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INF4AM
A Marujada
A Marujada traja saia vermelha, bem rodada, blusa de cambraia branca bordada e, sobre
esta, uma faixa larga de fita vermelha de gorgorão, com uma grande rosa do mesmo
material. A parte mais vistosa é o chapéu. Este é de palha, forrado de tecido branco, com
uma espécie de armação de arame onde ficam as flores feitas de penas de pato, brancas.
Essas flores cobrem inteiramente o chapéu, com abas que pendem fitas largas, de cores
diversas, bem compridas. A Capitoa, sempre a mais velha do grupo, carrega na mão um
bastão dourado, o símbolo da sua autoridade.
Os instrumentos musicais são estes: tambor grande e pequeno, cuíca, pandeiros, rebeca,
viola, cavaquinho e violino.
Já no dia 26, quando São Benedito é festejado, as mulheres usam as saias vermelhas, e
os homens a roupa branca. Além de Bragança, a manifestação se ramificou em outros
municípios vizinhos como Quatipuru, Augusto Correa, Primavera e Tracuateua.
Batuque
Segundo as lendas, a cabocla Jurema habita cidades existentes no fundo das águas e tem
a lua nova como período predileto para realizar seus trabalhos de encantamentos.
Como a maioria das danças folclóricas da região, não se usa sapatos no Batuque
Amazônico.
O Carimbó
O nome vem dos índios Tupinambás. Na tradução seria "pau que propaga o som". A
influência africana deixou o ritmo do carimbó mais agitado e alegre. A roupa é simples:
as mulheres usam saia rodada estampada, blusa de cambraia branca, colares coloridos e
uma flor no cabelo. Os homens, calça curta de pescador e camisa estampada. Os
dançarinos bailam descalços. Marapanim e Vigia são os municípios mais antigos na
execução desta dança.
A coreografia começa com o homem batendo palmas para a mulher. É o convite para a
dança. O grupo forma uma roda. As dançarinas fazem movimento circular com a saia. A
intenção é atirar a saia sobre a cabeça de seu par. O papel do homem é evitar que ela
consiga. A vitória, dela, seria a desmoralização do homem, que seria obrigado a se
retirar do local da dança. A parte mais importante em uma roda de carimbó é a marcação
coreográfica de um dos pés sempre à frente do corpo.
Um ponto alto da dança é o momento em que um casal vai para o meio da roda, onde
fazem à dança do peru, nessa hora o cavalheiro é forçado a apanhar com a boca um
lenço que a parceira estende no chão. Se conseguir pegar o lenço, o homem é aplaudido.
Caso contrário, a mulher atira-lhe a barra da saia no rosto e o cavalheiro é forçado a
abandonar a dança.
Na forma tradicional, é acompanhada por tambores feitos com troncos de janelas. Aos
tambores se dá o nome de "carimbó", bem parecido com o nome do próprio ritmo, uma
corruptela da palavra carimbó. Costumam estarem presentes também os maracás.
As mulheres dançam descalças e com saias coloridas que vão até os pés muito franzidas
e amplas. A saia normalmente possui estampas florais grandes. Blusas de cor branca,
pulseiras e colares de sementes grandes. Os cabelos são ornamentados com ramos de
rosas ou camélias. Os homens dançam utilizando calças, geralmente brancas e simples,
comumente com a bainha enrolada, costume herdado dos ancestrais negros que
utilizavam a bainha da calça desta forma devido às atividades exercidas, como exemplo,
a coleta de caranguejos nos manguezais.
Bumba meu boi ou boi-bumbá é uma dança do folclore popular brasileiro, com
personagens humanos e animais fantásticos, que gira em torno de uma lenda sobre a
morte e ressurreição de um boi.
A festa tem ligações com diversas tradições, africanas, indígenas e europeias, inclusive
com festas religiosas católicas, sendo associada fortemente ao período de festas juninas.
Ciranda
No Estado do Pará é muito dançada no mês de Junho, em época de festas juninas, uma
vez que a ciranda do norte se relaciona com a manifestação do Cordão do Pássaro
Junino que ocorre na região paraense. Os Pássaros Juninos constituem-se em uma
manifestação folclórica representada por um teatro popular, no qual artistas e brincantes
saem às ruas contando a história de um pássaro que é morto por um caçador. Este é
perseguido e levado à presença do dono do pássaro, que promete uma punição caso o
caçador não consiga curar ou ressuscitar o animal. Para isso é solicitado um médico, ou
um pajé, ou um “curandeiro” na tentativa de salvar a ave. O pássaro consegue ser salvo
e dá vida a todos do cordão. Assim, a Ciranda do Norte costuma ser apresentada quando
os grupos de brincantes percorrem as ruas a fim de manifestar a cultura popular.
As roupas usadas pelos dançantes lembram a moda da época do século XIX. Os homens
vestem-se com camisa social estampada com cores que combinam com a roupa das
damas, e calça também social da cor preta, branca ou azul. As mulheres por sua vez, se
apresentam com blusa geralmente com babados e mangas soltas, saias rodadas
estampadas abaixo do joelho e anáguas de renda. Ambos dançam com chapéu de palha,
usam sapatilhas ou ficam descalços.
O caçador dança com camisa lisa social podendo ser preta ou azul escuro, calça também
de cor lisa, bota chapéu e espingarda. O dançarino que representa o padre vai
caracterizado de seu personagem e que representa o pássaro, dança com enfeites de
penas coloridas para realçar o figurino que caracteriza a ave.
Jacundá
É uma dança que encontra várias modalidades em diversas regiões, como por exemplo,
"piranha", no Amazonas, e outras variantes.
Marabaixo
É a diversão predileta das classes trabalhadoras da região. É dançado geralmente a partir
do sábado de Aleluia até o domingo do Divino. Homens, mulheres e até crianças tomam
parte nos folguedos. No último domingo, o festeiro faz erguer, como marco simbólico,
um mastro adornado. Durante os festejos, há farta distribuição de bebidas,
principalmente mucura (composta de cachaça com ovo batido, talhadas de limão e
açúcar).
Indumentária: os homens usam camisas com bordados, calças brancas, chapéus de palha
enfeitados de flores e fitas. As mulheres vestem camisolas de renda, saias de chita
estampada, anáguas.