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Projeto Mecânico de

Linhas de Transmissão

Alunos:
Bruno Rebelo
Caroline Gomes
Daniela Coelho
Douglas Gomes
Leonardo Silva
Elementos básicos para projeto mecânico
de LT aérea
 Para iniciar o projeto mecânico das linhas de transmissão,
leva-se em conta alguns itens definidos em estudos de
otimização inicial, que tem em vista menor custo de
investimento e perdas, com maior transferência de energia
(menor kWh de transferência).
 A otimização inicial define a classe de tensão, tipos de
estruturas, bitolas, composições dos condutores e para-raios,
composição da cadeia de isoladores, etc.
 Projeto mecânico de um LT são determinação de todos os
esforços atuantes, sobre o elementos, com
Considerações sobre a segurança das LT
nos cálculos mecânicos
 Nos estudos mecânicos de LT, são estabelecidas algumas
hipóteses, como:

Ø Estabelecer alguns valores das solicitações mecânicas,


normais e anormais, que poderão incidir sobre as estruturas
no decorrer de sua vida útil, principalmente aquelas, que
por sua maior intensidade ou maior duração, mais solicitam
os materiais empregados.
Ø Analisar o comportamento dos materiais a serem
empregados, face aos tipos de solicitações que serão
Considerações sobre a segurança das LT
nos cálculos mecânicos
 Para elevar o fator de segurança em uma LT, quanto menor for a relação de carga de
ruptura/solicitação máxima atuante, porém isso aumenta o custo do empreendimento, então
defini-se um risco de falha aceitável, definido conforme:

 Onde:P(L) Curva cumulativa de distribuição das suportabilidades de uma estrutura


pertencente a um lote de estruturas. A posição da curva é determinada pela carga de 90%
das estruturas de um mesmo lote quando submetidos a uma carga igual a L1.
 f(L) Distribuição de valores extremos - Velocidades máximas de ventos responsáveis pela
solicitação, a posição relativa da curva é definida pelo período de retorno de um vento
maior ou igual a carga L1.
 Pela norma IEC considera-se 3 classes para o risco teórico de falhas, que variam conforme
sua importância no sistema.
P
f
P(L)
o
fo (L)

P(L1)

RISCO DE FALHA R L
L1

Figura – Risco de Falha de uma estrutura


Considerações sobre a segurança das LT
nos cálculos mecânicos
 Alem dessas analises quanto a força mecânicas, temperatura, deve ser levado em conta
um estudo de vibrações e tensões dinâmicas nos cabos que apesar de serem muito
menores em relação a esforços estáticos, em virtude de sua qualidade alternativa deva ser
estudado.
 O problema de vibrações está se tornando tão importante que a norma alemã para a
construção de LT VDE 0210, alerta quanto ao perigo da ocorrência dessas vibrações e traz
recomendações quanto a redução de tensão máxima admissível ou eliminar o efeito
danoso desse tipo de fenômeno.
 As vibrações típicas observadas até o momento são:

Ø Eólicas (de ressonância)


Ø Longitudinais (galopping)
Ø De rotação.
Dados iniciais

 Para efetuar corretamente o dimensionamento


adequado de um projeto mecânico de linha é
necessário determinar todos os esforços atuantes sobre
os elementos que compõe a referida linha de
transmissão.

 Algo
essencial para o correto dimensionamento da linha
é o conhecimento das condições climáticas
características da região onde a linha de transmissão
Métodos estatísticos e Informações
meteorológicas
 Obtenção dos dados Meteorológicos:

Ø Posto situado na região de implantação do


empreendimento em questão.
Ø Cartas meteorológicas do país.

 Dados Obtidos.
Métodos estatísticos e Informações
meteorológicas
Cálculos das médias dos dados do rol obtido na amostragem;

  

 Cálculo do desvio-padrão de cada conjunto de dados;


Carta meteorológica
Média das temperaturas mínimas diárias

Linha de 500 kV

Exemplo:
 
Cálculo das temperaturas
  As temperaturas máxima e mínima apresentadas são
determinadas para uma probabilidade de 2% a ser igualada
ou excedida (máxima), ou ocorrer um valor menor (mínima).
Ambas para um tempo de retorno T de 50 anos.
Norma Brasileira - NBR 5422/1985
 Válida para os níveis de tensão entre 38kV e 800kV.

 Decretos:

Ø N° 84398 de 16.01.1980 – Ocupação de espaços por linhas de transmissão.


Ø N° 86859 de 19.01.1982 – Alteração do decreto anterior.
Ø N° 83399 de 03.05.1979 – Referente a zonas de navegação aérea.

 Definições
Simbologia padrão
 = pressão dinâmica de referência, em ;


 = Velocidade básica de vento, em ;
 = Velocidade do vento para período de retorno, em ;
 = Velocidade do vento de projeto, em ;
 = Coeficiente de efetividade da pressão do vento, adimensional;
 = Distância de segurança, em ;
 = Expoente de correção da altura para a velocidade do vento, adimensional;
 = Tensão máxima de operação da linha, valor eficaz fase-fase, em ;
 = distância, em , numericamente igual a ;
 = altura sobre o solo, em ;
 = Flecha do condutor na condição de trabalho de maior duração, em
 = Largura da faixa de segurança, em ;
 = Período de retorno, em ;
Linha de transmissão

Vãos
 
 
Flechas

 
 
Alturas
Torres
   
Linha de transmissão

 
 

   

Vão de vento
 

Vão de peso
 
Velocidade dos ventos

 Fatores
  que influenciam a
determinação da velocidade do
vento de projeto.

Ø Rugosidade do solo ():

“Quanto maior a rugosidade, maior


será a turbulência do vento próximo ao
solo e menor sua velocidade.”

Ø Distância e relação ao solo ():


Velocidade dos ventos

 Cálculo
  do vento de projeto:

 O vento básico é o vento médio calculado pelo método estatístico. Caso


seja necessário, pode ser calculado para um , conforme apresentado
anteriormente.

 , também pode ser calculado pela fórmula a seguir valendo-se da


distribuição de Gumbel.
Distribuição de Gumbel

 
Estimador
Velocidade dos ventos

 Calculado
  o vento de projeto, calcula-se em seguida a pressão
dinâmica de referência () sobre os elementos da linha conforme a
fórmula a seguir:

é a massa específica do ar, em .

 A massa específica do ar pode ser calculada conforme a seguinte


fórmula:
Hipóteses de Cálculo

 As hipóteses de cálculo são feitas a partir de uma hipótese de carga associada a


uma restrição ao uso de materiais.
 Em projetos de LT’s no Brasil adotam-se, no mínimo, as seguintes hipóteses de
carga (ou de solicitação):
› Hipótese de Carga de Maior Duração

› Hipótese de Carga de Flecha Mínima

› Hipótese de Carga de Flecha Máxima

› Hipótese de Máximo Carregamento (Carga de Vento Máximo)


Hipóteses de Cálculo
 Para cada uma das hipóteses existem limitações nas taxas de trabalho dos
materiais nos diversos elementos das LT’s.
 Para os cabos condutores e cabos para-raios, a NBR 5422/1985 estabelece que:
“na condição de trabalho de carga de maior duração”, caso não tenham sido
adotadas medidas de proteção contra os efeitos da vibração, deve-se limitar o
esforço de tração nos cabos aos valores máximos indicados na tabela:
Carga de Ruptura
Tipos de Cabos
(%) Carga de Ruptura
Aço AR 16
Aço EAR 14
Aço-Cobre 14
Aço-Alumínio 14
CA 21
CAA 20
CAL 18
CALA 16
CAA-EF 16
Fatores que afetam as Flechas
Máximas
 A flecha a ser usada para definir a catenária deverá ser a maior flecha que
poderá ocorrer durante a “vida útil” da LT.
 Essa flecha terá seu valor em função do comprimento do cabo quando suspenso,
considerando:
› Variações em função de sua temperatura

› Alongamento permanente que irá sofrer


Fatores que afetam as Flechas
Máximas
 Temperatura Máxima
› O valor da temperatura máxima deverá ser determinado em função dos
seguintes fatores:

Temperatura máxima média do ar;

Efeito da corrente máxima coincidente com a temperatura máxima do ar;

Efeito da radiação solar por ocasião da temperatura máxima do ar;

Admite-se um fator de redução na forma de uma brisa de até 1,0 m/s.
Fatores que afetam as Flechas
Máximas
 Características Elásticas
› Os alongamentos permanentes que os cabos das LT’s podem sofrer são
resultado de suas características elásticas. Para o estudo do comportamento
mecânico dos cabos deve-se considerar:

Dimensões físicas;

Carga de ruptura;

Coeficiente de expansão térmica;

Módulo de elasticidade.
Fatores que afetam as Flechas
Máximas
 Os metais utilizados na fabricação dos cabos usados não podem ser considerados
perfeitamente elásticos, pois à elevada relação comprimento/secção, após o seu
primeiro tensionamento, apresentam alongamentos residuais que influenciam os
valores das flechas podendo comprometer as alturas de segurança das LT’s.
Fatores que afetam as Flechas
Máximas
 Deformações

  Plásticas e Modificações no Módulo em Fios Metálicos
› Pela Lei de Hooke podemos

› A curva OAB representa a variação do módulo de elasticidade quando o fio é


tensionado pela primeira vez, sendo constante para valores baixos da tensão (<
), apresentando um valor de para cada valor de . Esta curva é denominada
“curva inicial” e define os módulos de elasticidade no estado inicial.
Fatores que afetam as Flechas
Máximas
 Deformações

  Plásticas e Modificações no Módulo em Fios Metálicos
› Logo, quando um fio metálico é tracionado pela primeira vez, ele tem alterado
seu módulo de elasticidade devido ao fenômeno de “encruamento” (têmpera
por trabalho a frio), sendo acompanhado de um aumento em seu
comprimento. Esse alongamento depende da natureza do material e do valor
máximo da tensão a que foi submetido.
› Se uma nova amostra for submetida a um ensaio até um valor de tensão
correspondente a e esta for mantida constante durante um razoável intervalo
de tempo t, observa-se que o seu comprimento original será acrescido de um
valor proporcional.
Fatores que afetam as Flechas
Máximas
 Deformações Plásticas e Modificações no Módulo em Fios Metálicos
› Esse fenômeno é conhecido na Metalurgia por fluência (ou “creep”) e
representa o “envelhecimento” do material, sendo definido como o
escoamento ou a deformação plástica do material que ocorre com o tempo,
sob carga, após a deformação inicial, resultante da aplicação da carga.
Fatores que afetam as Flechas
Máximas
 Diagrama Tensões x Alongamentos em Cabos
› Em Cabos Mono Metálicos formados pelo encordoamento de certo número de
fios metálicos de mesmo material, o diagrama tensões x alongamentos será
levemente modificado, devido:

Número e arranjos dos filamentos;

Aperto dos fios componentes entre si.
Fatores que afetam as Flechas
Máximas
 Diagrama Tensões x Alongamentos em Cabos
› Observa-se a existência de 2 (dois) módulos de elasticidade:

Módulo de elasticidade inicial, com menor grau de linearidade para valores
baixos de σ e maior grau de linearidade para valores mais altos de σ;
* Ao fenômeno acima se sobrepõe um outro que também provoca elongação nos cabos: fluência (“creeping”).

Módulo de elasticidade final, obtido para valores elevados de tração σ onde
a deformação ocorre em um período curto de tempo (levando um tempo
bem maior com valores baixos de tensionamento σ).
Fatores que influenciam o cálculo das
flechas e trações
 Rigidez dos cabos
Os cálculos das flechas e trações nos cabos das LT’s, considera a
equação da catenária ou equação da parábola com a premissa de
condutores flexíveis e elásticos.
ü Equação da catenária
ü Admite-se peso do condutor distribuído uniformemente ao longo da curva
descrita por ele.
ü Equação da parábola.
ü Admite-se peso do condutor distribuído uniformemente sobre a projeção do
condutor sobre uma linha horizontal.
Fatores que influenciam o cálculo das
flechas e trações
  O cálculo da flecha de um vão é dado por:

Onde:
Fatores que influenciam o cálculo das
flechas e trações
 Influência da temperatura
ü A temperatura dos cabos durante operações de tensionamento
não podem ser determinadas com precisão maior do que 5 °C.
ü Condutores estão sujeitos a variações de temperatura acentuadas:
ü Variação da temperatura ambiente

ü Exposição ao sol

ü Efeito joule (provocado pelo carregamento)

ü Os coeficientes de dilatação linear dos materiais de fabricação dos


cabos são significativos, provocando dilatações e contrações.
ü Como a flecha do condutor em um vão depende do seu
Fatores que influenciam o cálculo das
flechas e trações
Fatores que influenciam o cálculo das
flechas e trações
 Equacionamento
Como a tração T é inversamente proporcional ao valor da flecha
ocorrerá também uma variação no valor da tração, que é avaliada
estabelecendo-se a equação da mudança de estado.

l2  l1  l1   t (t 2 t1 ) (1)
 
Fatores que influenciam o cálculo das
flechas e trações
 Equacionamento
A variação de tensão obedece a lei de Hooke que está relacionada a
elasticidade dos corpos:
l1 (T 02T01 )
Sendo, l  (2)
ES
 
Fatores que influenciam o cálculo das
flechas e trações
  Equacionamento
 T 02T01 
De (1) e (2), temos: l2  l1   t  l1  (t 2 t1 )  l1   (3)
 ES 

Supondo o cabo suspenso nas estruturas, as forças devidas aos seus


pesos passaram a atuar, sendo e os comprimentos calculados por:
  2 2
p a  1 1 
l2  l1   2
 2  (4)
24  T 02 T 01 
Fatores que influenciam o cálculo das
flechas e trações
  Equacionamento
Igualando (3) e (4), e considerando temos:

 T 02 2 T012  p2  a2  1 1 
 t  (t 2  t1 )   
   2  (5)
 ES  24  T 02
2
T 01 
Fatores que influenciam o cálculo das
flechas e trações
  Equação de 3º grau da tração
Manipulando (5), obtém-se o valor de:

 E  S  p2  a2  E  S  p2  a2
 E  S   t  (t 2  t1 )  T01  
3 2
T 02 T 02  2
 24  T01  24
Método de Locação das Estruturas

O processo clássico do projeto de locação das estruturas é gráfico, sendo


feito também atualmente por programas digitais.

A base para esse projeto é o perfil longitudinal do eixo da faixa de


servidão da LT, obtido por meio de levantamento topográfico sendo
usada uma relação de 1: 10 entre as escalas horizontal e vertical, sendo:

 LT’s de até 69 kV: escala vertical → 1 :500; escala horizontal → 1:5000;


 LT’s acima de 69 kV: escala vertical → 1 :200; escala horizontal → 1:2000.
Método de Locação das Estruturas
 O documento Planta e Perfil contém o perfil longitudinal da LT onde são
assinalados os obstáculos e acidentes existentes ao longo da faixa de
servidão e informações como vegetação, natureza e uso do solo,
divisas de propriedades, nomes dos proprietários, etc.

 Igualmente pontos obrigatórios para a LT, como vértices no


caminhamento, pontos de derivação, marcos, referências de nível e
estacas do levantamento topográfico, com suas distâncias progressivas
devem estar assinalados.
O projeto de locação das estruturas ficara completo com a indicação,
no desenho, dos dados constantes.
Método de Locação das Estruturas

 Se o eixo da LT percorre uma meia-encosta, o desenho deve conter


informações quanto à declividade do terreno em sentido transversal ao
seu eixo.

 Com a planta topográfica da LT, pode-se efetuar a locação das


estruturas, com o auxílio de um gabarito confeccionado para esse fim.
Método de Locação das Estruturas

 Marcar no perfil
sobrelevado o local de
implantação dos apoios
e ângulos e fim de linha.
Sugere-se a marcação
com um traço vertical no
perfil, tal como se indica
no desenho, com traços
verticais
Gabarito para Locação de Estruturas

 Dispositivo feito de chapa de material transparente (celulóide ou


acrílico) e que reproduz em escala a curva do cabo (catenária)
suspenso nas condições de flecha máxima e mínima.

 Escolhida a temperatura sob a qual se considera a flecha máxima


pode-se determinar o valor da tração máxima correspondente à essa
temperatura, pela equação da mudança de estado, considerando
nula a ação do vento.
Gabarito para Locação de Estruturas
Exemplos de Gabaritos
Gabarito
Gabarito para Locação de Estruturas
Conhecida a flecha no estado final à temperatura máxima, desenha-se a
curva do cabo nas mesmas escalas do desenho topográfico (o vão na
escala das distâncias horizontais e a flecha na escala das distâncias
verticais).

No gabarito linhas auxiliares temos:


 Sistema de eixos de referência: além do eixo de simetria, é usual
marcar-se:
→ nas laterais: eixos paralelos ao mesmo;
→ nas partes superior e inferior: eixos ortogonais ao mesmo representando
o plano horizontal.
Gabarito para Locação de Estruturas

- linha de terra: traça-se uma curva paralela à curva do condutor a


50°C a uma distância a que, em escala, representa a altura de
segurança h estipulada para a LT. Essa curva é obtida deslocando-se
a curva original pela distância a necessária, ao longo do eixo de
simetria, paralelamente a si mesma. A linha de terra muitas vezes é
usada juntamente ou substituída por uma linha de pé.

- No primeiro caso, traça-se mais uma parábola auxiliar, a uma


distância equivalente H do vértice da original. No segundo caso,
traça-se apenas uma, a uma distância a = H - hs
Métodos de Emprego do Gabarito

 São utilizados 2 (dois) métodos. As locações pela linha de pé e pela


linha de terra.

 São marcadas alturas H' = H - hs nos eixos das estruturas e faz-se a linha
de recorte da curva de flecha máxima tangenciar o ponto assim
determinado e a linha do perfil sendo traçada a curva do condutor. No
ponto em que a curva assim traçada estiver a uma altura
correspondente a H' da linha de solo, este será o local para a nova
estrutura.
Métodos de Emprego do Gabarito
Métodos de Emprego do Gabarito
Métodos de Emprego do Gabarito

Trata-se de um trabalho feito por tentativas, sendo a experiência do


projetista fundamental para o resultado, devendo-se observar os seguintes
aspectos:
 O número total de estruturas deve ser o menor possível assim como o
uso de estruturas com alturas diferentes da adotada como básica;
 Evitar o uso de estruturas especiais;
 Homogeneizar a distribuição das estruturas visando obter vãos de
mesma extensão;
 Evitar vãos adjacentes muito desiguais;
 Evitar a ocorrência de situações de arrancamento.
Métodos de Emprego do Gabarito

A próxima imagem mostra o procedimento a ser seguido visando-se


avaliar esse risco, utilizando-se da curva de temperatura mínima do
gabarito, fazendo-se com que esta curva tangencie os pontos de
suspensão vizinhos. Tem-se 3 (três) situações para a linha do cabo:
 A linha do cabo passa acima do ponto de suspensão da estrutura
considerada:
→ O arrancamento ocorrerá.
 A linha tangencia o ponto de suspensão do cabo à temperatura
mínima:
→ nenhuma força vertical atuará.
 A linha do cabo passa abaixo do mesmo:
Verificação de Arrancamento

 Caso o arrancamento não possa ser evitado devem ser utilizadas nessa
estrutura, cadeias de isoladores de ancoragem.

 Na hipótese da força vertical que age sobre a cadeia de isoladores for


pequena, a inclinação da cadeia de isoladores sob a ação do vento
pode aproximar demasiadamente parte energizadas de partes
aterradas, sendo necessário utilizar-se lastros de chumbo ou de ferro
fundido, suspensos na parte inferior dos grampos de suspensão,
visando-se a garantia de manter esse ângulo no valor requerido.
Verificação de Arrancamento
Dois vãos consideravelmente desnivelados
Considerações para as alturas dos condutores
Considerações para as alturas dos condutores
Métodos de Emprego do Gabarito

 As travessias de rodovias, ferrovias, hidrovias, devem atender a Norma


NB 182/72 e as demandas das Concessionárias/Entidades envolvidas;

 Se utilizadas estruturas de ancoragem intermediárias como pontos de


tensionamento, a localização deve ser em pontos em que o trabalho
de campo seja facilitado;

 Deve ser evitada, por problemas de construção das fundações, a


locação de estruturas em brejos e muito próximas à beira de córregos e
rios;
Condições de Projeto

O que são condições de projeto?


 São as condições de partida necessárias para iniciar um projeto de uma Linha de
Transmissão. Sempre de acordo com a IEC 60826 – International Electrotechnical
Commission: Loading and Strength of Overhead Transmission Lines.
Quais são essas condições? 
 Confiabilidade;
 Parâmetros do Vento;
 Cargas Mecânicas e Fadiga sobres os cabos;
 Cargas Mecânicas sobre as Estruturas;
 Fundações.
Condições de Partida

Confiabilidade
 O nível de confiabilidade do projeto eletromecânico, expresso pelo período de
retorno do vento extremo. Deve ser adotado período de retorno do vento igual ou
superior a 150 anos para LT de tensão nominal igual ou inferior a 230 kV e igual ou
superior a 250 (duzentos e cinquenta) anos para LT de tensão superior a 230 kV. 
Parâmetros de vento
 Para o projeto mecânico de uma linha de transmissão, os carregamentos oriundos
da ação do vento nos componentes físicos da linha de transmissão devem ser
estabelecidos a partir da caracterização probabilística das velocidades de vento
da região, com tratamento para fenômenos meteorológicos severos, tais como,
sistemas frontais, tempestades, tornados, furacões, etc. 
Condições de Partida

Cargas mecânicas sobre os cabos. 


 O cabo deve ser dimensionado para suportar três estados de tracionamento –
básico, de tração normal e de referência –, definidos a partir da combinação de
condições climáticas e de envelhecimento do cabo como se segue.

Fadiga mecânica dos cabos


 Os dispositivos propostos para amortecer as vibrações eólicas devem ter sua
eficiência e durabilidade avaliadas por ensaios que demonstrem sua capacidade
de amortecer os diferentes tipos de vibrações e sua resistência à fadiga, sem
perda de suas características de amortecimento e sem causar danos aos cabos. A
solicitação aos cabos deve ser dimensionada de forma compatível com seu tipo e
sua formação.
Condições de Partida

Cargas mecânicas sobre as estruturas


 Além das hipóteses previstas na IEC, é obrigatória a introdução de hipóteses de
carregamento que reflitam tormentas elétricas. Devem ser previstas
necessariamente as cargas a que as estruturas estarão submetidas nas condições
mais desfavoráveis de montagem e manutenção, inclusive em linha viva.
Fundações
 No projeto das fundações, para atender o critério de coordenação de falha, as
solicitações transmitidas pela estrutura às fundações devem ser majoradas pelo
fator mínimo 1,10. Essas solicitações, calculadas a partir das cargas de projeto da
estrutura, considerando suas condições particulares de aplicação – vão gravante,
vão de vento, ângulo de deflexão, fim de linha e altura da estrutura – passam a ser
consideradas cargas de projeto das fundações. Com isso, as fundações devem ser
projetadas estrutural e geotecnicamente de forma a adequar todos os esforços
resultantes de cada estrutura às condições específicas do solo.
Condições de Governo
Condições de Governo Reais

Condições de Governos Adotadas

As condições de governo para uma LT visam:

§ preparar os gabaritos de locação das estruturas;


§ elaborar as tabelas de esticamento.
§ efetuar os cálculos de flechas e trações;
Condições de Governo
Vão Crítico:
 Chama-se vão critico Lcr ,relativo a uma
dada tensão tmaxt , ao vão para qual os
condutores, supostos esticados e fixados
sob essa tensão, num dos dois estados
atmosféricos Inverno ou Verão, adquirem  =coeficiente de dilatação
térmica do cabo
a mesma tensão tmax quando ficam
 = valor da secção do cabo
sujeitos as condições do outro desses dois ω= peso específico do cabo
estados. Θ = valor de temperatura
m = coeficiente de sobrecarga do
estado atmosférico
Tmax= Tensão máxima (7;9)
daN/mm²
Condições de Governo
Vão Crítico: θ2> θ 1
m2>m1

 No calculo da tensão de montagem recorrendo


m2=m1 Lcr é real
a equação dos estados, e necessário
determinar qual o estado mais desfavorável
entre o de Inverno ou Primavera para, então,
Lcr é
aplica-lo na equação relacionando-o com o infinito
estado de montagem e, assim, determinar qual L>Lcr
a tensão mecânica máxima a que os Lcr é
imaginário
condutores poderão ficar sujeitos na pior das L=Lcr
hipóteses.
 Definindo o estado de Inverno caracterizado
por coeficiente de sobrecarga m1 e
temperatura θ1 e o estado de Verão por 1 1 1 1 ou 2 2
coeficiente m2 e temperatura θ 2 (θ 2 >θ 1 ),
pode ser determinado facilmente o estado mais
desfavorável através da arvore de decisão
apresentada na figura
Condições de Governo
Montagem dos Gráficos:
 Para o cálculo das flechas e trações numa determinada situação do cabo
(temperatura,carga) é utilizada a equação da catenária (funções
hiperbólicas).
 Representa-se por meio de gráficos, o efeito da variação de temperatura
sobre o diagrama de tensões x alongamentos superpondo-os, nas
temperaturas consideradas, às curvas de cargas e de flecha do condutor
para os vãos em estudo, obtendo-se a tração e a flecha em cada
situação.
 O efeito do “creep” e levado em consideração supondo-se que o mesmo
irá se processar à temperatura de maior ocorrência (EDT) durante a vida
útil da LT.
Condições de Governo
Montagem dos Gráficos:
 Os cabos de uma linha de transmissão Īo Δlo Te
sofrem variações contínuas de
Tensão
temperatura. Em um dado instante, a
temperatura do cabo é função da
potência transmitida na linha, Teo
temperatura ambiente, insolação e
outros parâmetros, podendo ser
determinada através da equação de
equilíbrio térmico. Deformação
Δlo
 Essas variações de temperatura
causam variações no comprimento de
cabo entre estruturas e,
consequentemente, variações na
tensão mecânica e flecha do cabo.
Condições de Governo
Montagem dos Gráficos:
 Temperaturas variando entre um Tensão
Tangencial máxima
valor mínimo e um valor máximo,
Temperatura vento
em torno de uma temperatura máximo

média, sem vento;


Temperatura Mínima
 Vento máximo agindo no cabo na
temperatura mais provável quando TEDS
Temperatura Média

da ocorrência de vento máximo;


 Tensão tangencial máxima na Temperatura Máxima

temperatura média (EDS) igual a


determinada percentagem da Vão
carga de ruptura do cabo e igual
para todos os vãos.
Condições de Governo
Montagem dos Gráficos: Temperatura mínima
T

Vento máximo
 Temperatura mínima, sem
vento, tensão tangencial
máxima de projeto;

 Vento máximo, tensão


tangencial máxima de
projeto; vão

EDS

 Temperatura média, sem


vento, tensão de EDS.
Condições de Governo Condutor (temperatura
mínima)

Montagem dos Gráficos:


Acetato

 O gabarito de locação das


estruturas, geralmente em
acetato, onde também é Condutor
incluída a catenária do (temperatura
máxima)
condutor na temperatura
Linhas de terra
mínima de projeto, para a
determinação dos vãos de peso
das estruturas.
Ø Gabarito de locação das Linhas de pés das estruturas

estruturas
Condições de Governo Condutor
(temperatura
máxima)

Montagem dos Gráficos:

 O gabarito de locação das Estrutura

estruturas, geralmente em
acetato, onde também é
Estrutura
incluída a catenária do
condutor na temperatura
mínima de projeto, para a
determinação dos vãos de
peso das estruturas. Distância mínima
Condutor-solo
Ø Utilização Perfil
Bibliografia

 Slides de Aula – CADEIRA LINHAS DE TRANSMISSÃO II - Projeto Mecânico

 https://web.fe.up.pt/~ee02179/index_files/relatorio_de_projecto_provisorio2.pdf

 EDITAL DE LEILÃO NO 06/2011-ANEEL ANEXO 6F – LOTE F

 NBR 5422/1985.

 Projetos mecânicos das Linhas Aéreas de Transmissão – 2ª edição – Editora Edgard


Blücher Ltda,1992.

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