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Comportamento de Estrutura de

Concreto Armado
Solicitações Normais - Revisão e Aprofundamento

Prof. Leandro Lopes da Silva


leandro@dees.ufmg.br

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)


Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Estruturas (PROPEEs)

2o. Semestre 2021


Solicitações Normais
Por solicitação normal, entende-se qualquer solicitação que produza tensões
normais na seção transversal. Nesse grupo, estão a força normal (N ), o
momento fletor (My e/ou Mz ) ou a combinação desses esforços.
Em comportamento linear, têm-se:

N My N My N My Mz
σx = ; σx = ± z; σx = ± z; σx = ± z± y.
A Iy A Iy A Iy Iz

em que x é o eixo longitudinal; A é a área da seção transversal; Iy e Iz são


os momentos de inércia em relação aos eixos principais da seção y e z.
A ruína (Estado Limite Último - ELU) de peças de concreto armado é um
fenômeno de difícil caracterização.
Visando-se determinar a capacidade resistente de peças de concreto armado
submetidas a solicitações normais, convenciona-se que a ruína é alcançada
quando se atinge a ruptura do concreto à compressão e/ou da armadura à
tração, sendo essa ruptura caracterizada por deformações limites.
Solicitações Normais
Hipóteses Básicas

Para tanto, estabelecem-se as seguintes 7 hipóteses básicas de cálculo.


1. As seções transversais se mantêm planas após a deformação:
S

z ϕ

Em regime de pequenos deslocamentos:

u du dφ
φ ≈ tg φ = ∴ u ≈ zφ ⇒ εx = ≈z (variação linear na altura.)
z dx dx
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Hipóteses Básicas

Para tanto, estabelecem-se as seguintes 7 hipóteses básicas de cálculo.


2. A deformação das barras em tração ou compressão deve ser a mesma do
concreto em seu entorno (perfeita aderência aço-concreto):
S

εc = εs

εc - deformação no concreto;
εs - deformação no aço.
Solicitações Normais
Hipóteses Básicas

Para tanto, estabelecem-se as seguintes 7 hipóteses básicas de cálculo.


3. As tensões de tração no concreto, normais à seção transversal, devem ser
desprezadas no ELU (resistência nula do concreto à tração):
S S
σc

S S

σc - tensão (de compressão) no concreto.


Solicitações Normais
Hipóteses Básicas

Para tanto, estabelecem-se as seguintes 7 hipóteses básicas de cálculo.


4.1. Para o encurtamento de ruptura do concreto nas seções parcialmente
comprimidas, considera-se o valor convencional de εcu :
S
εclim = εcu

εcu = 3, 5 h para concretos C20 a C50 (Grupo I)

= 2, 6h + 35h
 4
90 − f ck
εcu para concretos C55 a C90 (Grupo II)
100
Solicitações Normais
Hipóteses Básicas

Para tanto, estabelecem-se as seguintes 7 hipóteses básicas de cálculo.


4.2. Em seções inteiramente comprimidas, admite-se que, na ruptura, o
encurtamento da borda mais comprimida apresenta um valor compreendido
entre εc2 e εcu , sendo a deformação a uma distância [(εcu − εc2 ) h/εcu ], a
partir da borda mais comprimida, igual a εc2 :
S εc2 εclim εcu

𝜀𝑐𝑢 − 𝜀𝑐2
h
𝜀𝑐𝑢

h
S

εc2 = 2 para concretos C20 a C50 (Grupo I)


εc2 = 2h + 0, 085h (f ck
0,53
− 50) para concretos C55 a C90 (Grupo II)
Solicitações Normais
Hipóteses Básicas

Para tanto, estabelecem-se as seguintes 7 hipóteses básicas de cálculo.


4.2. Em seções inteiramente comprimidas, admite-se que, na ruptura, o
encurtamento da borda mais comprimida apresenta um valor compreendido
entre εc2 e εcu , sendo a deformação a uma distância [(εcu − εc2 ) h/εcu ], a
partir da borda mais comprimida, igual a εc2 :
S εc2 εclim εcu

𝜀𝑐𝑢 − 𝜀𝑐2
h
𝜀𝑐𝑢

Peças inteiramente comprimidas são mais suscetíveis à instabilidade, o que


justifica o seu valor limite para deformação de ruptura inferior.
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Hipóteses Básicas

Para tanto, estabelecem-se as seguintes 7 hipóteses básicas de cálculo.

h
5. Para o alongamento máximo de ruptura do aço, considera-se o valor con-
vencional de εsu = 10 :
S

εsu = 10‰
S

h
O alongamento máximo de 10 deve-se a uma limitação da fissuração no
concreto que envolve a armadura e não ao alongamento real de ruptura do
aço, que é bem superior a esse valor.
Solicitações Normais
Hipóteses Básicas

Para tanto, estabelecem-se as seguintes 7 hipóteses básicas de cálculo.


6.1. A distribuição de tensões no concreto se dá de acordo com o seguinte
diagrama parábola-retângulo idealizado, com tensão de pico fc = 0, 85fcd :
σc 𝑛
𝜀𝑐
𝜎𝑐 = 𝑓𝑐 1 − 1 −
𝜀𝑐2

𝑓𝑐𝑘
0,85
𝛾𝑐

𝑓𝑐𝑑

𝑓𝑐

εc

εc2 εcu

n=2 para concretos C20 a C50 (Grupo I)


 4
90 − fck
n = 1, 4 + 23, 4 para concretos C55 a C90 (Grupo II)
100
Solicitações Normais
Hipóteses Básicas

Para tanto, estabelecem-se as seguintes 7 hipóteses básicas de cálculo.


6.1. A distribuição de tensões no concreto se dá de acordo com o seguinte
diagrama parábola-retângulo idealizado, com tensão de pico fc = 0, 85fcd :
σc 𝑛
𝜀𝑐
𝜎𝑐 = 𝑓𝑐 1 − 1 −
𝜀𝑐2

𝑓𝑐𝑘
0,85
𝛾𝑐

𝑓𝑐𝑑

𝑓𝑐

εc

εc2 εcu

γc = 1, 4 se combinações de ações “normais”;


γc = 1, 2 se combinações de ações “especiais ou de construção”;
γc = 1, 2 se combinações de ações “excepcionais”.
Solicitações Normais
Hipóteses Básicas

Para tanto, estabelecem-se as seguintes 7 hipóteses básicas de cálculo.


6.1. A distribuição de tensões no concreto se dá de acordo com o seguinte
diagrama parábola-retângulo idealizado, com tensão de pico fc = 0, 85fcd :
O fator redutor de 0,85 na determinação da tensão de pico fc é chamado
Coeficiente de Rüsch.
O ensaio de compressão em corpos de prova para caracterização é de curta
duração.
Sabe-se, a partir dos trabalhos realizados por Rüsch, que o resultado desse
ensaio é ligeiramente superior ao obtido quando o ensaio é de longa duração.
Isso se deve à microfissuração interna do concreto, que se processa mesmo
no concreto descarregado, e que no ensaio de longa duração tem seu efeito
ampliado devido à interligação entre as microfissuras, diminuindo assim a
capacidade resistente.
Uma vez que grande parcela do carregamento que atua em uma estrutura
é de longa duração, os resultados do ensaio de curta duração devem ser
corrigidos por esse fator redutor.
Solicitações Normais
Hipóteses Básicas

Para tanto, estabelecem-se as seguintes 7 hipóteses básicas de cálculo.


6.1. A distribuição de tensões no concreto se dá de acordo com o seguinte
diagrama parábola-retângulo idealizado, com tensão de pico fc = 0, 85fcd :
Solicitações Normais
Hipóteses Básicas

Para tanto, estabelecem-se as seguintes 7 hipóteses básicas de cálculo.


6.2. Visando simplificar os cálculos de dimensionamento, o diagrama parábola-
retângulo pode ser substituído por um diagrama retangular simplificado cuja
configuração é definida de modo a se obter os mesmos efeitos:
S
εcu fc = 0,85 fcd fc

x εc2 y=λx

S
λ = 0, 8 para concretos C20 a C50 (Grupo I)
fck − 50
λ = 0, 8 − para concretos C55 a C90 (Grupo II)
400
Solicitações Normais
Hipóteses Básicas

Para tanto, estabelecem-se as seguintes 7 hipóteses básicas de cálculo.


6.2. Visando simplificar os cálculos de dimensionamento, o diagrama parábola-
retângulo pode ser substituído por um diagrama retangular simplificado cuja
configuração é definida de modo a se obter os mesmos efeitos:
S
εcu fc = 0,85 fcd fc

x εc2 y=λx

S
fc = αc fcd se a largura da seção, medida paralelamente à linha neutra,
não diminuir a partir dessa para a borda mais comprimida;
fc = 0, 9 αc fcd no caso contrário.
Solicitações Normais
Hipóteses Básicas

Para tanto, estabelecem-se as seguintes 7 hipóteses básicas de cálculo.


6.2. Visando simplificar os cálculos de dimensionamento, o diagrama parábola-
retângulo pode ser substituído por um diagrama retangular simplificado cuja
configuração é definida de modo a se obter os mesmos efeitos:
S
εcu fc = 0,85 fcd fc

x εc2 y=λx

S
αc = 0, 85 para concretos C20 a C50 (Grupo I)
 
fck − 50
αc = 0, 85 1 − para concretos C55 a C90 (Grupo II)
200
Solicitações Normais
Hipóteses Básicas

Para tanto, estabelecem-se as seguintes 7 hipóteses básicas de cálculo.


7. A tensão nas armaduras deve ser obtida a partir de suas deformações
empregando o seguinte diagrama tensão-deformação elastoplástico perfeito
idealizado:
σs
𝑓𝑦𝑘
𝛾𝑠

𝑓𝑦𝑑

Es = 210GPa εs

εyd εsu=10‰

γs = 1, 15 se combinações de ações “normais”;


γs = 1, 15 se combinações de ações “especiais ou de construção”;
γs = 1 se combinações de ações “excepcionais”.
Solicitações Normais
Domínios de Deformação

Com base nessas hipóteses básicas, definem-se 5 domínios de deformação


que caracterizam (agrupam) as possibilidades de ruína (ELU) de peças de
concreto armado submetidas a solicitações normais:

alongamento encurtamento
εc2 εcu

𝐴′𝑠 x>0

h d
CG
da seção bruta

𝐴𝑠

b
εsu = 10‰ εyd

As armadura mais tracionada, tracionada ou menos comprimida;


A0s armadura mais comprimida, comprimida ou menos tracionada.
Solicitações Normais
Domínios de Deformação

Com base nessas hipóteses básicas, definem-se 5 domínios de deformação


que caracterizam (agrupam) as possibilidades de ruína (ELU) de peças de
concreto armado submetidas a solicitações normais:

alongamento encurtamento
εc2 εcu

𝐴′𝑠 reta “a” x>0

h d
CG
da seção bruta

𝐴𝑠

b
εsu = 10‰ εyd

As armadura mais tracionada, tracionada ou menos comprimida;


A0s armadura mais comprimida, comprimida ou menos tracionada.
Solicitações Normais
Domínios de Deformação

Com base nessas hipóteses básicas, definem-se 5 domínios de deformação


que caracterizam (agrupam) as possibilidades de ruína (ELU) de peças de
concreto armado submetidas a solicitações normais:

reta “a”:

• ELU caracterizado pela deformação última do aço εsu = 10 h nas ar-


maduras As e A0s , simultaneamente;

• Estado de deformação de tração uniforme decorrente de força normal


de tração centrada (no CG), isso se As = A0s ;

• x = −∞ (para cima).
Solicitações Normais
Domínios de Deformação

Com base nessas hipóteses básicas, definem-se 5 domínios de deformação


que caracterizam (agrupam) as possibilidades de ruína (ELU) de peças de
concreto armado submetidas a solicitações normais:

alongamento encurtamento
εc2 εcu

𝐴′𝑠 reta “a” x>0

h d
CG
da seção bruta

𝐴𝑠

b
εsu = 10‰ εyd

As armadura mais tracionada, tracionada ou menos comprimida;


A0s armadura mais comprimida, comprimida ou menos tracionada.
Solicitações Normais
Domínios de Deformação

Com base nessas hipóteses básicas, definem-se 5 domínios de deformação


que caracterizam (agrupam) as possibilidades de ruína (ELU) de peças de
concreto armado submetidas a solicitações normais:

alongamento encurtamento
εc2 εcu

𝐴′𝑠 reta “a” x>0

h d
CG
da seção bruta 1

𝐴𝑠 A

b
εsu = 10‰ εyd

As armadura mais tracionada, tracionada ou menos comprimida;


A0s armadura mais comprimida, comprimida ou menos tracionada.
Solicitações Normais
Domínios de Deformação

Com base nessas hipóteses básicas, definem-se 5 domínios de deformação


que caracterizam (agrupam) as possibilidades de ruína (ELU) de peças de
concreto armado submetidas a solicitações normais:

domínio 1:

• ELU caracterizado pela deformação última do aço εsu = 10 h na arma-


dura mais tracionada, As ;

• Estado de deformação de tração não uniforme, sem compressão, de-


corrente de flexo-tração;

• −∞ < x ≤ 0.
Solicitações Normais
Domínios de Deformação

Com base nessas hipóteses básicas, definem-se 5 domínios de deformação


que caracterizam (agrupam) as possibilidades de ruína (ELU) de peças de
concreto armado submetidas a solicitações normais:

alongamento encurtamento
εc2 εcu

𝐴′𝑠 reta “a” x>0

h d
CG
da seção bruta 1

𝐴𝑠 A

b
εsu = 10‰ εyd

As armadura mais tracionada, tracionada ou menos comprimida;


A0s armadura mais comprimida, comprimida ou menos tracionada.
Solicitações Normais
Domínios de Deformação

Com base nessas hipóteses básicas, definem-se 5 domínios de deformação


que caracterizam (agrupam) as possibilidades de ruína (ELU) de peças de
concreto armado submetidas a solicitações normais:

alongamento encurtamento
εc2 εcu

𝐴′𝑠 reta “a” x>0

d 2
h
CG
da seção bruta 1

𝐴𝑠 A

b
εsu = 10‰ εyd

As armadura mais tracionada, tracionada ou menos comprimida;


A0s armadura mais comprimida, comprimida ou menos tracionada.
Solicitações Normais
Domínios de Deformação

Com base nessas hipóteses básicas, definem-se 5 domínios de deformação


que caracterizam (agrupam) as possibilidades de ruína (ELU) de peças de
concreto armado submetidas a solicitações normais:

domínio 2:

• ELU caracterizado pela deformação última do aço εsu = 10 h na arma-


dura tracionada, As ;

• Estado de deformação decorrente de flexo-tração, flexão simples ou


flexo-compressão;
εcu
• 0 < x ≤ x2L =
εcu + 10 h d.
Solicitações Normais
Domínios de Deformação

Com base nessas hipóteses básicas, definem-se 5 domínios de deformação


que caracterizam (agrupam) as possibilidades de ruína (ELU) de peças de
concreto armado submetidas a solicitações normais:

alongamento encurtamento
εc2 εcu

𝐴′𝑠 reta “a” x>0

d 2
h
CG
da seção bruta 1

𝐴𝑠 A

b
εsu = 10‰ εyd

As armadura mais tracionada, tracionada ou menos comprimida;


A0s armadura mais comprimida, comprimida ou menos tracionada.
Solicitações Normais
Domínios de Deformação

Com base nessas hipóteses básicas, definem-se 5 domínios de deformação


que caracterizam (agrupam) as possibilidades de ruína (ELU) de peças de
concreto armado submetidas a solicitações normais:

alongamento encurtamento
εc2 εcu

B
𝐴′𝑠 x>0

3
reta “a”

d 2
h
CG
da seção bruta 1

𝐴𝑠 A

b
εsu = 10‰ εyd

As armadura mais tracionada, tracionada ou menos comprimida;


A0s armadura mais comprimida, comprimida ou menos tracionada.
Solicitações Normais
Domínios de Deformação

Com base nessas hipóteses básicas, definem-se 5 domínios de deformação


que caracterizam (agrupam) as possibilidades de ruína (ELU) de peças de
concreto armado submetidas a solicitações normais:

domínio 3:

• ELU caracterizado pelo encurtamento de ruptura do concreto em seções


parcialmente comprimidas, εcu ;

h⇒σ
• Na armadura tracionada, As : εyd ≤ εs < εsu = 10 s = fyd ;

• Estado de deformação decorrente de flexão simples ou flexo-compressão;


εcu
• x2L < x ≤ x3L = d.
εcu + εyd
Solicitações Normais
Domínios de Deformação

Com base nessas hipóteses básicas, definem-se 5 domínios de deformação


que caracterizam (agrupam) as possibilidades de ruína (ELU) de peças de
concreto armado submetidas a solicitações normais:

alongamento encurtamento
εc2 εcu

B
𝐴′𝑠 x>0

3
reta “a”

d 2
h
CG
da seção bruta 1

𝐴𝑠 A

b
εsu = 10‰ εyd

As armadura mais tracionada, tracionada ou menos comprimida;


A0s armadura mais comprimida, comprimida ou menos tracionada.
Solicitações Normais
Domínios de Deformação

Com base nessas hipóteses básicas, definem-se 5 domínios de deformação


que caracterizam (agrupam) as possibilidades de ruína (ELU) de peças de
concreto armado submetidas a solicitações normais:

alongamento encurtamento
εc2 εcu

B
𝐴′𝑠 x>0

3
reta “a”

d 2
h
CG 4
da seção bruta 1

𝐴𝑠 A

b
εsu = 10‰ εyd

As armadura mais tracionada, tracionada ou menos comprimida;


A0s armadura mais comprimida, comprimida ou menos tracionada.
Solicitações Normais
Domínios de Deformação

Com base nessas hipóteses básicas, definem-se 5 domínios de deformação


que caracterizam (agrupam) as possibilidades de ruína (ELU) de peças de
concreto armado submetidas a solicitações normais:

domínio 4:

• ELU caracterizado pelo encurtamento de ruptura do concreto em seções


parcialmente comprimidas, εcu ;

• Na armadura tracionada, As : εs < εyd ⇒ σs < fyd ;

• Estado de deformação decorrente de flexão simples ou flexo-compressão;


• x3L < x ≤ d.
Solicitações Normais
Domínios de Deformação

Com base nessas hipóteses básicas, definem-se 5 domínios de deformação


que caracterizam (agrupam) as possibilidades de ruína (ELU) de peças de
concreto armado submetidas a solicitações normais:

alongamento encurtamento
εc2 εcu

B
𝐴′𝑠 x>0

3
reta “a”

d 2
h
CG 4
da seção bruta 1

𝐴𝑠 A

b
εsu = 10‰ εyd

As armadura mais tracionada, tracionada ou menos comprimida;


A0s armadura mais comprimida, comprimida ou menos tracionada.
Solicitações Normais
Domínios de Deformação

Com base nessas hipóteses básicas, definem-se 5 domínios de deformação


que caracterizam (agrupam) as possibilidades de ruína (ELU) de peças de
concreto armado submetidas a solicitações normais:

alongamento encurtamento
εc2 εcu

B
𝐴′𝑠 x>0

3
reta “a”

d 2
h
CG 4
da seção bruta 1

𝐴𝑠 A 4a

b
εsu = 10‰ εyd

As armadura mais tracionada, tracionada ou menos comprimida;


A0s armadura mais comprimida, comprimida ou menos tracionada.
Solicitações Normais
Domínios de Deformação

Com base nessas hipóteses básicas, definem-se 5 domínios de deformação


que caracterizam (agrupam) as possibilidades de ruína (ELU) de peças de
concreto armado submetidas a solicitações normais:

domínio 4a:

• ELU caracterizado pelo encurtamento de ruptura do concreto em seções


parcialmente comprimidas, εcu ;

• Estado de deformação decorrente de flexo-compressão;

• d < x ≤ h.
Solicitações Normais
Domínios de Deformação

Com base nessas hipóteses básicas, definem-se 5 domínios de deformação


que caracterizam (agrupam) as possibilidades de ruína (ELU) de peças de
concreto armado submetidas a solicitações normais:

alongamento encurtamento
εc2 εcu

B
𝐴′𝑠 x>0

3
reta “a”

d 2
h
CG 4
da seção bruta 1

𝐴𝑠 A 4a

b
εsu = 10‰ εyd

As armadura mais tracionada, tracionada ou menos comprimida;


A0s armadura mais comprimida, comprimida ou menos tracionada.
Solicitações Normais
Domínios de Deformação

Com base nessas hipóteses básicas, definem-se 5 domínios de deformação


que caracterizam (agrupam) as possibilidades de ruína (ELU) de peças de
concreto armado submetidas a solicitações normais:

alongamento encurtamento
εc2 εcu

B
𝐴′𝑠 x>0

3
reta “a”

d 2
h
CG 4
da seção bruta 1

reta “b”
𝐴𝑠 A 4a

b
εsu = 10‰ εyd

As armadura mais tracionada, tracionada ou menos comprimida;


A0s armadura mais comprimida, comprimida ou menos tracionada.
Solicitações Normais
Domínios de Deformação

Com base nessas hipóteses básicas, definem-se 5 domínios de deformação


que caracterizam (agrupam) as possibilidades de ruína (ELU) de peças de
concreto armado submetidas a solicitações normais:

reta “b”:

• ELU caracterizado pelo encurtamento de ruptura do concreto em seções


uniformemente comprimidas, εc2 ;

• Estado de deformação de compressão uniforme decorrente de força


normal de compressão centrada (no CG), isso se As = A0s ;

• x = +∞ (para baixo).
Solicitações Normais
Domínios de Deformação

Com base nessas hipóteses básicas, definem-se 5 domínios de deformação


que caracterizam (agrupam) as possibilidades de ruína (ELU) de peças de
concreto armado submetidas a solicitações normais:

alongamento encurtamento
εc2 εcu

B
𝐴′𝑠 x>0

3
reta “a”

d 2
h
CG 4
da seção bruta 1

reta “b”
𝐴𝑠 A 4a

b
εsu = 10‰ εyd

As armadura mais tracionada, tracionada ou menos comprimida;


A0s armadura mais comprimida, comprimida ou menos tracionada.
Solicitações Normais
Domínios de Deformação

Com base nessas hipóteses básicas, definem-se 5 domínios de deformação


que caracterizam (agrupam) as possibilidades de ruína (ELU) de peças de
concreto armado submetidas a solicitações normais:

alongamento encurtamento
εc2 εcu

B
𝐴′𝑠 𝜀𝑐𝑢 − 𝜀𝑐2 x>0
h
𝜀𝑐𝑢
3
reta “a”

d 2 C
h
CG 4
da seção bruta 1

reta “b”
5
𝐴𝑠 A 4a

b
εsu = 10‰ εyd

As armadura mais tracionada, tracionada ou menos comprimida;


A0s armadura mais comprimida, comprimida ou menos tracionada.
Solicitações Normais
Domínios de Deformação

Com base nessas hipóteses básicas, definem-se 5 domínios de deformação


que caracterizam (agrupam) as possibilidades de ruína (ELU) de peças de
concreto armado submetidas a solicitações normais:

domínio 5:

• ELU caracterizado pelo encurtamento de ruptura do concreto em seções


inteiramente comprimidas, εc2 < εclim < εcu ;

• Estado de deformação de compressão não uniforme, sem tração, de-


corrente de flexo-compressão;

• h < x < +∞.


Solicitações Normais
Domínios de Deformação

Com base nessas hipóteses básicas, definem-se 5 domínios de deformação


que caracterizam (agrupam) as possibilidades de ruína (ELU) de peças de
concreto armado submetidas a solicitações normais:

alongamento encurtamento
εc2 εcu

B
𝐴′𝑠 𝜀𝑐𝑢 − 𝜀𝑐2 x>0
h
𝜀𝑐𝑢
3
reta “a”

d 2 C
h
CG 4
da seção bruta 1

reta “b”
5
𝐴𝑠 A 4a

b
εsu = 10‰ εyd

As armadura mais tracionada, tracionada ou menos comprimida;


A0s armadura mais comprimida, comprimida ou menos tracionada.
Solicitações Normais
Estudos de Caso

1. Peça uniformemente tracionada


Para a seção transversal abaixo, pede-se calcular a máxima força normal de
tração (em trabalho) suportada. Considere o coeficiente de ponderação das
ações γf = 1, 4.
d’ = 5cm

alongamento encurtamento
εc2 εcu

𝐴′𝑠
h = 40cm
d’’ = 5cm

𝐴𝑠

b = 20cm
εsu = 10‰ εyd

fck = 20 MPa ; Aço CA-50; As = A0s = 2 φ 10 mm ≈ 1, 6 cm2


Solicitações Normais
Estudos de Caso

1. Peça uniformemente tracionada


Para a seção transversal abaixo, pede-se calcular a máxima força normal de
tração (em trabalho) suportada. Considere o coeficiente de ponderação das
ações γf = 1, 4.
d’ = 5cm

alongamento encurtamento
εc2 εcu

𝐴′𝑠

𝑁𝑑
h = 40cm
d’’ = 5cm

𝐴𝑠

b = 20cm
εsu = 10‰ εyd

fck = 20 MPa ; Aço CA-50; As = A0s = 2 φ 10 mm ≈ 1, 6 cm2


Solicitações Normais
Estudos de Caso

1. Peça uniformemente tracionada


Para a seção transversal abaixo, pede-se calcular a máxima força normal de
tração (em trabalho) suportada. Considere o coeficiente de ponderação das
ações γf = 1, 4.
d’ = 5cm

alongamento encurtamento
εc2 εcu

𝐴′𝑠

𝑁𝑑
h = 40cm
d’’ = 5cm

𝐴𝑠

b = 20cm
εsu = 10‰ εyd

fck = 20 MPa ; Aço CA-50; As = A0s = 2 φ 10 mm ≈ 1, 6 cm2


Solicitações Normais
Estudos de Caso

1. Peça uniformemente tracionada


Para a seção transversal abaixo, pede-se calcular a máxima força normal de
tração (em trabalho) suportada. Considere o coeficiente de ponderação das
ações γf = 1, 4.
d’ = 5cm

alongamento encurtamento
εc2 εcu


𝐴′𝑠 𝑅𝑠𝑡

𝑁𝑑
h = 40cm
d’’ = 5cm

𝐴𝑠 𝑅𝑠𝑡

b = 20cm
εsu = 10‰ εyd

fck = 20 MPa ; Aço CA-50; As = A0s = 2 φ 10 mm ≈ 1, 6 cm2


Solicitações Normais
Estudos de Caso

1. Peça uniformemente tracionada


Conforme hipótese básica 3, em ELU, não se considera a resistência à tração
do concreto. Logo, em seções inteiramente tracionadas, toda a capacidade
resistente é devida ao aço.
_ Do equilíbrio da seção, tem-se:
P 0 0
FH = 0 ∴ −Nd + Rst + Rst =0 ∴ Nd = Rst + Rst

_ Para deformação no aço εs = εsu = 10 h, tem-se:


σs
𝑓𝑦𝑘
𝛾𝑠

𝑓𝑦𝑑

Es = 210GPa εs

εyd εsu=10‰
Solicitações Normais
Estudos de Caso

1. Peça uniformemente tracionada

Ou seja,

fyk 50
σs = fyd = = ≈ 43, 48 kN/cm2 ∴
γs 1, 15
0
Rst = σs As = 43, 48 × 1, 6 = 69, 568 kN = Rst ∴

Nd = 69, 568 + 69, 568 ≈ 139, 14 kN

Nd é a força normal de cálculo, obtida majorando a ação “em trabalho” com o


coeficiente de ponderação das ações (γf ):

Nd 139, 14
Nd = γ f N ∴ N= = ≈ 99, 4 kN
γf 1, 4

No dimensionamento, o fluxo é o inverso do de determinação da capacidade


resistente de uma peça já dimensionada, isso é:
P
N ⇒ Nd ⇒ config. deformada de ruína ⇒ εs ⇒ σs ⇒ F ⇒ As
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2. Peça uniformemente comprimida


Para a seção transversal abaixo, pede-se calcular a máxima força normal de
compressão (em trabalho) suportada. Adotar γf = 1, 4.
d’ = 5cm

alongamento encurtamento
εc2 εcu

𝐴′𝑠
h = 40cm
d’’ = 5cm

𝐴𝑠

b = 20cm
εsu = 10‰ εyd

fck = 20 MPa ; Aço CA-50; As = A0s = 2 φ 10 mm ≈ 1, 6 cm2


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Estudos de Caso

2. Peça uniformemente comprimida


Para a seção transversal abaixo, pede-se calcular a máxima força normal de
compressão (em trabalho) suportada. Adotar γf = 1, 4.
d’ = 5cm

alongamento encurtamento
εc2 εcu

𝐴′𝑠

𝑁𝑑
h = 40cm
d’’ = 5cm

𝐴𝑠

b = 20cm
εsu = 10‰ εyd

fck = 20 MPa ; Aço CA-50; As = A0s = 2 φ 10 mm ≈ 1, 6 cm2


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Estudos de Caso

2. Peça uniformemente comprimida


Para a seção transversal abaixo, pede-se calcular a máxima força normal de
compressão (em trabalho) suportada. Adotar γf = 1, 4.
d’ = 5cm

alongamento encurtamento
εc2 εcu

𝐴′𝑠

𝑁𝑑
h = 40cm
d’’ = 5cm

𝐴𝑠

b = 20cm
εsu = 10‰ εyd

fck = 20 MPa ; Aço CA-50; As = A0s = 2 φ 10 mm ≈ 1, 6 cm2


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2. Peça uniformemente comprimida


Para a seção transversal abaixo, pede-se calcular a máxima força normal de
compressão (em trabalho) suportada. Adotar γf = 1, 4.
d’ = 5cm

alongamento encurtamento
εc2 εcu


𝐴′𝑠 𝑅𝑠𝑑

𝑁𝑑
h = 40cm

𝜎𝑐
d’’ = 5cm

𝐴𝑠 𝑅𝑠𝑑

b = 20cm
εsu = 10‰ εyd

fck = 20 MPa ; Aço CA-50; As = A0s = 2 φ 10 mm ≈ 1, 6 cm2


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2. Peça uniformemente comprimida


Para a seção transversal abaixo, pede-se calcular a máxima força normal de
compressão (em trabalho) suportada. Adotar γf = 1, 4.
d’ = 5cm

alongamento encurtamento
εc2 εcu


𝐴′𝑠 𝑅𝑠𝑑

𝑁𝑑
h = 40cm

𝑅𝑐𝑐
d’’ = 5cm

𝐴𝑠 𝑅𝑠𝑑

b = 20cm
εsu = 10‰ εyd

fck = 20 MPa ; Aço CA-50; As = A0s = 2 φ 10 mm ≈ 1, 6 cm2


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2. Peça uniformemente comprimida


Em compressão, tanto o aço quanto o concreto contribuem para a capacidade
resistente da seção.
_ Do equilíbrio da seção, tem-se:
P 0
FH = 0 ∴ Nd = Rcc + Rsd + Rsd

_ Para fck = 20 MPa : εc2 = 2 h, logo:


σc 𝑛
𝜀𝑐
𝜎𝑐 = 𝑓𝑐 1 − 1 −
𝜀𝑐2

𝑓𝑐𝑘
0,85
𝛾𝑐

𝑓𝑐𝑑

𝑓𝑐

εc

εc2 εcu
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2. Peça uniformemente comprimida

fck 20
fc = 0, 85 = 0, 85 ≈ 12, 14 MPa = 1, 214 kN/cm2
γc 1, 4

εc = εc2 = 2 h ⇒ σc = fc = 1, 214 kN/cm2 ∴

Rcc = σc Ac = 1, 214 × (20 × 40) = 971, 20 kN

_ Para deformação no aço εs = 2 h, tem-se:


σs
𝑓𝑦𝑘
𝛾𝑠

𝑓𝑦𝑑

Es = 210GPa εs

εyd εsu=10‰
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2. Peça uniformemente comprimida

fyk 50
fyd = = ≈ 43, 48 kN/cm2
γs 1, 15

Es = 210 GPa = 21000 kN/cm2

εyd =
fyd
Es
=
43, 48
21000
≈ 2, 07 h ∴

εs = 2 h<ε yd h
= 2, 07 ⇒ σs = Es εs = 21000 × 2 h = 42 kN/cm
2

0
Rsd = σs As = 42 × 1, 6 = 67, 2 kN = Rsd

_ Da equação de equilíbrio:

Nd = 971, 2 + 67, 2 + 67, 2 = 1105, 6 kN ∴

Nd 1105, 6
N= = ≈ 789, 7 kN
γf 1, 4
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3. Peça parcialmente comprimida


Para a seção transversal abaixo, pede-se calcular a capacidade resistente
(em trabalho) da peça considerando a ruína caracterizada pela ruptura simul-
tânea do aço e do concreto. Adotar γf = 1, 4.
d’ = 5cm

alongamento encurtamento
εc2 εcu

𝐴′𝑠
h = 40cm
d’’ = 5cm

𝐴𝑠

b = 20cm
εsu = 10‰ εyd

fck = 20 MPa ; Aço CA-50; As = A0s = 2 φ 10 mm ≈ 1, 6 cm2


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3. Peça parcialmente comprimida


Para a seção transversal abaixo, pede-se calcular a capacidade resistente
(em trabalho) da peça considerando a ruína caracterizada pela ruptura simul-
tânea do aço e do concreto. Adotar γf = 1, 4.
d’ = 5cm

alongamento encurtamento
εc2 εcu

𝐴′𝑠

x2L
h = 40cm
d’’ = 5cm

𝐴𝑠

b = 20cm
εsu = 10‰ εyd

fck = 20 MPa ; Aço CA-50; As = A0s = 2 φ 10 mm ≈ 1, 6 cm2


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3. Peça parcialmente comprimida


Para a seção transversal abaixo, pede-se calcular a capacidade resistente
(em trabalho) da peça considerando a ruína caracterizada pela ruptura simul-
tânea do aço e do concreto. Adotar γf = 1, 4.
d’ = 5cm

alongamento encurtamento
εc2 εcu

𝐴′𝑠

x2L
d = 35cm
h = 40cm
d’’ = 5cm

𝐴𝑠

b = 20cm
εsu = 10‰ εyd

fck = 20 MPa ; Aço CA-50; As = A0s = 2 φ 10 mm ≈ 1, 6 cm2


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3. Peça parcialmente comprimida


Para a seção transversal abaixo, pede-se calcular a capacidade resistente
(em trabalho) da peça considerando a ruína caracterizada pela ruptura simul-
tânea do aço e do concreto. Adotar γf = 1, 4.
d’ = 5cm

alongamento encurtamento
εc2 εcu
σc ′
𝑅𝑠𝑑
𝐴′𝑠 x
𝑀𝑑
x2L
d = 35cm
h = 40cm

𝑁𝑑
CG
d’’ = 5cm

𝐴𝑠 𝑅𝑠𝑡

b = 20cm
εsu = 10‰ εyd

fck = 20 MPa ; Aço CA-50; As = A0s = 2 φ 10 mm ≈ 1, 6 cm2


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3. Peça parcialmente comprimida


Para a seção transversal abaixo, pede-se calcular a capacidade resistente
(em trabalho) da peça considerando a ruína caracterizada pela ruptura simul-
tânea do aço e do concreto. Adotar γf = 1, 4.
d’ = 5cm

alongamento encurtamento
εc2 εcu

𝑅𝑠𝑑
𝐴′𝑠 x
𝑅𝑐𝑐
𝑀𝑑 z
x2L
d = 35cm
h = 40cm

𝑁𝑑
CG
d’’ = 5cm

𝐴𝑠 𝑅𝑠𝑡

b = 20cm
εsu = 10‰ εyd

fck = 20 MPa ; Aço CA-50; As = A0s = 2 φ 10 mm ≈ 1, 6 cm2


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3. Peça parcialmente comprimida


_ Do equilíbrio da seção, têm-se:
P 0
FH = 0 ∴ Nd + Rst − Rcc − Rsd =0
   
h h
− d00
P
MCG = 0 ∴ Md − Rst − Rcc − (x − z) −
2 2
 
0 h
−Rsd − d0 =0
2

_ Profundidade da linha neutra (x):

Para fck = 20 MPa : εcu = 3, 5 h


εcu 3, 5h
x = x2L =
εcu + 10 h d = 3, 5h + 10h 35 ≈ 9 cm
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3. Peça parcialmente comprimida


_ Determinação do Rst :

εs = εsu = 10 h ⇒ σs = fyd = 43, 48 kN/cm2 ∴

Rst = σs As = 43, 48 × 1, 6 = 69, 57 kN

0
_ Determinação do Rsd :

ε0s
x − d0
=
εcu
x
∴ ε0s =
x − d0
x
εcu =
9−5
9
3, 5 h ≈ 1, 56h < ε yd ∴

σs0 = Es ε0s = 21000 × 1, 56 h ≈ 32, 76 kN/cm 2



0
Rsd = σs0 A0s = 32, 76 × 1, 6 ≈ 52, 42 kN
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3. Peça parcialmente comprimida


_ Determinação do Rcc e z:
Para fck = 20 MPa : εc2 = 2 h, ε cu = 3, 5 h, e n = 2:
εcu = 3,5‰ fc = 0,85fcd = 1,214 kN/cm2

εc2 = 2‰
x = 9cm

𝑧ҧ

𝑛
𝜀𝑐 (𝑧)ҧ
𝜀𝑐2 𝜎𝑐 (𝑧)ҧ = 𝑓𝑐 1 − 1 −
𝜀𝑐 = 𝑧ҧ 𝜀𝑐2
𝑎

a x εc2 2 h 9 ≈ 5 cm
εc2
=
εcu
∴ a=
εcu
x=
3, 5 h
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3. Peça parcialmente comprimida


_ Determinação do Rcc e z:
Para fck = 20 MPa : εc2 = 2 h, ε cu = 3, 5 h, e n = 2:
εcu = 3,5‰ fc = 0,85fcd = 1,214 kN/cm2

𝑅𝑐𝑐
εc2 = 2‰
x = 9cm

z
a

𝑧ҧ

𝑛
𝜀𝑐 (𝑧)ҧ
𝜀𝑐2 𝜎𝑐 (𝑧)ҧ = 𝑓𝑐 1 − 1 −
𝜀𝑐 = 𝑧ҧ 𝜀𝑐2
𝑎

a x εc2 2 h 9 ≈ 5 cm
εc2
=
εcu
∴ a=
εcu
x=
3, 5 h
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3. Peça parcialmente comprimida


_ Determinação do Rcc e z:
Para fck = 20 MPa : εc2 = 2 h, ε cu = 3, 5 h, e n = 2:
εcu = 3,5‰ fc = 0,85fcd = 1,214 kN/cm2

𝑅𝑐𝑐1

𝑅𝑐𝑐
εc2 = 2‰
x = 9cm

z1 𝑅𝑐𝑐2
z
a
z2
𝑧ҧ

𝑛
𝜀𝑐 (𝑧)ҧ
𝜀𝑐2 𝜎𝑐 (𝑧)ҧ = 𝑓𝑐 1 − 1 −
𝜀𝑐 = 𝑧ҧ 𝜀𝑐2
𝑎

a x εc2 2 h 9 ≈ 5 cm
εc2
=
εcu
∴ a=
εcu
x=
3, 5 h
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3. Peça parcialmente comprimida


_ Determinação do Rcc e z:

Rcc = Rcc1 + Rcc2

Rcc1 · z1 + Rcc2 · z2
Rcc · z = Rcc1 · z1 + Rcc2 · z2 ∴ z=
Rcc

⇒ Determinação do Rcc1 e Rcc2 :

Rcc1 = fc b (x − a) = 1, 214 × 20 × (9 − 5) ≈ 97, 12 kN


Z Z a  Z a n 
εc (z̄)
Rcc2 = σc (z̄) dA = fc 1 − 1 −
σc (z̄) bdz̄ = bdz̄ =
A 0 0 εc2
Z a  n  Z ah
1 εc2 z̄  z̄ n i
= b fc 1− 1− dz̄ = b fc 1− 1− dz̄ =
0 εc2 a 0 a
Z 5 
 z̄ 2
= 20 × 1, 214 1− 1− dz̄ ≈ 80, 93 kN
0 5
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3. Peça parcialmente comprimida


_ Determinação do Rcc e z:

∴ Rcc = Rcc1 + Rcc2 = 97, 12 + 80, 93 = 178, 05 kN

⇒ Determinação do z1 e z2 :

x−a 9−5
z1 = a + =5+ = 7 cm
2 2
Z Z a Z a   n 
εc (z̄)
Rcc2 · z2 = σc (z̄) z̄dA = σc (z̄) z̄bdz̄ = fc 1 − 1 − z̄bdz̄ =
A 0 0 εc2
Z a  n  Z ah
1 εc2 z̄  z̄ n i
= b fc 1− 1− z̄dz̄ = b fc 1− 1− z̄dz̄ =
0 εc2 a 0 a
Z 5 
 z̄ 2
= 20 × 1, 214 1− 1− z̄dz̄ ≈ 252, 92 kNcm ∴
0 5

Rcc2 · z2 252, 92
z2 = = ≈ 3 cm
Rcc2 80, 93
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3. Peça parcialmente comprimida


_ Determinação do Rcc e z:

Rcc1 · z1 + Rcc2 · z2 97, 12 × 7 + 80, 93 × 3


∴ z= = ≈ 5 cm
Rcc 178, 05

_ Das equações de equilíbrio:

Nd = −69, 57 + 178, 05 + 52, 42 = 160, 9 kN ∴

Nd 160, 9
N= = = 114, 9 kN
γf 1, 4
     
40 40 40
Md = 69, 57 − 5 +178, 05 − (9 − 5) +52, 42 − 5 = 4678, 65 kNcm
2 2 2

Md 4678, 65
M= = = 3341, 9 kNcm
γf 1, 4
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3. Peça parcialmente comprimida


_ Determinação do Rcc e z:
⇒ Adotando-se diagrama retangular simplificado
Para seção retangular: fc = αc fcd ;
Para fck = 20 MPa : αc = 0, 85 e λ = 0, 8:

εcu = 3,5‰ fc

y = λx
x = 9cm
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Estudos de Caso

3. Peça parcialmente comprimida


_ Determinação do Rcc e z:
⇒ Adotando-se diagrama retangular simplificado
Para seção retangular: fc = αc fcd ;
Para fck = 20 MPa : αc = 0, 85 e λ = 0, 8:

εcu = 3,5‰ fc

𝑅𝑐𝑐
y = λx
x = 9cm

z
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3. Peça parcialmente comprimida


_ Determinação do Rcc e z:

2, 0
Rcc = fc · b · y = αc fcd · b · λx = 0, 85 × × 20 × 0, 8 × 9 ≈ 174, 86 kN
1, 4

y 0, 8 × 9
z =x− =9− = 5, 4 cm
2 2
_ Das equações de equilíbrio:

Nd = −69, 57 + 174, 86 + 52, 42 = 157, 71 kN ∴

Nd 157, 71
N= = = 112, 65 kN (−1, 9%)
γf 1, 4
     
40 40 40
Md = 69, 57 − 5 +174, 86 − (9 − 5, 4) +52, 42 − 5 = 4697, 55kNcm
2 2 2

Md 4697, 55
M= = = 3355, 4 kNcm (+0, 4%)
γf 1, 4
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Exemplo 1

A seção transversal abaixo está solicitada pela ação combinada de uma força
normal de compressão N = 150 kN e um momento fletor M . Considerando
a ruína caracterizada com a linha neutra em x = 30 cm, pede-se calcular a
armadura tracionada, As , e o momento fletor solicitante. Adotar γf = 1, 4.
alongamento encurtamento
εc
fc
𝐴′𝑠 = 0 𝑅𝑐𝑐
x = 30cm y = λx

𝑀𝑑
d = 80cm
h = 85cm

𝑁𝑑
CG
d’’ = 5cm

𝐴𝑠 𝑅𝑠𝑡

b = 25cm εs

Seção retangular: fc = αc fcd 2,0


𝑓𝑐 = 0,85 ≈ 1,214 kN/cm2
αc = 0,85 1,4
fck = 20 MPa λ = 0,8 50 𝑓𝑦𝑑 43,48
Aço CA-50: 𝑓𝑦𝑑 = ≈ 43,48 kN/cm2 ∴ 𝜀𝑦𝑑 = = ≈ 2,07‰
εcu = 3,5‰ 1,15 𝐸𝑠 21000
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Exemplo 1

1a Hipótese de ruína: εs = εsu = 10 h


εc
=
10 h ∴ εc = 6 h>ε cu → hipótese inválida!
30 80 − 30

2a Hipótese de ruína: εc = εcu = 3, 5 h


εs
=
3, 5 h ∴ εs = 5, 83h < ε su → hipótese válida!
80 − 30 30

Portanto, tem-se a configuração deformada compreendida pelo domínio 3:

εc = εcu = 3, 5 h
εyd = 2, 07 h<ε s h<ε
= 5, 83 su = 10 h
_ Determinação do Rcc :

Rcc = fc · b · y = fc · b · λx = 1, 214 × 25 × 0, 8 × 30 ≈ 728, 4 kN


Solicitações Normais
Exemplo 1

_ Determinação do Rst :

h>ε
εs = 5, 83 yd = 2, 07h ⇒ σs = fyd = 43, 48 kN/cm2 ∴

Rst = σs · As = 43, 48As

_ Do equilíbrio da seção, têm-se:


P
FH = 0 ∴ Nd + Rst − Rcc = 0 em que: Nd = γf N ∴

1, 4 × 150 + 43, 48As − 728, 4 = 0 ∴ As ≈ 11, 93 cm2


   
P h h y
MCG = 0 ∴ Md = Rst d − + Rcc − =
2 2 2
   
85 85 0, 8 × 30
= 43, 48×11, 93 80 − +728, 4 − ≈
2 2 2

Md 41668, 1
≈ 41668, 1 kNcm ∴ M = = ≈ 29762, 9 kNcm
γf 1, 4
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Exemplo 2

A seção transversal abaixo está submetida a uma flexão normal simples. Con-
siderando a ruína caracterizada com a linha neutra em x = 16, 2 cm, pede-se
calcular a armadura tracionada, As .
d’ = 5cm

alongamento encurtamento
𝐴′𝑠 = 2𝜙6,3 = εc
= 0,624𝑐𝑚2 fc ′
𝑅𝑠𝑑
𝑅𝑐𝑐
x = 16,2cm y = λx

𝑀𝑑
d = 55cm
h = 60cm

CG
d’’ = 5cm

𝐴𝑠 𝑅𝑠𝑡

b = 20cm εs

Seção retangular: fc = αc fcd 2,0


𝑓𝑐 = 0,85 ≈ 1,214 kN/cm2
αc = 0,85 1,4
fck = 20 MPa λ = 0,8 50 𝑓𝑦𝑑 43,48
Aço CA-50: 𝑓𝑦𝑑 = ≈ 43,48 kN/cm2 ∴ 𝜀𝑦𝑑 = = ≈ 2,07‰
εcu = 3,5‰ 1,15 𝐸𝑠 21000
Solicitações Normais
Exemplo 2

h
1a Hipótese de ruína: εs = εsu = 10

10h
∴ ε = 4, 18h > ε
ε c
= c cu → hipótese inválida!
16, 2 55 − 16, 2

2 Hipótese de ruína: ε = ε = 3, 5h
a
c cu

3, 5h
∴ ε = 8, 38h < ε
ε s
= s su → hipótese válida!
55 − 16, 2 16, 2

Portanto, tem-se a configuração deformada compreendida pelo domínio 3:

εc = εcu = 3, 5 h
εyd = 2, 07 h<ε s = 8, 38 h<ε su = 10 h
_ Determinação do Rcc :

Rcc = fc · b · y = fc · b · λx = 1, 214 × 20 × 0, 8 × 16, 2 ≈ 314, 67 kN


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Exemplo 2

_ Determinação do Rst :

εs = 8, 38 h>ε yd = 2, 07 h ⇒ σs = fyd = 43, 48 kN/cm2 ∴

Rst = σs · As = 43, 48As


0
_ Determinação do Rsd :

ε0s
x − d0
=
εcu
x
∴ ε0s =
x − d0
x
εcu =
16, 2 − 5
16, 2
3, 5 h ≈ 2, 42h > ε yd ∴

σs0 = fyd ∴ 0
Rsd = σs0 · A0s = 43, 48 × 0, 624 = 27, 13 kN

_ Do equilíbrio de forças horizontais, tem-se:


P 0
FH = 0 ∴ Rst − Rcc − Rsd =0 ∴

43, 48As − 314, 67 − 27, 13 = 0 ∴ As ≈ 7, 87 cm2


Com o equilíbrio de momentos em relação a um ponto qualquer, por exemplo,
o CG, pode-se determinar o momento fletor solicitante, M .
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Exemplo 3

Para a viga abaixo, pede-se dimensionar as armaduras. Considerar armadura


de compressão, A0s , se, somente se, na sua ausência, a profundidade da
linha neutra extrapolar 0, 45d. Determinar o domínio de deformação em que
trabalha a seção crítica (sob maior momento fletor). Adotar γf = 1, 4.

q = 25 kN/m

l = 7,0 m
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Exemplo 3

Para a viga abaixo, pede-se dimensionar as armaduras. Considerar armadura


de compressão, A0s , se, somente se, na sua ausência, a profundidade da
linha neutra extrapolar 0, 45d. Determinar o domínio de deformação em que
trabalha a seção crítica (sob maior momento fletor). Adotar γf = 1, 4.

q = 25 kN/m

l = 7,0 m

ql2 (25/100) × 7002


Mmax = = = 15312, 5 kNcm ∴
8 8
Md = γf M = 1, 4 × 15312, 5 = 21437, 5 kNcm
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Exemplo 3

Para a viga abaixo, pede-se dimensionar as armaduras. Considerar armadura


de compressão, A0s , se, somente se, na sua ausência, a profundidade da
linha neutra extrapolar 0, 45d. Determinar o domínio de deformação em que
trabalha a seção crítica (sob maior momento fletor). Adotar γf = 1, 4.
d’ = 5cm

alongamento encurtamento
εc
fc ′
𝑅𝑠𝑑
𝑅𝑐𝑐
𝐴′𝑠 x y = λx

𝑀𝑑
d = 60cm
h = 65cm

CG
d’’ = 5cm

𝐴𝑠 𝑅𝑠𝑡

b = 20cm εs

Seção retangular: fc = αc fcd 2,0


𝑓𝑐 = 0,85 ≈ 1,214 kN/cm2
αc = 0,85 1,4
fck = 20 MPa λ = 0,8 50 𝑓𝑦𝑑 43,48
Aço CA-50: 𝑓𝑦𝑑 = ≈ 43,48 kN/cm2 ∴ 𝜀𝑦𝑑 = = ≈ 2,07‰
εcu = 3,5‰ 1,15 𝐸𝑠 21000
Solicitações Normais
Exemplo 3

Para a viga abaixo, pede-se dimensionar as armaduras. Considerar armadura


de compressão, A0s , se, somente se, na sua ausência, a profundidade da
linha neutra extrapolar 0, 45d. Determinar o domínio de deformação em que
trabalha a seção crítica (sob maior momento fletor). Adotar γf = 1, 4.

⇒ Investigando a profundidade da linha neutra, x, com A0s = 0:

_ Do equilíbrio de momentos em relação ao eixo que passa por As , tem-se:


P  y
MAs = 0 ∴ Md − Rcc d − =0 ∴
2
 
λx
Md − fc · b · λx d − =0 ∴
2

21437, 5 − 1, 214 × 20 × 0, 8x (60 − 0, 4x) = 0 ∴


(
2 128, 5 cm
7, 7696x − 1165, 44x + 21437, 5 = 0 ⇒
21, 5 cm
Solicitações Normais
Exemplo 3

Para a viga abaixo, pede-se dimensionar as armaduras. Considerar armadura


de compressão, A0s , se, somente se, na sua ausência, a profundidade da
linha neutra extrapolar 0, 45d. Determinar o domínio de deformação em que
trabalha a seção crítica (sob maior momento fletor). Adotar γf = 1, 4.

⇒ Investigando a profundidade da linha neutra, x, com A0s = 0:

_ Do equilíbrio de momentos em relação ao eixo que passa por As , tem-se:


P  y
MAs = 0 ∴ Md − Rcc d − =0 ∴
2
 
λx
Md − fc · b · λx d − =0 ∴
2

21437, 5 − 1, 214 × 20 × 0, 8x (60 − 0, 4x) = 0 ∴


(
2 128, 5 cm > h X
7, 7696x −1165, 44x+21437, 5 = 0 ⇒
21, 5 cm X

x = 21, 5 cm < xLim = 0, 45d = 0, 45 × 60 = 27 cm (não precisa de A0s ).


Solicitações Normais
Exemplo 3

h
1a Hipótese de ruína: εs = εsu = 10

10h
∴ ε = 5, 58h > ε
ε c
= c cu → hipótese inválida!
21, 5 60 − 21, 5

2 Hipótese de ruína: ε = ε = 3, 5h
a
c cu

3, 5h
∴ ε = 6, 27h < ε
ε s
= s su → hipótese válida!
60 − 21, 5 21, 5

Portanto, tem-se a configuração deformada compreendida pelo domínio 3 :

εc = εcu = 3, 5 h
εyd = 2, 07 h<ε s = 6, 27 h<ε su = 10 h
_ Determinação do Rcc :

Rcc = fc · b · y = fc · b · λx = 1, 214 × 20 × 0, 8 × 21, 5 ≈ 417, 62 kN


Solicitações Normais
Exemplo 3

_ Determinação do Rst :

h>ε
εs = 6, 27 yd h
= 2, 07 ⇒ σs = fyd = 43, 48 kN/cm2 ∴

Rst = σs · As = 43, 48As

_ Do equilíbrio de forças horizontais, tem-se:


P
FH = 0 ∴ Rst − Rcc = 0 ∴

43, 48As − 417, 62 = 0 ∴ As ≈ 9, 61 cm2


Solicitações Normais
Flexão Oblíqua em Seção Poligonal Arbitrária

A flexão oblíqua é um caso de solicitação em que atua, na seção transversal,


um momento fletor com orientação distinta daquelas definidas pelos eixos
principais de inércia da seção.
Nesses casos, o momento fletor (oblíquo) pode ser interpretado pelos seus
componentes projetados para as direções principais da seção.
Na presença de um esforço normal, tem-se o caso de solicitação do tipo flexão
oblíqua composta.
Na flexão oblíqua composta, é usual definir os momentos como provocados
pelo esforço normal, independentemente se efetivamente o são ou não. Para
tanto, identificam-se excentricidades para atuação do esforço normal.
A rigor, observa-se que a flexão oblíqua composta acontece se:

• no caso de seções com dupla simetria, o esforço normal estiver agindo


fora dos eixos de simetria ou estiver agindo em um eixo de simetria da
seção bruta de concreto, mas o arranjo de barras não for simétrico em
relação a esse eixo;
• a seção não possuir um eixo de simetria.
Solicitações Normais
Flexão Oblíqua em Seção Poligonal Arbitrária

Na flexão oblíqua, diferentemente da flexão normal, além da profundidade da


linha neutra, x0 , a orientação da linha neutra, α, também é desconhecida.
Em geral, a linha neutra não é perpendicular ao plano de ação do momento
fletor. Assim, surge uma nova incógnita, o que torna o dimensionamento da
seção bastante complexo, sendo feito por meio de tentativas. A verificação da
capacidade resistente, por outro lado, é um problema relativamente simples.
y

Nd

α x
Solicitações Normais
Flexão Oblíqua em Seção Poligonal Arbitrária

Apresenta-se uma estratégia para caracterização da capacidade resistente


de uma seção poligonal arbitrária, que consiste na construção de diagramas
de interação na flexão oblíqua composta.
A partir desses diagramas, é possível investigar se uma dada seção poligonal
com armadura conhecida suporta um estado de solicitação dado.
Assume-se a seção poligonal arbitrária a seguir, com a origem do sistema
x − y no centro geométrico da seção bruta de concreto e sob as solicitações
Nd , Mxd , Myd , em que Mxd = Nd ey e Myd = Nd ex .
y
ex

Nd

ey

xsi

ysi x
CG
Solicitações Normais
Flexão Oblíqua em Seção Poligonal Arbitrária

A seção transversal possui n barras, sendo as coordenadas de uma barra


genérica dada por xsi e ysi . Sendo As a área total da armadura na seção
transversal, assumindo-se que todas as barras têm o mesmo diâmetro, a área
de uma barra é dada por
As
Asi = ; i = 1, 2, ..., n (1)
n
A distribuição de tensão de compressão no concreto pode ser considerada de
forma simplificada como constante e em uma profundidade dada por λx0 , i.e.
y

Ac

α x
Solicitações Normais
Flexão Oblíqua em Seção Poligonal Arbitrária

O valor constante para tensão de compressão no concreto é fc = αc fcd , se


a largura da seção, medida paralelamente à linha neutra, não diminuir a partir
dessa para a borda mais comprimida, ou fc = 0, 9 αc fcd , no caso contrário.
Na flexão oblíqua composta, os dois casos podem ocorrer em uma mesma
seção transversal, dependendo da orientação da linha neutra. Assim, para
facilitar a generalização, emprega-se fc = 0, 95 αc fcd .
Impondo-se as equações de equilíbrio do problema, obtêm-se

Z n
X
Nd = fc dA + Asi σsi (2)
Ac i=1

Z n
X
Mxd = fc y dA + Asi σsi ysi (3)
Ac i=1

Z n
X
Myd = fc x dA + Asi σsi xsi (4)
Ac i=1

em que σsi é a tensão na barra i.


Solicitações Normais
Flexão Oblíqua em Seção Poligonal Arbitrária

Observando-se que fc é constante e substituindo a Eq. (1) nas Eqs. (2) - (4)

n
As X
Nd = Ac fc + σsi (5)
n i=1

n
As X
Mxd = Qx fc + σsi ysi (6)
n i=1

n
As X
Myd = Qy fc + σsi xsi (7)
n i=1

em que
Z
Ac = dA é a área sob a tensão de compressão constante fc ; (8)
Ac
Z
Qx = y dA é o momento estático de Ac em relação ao eixo x; (9)
Ac
Z
Qy = x dA é o momento estático da Ac em relação ao eixo y. (10)
Ac
Solicitações Normais
Flexão Oblíqua em Seção Poligonal Arbitrária

No dimensionamento da seção, são dados os esforços Nd , Mxd e Myd e as


incógnitas envolvidas nas três equações de equilíbrio são x0 , α e As . Como
mencionado, esse problema é complexo e, por isso, resolvido por tentativas.
Na verificação da capacidade resistente, por outro lado, a armadura As é
conhecida e procuram-se pares de momentos (Mxd , Myd ) que, juntamente
com o esforço normal Nd , levam a seção ao estado limite último.
A verificação da capacidade resistente de uma seção é relativamente simples.
Para a sua determinação, fixa-se um valor para α e resolve (normalmente,
iterativamente) a Eq. (5) para encontrar x0 partindo-se de um Nd arbitrado.
Em seguida, calculam-se os momentos Mxd e Myd com as Eqs. (6) e (7).
Variando o ângulo α e mantendo o mesmo valor de Nd , obtém-se um conjunto
de pares de momentos fletores que levam a seção ao estado limite último.
Plotando-se os pontos definidos por esses pares, obtém-se um diagrama de
interação na flexão oblíqua composta para um dado Nd .
Para calcular as tensões nas barras de aço, bem como determinar o polígono
sob a compressão constante fc , é conveniente fazer uma rotação dos sistema
de eixos x − y para um sistema x0 − y 0 , em que x0 é paralelo à linha neutra.
Solicitações Normais
Flexão Oblíqua em Seção Poligonal Arbitrária

α α x

x0 = x cos α + y sen α (11)

y 0 = −x sen α + y cos α (12)

Inversamente,

x = x0 cos α − y 0 sen α (13)

y = x0 sen α + y 0 cos α (14)


Solicitações Normais
Flexão Oblíqua em Seção Poligonal Arbitrária

A partir das coordenadas dos vértices da seção transversal e da posição das


barras referidas ao sistema x0 − y 0 , definem-se:

0 0
h = ymáx − ymín

0 0
di = ymáx − ysi

d = dimáx

De posse de di de todas as barras e d


e h da seção para a dada orientação
da linha neutra, α, determinam-se as
deformações em cada barra a partir
do domínio de deformação em que a
linha neutra se encontra.

0
ymáx é o vértice menos tracionado, comprimido ou mais comprimido;
0
ymín é o vértice mais tracionado, tracionado ou menos comprimido.
Solicitações Normais
Flexão Oblíqua em Seção Poligonal Arbitrária

Na determinação da deformação em cada barra, assume-se que é positiva,


se de encurtamento, e negativa, se de alongamento.
Ao se impor essa condição, o sentido da reação de cada barra nas Eqs. (5),
(6) e (7) é definido automaticamente e consistentemente.

domínios 1 e 2: −∞ < x0 ≤ x2L

εsi
=
10 h ∴ εsi =
x0 − di
10h
x0 − di d − x0 d − x0

domínios 3, 4 e 4a: x2L < x0 ≤ h

εsi εcu x0 − di
= ∴ εsi = εcu
x0 − di x0 x0

domínio 5: h < x0 < +∞

εsi εc2 x0 − d i εcu − εc2


= ∴ εsi = εc2 em que a2−u = h
x0 − di x0 − a2−u x0 − a2−u εcu
Solicitações Normais
Flexão Oblíqua em Seção Poligonal Arbitrária

Logo, dada a profundidade da linha neutra, x0 , para um determinado valor do


ângulo α, determina-se o domínio de deformação e calcula-se a deformação
em cada barra, εsi . A partir da deformação, determina-se a tensão (com sinal)
por meio do diagrama elastoplástico perfeito idealizado para o aço.
Logo, pode-se calcular os somatórios das Eqs. (5), (6) e (7). Para completar o
cálculo dessas equações, tem que se identificar a parte da seção transversal
de concreto que está comprimida com a tensão constante fc , se existir. Para
tanto, sugere-se a seguinte estratégia, que se inicia numerando os vértices
no sentido anti-horário, com o primeiro vértice cumprindo o papel também do
último para o fechamento da poligonal.
5 4

6 3

1=7 2
Solicitações Normais
Flexão Oblíqua em Seção Poligonal Arbitrária

Na sequência, deve-se identificar os pontos de interseção da reta que define


a posição da linha neutra referida ao sistema x0 − y 0 , i.e., yc0 = ymáx
0
− λ x0 ,
com os lados da poligonal, se existir.

j+1

Para tanto, observa-se que um lado genérico da poligonal que vai do vértice
j ao vértice j + 1 e descrito por

 ∆y 0
y 0 = yj0 + x0 − x0j em que ∆y 0 = yj+1
0
− yj0 e ∆x0 = x0j+1 − x0j .
∆x0
Solicitações Normais
Flexão Oblíqua em Seção Poligonal Arbitrária

Igualando-se y 0 e yc0 , obtém-se

 ∆x0
x0int. = x0j + yc0 − yj0
∆y 0

_ Se yc0 ≥ ymáx
0
, seção inteiramente tracionada;

_ Se yc0 ≤ ymín
0
, seção inteiramente comprimida;
0
_ Se ymáx > yc0 > ymín
0
, seção parcialmente comprimida, logo:

• se ∆y 0 = 0, significa que o lado é paralelo à reta definida por y 0 = yc0 ,


logo, não há interseção;

• se ∆y 0 6= 0, interseção existirá se x0int. se situar entre x0j e x0j+1 .

Para finalizar a identificação do polígono de compressão, basta investigar


quais vértices apresentam y 0 ≥ yc0 , incluindo os de interseção determinados.
Solicitações Normais
Flexão Oblíqua em Seção Poligonal Arbitrária

Do teorema de Green, para uma seção poligonal com os vértices ordenados


no sentido anti-horário, tem-se que
Z Z Z Z Z
1
dA = dx dy = −ydx = xdy = −ydx + xdy =
A A ∂A ∂A 2 ∂A

1
= [(x1 y2 − x2 y1 ) + (x2 y3 − x3 y2 ) + ... +
2

+ (xn−1 yn − xn yn−1 ) + (xn y1 − x1 yn )] =

n
1X
= ∆yk (2xk + ∆xk )
2
k=1

em que

∆yk = yk+1 − yk

∆xk = xk+1 − xk
Solicitações Normais
Flexão Oblíqua em Seção Poligonal Arbitrária

Logo, empregando-se o teorema de Green, a área poligonal sob tensão de


compressão fc constante, Ac - Eq. (8) - pode ser reescrita como

nvc
1X
Ac = ∆yk (2xk + ∆xk ) (15)
2
k=1

De forma análoga, os momentos estáticos produzidos por Ac em relação aos


eixos x e y - Eqs. (9) e (10) - também podem ser reescritos como somatórios
empregando-se o teorema de Green

nvc
1X
∆xk 3 yk yk+1 + (∆yk )2
 
Qx = − (16)
6
k=1
nvc
1X
∆yk 3 xk xk+1 + (∆xk )2
 
Qy = (17)
6
k=1

em que “nvc” é o número de vértices do polígono de compressão, lembrando


que devem ser considerados no sentido anti-horário.
Solicitações Normais
Flexão Oblíqua em Seção Poligonal Arbitrária

A determinação da capacidade resistente de uma seção transversal com a


armadura conhecida é um processo iterativo, sendo a estratégia apresentada
apropriada para implementação, sendo custosa se aplicada manualmente.
Essa determinação se dá a partir da construção de diagramas chamados de
diagramas de interação (Nd , Mxd , Myd ), que podem ser investigados para
avaliar se uma dada seção transversal suporta as solicitações em que está
submetida ou avaliar o melhor detalhamento para essa seção.
Esses diagramas são elaborados para uma determinada seção transversal,
com uma dada disposição de barras, e para um valor fixo do esforço normal
de cálculo Nd . De posse da seção transversal e do esforço normal, Nd , o pri-
meiro passo consiste na escolha de um valor para o ângulo α. Dessa forma, a
única incógnita presente na Eq. (5) é a profundidade da linha neutra, x0 , que
pode ser determinada por um processo iterativo, por exemplo, o algoritmo da
bissecante, reescrevendo a Eq. (5)

n
As X
Nd − Ac fc − σsi = 0 (18)
n i=1

em que −∞ < x0 < +∞


Solicitações Normais
Flexão Oblíqua em Seção Poligonal Arbitrária

Determinada a profundidade da linha neutra, x0 , as Eqs. (6) e (7) fornecem


os momentos fletores resistentes Mxd e Myd correspondentes à orientação
α previamente escolhida. Variando o ângulo α de 0 a 2π rad, determinam-
se inúmeros pares de momentos fletores que, juntamente ao esforço normal,
caracterizam o colapso da seção.
Plotando os pontos calculados, obtém-se uma curva fechada no sistema de
eixos Mxd − Myd . Essa curva representa um diagrama de interação na flexão
oblíqua composta para a seção dada e para o esforço Nd .

Myd (kNm) 15cm

100 4cm
50cm 7ϕ16
50 15cm
50cm
0
Nd = 1500kN (compressão)
-50 CA-50
fck = 20MPa
-100
Mxd (kNm)
-150
-150 -100 -50 0 50 100
Solicitações Normais
Flexão Oblíqua em Seção Poligonal Arbitrária

De posse de um diagrama de interação para uma determinada seção trans-


versal e para um dado valor do esforço normal de cálculo, a verificação da
segurança é imediada.
Se o ponto, representando o par de momentos fletores solicitantes de cálculo,
cair dentro da envoltória de esforços resistentes, a segurança é garantida,
pois isso significa que o conjunto de esforços solicitantes é inferior ao dos
esforços resistentes. Nesse caso, a seção possui uma armadura superior à
necessária. Por outro lado, se o ponto cair fora da envoltória, a segurança
não é verificada, pois as solicitações são superiores aos esforços resistentes.
Nesse caso, é necessário aumentar a área de aço da seção transversal.
A situação ideal é aquela em que o ponto, correspondendo aos momentos so-
licitantes, fica situado sobre a envoltória. Nesse caso, os esforços solicitantes
se igualam aos resistentes no estado limite último.
Variando a área total de aço na seção, As , pode-se obter um conjunto de
curvas de maneira análoga e completar o diagrama de interação. Agora, o
diagrama de interação pode ser utilizado para o dimensionamento. Para isto,
basta entrar com os momentos solicitantes Mxd e Myd e ler a área de aço
necessária diretamente do diagrama.
Solicitações Normais
Flexão Oblíqua em Seção Poligonal Arbitrária

Por fim, deve-se observar que o diagrama obtido só é válido para uma de-
terminada seção, com a distribuição de barras definida, e para um valor do
esforço normal.
Para ampliar o campo de utilização dos diagramas, é conveniente utilizar
grandezas adimensionais. Isso pode ser feito por meio de uma adequada
transformação das variáveis envolvidas na formulação. Para uma seção re-
tangular, por exemplo, a seguinte notação é normalmente empregada:

Ac = hx hy área da seção de concreto


Nd
ν= esforço normal reduzido
Ac fcd
hy 𝐴𝑠 Mxd
µx = momento fletor reduzido em x
Ac hy fcd
Myd
µy = momento fletor reduzido em y
Ac hx fcd
hx
As fyd
ω= taxa mecânica de armadura
Ac fcd
Solicitações Normais
Exemplo

Para a seção transversal retangular de dimensões hx e hy ilustrada abaixo,


considerando um concreto do Grupo I ou II (C20 a C90) e aço CA-25, CA-50
ou CA-60, pede-se traçar o diagrama de interação Mxd × Myd . Considerar
uma rotação da linha neutra de 5o em 5o .

v4 v3

ϕt

x
hy
CG

ϕl
ny

v1 nx v2
hx
Solicitações Normais
Flexão Normal Simples em Seção Retangular - Equacionamento

Em relação às Solicitações Normais, elementos estruturais do tipo laje e viga


são submetidos preponderantemente ao esforço solicitante do tipo momento
fletor agindo em relação a um dos eixos principais de inércia da seção, ou
seja, submetidos à flexão normal simples.
Em estruturas convencionais, as vigas têm, em sua maioria, seção retangular,
ao passo que, a título de dimensionamento, as lajes podem ser interpretadas
como compostas por faixas de seção retangular - normalmente de largura
unitária - nas duas direções do plano que as define.
Desta forma, particulariza-se aqui a discussão sobre Solicitações Normais
para o caso de Flexão Normal Simples em Seção Retangular.
O objetivo é formular um equacionamento para acelerar o processo de cálculo
da armadura longitudinal de lajes e vigas, bem como de outros elementos
estruturais sob condições de solicitação semelhantes. O equacionamento
apresentado é atribuído ao Prof. José de Miranda Tepedino.
Solicitações Normais
Flexão Normal Simples em Seção Retangular - Equacionamento

Na flexão simples, a linha neutra “corta” a seção transversal, ou seja, tem-


se a seção parcialmente comprimida, logo, dos 5 domínios de deformação,
têm-se como possíveis os domínios 2, 3 e 4.
alongamento encurtamento
εc2 εcu

B
𝐴′𝑠 𝜀𝑐𝑢 − 𝜀𝑐2 x>0
h
𝜀𝑐𝑢
3
reta “a”

d 2 C
h
CG 4
da seção bruta 1

reta “b”
5
𝐴𝑠 A 4a

b
εsu = 10‰ εyd

_ Domínios 2 e 3: εyd < εs ≤ εsu ⇒ σs = fyd ⇒ Seção subarmada


_ Limite domínios 3/4: εs = εyd ⇒ σs = fyd ⇒ Seção normalmente armada
_ Domínio 4: εs < εyd ⇒ σs < fyd ⇒ Seção superarmada
Solicitações Normais
Flexão Normal Simples em Seção Retangular - Equacionamento

Não há inconveniente técnico na superarmação, no entanto, a superarmação


é antieconômica, pelo mau aproveitamento da capacidade resistente do aço.
Por essa razão, sempre que possível, devem-se projetar seções subarmadas
ou normalmente armadas, sendo a superarmada desaconselhável pela NBR
6118:2014. Além disso, a NBR 6118:2014 prescreve:
“A capacidade de rotação dos elementos estruturais é função da posição da
linha neutra no ELU. Quanto menor é (x/d), tanto maior será essa capacidade.”
Visando proporcionar o adequado comportamento dúctil em vigas e lajes, a
posição da linha neutra no ELU deve obedecer aos seguintes limites:

• x/d ≤ 0, 45 para concretos C20 a C50 (Grupo I)

• x/d ≤ 0, 35 para concretos C55 a C90 (Grupo II)

ξ2L ξL ξ3L
z }| { z }| { z }| {
Em ambos os casos, x2L /d < (x/d)L < x3L /d, ou seja, o limite para a linha
neutra está contido no domínio 3.
Solicitações Normais
Flexão Normal Simples em Seção Retangular - Equacionamento
alongamento encurtamento
d’ εc ≤ εcu
𝑓𝑐 = 𝛼𝑐 ⋅ 𝑓𝑐𝑑
′ ′
𝑅𝑠𝑑 = 𝐴′𝑠 ⋅ 𝜎𝑠𝑑
𝐴′𝑠 x ε’s y = λx
𝑅𝑐𝑐 = 𝑓𝑐 ⋅ 𝑏 ⋅ 𝑦

h d
CG CG

𝑀𝑑
𝐴𝑠 𝑅𝑠𝑡 = 𝐴𝑠 ⋅ 𝑓𝑦𝑑

d’’ b εyd ≤ εs ≤ εsu

X  y 0
d − d0 = 0 ∴

M As = 0 ∴ Md − Rcc d − − Rsd
2
 y
+ A0s · σsd
0
d − d0

Md = f c · b · y d − (19)
2
X 0
FH = 0 ∴ Rst − Rcc − Rsd =0 ∴

As · fyd = fc · b · y + A0s · σsd


0
(20)
Solicitações Normais
Flexão Normal Simples em Seção Retangular - Equacionamento

Adimensionando a Eq. (19), dividindo-a por fc · b · d2 , obtém-se

Md fc · b · y (d − y/2) A0 · σ 0 (d − d0 )
= + s sd ∴
fc · b · d 2 fc · b · d 2 f c · b · d2

A0s · σsd
0
d0
 
K = K0 + 1− (21)
fc · b · d d
em que:
.
Md
K= (22) parâmetro adimensional que mede
f c · b · d2 a intensidade do momento fletor ex-
terno solicitante de cálculo;
 α
K0 = α 1 − (23) parâmetro adimensional que mede
2 a intensidade do momento fletor in-
terno resistente de cálculo, devido ao
y λx concreto comprimido.
sendo α= = = λξ (24)
d d
Solicitações Normais
Flexão Normal Simples em Seção Retangular - Equacionamento

A Eq. (23) pode ser reescrita de modo a explicitar α em termos de K 0 , isto é


 √
0
2 α = 1 + 1 − 2K
 X
α
− + α − K0 = 0 ⇒
2  √
α = 1 − 1 − 2K 0 X (25)

Isolando-se A0s na Eq. (21), obtém-se a expressão para o cálculo da armadura


comprimida

K − K0
 
fc · b · d
A0s = 0
(26)
σsd 1 − d0 /d

Multiplicando e dividindo a Eq. (26) por fyd , tem-se

K − K0
 
fc · b · d 1
A0s = (27)
fyd 1 − d0 /d ϕ
.
0
σsd é o nível de tensão na armadura com-
em que: ϕ = ≤1 (28)
fyd primida;
Solicitações Normais
Flexão Normal Simples em Seção Retangular - Equacionamento

Isolando-se As na Eq. (20), obtém-se a expressão para o cálculo da armadura


tracionada

fc · b · y A0 · σ 0
As = + s sd (29)
fyd fyd

Multiplicando e dividindo o primeiro termo do lado direito da Eq. (29) por d,

fc · b · d
As = α + A0s · ϕ ∴ (30)
fyd

As = As1 + As2 (31)

fc · b · d  √ 
As1 = 1 − 1 − 2K 0 (32)
fyd

K − K0
 
fc · b · d
As2 = (33)
fyd 1 − d0 /d
Solicitações Normais
Flexão Normal Simples em Seção Retangular - Equacionamento

Com as Eqs. (31), (32) e (33), calcula-se a armadura tracionada As e, caso


a parcela As2 seja diferente de zero, calcula-se a armadura comprimida, A0s ,
com

As2
A0s = (34)
ϕ

A armadura de compressão, A0s , somente será necessária quando o momento


fletor externo solicitante de cálculo, Md (ou K), implicar numa profundidade
para a linha neutra superior aos limites prescritos na norma (ξL = 0, 45 -
Grupo I; ξL = 0, 35 - Grupo II), no caso de não considerá-la.
Se esses limites não forem ultrapassados, Md será equilibrado pelo concreto
comprimido, isto é, K 0 = K.
Pode-se, então, a partir desses limites e por meio da Eq. (23), determinar o
máximo momento fletor externo solicitante de cálculo, MdL (ou KL ), em que
não se necessita de armadura de compressão, A0s :
 αL  y x
KL = KL0 = αL 1 − em que: αL = =λ = λξL
2 d L d L
Solicitações Normais
Flexão Normal Simples em Seção Retangular - Equacionamento

Logo, faz-se:

_ se K ≤ KL ⇒ K0 = K nas Eqs. (32) e (33);

_ se K > KL ⇒ K 0 = KL nas Eqs. (32) e (33).


Solicitações Normais
Flexão Normal Simples em Seção Retangular - Equacionamento

Nível de tensão ϕ na armadura comprimida, A0s :

No cálculo da armadura comprimida, A0s - Eq. (34), tem-se o nível de tensão,


ϕ. Em geral, ϕ = 1, isto é

0
σsd 0
ϕ= =1 ∴ σsd = fyd
fyd

0
A tensão na armadura comprimida, σsd , depende da deformação ε0s :

_ se ε0s ≥ εyd ⇒ 0
σsd = fyd ⇒ ϕ = 1;

_ se ε0s < εyd ⇒ 0


σsd = Es · ε0s < fyd ⇒ ϕ < 1.

A deformação ε0s , por sua vez, depende da profundidade da linha neutra, x


(ou ξ = x/d).

Na condição de armadura dupla, ou seja, em que A0s 6= 0, essa profundidade


é imposta, logo, previamente conhecida: ξL = (x/d)L .
Solicitações Normais
Flexão Normal Simples em Seção Retangular - Equacionamento

Nível de tensão ϕ na armadura comprimida, A0s :

Por tanto,

alongamento encurtamento
εc = εcu

ε0s εcu
ε’s
d’
= ∴
xL xL − d 0 xL

xL − d 0
d
ε0s = εcu ∴
(domínio 3) xL

x  0
d

d L d
εs
ε0s = x εcu (35)
d L

Fazendo-se ε0s
≥ εyd na Eq. (35), obtém-se uma relação (d0 /d) abaixo da
qual se tem ϕ = 1:
Solicitações Normais
Flexão Normal Simples em Seção Retangular - Equacionamento

Nível de tensão ϕ na armadura comprimida, A0s :

d0
     
x εyd
≤ 1− (36)
d d L εcu

Por tanto, com os valores de d0 , d, o tipo de aço e a classe do concreto,


pode-se estabelecer limites para a relação d0 /d (ou d/d0 ) para se ter ϕ = 1:
Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Vigas

i − Armadura longitudinal mínima de tração


Conforme o item 17.3.5.1 da NBR 6118:2014:
“A ruptura frágil das seções transversais, quando da formação da primeira
fissura, deve ser evitada considerando-se, para o cálculo das armaduras, um
momento mínimo dado pelo valor correspondente ao que produziria a ruptura
da seção de concreto simples, supondo que a resistência à tração do concreto
seja dada por fctk,sup , devendo também obedecer às condições relativas ao
controle da abertura de fissuras...”.
Ou seja, a armadura mínima de tração, As,min , deve ser determinada pelo
dimensionamento da seção transversal a um momento fletor mínimo, Md,min .
Este momento mínimo é definido como sendo aquele que produz na fibra
mais tracionada da seção bruta de concreto uma tensão igual ao fctk,sup , ou
seja, à resistência característica superior do concreto à tração, observado o
regime não linear em tração, isto é

Md,min = 0, 8 · W0 · fctk,sup (37)


Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Vigas

i − Armadura longitudinal mínima de tração


Em que

Ic
W0 = ; é o módulo de resistência da seção transversal bruta de concreto,
yt
relativo à fibra mais tracionada;
bh2
Em seções retangulares: W0 =
6

 2/3
0, 39 (fck )
 MPa (Grupo I)
fctk,sup = 1, 3fct,m = (38)

2, 756 ln (1 + 0, 11fck ) MPa (Grupo II)

sendo fct,m a resistência média à tração do concreto.

Além do As,min determinado a partir do Md,min , deve-se respeitar um mínimo


absoluto de 0, 15% da área bruta de concreto, Ac , isto é, As,min ≥ 0, 15%Ac .
Solicitações Normais
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i − Armadura longitudinal mínima de tração


É de se esperar que o dimensionamento para o momento fletor mínimo,
Md,min , conduza a um valor

Md,min 0, 8 · W0 · fctk,sup
Kmin = = < KL (39)
fc · b · d2 f c · b · d2

isto é, seção transversal com armadura simples dada por As = As,min , sendo
K 0 = Kmin .

Introduzindo-se as definições de fc e de W0 para seções retangulares na Eq.


(39), bem como multiplicando e dividindo o denominador por h2 , tem-se

0, 8 · fctk,sup · bh2 /6
  
0, 8 · γc fctk,sup
Kmin = = (40)
αc fck /γc · b · (d/h)2 · h2 6 · αc · (d/h)2 fck

A partir da definição de γc , αc , (d/h) e fck , tem-se Kmin completamente


definido por meio da Eq. (40).
Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Vigas

i − Armadura longitudinal mínima de tração


Da Eq. (32), multiplicando e dividindo o numerador por h, fazendo K 0 = Kmin
e observando a Eq. (31) e que As2 = 0, tem-se

αc fcd · b · (d/h) · h  √ 
As,min = 1 − 1 − 2Kmin =
fyd
 √  A ·f
c cd
= αc · (d/h) 1 − 1 − 2Kmin ∴
fyd

As,min fyd fyd  √ 


ωmin = = ρmin = αc · (d/h) 1 − 1 − 2Kmin ∴
Ac fcd fcd
As,min  √ f
cd
ρmin = = αc · (d/h) 1 − 1 − 2Kmin (41)
Ac fyd

em que, ωmin e ρmin são, respectivamente, as taxas mecânica e geométrica


de armadura mínima.
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i − Armadura longitudinal mínima de tração


A partir das Eqs. (40) e (41), podem-se construir tabelas a partir das quais se
obtêm valores de As,min para diferentes combinações de seção retangular /
aço / concreto / (d/h) / γc / γs . Para o caso de γc = 1, 4 e γs = 1, 15, tem-se:
Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Vigas

i − Armadura longitudinal mínima de tração


A partir das Eqs. (40) e (41), podem-se construir tabelas a partir das quais se
obtêm valores de As,min para diferentes combinações de seção retangular /
aço / concreto / (d/h) / γc / γs . Para o caso de γc = 1, 4 e γs = 1, 15, tem-se:
Solicitações Normais
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ii − Armadura de pele
Em vigas com altura superior à 60 cm, é obrigatória a utilização de armadura
de pele, lateral ou de costela.
A mínima armadura de pele deve ser 0, 10%Ac em cada face da viga, com
espaçamento não maior que 20 cm ou d/3. Em regiões tracionadas, para
controle de fissuração, o espaçamento das barras da armadura de pele deve
ser menor ou igual a 15 φl . As armaduras principais de tração, As , e de
compressão, A0s , não podem ser computadas no cálculo da armadura de pele.

A’s
h > 60 cm

As,pele

ϕl

As

b
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iii − Armadura total na seção transversal (tração e compressão)


Conforme o item 17.3.5.1 da NBR 6118:2014:
“A especificação de valores máximos para as armaduras decorre da necessi-
dade de se assegurar condições de ductilidade e de se respeitar o campo de
validade dos ensaios que deram origem às prescrições de funcionamento do
conjunto aço-concreto.”
A soma das armaduras de tração, As , e de compressão, A0s , não deve ser
maior que 4% da área bruta do concreto, Ac , calculada fora da zona de emen-
das, isto é As + A0s ≤ 4%Ac .
iv − Dimensões limites
Conforme o item 13.2.1 da NBR 6118:2014:
“A prescrição de valores-limites mínimos para as dimensões de elementos
estruturais de concreto tem como objetivo evitar um desempenho inaceitável
para os elementos estruturais e propiciar condições de execução adequadas.”
A seção transversal das vigas não deve apresentar largura menor que 12 cm.
Este limite pode ser reduzido, respeitando-se um mínimo absoluto de 10 cm
em casos excepcionais.
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v − Distribuição transversal das armaduras longitudinais


O espaçamento mínimo livre entre as faces das barras longitudinais, medido
no plano da seção transversal, deve ser igual ou superior ao maior dentre os
seguintes valores:

• na direção horizontal (ah ):


_ 20 mm;
_ diâmetro da barra, do feixe ou da luva;
_ 1,2 vez a dimensão máxima característica do agregado graúdo.

• na direção vertical (av ):


_ 20 mm;
_ diâmetro da barra, do feixe ou da luva;
_ 0,5 vez a dimensão máxima característica do agregado graúdo.
Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Vigas

v − Distribuição transversal das armaduras longitudinais

bútil = b − 2 (c + φt )

ϕt em que

c c cobrimento nominal da armadura;


φt diâmetro da armadura transversal.
h
bútil
=⇒ Número máximo de barras por
camada (nφ/cam ):
ϕl
av nφ/cam (φl + ah ) − ah ≤ bútil ∴

bútil + ah
ah nφ/cam ≤
φl + ah
b
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vi − Distribuição longitudinal das armaduras longitudinais


Conforme o item 17.4.2.2 da NBR 6118:2014:
“Quando a armadura longitudinal de tração for determinada através do equi-
líbrio de esforços na seção normal ao eixo do elemento estrutural, os efeitos
provocados pela fissuração oblíqua podem ser substituídos no cálculo pela
decalagem (deslocamento) do diagrama de força no banzo tracionado...”.
Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Vigas

vi − Distribuição longitudinal das armaduras longitudinais


Conforme o item 17.4.2.2 da NBR 6118:2014:
“Quando a armadura longitudinal de tração for determinada através do equi-
líbrio de esforços na seção normal ao eixo do elemento estrutural, os efeitos
provocados pela fissuração oblíqua podem ser substituídos no cálculo pela
decalagem (deslocamento) do diagrama de força no banzo tracionado...”.
Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Vigas

vi − Distribuição longitudinal das armaduras longitudinais


Ainda conforme o item 17.4.2.2 da NBR 6118:2014:
“Essa decalagem pode ser substituída, aproximadamente, pela correspon-
dente decalagem do diagrama de momentos fletores.”
O comprimento de decalagem, al , é definido em função do modelo de cálculo
empregado para dimensionamento da armadura transversal:

_ Modelo de Cálculo I:
 
Vd,max
al = d (1 + cotg α) − cotg α ≤ d
2 (Vd,max − Vc )

em que
α inclinação da armadura transversal;
Vd,max esforço cortante máximo de cálculo na viga;
fct,m
Vc = Vc0 = 0, 42 · ·b·d força cortante resistente absorvida por “meca-
γc
nismos complementares” ao da treliça de Mörsch.
Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Vigas

vi − Distribuição longitudinal das armaduras longitudinais


Ainda conforme o item 17.4.2.2 da NBR 6118:2014:
“Essa decalagem pode ser substituída, aproximadamente, pela correspon-
dente decalagem do diagrama de momentos fletores.”
O comprimento de decalagem, al , é definido em função do modelo de cálculo
empregado para dimensionamento da armadura transversal:

_ Modelo de Cálculo I:
 
Vd,max
al = d (1 + cotg α) − cotg α ≤ d
2 (Vd,max − Vc )

sendo: al = d, para Vd,max ≤ Vc ;


al ≥ 0, 5d, no caso geral;
al ≥ 0, 2d, para α = 45o .
Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Vigas

vi − Distribuição longitudinal das armaduras longitudinais


Ainda conforme o item 17.4.2.2 da NBR 6118:2014:
“Essa decalagem pode ser substituída, aproximadamente, pela correspon-
dente decalagem do diagrama de momentos fletores.”
O comprimento de decalagem, al , é definido em função do modelo de cálculo
empregado para dimensionamento da armadura transversal:

_ Modelo de Cálculo II:

al = 0, 5d ( cotg θ − cotg α )

em que
θ inclinação da biela de compressão;
α inclinação da armadura transversal.
Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Vigas

vi − Distribuição longitudinal das armaduras longitudinais


Ainda conforme o item 17.4.2.2 da NBR 6118:2014:
“Essa decalagem pode ser substituída, aproximadamente, pela correspon-
dente decalagem do diagrama de momentos fletores.”
O comprimento de decalagem, al , é definido em função do modelo de cálculo
empregado para dimensionamento da armadura transversal:

_ Modelo de Cálculo II:

al = 0, 5d ( cotg θ − cotg α )

sendo: al ≥ 0, 5d, no caso geral;


al ≥ 0, 2d, para α = 45o .
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vi − Distribuição longitudinal das armaduras longitudinais


Já o comprimento de ancoragem necessário, lb,nec , é dado por

As,calc
lb,nec = α · lb · ≥ lb,min
As,real

em que
α é função da presença ou não de gancho:
(
1, 0 para barras sem gancho
α=
0, 7 para barras com gancho

lb,min é o comprimento mínimo de ancoragem:




0, 3lb

10φ
lb,min ≥
10 cm



r + 5, 5φ em que r é o raio de curvatura do gancho
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vi − Distribuição longitudinal das armaduras longitudinais


Já o comprimento de ancoragem necessário, lb,nec , é dado por

As,calc
lb,nec = α · lb · ≥ lb,min
As,real

em que
lb é o comprimento de ancoragem básico:
Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Vigas

vi − Distribuição longitudinal das armaduras longitudinais


Já o comprimento de ancoragem necessário, lb,nec , é dado por

As,calc
lb,nec = α · lb · ≥ lb,min
As,real

em que
lb é o comprimento de ancoragem básico:

π · φ2
Fd = As · fyd = · fyd = π · φ · lb · fbd ∴
4
φ fyd
lb = ·
4 fbd
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vi − Distribuição longitudinal das armaduras longitudinais


Já o comprimento de ancoragem necessário, lb,nec , é dado por

As,calc
lb,nec = α · lb · ≥ lb,min
As,real

em que
lb é o comprimento de ancoragem básico:

π · φ2
Fd = As · fyd = · fyd = π · φ · lb · fbd ∴
4
φ fyd
lb = · ≥ 25φ
4 fbd

sendo a resistência de aderência, fbd , dada por

fctk,inf 0, 7fct,m
fbd = η1 · η2 · η3 · fctd = η1 · η2 · η3 · = η1 · η2 · η3 ·
γc γc
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vi − Distribuição longitudinal das armaduras longitudinais


Já o comprimento de ancoragem necessário, lb,nec , é dado por

As,calc
lb,nec = α · lb · ≥ lb,min
As,real

em que
lb é o comprimento de ancoragem básico:

1, 0 superfície lisa (CA-25)

η1 = 1, 4 superfície entalhada (CA-60)

2, 25 superfície nervurada (CA-50)

(
1, 0 situações de boa aderência
η2 =
0, 7 situações de má aderência

1, 0 para φ < 32 mm
η3 = 132 − φ
 para φ ≥ 32 mm
100
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vi − Distribuição longitudinal das armaduras longitudinais


Já o comprimento de ancoragem necessário, lb,nec , é dado por

As,calc
lb,nec = α · lb · ≥ lb,min
As,real

em que
lb é o comprimento de ancoragem básico:
Consideram-se as seguintes situações como de boa aderência:

a) trechos com inclinação superior a 45o sobre a horizontal;

b) trechos horizontais ou com inclinação menor que 45o sobre a horizon-


tal, desde que:
• para elementos estruturais com h < 60 cm, localizados no máximo
30 cm acima da face inferior do elemento ou da junta de concretagem
mais próxima;
• para elementos estruturais com h ≥ 60 cm, localizados no mínimo 30
cm abaixo da face superior do elemento ou da junta de concretagem
mais próxima.
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Prescrições Normativas - Vigas

vi − Distribuição longitudinal das armaduras longitudinais


Já o comprimento de ancoragem necessário, lb,nec , é dado por

As,calc
lb,nec = α · lb · ≥ lb,min
As,real

em que
lb é o comprimento de ancoragem básico:
Consideram-se as seguintes situações como de boa aderência:

30 cm
h < 60 cm

h ≥ 60 cm
30 cm
>45º

região de boa aderência


(a) (b.1)

região de boa aderência


(b.2)
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vi − Distribuição longitudinal das armaduras longitudinais


Já o comprimento de ancoragem necessário, lb,nec , é dado por

As,calc
lb,nec = α · lb · ≥ lb,min
As,real

Os ganchos de extremidade das barras podem ser:

• semicirculares, com ponta reta de comprimento não inferior a 2φ:

≥ 2f

f
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vi − Distribuição longitudinal das armaduras longitudinais


Já o comprimento de ancoragem necessário, lb,nec , é dado por

As,calc
lb,nec = α · lb · ≥ lb,min
As,real

Os ganchos de extremidade das barras podem ser:

• em ângulo de 45o , com ponta reta de comprimento não inferior a 4φ:

45º

f
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Prescrições Normativas - Vigas

vi − Distribuição longitudinal das armaduras longitudinais


Já o comprimento de ancoragem necessário, lb,nec , é dado por

As,calc
lb,nec = α · lb · ≥ lb,min
As,real

Os ganchos de extremidade das barras podem ser:

• em ângulo reto, com ponta reta de comprimento não inferior a 8φ:


≥ 8f

f
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vi − Distribuição longitudinal das armaduras longitudinais


Já o comprimento de ancoragem necessário, lb,nec , é dado por

As,calc
lb,nec = α · lb · ≥ lb,min
As,real

O diâmetro interno de curvatura dos ganchos deve ser pelo menos o seguinte:
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Prescrições Normativas - Vigas

vi − Distribuição longitudinal das armaduras longitudinais


Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Vigas

vi − Distribuição longitudinal das armaduras longitudinais


vi.1 − Ancoragem nos apoios

Rst Vd,apoio · al 1
_ Apoios extremos: As,apoio = = · ≥ As,apoio,min
fyd d fyd

_ Apoios intermediários: As,apoio = As,apoio,min

em que:
Vd,apoio é o esforço cortante de cálculo no apoio correspondente;


 1/3As,vão , se Mapoio ≤ 0 e |Mapoio | ≤ 0, 5Mvão ;


As,apoio,min ≥ 1/4As,vão , se Mapoio < 0 e |Mapoio | > 0, 5Mvão ;



2 barras do vão adjacente.

O comprimento de ancoragem, a contar da face do apoio, é igual a 10φ para


apoios intermediários e dado pelo comprimento de ancoragem necessário,
lb,nec , no caso de apoios extremos.
Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Vigas

vi − Distribuição longitudinal das armaduras longitudinais


vi.1 − Ancoragem das barras remanescentes no vão
Conforme ilustrado no diagrama de forças no banzo tracionado, Rsd = Md /z,
apresentado:
O comprimento final das barras não ancoradas nos apoios (ditas, barras re-
manescentes a se ancorar no vão) é determinado a partir da disposição das
barras igualmente espaçadas no referido diagrama (a partir dos pontos de
máximo e mínimo da distribuição) corrigido a partir da decalagem de um com-
primento al , acrescendo ainda o comprimento de ancoragem necessário para
cada detalhamento.
De forma aproximada, este procedimento pode se dar por meio do diagrama
de momentos fletores, Md .
O diagrama de esforços, Rsd ou Md , deve ser construído em escala, por
exemplo, 1:50, que correspondente a 1 cm para cada 50 cm da viga e 1 cm
para cada 50 kN de Rsd ou 50 kNm de Md .
Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Vigas

vi − Distribuição longitudinal das armaduras longitudinais


vi.1 − Ancoragem das barras remanescentes no vão
Embora esta estratégia esteja muito bem estabelecida na NBR 6118:2014,
bem como esse escalonamento implica em economia de aço, na prática,
costuma-se empregá-la somente em casos de vigas com elevada densidade
de armadura.
Para os casos de detalhamentos mais simples, de forma simplificada, as bar-
ras ancoradas no vão podem ser ancoradas a partir dos pontos de momento
fletor nulo, acrescendo-se os correspondentes comprimentos al e lb,nec .
Se o ponto de momento fletor nulo se situar no apoio, as barras podem ser
levadas até a face do apoio, sem acréscimos.
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Exemplo - Viga

Para a viga ilustrada abaixo, pede-se dimensionar a armadura longitudinal,


determinando o comprimento das barras a partir dos critérios de ancoragem.
Assuma que a armadura transversal foi dimensionada segundo o modelo de
cálculo I, com estribos com α = 90o e resultando em diâmetro φt = 6, 3 mm.

p = g + q = 70,0 kN/m

35 cm 25 cm 35 cm

450 cm 450 cm

g – carga permanente
– fck = 25 MPa; q – carga acidental
Dados: _ Obra em área urbana (CAA II):
– c = 30 mm;
_ CA-50;
65 cm

_ d’ = d’’ = 6 cm ⸫ d = 65 – 6 = 59 cm;
_ γf = 1,4;
_ γc = 1,4;
15 cm _ γs = 1,15.
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Exemplo - Viga

(i) Análise estrutural

70,0 kN/m

450 cm 450 cm

118,13 kN 118,13 kN

393,75 kN
Solicitações Normais
Exemplo - Viga

(i) Análise estrutural

70,0 kN/m

450 cm 450 cm

118,13 kN 118,13 kN

393,75 kN

196,88 kN
V
118,13 kN
[kN]

118,13 kN
196,88 kN
Solicitações Normais
Exemplo - Viga

(i) Análise estrutural

70,0 kN/m

450 cm 450 cm

118,13 kN 118,13 kN

393,75 kN

177,19

M
[kNm]
337,5 cm

99,67 99,67
Solicitações Normais
Exemplo - Viga

(ii) Valores de cálculo

fck 2, 5
fc = αc · fcd = αc · = 0, 85 × = 1, 518 kN/cm2
γc 1, 4

fyk 50
fyd = = = 43, 48 kN/cm2
γs 1, 15

fct,m 1 0, 3 × 252/3
Vc = Vc0 = 0, 42 · · b · d = 0, 42 × × × 15 × 59 = 68, 10 kN
γc 10 1, 4

Md+ = γf · M + = 1, 4 × 9.967 = 13.953, 8 kNcm

Md− = γf · M − = 1, 4 × 17.719 = 24.806, 6 kNcm

Vd,max = γf · Vmax = 1, 4 × 196, 88 = 275, 63 kN

ext. ext.
Vd,apoio = γf · Vapoio = 1, 4 × 118, 13 = 165, 38 kN
Solicitações Normais
Exemplo - Viga

(iii) Dimensionamento da armadura longitudinal

_ Obs.: Armadura longitudinal mínima de tração:

59
(d/h) = ≈ 0, 90 → ρmin = 0, 150% ∴
65

As,min = 0, 150% × (15 × 65) = 1, 463 cm2

_ Momento positivo: Md+ = 13.953, 8 kNcm

Md 13.953, 8
K= = ≈ 0, 176 < KL = 0, 295 ∴ K0 = K
f c · b · d2 1, 518 × 15 × 592 (armadura simples)

fc · b · d √ 
As = As1 = 1 − 1 − 2K 0 =
fyd

1, 518 × 15 × 59 √
1 − 1 − 2 × 0, 176 = 6, 026 cm2 > As,min

=
43, 48
Solicitações Normais
Exemplo - Viga

(iii) Dimensionamento da armadura longitudinal

20 φ 6, 3 mm; As,real = 6, 234 cm2 ; nφ/cam = 4


2
12 φ 8, 0 mm; As,real = 6, 032 cm ; nφ/cam = 3
2
8 φ 10, 0 mm; As,real = 6, 283 cm ; nφ/cam = 3
2
5 φ 12, 5 mm; As,real = 6, 136 cm ; nφ/cam = 3
2
3 φ 16, 0 mm; As,real = 6, 032 cm ; nφ/cam = 2 X
2
2 φ 20, 0 mm; As,real = 6, 283 cm ; nφ/cam = 2
2
2 φ 25, 0 mm; As,real = 9, 817 cm ; nφ/cam = 2

d001 = 3 + 0, 63 + 1, 6/2 = 4, 43 cm
d002 = 3 + 0, 63 + 1, 6 + 2 + 1, 6/2 = 8, 03 cm
2Aφ16 d001 + 1Aφ16 d002
d2”
d00 = = 5, 63 cm ∴
d1”
d” 3Aφ16
dReal = 65 − 5, 63 = 59, 37 cm > d X
Solicitações Normais
Exemplo - Viga

(iii) Dimensionamento da armadura longitudinal

_ Momento negativo: Md− = 24.806, 6 kNcm

Md 24.806, 6
K= = ≈ 0, 313 > KL = 0, 295 ∴ K 0 = KL
f c · b · d2 1, 518 × 15 × 592 (armadura dupla)

As = As1 + As2

fc · b · d √ 
As1 = 1 − 1 − 2K 0 =
fyd
1, 518 × 15 × 59 √
1 − 1 − 2 × 0, 295 = 11, 114 cm2

=
43, 48

fc · b · d K − K 0
 
As2 = =
fyd 1 − d0 /d
 
1, 518 × 15 × 59 0, 313 − 0, 295
= = 0, 619 cm2
43, 48 1 − 6/59

As = 11, 114 + 0, 619 = 11, 733 cm2 > As,min


Solicitações Normais
Exemplo - Viga

(iii) Dimensionamento da armadura longitudinal

38 φ 6, 3 mm; As,real = 11, 846 cm2 ; nφ/cam = 4


2
24 φ 8, 0 mm; As,real = 12, 064 cm ; nφ/cam = 3
2
15 φ 10, 0 mm; As,real = 11, 781 cm ; nφ/cam = 3
2
10 φ 12, 5 mm; As,real = 12, 272 cm ; nφ/cam = 3
2
6 φ 16, 0 mm; As,real = 12, 064 cm ; nφ/cam = 2
2
4 φ 20, 0 mm; As,real = 12, 566 cm ; nφ/cam = 2 X
2
3 φ 25, 0 mm; As,real = 14, 726 cm ; nφ/cam = 2

d1”
d”
d001 = 3 + 0, 63 + 2/2 = 4, 63 cm
d2”

d002 = 3 + 0, 63 + 2 + 2 + 2/2 = 8, 63 cm
2Aφ20 d001 + 2Aφ20 d002
d00 = = 6, 63 cm ∴
4Aφ20
dReal = 65 − 6, 63 = 58, 37 cm < d X
(recalcular!)
Solicitações Normais
Exemplo - Viga

(iii) Dimensionamento da armadura longitudinal

_ Recalculando com d = 58, 37 cm:

24.806, 6
K= ≈ 0, 320 > KL = 0, 295 ∴ K 0 = KL
1, 518 × 15 × 58, 372 (armadura dupla)

As = As1 + As2
1, 518 × 15 × 58, 37 √
1 − 1 − 2 × 0, 295 = 10, 995 cm2

As1 =
43, 48
 
1, 518 × 15 × 58, 37 0, 320 − 0, 295
As2 = = 0, 852 cm2
43, 48 1 − 6/58, 37

As = As1 + As2 = 10, 995 + 0, 852 = 11, 847 cm2 ⇒ 4 φ 20 mm X

d0 6 As2 0, 852
= ≈ 0, 103 < 0, 184 ⇒ ϕ = 1 ∴ A0 s = = = 0, 852 cm2
d 58, 37 ϕ 1

3 φ 6, 3 mm; A0s,real = 0, 935 cm2 ; nφ/cam = 4 X


Solicitações Normais
Exemplo - Viga

(iv) Armadura de pele

As,pele = 0, 10%Ac = 0, 10% × (15 × 65) = 0, 975 cm2 por face lateral

_ Comprimento útil (máximo) - de eixo a eixo - para as barras laterais:

C = 65 − (3 + 0, 63 + 1, 6/2) − (3 + 0, 63 + 0, 63/2) ≈ 57 cm

_ Espaçamento máximo entre eixos das barras laterais:

Smax ≤ {20 cm; d/3 = 59/3 = 19 cm; 15 φl }

As,pele 0, 975


no barras = = = 2 barras ∴



 Aφ10 0, 785

C 57

φl 10, 0 mm: S = o = = 19 cm > Smax = 15 cm ∴

 n barras + 1 2+1


no barras = C − 1 = 57 − 1 = 3 barras por face lateral.



Smax 15

3 φ 10, 0 mm; As,pele,real = 2, 356 cm2 ; c/ 14 cm


Solicitações Normais
Exemplo - Viga

(v) Detalhamento longitudinal


 
Vd,max
al = d (1 + cotg α) − cotg α ≤ d
2 (Vd,max − Vc )
 
275, 63
al = d (1 + cotg 90o ) − cotg 90o = 0, 664d > 0, 5d X
2 (275, 63 − 68, 10)

Ancoragem nos apoios extremos:

al Vd,apoio 0, 664d 165, 38


As,apoio = · = × = 2, 526 cm2
d fyd d 43, 48

1/3As,vão = 1/3 × 6, 032 = 2, 011 cm2
As,apoio,min ≥
2 barras do vão adjacente: 2 × 2, 011 = 4, 021 cm2 X

As,apoio < As,apoio,min ∴ As,apoio = 4, 021 cm2 (2 φ 16, 0 mm)


Solicitações Normais
Exemplo - Viga

(v) Detalhamento longitudinal


As,calc
_ Comprimento de ancoragem necessário: lb,nec = α · lb · ≥ lb,min
As,real

η1 = 2, 25 (CA-50); η2 = 1 (boa situação de aderência); η3 = 1 (φ < 32 mm)

0, 7fct,m 0, 7 × 0, 3 × 252/3
fbd = η1 · η2 · η3 · = 2, 25 × 1 × 1 × = 2, 886 MPa =
γc 1, 4
= 0, 2886 kN/cm2
φ fyd 1, 6 43, 48
lb = · = × ≈ 60, 3 cm > 25φ = 25 × 1, 6 = 40, 0 cm X
4 fbd 4 0, 2886

1a. Tentativa: Avaliando-se sem gancho (α = 1), ancorando duas barras


2, 526
lb,nec = 1 × 60, 3 × ≈ 37, 9 cm X não cabe!
4, 021

2a. Tentativa: Avaliando-se com gancho (α = 0, 7), ancorando duas barras


2, 526
lb,nec = 0, 7×60, 3× ≈ 26, 5 cm < (35−3−1, 6/2) = 31, 2 cm X cabe!
4, 021
Solicitações Normais
Exemplo - Viga

(v) Detalhamento longitudinal

Empregando-se gancho com ângulo reto, tem-se:

Diâmetro do pino de dobramento (D):


C
(φ < 20 mm e CA-50)
face do apoio
r D ≥ 5φ = 5 × 1, 6 = 8, 0 cm
B f = 16,0 mm D φ
r= + = 3φ ≈ 5 cm
2 2
A _ π π
lb,nec AB = · r = × 3φ ≈ 8 cm
2 2

BC ≥ 8φ = 8 × 1, 6 ≈ 13 cm

0, 3lb = 0, 3 × 60, 3 = 18, 09 cm


10φ = 10 × 1, 6 = 16, 0 cm
lb,nec = 26, 5 cm > lb,min ≥


10 cm
r + 5, 5φ = 5 + 5, 5 × 1, 6 = 13, 8 cm

Solicitações Normais
Exemplo - Viga

(v) Detalhamento longitudinal

O comprimento total do trecho de ancoragem com gancho (lgancho ) é:


_
lgancho = lb,nec − r + AB + BC = 26, 5 − 5 + 8 + 13 = 42, 5 cm

Ancoragem no apoio intermediário:



1/4As,vão = 1/4 × 6, 032 = 1, 508 cm2
As,apoio = As,apoio,min ≥
2 barras do vão adjacente: 2 × 2, 011 = 4, 021 cm2 X

As,apoio = 4, 021 cm2 (2 φ 16, 0 mm)

_ Comprimento de ancoragem necessário: lb,nec = 10φ

lb,nec = 10φ = 10 × 1, 6 = 16, 0 cm


Solicitações Normais
Exemplo - Viga

(v) Detalhamento longitudinal

Ancoragem no vão:

𝑙−

− −
𝑙𝑏,𝑛𝑒𝑐 al al 𝑙𝑏,𝑛𝑒𝑐

17,5 cm M
[kNm]
337,5 cm

+
al 𝑙𝑏,𝑛𝑒𝑐

𝑙+
Solicitações Normais
Exemplo - Viga

(v) Detalhamento longitudinal

_ Armadura positiva ancorada no vão:

η1 = 2, 25 (CA-50); η2 = 1 (boa situação de aderência); η3 = 1 (φ < 32 mm)

0, 7fct,m 0, 7 × 0, 3 × 252/3
fbd = η1 · η2 · η3 · = 2, 25 × 1 × 1 × = 2, 886 MPa =
γc 1, 4
= 0, 2886 kN/cm2
φ fyd 1, 6 43, 48
lb = · = × ≈ 60, 3 cm > 25φ = 25 × 1, 6 = 40, 0 cm X
4 fbd 4 0, 2886

0, 3lb = 0, 3 × 60, 3 = 18, 09 cm

+ 6, 026
lb,nec = 1 × 60, 3 × ≈ 60, 25 cm > lb,min ≥ 10φ = 10 × 1, 6 = 16, 0 cm
6, 032 
10 cm

l+ = 337, 5 − 17, 5 + 0, 664 × 59 + 60, 25 ≈ 420, 0 cm


Solicitações Normais
Exemplo - Viga

(v) Detalhamento longitudinal

_ Armadura negativa:

η1 = 2, 25 (CA-50); η2 = 0, 7 (má situação de aderência); η3 = 1 (φ < 32 mm)

0, 7fct,m 0, 7 × 0, 3 × 252/3
fbd = η1 ·η2 ·η3 · = 2, 25×0, 7×1× = 2, 020 MPa =
γc 1, 4
= 0, 2020 kN/cm2
φ fyd 2, 0 43, 48
lb = · = × ≈ 107, 6 cm > 25φ = 25 × 2, 0 = 50, 0 cm X
4 fbd 4 0, 2020

0, 3lb = 0, 3 × 107, 6 =


− 11, 733
 = 32, 28 cm
lb,nec = 1 × 107, 6 × ≈ 100, 5 cm > lb,min ≥
12, 566 
 10φ = 10 × 2, 0 = 20, 0 cm


10 cm

l− = 2 × [(450 − 337, 5) + 0, 664 × 59 + 100, 5] ≈ 505, 0 cm


Solicitações Normais
Exemplo - Viga
215 cm
N5 - 4 f 20 mm – C = 505 cm

N4 - 2 f 6,3 mm – C = 232 cm N4
3 cm 20 cm (trespasse)

A B
2 f 6,3 mm (montagem) 4 f 20 mm 2 f 6,3 mm (montagem)

2 x 3 f 10 mm

3 f 16,0 mm 3 f 16,0 mm
A B
N6 – XX f 6,3 mm c/YY – C = ZZZ cm (estribos) N6
3 cm
N3 – 2 x 3 f 10,0 mm – C = 929 cm
(costela)
35 cm
N2 - 1 f 16,0 mm – C = 420 cm N2

8,5 cm

N1 - 2 f 16,0 mm – C = 950 cm
13

13
r=5 r=5

908 cm

N4 – 2 f 6,3 mm N5 – 4 f 20 mm
(montagem)

14 cm
14 cm

N3 – 2 x 3 f 10 mm N3 – 2 x 3 f 10 mm

N2 – 1 f 16,0 mm N2 – 1 f 16,0 mm
N1 – 2 f 16,0 mm N1 – 2 f 16,0 mm
A-A B-B
Solicitações Normais
Lajes Retangulares

Lajes são elementos estruturais laminares (uma dimensão bem menor que as
duas demais), normalmente solicitadas por cargas normais ao seu plano.
lmenor

1m

No que diz respeito ao dimensionamento, lajes podem ser interpretadas como


compostas por faixas de seção retangular - normalmente de largura unitária -
nas duas direções do plano que as define.
Interpretando as lajes dessa maneira, pode-se empregar o equacionamento
de seção retangular submetida à flexão normal simples, sendo a armadura
obtida em cada direção propagada para o restante da laje.
Solicitações Normais
Lajes Retangulares

A título de estudo da responsabilidade de cada direção da laje na capacidade


da transferência de carga para os apoios, pode-se assumir que cada direção
de uma laje retangular (a × b) é responsável por descarregar um quinhão da
carga total, p, ou seja,

p = pa + pb

em que pa é a carga atuante na faixa na direção a e pb na direção b.

Os quinhões de carga pa e pb podem ser determinados, simplificadamente,


assumindo-se que cada faixa unitária se comporta como uma viga isolada, no
entanto, impondo-se que a flecha no centro de uma faixa se iguale à da outra.
Assumindo laje simplesmente apoiada nas quatro bordas, tem-se

5pa a4 5pb b4
δa = = δb = ∴ pb b4 = pa a4 ∴ pb b4 = (p − pb ) a4 ∴
384EI 384EI

pa4 p
pb = =   4 = kb p
a4+ b4 b
1+
a
Solicitações Normais
Lajes Retangulares

em que
1
ka = 1 − kb e kb =  4
b
1+
a
são os coeficientes que determinam os quinhões de carga, pa e pb .

ka ≈ 0, 94 → indicando que a laje trabalha praticamente somente

_ Se b/a = 2 na direção menor.

kb ≈ 0, 06

Logo, considera-se aqui:

lmaior
• se: > 2 laje armada em uma direção, ou seja, na direção menor;
lmenor

lmaior
• se: ≤ 2 laje armada em duas direções (ou em cruz).
lmenor
Solicitações Normais
Lajes Retangulares - Armadas em uma direção
1m

b
a a a a

p p p p

X X X X

M M
R M R RA RE R R R

borda livre a – menor vão em laje armada em uma direção

borda simplesmente apoiada

borda engastada
Solicitações Normais
Lajes Retangulares - Armadas em uma direção

As reações de apoio e os momentos fletores positivos e negativos referentes


aos quatro modelos de lajes armadas em uma direção aqui considerados
são facilmente determinados por meio de análise linear elástica, uma das
estratégias de análise estrutural para lajes prescritas na NBR 6118:2014.
Os valores obtidos são resumidos a seguir:

Tipo de laje Regime elástico


Apoiada-Apoiada R = 0, 5pa
M = pa2 /8
Apoiada-Engastada RA = 0, 375pa
RE = 0, 625pa
M = pa2 /14, 22
X = pa2 /8
Engastada-Engastada R = 0, 5pa
M = pa2 /24
X = pa2 /12
Em balanço R = pa
X = pa2 /2
Solicitações Normais
Lajes Retangulares - Armadas em uma direção

A favor da segurança, é conveniente se considerar que as vigas na direção


menor de lajes retangulares armadas em uma direção, caso existam, também
recebem carregamentos vindos das lajes (reações de apoio), que podem ser
aproximadas como:
pA pa
R R= ∴ R=
a 2 ( tg α + tg β)
A
α β
em que:
α = 45o entre dois apoios do mesmo tipo;
o
α = 60 a partir do apoio considerado en-
b

gastado, se o outro for considera-


do simplesmente apoiado;
α = 90o a partir do apoio, quando a borda
vizinha for livre.
a
Solicitações Normais
Lajes Retangulares - Armadas em duas direções

A B C

b
a≤b a a≤b

D E F

b
a a a≤b

borda simplesmente apoiada a – vão cuja direção tem o maior número de


engastes ou, caso se tenha o mesmo número
borda engastada de engastes nas duas direções, é o menor vão.
Solicitações Normais
Lajes Retangulares - Armadas em duas direções

As lajes de concreto apresentam relação h/lmenor que a caracterizam como


esbeltas, isto é, 1/100 < h/lmenor ≤ 1/5, sendo, pois, bem interpretadas pela
teoria de placas de Kirchhoff, que se baseia na solução da seguinte equação
diferencial para o deslocamento transversal da placa (flecha), w:

∂4w ∂4w ∂4w p Ecs · h3


4
+2 2 2 + = , em que: D = (42)
∂x ∂x ∂y ∂y 4 D 12 (1 − ν 2 )

A partir de solução numérica da Eq. (42), constroem-se tabelas por meio das
quais se determinam os momentos fletores para o dimensionamento. Para
tanto, definem-se:

Xa
pa2

Mi =
mi
Mb

Ma
pa2

Xi =
ni
Xb

a≤b
Solicitações Normais
Lajes Retangulares - Armadas em duas direções
Solicitações Normais
Lajes Retangulares - Armadas em duas direções

Segundo a NBR 6118:2014, as reações de apoio podem ser aproximadas pe-


las resultantes de carga nas áreas delimitadas pelas linhas de ruptura, com
base na teoria das charneiras plásticas. As linhas de ruptura podem ser apro-
ximadas por retas inclinadas a partir dos vértices com os seguintes ângulos:
α = 45o entre dois apoios do mesmo tipo;
o
α = 60 a partir do apoio considerado engastado, se o outro for considerado
simplesmente apoiado;
α = 90o a partir do apoio, quando a borda vizinha for livre.

As reações podem ser consideradas 45º 𝑅𝑎′ 𝑝𝐴1


𝑅𝑎′ =
uniformemente distribuídas sobre os A1
60º
𝑎
elementos de apoio. 𝑝𝐴2
𝑅𝑎′′ =
𝑅𝑏′ A4 𝑅𝑏′′ 𝑎
A partir dessas prescrições normati- A3

b
𝑝𝐴 3
𝑅𝑏′ =
vas, constroem-se tabelas por meio 30º
A2
𝑏
das quais se determinam as reações 𝑝𝐴4
𝑅𝑏′′ =
de apoio. Para tanto, definem-se: 𝑅𝑎′′ 45º 𝑏

Ri = ri (pa) a≤b
Solicitações Normais
Lajes Retangulares - Armadas em duas direções
Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Lajes

i − Espessura mínima das lajes maciças


_ 7 cm p/ lajes de forro não em balanço;
_ 8 cm p/ lajes de piso não em balanço;
_ 10 cm p/ lajes em balanço;
_ 10 cm p/ lajes que suportem veículos de peso total menor ou igual a 30 KN;
_ 12 cm p/ lajes que suportem veículos de peso total maior que 30 KN;

No dimensionamento de lajes em balanço, os esforços solicitantes de cálculo


devem ser multiplicados por um coeficiente adicional γn de acordo com:
Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Lajes

ii − Vãos efetivos de lajes


O vão efetivo das lajes deve ser calculado pela seguinte expressão:

lef = l0 + a1 + a2

l0

t1

t2

 
t1 /2
 t2 /2

a1 ≤ a2 ≤
 
0, 3h 0, 3h
 
Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Lajes

iii − Aproximações para o diagrama de momento fletor


Os momentos fletores negativos entre lajes contíguas (adjacentes) devem ser
compatibilizados (compensados) tal como se segue:

L1 L2

XL1
ΔX
XFinal

L1 XL2 L2

ΔM = 0,3ΔX
Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Lajes

iii − Aproximações para o diagrama de momento fletor


Os momentos fletores negativos entre lajes contíguas (adjacentes) devem ser
compatibilizados (compensados) tal como se segue:

0, 8Xmax

XF inal ≥

(XL1 + XL2 ) /2

Obs.: A laje que terá o momento fletor negativo reduzido na compatibilização


deverá ter o momento fletor positivo acrescido de:

∆M = 0, 3∆X (conforme ilustrado)

iv − Armadura longitudinal mínima


Para o caso de lajes, define-se:

As,min As,min
ρs = = → taxa geométrica de armadura mínima
b·h (100 · h) cm2
para lajes
Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Lajes

iv − Armadura longitudinal mínima

Obs.: A taxa geométrica de armadura mínima para vigas, ρmin , é determi-


nada como apresentado nas prescrições normativas para vigas.
Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Lajes

v − Prescrições gerais sobre detalhamento de lajes

• A armadura de flexão deve ter diâmetro no máximo igual a h/8;

• As barras da armadura principal de flexão devem apresentar espaça-


mento no máximo igual a 2h ou 20 cm;

• As barras da armadura secundária de flexão devem apresentar espaça-


mento no máximo igual a 33 cm;

• Nas lajes em que seja dispensada armadura transversal e quando não


houver avaliação explícita dos acréscimos das armaduras decorrentes
da presença dos momentos volventes nas lajes, toda a armadura po-
sitiva deve ser levada até os apoios, não se permitindo escalonamento
desta armadura. A armadura deve ser prolongada no mínimo 4 cm além
do eixo teórico do apoio;

• As barras negativas deverão ter o comprimento reto prolongado para


cada lado dos eixos dos apoios de, no mínimo, 1/4 do maior vão das
lajes contíguas que se engastam, na direção da armação;
Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Lajes

v − Prescrições gerais sobre detalhamento de lajes

• Em lajes em balanço, a armadura negativa deve ter o comprimento reto


de, no mínimo, duas vezes o vão do balanço;

• As armaduras negativas de bordas sem continuidade devem se esten-


der até, pelo menos, 0,15 do vão menor da laje a partir da face do apoio;

• As armaduras negativas, em suas extremidades, deverão ser dobradas


com um comprimento igual a h − 2c, em que c é o cobrimento.

vi − Cargas para o cálculo de estruturas de edificações (NBR 6120:2019)


A NBR 6120:2019 tem como objetivo fixar as condições para se determinar
os valores das cargas que atuam nos projetos de estruturas de edificações.
Essas cargas, representadas pela intensidade em uma superfície de 1 m2 ,
são compostas por:
Cargas permanentes (g): devidas ao peso próprio da estrutura e de todos
os elementos construtivos fixos e instalações permanentes −→ avaliadas com
auxílio das Tabelas 1 a 9 da NBR 6120:2019.
Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Lajes

vi − Cargas para o cálculo de estruturas de edificações (NBR 6120:2019)

e piso
e21 contrapiso
h laje
h - espessura e3 reboco

A A A-A

1m

1m

CP = p.p.laje + revestimentos + equipamentos fixos (se existir) ∴

g = h × γCA + e1 × γpiso + e2 × γcontrapiso + e3 × γreboco


Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Lajes

vi − Cargas para o cálculo de estruturas de edificações (NBR 6120:2019)


Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Lajes

vi − Cargas para o cálculo de estruturas de edificações (NBR 6120:2019)

Cargas acidentais (q): são aquelas que podem atuar sobre a estrutura de
edificações em função do seu uso (pessoas, móveis, utensílios, veículos etc)
−→ são supostas uniformemente distribuídas, com valores mínimos indicados
na Tabela 10 da NBR 6120:2019.

Obs.:

1 - Quando forem previstas paredes divisórias sem posição definida em pro-


jeto, sobre estruturas com adequada capacidade de distribuição dos esforços
solicitantes, pode-se considerar, além dos demais carregamentos, uma carga
uniformemente distribuída adicional da ordem de 0,5 a 1,0 kN/m2 , conforme
a Tabela 11 da NBR 6120:2019;

2 - Alvenarias com posição bem definida sobre as lajes podem, a título de


emprego das tabelas aqui apresentadas, ter o seu peso total diluído sobre a
laje, considerando-o como uniformemente distribuído na área da laje.
Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Lajes

vi − Cargas para o cálculo de estruturas de edificações (NBR 6120:2019)


Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Lajes

vi − Cargas para o cálculo de estruturas de edificações (NBR 6120:2019)


Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

Para a Planta de Fôrma Estrutural apresentada, pede-se:


a) Calcular as reações de apoio e os momentos fletores (regime elástico) das
lajes, fazendo a indicação em planta;
b) Calcular as armaduras das lajes e fazer o detalhamento.
Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

Para a Planta de Fôrma Estrutural apresentada, pede-se:


a) Calcular as reações de apoio e os momentos fletores (regime elástico) das
lajes, fazendo a indicação em planta;
b) Calcular as armaduras das lajes e fazer o detalhamento.
Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

Para a Planta de Fôrma Estrutural apresentada, pede-se:


a) Calcular as reações de apoio e os momentos fletores (regime elástico) das
lajes, fazendo a indicação em planta;
b) Calcular as armaduras das lajes e fazer o detalhamento.

Dados: (
− fck = 25 MPa ;
_ Obra em área urbana (CAA II):
− c = 25 mm;
_ Aço CA-60;
_ d00 = 3 cm ∴ d = 10 − 3 = 7 cm;
_ γf = 1, 4; γc = 1, 4; γs = 1, 15;
_ Espessura do piso, contrapiso e reboco: 1, 5 cm;
_ Piso em porcelanato: γpiso = 23 kN/m3 ;
_ Contrapiso e reboco em argamassa de cimento, cal e areia: γarg = 19 kN/m3 ;
_ Carga acidental (sobrecarga): q = 1, 5 kN/m2 .
Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

(i) Dimensões e modelo das lajes

• Laje L1 = L4:

 
t1 /2 = 20/2 = 10 cm
 t2 /2 = 12/2 = 6 cm

ax1 ≤ ax2 ≤
 
0, 3h = 0, 3 × 10 = 3 cm 0, 3h = 0, 3 × 10 = 3 cm
 

 
t1 /2 = 20/2 = 10 cm
 t2 /2 = 12/2 = 6 cm

ay1 ≤ ay2 ≤
 
0, 3h = 0, 3 × 10 = 3 cm 0, 3h = 0, 3 × 10 = 3 cm
 

x
lef = 410 + 3 + 3 = 416 cm
y
lef = 290 + 3 + 3 = 296 cm

lmaior 416
= = 1, 405 < 2 → laje armada em duas direções
lmenor 296
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Exemplo - Lajes

(i) Dimensões e modelo das lajes

• Laje L1 = L4:

a = 296 cm
Tipo C

b = 416 cm

b 416
Laje Tipo C: = = 1, 405
a 296
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Exemplo - Lajes

(i) Dimensões e modelo das lajes

• Laje L2 = L3:

 
t1 /2 = 12/2 = 6 cm
 t2 /2 = 12/2 = 6 cm

ax1 ≤ ax2 ≤
 
0, 3h = 0, 3 × 10 = 3 cm 0, 3h = 0, 3 × 10 = 3 cm
 

 
t1 /2 = 20/2 = 10 cm
 t2 /2 = 12/2 = 6 cm

ay1 ≤ ay2 ≤
 
0, 3h = 0, 3 × 10 = 3 cm 0, 3h = 0, 3 × 10 = 3 cm
 

x
lef = 732 + 3 + 3 = 738 cm
y
lef = 290 + 3 + 3 = 296 cm

lmaior 738
= = 2, 493 > 2 → laje armada em uma direção
lmenor 296
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Exemplo - Lajes

(i) Dimensões e modelo das lajes

• Laje L2 = L3:

a = 296 cm
Apoiada-Engastada

b = 738 cm

Laje Apoiada-Engastada
Obs.: A borda inferior da L2 (e da L3) tem mais do que 2/3 do comprimento
engastado, logo, pode ser considerada engastada.
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Exemplo - Lajes

(i) Dimensões e modelo das lajes

• Laje L5 = L8:

 
t1 /2 = 20/2 = 10 cm
 t2 /2 = 12/2 = 6 cm

ax1 ≤ ax2 ≤
 
0, 3h = 0, 3 × 10 = 3 cm 0, 3h = 0, 3 × 10 = 3 cm
 

 
t1 /2 = 12/2 = 6 cm
 t2 /2 = 20/2 = 10 cm

ay1 ≤ ay2 ≤
 
0, 3h = 0, 3 × 10 = 3 cm 0, 3h = 0, 3 × 10 = 3 cm
 

x
lef = 410 + 3 + 3 = 416 cm
y
lef = 378 + 3 + 3 = 384 cm

lmaior 416
= = 1, 083 < 2 → laje armada em duas direções
lmenor 384
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Exemplo - Lajes

(i) Dimensões e modelo das lajes

• Laje L5 = L8:

a = 384 cm
Tipo C

b = 416 cm

b 416
Laje Tipo C: = = 1, 083
a 384
Obs.: A borda direita da L5 (borda esquerda da L8) tem mais do que 2/3 do
comprimento engastado, logo, pode ser considerada engastada.
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Exemplo - Lajes

(i) Dimensões e modelo das lajes

• Laje L6 = L7:

 
t1 /2 = 12/2 = 6 cm
 t2 /2 = 20/2 = 10 cm

ax1 ≤ ax2 ≤
 
0, 3h = 0, 3 × 10 = 3 cm 0, 3h = 0, 3 × 10 = 3 cm
 

 
t1 /2 = 12/2 = 6 cm
 t2 /2 = 20/2 = 10 cm

ay1 ≤ ay2 ≤
 
0, 3h = 0, 3 × 10 = 3 cm 0, 3h = 0, 3 × 10 = 3 cm
 

x
lef = 583 + 3 + 3 = 589 cm
y
lef = 278 + 3 + 3 = 284 cm

lmaior 589
= = 2, 074 > 2 → laje armada em uma direção
lmenor 284
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Exemplo - Lajes

(i) Dimensões e modelo das lajes

• Laje L6 = L7:

a = 284 cm
Apoiada-Engastada

b = 589 cm

Laje Apoiada-Engastada
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Exemplo - Lajes

(ii) Carregamento das lajes

p=g+q
em que
g - carga permanente;
q - carga acidental (sobrecarga).

Obs.: Nesse exemplo, o carregamento total atuante, p, é o mesmo para todas


as lajes. De maneira geral, isto não é uma condição obrigatória.

1,5 cm piso
1,5 cm contrapiso
10 cm laje
1,5 cm reboco

g = 0, 10 × 25 + 0, 015 × 23 + 0, 015 × 19 + 0, 015 × 19 = 3, 41 kN/m2 ∴

p = 3, 41 + 1, 5 ≈ 5, 0 kN/m2
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Exemplo - Lajes

(iii) Reações de apoio

• Laje L1 = L4:

b/a ra0 ra00 rb0 rb00


1,40 0,183 0,317 0,235 0,408
1,405 0,183 0,317 0,2355 0,4087
1,45 0,183 0,317 0,240 0,415

Ra0 = ra0 (pa) = 0, 183 × (5 × 2, 96) = 2, 71 kN/m

Ra00 = ra00 (pa) = 0, 317 × (5 × 2, 96) = 4, 69 kN/m

Rb0 = rb0 (pa) = 0, 2355 × (5 × 2, 96) = 3, 49 kN/m

Rb00 = rb00 (pa) = 0, 4087 × (5 × 2, 96) = 6, 05 kN/m


Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

(iii) Reações de apoio

• Laje L2 = L3:

30º 30º

a = 296 cm
Apoiada-Engastada

45º 45º

b = 738 cm

RA = 0, 375pa = 0, 375 × 5 × 2, 96 = 5, 55 kN/m

RE = 0, 625pa = 0, 625 × 5 × 2, 96 = 9, 25 kN/m

pa 5 × 2, 96
Resq. = Rdir. = = = 4, 69 kN/m
2 ( tg α + tg β) 2 ( tg 45o + tg 30o )
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Exemplo - Lajes

(iii) Reações de apoio

• Laje L5 = L8:

b/a ra0 ra00 rb0 rb00


1,05 0,183 0,317 0,192 0,332
1,083 0,183 0,317 0,1973 0,3412
1,10 0,183 0,317 0,200 0,346

Ra0 = ra0 (pa) = 0, 183 × (5 × 3, 84) = 3, 51 kN/m

Ra00 = ra00 (pa) = 0, 317 × (5 × 3, 84) = 6, 09 kN/m

Rb0 = rb0 (pa) = 0, 1973 × (5 × 3, 84) = 3, 79 kN/m

Rb00 = rb00 (pa) = 0, 3412 × (5 × 3, 84) = 6, 55 kN/m


Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

(iii) Reações de apoio

• Laje L6 = L7:

45º 60º

a = 284 cm
Apoiada-Engastada

30º 45º

b = 589 cm

RA = 0, 375pa = 0, 375 × 5 × 2, 84 = 5, 33 kN/m

RE = 0, 625pa = 0, 625 × 5 × 2, 84 = 8, 88 kN/m

pa 5 × 2, 84
Resq. = = = 4, 50 kN/m
2 ( tg α + tg β) 2 ( tg 45o + tg 30o )
pa 5 × 2, 84
Rdir. = = = 2, 60 kN/m
2 ( tg α + tg β) 2 ( tg 45o + tg 60o )
Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

(iii) Reações de apoio

⇒ Mapa de Reações
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Exemplo - Lajes

(iv) Momentos fletores (regime elástico)

• Laje L1 = L4:

b/a ma mb na nb
1,40 22,6 41,8 10,1 12,6
1,405 22,525 41,93 10,075 12,59
1,50 21,1 44,4 9,6 12,4

pa2 5 × 2, 962
 
Ma = = = 1, 945 kNm/m = 194, 5 kNcm/m
ma 22, 525
pa2 5 × 2, 962
 
Mb = = = 1, 045 kNm/m = 104, 5 kNcm/m
mb 41, 93
pa2 5 × 2, 962
 
Xa = = = 4, 348 kNm/m = 434, 8 kNcm/m
na 10, 075
pa2 5 × 2, 962
 
Xb = = = 3, 480 kNm/m = 348, 0 kNcm/m
nb 12, 59
Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

(iv) Momentos fletores (regime elástico)

• Laje L2 = L3:
RA

a = 296 cm
M

p
RE

b = 738 cm

pa2 5 × 2, 962
M= = = 3, 081 kNm/m = 308, 1 kNcm/m
14, 22 14, 22

pa2 5 × 2, 962
X= = = 5, 476 kNm/m = 547, 6 kNcm/m
8 8
Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

(iv) Momentos fletores (regime elástico)

• Laje L5 = L8:

b/a ma mb na nb
1,00 37,2 37,2 14,3 14,3
1,083 32,303 37,366 12,972 13,719
1,10 31,3 37,4 12,7 13,6

pa2 5 × 3, 842
 
Ma = = = 2, 282 kNm/m = 228, 2 kNcm/m
ma 32, 303
pa2 5 × 3, 842
 
Mb = = = 1, 973 kNm/m = 197, 3 kNcm/m
mb 37, 366
pa2 5 × 3, 842
 
Xa = = = 5, 684 kNm/m = 568, 4 kNcm/m
na 12, 972
pa2 5 × 3, 842
 
Xb = = = 5, 374 kNm/m = 537, 4 kNcm/m
nb 13, 719
Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

(iv) Momentos fletores (regime elástico)

• Laje L6 = L7:

RE
X
a = 284 cm

M
RA
b = 589 cm

pa2 5 × 2, 842
M= = = 2, 836 kNm/m = 283, 6 kNcm/m
14, 22 14, 22

pa2 5 × 2, 842
X= = = 5, 041 kNm/m = 504, 1 kNcm/m
8 8
Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

(iv) Momentos fletores (regime elástico)

⇒ Compatibilização (compensação) de momentos negativos:

Entre X1a. X2a. 0, 8Xmax Xmed XF inal ∆X


L1-L5 434,8 568,4 454,7 501,6 501,6 66,8
L2-L6 547,6 504,1 438,1 525,9 525,9 21,7
(kNcm)

corr. corr
Entre M1a. M2a. ∆M1a. ∆M2a. M1a. M2a.
L1-L5 194,5 228,2 - 20,0 194,5 248,2
L2-L6 308,1 283,6 6,5 - 314,6 283,6
(kNcm)
Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

(iv) Momentos fletores (regime elástico)

⇒ Mapa de Momentos Fletores

104,5 104,5

314,6

314,6
348,0 348,0
194,5

194,5
525,9
501,6

525,9

501,6
283,6
248,2

283,6

248,2
197,3 537,4 537,4 197,3

(kNcm)
Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

(v) Valores de cálculo

fck 2, 5
fc = αc · fcd = αc · = 0, 85 × = 1, 518 kN/cm2
γc 1, 4

fyk 60
fyd = = = 52, 17 kN/cm2
γs 1, 15

MaL1
d
= γf · MaL1 = 1, 4 × 194, 5 = 272, 3 kNcm

MbL1
d
= γf · MbL1 = 1, 4 × 104, 5 = 146, 3 kNcm

MaL2
d
= γf · MaL2 = 1, 4 × 314, 6 = 440, 4 kNcm

MaL5
d
= γf · MaL5 = 1, 4 × 248, 2 = 347, 5 kNcm

MbL5
d
= γf · MbL5 = 1, 4 × 197, 3 = 276, 2 kNcm

MaL6
d
= γf · MaL6 = 1, 4 × 283, 6 = 397, 0 kNcm
Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

(v) Valores de cálculo

XdL1−L2 = γf · X L1−L2 = 1, 4 × 348, 0 = 487, 2 kNcm

XdL1−L5 = γf · X L1−L5 = 1, 4 × 501, 6 = 702, 2 kNcm

XdL2−L6 = γf · X L2−L6 = 1, 4 × 525, 9 = 736, 3 kNcm

XdL5−L6 = γf · X L5−L6 = 1, 4 × 537, 4 = 752, 4 kNcm

(vi) Dimensionamento da armadura longitudinal

_ Obs.1: Armadura longitudinal mínima: As,min = ρs (100 × h)

7
(d/h) = = 0, 7 → ρmin = 0, 150%
10

• Armaduras negativas:
ρs = ρmin ∴ As,min = 0, 150% (100 × 10) = 1, 5 cm2 /m
Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

(vi) Dimensionamento da armadura longitudinal

• Armaduras negativas de bordas sem continuidade:


ρs = 0, 67ρmin ∴ As,min = 0, 67 × 0, 150% (100 × 10) = 1, 005 cm2 /m

• Armaduras positivas de lajes armadas em duas direções:


ρs = 0, 67ρmin ∴ As,min = 0, 67 × 0, 150% (100 × 10) = 1, 005 cm2 /m

• Armadura positiva (principal) de lajes armadas em uma direção:


ρs = ρmin ∴ As,min = 0, 150% (100 × 10) = 1, 5 cm2 /m

• Armadura positiva (secundária) de lajes armadas em uma direção:


As,sec ≥ 0, 20As,princ
As,sec ≥ 0, 9 cm2 /m
ρs ≥ 0, 5ρmin ∴ As,min ≥ 0, 5 × 0, 150% (100 × 10) = 0, 75 cm2 /m
Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

(vi) Dimensionamento da armadura longitudinal

_ Obs.2: Espaçamento máximo (Smax ):

• Armadura principal:

2h = 2 × 10 = 20 cm

P
Smax ≤

20 cm

• Armadura secundária:
S
Smax = 33 cm

_ Obs.3: Diâmetro máximo (φmax ):

h 100 mm
φmax = = = 12, 5 mm
8 8
Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

(vi) Dimensionamento da armadura longitudinal

_ Momento positivo: MaL1


d
= 272, 3 kNcm

Md 272, 3
K= = ≈ 0, 037 < KL = 0, 295 ∴ K0 = K
f c · b · d2 1, 518 × 100 × 72 (armadura simples)

fc · b · d √ 
As = As1 = 1 − 1 − 2K 0 =
fyd

1, 518 × 100 × 7 √
1 − 1 − 2 × 0, 037 = 0, 768 cm2 /m < As,min

= ∴
52, 17

Logo, As = As,min = 1, 005 cm2 /m

P
Espaçamento máximo: Smax = 20 cm

Diâmetro máximo: φmax = 12, 5 mm


Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

(vi) Dimensionamento da armadura longitudinal

_ Momento positivo: MaL1


d
= 272, 3 kNcm
 o
n barras As 1, 005

 = = =6 ∴
 metro

 Aφ5,0 0, 196





φ = 5, 0 mm ≤ S = 100 cm ≈ 17 cm < Smax P



 6



no barras = vão livre = 410 = 25



S 17

Comprimento: C = 290 + 12 + 20 − 2, 5 − 2, 5 = 317 cm

25 φ 5,0 mm c/ 17 cm - C = 317 cm
Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

(vi) Dimensionamento da armadura longitudinal

_ Momento positivo: MbL1


d
= 146, 3 kNcm

Md 146, 3
K= = ≈ 0, 020 < KL = 0, 295 ∴ K0 = K
f c · b · d2 1, 518 × 100 × 72 (armadura simples)

fc · b · d √ 
As = As1 = 1 − 1 − 2K 0 =
fyd

1, 518 × 100 × 7 √
1 − 1 − 2 × 0, 020 = 0, 412 cm2 /m < As,min

= ∴
52, 17

Logo, As = As,min = 1, 005 cm2 /m

P
Espaçamento máximo: Smax = 20 cm

Diâmetro máximo: φmax = 12, 5 mm


Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

(vi) Dimensionamento da armadura longitudinal

_ Momento positivo: MbL1


d
= 146, 3 kNcm
 o
n barras As 1, 005

 = = =6 ∴
 metro

 Aφ5,0 0, 196





φ = 5, 0 mm ≤ S = 100 cm ≈ 17 cm < Smax P



 6



no barras = vão livre = 290 = 18



S 17

Comprimento: C = 410 + 20 + 12 − 2, 5 − 2, 5 = 437 cm

18 φ 5,0 mm c/ 17 cm - C = 437 cm
Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

(vi) Dimensionamento da armadura longitudinal

_ Momento positivo: MaL2


d
= 440, 4 kNcm

Md 440, 4
K= = ≈ 0, 059 < KL = 0, 295 ∴ K0 = K
f c · b · d2 1, 518 × 100 × 72 (armadura simples)

fc · b · d √ 
As = As1 = 1 − 1 − 2K 0 =
fyd

1, 518 × 100 × 7 √
1 − 1 − 2 × 0, 059 = 1, 239 cm2 /m < As,min

= ∴
52, 17

Logo, As = As,min = 1, 5 cm2 /m

P
Espaçamento máximo: Smax = 20 cm

Diâmetro máximo: φmax = 12, 5 mm


Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

(vi) Dimensionamento da armadura longitudinal

_ Momento positivo: MaL2


d
= 440, 4 kNcm

 o
n barras As 1, 5
 = = =8 ∴
metro



 Aφ5,0 0, 196




100 cm

φ = 5, 0 mm ≤ S = P
= 12, 5 cm < Smax ∴


 8



n barras = vão livre = 732 = 59

 o

S 12, 5

Comprimento: C = 290 + 12 + 20 − 2, 5 − 2, 5 = 317 cm

59 φ 5,0 mm c/ 12,5 cm - C = 317 cm


Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

(vi) Dimensionamento da armadura longitudinal


S
_ Armadura secundária: L2 (Smax = 33 cm)

2
0, 20As,princ = 0, 2 × 1, 5 = 0, 3 cm /m

2
As,sec ≥ 0, 9 cm /m X

0, 75 cm2 /m

 o
n barras As 0, 9

 = = =5 ∴



 metro Aφ5,0 0, 196




φ = 5, 0 mm ≤ S = 100 cm = 20 cm < Smax S



 5



no barras = vão livre = 290 = 15



S 20

Comprimento: C = 732 + 12 + 12 − 2, 5 − 2, 5 = 751 cm

15 φ 5,0 mm c/ 20 cm - C = 751 cm
Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

(vi) Dimensionamento da armadura longitudinal

_ Momento positivo: MaL5


d
= 347, 5 kNcm

Md 347, 5
K= = ≈ 0, 047 < KL = 0, 295 ∴ K0 = K
f c · b · d2 1, 518 × 100 × 72 (armadura simples)

fc · b · d √ 
As = As1 = 1 − 1 − 2K 0 =
fyd

1, 518 × 100 × 7 √
1 − 1 − 2 × 0, 047 = 0, 981 cm2 /m < As,min

= ∴
52, 17

Logo, As = As,min = 1, 005 cm2 /m

P
Espaçamento máximo: Smax = 20 cm

Diâmetro máximo: φmax = 12, 5 mm


Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

(vi) Dimensionamento da armadura longitudinal

_ Momento positivo: MaL5


d
= 347, 5 kNcm
 o
n barras As 1, 005

 = = =6 ∴
 metro

 Aφ5,0 0, 196





φ = 5, 0 mm ≤ S = 100 cm ≈ 17 cm < Smax P



 6



no barras = vão livre = 410 = 25



S 17

Comprimento: C = 378 + 20 + 12 − 2, 5 − 2, 5 = 405 cm

25 φ 5,0 mm c/ 17 cm - C = 405 cm
Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

(vi) Dimensionamento da armadura longitudinal

_ Momento positivo: MbL5


d
= 276, 2 kNcm

Md 276, 2
K= = ≈ 0, 037 < KL = 0, 295 ∴ K0 = K
f c · b · d2 1, 518 × 100 × 72 (armadura simples)

fc · b · d √ 
As = As1 = 1 − 1 − 2K 0 =
fyd

1, 518 × 100 × 7 √
1 − 1 − 2 × 0, 037 = 0, 768 cm2 /m < As,min

= ∴
52, 17

Logo, As = As,min = 1, 005 cm2 /m

P
Espaçamento máximo: Smax = 20 cm

Diâmetro máximo: φmax = 12, 5 mm


Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

(vi) Dimensionamento da armadura longitudinal

_ Momento positivo: MbL5


d
= 276, 2 kNcm
 o
n barras As 1, 005

 = = =6 ∴
 metro

 Aφ5,0 0, 196





φ = 5, 0 mm ≤ S = 100 cm ≈ 17 cm < Smax P



 6



no barras = vão livre = 378 = 23



S 17

Comprimento: C = 410 + 20 + 12 − 2, 5 − 2, 5 = 437 cm

23 φ 5,0 mm c/ 17 cm - C = 437 cm
Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

(vi) Dimensionamento da armadura longitudinal

_ Momento positivo: MaL6


d
= 397, 0 kNcm

Md 397, 0
K= = ≈ 0, 053 < KL = 0, 295 ∴ K0 = K
f c · b · d2 1, 518 × 100 × 72 (armadura simples)

fc · b · d √ 
As = As1 = 1 − 1 − 2K 0 =
fyd

1, 518 × 100 × 7 √
1 − 1 − 2 × 0, 053 = 1, 110 cm2 /m < As,min

= ∴
52, 17

Logo, As = As,min = 1, 5 cm2 /m

P
Espaçamento máximo: Smax = 20 cm

Diâmetro máximo: φmax = 12, 5 mm


Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

(vi) Dimensionamento da armadura longitudinal

_ Momento positivo: MaL6


d
= 397, 0 kNcm

 o
n barras As 1, 5
 = = =8 ∴
metro



 Aφ5,0 0, 196




100 cm

φ = 5, 0 mm ≤ S = P
= 12, 5 cm < Smax ∴


 8



n barras = vão livre = 583 = 47

 o

S 12, 5

Comprimento: C = 278 + 20 + 12 − 2, 5 − 2, 5 = 305 cm

47 φ 5,0 mm c/ 12,5 cm - C = 305 cm


Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

(vi) Dimensionamento da armadura longitudinal


S
_ Armadura secundária: L6 (Smax = 33 cm)

2
0, 20As,princ = 0, 2 × 1, 5 = 0, 30 cm /m

2
As,sec ≥ 0, 9 cm /m X

0, 75 cm2 /m

 o
n barras As 0, 9

 = = =5 ∴



 metro Aφ5,0 0, 196




φ = 5, 0 mm ≤ S = 100 cm = 20 cm < Smax S



 5



no barras = vão livre = 278 = 14



S 20

Comprimento: C = 583 + 12 + 20 − 2, 5 − 2, 5 = 610 cm

14 φ 5,0 mm c/ 20 cm - C = 610 cm
Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

(vi) Dimensionamento da armadura longitudinal

_ Momento negativo: XdL1−L2 = 487, 2 kNcm

Md 487, 2
K= = ≈ 0, 065 < KL = 0, 295 ∴ K0 = K
f c · b · d2 1, 518 × 100 × 72 (armadura simples)

fc · b · d √ 
As = As1 = 1 − 1 − 2K 0 =
fyd

1, 518 × 100 × 7 √
1 − 1 − 2 × 0, 065 = 1, 370 cm2 /m < As,min

= ∴
52, 17

Logo, As = As,min = 1, 5 cm2 /m

P
Espaçamento máximo: Smax = 20 cm

Diâmetro máximo: φmax = 12, 5 mm


Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

(vi) Dimensionamento da armadura longitudinal

_ Momento negativo: XdL1−L2 = 487, 2 kNcm


 o
n barras As 1, 5

 = = =6 ∴
 metro

 Aφ6,0 0, 283





φ = 6, 0 mm ≤ S = 100 cm ≈ 17 cm < Smax P



 6



no barras = vão livre = 290 = 18



S 17

1ൗ × L1: 416 cm = 184,5 cm


4 L2: 738 cm
maior
184,5 cm .
Comprimento:
ℎ − 2𝑐 = 5 cm

5 cm

C = 2×(184, 5 + 5) = 379 cm

18 φ 6,0 mm c/ 17 cm - C = 379 cm
Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

(vi) Dimensionamento da armadura longitudinal

_ Momento negativo: XdL1−L5 = 702, 2 kNcm

Md 702, 2
K= = ≈ 0, 094 < KL = 0, 295 ∴ K0 = K
f c · b · d2 1, 518 × 100 × 72 (armadura simples)

fc · b · d √ 
As = As1 = 1 − 1 − 2K 0 =
fyd

1, 518 × 100 × 7 √
1 − 1 − 2 × 0, 094 = 2, 014 cm2 /m > As,min

= ∴
52, 17

Logo, As = 2, 014 cm2 /m

P
Espaçamento máximo: Smax = 20 cm

Diâmetro máximo: φmax = 12, 5 mm


Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

(vi) Dimensionamento da armadura longitudinal

_ Momento negativo: XdL1−L5 = 702, 2 kNcm

 o
n barras As 2, 014
 = = =8 ∴
metro



 Aφ6,0 0, 283




100 cm

φ = 6, 0 mm ≤ S = P
= 12, 5 cm < Smax ∴


 8



n barras = vão livre = 410 = 33

 o

S 12, 5

1ൗ × L1: 296 cm = 96 cm
4 L5: 384 cm
maior
96 cm .
Comprimento:
ℎ − 2𝑐 = 5 cm

5 cm

C = 2 × (96 + 5) = 202 cm

33 φ 6,0 mm c/ 12,5 cm - C = 202 cm


Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

(vi) Dimensionamento da armadura longitudinal

_ Momento negativo: XdL2−L6 = 736, 3 kNcm

Md 736, 3
K= = ≈ 0, 099 < KL = 0, 295 ∴ K0 = K
f c · b · d2 1, 518 × 100 × 72 (armadura simples)

fc · b · d √ 
As = As1 = 1 − 1 − 2K 0 =
fyd

1, 518 × 100 × 7 √
1 − 1 − 2 × 0, 099 = 2, 128 cm2 /m > As,min

= ∴
52, 17

Logo, As = 2, 128 cm2 /m

P
Espaçamento máximo: Smax = 20 cm

Diâmetro máximo: φmax = 12, 5 mm


Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

(vi) Dimensionamento da armadura longitudinal

_ Momento negativo: XdL2−L6 = 736, 3 kNcm

 o
n barras As 2, 128
 = = =8 ∴
metro



 Aφ6,0 0, 283




100 cm

φ = 6, 0 mm ≤ S = P
= 12, 5 cm < Smax ∴


 8



n barras = vão livre = 583 = 47

 o

S 12, 5

1ൗ × L2: 296 cm = 74 cm
4 L6: 284 cm
maior
74 cm .
Comprimento:
ℎ − 2𝑐 = 5 cm

5 cm

C = 2 × (74 + 5) = 158 cm

47 φ 6,0 mm c/ 12,5 cm - C = 158 cm


Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

(vi) Dimensionamento da armadura longitudinal

_ Momento negativo: XdL5−L6 = 752, 4 kNcm

Md 752, 4
K= = ≈ 0, 101 < KL = 0, 295 ∴ K0 = K
f c · b · d2 1, 518 × 100 × 72 (armadura simples)

fc · b · d √ 
As = As1 = 1 − 1 − 2K 0 =
fyd

1, 518 × 100 × 7 √
1 − 1 − 2 × 0, 101 = 2, 173 cm2 /m > As,min

= ∴
52, 17

Logo, As = 2, 173 cm2 /m

P
Espaçamento máximo: Smax = 20 cm

Diâmetro máximo: φmax = 12, 5 mm


Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

(vi) Dimensionamento da armadura longitudinal

_ Momento negativo: XdL5−L6 = 752, 4 kNcm

 o
n barras As 2, 173
 = = =8 ∴
metro



 Aφ6,0 0, 283




100 cm

φ = 6, 0 mm ≤ S = P
= 12, 5 cm < Smax ∴


 8



n barras = vão livre = 278 = 23

 o

S 12, 5

1ൗ × L5: 416 cm = 147,25 cm


4 L6: 589 cm
maior
147,25 cm .
Comprimento:
ℎ − 2𝑐 = 5 cm

5 cm

C = 2×(147, 25 + 5) ≈ 305 cm

23 φ 6,0 mm c/ 12,5 cm - C = 305 cm


Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

(vi) Dimensionamento da armadura longitudinal

_ Armadura negativa L2-L3: As = As,min = 1, 5 cm2


 o
n barras As 1, 5

 = = =6 ∴
 metro

 Aφ6,0 0, 283





φ = 6, 0 mm ≤ S = 100 cm ≈ 17 cm < Smax P



 6



no barras = vão livre = 290 = 18



S 17

1ൗ × L2: 738 cm = 184,5 cm


4 L3: 738 cm
maior
184,5 cm .
Comprimento:
ℎ − 2𝑐 = 5 cm

5 cm

C = 2 × (184, 5 + 5) = 379 cm

18 φ 6,0 mm c/ 17 cm - C = 379 cm
Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

(vi) Dimensionamento da armadura longitudinal

_ Armaduras negativas bordas sem continuidade: As = As,min = 1, 005 cm2


 o
n barras As 1, 005

 = = =6 ∴
 metro
 Aφ5,0 0, 196
φ = 5, 0 mm ≤

S = 100 cm ≈ 17 cm < S P


max ∴
6

• L1: Vão menor: 296 cm ∴ C = 5 + (20 − 2, 5) + 0, 15 × 296 + 5 ≈ 72 cm


Borda superior: no barras = vão livre/S = 410/17 = 25
Borda esquerda: no barras = vão livre/S = 290/17 = 18

• L2: Vão menor: 296 cm ∴ C = 5 + (20 − 2, 5) + 0, 15 × 296 + 5 ≈ 72 cm


Borda superior: no barras = vão livre/S = 732/17 = 44
Borda inferior (trecho): no barras = vão livre/S = 129/17 = 8
Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

(vi) Dimensionamento da armadura longitudinal

_ Armaduras negativas bordas sem continuidade: As = As,min = 1, 005 cm2


 o
n barras As 1, 005

 = = =6 ∴
 metro
 Aφ5,0 0, 196
φ = 5, 0 mm ≤

S = 100 cm ≈ 17 cm < S P


max ∴
6

• L5: Vão menor: 384 cm ∴ C = 5 + (20 − 2, 5) + 0, 15 × 384 + 5 ≈ 86 cm


Borda esquerda: no barras = vão livre/S = 378/17 = 23
Borda inferior: no barras = vão livre/S = 410/17 = 25
Borda direita (trecho): no barras = vão livre/S = 80/17 = 5

• L6: Vão menor: 284 cm ∴ C = 5 + (20 − 2, 5) + 0, 15 × 284 + 5 ≈ 71 cm


Borda inferior: no barras = vão livre/S = 575/17 = 34
Borda direita: no barras = vão livre/S = 278/17 = 17
Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

(vii) Detalhamento

⇒ Armadura positiva

N3 - 59  5 c/ 12,5 - 317

N3 - 59  5 c/ 12,5 - 317

N1 - 25  5 c/ 17 - 317
N1 - 25  5 c/ 17 - 317

N2 - 18  5 c/ 17 - 437 N4 - 15  5 c/ 20 - 751 N4 - 15  5 c/ 20 - 751 N2 - 18  5 c/ 17 - 437

N7 - 47  5 c/ 12,5 - 305

N7 - 47  5 c/ 12,5 - 305
N5 - 25  5 c/ 17 - 405

N5 - 25  5 c/ 17 - 405
N6 - 23  5 c/ 17 - 437 N6 - 23  5 c/ 17 - 437
N8 - 14  5 c/ 20 - 610 N8 - 14  5 c/ 20 - 610
Solicitações Normais
Exemplo - Lajes

(vii) Detalhamento

⇒ Armadura negativa

N16 - 44  5 c/ 17 - 72

N14 - 25  5 c/ 17 - 72
N14 - 25  5 c/ 17 - 72

N16 - 44  5 c/ 17 - 72

5
5

5
5

N13 - 18  6,0 c/ 17 - 379


N15 - 18  5 c/ 17 - 72 N15 - 18  5 c/ 17 - 72
5 369 5

5 62
5 5 5 5
5 62
5 62

5 62
62 62

N17 - 8  5 c/ 17 - 72

N17 - 8  5 c/ 17 - 72

N11 - 47  6,0 c/ 12,5 - 158


N11 - 47  6,0 c/ 12,5 - 158

N10 - 33  6,0 c/ 12,5 - 202


N10 - 33  6,0 c/ 12,5 - 202

5
N9 - 18  6,0 c/ 17 - 379
5

N9 - 18  6,0 c/ 17 - 379
5

5
5 369 5 5 369 5

5 62

5 62
5 148

5 148

5 192
5 192

N12 - 23  6,0 c/ 12,5 - 305 N12 - 23  6,0 c/ 12,5 - 305


N21 - 34  5 c/ 17 - 71

N21 - 34  5 c/ 17 - 71
5 295 5 5 295 5

61 5
61 5

N18 - 23  5 c/ 17 - 86 N18 - 23  5 c/ 17 - 86
N22 - 17  5 c/ 17 - 71 N22 - 17  5 c/ 17 - 71
N19 - 25  5 c/ 17 - 86

N19 - 25  5 c/ 17 - 86
5 76 5 5 76 5
76 5

76 5
5 61 5 5 61 5

N20 - 5  5 c/ 17 - 86 N20 - 5  5 c/ 17 - 86

5
5

5 76 5 5 76 5
5

5
Solicitações Normais
Flexão Normal Composta em Seção Retangular - Equacionamento

Em relação às Solicitações Normais, elementos estruturais do tipo pilar são


normalmente submetidos à ação combinada dos esforços solicitantes do tipo
esforço normal e momento fletor, este último agindo em relação a um dos
eixos principais de inércia da seção ou não, ou seja, submetidos à flexão
composta normal ou oblíqua.
Um equacionamento para o caso de flexão oblíqua composta é complexo ao
ponto de normalmente se dimensionar elementos sob essa solicitação por
meio de diagramas de interação, conforme discutido. Já o equacionamento
para o caso de flexão normal composta é relativamente simples.
Em estruturas convencionais, os pilares têm, em sua maioria, seção retangu-
lar. Desta forma, particulariza-se aqui a discussão sobre Solicitações Normais
para o caso de Flexão Normal Composta em Seção Retangular.
O objetivo é formular um equacionamento para acelerar o processo de cálculo
da armadura longitudinal de pilares sob flexão normal composta, bem como
de outros elementos estruturais sob condições de solicitação semelhantes. O
equacionamento apresentado é atribuído ao Prof. José de Miranda Tepedino.
Solicitações Normais
Flexão Normal Composta em Seção Retangular - Equacionamento

Como discutido, em flexão normal composta, as armaduras distintas As e A0s


assumem as seguintes possibilidades:

• As armadura mais tracionada, tracionada ou menos comprimida;


• A0s armadura mais comprimida, comprimida ou menos tracionada.

A depender das solicitações (Nd e Md ), essas armaduras podem assumir,


ambas, valor nulo, serem de compressão, de tração, uma comprimida e a
outra tracionada e, finalmente, só uma delas ser necessária.
O equacionamento da flexão normal composta é análogo ao da flexão normal
simples, com a distinção que, aqui, têm-se 4 casos possíveis (4 ramificações),
avaliados de forma sucessiva, por tentativas:

• Caso 1 - As de tração e A0s nula ou de de compressão (análogo à FNS)


• Caso 2 - As = 0 e A0s 6= 0

• Caso 3 - As e A0s comprimidas

• Caso 4 - As e A0s tracionadas


Solicitações Normais
Flexão Normal Composta em Seção Retangular - Equacionamento

(i) Caso 1 - As de tração e A0s de compressão ou nula


alongamento encurtamento
d’ εc ≤ εcu
𝑓𝑐 = 𝛼𝑐 ⋅ 𝑓𝑐𝑑
′ ′
𝑅𝑠𝑑 = 𝐴′𝑠 ⋅ 𝜎𝑠𝑑
𝐴′𝑠 x ε’s y = λx
𝑅𝑐𝑐 = 𝑓𝑐 ⋅ 𝑏 ⋅ 𝑦

h d
CG 𝑁𝑑 CG

𝑀𝑑
𝐴𝑠 𝑅𝑠𝑡 = 𝐴𝑠 ⋅ 𝑓𝑦𝑑

d’’ b εyd ≤ εs ≤ εsu

Esse é o caso em que existe, pelo menos, a armadura As em tração, podendo


ou não existir A0s em compressão.
Analogamente à flexão normal simples, têm-se 3 incógnitas para o equilíbrio,
a saber: As , A0s e x. Logo, tem-se poder de ação para impor que a armadura
tracionada esteja sob escoamento, tal como ilustrado.
Solicitações Normais
Flexão Normal Composta em Seção Retangular - Equacionamento

(i) Caso 1 - As de tração e A0s de compressão ou nula

Essa condição é alcançada, bem como uma maior ductilidade, adotando-se


as mesmas limitações para a profundidade da linha neutra, a saber:

• x/d ≤ 0, 45 para concretos C20 a C50 (Grupo I)

• x/d ≤ 0, 35 para concretos C55 a C90 (Grupo II)

Do equilíbrio da seção,
 
X h  y 0
d − d0 = 0 ∴

MAs = 0 ∴ Md + Nd d − − Rcc d − − Rsd
2 2
 
h  y
+ A0s · σsd
0
d − d0

Md + Nd d − = fc · b · y d −
2 2
(43)
X 0
FH = 0 ∴ Nd + Rst − Rcc − Rsd = 0 ∴

Nd = fc · b · y + A0s · σsd
0
− As · fyd (44)
Solicitações Normais
Flexão Normal Composta em Seção Retangular - Equacionamento

(i) Caso 1 - As de tração e A0s de compressão ou nula

Adimensionando a Eq. (43), dividindo-a por fc · b · d2 , obtém-se

Md + Nd (d − h/2) fc · b · y (d − y/2) A0s · σsd


0
(d − d0 )
= + ∴
fc · b · d2 f c · b · d2 f c · b · d2

A0s · σsd
0
d0
 
K = K0 + 1− (45)
fc · b · d d
em que:
.
Md + Nd (d − h/2) parâmetro adimensional que mede
K= (46)
fc · b · d2 a intensidade do momento fletor ex-
terno solicitante de cálculo;
 α
K0 = α 1 − (47) parâmetro adimensional que mede
2 a intensidade do momento fletor in-
terno resistente de cálculo, devido ao
y λx concreto comprimido.
sendo α= = = λξ (48)
d d
Solicitações Normais
Flexão Normal Composta em Seção Retangular - Equacionamento

(i) Caso 1 - As de tração e A0s de compressão ou nula

A Eq. (47) pode ser reescrita de modo a explicitar α em termos de K 0 , isto é


 √
0
2 α = 1 + 1 − 2K
 X
α
− + α − K0 = 0 ⇒
2  √
α = 1 − 1 − 2K 0 X (49)

Isolando-se A0s na Eq. (45), obtém-se a armadura comprimida

K − K0
 
fc · b · d
A0s = 0
(50)
σsd 1 − d0 /d

Multiplicando e dividindo a Eq. (50) por fyd , tem-se

K − K0
 
fc · b · d 1
A0s = (51)
fyd 1 − d0 /d ϕ
.
σ0 é o nível de tensão na armadura com-
em que: ϕ = sd ≤ 1 (52)
fyd primida;
Solicitações Normais
Flexão Normal Composta em Seção Retangular - Equacionamento

(i) Caso 1 - As de tração e A0s de compressão ou nula

Isolando-se As na Eq. (44), obtém-se a armadura tracionada

fc · b · y Nd A0 · σ 0
As = − + s sd (53)
fyd fyd fyd

Multiplicando e dividindo o primeiro termo do lado direito da Eq. (53) por d,

f c · b · d · α − Nd
As = + A0s · ϕ ∴ (54)
fyd

As = As1 + As2 (55)


√ 
fc · b · d · 1 − 1 − 2K 0 − Nd
As1 = (56)
fyd

K − K0
 
fc · b · d
As2 = (57)
fyd 1 − d0 /d
Solicitações Normais
Flexão Normal Composta em Seção Retangular - Equacionamento

(i) Caso 1 - As de tração e A0s de compressão ou nula

Com as Eqs. (55), (56) e (57), calcula-se a armadura tracionada As e, caso a


parcela As2 seja diferente de zero, calcula-se a armadura comprimida, A0s ,

As2
A0s = (58)
ϕ

Deve-se observar que a Eq. (47) é igual a Eq. (23), logo, os valores de KL
abaixo dos quais não se precisa de armadura de compressão são os mesmos
daqueles apresentados no equacionamento de flexão normal simples. Logo,
_ se K ≤ KL ⇒ K0 = K nas Eqs. (56) e (57);

_ se K > KL ⇒ K 0 = KL nas Eqs. (56) e (57).


0
Os valores limites para d /d abaixo dos quais ϕ = 1 também são os mesmos
daqueles da flexão normal simples.
Em algumas circunstâncias, o valor de As na Eq. (55) pode resultar negativo,
contrariando a premissa do Caso 1, que é de ter As tracionado. Quando isso
acontecer, deve-se passar para o Caso 2.
Solicitações Normais
Flexão Normal Composta em Seção Retangular - Equacionamento

(ii) Caso 2 - As = 0 e A0s 6= 0


alongamento encurtamento
d’ εc ≤ εcu 𝑓𝑐 = 𝛼𝑐 ⋅ 𝑓𝑐𝑑
′ ′
𝑅𝑠𝑑 = 𝐴′𝑠 ⋅ 𝜎𝑠𝑑
x ε’s y = λx
𝐴′𝑠 𝑅𝑐𝑐 = 𝑓𝑐 ⋅ 𝑏 ⋅ 𝑦

h
CG 𝑁𝑑 CG

𝑀𝑑
𝑅𝑠𝑡 = 0
𝐴𝑠 = 0

Nesse caso, alcança-se o equilíbrio da seção com somente parte da seção


de concreto comprimida juntamente à armadura A0s também em compressão,
sem a necessidade de As em tração ou em compressão, isto é, As = 0.
Como visto, passa-se para esse caso quando, no Caso 1, a armadura de
tração As resulta negativa.
Solicitações Normais
Flexão Normal Composta em Seção Retangular - Equacionamento

(ii) Caso 2 - As = 0 e A0s 6= 0

Do equilíbrio da seção, impondo-se o equilíbrio de momentos em relação ao


eixo que passa por A0s , tem-se
   
X h y
MA0s = 0 ∴ Md − Nd − d0 − d0 = 0 ∴
+ Rcc
2 2
   
h y
Md − Nd − d0 = −fc · b · y − d0 (59)
2 2
X 0
FH = 0 ∴ Nd − Rcc − Rsd =0 ∴

Nd = fc · b · y + A0s · σsd
0
(60)

A premissa básica desse caso é o equilíbrio se dar com parte da seção de


concreto comprimida. Na verdade, aplica-se até o caso limite em que y = h,
isto é, aplica-se aos casos em que y ≤ h.
Solicitações Normais
Flexão Normal Composta em Seção Retangular - Equacionamento

(ii) Caso 2 - As = 0 e A0s 6= 0

A Eq. (59) pode ser reescrita de modo a explicitar y em termos de Nd e Md ,


 
fc · b 2 h
· y − fc · b · d0 · y + Md − Nd − d0 = 0 (61)
2 2

A Eq. (61) possui as seguintes raízes matematicamente possíveis,


s
Nd (h/2 − d0 ) − Md
 
0
y=d ± (d0 )2 + 2 · (62)
fc · b

Das duas raízes dadas na Eq. (62), tem-se a seguinte fisicamente possível
para o problema
s
Nd (h/2 − d0 ) − Md
 
0
y=d + (d0 )2 + 2 · (63)
fc · b

uma vez que, para que A0s esteja sob compressão, x > d0 .
Solicitações Normais
Flexão Normal Composta em Seção Retangular - Equacionamento

(ii) Caso 2 - As = 0 e A0s 6= 0

Isolando-se A0s na Eq. (60), obtém-se a armadura

Nd − fc · b · y Nd − fc · b · y
A0s = 0
= (64)
σsd ϕ · fyd

O nível de tensão na armadura comprimida, ϕ, é determinado em função da


profundidade da linha neutra, x, por sua vez, dada por x = y/λ, em que y é
obtido da Eq. (63).
h
Cabe-se observar que o limite de deformação 10 na armadura tracionada,
quando essa existe, é em função da fissuração do concreto, ou seja, mesmo
sem a presença de As , essa limitação existe, podendo o colapso ser aqui
caracterizado no domínio 2, mais precisamente, em d0 < x/d ≤ ξ2L , em que
se assume um d tal como se existisse As .
Logo, existem duas expressões possíveis para o cálculo de ϕ, função de ε0s ,
por sua vez função de x, isto é:
Solicitações Normais
Flexão Normal Composta em Seção Retangular - Equacionamento

(ii) Caso 2 - As = 0 e A0s 6= 0

_ Se d0 < x/d ≤ ξ2L (contida no domínio 2):

ε0s
=
10 h ∴ ϕ=
Es x − d0
· · 10 h≤1
x − d0 d−x fyd d − x

_ Se ξ2L < x/d ≤ h (contida no domínio 3, 4 ou 4a):

ε0s εcu Es x − d0
= ∴ ϕ= · · εcu ≤ 1
x − d0 x fyd x

De posse de ϕ, determina-se A0s pela Eq. (64). A partir de y definido de modo


a se equilibrar os momentos, pode acontecer da resultante do concreto, Rcc ,
superar o esforço normal Nd , resultando em A0s negativo, o que significa que
nenhuma armadura será necessária. Na prática, adota-se armadura mínima.
Em algumas circunstâncias, o valor de y na Eq. (63) pode resultar superior
à h, contrariando a premissa do Caso 2, que é de ter y ≤ h. Quando isso
acontecer, deve-se passar para o Caso 3.
Solicitações Normais
Flexão Normal Composta em Seção Retangular - Equacionamento

(iii) Caso 3 - As e A0s comprimidas


encurtamento
d’ εc2 ≤ εc ≤ εcu 𝑓𝑐 = 𝛼𝑐 ⋅ 𝑓𝑐𝑑
′ ′
𝑅𝑠𝑑 = 𝐴′𝑠 ⋅ 𝜎𝑠𝑑
ε’s
𝐴′𝑠 𝜀𝑐𝑢 − 𝜀𝑐2
h
𝜀𝑐𝑢
εc2 𝑅𝑐𝑐 = 𝑓𝑐 ⋅ 𝑏 ⋅ 𝑦
h d x
CG 𝑁𝑑 CG
𝑀𝑑

𝐴𝑠 εs 𝑅𝑠𝑑 = 𝐴𝑠 ⋅ 𝜎𝑠𝑑

d’’ b

Nesse caso, toda a seção transversal de concreto e ambas as armaduras, As


e A0s , estão comprimidas (domínio 5).
Como visto, passa-se para esse caso quando, no Caso 2, a profundidade y,
do diagrama retangular simplificado de tensões de compressão no concreto,
é maior que h, isto é, y > h.
Solicitações Normais
Flexão Normal Composta em Seção Retangular - Equacionamento

(iii) Caso 3 - As e A0s comprimidas

Do equilíbrio da seção, impondo-se o equilíbrio de momentos em relação ao


eixo que passa pelo CG, tem-se
   
X h 0 h
MCG = 0 ∴ Md + Rsd d − − Rsd − d0 = 0 ∴
2 2
   
h h
Md = A0s · σsd
0
− d0 − As · σsd d − (65)
2 2
X 0
FH = 0 ∴ Nd − Rcc − Rsd − Rsd =0 ∴

Nd = fc · b · h + As · σsd + A0s · σsd


0
(66)

O sistema composto pelas Eqs. (65) e (66) possui três incógnitas, a saber:
As , A0s e x, sendo, pois, indeterminado, ou seja, possui infinitas situações
possíveis de equilíbrio. Dentre todas, deve-se procurar aquela que minimiza
a soma das duas armaduras comprimidas (As + A0s ).
Solicitações Normais
Flexão Normal Composta em Seção Retangular - Equacionamento

(iii) Caso 3 - As e A0s comprimidas

Segundo o Prof. Tepedino, essa indeterminação pode ser contornada, de


forma simplificada, assumindo-se, para y > h, o diagrama de deformações
do final do domínio 5, ou seja, deformação constante igual a εc2 . Dessa
forma, εs = ε0s = εc2 e as tensões nas armaduras

0 Es · εc2
σsd = σsd = ϕ · fyd , sendo, ϕ= ≤1
fyd

A diferença das armaduras calculadas dessa forma, quando comparada com


as calculadas com εs 6= ε0s , é pequena e a favor da segurança. Do sistema
composto pelas Eqs. (65) e (66), obtêm-se

(Nd − fc · b · h) (h/2 − d0 ) − Md
As = (67)
ϕ · fyd (d − d0 )

(Nd − fc · b · h) (d − h/2) + Md
A0s = (68)
ϕ · fyd (d − d0 )
Solicitações Normais
Flexão Normal Composta em Seção Retangular - Equacionamento

(iii) Caso 3 - As e A0s comprimidas

Do ponto de vista prático, existe uma variação desse caso, que consiste em
adotar uma parcela da armadura centrada, dita A0s , não produzindo momento
resistente, e outra concentrada, ∆As , na face mais comprimida.

d’

Δ𝐴𝑠
h/2

𝐴0𝑠 d

h/2

d’’ b
Solicitações Normais
Flexão Normal Composta em Seção Retangular - Equacionamento

(iii) Caso 3 - As e A0s comprimidas

Do equilíbrio da seção, impondo-se o equilíbrio de momentos em relação ao


eixo que passa pelo CG, têm-se
 
X 0 h
MCG = 0 ∴ Md = ∆As · σsd − d0 (69)
2
X  0
FH = 0 ∴ Nd = fc · b · h + ∆As + A0s · σsd (70)

Da solução deste sistema, obtêm-se

Md
∆As = (71)
ϕ · fyd (h/2 − d0 )

Nd − fc · b · h Md
A0s = − (72)
ϕ · fyd ϕ · fyd (h/2 − d0 )
Solicitações Normais
Flexão Normal Composta em Seção Retangular - Equacionamento

(iv) Caso 4 - As e A0s tracionadas


alongamento
d’ x

𝑅𝑠𝑡 = 𝐴′𝑠 ⋅ 𝑓𝑦𝑑

𝐴′𝑠 εyd ≤ ε’s ≤ εsu

h d
CG 𝑁𝑑 CG
𝑀𝑑

𝐴𝑠 𝑅𝑠𝑡 = 𝐴𝑠 ⋅ 𝑓𝑦𝑑

d’’ b εyd ≤ εs ≤ εsu

Nesse caso, toda a seção transversal de concreto e ambas as armaduras, As


e A0s , estão tracionadas (domínio 1). Trata-se de um caso pouco comum, mas
possível, de flexo-tração normal.
Com a seção inteiramente tracionada, somente as armaduras resistirão às
solicitações.
Solicitações Normais
Flexão Normal Composta em Seção Retangular - Equacionamento

(iv) Caso 4 - As e A0s tracionadas

Passa-se para esse caso quando, no Caso 1, o valor de K, obtido por meio
da Eq. (46), resulta negativo.

Deve-se observar que, no Caso 1, as equações de equilíbrio foram obtidas


partindo-se do princípio que Nd é positivo quando de compressão.

Logo, para emprego das equações do Caso 1 com esforço normal de tração,
Nd deve ser considerado com sinal negativo.
No equacionamento daqui, Caso 4, no entanto, Nd de tração é positivo, como
se observa na ilustração do equilíbrio da seção.

Analogamente aos Casos 1 e 3, têm-se 3 incógnitas para o equilíbrio, a saber:


As , A0s e x. Logo, tem-se poder de ação para impor que ambas as armaduras
estejam sob escoamento, tal como ilustrado.

Do equilíbrio da seção, impondo-se o equilíbrio de momentos em relação ao


eixo que passa pelo CG, tem-se
Solicitações Normais
Flexão Normal Composta em Seção Retangular - Equacionamento

(iv) Caso 4 - As e A0s tracionadas


   
X h 0 h
MCG = 0 ∴ Md − Rst d − + Rst − d0 = 0 ∴
2 2
   
h h
Md = As · fyd d − − A0s · fyd − d0 (73)
2 2
X 0
FH = 0 ∴ Nd − Rst − Rst =0 ∴

Nd = As · fyd + A0s · fyd (74)

Do sistema composto pelas Eqs. (73) e (74), obtêm-se

Nd (h/2 − d0 ) + Md
As = (75)
fyd (d − d0 )

Nd (d − h/2) − Md
A0s = (76)
fyd (d − d0 )
Solicitações Normais
Flexão Normal Composta em Seção Retangular - Equacionamento

(iv) Caso 4 - As e A0s tracionadas

Nesse caso, também existe uma variação, análoga ao do Caso 3, em que


é conveniente usar uma parcela centrada da armadura tracionada e outra
concentrada na face mais tracionada.
d’

h/2

𝐴0𝑠 d

h/2
Δ𝐴𝑠

d’’ b
Solicitações Normais
Flexão Normal Composta em Seção Retangular - Equacionamento

(iv) Caso 4 - As e A0s tracionadas

Do equilíbrio da seção, impondo-se o equilíbrio de momentos em relação ao


eixo que passa pelo CG, têm-se
 
X h
MCG = 0 ∴ Md = ∆As · fyd d − (77)
2
X
Nd = ∆As + A0s · fyd

FH = 0 ∴ (78)

Da solução deste sistema, obtêm-se

Md
∆As = (79)
fyd (d − h/2)

Nd Md
A0s = − (80)
fyd fyd (d − h/2)
Solicitações Normais
Flexão Normal Composta em Seção Retangular - Diagramas de Interação

Neste tópico, apresentam-se diagramas de interação para dimensionamento


de seções retangulares submetidas à flexão normal composta.
Para uso desses diagramas, definem-se:
Nd
_ Força normal de cálculo “reduzida”: ν =
Ac · fcd

Md Nd · e
_ Momento fletor de cálculo “reduzido”: µ = =
Ac · h · fcd Ac · h · fcd
em que e = Md /Nd

As fyd
_ Taxa mecânica de armadura: ω =
Ac fcd
Solicitações Normais
Flexão Normal Composta em Seção Retangular - Diagramas de Interação

Venturini e Rodrigues - Dimensionamento de Peças Retangulares sob Flexão Reta (1987)


Solicitações Normais
Flexão Normal Composta em Seção Retangular - Diagramas de Interação

Venturini e Rodrigues - Dimensionamento de Peças Retangulares sob Flexão Reta (1987)


Solicitações Normais
Flexão Normal Composta em Seção Retangular - Diagramas de Interação

Venturini e Rodrigues - Dimensionamento de Peças Retangulares sob Flexão Reta (1987)


Solicitações Normais
Flexão Normal Composta em Seção Retangular - Diagramas de Interação

Venturini e Rodrigues - Dimensionamento de Peças Retangulares sob Flexão Reta (1987)


Solicitações Normais
Flexão Normal Composta em Seção Retangular - Diagramas de Interação

Venturini e Rodrigues - Dimensionamento de Peças Retangulares sob Flexão Reta (1987)


Solicitações Normais
Flexão Oblíqua Composta em Seção Retangular - Diagramas de Interação

Neste tópico, apresentam-se diagramas de interação para dimensionamento


de seções retangulares submetidas à flexão oblíqua composta.
Para uso desses diagramas, definem-se:
Nd
_ Força normal de cálculo “reduzida”: ν =
Ac · fcd

Mxd Nd · ex
_ Momento fletor de cálculo em x “reduzido”: µx = =
Ac · hx · fcd Ac · hx · fcd
em que ex = Mxd /Nd

Myd Nd · ey
_ Momento fletor de cálculo em y “reduzido”: µy = =
Ac · hy · fcd Ac · hy · fcd
em que ey = Myd /Nd

As fyd
_ Taxa mecânica de armadura: ω =
Ac fcd
Obs.:
Mxd −momento que atua no plano definido por x (em relação ao eixo y);
Myd −momento que atua no plano definido por y (em relação ao eixo x).
Solicitações Normais
Flexão Oblíqua Composta em Seção Retangular - Diagramas de Interação

Pinheiro, Baraldi e Porem - Estruturas de Concreto: Ábacos para Flexão Oblíqua (2014)

104
Estruturas de concreto: ábacos para flexão oblíqua
L. M. Pinheiro; L. T. Baraldi; M. E. Porem

45A
Solicitações Normais
Flexão Oblíqua Composta em Seção Retangular - Diagramas de Interação

Pinheiro, Baraldi e Porem - Estruturas de Concreto: Ábacos para Flexão Oblíqua (2014)

Estruturas de concreto: ábacos para flexão oblíqua


L. M. Pinheiro; L. T. Baraldi; M. E. Porem

45B

105
Solicitações Normais
Flexão Oblíqua Composta em Seção Retangular - Diagramas de Interação
Pinheiro, Baraldi e Porem - Estruturas de Concreto: Ábacos para Flexão Oblíqua (2014)

88
Estruturas de concreto: ábacos para flexão oblíqua
L. M. Pinheiro; L. T. Baraldi; M. E. Porem

37A
Solicitações Normais
Flexão Oblíqua Composta em Seção Retangular - Diagramas de Interação

Pinheiro, Baraldi e Porem - Estruturas de Concreto: Ábacos para Flexão Oblíqua (2014)

Estruturas de concreto: ábacos para flexão oblíqua


L. M. Pinheiro; L. T. Baraldi; M. E. Porem

37B

89
Solicitações Normais
Flexão Oblíqua Composta em Seção Retangular - Diagramas de Interação
Pinheiro, Baraldi e Porem - Estruturas de Concreto: Ábacos para Flexão Oblíqua (2014)

100
Estruturas de concreto: ábacos para flexão oblíqua
L. M. Pinheiro; L. T. Baraldi; M. E. Porem

43A
Solicitações Normais
Flexão Oblíqua Composta em Seção Retangular - Diagramas de Interação
Pinheiro, Baraldi e Porem - Estruturas de Concreto: Ábacos para Flexão Oblíqua (2014)

Estruturas de concreto: ábacos para flexão oblíqua


L. M. Pinheiro; L. T. Baraldi; M. E. Porem

43B

101
Solicitações Normais
Flexão Oblíqua Composta em Seção Retangular - Diagramas de Interação

Pinheiro, Baraldi e Porem - Estruturas de Concreto: Ábacos para Flexão Oblíqua (2014)

72
Estruturas de concreto: ábacos para flexão oblíqua
L. M. Pinheiro; L. T. Baraldi; M. E. Porem
Solicitações Normais
Flexão Oblíqua Composta em Seção Retangular - Diagramas de Interação

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Estruturas de concreto: ábacos para flexão oblíqua


L. M. Pinheiro; L. T. Baraldi; M. E. Porem

73
Solicitações Normais
Flexão Oblíqua Composta em Seção Retangular - Diagramas de Interação

Pinheiro, Baraldi e Porem - Estruturas de Concreto: Ábacos para Flexão Oblíqua (2014)

82
Estruturas de concreto: ábacos para flexão oblíqua
L. M. Pinheiro; L. T. Baraldi; M. E. Porem
Solicitações Normais
Flexão Oblíqua Composta em Seção Retangular - Diagramas de Interação

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Estruturas de concreto: ábacos para flexão oblíqua


L. M. Pinheiro; L. T. Baraldi; M. E. Porem

83
Solicitações Normais
Flexão Oblíqua Composta em Seção Retangular - Diagramas de Interação

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106
Estruturas de concreto: ábacos para flexão oblíqua
L. M. Pinheiro; L. T. Baraldi; M. E. Porem

46A
Solicitações Normais
Flexão Oblíqua Composta em Seção Retangular - Diagramas de Interação

Pinheiro, Baraldi e Porem - Estruturas de Concreto: Ábacos para Flexão Oblíqua (2014)

Estruturas de concreto: ábacos para flexão oblíqua


L. M. Pinheiro; L. T. Baraldi; M. E. Porem

46B

107
Solicitações Normais
Flexão Oblíqua Composta em Seção Retangular - Diagramas de Interação

Pinheiro, Baraldi e Porem - Estruturas de Concreto: Ábacos para Flexão Oblíqua (2014)

90
Estruturas de concreto: ábacos para flexão oblíqua
L. M. Pinheiro; L. T. Baraldi; M. E. Porem

38A
Solicitações Normais
Flexão Oblíqua Composta em Seção Retangular - Diagramas de Interação
Pinheiro, Baraldi e Porem - Estruturas de Concreto: Ábacos para Flexão Oblíqua (2014)

Estruturas de concreto: ábacos para flexão oblíqua


L. M. Pinheiro; L. T. Baraldi; M. E. Porem

38B

91
Solicitações Normais
Flexão Oblíqua Composta em Seção Retangular - Diagramas de Interação

Pinheiro, Baraldi e Porem - Estruturas de Concreto: Ábacos para Flexão Oblíqua (2014)

102
Estruturas de concreto: ábacos para flexão oblíqua
L. M. Pinheiro; L. T. Baraldi; M. E. Porem

44A
Solicitações Normais
Flexão Oblíqua Composta em Seção Retangular - Diagramas de Interação

Pinheiro, Baraldi e Porem - Estruturas de Concreto: Ábacos para Flexão Oblíqua (2014)

Estruturas de concreto: ábacos para flexão oblíqua


L. M. Pinheiro; L. T. Baraldi; M. E. Porem

44B

103
Solicitações Normais
Flexão Oblíqua Composta em Seção Retangular - Diagramas de Interação

Pinheiro, Baraldi e Porem - Estruturas de Concreto: Ábacos para Flexão Oblíqua (2014)

74
Estruturas de concreto: ábacos para flexão oblíqua
L. M. Pinheiro; L. T. Baraldi; M. E. Porem
Solicitações Normais
Flexão Oblíqua Composta em Seção Retangular - Diagramas de Interação

Pinheiro, Baraldi e Porem - Estruturas de Concreto: Ábacos para Flexão Oblíqua (2014)

Estruturas de concreto: ábacos para flexão oblíqua


L. M. Pinheiro; L. T. Baraldi; M. E. Porem

75
Solicitações Normais
Flexão Oblíqua Composta em Seção Retangular - Diagramas de Interação
Pinheiro, Baraldi e Porem - Estruturas de Concreto: Ábacos para Flexão Oblíqua (2014)

84
Estruturas de concreto: ábacos para flexão oblíqua
L. M. Pinheiro; L. T. Baraldi; M. E. Porem
Solicitações Normais
Flexão Oblíqua Composta em Seção Retangular - Diagramas de Interação
Pinheiro, Baraldi e Porem - Estruturas de Concreto: Ábacos para Flexão Oblíqua (2014)

Estruturas de concreto: ábacos para flexão oblíqua


L. M. Pinheiro; L. T. Baraldi; M. E. Porem

85
Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Pilares

Discutem-se as principais prescrições normativas para elementos estruturais


do tipo pilar, como dimensões e armaduras mínimas e máximas, parâmetros
para classificação da estrutura (ou subestrutura de contraventamento) como
de nós fixos ou de nós móveis, as imperfeições e os esforços a se considerar
(esforços de 1a. e de 2a. ordem), bem como a classificação dos pilares na
estrutura e as consequentes considerações para o dimensionamento.
i − Definição e prescrições regulamentares
Segundo o item 14.4.1.2 da NBR 6118:2014, pilares são elementos lineares
de eixo reto, usualmente dispostos na vertical, em que as forças normais de
compressão são preponderantes.
A sua função principal é transmitir as ações atuantes (verticais e horizontais)
da estrutura até o nível das fundações.
De acordo com o item 18.4 da NBR 6118:2014, as prescrições que se seguem
referem-se aos pilares cuja maior dimensão da seção transversal não exceda
cinco vezes a menor dimensão (h ≤ 5b).
Quando essa condição não for satisfeita, o pilar deve ser tratado como um
pilar-parede, aplicando-se o disposto no item 18.5 da NBR 6118:2014.
Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Pilares

i.1 − Dimensões limites


A seção transversal de pilares maciços, qualquer que seja a sua forma, não
pode apresentar dimensão menor que 19 cm.
Em casos especiais, permite-se a consideração de dimensões entre 19 cm e
14 cm, desde que se multipliquem os esforços solicitantes de cálculo a serem
considerados no dimensionamento por um coeficiente adicional γn , de acordo
com o indicado na tabela a seguir:

Em qualquer caso, não se permite pilar com seção transversal de área inferior
a 360 cm2 .
Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Pilares

i.2 − Armadura longitudinal

• O diâmetro das barras longitudinais não pode ser inferior a 10 mm nem


superior a 1/8 da menor dimensão transversal, isto é
φl ≥ 10 mm e φl ≤ b/8
em que b é a menor dimensão transversal do pilar.

• A armadura longitudinal mínima em pilares é dada por


Nd
As,min = 0, 15 ≥ 0, 004Ac = 0, 4%Ac
fyd

• A armadura longitudinal máxima em pilares é dada por


As,max = 0, 08Ac = 8%Ac

Obs.: A máxima armadura permitida em pilares deve considerar inclusive a


sobreposição de armadura existente em regiões de emenda, ou seja, quando
todas as barras estiverem emendadas numa mesma seção (dita, região do
trespasse), a armadura máxima do pilar deve ser As,max = 0, 04Ac = 4%Ac .
Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Pilares

i.3 − Distribuição transversal da armadura longitudinal

• Em seções poligonais, deve existir uma barra em cada vértice;


• Em seções circulares, devem existir no mínimo seis barras distribuídas
ao longo do perímetro;

• O espaçamento mínimo livre entre as faces das barras longitudinais, ea ,


medido no plano da seção transversal, fora da região de emendas, deve
ser igual ou superior ao maior dos seguintes valores:

20 mm;

emin ≥ diâmetro da barra, do feixe ou da luva;

1,2 vez a dimensão máxima característica do agregado graúdo.

Para feixes com n barras de diâmetro φl , deve-se considerar o diâmetro



equivalente do feixe, dado por φn = φl n

• O espaçamento máximo entre eixos das barras, ou de centros de feixes


de barras, deve ser menor ou igual a duas vezes a menor dimensão
da seção no trecho considerado, sem exceder 400 mm.
Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Pilares

i.4 − Armadura transversal

• A armadura transversal de pilares deve ser colocada em toda a altura


do pilar, sendo obrigatória sua colocação na região de cruzamento com
vigas e lajes;

• O diâmetro dos estribos em pilares não pode ser inferior a 5 mm nem


a 1/4 do diâmetro da barra isolada ou do diâmetro equivalente do feixe
que constitui a armadura longitudinal, isto é

5 mm;

φt ≥ φl /4;

φn /4.

• O espaçamento longitudinal entre estribos, medido na direção do eixo


do pilar, deve ser igual ou inferior ao menor dos seguintes valores:

200 mm;

smax ≤ menor dimensão da seção;

24 φl para CA-25; 12 φl para CA-50.

Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Pilares

i.4 − Armadura transversal

• Pode ser adotado o valor φt ≤ φl /4, desde que as armaduras sejam


constituídas do mesmo tipo de aço e o espaçamento respeite também a
limitação
 2
φt 1
smax = 90.000
φl fyk
com smax , φt e φl em mm e fyk em MPa.

• Quando houver a necessidade de armaduras transversais para forças


cortantes e torção, a armadura transversal mínima aqui especificada em
razão do diâmetro mínimo e espaçamento máximo deve ser comparada
com os mínimos especificados para vigas, adotando-se o menor dos
limites especificados;

• Com vistas a garantir a ductilidade dos pilares, recomenda-se que os


espaçamentos máximos entre os estribos sejam reduzidos em 50% para
concretos de classe C55 a C90, com inclinação dos ganchos de pelo
menos 135o ;
Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Pilares

i.4 − Armadura transversal

• Os estribos poligonais protegem à flambagem as barras longitudinais


situadas em seus cantos e as por eles abrangidas, situadas no máximo
à distância de 20φt do canto, se nesse trecho de comprimento 20φt não
houver mais de duas barras, não contando a de canto;

• Quando houver mais de duas barras nesse trecho ou barra fora dele,
deve haver estribos suplementares;

• Se o estribo suplementar for constituído por uma barra reta, terminada


em ganchos (90o a 180o ), ele deve atravessar a seção do elemento
estrutural, e os seus ganchos devem envolver a barra longitudinal:
Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Pilares

i.4 − Armadura transversal

• Alternativamente aos estribos suplementares retos, pode-se empregar


um arranjo de estribos “principais”, por exemplo, como ilustrado:

Caso se opte pelo detalhamento (a), com estribo principal simples, são
necessários seis estribos suplementares para proteger à flambagem as
barras longitudinais fora dos trechos protegidos pelos cantos;

Alternativamente, o detalhamento (b) emprega estribo principal duplo,


de tal forma que as barras longitudinais fiquem todas dentro de trechos
protegidos contra a flambagem.
Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Pilares

i.5 − Resumo das prescrições sobre detalhamento


Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Pilares

ii − Interpretação das estruturas quanto à deslocabilidade horizontal


No que diz respeito aos pilares, a interpretação de uma estrutura quanto a
sua deslocabilidade horizontal tem por objetivo a definição dos efeitos que
devem ser considerados quando do dimensionamento desses elementos.
Sob a ação das cargas verticais e horizontais, os nós de uma estrutura se
deslocam horizontalmente. Os esforços solicitantes de 2a ordem decorrentes
desses deslocamentos são chamados efeitos globais de 2a ordem.
Nas barras de uma estrutura, como um lance de um pilar, os respectivos
eixos não se mantêm retilíneos, surgindo aí os efeitos locais de 2a ordem
que, em princípio, afetam principalmente os esforços solicitantes ao longo dos
respectivos trechos.

ii.1 − Classificação das estruturas


Em função da deslocabilidade horizontal, as estruturas são classificadas como:
• Estruturas de nós fixos;

• Estruturas de nós móveis.


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ii.1.1 − Estruturas de nós fixos:


As estruturas são consideradas como de nós fixos, quando os deslocamentos
horizontais dos nós são pequenos e, por decorrência, os efeitos globais de 2a
ordem são desprezáveis (inferiores a 10% dos esforços de 1a ordem). Nessas
estruturas, basta se considerar os esforços locais de 2a ordem.
ii.1.2 − Estruturas de nós móveis:
As estruturas de nós móveis são aquelas onde os deslocamentos horizontais
não são pequenos e, em decorrência, os efeitos globais de 2a ordem são
importantes (superiores a 10% dos esforços de 1a ordem). Nessas estruturas,
devem ser considerados os esforços locais e globais de 2a ordem, bem
como a não linearidade física.
A NBR 6118:2014 apresenta dois processos aproximados para se verificar a
possibilidade de dispensa da consideração dos esforços globais de 2a ordem,
ou seja, para indicar se a estrutura deve ser classificada como de nós fixos
ou de nós móveis, a saber:

• Parâmetro de instabilidade α;
• Coeficiente γz .
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ii.1 − Parâmetro de instabilidade α


Uma estrutura reticulada simétrica pode ser considerada como sendo de nós
fixos se seu parâmetro de instabilidade α for menor que o valor α1 , conforme
a seguinte expressão

α1 = 0, 2 + 0, 1n se: n ≤ 3
r
Nk
α = Htot
Ecs Ic α1 = 0, 6 se: n ≥ 4

em que

n é o número de níveis de barras horizontais (andares) acima da fundação


ou de um nível pouco deslocável do subsolo;
Htot é a altura total da estrutura, medida a partir do topo da fundação ou de
um nível pouco deslocável do subsolo;

Nk é o somatório de todas as cargas verticais atuantes na estrutura (a partir


do nível considerado para Htot ), com seu valor característico;

Ecs Ic representa o somatório dos valores de rigidez de todos os pilares na


direção considerada.
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ii.1 − Parâmetro de instabilidade α


No caso de estruturas de pórticos, de treliças ou mistas, ou com pilares de
rigidez variável ao longo da altura, pode ser considerado o valor da expressão
Ecs Ic de um pilar equivalente de seção constante.
A rigidez do pilar equivalente deve ser determinada da seguinte forma:

• calcular o deslocamento do topo da estrutura (ou da subestrutura de


contraventamento), sob a ação do carregamento horizontal na direção
considerada;
• calcular a rigidez de um pilar equivalente de seção constante, engastado
na base e livre no topo, de mesma altura Htot , tal que, sob a ação do
mesmo carregamento, sofra o mesmo deslocamento no topo.

O parâmetro de instabilidade α consiste em um indicativo para classificação


da estrutura como de nós fixos ou de nós móveis.
Diferentemente do γz , discutido na sequência, o parâmetro de instabilidade
α não serve para determinação aproximada dos esforços totais da estrutura,
isto é, 1a ordem + 2a ordem.
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ii.2 − Coeficiente γz
O coeficiente γz de avaliação da importância dos esforços de segunda ordem
globais é válido para estruturas reticuladas de no mínimo quatro andares.
Este coeficiente é determinado a partir dos resultados de uma análise linear
de 1a ordem, para cada caso de carregamento, adotando-se os seguintes
valores de rigidez, considerando-se uma análise fisicamente não linear de
forma aproximada:

• lajes: (EI)sec = 0, 3Ec Ic

• vigas: (EI)sec = 0, 4Ec Ic para A0s 6= As


(EI)sec = 0, 5Ec Ic para A0s = As

• pilares: (EI)sec = 0, 8Ec Ic

em que (item 15.5.1 da NBR 6118:2014)


Ec = 1, 10Ecs
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ii.2 − Coeficiente γz
O valor de γz para cada combinação de carregamento é dado por

1 γz ≤ 1, 1 estrutura de nós fixos;


γz =
∆Mtot,d
1− γz > 1, 1 estrutura de nós móveis.
M1,tot,d
em que
∆Mtot,d soma dos produtos das forças verticais de cálculo atuantes na estrutura,
na combinação considerada, pelos deslocamentos horizontais de seus
respectivos pontos de aplicação, obtidos da análise de 1a ordem;
M1,tot,d é o momento de tombamento, ou seja, a soma dos momentos de todas
as forças horizontais da combinação considerada, com seus valores de
cálculo, em relação à base da estrutura.
Para estruturas classificadas como de nós móveis (com no mínimo quatro
andares) em que γz ≤ 1, 3, isto é, 1, 1 < γz ≤ 1, 3, os esforços globais
de 2a ordem podem ser considerados de forma aproximada avaliando-se os
esforços finais (1a ordem + 2a ordem) a partir da majoração adicional das
forças horizontais da combinação de carregamento considerada por 0, 95γz .
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iii − Parâmetros de esbeltez


Para a análise dos efeitos locais de 2a ordem e para o dimensionamento,
define-se que:
Os pilares de estruturas classificadas como de nós fixos, bem como os de
estruturas classificadas como de nós móveis, porém, aplicando-se às suas
extremidades os esforços obtidos na análise global de 2a ordem, podem ser
considerados como “elementos isolados”, isto é, barras isoladas vinculadas
nas extremidades aos demais elementos estruturais que ali concorrem.
Para tanto, define-se o índice de esbeltez, λ, a saber, que deve ser avaliado
em cada direção em estudo:

`e
λ=
i
em que

`e é um comprimento equivalente do elemento comprimido (pilar);


i é o raio de giração.
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iii − Parâmetros de esbeltez


O comprimento equivalente, `e , deve ser o menor dos seguintes valores:
(
`0 + h
`e ≤
`

em que

`0 é a distância entre as faces internas dos elementos estruturais, supostos


horizontais, que vinculam o pilar;
h é a altura da seção transversal do pilar, medida na direção em estudo;

` é a distância entre os eixos dos elementos estruturais aos quais o pilar


está vinculado.

Já o raio de giração, i, é dado por


r
Ic
i= em que Ic e Ac dizem respeito à seção bruta de concreto, sendo
Ac
Ic definido para a direção em estudo.
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iii − Parâmetros de esbeltez


Os pilares devem ter índice de esbeltez menor ou igual a 200, isto é, λ ≤ 200.
Apenas no caso de elementos pouco comprimidos com força normal menor
que 0, 10fcd Ac , o índice de esbeltez pode ser maior que 200 (caso de postes
e pilares de galpões, por exemplo).
Para pilares com índice de esbeltez superior a 140, na análise dos efeitos
locais de 2a ordem, devem-se multiplicar os esforços solicitantes finais de
cálculo por um coeficiente adicional, γn1 , dado por
 
λ − 140
γn1 = 1 + 0, 01
1, 4

Para fins de definição da necessidade ou não da consideração dos efeitos


locais de 2a ordem, define-se um valor limite para o índice de esbeltez, dito
λ1 , abaixo do qual desprezam-se esses efeitos.
A possibilidade de se desprezar os efeitos locais de 2a ordem é aplicável
apenas a elementos isolados de seção constante e armadura constante ao
longo de seu eixo, submetidos à flexo-compressão.
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iii − Parâmetros de esbeltez


O valor de λ1 depende de diversos fatores, mas os preponderantes são:

• a excentricidade relativa de 1a ordem e1 /h na extremidade do pilar onde


ocorre o momento de 1a ordem de maior valor absoluto;

• a vinculação dos extremos da coluna isolada;


• a forma do diagrama de momentos de 1a ordem.

O valor de λ1 pode ser calculado pela seguinte expressão:


 
e1
25 + 12, 5
h
λ1 =
αb

sendo

35 ≤ λ1 ≤ 90

e em que o valor de αb deve ser obtido conforme estabelecido a seguir.


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iii − Parâmetros de esbeltez


a) para pilares biapoiados sem cargas transversais:
 
MB
0, 40 ≤ αb = 0, 60 + 0, 40 ≤ 1, 0
MA

em que

MA e MB são os momentos nas extremidades do pilar, de 1a ordem no caso de


estruturas de nós fixos e os totais (1a ordem + 2a ordem global) no caso
de estruturas de nós móveis. Deve ser adotado para MA o maior valor
absoluto no pilar e, para MB , o sinal positivo, se tracionar a mesma face
que MA , e negativo, em caso contrário.

b) para pilares biapoiados com cargas transversais significativas ao longo da


altura:

αb = 1, 0
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iii − Parâmetros de esbeltez


c) para pilares em balanço:
 
MC
0, 85 ≤ αb = 0, 80 + 0, 20 ≤ 1, 0
MA
em que

MA e MC são, respectivamente, o momento de 1a ordem no engaste e o momento


de 1a ordem no meio do pilar em balanço.

Obs.: No caso de pilar engastado na base e livre no topo, ou seja, pilar em


balanço, o valor de `e é igual a 2`, em que ` é a altura do pilar a partir do eixo
do elemento estrutural ao qual está engastado.

d) para pilares biapoiados ou em balanço com momentos menores que o


“momento mínimo”:
αb = 1, 0
Obs.: Os momentos mínimos serão discutidos à frente, quando da discussão
sobre imperfeições geométricas.
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iii.1 − Classificação dos pilares quanto à esbeltez


A partir do índice de esbeltez, os pilares podem ser classificados como se
segue, definindo-se também a estratégia a se empregar para consideração
dos efeitos locais de 2a ordem:

• λ ≤•λ1 ⇒ pilares robustos (curtos) ou pouco esbeltos


(desprezam-se os efeitos locais de 2a ordem);
λ1 < λ ≤ 90 ⇒ pilares de esbeltez média
(os efeitos locais de 2a ordem podem ser calculados de forma
aproximada, por meio do “método do pilar-padrão”);
90 < λ ≤ 140 ⇒ pilares esbeltos ou muito esbeltos
(os efeitos locais de 2a ordem podem ser calculados de forma
aproximada, por meio do “método do pilar-padrão acoplado a
diagramas M , N , 1/r”, considerando os efeitos de fluência);
140 < λ ≤ 200 ⇒ pilares excessivamente esbeltos
(os efeitos locais de 2a ordem devem ser calculados com o
“método geral”, considerando os efeitos de fluência).
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iv − Determinação dos efeitos locais de 2a ordem


A determinação dos efeitos locais de 2a ordem pode ser feita por métodos
aproximados ou pelo método geral, este último obrigatório para o caso de
elementos com λ > 140.

iv.1 − Método aproximado: Pilar-padrão


Na NBR 6118:2014, são prescritas duas estratégias distintas associadas ao
método do pilar-padrão, a saber, cada qual com a sua limitação de aplicação:
• Método do pilar-padrão com curvatura aproximada:
Pode ser empregado apenas no cálculo de pilares com λ ≤ 90, com
seção constante e armadura simétrica e constante ao longo de seu eixo.

• Método do pilar-padrão com rigidez κ aproximada:


Pode ser empregado apenas no cálculo de pilares com λ ≤ 90, com
seção retangular constante e armadura simétrica e constante ao longo
de seu eixo.
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iv.1.1 − Método do pilar-padrão com curvatura aproximada


Uma vez que os efeitos locais de 2a ordem acontecem internamente ao pilar,
define-se um momento total máximo interno ao pilar, Md,tot , a saber, atuando
em uma seção dita intermediária,

Md,tot = αb M1d,A + Nd e2 ≥ M1d,A (81)

em que, M1d,A e αb têm as mesmas definições adotadas para λ1 , sendo


M1d,A o valor de cálculo de MA , e e2 é uma excentricidade local de 2a ordem,
determinada a partir da definição do pilar-padrão.

Por definição, pilar-padrão é um pilar com uma distribuição de curvaturas, 1/r,


que provoque uma flecha máxima “a” igual a que se obteria em uma viga de
comprimento `, cuja linha elástica assumisse variação senoidal, isto é,
π 
y = −a sen x (82)
`
em que, y é a flecha do eixo do pilar numa posição qualquer x.
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iv.1.1 − Método do pilar-padrão com curvatura aproximada


Assumindo-se uma “curvatura aproximada”, originalmente aplicável a regime
de pequenos deslocamentos, obtém-se

1 d2 y  π 2 π 
≈ 2
=a sen x (83)
r dx ` `

Observando-se que, na descrição senoidal da linha elástica (82), a flecha


máxima “a” é a que acontece no centro do vão, isto é, em x = `/2, tem-se

`2 `2 1
   
1
a= ≈ (84)
π2 r x=`/2 10 r x=`/2

Por definição, e2 = a, logo, da Eq. (81), fazendo-se ` = `e , tem-se

`2e
 
1
Md,tot = αb M1d,A + Nd ≥ M1d,A (85)
10 r
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iv.1.1 − Método do pilar-padrão com curvatura aproximada


Junto aos efeitos locais de 2a ordem, deve-se considerar a não linearidade
física, que pode ser considerada por meio da seguinte expressão aproximada
da curvatura na seção crítica, a mesma seção da flecha máxima (a dita seção
intermediária):

1 0, 005 0, 005
= ≤ (86)
r h (ν + 0, 5) h

em que
h é a altura da seção na direção considerada;
Nd
ν= é a força normal adimensional.
Ac · fcd

Cabe-se observar que, embora aqui tenha se considerado na formulação de


e2 um pilar biapoiado, observada a Eq. (82), a rigor, o pilar-padrão é um pilar
em balanço com a flecha máxima na extremidade de módulo a = 0, 4`2 (1/r).
Uma vez que, em pilares em balanço, `e = 2`, esse valor é alcançado ao
substituir esta definição na Eq. (85).
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iv.1.1 − Método do pilar-padrão com curvatura aproximada


Na figura a seguir, por meio de um pilar biapoiado com momentos MA e MB
tracionando a mesma face, ilustra-se a consideração dos efeitos locais de 2a
ordem com o método do pilar-padrão com curvatura aproximada.
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iv.1.2 − Método do pilar-padrão com rigidez κ aproximada


Nessa proposição, o momento total máximo em uma seção intermediária,
Md,tot , a saber, também incorpora a não linearidade geométrica de forma
aproximada, supondo que a deformação da barra é senoidal, Eq. (82), bem
como a não linearidade física, no entanto, aqui por meio de uma expressão
aproximada para rigidez, κ.

αb M1d,A
Md,tot = ≥ M1d,A (87)
λ2
1−
120 κ/ν

em que, a rigidez adimensional, κ, é aproximada como


 
Md,tot
κaprox = 32 1 + 5 ν (88)
hNd

e, em que, as variáveis αb , M1d,A , ν e h são as mesmas definidas no método


com curvatura aproximada.
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iv.1.2 − Método do pilar-padrão com rigidez κ aproximada


Uma vez que o método do pilar padrão com rigidez aproximada só se aplica
a pilares com seção retangular, tem-se que

`e `e `e √ `e
λ= = r = r = 12 · (89)
i Ic 3
b · h /12 h
Ac b·h

Introduzindo-se a Eq. (88) na Eq. (87) e explorando a Eq. (89), obtém-se a


seguinte equação do segundo grau em Md,tot


 a = 5h
Nd `2e

2 2
aMd,tot + bMd,tot + c = 0, em que: b = h N d − − 5hαb M1d,A ∴

 320
2
c = −Nd h αb M1d,A


−b + b2 − 4ac
Md,tot = ≥ M1d,A (90)
2a
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iv.1.3 − Método do pilar-padrão acoplado a diagramas M , N , 1/r


A determinação dos esforços locais de 2a ordem em pilares com λ ≤ 140
pode ser feita pelo método do pilar-padrão, utilizando-se para a curvatura,
1/r, da seção crítica (seção intermediária) os valores obtidos de diagramas
M , N , 1/r específicos para o caso.

Ou seja, o principal efeito da não linearidade física é considerado por meio


da construção da relação momento versus curvatura para cada seção, com
armadura suposta conhecida, e para o valor da força normal atuante.

A NBR 6118:2014 sugere que seja considerada também a “formulação de


segurança”, em que se calculam os efeitos de 2a ordem das cargas majoradas
de γf /γf3 , que posteriormente são majorados de γf3 , com γf3 = 1, 1.

Além disso, a deformabilidade dos elementos deve ser calculada com base
nos diagramas tensão-deformação idealizados para o concreto e para o aço,
sendo a tensão de pico do concreto igual a 1, 10fcd , já incluído o efeito Rüsch,
e a do aço igual a fyd , com os valores de γc e γs utilizados para o ELU.
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iv.1.3 − Método do pilar-padrão acoplado a diagramas M , N , 1/r


Assim, a relação momento versus curvatura apresenta o seguinte aspecto:
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iv.1.3 − Método do pilar-padrão acoplado a diagramas M , N , 1/r


Assim, a relação momento versus curvatura apresenta o seguinte aspecto:

A curva cheia AB, obtida considerando o valor de força normal igual a NRd /γf3 ,
que a favor da segurança pode ser aproximada pela reta AB, é utilizada no
cálculo das deformações.
Solicitações Normais
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iv.1.3 − Método do pilar-padrão acoplado a diagramas M , N , 1/r


Assim, a relação momento versus curvatura apresenta o seguinte aspecto:

Deve-se traçar também a curva tracejada, obtida com os valores de cálculo


das resistências do concreto e do aço e cuja finalidade consiste em (somente)
definir o esforço resistente MRd correspondente a NRd (ponto máximo).
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iv.1.3 − Método do pilar-padrão acoplado a diagramas M , N , 1/r


A reta AB é caracterizada pela rigidez secante (EI)sec , a saber, que pode ser
utilizada em processos aproximados como o método do pilar-padrão a partir
da definição da curvatura, 1/r, ou da rigidez, κ, de forma mais precisa que o
apresentado, respectivamente, nas Eqs. (86) e (88), isto é

MRd /γf3 MRd /1, 1 1 MRd /1, 1


(EI)sec = = ∴ = (91)
1/r 1/r r (EI)sec

bem como, define-se como rigidez secante adimensional κsec o valor

(EI)sec
κsec = (92)
Ac · h2 · fcd

em que h é a altura da seção na direção considerada, conforme já definido.

O valor da rigidez secante adimensional pode ser colocado, em conjunto com


os valores últimos de NRd e MRd , em diagramas (ábacos) de interação força
normal versus momento fletor.
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iv.1.4 − Método do pilar-padrão para pilares de seção retangular sub-


metidos à flexão composta oblíqua
Se a esbeltez de um pilar de seção retangular submetido à flexão composta
oblíqua for menor ou igual à 90 (λ ≤ 90) em ambas as direções principais,
pode-se aplicar o método do pilar-padrão (seja com curvatura aproximada,
com rigidez aproximada ou acoplado a diagramas M , N , 1/r) em cada uma
das duas direções, de forma simultânea.
A obtenção dos momentos de 2a ordem em cada direção é diferente, pois
depende de valores distintos de rigidez e esbeltez.

Uma vez obtida a distribuição de momentos totais (1a e 2a ordens) em cada


direção, deve ser verificada, para cada seção ao longo do eixo, se o par de
momentos solicitantes fica dentro da envoltória de momentos resistentes para
a armadura escolhida e o esforço normal solicitante de cálculo.
De forma simplificada, essa verificação pode ser realizada em apenas três
seções: nas extremidades ditas A e B e em um ponto intermediário onde se
admite atuar concomitantemente os momentos Md,tot nas duas direções.
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iv.2 − Método geral


O método geral consiste na análise não linear de 2a ordem efetuada com uma
discretização adequada da barra, consideração da relação momento versus
curvatura real em cada seção e consideração da não linearidade geométrica
de maneira não aproximada, sendo este método obrigatório para pilares com
índice de esbeltez superior à 140, isto é, λ > 140.
Este método é aplicável a qualquer tipo de pilar, inclusive nos casos em que
as dimensões da peça, a armadura e/ou a força aplicada são variáveis ao
longo de seu comprimento.
O princípio do método é procurar uma posição deformada estável para um
determinado elemento submetido a uma situação particular de carregamento,
ou seja, consiste em estudar o comportamento da barra à medida que se dá
o aumento do carregamento e/ou de sua excentricidade.
Essa posição deformada estável corresponde a um estado de equilíbrio entre
esforços internos e solicitações externas, respeitada a compatibilidade entre
curvaturas, deformações e posição da linha neutra, bem como das equações
constitutivas dos materiais.
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iv.2 − Método geral


Sob a ação do carregamento, força normal Nd e momento fletor Md , o pilar
se deforma, sendo a excentricidade inicial da carga dada por e = Md /Nd .
Os deslocamentos “y” de cada seção produzirão momentos adicionais de 2a
ordem locais, M2d = Nd ·y, que somados aos iniciais de 1a ordem (+ 2a ordem
globais, se for o caso), M1d = Nd ·e, acarretarão deslocamentos maiores, com
os consequentes acréscimos de momentos, resultando, ao final da análise, o
momento total solicitante Md,tot = Nd (e + y).
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iv.2 − Método geral


O método geral é aceito como o melhor para analisar o comportamento real
da estrutura, uma vez que se baseia na equação diferencial dita “exata” da
curvatura e considera as não linearidades física e geométrica do material e
da estrutura, respectivamente.
Sua aplicação é trabalhosa, necessitando, como destacado, da adoção de
uma discretização adequada para a barra, considerando a relação momento
versus curvatura de cada seção.
Para a determinação da configuração estável, pode-se utilizar, por exemplo:

• método geral com variação da flecha;

• método geral com carregamento progressivo proporcional;


• método geral com excentricidades progressivas.

Cabe-se observar que esses métodos são iterativos e, na maioria dos casos,
requerem auxílio de computadores.
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v − Imperfeições geométricas
Na verificação do estado-limite último das estruturas reticuladas (formadas
por barras e nós), devem ser consideradas as imperfeições geométricas do
eixo dos elementos estruturais da estrutura descarregada.
Essas imperfeições geram esforços adicionais, sendo classificadas em dois
grupos, a saber:

• Imperfeições globais;

• Imperfeições locais.

Essas imperfeições dizem respeito a desaprumos e perdas de retilineidade


dos elementos estruturais verticais da estrutura como um todo e dos lances
dos pilares, respectivamente.

v.1 − Imperfeições globais


Na análise global dessas estruturas, sejam elas contraventadas ou não, deve
ser considerado um desaprumo dos elementos verticais, como se segue:
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v.1 − Imperfeições globais

1
θ1 = √
100 H
r
1 + 1/n
θa = θ1
2
em que
H é a altura da edificação, expressa
em metros (m);
n é o número de prumadas de pilares
no pórtico plano.

θ1mín = 1/300 para estruturas reticuladas e imperfeições locais;

θ1máx = 1/200.
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v.1 − Imperfeições globais


Obs.: A consideração das ações de vento e desaprumo deve ser realizada
de acordo com as seguintes possibilidades:

a) Quando 30% da ação do vento for maior que a ação do desaprumo,


considera-se somente a ação do vento;
b) Quando 30% da ação do desaprumo for maior que a ação do vento,
considera-se somente o desaprumo respeitando a consideração de θ1mín ;

c) Nos demais casos, combina-se a ação do vento e desaprumo, sem a


necessidade da consideração do θ1mín .
Admite-se considerar ambas as ações atuando na mesma direção e
sentido como equivalentes a uma ação do vento, portanto, como carga
variável, artificialmente amplificada para cobrir a superposição.

A comparação pode ser feita com os momentos totais na base da construção


e em cada direção e sentido da aplicação da ação do vento, com desaprumo
calculado com θa , sem a consideração do θ1mín .
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v.2 − Imperfeições locais


No caso do dimensionamento ou verificação de um lance de pilar, deve ser
considerado o efeito do desaprumo e/ou da falta de retilineidade do eixo do
pilar, conforme ilustrado a seguir.

em que Hi é a altura do lance do pilar.


Admite-se que, nos casos usuais de estruturas reticuladas, a consideração
apenas da falta de retilineidade ao longo do lance de pilar seja suficiente.
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v.2 − Imperfeições locais


O efeito das imperfeições locais nos lances de pilares pode ser substituído,
em estruturas reticuladas, pela consideração de um momento mínimo de 1a
ordem, M1d,min , dado por

M1d,mín = Nd (0, 015 + 0, 03h)

em que
h é a altura da seção na direção considerada, expressa em metros (m).

Nas estruturas reticuladas usuais, admite-se que o efeito das imperfeições


locais esteja atendido se for respeitado esse valor de momento total mínimo,
ou seja, se o momento de cálculo considerado superar ou igualar ao mínimo,
isto é

Md ≥ M1d,mín

Para pilares de seção retangular, pode-se definir uma envoltória mínima de


1a ordem, tomada a favor da segurança, de acordo com a seguinte figura:
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v.2 − Imperfeições locais

em que
M1d,mín,xx e M1d,mín,yy são os componentes em flexão composta normal;
são os valores de M1d,mín em cada direção;
M1d,mín,x e M1d,mín,y são os componentes em flexão composta oblíqua.
são os valores dos esforços de cálculo (ou resistente) Md
em cada direção.
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v.2 − Imperfeições locais


Neste caso, a verificação do momento mínimo pode ser considerada atendida
quando, no dimensionamento adotado, obtém-se uma envoltória resistente
que englobe a envoltória mínima de 1a ordem.
Ao momento de cálculo mínimo, devem ser acrescidos os momentos de 2a
ordem (locais), se aplicáveis. Nas estruturas reticuladas usuais, admite-se
que o efeito das imperfeições locais e dos efeitos locais de 2a ordem estejam
atendidos se for respeitado o valor mínimo da soma desses efeitos, ou seja,
se o momento de cálculo considerado superar ou igualar a essa soma de
esforços, isto é
Md,tot ≥ M1d,tot,mín
Para pilares de seção retangular, quando houver a necessidade de calcular
os efeitos locais de 2a ordem, a verificação do momento mínimo pode ser
considerada atendida quando, no dimensionamento adotado, obtém-se uma
envoltória resistente que englobe a envoltória mínima com 2a ordem ilustrada
a seguir, com os momentos totais calculados a partir dos momentos mínimos
de 1a ordem e de acordo com um dos métodos discutidos (o aplicável) para
cômputo dos efeitos locais de 2a ordem.
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Prescrições Normativas - Pilares

v.2 − Imperfeições locais

A consideração desta envoltória mínima pode ser realizada por meio de duas
análises isoladas à flexão normal composta, com momentos fletores mínimos
de 1a ordem atuando nos extremos do pilar, nas direções principais da seção
transversal.
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vi − Consideração da fluência
A consideração da fluência deve obrigatoriamente ser realizada em pilares
com índice de esbeltez λ > 90 e pode ser efetuada de maneira aproximada,
considerando a excentricidade adicional ecc dada a seguir:

ϕNsg
 
 
Msg
ecc = + ea 2, 718 Ne − Nsg − 1
 
Nsg

em que

Msg e Nsg são os esforços devidos à combinação quase permanente;

ea é a excentricidade devida a imperfeições locais;

ϕ é o coeficiente de fluência (Tabela 8.2 da NBR 6118:2014);


10Eci Ic
Ne = é a carga crítica de Euler (será discutida em Instabilidade).
`2e
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vii − Solidariedade pilar e viga - Transferência de momentos


Conforme estabelecido no item 14.6.6.1 da NBR 6118:2014, quando não for
realizado o cálculo exato da influência da solidariedade dos pilares com a
viga, deve ser considerado, de forma aproximada, nos apoios extremos da
viga, momento fletor igual ao momento de engastamento perfeito na viga,
Meng , multiplicado pelos seguintes coeficientes
rsup rsup
_ no tramo superior do pilar: ∴ Msup = Meng
rvig + rinf + rsup rvig + rinf + rsup
rinf rinf
_ no tramo inferior do pilar: ∴ Minf = Meng
rvig + rinf + rsup rvig + rinf + rsup
.
Ii
em que ri =
`i

ri a rigidez do elemento i;
Ii a inércia do elemento i;
`i o comprimento do elemento i.
(avaliado conforme figura)
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viii − Classificação dos pilares quanto à sua posição em planta


As posições possíveis para os pilares em planta são as seguintes:

Para efeito de dimensionamento, definem-se:


• Pilar interno: é considerado aquele que serve de apoio intermediário
para duas ou mais vigas contínuas;
• Pilar de borda: é considerado aquele que serve de apoio intermediário
para uma viga contínua de fachada (externa ou de borda), e de apoio
extremo para outra viga, que nele chega;
• Pilar de canto: é considerado aquele que serve de apoio extremo para
duas vigas de fachada (externa ou de borda).
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viii.1 − Pilar interno


No pilar interno, considera-se que os momentos fletores que acontecem em
uma dada viga nas seções imediatamente antes e imediatamente depois do
cruzamento com o pilar são autoequilibrados, podendo-se, pois, desprezar os
momentos transmitidos pelas vigas ao pilar, ditos momentos iniciais.
Desta forma, a situação inicial consiste em uma compressão centrada, no
entanto, não permitida na situação de projeto.
Caso haja vãos e/ou carregamentos muito diferentes, adjacentes ao pilar, é
recomendável considerar os momentos transmitidos pelas vigas, bem como,
quando, por motivos construtivos, há uma excentricidade (de fôrma) entre os
eixos do pilar e da viga.
Sendo o momento inicial desconsiderado, os momentos nas extremidades do
pilar serão então os valores mínimos, que normalmente são maiores que os
valores transmitidos ao pilar pelas vigas, caso não fossem desprezados.
Portanto, a pior situação de cálculo se dará na seção intermediária do pilar,
em que o momento total, Md,tot , é a soma do momento mínimo, Md,min , com
o momento devido aos efeitos locais de 2a ordem, se necessário.
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Prescrições Normativas - Pilares

viii.1 − Pilar interno


As situações de dimensionamento estão ilustradas na figura a seguir, em que
se observam dois dimensionamentos isolados à flexão normal composta nas
direções principais da seção x e y.

y y y

Nd
x Nd ey
x x
hy hy hy
Nd ex

hx hx hx

Seção intermediária Seção intermediária


Situação inicial Situação de projeto
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Prescrições Normativas - Pilares

viii.1 − Pilar interno


As situações de dimensionamento estão ilustradas na figura a seguir, em que
se observam dois dimensionamentos isolados à flexão normal composta nas
direções principais da seção x e y.
Nd Nd

M1d,A,x = Md1,mín,xx M1d,A,y = Md1,mín,yy

αbM1d,A,x = Md1,mín,xx e2x αbM1d,A,y = Md1,mín,yy e2y

M1d,B,x = Md1,mín,xx M1d,B,y = Md1,mín,yy

Nd Nd

Perfis de distribuição nas direções x e y


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Prescrições Normativas - Pilares

viii.1 − Pilar interno


_ Situações de dimensionamento:

• Seções de extremidade A e B:

Conforme observado nos perfis de distribuição de momentos, não são as


seções críticas, sendo o dimensionamento satisfeito a partir da consideração
da seção intermediária.

• Seção intermediária:
Md,tot,x
Md,tot,x = M1d,mín,xx + Nd e2x ∴ ex =
Nd

Md,tot,y
Md,tot,y = M1d,mín,yy + Nd e2y ∴ ey =
Nd
em que

M1d,mín,xx = Nd (0, 015 + 0, 03hx ) e M1d,mín,yy = Nd (0, 015 + 0, 03hy )

sendo hx e hy as dimensões do pilar, em metros.


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Prescrições Normativas - Pilares

viii.1 − Pilar interno


As excentricidades de 2a ordem e2x e e2y são iguais a “zero” quando λx e λy
forem menores que λ1x e λ1y , respectivamente.
Caso contrário, devem ser calculadas por meio de um dos métodos aplicável,
em cada direção que se fizer necessário.

Obs.:
As armaduras calculadas isoladamente para as duas direções não se somam.
Dimensiona-se e detalha-se à flexão normal composta para o maior momento,
observando-se as barras colocadas nos cantos.
Na sequência, calcula-se a flexão normal composta na outra direção e verifica
se as barras já colocadas nos cantos, para o dimensionamento anterior, são
suficientes.
Caso seja necessário, acrescentam-se mais barras para atender ao segundo
dimensionamento.
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viii.2 − Pilar de borda


No pilar de borda, apenas o momento transmitido pela viga de borda pode
ser desprezado. O momento transmitido pela outra viga, em que o pilar é um
apoio extremo, deve ser obrigatoriamente considerado.
Desta forma, a situação inicial consiste em uma flexão normal composta com
momento atuando no plano normal à borda livre, caso o pilar seja retangular
(ou outra geometria em que o plano de ação do momento contenha um dos
eixos principais de inércia da seção transversal).
Os momentos iniciais aplicados nas extremidades (A e B) do pilar provocam
excentricidades, eix(A) e eix(B) , que resultam dois dimensionamentos à flexão
normal composta na direção principal x.
Na direção do momento inicial, a excentricidade final ex será calculada em
três seções do pilar, nas duas extremidades A e B, com |M1d,A,x | ≥ |M1d,B,x |,
e em uma seção intermediária, pois a princípio não se sabe em qual dessas
três seções a armadura será máxima.
Na outra direção, direção y, onde não há momento inicial, a excentricidade ey
será calculada apenas na seção intermediária.
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viii.2 − Pilar de borda


As situações de dimensionamento estão ilustradas na figura a seguir, em que
se observam dois dimensionamentos isolados à flexão normal composta nas
direções principais da seção x e y.

y y y

Nd
Nd x Nd ey
x x
hy hy hy
eix ex

hx hx hx

Seção A, B e intermediária Seção intermediária


Situação inicial Situação de projeto
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Prescrições Normativas - Pilares

viii.2 − Pilar de borda


As situações de dimensionamento estão ilustradas na figura a seguir, em que
se observam dois dimensionamentos isolados à flexão normal composta nas
direções principais da seção x e y.
Nd Nd

M1d,A,x M1d,A,x M1d,A,y = Md1,mín,yy

αbM1d,A,x αbM1d,A,x e2x αbM1d,A,y = Md1,mín,yy e2y


ou

M1d,B,x M1d,B,x M1d,B,y = Md1,mín,yy

Nd Nd

Perfis de distribuição nas direções x e y


Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Pilares

viii.2 − Pilar de borda


_ Situações de dimensionamento:

• Seções de extremidade A e B:

Md,tot,A,x = M1d,A,x ≥ M1d,mín,xx = Nd (0, 015 + 0, 03hx ) ∴

Md,tot,A,x
ex(A) =
Nd

Md,tot,B,x = M1d,B,x ≥ M1d,mín,xx = Nd (0, 015 + 0, 03hx ) ∴

Md,tot,B,x
ex(B) =
Nd

sendo hx a dimensão do pilar na direção x, em metros.

Como não existem momentos iniciais na direção y, não é preciso verificar as


extremidades A e B do pilar a momentos nessa direção, bastando apenas a
sua seção intermediária.
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viii.2 − Pilar de borda


_ Situações de dimensionamento:

• Seção intermediária:

• direção x (da excentricidade inicial):


Md,tot,x
Md,tot,x = αb M1d,A,x + Nd e2x ∴ ex =
Nd
em que αb M1d,A,x ≥ M1d,mín,xx = Nd (0, 015 + 0, 03hx )
sendo hx a dimensão do pilar na direção x, em metros.

• direção y:
Md,tot,y
Md,tot,y = M1d,mín,yy + Nd e2y ∴ ey =
Nd
em que M1d,mín,yy = Nd (0, 015 + 0, 03hy )
sendo hy a dimensão do pilar na direção y, em metros.
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Prescrições Normativas - Pilares

viii.2 − Pilar de borda


As excentricidades de 2a ordem e2x e e2y são iguais a “zero” quando λx e λy
forem menores que λ1x e λ1y , respectivamente.
Caso contrário, devem ser calculadas por meio de um dos métodos aplicável,
em cada direção que se fizer necessário.

Obs.:
As armaduras calculadas isoladamente para as duas direções não se somam.
Primeiramente, dimensiona-se à flexão normal composta na direção em que
se tem a excentricidade inicial e, na sequência, verifica-se se essa armadura
detalhada atende ao dimensionamento na outra direção.
Caso seja necessário, acrescentam-se mais barras para atender ao segundo
dimensionamento.
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Prescrições Normativas - Pilares

viii.3 − Pilar de canto


No pilar de canto, os momentos fletores transmitidos pelas vigas devem ser
obrigatoriamente considerados.
Com isso a situação inicial é uma flexão oblíqua composta com momentos
nos planos normais às bordas livres, caso o pilar seja retangular (ou outra
geometria em que o plano de ação de cada um dos momentos contenha um
dos eixos principais de inércia da seção transversal).
Os momentos iniciais aplicados nas extremidades A e B do pilar provocam
excentricidades eix e eiy , simultaneamente.
Resulta, dessa forma, dimensionamento à flexão oblíqua composta em três
seções do pilar, nas duas extremidades A e B, com |M1d,A,x | ≥ |M1d,B,x |, e
na seção intermediária.
De posse de Nd , Md,tot,x e Md,tot,y , dimensiona-se cada uma das três seções
à flexão oblíqua composta.
Como o dimensionamento manual é extremamente trabalhoso, opta-se por
emprego de softwares ou ábacos produzidos para algumas geometrias de
seção e detalhamentos (seção e arranjo das barras da armadura).
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Prescrições Normativas - Pilares

viii.3 − Pilar de canto


As situações de dimensionamento estão ilustradas na figura a seguir, em que
se observa dimensionamento à flexão oblíqua composta.
y y

Nd
Nd
ey
eiy
x x
hy hy
eix ex

hx hx

Seção A, B e intermediária
Situação inicial Situação de projeto
Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Pilares

viii.3 − Pilar de canto


As situações de dimensionamento estão ilustradas na figura a seguir, em que
se observa dimensionamento à flexão oblíqua composta.
Nd Nd

M1d,A,x M1d,A,x M1d,A,y M1d,A,y

αbM1d,A,x αbM1d,A,x e2x αbM1d,A,y αbM1d,A,y e2y


ou ou

M1d,B,x M1d,B,x M1d,B,y M1d,B,y

Nd Nd

Perfis de distribuição nas direções x e y


Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Pilares

viii.3 − Pilar de canto


_ Situações de dimensionamento:

• Seções de extremidade A e B:

• extremidade A:
Md,tot,A,x
Md,tot,A,x = M1d,A,x ≥ M1d,mín,xx ∴ ex(A) =
Nd
Md,tot,A,y
Md,tot,A,y = M1d,A,y ≥ M1d,mín,yy ∴ ey(A) =
Nd

• extremidade B:
Md,tot,B,x
Md,tot,B,x = M1d,B,x ≥ M1d,mín,xx ∴ ex(B) =
Nd
Md,tot,B,y
Md,tot,B,y = M1d,B,y ≥ M1d,mín,yy ∴ ey(B) =
Nd
em que (sendo hx e hy as dimensões do pilar, em metros.)
M1d,mín,xx = Nd (0, 015 + 0, 03hx ) e M1d,mín,yy = Nd (0, 015 + 0, 03hy )
Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Pilares

viii.3 − Pilar de canto


_ Situações de dimensionamento:

• Seção intermediária:

• direção x:
Md,tot,x
Md,tot,x = αb M1d,A,x + Nd e2x ∴ ex =
Nd
em que αb M1d,A,x ≥ M1d,mín,xx = Nd (0, 015 + 0, 03hx )
sendo hx a dimensão do pilar na direção x, em metros.

• direção y:
Md,tot,y
Md,tot,y = αb M1d,A,y + Nd e2y ∴ ey =
Nd
em que αb M1d,A,y ≥ M1d,mín,yy = Nd (0, 015 + 0, 03hy )
sendo hy a dimensão do pilar na direção y, em metros.
Solicitações Normais
Prescrições Normativas - Pilares

viii.3 − Pilar de canto


As excentricidades de 2a ordem e2x e e2y são iguais a “zero” quando λx e λy
forem menores que λ1x e λ1y , respectivamente.
Caso contrário, devem ser calculadas por meio de um dos métodos aplicável,
em cada direção que se fizer necessário.

Obs.:
As armaduras são calculadas para as três seções, extremidades A e B e
intermediária, adotando-se a maior.
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Exemplo - Comparação entre métodos aproximados do pilar-padrão

Para um lance de pilar, assumido como biapoiado, de seção retangular de


(20 × 40) cm2 , submetido a um par de esforços (N, M ), pede-se calcular o
momento total na seção intermediária na direção x, Md,tot,x , considerando,
de forma aproximada, os efeitos locais de 2a ordem, se necessário.
Dados:
fck = 20 MPa ;

γf = 1, 4; γc = 1, 4;

N = 500 kN (compressão);

MA,x = 1.000 kNcm;

MB,x = 600 kNcm;

`e = 2, 80 m.

Obs.1: A excentricidade inicial da carga N está na direção de hx = 20 cm;


Obs.2: MA,x e MB,x tracionam a mesma face do pilar.
Solicitações Normais
Exemplo - Comparação entre métodos aproximados do pilar-padrão

(i) Valores de cálculo

fck 2, 0
fcd = = = 1, 429 kN/cm2
γc 1, 4

Nd = γf · N = 1, 4 × 500 = 700, 0 kN

M1d,mín,xx = Nd (0, 015 + 0, 03hx ) =


= 700, 0 × (0, 015 + 0, 03 × 0, 20) = 14, 7 kNm = 1.470, 0 kNcm

M1d,A,x = γf · MA,x = 1, 4 × 1.000 kNcm = 1.400, 0 kNcm < M1d,mín,xx ∴


M1d,A,x = M1d,mín,xx = 1.470, 0 kNcm

M1d,B,x = γf · MB,x = 1, 4 × 600 kNcm = 840, 0 kNcm < M1d,mín,xx ∴


M1d,B,x = M1d,mín,xx = 1.470, 0 kNcm

M1d,A,x = M1d,B,x = M1d,mín,xx ∴ αb = 1, 0


Solicitações Normais
Exemplo - Comparação entre métodos aproximados do pilar-padrão

(i.1) Seção intermediária

(i.1.1) Verificação do comportamento na direção x

(i.1.1.1) Parâmetros de esbeltez

`e = 2, 80 m = 280 cm

`e √ `e √ 280
λx = = 12 · = 12 × = 48, 5
i hx 20
   
e1 1000/500
25 + 12, 5 25 + 12, 5
hx 20
λ1x = = = 26, 3 < 35 ∴ λ1x = 35
αb 1, 0

λ1x = 35 < λx = 48, 5 < 90 ⇒ pilar de esbeltez média

Obs.: Os efeitos locais de 2a ordem devem ser considerados, podendo ser


calculados de forma aproximada por meio do método do pilar-padrão.
Solicitações Normais
Exemplo - Comparação entre métodos aproximados do pilar-padrão

(i.1.1.2) Momento total máximo na direção x, Md,tot,x

(a) Método do pilar-padrão com curvatura aproximada

Md,tot,x = αb M1d,A,x + Nd e2x ≥ M1d,A

αb M1d,A,x = M1d,mín,xx = 1.470, 0 kNcm X

Nd 700, 0
ν= = = 0, 612
Ac · fcd 20 × 40 × 1, 429

1 0, 005 0, 005
= = = 2, 248 × 10−4 /cm ∴
r hx (ν + 0, 5) 20 × (0, 612 + 0, 5)

1 0, 005 0, 005
= 2, 248 × 10−4 /cm < = = 2, 5 × 10−4 /cm X
r hx 20

`2 1 2802
 
e2x = e = × 2, 248 × 10−4 = 1, 76 cm
10 r 10

Md,tot,x = 1.470, 0+700, 0×1, 76 = 2.702, 0 kNcm > M1d,A = 1.470, 0 kNcm X
Solicitações Normais
Exemplo - Comparação entre métodos aproximados do pilar-padrão

(b) Método do pilar-padrão com rigidez κ aproximada



−b + b2 − 4ac
Md,tot,x = ≥ M1d,A
2a
a = 5h = 5 × 20 = 100

Nd `2e 700, 0 × 2802


b = h2 Nd − − 5hαb M1d,A = 202 × 700, 0 − −
320 320
−5 × 20 × 1, 0 × 1.470, 0 = −38.500

c = −Nd h2 αb M1d,A = −700, 0 × 202 × 1, 0 × 1.470, 0 = −411.600.000


q
38500 + (−38.500)2 − 4 × 100 × (−411.600.000)
Md,tot,x = = 2.230, 0 kNcm
2 × 100

Md,tot,x = 2.230, 0 kNcm > M1d,A = 1.470, 0 kNcm X

Dos resultados obtidos, observa-se uma diferença entre os dois métodos


aproximados em torno de 20%.
Solicitações Normais
Exemplo 1 - Pilar interno

Para o pilar interno ilustrado a seguir, pede-se dimensionar as armaduras e


fazer o detalhamento da seção transversal.
N = 875 kN

y
40 cm Dados:
– fck = 25 MPa;
hy = 50 cm

40 cm _ Obra em área urbana (CAA II):


x
_ CA-50; – c = 30 mm;

_ d’ = d’’ = 5 cm;

360 cm _ γf = 1,4;
360 cm _ γc = 1,4;
hx = 20 cm _ γs = 1,15.

40 cm
z 40 cm

y
x
N = 875 kN
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Exemplo 1 - Pilar interno

(i) Valores de cálculo

dx = hx − d00 = 20 − 5 = 15 cm

dy = hy − d00 = 50 − 5 = 45 cm

fck 2, 5
fcd = = = 1, 786 kN/cm2 ∴
γc 1, 4
fc = αc · fcd = 0, 85 × 1, 786 = 1, 518 kN/cm2

fyk 50
fyd = = = 43, 48 kN/cm2
γs 1, 15

Nd = γf · N = 1, 4 × 875 = 1.225, 0 kN

M1d,mín,xx = Nd (0, 015 + 0, 03hx ) =


= 1.225, 0 × (0, 015 + 0, 03 × 0, 20) = 25, 725 kNm = 2.572, 5 kNcm

M1d,mín,yy = Nd (0, 015 + 0, 03hy ) =


= 1.225, 0 × (0, 015 + 0, 03 × 0, 50) = 36, 75 kNm = 3.675, 0 kNcm
Solicitações Normais
Exemplo 1 - Pilar interno

M1d,A,x = γf · MA,x = 0.0 kNcm ∴ M1d,A,x = M1d,mín,xx = 2.572, 5 kNcm


M1d,B,x = γf · MB,x = 0.0 kNcm ∴ M1d,B,x = M1d,mín,xx = 2.572, 5 kNcm
M1d,A,x = M1d,B,x = M1d,mín,xx ⇒ αb = 1, 0 (na direção x)

M1d,A,y = γf · MA,y = 0.0 kNcm ∴ M1d,A,y = M1d,mín,yy = 3.675, 0 kNcm


M1d,B,y = γf · MB,y = 0.0 kNcm ∴ M1d,B,y = M1d,mín,yy = 3.675, 0 kNcm
M1d,A,y = M1d,B,y = M1d,mín,yy ⇒ αb = 1, 0 (na direção y)

(i.1) Seção de topo


Conforme discutido, por se tratar de um pilar interno, a seção de topo não é
a seção crítica, sendo o dimensionamento satisfeito a partir da consideração
da seção intermediária.

(i.2) Seção de base


Conforme discutido, por se tratar de um pilar interno, a seção de base não é
a seção crítica, sendo o dimensionamento satisfeito a partir da consideração
da seção intermediária.
Solicitações Normais
Exemplo 1 - Pilar interno

(i.3) Seção intermediária

(i.3.1) Verificação do comportamento na direção x

(i.3.1.1) Parâmetros de esbeltez


(
`0 + hx = 360 + 20 = 380 cm
`e ≤ ∴ `e = 380 cm
` = 20 + 360 + 20 = 400 cm

`e √ `e √ 380
λx = = 12 · = 12 × = 65, 8
i hx 20
   
e1 0/875
25 + 12, 5 25 + 12, 5
hx 20
λ1x = = = 25 < 35 ∴ λ1x = 35
αb 1, 0

λ1x = 35 < λx = 65, 8 < 90 ⇒ pilar de esbeltez média (na direção x)

Obs.: Os efeitos locais de 2a ordem devem ser considerados, podendo ser


calculados de forma aproximada por meio do método do pilar-padrão.
Solicitações Normais
Exemplo 1 - Pilar interno

(i.3.1.2) Momento total máximo na direção x, Md,tot,x


Adotando-se o método do pilar-padrão com curvatura aproximada:

Md,tot,x = αb M1d,A,x + Nd e2x ≥ M1d,A

αb M1d,A,x = M1d,mín,xx = 2.572, 5 kNcm X

Nd 1.225, 0
ν= = = 0, 686
Ac · fcd 20 × 50 × 1, 786

1 0, 005 0, 005
= = = 2, 108 × 10−4 /cm ∴
r hx (ν + 0, 5) 20 × (0, 686 + 0, 5)

1 0, 005 0, 005
= 2, 108 × 10−4 /cm < = = 2, 5 × 10−4 /cm X
r hx 20

`2 1 3802
 
e2x = e = × 2, 108 × 10−4 = 3, 04 cm
10 r 10

Md,tot,x = 2.572, 5+1.225, 0×3, 04 = 6.296, 5 kNcm > M1d,A = 2.572, 5 kNcm X
Solicitações Normais
Exemplo 1 - Pilar interno

(i.3.2) Verificação do comportamento na direção y

(i.3.2.1) Parâmetros de esbeltez


(
`0 + hy = 360 + 50 = 410 cm
`e ≤ ∴ `e = 400 cm
` = 20 + 360 + 20 = 400 cm

`e √ `e √ 400
λy = = 12 · = 12 × = 27, 7
i hy 50
   
e1 0/875
25 + 12, 5 25 + 12, 5
hy 50
λ1y = = = 25 < 35 ∴ λ1y = 35
αb 1, 0

λy = 27, 7 < λ1y = 35 ⇒ pilar pouco esbelto (na direção y)

Obs.: Os efeitos locais de 2a ordem podem ser desconsiderados.

(i.3.2.2) Momento total máximo na direção y, Md,tot,y


Md,tot,y = αb M1d,A,y = M1d,mín,yy = 3.675, 0 kNcm
Solicitações Normais
Exemplo 1 - Pilar interno

(ii) Prescrições regulamentares

(ii.1) Armadura longitudinal

10 mm ≤ φl ≤ b/8 = 200 mm/8 = 25 mm

Nd 1.225, 0
As,min = 0, 15 = 0, 15 × = 4, 226 cm2 > 0, 4%Ac =
fyd 43, 48
= 0, 4% × (20 × 50) = 4, 0 cm2 X
2
As,max = 8%Ac = 8% × (20 × 50) = 80, 0 cm

20 mm
 (
2b = 2 × 200 mm = 400 mm
emin ≥ φl emax ≤
 400 mm
1, 2 (φmax,agreg. )

(ii.2) Armadura transversal



200 mm
( 
5 mm
φt ≥ smax ≤ b = 200 mm
φl /4 
12 φl (CA-50)

Solicitações Normais
Exemplo 1 - Pilar interno

(iii) Dimensionamento
Obs.1: Por se tratar de um pilar interno, o dimensionamento se dará para
a seção intermediária (seção crítica) por meio de duas análises isoladas à
flexão normal composta.
Obs.2: A título de comparação, aqui se fará dois dimensionamentos, um por
meio do equacionamento do Prof. Tepedino e outro por meio de Ábacos de
flexão normal composta de Venturini e Rodrigues.

(iii.1) Equacionamento do Prof. Tepedino


⇒ Flexão normal composta na direção x (seção intermediária):
Nd = 1.225, 0 kN; Mxd = 6.296, 5 kNcm;
h = hx = 20 cm; b = hy = 50 cm; d = dx = 15 cm.

⇒ Flexão normal composta na direção y (seção intermediária):


Nd = 1.225, 0 kN; Myd = 3.675, 0 kNcm
h = hy = 50 cm; b = hx = 20 cm; d = dy = 45 cm.
Solicitações Normais
Exemplo 1 - Pilar interno

(iii.1.1) Flexão normal composta na direção x


• Caso 1
Md + Nd (d − h/2) 6.296, 5 + 1.225, 0 (15 − 20/2)
K= = ≈ 0, 727 > KL ∴
fc · b · d2 1, 518 × 50 × 152
K 0 = KL = 0, 295
(armadura dupla)
As = As1 + As2
√ 
fc · b · d · 1 − 1 − 2K 0 − Nd
As1 = =
fyd
√ 
1, 518 × 50 × 15 × 1 − 1 − 2 × 0, 295 − 1.225, 0
= = −18, 756 cm2
43, 48

fc · b · d K − K 0
 
As2 = =
fyd 1 − d0 /d
 
1, 518 × 50 × 15 0, 727 − 0, 295
= = 16, 968 cm2
43, 48 1 − 5/15

As = −18, 756 + 16, 968 = −1, 788 cm2 < 0 ⇒ passar para o Caso 2
Solicitações Normais
Exemplo 1 - Pilar interno

(iii.1.1) Flexão normal composta na direção x


• Caso 2
s
Nd (h/2 − d0 ) − Md
 
y=d + 0
(d0 )2 + 2 · =
fc · b
s  
1.225, 0 (20/2 − 5) − 6.296, 5
= 5+ 52 + 2 × ≈ 9, 53 cm < h = 20 cm X
1, 518 × 50

y 9, 53
x= = ≈ 11, 91 cm ∴
λ 0, 8

x 11, 91 εcu 3, 5h
d
=
15
= 0, 794 > ξ2L =
εcu + 10 h = 3, 5h + 10h = 0, 259 ∴
× 3, 5h ≈ 0, 98 < 1 X
E s x − d0 21.000 11, 91 − 5
ϕ= · · εcu = ×
fyd x 43, 48 11, 91

Nd − f c · b · y 1.225, 0 − 1, 518 × 50 × 9, 53
A0s = = = 11, 773 cm2
ϕ · fyd 0, 98 × 43, 48
Solicitações Normais
Exemplo 1 - Pilar interno

(iii.1.1) Flexão normal composta na direção x


• Caso 2

Segundo os cálculos, As = 0. No entanto, cabe-se observar que a distinção


da armadura A0s para a armadura As é em função da presença do momento
fletor que, por sua vez, foi determinado de forma a simular os efeitos das
imperfeições geométricas locais e de computar os efeitos locais de 2a ordem,
ambos sem definição certa do sentido de ação. Desta forma, é conveniente
se adotar a mesma armadura em ambas as faces do pilar, adotando-se a
maior obtida, isto é, neste caso, a armadura A0s = 11, 773 cm2 .
Desta forma, adota-se aqui o seguinte detalhamento em ambas as faces de
largura hy = 50 cm:

A0s = 11, 773 cm2 : 10 φ 12, 5 mm; A0s,real = 12, 272 cm2 ; nφ/cam = 13

As = 11, 773 cm2 : 10 φ 12, 5 mm; As,real = 12, 272 cm2 ; nφ/cam = 13

As,min < A0s + As = 2 × 12, 272 = 24, 544 cm2 < As,max X
Solicitações Normais
Exemplo 1 - Pilar interno

(iii.1.2) Flexão normal composta na direção y


• Caso 1
Md + Nd (d − h/2) 3.675, 0 + 1.225, 0 (45 − 50/2)
K= = ≈ 0, 458 > KL ∴
fc · b · d2 1, 518 × 20 × 452
K 0 = KL = 0, 295
(armadura dupla)
As = As1 + As2
√ 
fc · b · d · 1 − 1 − 2K 0 − Nd
As1 = =
fyd
√ 
1, 518 × 20 × 45 × 1 − 1 − 2 × 0, 295 − 1.225, 0
= = −16, 872 cm2
43, 48

fc · b · d K − K 0
 
As2 = =
fyd 1 − d0 /d
 
1, 518 × 20 × 45 0, 458 − 0, 295
= = 5, 762 cm2
43, 48 1 − 5/45

As = −16, 872 + 5, 762 = −11, 110 cm2 < 0 ⇒ passar para o Caso 2
Solicitações Normais
Exemplo 1 - Pilar interno

(iii.1.2) Flexão normal composta na direção y


• Caso 2
s
Nd (h/2 − d0 ) − Md
 
y=d + 0
(d0 )2 + 2 · =
fc · b
s  
1.225, 0 (50/2 − 5) − 3.675, 0
= 5+ 52 + 2 × ≈ 42, 37 cm < h = 50 cm X
1, 518 × 20

y 42, 37
x= = ≈ 52, 96 cm ∴
λ 0, 8

x 52, 96 εcu 3, 5h
d
=
45
= 1, 177 > ξ2L =
εcu + 10 h = 3, 5h + 10h = 0, 259 ∴
× 3, 5h ≈ 1, 53 > 1 ∴ ϕ = 1
E s x − d0 21.000 52, 96 − 5
ϕ= · · εcu = × X
fyd x 43, 48 52, 96

Nd − f c · b · y 1.225, 0 − 1, 518 × 20 × 42, 37


A0s = = = −1, 411 cm2 < 0
ϕ · fyd 1, 0 × 43, 48
Solicitações Normais
Exemplo 1 - Pilar interno

(iii.1.2) Flexão normal composta na direção y


• Caso 2
Uma vez que A0s < 0, bem como As = 0, tem-se que, teoricamente, nenhuma
armadura seria necessária para resistir aos esforços nesta direção.
Considerando-se os 4 φ 12, 5 mm nos cantos do detalhamento em x, tem-se
para o dimensionamento em y:
A0s + As = 2 × (2 × 1, 227) = 4, 908 cm2 > As,min X

(iii.1.3) Detalhamento
14
5
~ 4,6 cm

25
10  12,5 mm

10  12,5 mm

25

14
2  6,3 mm c/15 C = 88
Solicitações Normais
Exemplo 1 - Pilar interno

(iii.2) Ábacos de flexão normal composta de Venturini e Rodrigues

Nd 1.225, 0
Nd = 1.225, 0 kN ∴ ν = = = 0, 686
Ac · fcd 20 × 50 × 1, 786

Mxd 6.296, 5
Mxd = 6.296, 5 kNcm ∴ µx = = = 0, 176
Ac · hx · fcd 20 × 50 × 20 × 1, 786

Myd 3.675, 0
Myd = 3.675, 0 kNcm ∴ µy = = = 0, 041
Ac · hy · fcd 20 × 50 × 50 × 1, 786

(iii.2.1) Flexão normal composta na direção x

d0 /h = 5/20 = 0, 25 ⇒ Ábaco A-5:

Eixo horizontal: µx = 0, 176


Eixo vertical: ν = 0, 686 (compressão)
Solicitações Normais
Exemplo 1 - Pilar interno

Venturini e Rodrigues - Dimensionamento de Peças Retangulares sob Flexão Reta (1987)

= 0,52
Solicitações Normais
Exemplo 1 - Pilar interno

(iii.2.1) Flexão normal composta na direção x

As fyd fcd
ω= = 0, 52 ∴ A0s + As = ω · Ac · ∴
Ac fcd fyd
1, 786
A0s + As = 0, 52 × (20 × 50) × = 21, 360 cm2 ∴ A0s = As = 21, 360/2 =
43, 48
= 10, 680 cm2
A0s = 10, 680 cm2 : 9 φ 12, 5 mm; A0s,real = 11, 045 cm2 ; nφ/cam = 13

As = 10, 680 cm2 : 9 φ 12, 5 mm; As,real = 11, 045 cm2 ; nφ/cam = 13

As,min < A0s + As = 2 × 11, 045 = 22, 090 cm2 < As,max X

(iii.2.2) Flexão normal composta na direção y

d0 /h = 5/50 = 0, 10 ⇒ Ábaco A-2:

Eixo horizontal: µy = 0, 041


Eixo vertical: ν = 0, 686 (compressão)
Solicitações Normais
Exemplo 1 - Pilar interno

Venturini e Rodrigues - Dimensionamento de Peças Retangulares sob Flexão Reta (1987)

= 0,00
Solicitações Normais
Exemplo 1 - Pilar interno

(iii.2.2) Flexão normal composta na direção y

As fyd fcd
ω= =0 ∴ A0s + As = ω · Ac · = 0 < As,min
Ac fcd fyd

Considerando-se os 4 φ 12, 5 mm nos cantos do detalhamento em x, tem-se


para o dimensionamento em y:
A0s + As = 2 × (2 × 1, 227) = 4, 908 cm2 > As,min X

(iii.2.3) Detalhamento
14
5
~ 5,2 cm

28
9  12,5 mm

9  12,5 mm

28

14
2  6,3 mm c/15 C = 94
Solicitações Normais
Exemplo 2 - Pilar de borda

Para o pilar de borda ilustrado a seguir, pede-se dimensionar as armaduras e


fazer o detalhamento da seção transversal.
N = 1.070 kN
Mx = 2.500 kNcm

y
40 cm Dados:
– fck = 25 MPa;
hy = 60 cm

40 cm _ Obra em área urbana (CAA II):


x
_ CA-50; – c = 30 mm;

_ d’ = d’’ = 5 cm;

360 cm _ γf = 1,4;
360 cm _ γc = 1,4;
hx = 20 cm _ γs = 1,15.

40 cm
z 40 cm

y
Mx = 1.200 kNcm
x
N = 1.070 kN
Solicitações Normais
Exemplo 2 - Pilar de borda

(i) Valores de cálculo

dx = hx − d00 = 20 − 5 = 15 cm

dy = hy − d00 = 60 − 5 = 55 cm

fck 2, 5
fcd = = = 1, 786 kN/cm2 ∴
γc 1, 4
fc = αc · fcd = 0, 85 × 1, 786 = 1, 518 kN/cm2

fyk 50
fyd = = = 43, 48 kN/cm2
γs 1, 15

Nd = γf · N = 1, 4 × 1.070 = 1.498, 0 kN

M1d,mín,xx = Nd (0, 015 + 0, 03hx ) =


= 1.498, 0 × (0, 015 + 0, 03 × 0, 20) = 31, 458 kNm = 3.145, 8 kNcm

M1d,mín,yy = Nd (0, 015 + 0, 03hy ) =


= 1.498, 0 × (0, 015 + 0, 03 × 0, 60) = 49, 434 kNm = 4.943, 4 kNcm
Solicitações Normais
Exemplo 2 - Pilar de borda

M1d,A,x = γf · MA,x = 1, 4 × 2.500 = 3.500, 0 kNcm ∴

M1d,A,x = 3.500, 0 kNcm > M1d,mín,xx = 3.145, 8 kNcm X

M1d,B,x = γf · MB,x = 1, 4 × (−1.200) = −1.680, 0 kNcm ∴

|M1d,B,x | = 1.680, 0 kNcm < M1d,mín,xx ∴ M1d,B,x = M1d,mín,xx = 3.145, 8 kNcm

   
MB −1.200
αb = 0, 60 + 0, 40 = 0, 60 + 0, 40 = 0, 408 (direção x)
MA 2.500

0, 4 < αb = 0, 408 < 1, 0 X

M1d,A,y = γf · MA,y = 0.0 kNcm ∴ M1d,A,y = M1d,mín,yy = 4.943, 4 kNcm

M1d,B,y = γf · MB,y = 0.0 kNcm ∴ M1d,B,y = M1d,mín,yy = 4.943, 4 kNcm

M1d,A,y = M1d,B,y = M1d,mín,yy ⇒ αb = 1, 0 (na direção y)


Solicitações Normais
Exemplo 2 - Pilar de borda

(i.1) Seção de topo

(i.1.1) Verificação do comportamento na direção x

Md,tot,x = M1d,A,x = 3.500, 0 kNcm

(i.1.2) Verificação do comportamento na direção y


Como não existe momento inicial na direção y, não é preciso verificar essa
extremidade a momentos nessa direção, sendo o dimensionamento nessa
direção satisfeito a partir da consideração da seção intermediária.

(i.2) Seção de base


Uma vez que a seção de base está submetida a momentos mínimos nas duas
direções, essa seção não é a crítica, sendo o dimensionamento satisfeito a
partir da consideração das seções de topo e intermediária.
Solicitações Normais
Exemplo 2 - Pilar de borda

(i.3) Seção intermediária

(i.3.1) Verificação do comportamento na direção x

(i.3.1.1) Parâmetros de esbeltez


(
`0 + hx = 360 + 20 = 380 cm
`e ≤ ∴ `e = 380 cm
` = 20 + 360 + 20 = 400 cm

`e √ `e √ 380
λx = = 12 · = 12 × = 65, 8
i hx 20
   
e1 2.500/1.070
25 + 12, 5 25 + 12, 5
hx 20
λ1x = = = 64, 9 > 35 X
αb 0, 408

λ1x = 64, 9 < λx = 65, 8 < 90 ⇒ pilar de esbeltez média (na direção x)

Obs.: Os efeitos locais de 2a ordem devem ser considerados, podendo ser


calculados de forma aproximada por meio do método do pilar-padrão.
Solicitações Normais
Exemplo 2 - Pilar de borda

(i.3.1.2) Momento total máximo na direção x, Md,tot,x


Adotando-se o método do pilar-padrão com curvatura aproximada:

Md,tot,x = αb M1d,A,x + Nd e2x ≥ M1d,A

αb M1d,A,x = 0, 408×3.500, 0 = 1.428, 0 kNcm < M1d,mín,xx = 3.145, 8 kNcm ∴


αb M1d,A,x = M1d,mín,xx = 3.145, 8 kNcm X

Nd 1.498, 0
ν= = = 0, 699
Ac · fcd 20 × 60 × 1, 786

1 0, 005 0, 005
= = = 2, 085 × 10−4 /cm ∴
r hx (ν + 0, 5) 20 × (0, 699 + 0, 5)

1 0, 005 0, 005
= 2, 085 × 10−4 /cm < = = 2, 5 × 10−4 /cm X
r hx 20
`2 1 3802
 
e2x = e = × 2, 085 × 10−4 = 3, 01 cm
10 r 10
Md,tot,x = 3.145, 8+1.498, 0×3, 01 = 7.654, 8 kNcm > M1d,A = 3.500, 0 kNcm X
Solicitações Normais
Exemplo 2 - Pilar de borda

(i.3.2) Verificação do comportamento na direção y

(i.3.2.1) Parâmetros de esbeltez


(
`0 + hy = 360 + 60 = 420 cm
`e ≤ ∴ `e = 400 cm
` = 20 + 360 + 20 = 400 cm

`e √ `e √ 400
λy = = 12 · = 12 × = 23, 1
i hy 60
   
e1 0/1.070
25 + 12, 5 25 + 12, 5
hy 50
λ1y = = = 25 < 35 ∴ λ1y = 35
αb 1, 0

λy = 23, 1 < λ1y = 35 ⇒ pilar pouco esbelto (na direção y)

Obs.: Os efeitos locais de 2a ordem podem ser desconsiderados.

(i.3.2.2) Momento total máximo na direção y, Md,tot,y


Md,tot,y = αb M1d,A,y = M1d,mín,yy = 4.943, 4 kNcm
Solicitações Normais
Exemplo 2 - Pilar de borda

(ii) Prescrições regulamentares

(ii.1) Armadura longitudinal

10 mm ≤ φl ≤ b/8 = 200 mm/8 = 25 mm

Nd 1.498, 0
As,min = 0, 15 = 0, 15 × = 5, 168 cm2 > 0, 4%Ac =
fyd 43, 48
= 0, 4% × (20 × 60) = 4, 8 cm2 X
2
As,max = 8%Ac = 8% × (20 × 60) = 96, 0 cm

20 mm
 (
2b = 2 × 200 mm = 400 mm
emin ≥ φl emax ≤
 400 mm
1, 2 (φmax,agreg. )

(ii.2) Armadura transversal



200 mm
( 
5 mm
φt ≥ smax ≤ b = 200 mm
φl /4 
12 φl (CA-50)

Solicitações Normais
Exemplo 2 - Pilar de borda

(iii) Dimensionamento
Obs.1: Por se tratar de um pilar de borda, o dimensionamento na direção da
excentricidade inicial (a direção x do exemplo) deve se dar tanto para a seção
intermediária quanto para as seções de extremidade.
O detalhamento final é o referente ao dimensionamento que apresentar a
maior área de aço dentre os três.
Excepcionalmente, nesse exemplo, a seção de base não precisa ter o seu
dimensionamento avaliado, uma vez que está sob momento mínimo também
na direção x, logo, tem o seu dimensionamento satisfeito a partir do obtido
com a seção de topo ou intermediária.
Quanto a direção sem excentricidade inicial (a direção y do exemplo), basta
dimensionar a seção intermediária (sabidamente a crítica).
O dimensionamento se dá por direção de forma desacoplada, isto é, por meio
de análises isoladas à flexão normal composta em cada direção.
Obs.2: Nesse exemplo, também se fará dois dimensionamentos, um por meio
do equacionamento do Prof. Tepedino e outro por meio de Ábacos de flexão
normal composta de Venturini e Rodrigues.
Solicitações Normais
Exemplo 2 - Pilar de borda

(iii.1) Equacionamento do Prof. Tepedino


⇒ Flexão normal composta na direção x:

• Seção de topo:
Nd = 1.498, 0 kN; Mxd = 3.500, 0 kNcm;
h = hx = 20 cm; b = hy = 60 cm; d = dx = 15 cm.

• Seção intermediária:
Nd = 1.498, 0 kN; Mxd = 7.654, 8 kNcm;
h = hx = 20 cm; b = hy = 60 cm; d = dx = 15 cm.

⇒ Flexão normal composta na direção y:

• Seção intermediária:
Nd = 1.498, 0 kN; Myd = 4.943, 4 kNcm
h = hy = 60 cm; b = hx = 20 cm; d = dy = 55 cm.
Solicitações Normais
Exemplo 2 - Pilar de borda

(iii.1.1.1) Flexão normal composta na direção x (seção de topo)


• Caso 1
Md + Nd (d − h/2) 3.500, 0 + 1.498, 0 (15 − 20/2)
K= = ≈ 0, 536 > KL ∴
fc · b · d2 1, 518 × 60 × 152
K 0 = KL = 0, 295
(armadura dupla)
As = As1 + As2
√ 
fc · b · d · 1 − 1 − 2K 0 − Nd
As1 = =
fyd
√ 
1, 518 × 60 × 15 × 1 − 1 − 2 × 0, 295 − 1.498, 0
= = −23, 151 cm2
43, 48

fc · b · d K − K 0
 
As2 = =
fyd 1 − d0 /d
 
1, 518 × 60 × 15 0, 536 − 0, 295
= = 11, 359 cm2
43, 48 1 − 5/15

As = −23, 151 + 11, 359 = −11, 792 cm2 < 0 ⇒ passar para o Caso 2
Solicitações Normais
Exemplo 2 - Pilar de borda

(iii.1.1.1) Flexão normal composta na direção x (seção de topo)


• Caso 2
s
Nd (h/2 − d0 ) − Md
 
y=d + 0
(d0 )2 + 2 · =
fc · b
s  
1.498, 0 (20/2 − 5) − 3.500, 0
= 5+ 52 + 2 × ≈ 15, 61 cm < h = 20 cm X
1, 518 × 60

y 15, 61
x= = ≈ 19, 51 cm ∴
λ 0, 8

x 19, 51 εcu 3, 5h
d
=
15
= 1, 301 > ξ2L =
εcu + 10 h = 3, 5h + 10h = 0, 259 ∴
× 3, 5h ≈ 1, 26 > 1 ∴ ϕ = 1
E s x − d0 21.000 19, 51 − 5
ϕ= · · εcu = × X
fyd x 43, 48 19, 51

Nd − f c · b · y 1.498, 0 − 1, 518 × 60 × 15, 61


A0s = = = 1, 753 cm2
ϕ · fyd 1, 0 × 43, 48
Solicitações Normais
Exemplo 2 - Pilar de borda

(iii.1.1.2) Flexão normal composta na direção x (seção intermediária)


• Caso 1
Md + Nd (d − h/2) 7.654, 8 + 1.498, 0 (15 − 20/2)
K= = ≈ 0, 739 > KL ∴
fc · b · d2 1, 518 × 60 × 152
K 0 = KL = 0, 295
(armadura dupla)
As = As1 + As2
√ 
fc · b · d · 1 − 1 − 2K 0 − Nd
As1 = =
fyd
√ 
1, 518 × 60 × 15 × 1 − 1 − 2 × 0, 295 − 1.498, 0
= = −23, 151 cm2
43, 48

fc · b · d K − K 0
 
As2 = =
fyd 1 − d0 /d
 
1, 518 × 60 × 15 0, 739 − 0, 295
= = 20, 927 cm2
43, 48 1 − 5/15

As = −23, 151 + 20, 927 = −2, 224 cm2 < 0 ⇒ passar para o Caso 2
Solicitações Normais
Exemplo 2 - Pilar de borda

(iii.1.1.2) Flexão normal composta na direção x (seção intermediária)


• Caso 2
s
Nd (h/2 − d0 ) − Md
 
y=d + 0
(d0 )2 + 2 · =
fc · b
s  
1.498, 0 (20/2 − 5) − 7.654, 8
= 5+ 52 + 2 × ≈ 9, 62 cm < h = 20 cm X
1, 518 × 60

y 9, 62
x= = ≈ 12, 03 cm ∴
λ 0, 8

x 12, 03 εcu 3, 5h
d
=
15
= 0, 802 > ξ2L =
εcu + 10 h = 3, 5h + 10h = 0, 259 ∴
× 3, 5h ≈ 0, 99 < 1 X
E s x − d0 21.000 12, 03 − 5
ϕ= · · εcu = ×
fyd x 43, 48 12, 03

Nd − f c · b · y 1.498, 0 − 1, 518 × 60 × 9, 62
A0s = = = 14, 446 cm2
ϕ · fyd 0, 99 × 43, 48
Solicitações Normais
Exemplo 2 - Pilar de borda

(iii.1.1) Flexão normal composta na direção x


Dos cálculos, têm-se:
_ Seção de topo: A0s = 1, 753 cm2 ; As = 0
_ Seção intermediária: A0s = 14, 446 cm2 ; As = 0
O detalhamento final deve ser o necessário para a situação de cálculo mais
desfavorável. Além disso, mesmo existindo excentricidade inicial na direção x,
estabelecendo um sentido para a ação do momento fletor, deve-se observar
que parte dos efeitos considerados (imperfeições geométricas locais e efeitos
locais de 2a ordem) não têm definição certa do sentido de ação. Logo, aqui
também é conveniente se adotar a mesma armadura em ambas as faces do
pilar, adotando-se a maior obtida, neste caso, a armadura A0s = 14, 446 cm2 .
Desta forma, adota-se aqui o seguinte detalhamento em ambas as faces de
largura hy = 60 cm:
A0s = 14, 446 cm2 : 8 φ 16, 0 mm; A0s,real = 16, 085 cm2 ; nφ/cam = 15
2 2
As = 14, 446 cm : 8 φ 16, 0 mm; As,real = 16, 085 cm ; nφ/cam = 15

As,min < A0s + As = 2 × 16, 085 = 32, 170 cm2 < As,max X
Solicitações Normais
Exemplo 2 - Pilar de borda

(iii.1.2) Flexão normal composta na direção y


• Caso 1
Md + Nd (d − h/2) 4.943, 4 + 1.498, 0 (55 − 60/2)
K= = ≈ 0, 462 > KL ∴
fc · b · d2 1, 518 × 20 × 552
K 0 = KL = 0, 295
(armadura dupla)
As = As1 + As2
√ 
fc · b · d · 1 − 1 − 2K 0 − Nd
As1 = =
fyd
√ 
1, 518 × 20 × 55 × 1 − 1 − 2 × 0, 295 − 1.498, 0
= = −20, 639 cm2
43, 48

fc · b · d K − K 0
 
As2 = =
fyd 1 − d0 /d
 
1, 518 × 20 × 55 0, 462 − 0, 295
= = 7, 055 cm2
43, 48 1 − 5/55

As = −20, 639 + 7, 055 = −13, 584 cm2 < 0 ⇒ passar para o Caso 2
Solicitações Normais
Exemplo 2 - Pilar de borda

(iii.1.2) Flexão normal composta na direção y


• Caso 2
s
Nd (h/2 − d0 ) − Md
 
y=d + 0
(d0 )2 + 2 · =
fc · b
s  
1.498, 0 (60/2 − 5) − 4.943, 4
= 5+ 52 + 2 × ≈ 51, 54 cm < h = 60 cm X
1, 518 × 20

y 51, 54
x= = ≈ 64, 43 cm ∴
λ 0, 8

x 64, 43 εcu 3, 5h
d
=
55
= 1, 171 > ξ2L =
εcu + 10 h = 3, 5h + 10h = 0, 259 ∴
× 3, 5h ≈ 1, 56 > 1 ∴ ϕ = 1
E s x − d0 21.000 64, 43 − 5
ϕ= · · εcu = × X
fyd x 43, 48 64, 43

Nd − f c · b · y 1.498, 0 − 1, 518 × 20 × 51, 54


A0s = = = −1, 535 cm2 < 0
ϕ · fyd 1, 0 × 43, 48
Solicitações Normais
Exemplo 2 - Pilar de borda

(iii.1.2) Flexão normal composta na direção y


• Caso 2
Uma vez que A0s < 0, bem como As = 0, tem-se que, teoricamente, nenhuma
armadura seria necessária para resistir aos esforços nesta direção.
Considerando-se os 4 φ 16, 0 mm nos cantos do detalhamento em x, tem-se
para o dimensionamento em y:
A0s + As = 2 × (2 × 2, 011) = 8, 044 cm2 > As,min X
(iii.1.3) Detalhamento
14
5
~ 7,3 cm

39
5
8  16,0 mm

8  16,0 mm

39

14
2  6,3 mm c/19 C = 116
Solicitações Normais
Exemplo 2 - Pilar de borda

(iii.2) Ábacos de flexão normal composta de Venturini e Rodrigues

Nd 1.498, 0
Nd = 1.498, 0 kN ∴ ν = = = 0, 699
Ac · fcd 20 × 60 × 1, 786

Mxd 3.500, 0
Mxd = 3.500, 0 kNcm ∴ µx = = = 0, 082
(Seção de topo) Ac · hx · fcd 20 × 60 × 20 × 1, 786

Mxd 7.654, 8
Mxd = 7.654, 8 kNcm ∴ µx = = = 0, 179
(Seção intermediária) Ac · hx · fcd 20 × 60 × 20 × 1, 786

Myd 4.943, 4
Myd = 4.943, 4 kNcm ∴ µy = = = 0, 038
Ac · hy · fcd 20 × 60 × 60 × 1, 786

(iii.2.1) Flexão normal composta na direção x

d0 /h = 5/20 = 0, 25 ⇒ Ábaco A-5:

Eixo horizontal: µx = 0, 082 ou µx = 0, 179


Eixo vertical: ν = 0, 699 (compressão)
Solicitações Normais
Exemplo 2 - Pilar de borda

Venturini e Rodrigues - Dimensionamento de Peças Retangulares sob Flexão Reta (1987)

= 0,11
= 0,56
Solicitações Normais
Exemplo 2 - Pilar de borda

(iii.2.1) Flexão normal composta na direção x

As fyd fcd
ωmax = = 0, 56 ∴ A0s + As = ωmax · Ac · ∴
Ac fcd fyd
1, 786
A0s + As = 0, 56 × (20 × 60) × = 27, 603 cm2 ∴ A0s = As = 27, 603/2 =
43, 48
= 13, 802 cm2
A0s = 13, 802 cm2 : 7 φ 16, 0 mm; A0s,real = 14, 074 cm2 ; nφ/cam = 15

As = 13, 802 cm2 : 7 φ 16, 0 mm; As,real = 14, 074 cm2 ; nφ/cam = 15

As,min < A0s + As = 2 × 14, 074 = 28, 148 cm2 < As,max X

(iii.2.2) Flexão normal composta na direção y

d0 /h = 5/60 ≈ 0, 10 ⇒ Ábaco A-2:

Eixo horizontal: µy = 0, 038


Eixo vertical: ν = 0, 699 (compressão)
Solicitações Normais
Exemplo 2 - Pilar de borda

Venturini e Rodrigues - Dimensionamento de Peças Retangulares sob Flexão Reta (1987)

= 0,00
Solicitações Normais
Exemplo 2 - Pilar de borda

(iii.2.2) Flexão normal composta na direção y

As fyd fcd
ω= =0 ∴ A0s + As = ω · Ac · = 0 < As,min
Ac fcd fyd

Considerando-se os 4 φ 16, 0 mm nos cantos do detalhamento em x, tem-se


para o dimensionamento em y:
A0s + As = 2 × (2 × 2, 011) = 8, 044 cm2 > As,min X
(iii.2.3) Detalhamento
14
5
~ 8,5 cm

36
7  16,0 mm

7  16,0 mm

36

14
2  6,3 mm c/19 C = 110
Solicitações Normais
Exemplo 3 - Pilar de canto

Para o pilar de canto ilustrado a seguir, pede-se dimensionar as armaduras e


fazer o detalhamento da seção transversal.
N = 1.600 kN
Mx = 3.800 kNcm
My = 5.000 kNcm
y
40 cm Dados:
– fck = 25 MPa;
hy = 50 cm

40 cm _ Obra em área urbana (CAA II):


x
_ CA-50; – c = 30 mm;

_ d’ = d’’ = 5 cm;

260 cm _ γf = 1,4;
260 cm _ γc = 1,4;
hx = 25 cm _ γs = 1,15.

40 cm
z 40 cm

y My = 4.000 kNcm
Mx = 3.000 kNcm
x
N = 1.600 kN
Solicitações Normais
Exemplo 3 - Pilar de canto

(i) Valores de cálculo

dx = hx − d00 = 25 − 5 = 20 cm

dy = hy − d00 = 50 − 5 = 45 cm

fck 2, 5
fcd = = = 1, 786 kN/cm2 ∴
γc 1, 4
fc = αc · fcd = 0, 85 × 1, 786 = 1, 518 kN/cm2

fyk 50
fyd = = = 43, 48 kN/cm2
γs 1, 15

Nd = γf · N = 1, 4 × 1.600 = 2.240, 0 kN

M1d,mín,xx = Nd (0, 015 + 0, 03hx ) =


= 2.240, 0 × (0, 015 + 0, 03 × 0, 25) = 50, 4 kNm = 5.040, 0 kNcm

M1d,mín,yy = Nd (0, 015 + 0, 03hy ) =


= 2.240, 0 × (0, 015 + 0, 03 × 0, 50) = 67, 2 kNm = 6.720, 0 kNcm
Solicitações Normais
Exemplo 3 - Pilar de canto

M1d,A,x = γf · MA,x = 1, 4 × 3.800 = 5.320, 0 kNcm ∴

M1d,A,x = 5.320, 0 kNcm > M1d,mín,xx = 5.040, 0 kNcm X

M1d,B,x = γf · MB,x = 1, 4 × (−3.000) = −4.200, 0 kNcm ∴

|M1d,B,x | = 4.200, 0 kNcm < M1d,mín,xx ∴ M1d,B,x = M1d,mín,xx = 5.040, 0 kNcm


   
MB −3.000
αb = 0, 60+0, 40 = 0, 60+0, 40 = 0, 284 < 0, 4 ∴ αb = 0, 4
MA 3.800
(direção x)
M1d,A,y = γf · MA,y = 1, 4 × 5.000 = 7.000, 0 kNcm ∴

M1d,A,y = 7.000, 0 kNcm > M1d,mín,yy = 6.720, 0 kNcm X

M1d,B,y = γf · MB,y = 1, 4 × (−4.000) = −5.600, 0 kNcm ∴

|M1d,B,y | = 5.600, 0 kNcm < M1d,mín,yy ∴ M1d,B,y = M1d,mín,yy = 6.720, 0 kNcm


   
MB −4.000
αb = 0, 60+0, 40 = 0, 60+0, 40 = 0, 280 < 0, 4 ∴ αb = 0, 4
MA 5.000
(direção y)
Solicitações Normais
Exemplo 3 - Pilar de canto

(i.1) Seção de topo

(i.1.1) Verificação do comportamento na direção x

Md,tot,x = M1d,A,x = 5.320, 0 kNcm

(i.1.2) Verificação do comportamento na direção y

Md,tot,y = M1d,A,y = 7.000, 0 kNcm

(i.2) Seção de base

(i.2.1) Verificação do comportamento na direção x

Md,tot,x = M1d,B,x = 5.040, 0 kNcm

(i.2.2) Verificação do comportamento na direção y

Md,tot,y = M1d,B,y = 6.720, 0 kNcm


Solicitações Normais
Exemplo 3 - Pilar de canto

(i.3) Seção intermediária

(i.3.1) Verificação do comportamento na direção x

(i.3.1.1) Parâmetros de esbeltez


(
`0 + hx = 260 + 25 = 285 cm
`e ≤ ∴ `e = 285 cm
` = 20 + 260 + 20 = 300 cm

`e √ `e √ 285
λx = = 12 · = 12 × = 39, 5
i hx 25
   
e1 3.800/1.600
25 + 12, 5 25 + 12, 5
hx 25
λ1x = = = 65, 5 > 35 X
αb 0, 4

λ1x = 39, 5 < λx = 65, 5 ⇒ pilar pouco esbelto (na direção x)

Obs.: Os efeitos locais de 2a ordem podem ser desconsiderados.


Solicitações Normais
Exemplo 3 - Pilar de canto

(i.3.1.2) Momento total máximo na direção x, Md,tot,x

Md,tot,x = αb M1d,A,x

αb M1d,A,x = 0, 40 × 5.320, 0 = 2.128, 0 kNcm < M1d,mín,xx = 5.040, 0 kNcm ∴


αb M1d,A,x = M1d,mín,xx = 5.040, 0 kNcm X

Md,tot,x = 5.040, 0 kNcm

(i.3.2) Verificação do comportamento na direção y

(i.3.2.1) Parâmetros de esbeltez


(
`0 + hy = 260 + 50 = 310 cm
`e ≤ ∴ `e = 300 cm
` = 20 + 260 + 20 = 300 cm

`e √ `e √ 300
λy = = 12 · = 12 × = 20, 8
i hy 50
Solicitações Normais
Exemplo 3 - Pilar de canto

(i.3.2.1) Parâmetros de esbeltez


   
e1 5.000/1.600
25 + 12, 5 25 + 12, 5
hy 50
λ1y = = = 64, 5 > 35 X
αb 0, 4

λy = 20, 8 < λ1y = 64, 5 ⇒ pilar pouco esbelto (na direção y)

Obs.: Os efeitos locais de 2a ordem podem ser desconsiderados.

(i.3.2.2) Momento total máximo na direção y, Md,tot,y

Md,tot,y = αb M1d,A,y

αb M1d,A,y = 0, 40 × 7.000, 0 = 2.800, 0 kNcm < M1d,mín,yy = 6.720, 0 kNcm ∴


αb M1d,A,y = M1d,mín,yy = 6.720, 0 kNcm X

Md,tot,y = 6.720, 0 kNcm


Solicitações Normais
Exemplo 3 - Pilar de canto

(ii) Prescrições regulamentares

(ii.1) Armadura longitudinal

10 mm ≤ φl ≤ b/8 = 250 mm/8 = 31, 25 mm

Nd 2.240, 0
As,min = 0, 15 = 0, 15 × = 7, 728 cm2 > 0, 4%Ac =
fyd 43, 48
= 0, 4% × (25 × 50) = 5, 0 cm2 X
2
As,max = 8%Ac = 8% × (25 × 50) = 100, 0 cm

20 mm
 (
2b = 2 × 250 mm = 500 mm
emin ≥ φl emax ≤
 400 mm
1, 2 (φmax,agreg. )

(ii.2) Armadura transversal



200 mm
( 
5 mm
φt ≥ smax ≤ b = 250 mm
φl /4 
12 φl (CA-50)

Solicitações Normais
Exemplo 3 - Pilar de canto

(iii) Dimensionamento
Obs.1: Por se tratar de um pilar de canto, o dimensionamento deve se dar
para a seção intermediária e para as seções de extremidade.
O detalhamento final é o referente ao dimensionamento que apresentar a
maior área de aço dentre os três.
Excepcionalmente, nesse exemplo, as seções de base e intermediária estão
sob o mesmo estado de solicitação, logo, basta se considerar uma das duas,
além da de topo.
O dimensionamento se dá para a direção oblíqua definida pelos componentes
nas direções x e y do momento fletor resultante, isto é, por meio de análise à
flexão oblíqua composta.
Obs.2: Nesse exemplo, o dimensionamento será realizado a partir de Ábacos
de flexão oblíqua composta de Pinheiro, Baraldi e Porem.
Em particular, o Ábaco 15, em razão da combinação das relações d0x /hx e
d0y /hy . Este Ábaco não consta dentre os apresentados anteriormente, mas é
encontrado em Pinheiro et al. - Estruturas de Concreto: Ábacos para Flexão
Oblíqua (2014).
Solicitações Normais
Exemplo 3 - Pilar de canto

(iii.1) Ábacos de flexão oblíqua composta de Pinheiro, Baraldi e Porem


Nd 2.240, 0
Nd = 2.240, 0 kN ∴ ν = = = 1, 00
Ac · fcd 25 × 50 × 1, 786
_ Seção de topo:
Mxd 5.320, 0
Mxd = 5.320, 0 kNcm ∴ µx = = = 0, 095
Ac · hx · fcd 25 × 50 × 25 × 1, 786
Myd 7.000, 0
Myd = 7.000, 0 kNcm ∴ µy = = = 0, 063
Ac · hy · fcd 25 × 50 × 50 × 1, 786

_ Seção de base e intermediária:


Mxd 5.040, 0
Mxd = 5.040, 0 kNcm ∴ µx = = = 0, 090
Ac · hx · fcd 25 × 50 × 25 × 1, 786
Myd 6.720, 0
Myd = 6.720, 0 kNcm ∴ µy = = = 0, 060
Ac · hy · fcd 25 × 50 × 50 × 1, 786

d0x /hx = 5/25 = 0, 20


⇒ Ábaco 15B (ν = 1, 0):
d0y /hy = 5/50 = 0, 10
Solicitações Normais
Exemplo 3 - Pilar de canto

Pinheiro, Baraldi e Porem - Estruturas de Concreto: Ábacos para Flexão Oblíqua


(2014)

Estruturas de concreto: ábacos para flexão oblíqua


L. M. Pinheiro; L. T. Baraldi; M. E. Porem

= 0,52
= 0,49

45
Solicitações Normais
Exemplo 3 - Pilar de canto

(iii.1) Ábacos de flexão oblíqua composta de Pinheiro, Baraldi e Porem


As fyd fcd
ω8φmax = = 0, 52 ∴ As8φ = ω8φmax · Ac · ∴
Ac fcd fyd
1, 786
As8φ = 0, 52 × (25 × 50) × = 26, 700 cm2 ∴
43, 48
8 φ 22, 0 mm; As,real = 30, 408 cm2 ; nφ/cam = 10 (face hy = 50 cm)

(iii.1.1) Detalhamento
19
5

~ 13,5 cm

30
4  22,0 mm

4  22,0 mm

30
19
2  6,3 mm c/20 C = 108

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