Poder Polícia – Esquematizado

Professora Lisiane Brito

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PODER DE POLÍCIA

Caros amigos!

Escolhi, para nossa revisão de hoje, alguns aspectos do tema PODER DE

POLÍCIA. Antes de mais nada, vamos lembrar que o Poder de Polícia é um ins-
tituto polivalente no Direito Administrativo, pois é mencionado pela doutrina tanto
no capítulo dos “Poderes da Administração” quanto no que tange aos “Instru-
mentos de Intervenção do Estado na Propriedade Privada”.
Cabe aqui fazer uma advertência: O Poder de Polícia não se restringe à ativi-
dade do Estado de prestar Segurança Pública. Não, de maneira alguma! A noção
de poder de polícia é muito mais ampla do que o combate à criminalidade, englo-
bando todas as atividades de FISCALIZAÇÃO.
Buscando o conceito legal de Poder de Polícia, vamos encontrá-lo no Art.
78 do Código Tributário Nacional. A esta altura, alguns podem estar se pergun-
tando: “Por que o CTN trata de Poder de Polícia?”
Eu explico. É que o CNT, ao tratar das TAXAS (espécie de tributo) cobradas
pela União, Estados, DF e Municípios – em suas respectivas áreas de compe-
tência –, dispõe que um de seus fatos geradores é “o exercício regular do Poder
de Polícia”. A seguir, no artigo 78, o legislador trouxe o conceito de Poder de
Polícia nos seguintes termos:

Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, li-
mitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou
abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à hi-
giene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício
de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Pú-
blico, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais
ou coletivos. 
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando de-
sempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância
do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária,
sem abuso ou desvio de poder.
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Atenção!
     
O único dos Poderes da Administração, diretamente relacionado a Tributos,
é o PODER DE POLÍCIA.

POLÍCIA ADMINISTRATIVA VERSUS POLÍCIA JUDICIÁRIA

Sabe-se que o poder de polícia do Estado pode incidir em duas áreas de atu-
ação: a judiciária e a administrativa. Podemos apontar como a principal distin-
ção entre essas áreas o caráter que predomina, sendo a polícia administrativa
eminentemente preventiva, ao passo que a polícia judiciária é predominante-
mente repressiva. Entretanto, essa distinção não é taxativa já que ambas atuam
nos dois sentidos. Temos apenas características predominantes em cada um
dos ramos da atividade.

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Como nosso objetivo hoje é apenas uma revisão do tema, vamos esquema-
tiza-lo da seguinte forma:

POLÍCIA
RAMO DE ATIVIDADE POLÍCIA JUDICIÁRIA
ADMINISTRATIVA
PM

POLÍCIA RODOVIÁRIA

EXEMPLOS DE POLÍCIA FERROVIÁRIA 

INSTITUIÇÕES POLÍCIA CIVIL
QUE EXERCEM A POLÍCIA SANITÁRIA

POLÍCIA FEDERAL

ATIVIDADE
POLÍCIA EDILÍCIA

POLÍCIA DE

COSTUMES
CARÁTER
PREDOMINANTE DA PREVENTIVO REPRESSIVO
ATIVIDADE
DIREITO
DIREITO
RAMO DE REGÊNCIA PROCESSUAL
ADMINISTRATIVO
PENAL
Bens, direitos e atividades
INCIDE SOBRE As pessoas
das pessoas

Se nos detivermos um pouco mais na análise das duas áreas de atuação do

Poder de Polícia, vamos verificar que:

Polícia administrativa:

• Será executada por Órgãos Administrativos de caráter fiscalizador

• A atividade se inicia e se exaure em si própria
• Será regida pelo Direito Administrativo
• Incide sobre bens, direitos ou atividades.
• Tem caráter eminentemente preventivo, pois a administração tem a
intenção de evitar que o dano aconteça.
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Polícia judiciária:

• Será executada por órgãos de Segurança Pública

• Prepara a atuação da função jurisdicional penal, mas não a conclui.
• Rege-se pelo Direito Penal,
• Incide sobre pessoas,
• Tem caráter eminentemente repressivo, destinando-se à responsabiliza-
ção penal do indivíduo.

Atenção!
Guardas Civis Municipais: Não exercem nem Polícia Administrativa nem
Polícia Judiciária, tendo competência restrita à conservação do patrimônio
público municipal, conforme previsto no art. 144, § 4º da Constituição. Ocorre
que a Lei n. 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento) AUTORIZA O PORTE
DE ARMA DE FOGO POR INTEGRANTES DAS GUARDAS MUNICIPAIS,
SOMENTE EM DOIS CASOS:
a. Capitais dos Estados e municípios com mais de 500.000 habitantes,
nas condições estabelecidas no regulamento da lei;
b. Municípios com mais de 50.000 e menos de 500.000 habitantes: porte
de arma de fogo somente quando em serviço.

O ALCANCE TRIPARTITE DO PODER DE POLÍCIA:

Apenas com finalidade didática, podemos sintetizar o poder de polícia em

três atividades fundamentais: LIMITAR, FISCALIZAR E SANCIONAR. Assim,
sempre que a Administração Pública limita, fiscaliza ou sanciona os particulares,
em prol do interesse da coletividade, estamos diante de manifestação do Poder
de Polícia.
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Bem, amigos, por hoje ficamos por aqui. No próximo post vamos falar sobre
os atributos do Poder de Polícia, suas limitações e o Abuso de Poder.

Bons estudos e até a próxima!

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