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Introdução
O termo sociedade tem várias e diferentes maneiras de se definir, mas sempre deve ser em
função do contexto no qual ele está inserido. Pela sua natureza, o homem deve viver em
sociedade onde poderá fazer troca de experiências e aprimorar a sua forma de viver.
Desde o princípio dos tempos as pessoas vem se ligando intimamente, quer seja numa
comunidade, numa organização religiosa, numa determinada instituição, etc.
Aristóteles, Platão e Sócrates foram os pensadores gregos mais estudados e citados no campo da
ética. De forma geral, afirmavam que a conduta do ser humano deveria ser pautada no equilíbrio,
para evitar a falta de ética. [9]
Aristóteles, pensava numa sociedade com virtudes, que segundo ele é o meio justo entre dois
defeitos. Defendia misericórdia absoluta no seio da sociedade.
Platão, com o seu grande pensamento “Tente mover o mundo o primeiro passo será mover a si
mesmo.” Pensava em uma ética ideal que ensinava os homens a viver na virtude, ainda que
tenham que sacrificar a si próprios em detrimento do bem comum. [9]
Sócrates, tenha a crença de que bastava saber o que é a bondade para ser bom. Para Sócrates, o
conhecimento daquilo que era bom já bastava para começar a andar nos caminhos da bondade.
Continua dizendo que o saber fundamental é o saber a respeito do homem. Sobre essa ideia, o
pensador disse: “Conhece-te a ti mesmo” e “ só sei que nada sei”. [9]
Podemos notar aqui que desde os primórdios vários homens já pensavam numa sociedade com
princípios, normas e regras de convivência. Através do conhecimento daquilo que era bom a se
fazer, e o cumprimento daquilo que se sabe que é bom e que poderíamos mover a sociedade ou o
mundo. Sem deixar de lado a virtude e a misericórdia entre os membros da sociedade.
2.2. Conceitos Fundamentais
2.2.1. Comportamento
Comportamento por sua vez significa o modo de comportar-se. Comportar-se é o modo de
suportar-se, conter-se e compreender-se em si, admitir-se e tolerar-se. (Milcent, 2014)
2.2.1. Ética
Ética é o domínio da filosofia que procura determinar a finalidade da vida humana e os meios de
a alcançar. Ciência que tem por objectivo um juízo de apreciação com vista a distinção entre o
bem e o mau; a moral, ciência da moral; ciência relativa aos costumes. (Dicionário da língua
portuguesa , 1999)
A palavra ética vem do grego ethos, que significa hábito ou costume, aludindo, assim, aos
comportamentos humanos. A ética é responsável pela investigação dos princípios que orientam o
comportamento humano. O seu objecto de estudo é o juízo de apreciação que distingue o bem e o
mal, o comportamento correcto e o incorrecto. (CARAPETO & FONSECA, 2012)
2.2.2. Moral
A ética tem a mesma raiz etimológica que a moral, só que esta deriva da palavra latina mores
(que também significa costumes). Todavia, a ética tem um significado mais amplo do que a
moral. Moral é um conjunto de regras, valores e proibições vindos do exterior ao homem, ou
seja, impostos pela política, a religião, a filosofia, a ideologia, os costumes sociais, que impõem
ao homem que faça o bem, o justo nas suas esferas de actividade. (CARAPETO & FONSECA,
2012)
2.2.3. Costumes
Os costumes são formas de pensar e de viver partilhadas por um grupo. Assentam em regras
informais e não escritas que regem as práticas do grupo e que traduzem as suas expectativas de
comportamento. Referem-se a valores partilhados, a usos comuns a um grupo ou uma época e
que resultam da experiência e da história. Muitas vezes actualizam os valores sociais.
(CARAPETO & FONSECA, 2012)
2.2.4. Deontologia
Deontologia é o estudo dos deveres especiais de uma situação, particularmente das diversas
profissões. Provem do grego déon, déontos, <<o dever>>+logos, <<tratados>>+ia. (Dicionário
da língua portuguesa , 1999)
O termo “deontologia” foi criado pelo filósofo inglês Jeremy Benthm, em 1834, deriva do grego
deon [o que é obrigatório] e de logos [teoria, ciência] conforme Japiassu e Marcondes, tanto pela
época em que foi criada - um momento histórico de exacerbação do liberalismo político e
económico [FRANCISCO SOUZA].
2.2.4. Associativismo
Associativismo é uma doutrina que preconiza a livre associação de pequeno grupo de produtores
como solução para problemas socioeconómicos; sistema dos que se agrupam em associação ou
lhes atribuem um papel económico de relevo (de associativo+ismo). (Dicionário da língua
portuguesa , 1999)
Segundo (ROMEU, 2002), associativismo é qualquer iniciativa formal ou informal que reúne um
grupo de organizações ou pessoas com o objectivo de superar dificuldade e gerar benefícios
económicos sociais, científicos, culturais ou políticos.
2.2.5. Profissão
A expressão profissão significa “acto ou efeito de professar”, ou, ainda, “actividade ou ocupação
especializada, da qual se podem tirar os meios de subsistências”.
2.3. Ética Profissional
Com base nas definições acima citadas sobre ética, a ética profissional seria o conjunto de
valores, normas e conduta que conduzem e conscientizam as atitudes e o comportamento de um
profissional na organização, ou seja, esta é a aplicação da ética ao exercício de uma profissão.
Segundo (Amendoeira, 2012), abordar esta temática, implica a mobilização a partir dos eixos da
ética da profissão, tal como referido antes, reforçando que a ética profissional implica:
A discussão sobre o papel da ética na vida profissional é uma discussão natural, porque são
evidentes as suas ligações às pessoas e ao ambiente. Os projectos de engenharia quaisquer que
sejam não têm significado fora dos seus contextos sociais, económicos e ambientais. Assim, o
engenheiro deve estar apto a considerar as consequências, esperadas e inesperadas, das suas
acções. (CARAPETO & FONSECA, 2012)
Entretanto, podemos definir a Ética na engenharia como não sendo o estudo daquilo que os
engenheiros podem fazer, mas o estudo daquilo que os engenheiros devem fazer, atendendo aos
impactes sociais e ambientais do desenvolvimento tecnológico. (CARAPETO & FONSECA,
2012)
Para além da experiência e autonomia em uma área de actuação, o profissional deve apresentar
uma conduta ética, para conquistar mais respeito, credibilidade, confiança e reconhecimento de
seus superiores e colegas de trabalho.
O código de conduta define os comportamentos a adoptar e explicita claramente as condutas a
evitar, bem como, reflecte e define os princípios éticos a adoptar e facilita a tomada de decisões
por parte dos membros do grupo.
Os profissionais e empresas prezam por valores e princípios éticos, tais como: Assiduidade,
Honestidade, Humildade, Iniciativa, Lealdade, Obediência, Pontualidade, Respeito,
Responsabilidade, Valorização profissional, etc.
É conveniente que a empresa tenha um código de conduta ética, para orientar os seus
colaboradores de acordo com as normas e postura da organização. O código de ética facilita a
adaptação do colaborador e serve como um manual para boa convivência no ambiente de
trabalho.
Em suma, a ética profissional é indispensável de qualquer profissão que se queira ser digna de
confiança pública. E através da ética profissional surge a deontologia. [3]
Abaixo, iremos mostrar alguns códigos deontológicos dos deveres do engenheiro para com a
comunidade, entidade empregadora e para com o cliente, e no exercício da sua profissão.
Alguns deveres do engenheiro para com a entidade empregadora e para com o cliente
O Engenheiro deve contribuir para a realização dos objectivos económicos e sociais das
organizações em que se integra, promovendo o aumento da produtividade, a melhoria da
qualidade dos produtos e das condições de trabalho. [8]
O Engenheiro deve respeitar o segredo profissional e de informações confidenciais
obtidas no exercício das funções, salvo se, em consciência, considerar poderem estar em
sério risco exigências de bem comum e interesse público, e nunca em benefício próprio.
[8]
Segundo (CREFITO, 2015) citado (BALEN, 2016), “as associações são organizações que tem
por finalidade a promoção de assistência social, educacional, cultural, representação política,
defesa de interesses de classe”. [4]
3. Conclusão
A humanidade desde os seus primórdios sempre se manteve numa interacção entre as pessoas
que a configuram e pela natureza, deve viver em comunidade onde poderá fazer a troca de
pontos de vista, ou seja, associativismo refere-se a associação de organizações ou pessoas
tornando-se assim um corpo em busca de satisfazer o mesmo objectivo por meio de cooperação.
Para esta vivência e convivência exige-se ao homem o cumprimento de determinadas normas,
princípios e regra (deontologia). Estes procedimentos resumem-se nas normas de conduta que
cada ser vivo deve respeitar pois as mesmas estão estabelecidas pela própria sociedade na qual se
encontra inserido. No entanto, é definida a deontologia como a ética de obrigação, sendo a ética
a ciência que estuda a conduta humana.
[1] MILCENT, Paul Fernand. Etigenia: Ética, Moral e Engenharia. Análise do Ethos para
Engenheiros. 1ª edição, Curitiba, 2014.
Documentos Consultados
Sites consultados
[9] ROCHA EGG, História da Ética. [online]. Disponível na Internet via correio electrónico:
http://www2.videolivraria.com.br/pdfs/11675.pdf. Março, 2018.
[10] YOBA, Carlos Pedro. Ética e deontologia profissional do professor universitário. [online].
Disponível na Internet via correio electrónico:
https://www.webartigos.com/artigos/concepcoes-eticas-e-deontologicas-na-formacao-de-
professores-reflexoes-sobre-corrupcao/108204. Março, 2018.
Índice
1. Introdução ................................................................................................................................... 1
1.1. Objectivos............................................................................................................................. 2
2.2.4. Associativismo............................................................................................................... 5
3. Conclusão.................................................................................................................................. 11
4. Bibliografia ............................................................................................................................... 13