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Desta forma, não resta à autora medida outra que não a propositura da
presente ação, afim de que possam reaver a posse do imóvel de sua
propriedade, bem como receber os valores que lhe são devidos pelos aluguéis
vencidos e demais encargos relativos ao imóvel.
2. DO DIREITO
2.1 Da rescisão do contrato
A Lei nº 8.245, de 18.10.1991, que regula as locações dos imóveis urbanos e os
procedimentos a ela atinentes, prevê, entre outras normas, o seguinte:
“Art. 5º. Seja qual for o fundamento do término da locação, a ação do
locador para reaver o imóvel é a de despejo.
Art. 9º. A locação também poderá ser desfeita:
[...]
III– em decorrência da falta de pagamento do aluguel e demais encargos;
Art. 23. O locatário é obrigado a:
I – pagar pontualmente o aluguel e os encargos da locação, legal ou
contratualmente exigíveis, no prazo estipulado ou, em sua falta, até o sexto
dia útil do mês seguinte ao vencido, no imóvel locado, quando outro local não
tiver sido indicado no contrato;
[...]
VIII – pagar as despesas de telefone e de consumo de força, luz e gás, água e
esgoto;
[...]
XII – pagar as despesas ordinárias de condomínio.”
Não obstante, vejamos o que determina o contrato celebrado entre as partes:
À luz dos fatos, chega-se à conclusão que a garantia contratual, in casu, não se
converte em garantia de fato capaz de assegurar às locadoras o recebimento
dos valores que lhe cabem em contrapartida à cessão da posse do imóvel à
primeira ré, decorrente da locação em epígrafe.
Tem-se amplamente comprovado, através da documentação anexa, que há
vinte e três meses a 1ª ré não arca com os pagamentos dos aluguéis e/ou
acessórios da locação. Por tais circunstâncias, restam configurados os
requisitos previstos no art. 59, § 1º, IX, da Lei nº 8.245/1991, o que enseja,
indubitavelmente, a concessão da medida liminar para imediata desocupação
do imóvel.
Pacífica é a jurisprudência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais em casos
análogos, conforme se nota pelos arrestos colacionados em sequência:
Torna-se óbvio, após breve análise das razões fáticas alhures expostas, que a
conduta assumida pelos requeridos denota claramente o desinteresse na
quitação do débito e prosseguimento regular do contrato, segundo as égides
estabelecidas pela boa-fé negocial.
Assim, por tudo quanto fora demonstrado ao longo desta peça inaugural, é
inafastável o direito da autora, sendo imperiosa a decretação de resolução do
contrato, com o pagamento de todas as obrigações e encargos não adimplidos,
e premente a necessidade de decretação de ordem para imediata desocupação
do imóvel, sob pena de graves riscos ao bem estar e ao patrimônio da
requerente.
3. DOS REQUERIMENTOS
Ante o exposto, a autora requer:
Dá-se à causa o valor de R$..., nos termos do art. 58, III, da Lei nº8.245/91.