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Legislação de empresas Moçambicanas

Alfredo Xavier Mazive


alfredomazive83@gmail.com 846945015

Donaldo Bartolomeu Nzango


Donaldo9meu@gmail.com 841295006

Francisco José Tembe


Franciscotembe89@gmail.com 846244237

Isaías Bartolomeu Sambga


isambga@gmail.com 845935293

Resumo

As empresas actuais devem constituir uma boa qualidade para não deixar preocupações de qualquer
empresa que quer sobreviver no mercado actual. A política de investimento nacional vem atrair novos
investimentos responsáveis pelo crescimento que o país tem verificado. O controlo de qualidade total,
um sistema gerencial que envolve todas as pessoas de todos os níveis da empresa, mostra ser uma
alternativa bastante eficaz para obter os níveis de qualidade desejáveis pelos clientes e ter agilidade para
acompanhar as mudanças rápidas do mercado.

Palavras – chave: Empresas Moçambicanas, abertura de empresas, leis.

Abstract

The current companies should constitute a good quality for not leaving concerns of any company that
wants to survive at the current market. The politics of national investment comes to attract new
responsible investments for the growth that the country has been verifying. I control him/it of total
quality, a managerial system that it involves all of the people of all of the levels of the company, display
to be a quite effective alternative to obtain the desirable quality levels for the customers and to have
agility to accompany the fast changes of the market.

Key-Words: Moçambican Companies, sections of economical activities, companies.


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1. Introdução

O presente trabalho aborda sobre a empresa nos últimos anos, a tecnologia cresceu significativamente nas
empresas tanto em relação operacional como estratégico. Esse crescimento foi grande devido à busca
desenfreada de empresas para alcançar o sucesso.

Dentre as coisas que os seres humanos consideram de maior importância podem se destacar os tipos de
empresas, característica.

2. Legislação de empresas moçambicanas


2.1. Termos legislativos no contexto empresarial
Legislação: é o conjunto das normas escritas emanadas pelo poder do estado (Lei). As espécies de
normas Jurídicas são a Constituição da República, leis complementares, leis ordinárias, medidas
provisórias, leis delegadas, decretos legislativos, resoluções, decretos regulamentares.
Decreto: acto normativo instituído pelo presidente da república e aceito por ministro de estado a fim de
regulamentar ou complementar uma lei.
Imposto: tributo reservado a atender necessidades da administração pública.
Legalidade: o que está conforme os procedimentos jurídicos reconhecidos. De acordo com a lei.
Lei: é uma norma jurídica ou seu conjunto, criadas através dos processos próprios do ato normativo.
Estado de direito significa que todos os indivíduos de uma nação estão sujeitos ao cumprimento das leis.
Os governos democráticos exercem a autoridade por meio da lei e estão eles próprios sujeitos ao seu
cumprimento.
Taxa: é a espécie do género tributo. É o valor que o contribuinte paga ao estado em face da utilização
efectiva ou potencial de um serviço público específico e divisível. As taxas só podem ser cobradas se os
serviços estirem postos à disposição do contribuinte ou sendo prestados efectivamente a ele.
Empresa: é uma actividade económica explorada por pessoa, constituída pela produção e circulação de
bens e serviços para o mercado. A empresa pode ser legalmente exercida por uma sociedade (pessoa
jurídica) ou por pessoa natural (empresa individual).

2.2. Licenciamento de Empresas


O licenciamento culmina com a emissão de um alvará ou licença, documento comprovativo da habilitação
do seu titular à prática da actividade comercial requerida.
A falta da referida autorização no exercício da actividade comercial é classificada como comércio ilegal, e
arrasta como consequência a punição com pena de multa, suspensão ou encerramento do estabelecimento,
consoante a gravidade do caso, e sem prejuízo de outras penas previstas na demais legislação vigente. A
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sua aplicação competirá ao Inspector Geral do Ministério da Indústria e Comércio, ao Director Provincial
da Indústria e Comércio e ao Administrador Distrital.
Os estabelecimentos comerciais estão sujeitos a fiscalização avisada, com carácter educativo e a
fiscalização não avisada, sempre que tal se justifique para o correcto funcionamento do sector comercial
ou em caso de denúncia de irregularidades

 A licença para o exercício da actividade comercial pode ser concedida a pessoas singulares
nacionais ou estrangeiras com residência fixa em Moçambique e a sociedades comercias
devidamente registadas na República de Moçambique.
 Podem ser operadores do comércio externo, tanto os nacionais como estrangeiros. As empresas
estrangeiras podem exercer em paralelo a actividade de operador de comércio externo, desde que
possuam licenciamento de representação estrangeira sob forma de agenciamento.
Poderão ser qualificados como operadores do comércio externo as seguintes entidades:
a) Comerciantes com alvará emitido pelo Ministério da indústria e comércio que inclua a importação e
exportação;
b) Agentes económicos com autorização para o exercício de uma actividade produtiva, emitida pelo
respectivo órgão superintendente da área;
c) Projectos de desenvolvimento ou reabilitação devidamente confirmados pelos órgãos competentes do
Estado;
d) Organizações não governamentais e confissões religiosas com projectos aprovados pelos órgãos
competentes do Estado.
Nota : só poderão registar-se como exportadores os operadores referidos nas alíneas a) e b).
Sendo constatado o cumprimento integral das leis e regulamentos em vigor, pelo beneficiário e sem
prejuízo das fiscalizações resultantes de denúncias e qualquer tipo de situação de flagrante delito, as
autoridades de fiscalização emitem uma certidão de isenção de fiscalização com validade de 6 (seis)
meses.
Estão isentos do registo como operadores do comércio externo as seguintes entidades:
a) Os que se enquadram no regime simplificado de importações;
b) Importação de bens para o uso próprio;
c) Importação de amostras de artigos de propaganda e publicidade, sem valor comercial, efectuado por
empresas domiciliadas em Moçambique.

2.2.1. Economia antiga


A economia antiga era baseada principalmente na agricultura de subsistência.[6]
A Revolução Industrial diminuiu o papel da a agricultura de subsistência, convertendo-a ao processo
capitalista de produção, de forma que as fazendas passaram a ser mais extensas e monocultoras nos
últimos três séculos. O crescimento econômico se deu na maior parte na mineração, na construção civil e
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na indústria manufatureira. Nas economias contemporâneas uma parcela cada vez maior da economia
corresponde ao setor de serviços, o que compreende o setor financeiro e de tecnologia - componentes da
chamada economia do conhecimento.[6]
2.2.2. Economia moderna
Nas economias modernas há três setores principais de atividade econômica:
 Setor primário: Compreende a extração e produção de materiais crus, como milho, carvão,
madeira e ferro.(Um mineiro e um pescador seriam trabalhadores do setor primário.)
 Setor secundário: Compreende a transformação de materiais crus ou em grau de processamento
intermediário em bens de produção ou de consumo, por exemplo, aço em carros, ou tecidos em
roupas. (Um pedreiro e uma estilista seriam trabalhadores do setor secundário.)
 Setor terciário: Compreende o fornecimento de serviços para as empresas e para os
consumidores, como creches, cinemas e casas de loteria. (Um vendedor de supermercado e um
contador seriam trabalhadores do setor terciário).[6]

3. Actividade económica em Moçambique


Depois de 1975 que o governo de Moçambique tem vindo a dinamizar vários sectores de actividade. O
país expandiu os cuidados primários de saúde às zonas rurais e introduziu a educação, alargada a todos. A
preocupação principal eram os programas de desenvolvimento. Todavia, nessa altura, a exploração de
recursos no subsolo era inexistente. No início do ano 2000, o sector primário começa a impulsionar a
actividade económica. No período de 2003 a 2004, a tendência da actividade económica foi praticamente
sustentada pelo sólido desempenho das indústrias extractivas e manufactureiras (PEA, 2002). O regime
tributário começa a ser reformado com vista a oferecer os vários benefícios associados para atracção do
Investimento Directo Estrangeiro. A política de investimento nacional vem atrair novos investimentos
responsáveis pelo crescimento que o país tem verificado. Moçambique tem acomodado taxas de
crescimento em média de 7% ao ano. A actividade económica, em 2013 e 2014, foi similar aos anos
passados, tendo fixado taxas de crescimento de 7.3% e 7.4, respectivamente, a tabela 1 que fala da
contribuição sectorial para o PIB. [1]

Sectores de Actividade 2012 2013 2014


Sector Primário
Agricultura 5.4 3.5 7.0
Industria Extractiva 39.3 15.7 11.5
Pesca 7.6 4.0 6.3
Sector Secundário
Electricidade e Agua -2.4 5.5 9.2
Indústria Transformadora 4.6 2.1 14.8
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Construção 10.4 10 11.3


Sector Terciário
Comércio e Serviços 6.3 5.1 7.5
Hotelaria e Restauração -0.4 8.4 -3.0
Transportes e Comunicação 11.2 12.3 3.1
PIB 7.2 7.3 7.4
Tabela 1. Contribuição Sectorial para o PIB. [2]

3.1. Características do sector económico Moçambicano


Agricultura
A agricultura representa cerca de 20% do PIB e emprega mais de 78% da força de trabalho. Este facto
enfatiza a natureza dual deste sector: a convivência da agricultura de subsistência com a agricultura de
rendimento. As principais culturas são: milho e mandioca no que respeita às culturas de subsistência;
açúcar, algodão e caju no âmbito das culturas de rendimento. O tabaco e o arroz são culturas em
expansão, enquanto o caju revela sinais de retracção. [5]

As principais culturas de rendimento são: açúcar (líder no sector), algodão, tabaco, com forte
crescimento, e caju. O Norte exporta para outros países da região o seu excesso de produção, enquanto o
Sul importa do exterior os alimentos que carece, colocando um entrave natural ao desenvolvimento de um
mercado interno integrado de bens agrícolas.[5]

Para além das culturas de rendimento tradicionais, têm vindo a ganhar relevância novas culturas de maior
valor comercial, designadamente:

citrinos, óleos (particularmente associados ao girassol) e produtos hortícolas. O tabaco tem-se vindo a
assumir como cultura fundamental, disputando com o algodão a liderança das exportações. O sector
florestal é igualmente fundamental para a economia moçambicana, dada a riqueza e diversidade da
florestal local. O país dispõe de uma área para floresta estimada em 19 milhões ha. As madeiras tropicais
são as mais valiosas e a exportação de madeira não processada representa cerca de 2% do total das
exportações. [5]

Pescas
Recentemente, têm vindo a realizar-se investimentos estrangeiros em aquacultura. Apesar do domínio do
camarão, existem capturas de outras espécies, inclusivamente de peixes de água doce. A queda dos preços
internacionais do camarão temcondicionando a evolução deste sector, que revela sinais de estagnação.[2]

Indústriaextractiva
Moçambique desfruta de consideráveis potencialidades de exploração mineira. Destaca-se o aumento da
produção de carvão com a modernização da principal mina. Prevê-se a intensificação dessa expansão com
a concretização do projecto de Moatize da Companhia do Vale do Rio Doce, que envolve a exploração da
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mina de carvão e a construção de uma central termo-eléctrica. O seu início de laboração está previsto para
2010, prevendo-se até lá a reabilitação da linha férrea entre Beira e Tete. Foi inaugurado o projecto
conhecido por Areias Pesadas (titânio) de Moma. [5]

A prevista actividade de prospecção de petróleo e gás natural ampliou-se, sobretudo na Bacia do Rovuma.
Relativamente à produção de gás natural, a Sasol tem planos de duplicação da produção actual nos
próximos anos. Para além do gás natural, carvão e titânio, Moçambique dispõe de outros recursos
minerais como: mármore, grafite, bauxite, ouro e pedras preciosas (granadas, esmeraldas, águas marinhas,
turmalinas, etc).

Indústria manufactureira
Aquando da independência, Moçambique dispunha de uma base industrial relativamente diversificada.
Entre 1995-97, o output industrial expandiu-se, em termos reais médios, em 11%. Esta expansão acelerou
com o surgimento da Mozal em 2000. No seu primeiro ano de funcionamento, 2001, a produção industrial
aumentou 33%.A indústria transformadora representa, aproximadamente, 16% do PIB, embora 70% do
seu contributo para o PIB seja produção da Mozal. Aliás, o forte crescimento deste sector nos últimos dez
anos (em 1996 correspondia a apenas 8.5% do PIB) deveu-se à criação da Mozal.[2]

A Petromoc (Petróleos de Moçambique) , num consórcio com a empresa sul-africana Cofamosa, planeia
investir 150 milhões de dólares numa fábrica de bioetanol em Moamba e o grupo Nutasa está a construir
uma unidade semelhante em Maputo.[2]

Construção
O sector da construção representava, em 2006, cerca de 8% do produto interno, fortemente influenciado
pelo surgimento dos mega- projectos e pelo plano de reabilitação de infra-estruturas do Estado, que inclui
obras públicas de grande envergadura, designadamente as pontes sobre os rios Zambeze e Rovuma. No
último ano, este sector registou um crescimento real de 23% impulsionado pela concretização do projecto
Moma de exploração de titânio e projectos de reabilitação urbana, sobretudo no segmento residencial.[2]

Serviços
O sector dos serviços gera cerca de 46% do PIB, com destaque para o comércio que representa
aproximadamente 20% do PIB. Em 2006, cresceu cerca de 6.5% em termos reais (25.8% em termos
nominais), com destaque para os sectores de transportes e comunicações (21.6%) e restaurantes e hotéis
(15%). O crescimento dos transportes está directamente relacionado com a melhoria das redes rodoviária
e ferroviária, bem como a construção de pontes e o aumento da oferta de autocarros públicos, tendo
igualmente sido inauguradas novas rotas aéreas regionais. O sector do turismo e lazer emprega mais de 35
000 trabalhadores que compara com 19.600m 1990. O número de hotéis e estabelecimentos turísticos
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ascende a 5.000 contra 1.075 também em 1990. Em 2006, as receitas de turismo estimavam-se em 144
milhões de dólares face a 108 no ano anterior. O número de visitantes tem vindo a aumentar em
conformidade, tendo atingido as 711 000 entradas internacionais que comparam com apenas 150 000
em1995. Contudo, a maioria destas entradas não serão turistas propriamente ditos, mas em grande
número, visitas de negócios.[2]

Figura. A Principais ramos de actividade de PIB em 2018. [4]


4. Empresas
4.1 Definição
É uma organização económica destinada a produção ou venda de mercadorias ou serviço, tendo em geral
como objectivo o lucro. [1]

4.2. Classificação das empresas Moçambicanas


Em Moçambique, ainda existem diferentes definições de tamanho de empresas. Por exemplo: O Instituto
Nacional de Estatística (INE) considera uma pequena empresa aquela que emprega entre 1 a 9
trabalhadores e a média empresa aquela que emprega entre 10 a 99 trabalhadores. Ministérios e
instituições também usam outras definições ou limites para definir politicas, por exemplo nas leis e
decretos.Em Moçambique, no ano 2011, o Estatuto Geral das MPME (Micro Pequenas e medias
empresas) foi aprovado. O Estatuto de 2011 definem as MPME em termos do número de empregados e
de volume de negócios, como ilustrado na tabela abaixo.[4]

Classificação Número de Trabalhadores Volume de Negócios (MZM)

Micro Empresa 1–4 <1,200,000.00

Pequena Empresa 5 – 49 1,200,000.00 <– 14,700,000.00


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Média Empresa 50 -100 14,700,000.00 <– 29,970,000.00

Tabela 2.Tamanho de empresas segundo o MPME.

Além da PME, também merece uma particular atenção o sector informal ou a “empresa familiar” em
Moçambique, que é reconhecido na estabilização e como contribuinte no crescimento das economias
africanas e dos países em desenvolvimento em geral.[4]

5.Conclusão

As empresas mocambicanas actaualmente existem diferentes definicoes de tamanho no qual o instututo


nacional de estatistica (INE) destingue uma peguena empresa onde varia de 1 a 9 trabalhadores e media
varia de 10 a 99 trabalhadores e grandes empresas a partir de 100 trabalhadores , com o decorrer dos
anos, deixou de ser somente uma característica diferencial para as empresas e passou a ser uma grande
ferramenta para conhecer cada vez mais as necessidades dos clientes e alavancar as vendas.

6. Bibliografia
Documentos usados
[1] MUSSAGY. Ibraimo, Revista Electrónica de Investigação e Desenvolvimento, Maputo, 2015;
[2] RAMOS. Bruno Augusto, Caso de sucesso - Governança Empresarial de Tiradentes.SEBRAE, 12
2015;
[5] CASALINHO. Cristina, Mocambique: Estudo economicos e financeiros, Maputo, 2017;

Livros usados
[3] MIRANDA. Aurélio, Dicionário em Português, Brasil, 2007;

[4] Dr. KAUFMANN. Friedrich, Katharina Braun Pequenas e Médias Empresas em Moçambique
,Situação e Desafios, Maputo, 23 de Março de 2016;

Site consultado
[6] https://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_de_Moçambique, acessado em: 27 de Agosto de 2019;

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