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Um pouco de história.

Este boné é uma edição comemorativa à Força Expedicionária


Brasileira (FEB). Composta por mais de 25 mil homens e mulheres, foram
enviados à Itália em 1944, com objetivo de combater o avanço do
nazifascismo, o qual representava a maior ameaça aos direitos humanos e à
democracia jamais vista, tendo sido o algoz de 6 milhões de seres
humanos, assassinados covardemente em campos de concentração. Seu lema –
uma cobra fumando – faz alusão ao lugar-comum da época: “Mais fácil uma
cobra fumar cachimbo do que o Brasil participar da guerra na Europa”.

Responsáveis por vitórias expressivas – aprisionaram 2


generais Alemães, 493 oficiais e 19.679 soldados inimigos – perderam 454
soldados. A seu lado, lutando com coragem e eficiência, a Força Aérea
Brasileira (FAB), com seus caças P-47 Thunderbolt, atuaram no apoio às
tropas aliadas, contabilizando números realmente impressionantes: em sua
conta estão 15% dos veículos inimigos destruídos, 28% das pontes
atingidas, além de 36% dos depósitos de combustível e 85% dos depósitos
de munição danificados. Fogo forte nos fascistas. Adotaram como lema o
aforismo “Senta a púa”. A expressão, segundo um jornalista da época,
significa “lançar-se contra o inimigo com decisão, golpe de vista e
vontade de aniquilá-lo. Quem vai sentar a púa não tergiversa. Arremete de
ferro em brasa e verruma o bruto”.

75 anos depois, a democracia brasileira corre o grave risco de


retomar essa trágica história. Um certo candidato, ao mesmo tempo que se
diz o pretendente de Deus, naturaliza discursos que inflamam a violência
e o assassinato de opositores, deixando transparecer seu fascismo
enrustido quando vomita frases como (ipsis literis): “vamos fuzilar a
petralhada toda”; “eu sou a favor da tortura”; “vamos calar os
ativistas”; “o erro da ditadura foi torturar e não matar”; “as minorias
que se adequem as maiorias, ou desapareçam”, dentre tantos outras acintes
ao Estado constitucional de direito e a própria combalida democracia. Em
resposta a essa onda de ódio emanada pelo candidato, nos últimos dias, o
que se viu, foi uma escalada de agressões e até mesmo homicídio, contra
opositores políticos. De fato, é assim que agem governos ditatoriais,
fascistas e totalitários: ou concorda comigo, ou não têm o direito de
existir.

Na posição de candidato à vice-presidência, temos um general


do Exército – que em entrevista a Globonews, admitiu a real possibilidade
de operar um autogolpe caso sua chapa ganhe as eleições - que não hesita
em expor seus vitupérios disfarçados de opinião como (ipsis literis):“ou
as instituições solucionam os problemas políticos (...) ou então nós
teremos que impor isso“; “meu neto é um cara bonito viu? Branqueamento da
raça”; “a malandragem é oriunda do africano”; “uma constituição não
precisa ser feita por eleitos pelo povo”. Declarações que deixam bem
claro o espírito antidemocrático e antirrepublicano desta chapa esdrúxula
e autoritária que não esconde sua pretensão em eliminar as contradições e
impor suas razões à força bruta.

O resgate da história destes heróis e heroínas do Exército


Brasileiro, é de extrema importância, a fim de desmascarar a podridão de
um personagem tão caricato quanto este que tenta alcançar a presidência.
Este déspota a moda antiga, envergonha os verdadeiros patriotas, que
atuaram em diversos momentos da história a favor da liberdade, como
quando somaram forças para possibilitar a proclamação da República, a
abolição da escravidão, bem como, a própria queda da última ditadura
militar.

Finalmente, um recado para aqueles que tentam nos calar por


meio desses ataques covardes à escondida: jamais irão tolher nossa
liberdade de expressão, nosso direito de ir e vir, sequer abafar nossa
luta por um Brasil mais igual, livre e democrático. As forças
progressistas estão alertas. Não permitiremos novamente o triunfo do
medo. Lembrem-se, para toda ação, uma resistência.

Fascistas, não se enganem, cedo ou tarde, aqueles que hoje se


acham no direito de matar seus opositores políticos, serão caçados até
que não reste um impune. Sintomático é o fato de que até hoje, a caça aos
últimos nazistas vivos permanece a todo vapor. Como diria o ministro do
STF aposentado Ayres Brito: “A humanidade não é o homem para se dar as
virtudes do perdão. Em certas circunstâncias, o perdão coletivo é falta
de memória e de vergonha, convite masoquístico à reincidência”. Não
perdoaremos, assim como, não abriremos mão da democracia nem por um
segundo. Preparem-se: a cobra vai fumar!

Foto 1: Um gato qualquer.

Foto 2: O general alemão Otto fretter-Pico se rendendo à tropa brasileira


em abril de 1945.

Foto 3: Praças da FEB, exibem cartaz com aviso ao fascistinha adolph


hitler (em minúsculo mesmo).

Foto 4: capacete nazista após um headshot

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