Você está na página 1de 13

Estruturas II - 1º/2013 Universidade Nilton Lins 1

1. Traçar os diagramas de esforços solicitantes (esforço cortante e momento


fletor) da viga abaixo por meio do método dos deslocamentos. Considerar EI
constante.

10 kN
80 kN 80 kN/m
40 kN/m
10 kN/m

A B C D E
4,0 m 2,0 m 2,0 m 4,0 m 2,0 m

Deslocabilidade interna ሺ݀௜ ሻ: 2 (ߠ஻ ݁ ߠ஼ , rotações nos nós internos B e C)

Deslocabilidade externa ሺ݀௘ ሻ: 0 (não possui deslocamentos lineares)

Obs: o nó D não deve ser considerado como nó interno, pois o trecho DE está em
balanço e pode ser “retirado” (exclusivamente para a análise de esforços) fazendo-se a
equivalência estática, como pode ser visto no item a seguir.

1.0 Sistema principal com carregamento externo (0)

Nesta etapa devem-se bloquear todas as deslocabilidades existentes na


estrutura, sejam rotações ou deslocamentos lineares. A estrutura com todas as
deslocabilidades bloqueadas é chamada de Sistema Principal. As rotações devem ser
bloqueadas por meio de chapas, e os deslocamentos lineares por meio de um apoio do
1º gênero. Neste exemplo a viga possui apenas duas incógnitas de rotação, dessa
maneira, como mostra a figura 1.1, coloca-se chapas nos nós B e C, sendo as chapas
1 e 2 respectivamente.
10 kN
80 kN 80 kN/m
40 kN/m MED =
20 kN
40 kN.m
1 2
A C D E
B
4,0 m 2,0 m 2,0 m 4,0 m

Figura 1.1. Sistema Principal com carregamento externo

Ao se colocar as chapas nos nós B e C, todas as barras devem ser analisadas


isoladamente para o cálculo dos momentos de engastamento perfeito, lembrando de
substituir as chapas por engastes, dessa maneira, as barras serão analisadas como
vigas biengastadas (barras AB e BC) e engastada e apoiada (barra CD) de acordo
como mostra a figura 1.2.

Prof. Winston Zumaeta Método dos deslocamentos 12/03/2013


Estruturas II - 1º/2013 Universidade Nilton Lins 2

40 kN/m
Caso da coluna 1,
2
q.lAB - 53,333 linha 1 da tabela 1.1
A B -
12
=
2
q.l
+ 12AB = + 53,333
4,0 m

80 kN
Caso da coluna 1,
linha 2 da tabela 1.1
P.l B C -
P.lBC - 40
=
+ 8 BC = + 40 8
2,0 m 2,0 m
10 kN
80 kN/m
MED =
20 kN
40 kN.m
Caso da coluna 2, q.l 2
linha 6 da tabela 1.2 + 15CD = + 85,333
C D
Caso da coluna 2, 4,0 m
linha 7 da tabela 1.2 - MED = - 20
2

Figura 1.2. Momentos de engastamento perfeito (análise isolada por barra).

Ainda na figura 1.2, na análise da barra CD, observa-se que além do


carregamento distribuído triangular, apenas o momento de 40 kN.m oriundo da
equivalência estática do balanço (trecho DE) geram momentos no engaste em C.
A fim de simplificar a resolução e torná-la mais prática, nos próximos exemplos
resolvidos, os momentos de engastamento perfeito serão apresentados como mostra a
figura 1.3.

80 kN 80 kN/m
40 kN/m MED = 40 kN.m
β 10 β 20
1 2
A + 53,333 - 53,333 + 40 - 40
C + 85,333 - 40 E
B D
- 20
+ 65,333
4,0 m 2,0 m 2,0 m 4,0 m

Figura 1.3. Momentos de engastamento perfeito (apresentação simplificada)

Prof. Winston Zumaeta Método dos deslocamentos 12/03/2013


Estruturas II - 1º/2013 Universidade Nilton Lins 3

1.1 Sistema auxiliar (1)

Antes de explicar o que será feito nesta etapa, deve-se saber que é necessário
um sistema auxiliar para cada incógnita do problema, ou seja, um sistema auxiliar para
cada deslocabilidade bloqueada na estrutura do Sistema Principal. Para este exemplo,
como há duas incógnitas de rotação, serão necessários dois sistemas auxiliares.
Sendo assim, nesta etapa aplica-se um giro unitário no nó 1 (nó B) da estrutura
do sistema principal como mostra a figura 1.4, ao fazer isso, apenas as barras AB e BC
serão flexionadas (linha tracejada fina), sendo estas as únicas barras solicitadas nesta
análise. Observa-se que nos sistemas auxiliares o carregamento externo não é
considerado.
θ=1

1 2
A B E
C D
4,0 m 4,0 m 4,0 m

Figura 1.4. Giro unitário no nó 1 (nó B)

Aqui as barras também são estudadas isoladamente, porém serão analisadas


apenas as barras AB e BC por serem elas as únicas solicitadas, e para facilitar as
“contas” desta etapa, nos casos em que o valor de EI for constante (igual para a
estrutura inteira), pode-se substituí-lo por 1, pois EI se auto-cancelará no cálculo dos
momentos finais, não alterando seus valores. A figura 1.5 mostra esta análise
detalhadamente.

θ=1
2EI = 2 = 0,5
lAB 4 4EI = 4 =1,0 Caso da coluna 2,
lAB 4 linha 1 da tabela 2

A B
4,0 m

θ=1
2EI = 2 = 0,5
lBC 4
Caso da coluna 1,
linha 1 da tabela 2
B C
4EI = 4 = 1,0
lBC 4 4,0 m

Figura 1.5. Momentos gerados no engaste devido ao giro unitário no nó B


Prof. Winston Zumaeta Método dos deslocamentos 12/03/2013
Estruturas II - 1º/2013 Universidade Nilton Lins 4

Da mesma maneira como no item 1.0, a fim de simplificar a resolução e torná-la


mais prática, nos próximos exemplos resolvidos, os momentos devido ao giro unitário,
serão apresentados como mostra a figura 1.6.

θ = 1 4EI = 44 =1,0
2EI = 2 = 0,5 lBC
lAB 4 β 11 β 21
1 2
A B C D E
2EI = 2 = 0,5
4EI = 4 =1,0 lBC 4
lAB 4
4,0 m 4,0 m 4,0 m

Figura 1.6. Momentos devido ao giro unitário no nó B (apresentação simplificada)

1.2 Sistema auxiliar (2)

Nesta etapa aplica-se um giro unitário no nó 2 (nó C) da estrutura do sistema


principal como mostra a figura 1.7, ao fazer isso, apenas as barras BC e CD serão
flexionadas (linha tracejada fina), sendo estas as únicas barras solicitadas nesta
análise. Lembra-se que nos sistemas auxiliares o carregamento externo não é
considerado.

θ=1

1 2
A E
B C D
4,0 m 4,0 m 4,0 m

Figura 1.7. Giro unitário no nó 2 (nó C)

Aqui as barras também são estudadas isoladamente, porém serão analisadas


apenas as barras BC e CD por serem elas as únicas solicitadas, e para facilitar as
“contas”, conforme já foi explicado no item 1.1, o valor de EI será substituído por 1. A
figura 1.8 mostra esta análise detalhadamente.

Prof. Winston Zumaeta Método dos deslocamentos 12/03/2013


Estruturas II - 1º/2013 Universidade Nilton Lins 5

θ=1
2EI = 2 = 0,5
lBC 4 Caso da coluna 2,
4EI = 4 =1,0
lBC 4 linha 1 da tabela 2

B C
4,0 m

θ=1

Caso da coluna 1,
linha 2 da tabela 2
C D
3EI = 3 = 0,75
lCD 4 4,0 m

Figura 1.8. Momentos gerados no engaste devido ao giro unitário no nó C

Conforme já foi mencionado, a fim de simplificar a resolução e torná-la mais


prática, nos próximos exemplos resolvidos, os momentos devido ao giro unitário, serão
apresentados como mostra a figura 1.9.

θ = 1 3EI = 43 = 0,75
2EI = 2 = 0,5 lCD
β 12 lBC 4 β 22
1 2
A D E
B C
4EI = 4 =1,0
lBC 4
4,0 m 4,0 m 4,0 m

Figura 1.9. Momentos devido ao giro unitário no nó C (apresentação simplificada)

1.3 Cálculo dos ࢼ′࢙

Os ߚ′‫ ݏ‬que contêm o zero no índice (ߚଵ଴ , ߚଶ଴ , ݁‫ … ܿݐ‬ሻ são os termos de carga, o
restante (ߚଵଵ , ߚଵଶ , ߚଶଵ , ݁‫ … ܿݐ‬ሻ são os coeficientes da matriz de rigidez. De uma forma
prática, eles são a soma de todos os momentos ou forças em um determinado nó. Para
este caso:

Prof. Winston Zumaeta Método dos deslocamentos 12/03/2013


Estruturas II - 1º/2013 Universidade Nilton Lins 6

 O ߚଵ଴ é a soma de todos os momentos “ao redor” do nó 1 no sistema principal (0).


 O ߚଵଵ é a soma de todos os momentos “ao redor” do nó 1 no sistema auxiliar (1).
 O ߚଵଶ é a soma de todos os momentos “ao redor” do nó 1 no sistema auxiliar (2).
 O ߚଶ଴ é a soma de todos os momentos “ao redor” do nó 2 no sistema principal (0).
 O ߚଶଵ é a soma de todos os momentos “ao redor” do nó 2 no sistema auxiliar (1).
 O ߚଶଶ é a soma de todos os momentos “ao redor” do nó 2 no sistema auxiliar (2).

Seguindo a convenção de sinais adotada, os ߚ′‫ ݏ‬calculados são estes:

ߚଵ଴ = − 53,333 + 40 = − 13,333 ߚଵଵ = 1,0 + 1,0 = 2,0 ߚଵଶ = 0,5

ߚଶ଴ = − 40 + 65,333 = 25,333 ߚଶଵ = 0,5 ߚଶଶ = 1,0 + 0,75 = 1,75

1.4 Montagem do sistema de equações

Uma dica para a montagem das equações é sempre fixar o primeiro índice dos
ߚ′‫ ݏ‬e aumentar gradativamente o segundo ao realizar a soma, sendo que os ߚ′‫ ݏ‬dos
sistemas auxiliares (ߚଵଵ , ߚଵଶ , ߚଶଵ , ݁‫ … ܿݐ‬ሻ devem ser multiplicados pelas suas respectivas
incógnitas.

ߚଵ଴ + ߚଵଵ ߠ஻ + ߚଵଶ ߠ஼ = 0 ߚଵଵ ߠ஻ + ߚଵଶ ߠ஼ = −ߚଵ଴

ߚଶ଴ + ߚଶଵ ߠ஻ + ߚଶଶ ߠ஼ = 0 ߚଶଵ ߠ஻ + ߚଶଶ ߠ஼ = −ߚଶ଴

2,0ߠ஻ + 0,5ߠ஼ = − ሺ−13,333ሻ 2,0ߠ஻ + 0,5ߠ஼ = + 13,333

0,5ߠ஻ + 1,75ߠ஼ = − ሺ25,333ሻ 0,5ߠ஻ + 1,75ߠ஼ = − 25,333

Resolvendo o sistema por meio da calculadora, obtém-se:

૚૚,૙ૠૠ ି૚ૠ,૟૝૚
ࣂ࡮ = ࢘ࢇࢊ e ࣂ࡯ = ࢘ࢇࢊ
ࡱࡵ ࡱࡵ

Obs: Não esquecer que o coeficiente EI ainda existe e deve ser colocado na resposta.

Prof. Winston Zumaeta Método dos deslocamentos 12/03/2013


Estruturas II - 1º/2013 Universidade Nilton Lins 7

1.5 Cálculo dos momentos finais

Barra AB

Para comprovar o que foi dito nos sistemas auxiliares em relação ao valor de ‫ܫܧ‬,
será considerado o produto ‫ ܫܧ‬apenas para este cálculo de momento, os próximos
serão feitos de maneira direta.

‫ܯ‬஺ = ‫ܯ‬஺బ + ‫ܯ‬஺భ . ߠ஻ + ‫ܯ‬஺మ . ߠ஼

௙ 11,077 −17,641
‫ܯ‬஺ = 53,333 + 0,5‫ ݔ ܫܧ‬൬ ൰+0‫ ݔ‬൬ ൰
‫ܫܧ‬ ‫ܫܧ‬
௙ ଵଵ,଴଻଻
‫ܯ‬஺ = 53,333 + 0,5‫ ݔ ܫܧ‬ቀ ቁ
ாூ


‫ܯ‬஺ = 53,333 + 5,539


ࡹ࡭ = ૞ૡ, ૡૠ૛ ࢑ࡺ. ࢓ ↶ Giro anti-horário


‫ܯ‬஻ = ‫ܯ‬஻బ + ‫ܯ‬஻భ . ߠ஻ + ‫ܯ‬஻మ . ߠ஼


‫ܯ‬஻ = − 53,333 + 1,0 ‫ ݔ‬ሺ11,077ሻ + 0 ‫ ݔ‬ሺ−17,641ሻ

‫ܯ‬஻ = − 53,333 + 11,077


ࡹ࡮ = − ૝૛, ૛૞૟ ࢑ࡺ. ࢓ ↷ Giro horário

Barra BC


‫ܯ‬஻ = ‫ܯ‬஻బ + ‫ܯ‬஻భ . ߠ஻ + ‫ܯ‬஻మ . ߠ஼


‫ܯ‬஻ = 40 + 1,0 ‫ ݔ‬ሺ11,077ሻ + 0,5 ‫ ݔ‬ሺ−17,641ሻ

‫ܯ‬஻ = 40 + 11,077 − 8,821


ࡹ࡮ = ૝૛, ૛૞૟ ࢑ࡺ. ࢓ ↶ Giro anti-horário


‫ܯ‬஼ = ‫ܯ‬஼బ + ‫ܯ‬஼భ . ߠ஻ + ‫ܯ‬஼మ . ߠ஼


‫ܯ‬஼ = − 40 + 0,5 ‫ ݔ‬ሺ11,077ሻ + 1,0 ‫ ݔ‬ሺ−17,641ሻ

‫ܯ‬஼ = − 40 + 5,539 − 17,641


ࡹ࡯ = − ૞૛, ૚૙૛ ࢑ࡺ. ࢓ ↷ Giro horário

Prof. Winston Zumaeta Método dos deslocamentos 12/03/2013


Estruturas II - 1º/2013 Universidade Nilton Lins 8

Barra CD


‫ܯ‬஼ = ‫ܯ‬஻బ + ‫ܯ‬஻భ . ߠ஻ + ‫ܯ‬஻మ . ߠ஼


‫ܯ‬஼ = 65,333 + 0 ‫ ݔ‬ሺ11,077ሻ + 0,75 ‫ ݔ‬ሺ−17,641ሻ

‫ܯ‬஼ = 65,333 − 13,231


ࡹ࡯ = ૞૛, ૚૙૛ ࢑ࡺ. ࢓ ↶ Giro anti-horário


‫ܯ‬஽ = ‫ܯ‬஽బ + ‫ܯ‬஽భ . ߠ஻ + ‫ܯ‬஽మ . ߠ஼


‫ܯ‬஽ = − 40 + 0 ‫ ݔ‬ሺ11,077ሻ + 0 ‫ ݔ‬ሺ−17,641ሻ


ࡹࡰ = − ૝૙ ࢑ࡺ. ࢓ ↷ Giro horário

Barra DE

O momento final para esta barra é o mesmo da equivalência estática feita no


item 1.0, que foi obtido diretamente pelo cálculo isostático, pois se trata de um trecho
em balanço. Este momento atua diretamente no nó D, diferente dos outros casos em

que o momento atua na extremidade das barras, dessa maneira, o ‫ܯ‬஽ desta barra será

o mesmo ‫ܯ‬஽ da barra CD.

௙ 2,0
‫ܯ‬஽ = − 10 ‫ ݔ‬2,0 − ሺ10 ‫ ݔ‬2,0ሻ ‫ݔ‬
2

‫ܯ‬஽ = − 20 − 20


ࡹࡰ = − ૝૙ ࢑ࡺ. ࢓ ↷ Giro horário


ࡹࡱ = ૙ (Pois é a extremidade livre do balanço).

Prof. Winston Zumaeta Método dos deslocamentos 12/03/2013


Estruturas II - 1º/2013 Universidade Nilton Lins 9

1.6 Esquema dos momentos na viga

Na figura 1.10, mostra-se o esquema de todos os momentos finais calculados,


apenas para melhor visualização de como será o traçado do diagrama de momentos
fletores.

58,872 42,256 42,256 52,102 52,102 40


B C
A D E

Figura 1.10. Esquema de momentos em kN.m

Lembra-se que o diagrama de momentos fletores deve ser traçado do lado


tracionado da barra (convenção brasileira). Com o intuito de esclarecer qual será o lado
tracionado, faz-se uma rápida análise das barras mostradas na figura 1.11, onde a
barra (a-1) quando submetida aos momentos na extremidade, flexiona-se da maneira
mostrada na figura 1.11 (a-2), tracionando o lado superior e comprimindo o lado
inferior. No caso da barra (b-1) quando submetida aos momentos na extremidade,
flexiona-se da maneira mostrada na figura 1.11 (b-2), tracionando o lado inferior e
comprimindo o lado superior.

lado superior
tracionado

lado superior
lado inferior
lado inferior comprimido

(a-1) (a-2)

lado superior lado superior


comprimido
lado inferior

(b-1)
lado inferior
tracionado
(b-2)

Figura 1.11. Lado tracionado e comprimido das barras

Sendo assim, o diagrama de momentos fletores será traçado no item seguinte.

Prof. Winston Zumaeta Método dos deslocamentos 12/03/2013


Estruturas II - 1º/2013 Universidade Nilton Lins 10

1.7 Traçado do diagrama de momento fletor (DMF)

Na figura 1.12, mostra-se o traçado do diagrama de momentos fletores.

q.lAB2 80 P.lBC 80 q.lCD2 80


= = = Parábola
58,872 8 4 16 do 2º grau
52,102
42,256 40 q.lDE2 5
=
8

A E
B C D
Mmáx= 29,652 Parábola
do 2º grau
Mmáx= 32,821 Mmáx= 35,225
Parábola
do 3º grau

2,104 m 1,757 m

4,0 m 2,0 m 2,0 m 4,0 m 2,0 m

Figura 1.12. Diagrama de momentos fletores (DMF) em KN.m

1.8 Cálculo das reações de apoio

Na figura 1.13, mostra-se o cálculo detalhado das reações de apoio.

RESULTANTE
RESULTANTE (carregamento triângular)
(carregamento retângular) 80 x 4,0
40 x 4,0 = 2,0 = 10 kN
160 kN 80 kN 160 kN
RESULTANTE
58,872 42,256 42,256 52,102 52,102 20 kN 40
B C
A 1 x 4,0
3
2 x 4,0
3
D E
4,0 m 2,0 m 2,0 m 4,0 m

2
160 160 80 80 160 x 3 x4 160 x 13 x 4 + 30
2 2 2 2 4 4

58,872 58,872 42,256 42,256 52,102 52,102


4 4 4 4 4 4

42,256 42,256 52,102 52,102 40 40


4 4 4 4 4 4

VA = VB = VC = VD =
84,154 kN 113,385 kN 152,154 kN 80,308 kN

Figura 1.13. Cálculo das reações de apoio

Prof. Winston Zumaeta Método dos deslocamentos 12/03/2013


Estruturas II - 1º/2013 Universidade Nilton Lins 11

1.9 Cálculo dos esforços cortantes

Antes de calcular os esforços cortantes deve-se dividir a viga em trechos, cada


trecho iniciando com sua própria abscissa ሺ‫ݔ‬ଵ , ‫ݔ‬ଶ , ‫ݔ‬ଷ , ݁‫ … ܿݐ‬ሻ. E essa divisão deve ser
feita da seguinte maneira:
 Todo carregamento concentrado, seja uma força ou momento, separam um
trecho do outro.
 Todo início e fim de carregamento distribuído também separam um trecho do
outro.
 Todo apoio, seja do 1º ou do 2º gênero, também separam um trecho do outro.

Dessa maneira, neste caso, teremos a viga com os trechos mostrados na figura
1.14.

x1 x2 x3 x4 x5
10 kN
80 kN 80 kN/m
40 kN/m
10 kN/m

A B C D E
4,0 m 2,0 m 2,0 m 4,0 m 2,0 m

Figura 1.14. Viga separada em trechos

Será calculado o esforço cortante no início e no fim de cada trecho obedecendo


a legenda e a convenção mostradas a seguir.

Legenda:

ܳ௜,௝ → ‫݊݅ ݋݊ ݁ݐ݊ܽݐݎ݋ܥ‬íܿ݅‫ܿ݁ݎݐ ݋݀ ݋‬ℎ‫݆ ݋‬

ܳ௙,௝ → ‫ܿ݁ݎݐ ݋݀ ݂݉݅ ݋݊ ݁ݐ݊ܽݐݎ݋ܥ‬ℎ‫݆ ݋‬

Convenção:

‫ ݋݀݅ݐ݊݁ݏ ݋݊ ݋ݎ݅ܩ‬ℎ‫ݎ݋‬á‫݋݅ݎ‬, ܿ‫݋ݒ݅ݐ݅ݏ݋݌ ݁ݐ݊ܽݐݎ݋‬.

‫ ݅ݐ݊ܽ ݋݀݅ݐ݊݁ݏ ݋݊ ݋ݎ݅ܩ‬− ℎ‫ݎ݋‬á‫݋݅ݎ‬, ܿ‫݋ݒ݅ݐܽ݃݁݊ ݁ݐ݊ܽݐݎ݋‬.

Prof. Winston Zumaeta Método dos deslocamentos 12/03/2013


Estruturas II - 1º/2013 Universidade Nilton Lins 12

Na figura 1.15, mostra-se o esquema para o cálculo dos esforços cortantes


indicando a posição exata de todos os termos que serão calculados ൫ܳ௜,ଵ , ܳ௙,ଵ , ݁‫ … ܿݐ‬൯.

x1 x2 x3 x4 x5
RESULTANTE RESULTANTE
160 kN 80 kN 160 kN
RESULTANTE
Q f,2 Q i,3 20 kN 10 kN

A E
Q i,1 Q f,1 B Q i,2 Q f,3 C Q i,4 Q f,4 D Q i,5 Q f,5

VA = VB = VC = VD =
84,154 kN 113,385 kN 152,154 kN 80,308 kN

Figura 1.15. Esquema para cálculo dos esforços cortantes

1.9.1 Trecho 1

ܳ௜,ଵ = ܸ஺ = 84,154 ݇ܰ

ܳ௙,ଵ = ܳ௜,ଵ − ܴ݁‫ݐ݈ݑݏ‬஺஻ = 84,154 − 160 = − 75,846 ݇ܰ

1.9.2 Trecho 2

ܳ௜,ଶ = ܳ௙,ଵ + ܸ஻ = − 75,846 + 113,385 = 37,539 ݇ܰ

ܳ௙,ଶ = ܳ௜,ଶ = 37,539 ݇ܰ

1.9.3 Trecho 3

ܳ௜,ଷ = ܳ௙,ଶ − 80 = 37,539 − 80 = − 42,461 ݇ܰ

ܳ௙,ଷ = ܳ௜,ଷ = − 42,461 ݇ܰ

1.9.4 Trecho 4

ܳ௜,ସ = ܳ௙,ଷ + ܸ஼ = 109,693 ݇ܰ

ܳ௙,ସ = ܳ௜,ସ − ܴ݁‫ݐ݈ݑݏ‬஼஽ = 109,693 − 160 = − 50,307 ݇ܰ

Prof. Winston Zumaeta Método dos deslocamentos 12/03/2013


Estruturas II - 1º/2013 Universidade Nilton Lins 13

1.9.5 Trecho 5

ܳ௜,ହ = ܳ௙,ସ + ܸ஽ = − 50,307 + 80,308 = 30, 001 ≅ 30 ݇ܰ

ܳ௙,ହ = ܳ௜,ହ − ܴ݁‫ݐ݈ݑݏ‬஽ா = 30 − 20 = 10 ݇ܰ

1.10 Traçado do diagrama de esforços cortantes (DEC)

Na figura 1.16, mostra-se o traçado do diagrama de esforços cortantes.

109,693
Parábola
84,154 do 2º grau

q.lCD 40
37,539 =
8 30
10

A E
B C Horiz. D
42,461 50,307
2,104 m 1,757 m
75,846

4,0 m 2,0 m 2,0 m 4,0 m 2,0 m

Figura 1.16. Diagrama de esforços cortantes (DEC) em kN

Algumas observações podem ser feitas sobre o diagrama traçado acima:

 No trecho AB, tem-se um carregamento distribuído retangular, dessa


maneira, a equação de esforço cortante será uma função do 1º grau,
resultando em uma reta decrescente como gráfico.
 No trecho BC, tem-se uma carga concentrada aplicada no meio do vão,
dessa maneira, a equação de esforço cortante será uma função constante
para as duas metades da barra BC, resultando em uma reta como gráfico,
sendo essa reta paralela ao eixo da viga.
 No trecho CD, tem-se um carregamento distribuído triangular
decrescente, dessa maneira, a equação de esforço cortante será uma
função do 2º grau, resultando em uma parábola do 2º grau. Pelo fato de
ser decrescente, ele será zero em D, e nesta posição o ângulo que o
diagrama faz com a horizontal deve ser zero, deixando o diagrama na
horizontal.
 E por fim, no trecho DE, caso análogo ao trecho AB, tem-se um
carregamento distribuído retangular, dessa maneira, a equação de
esforço cortante será uma função do 1º grau, resultando em uma reta
decrescente como gráfico.
Prof. Winston Zumaeta Método dos deslocamentos 12/03/2013

Você também pode gostar