMGOV para
58 publicação. Cristina solicita que o Regimento Interno seja inserido como ponto de pauta,
59 para apresentação, o que foi aceito pelos demais conselheiros e será pauta da próxima
60 reunião. Jefferson solicita que seja encaminhada cópia do Regimento Interno para todos os
61 conselheiros. Passa ao terceiro ponto de pauta: “Apreciação e votação da minuta da Lei
62 Municipal de Regularização Fundiária”. Dando continuidade a proposta da Lei Municipal de
63 Regularização Fundiária, retornamos ao artigo primeiro, inciso primeiro que ficou pendente
64 na última reunião. Elaine Casagrande explica que o referido inciso foi retirado da lei nacional
65 de regularização fundiária, por isso traz em seu texto que que a União, os Estados, o Distrito
66 Federal e os municípios podem requerer a Regularização Fundiária. E que o debate que
67 aconteceu na última reunião é que a lei é municipal, então poderiam requerer a
68 Regularização Fundiária, somente a União e o Estado do Espírito Santo. O referido inciso
69 passaria a ter a seguinte redação: I - a União e o Estado do Espírito Santo, diretamente ou
70 por meio de entidades da administração pública indireta. O inciso é posto em votação e
71 aprovado. Passamos ao artigo sexto e Jefferson sugere que o artigo passe a ter a seguinte
72 redação: Art. 6º Poderá ser objeto de regularização fundiária, nos termos desta Lei, não
73 apenas o imóvel por inteiro, bem como parte de terreno contido em área ou imóvel maior,
74 desde que devidamente individualizado quanto à área de ocupação. A redação é aprovada.
75 No artigo sete, alínea A, Tereza Cristina solicita que seja consultado o prazo legal para
76 garantia do direito de posse. Na alínea E, Ricardo sugere a inserção de limite inferior do
77 terreno. Jefferson ressalta, o direito de laje, que faz com que alguns munícipes tenham
78 apenas o direito de laje, inviabilizando assim, o estabelecimento de um limite mínimo.
79 Explica que a definição do limite máximo de trezentos e sessenta metros quadrados, foi
80 definido a partir de um estudo e o objetivo é atender as famílias que estão inseridas em
81 áreas de ZEIS. Explica ainda, que hoje no município existem lotes com cinquenta metros
82 quadrados, que no Conjunto Habitacional Ewerton Montenegro Guimarães os lotes são de
83 setenta e cinco metros quadrados. Cristina pergunta se a Prefeitura tem a informação de
84 quantos lotes existem no município passíveis de Regularização Fundiária. Jefferson informa

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85 que não. Que o município tem a informação de algumas áreas, como Conjunto Habitacional
86 Ewerton Montenegro e Dom João Batista. Cristina ressalta a importância do município
87 possuir esse levantamento. Jefferson explica que essas situações são muito dinâmicas,
88 que de um dia para outro surgem alterações. Ricardo ressalta que sem a definição de um
89 limite inferior, o município acaba por aceitar um tipo de urbanização que não é desejada
90 para o conjunto, fora do planejamento. Jefferson informa que na maioria das áreas não foi
91 respeitado o limite para logradouros públicos, praças, equipamentos públicos e resta ao
92 município fazer desapropriações, gerando um gasto muito maior. Que boa parte dessas
93 áreas, são espaços que não houve no passado, parcelamento e destinação dessas áreas.
94 Mas existem áreas em que houve ocupação irregular no município. Que o respeito as áreas
95 dos equipamentos públicos é uma necessidade primária, pois não adianta reconhecer a
96 propriedade dos munícipes sem garantir essas áreas e equipamentos, pois não é só a
97 propriedade que torna a pessoa cidadã, que é necessário o atendimento nos serviços
98 públicos, a praça, a creche, a unidade de saúde. Maria das Dores, lembra das áreas no
99 bairro Ponta da Fruta que haviam sido definidas para criação de rotatórias e foram
100 ocupadas. Na alínea G, Rafael solicita a inserção do termo promitente comprador. Cristina
101 pergunta como seria feita essa comprovação. Jefferson diz que a única forma seria através
102 do Cartório de Registro de Notas ou através de denúncia. A alínea G passa a ter a seguinte
103 redação: “g) o beneficiário não seja concessionário, foreiro ou proprietário de outro imóvel
104 urbano ou rural, ou mesmo esteja em processo iminente de compra ou venda de imóvel
105 urbano ou rural”. Jefferson fala sobre o Conjunto Habitacional Ewerton Montenegro,
106 ressaltando sua localização, o tamanho das vias e a valorização que terá num período de
107 dez anos. Edson lembra que os moradores do entorno não queriam que o conjunto fosse
108 construído naquela localização, pois avaliavam que o local seria uma favela. Elaine
109 Gonçalves ressalta que aquela localização foi definida à época atendendo aos critérios do
110 Ministério das Cidades. Jefferson diz que uma das maiores críticas que os programas
111 habitacionais recebem é a construção das unidades habitacionais em áreas afastadas,
112 longe dos grandes centros urbanos. Cristina pergunta se as pessoas que tiveram suas
113 casas regularizadas poderão comercializá-las. Jefferson diz que sim, que a lei federal
114 estabelece esse prazo. O artigo 7 é posto em votação e aprovado. Dando continuidade a
115 avaliação da Lei, passamos ao capítulo III, Da Regularização Fundiária de Interesse
116 Específico. No parágrafo único do artigo 9, é solicitado que seja destacado a expressão “na
117 forma do parágrafo único do artigo 155 da Lei Orgânica Municipal”, para que seja realizada
118 a conferência do referido artigo na lei orgânica. Jefferson sugere que o referido parágrafo
119 única seja inserido no artigo 7 que trata da Reurb-S. Ricardo ressalta a importância de tal
120 previsão legal para garantir uma espaço mais humanizado, respeitando os espaços
121 públicos, praças, rotatórias. O artigo 10 é aprovado sem alteração. Seção I – Da Taxa de
122 Aprovação de Regularização Fundiária de Interesse Específico. Após a leitura do artigo 11,
123 Cristina pergunta se será recolhido IPTU, considerando que as análises de valor são feitas
124 a partir do valor venal dos imóveis. Segundo Jefferson ao contrário da legislação municipal,
125 a legislação federal prevê o pagamento de IPTU não sendo necessário ter edificação no
126 terreno, nem infraestrutura, pois subentende-se que através do pagamento do imposto, eu

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127 receberei a infraestrutura no referido território. Que o município poderia inclusive cobrar o
128 IPTU dos munícipes que estão ocupando área irregular. Cristina diz que nesse caso, o
129 município estaria automaticamente reconhecendo o direito de posse dos ocupantes.
130 Jefferson informa que o município não reconhece o direito de posse ou de propriedade de
131 áreas públicas, somente o Cartório e a Justiça. O parágrafo terceiro está incompleto e
132 Elaine Casagrande buscará saber junto a Assessoria Jurídica da SEMDU, se será ele
133 inserido e trará na próxima reunião. Maria da Dores pergunta sobre a REURB-E: A
134 comunidade realiza a referida reurb através da Associação de Moradores e de advogado,
135 o que o beneficiário obtém ao contratar os serviços advocatícios. Jefferson esclarece que
136 o que envolve a Regularização Fundiária é levantamento topográfico, confrontação de área.
137 Alexandre pergunta se os vizinhos teriam que assinar a planta com a confrontação.
138 Jefferson responde que sim, e que no município de Vila Velha essa situação é recorrente.
139 Maria das Dores informa que o motivo de sua pergunta é que o bairro Ponta da Fruta está
140 executando a Reub-E, e que ela achou caro o valor cobrado por lote pelo advogado.
141 Jefferson informa que a contratação do serviço depende dos moradores e que a Prefeitura
142 não interfere em direito entre terceiros. No Capitulo IV, Seção I, no artigo 12, o inciso IV e
143 V deverão ser revistos porque a redação não atende, os conselheiros retornarão a esses
144 incisos ao final da revisão da lei. No parágrafo primeiro do artigo 12, o inciso II passará a
145 ter a seguinte redação: “II - Levantamento planialtimétrico com georrefereciamento, na
146 escala 1/1000, com indicação de curva de nível de metro em metro, com a demarcação das
147 quadras, dos lotes, sistema viário, áreas destinadas a equipamentos públicos e áreas livres
148 de uso público, áreas de risco, áreas não edificantes, áreas de preservação permanente,
149 se for o caso;” Nos incisos III e VI escrever por extenso o que significa as siglas: ART, RRT
150 e CND, passando a ter a seguinte redação: “III – Anotação de Responsabilidade Técnica
151 (ART) ou Registro de Responsabilidade Técnica (RRT) do responsável técnico pelo
152 projeto;” e “VI – Certidão Negativa de Débitos (CND) da PMVV.” Artigo 14 está incompleto,
153 ver com a Assessoria Jurídica da SEMDU e levar na próxima reunião. Artigo 24 passa a ter
154 a seguinte redação: “Art. 24 As ocorrências omissas por esta Lei serão recebidas pela
155 Secretaria responsável pela Regularização Fundiária, que encaminhará para o Conselho
156 Municipal de Habitação de Interesse Social, para análise, manifestação e posterior
157 encaminhamento.” Os demais artigos não sofreram alteração. Após realizar os ajustes
158 necessários com a Assessoria Jurídica da SEMDU, encaminhar minuta aos conselheiros
159 para análise, com objetivo de ser votada na próxima reunião. Logo após, Jefferson Miranda
160 Pimentel agradece a presença dos conselheiros e dá por encerrada esta reunião de que eu
161 Elaine Rodrigues Casagrande lavrei a presente ata que vai devidamente assinada por todos
162 os presentes, conforme lista de presença anexo.

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Elaine Rodrigues Casagrande
Secretária Executiva Conselho Municipal de Habitação de
Interesse Social de Vila Velha - CMHIS

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