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FICHAMENTO

“ EL ESPACIO, EL TIEMPO, Y EL RACISMO EN LAS PERSPECTIVAS DECOLONIALES: APUNTES


PARA DESCOLONIZAR LOS ESTUDIOS SOBRE MIGRACION INTERNACIONAL”

INTRODUÇÃO

O texto de Erika Herrera Rosales traz um convite para iniciar novos debates sobre os estudos
migratórios. Este campo é entendido como vasto e multidisciplinar, sobretudo, a autora
ressalta que os novos fluxos migratórios e as mudanças conjunturais deste segundo milênio,
trazem a necessidade de buscar novas formas de pensar as migrações, entre estas, a
perspectiva descolonizadora.

A migração internacional passou a compor o cotidiano mundial, ocupando um lugar


significativo nas políticas públicas, nos programas governamentais, nas discussões do direito
internacional e nos meios de comunicação (ROSALES, 2018). Por sua vez, este fenômeno tem
como característica sua alta complexidade e natureza multifacetada, que requer um constante
movimento de aprofundamento teórico a fim de proporcionar uma melhor compreensão do
que são as migrações, sendo fundamental a incorporação e interação com novas fontes de
conhecimento e áreas, e rompendo com as fronteiras disciplinares e criando assim, uma linha
de estudo interdisciplinar.

Como destaca Rosales (2008), a falta de comunicação interdisciplinar acarreta em pouco


conhecimento do que é a migração de fato, o que consequentemente, afeta a criação de
políticas migratórias, que apresentam deficiências severas diante dos numerosos fluxos
migratórios e que produzem distanciamentos entre a política e a realidade e dificultam a
realização de ajustes legais que assegurem politicas migratórias justas, humanas e que deem
conta de suas demandas.

A partir disto, Rosales (2008) enfatiza que é importante criar um campo teórico
interdisciplinar, de forma a abarcar diferentes olhares para um mesmo problema, viabilizando
a criação de soluções e estratégias mediante a uma análise crítica do que acompanha cada
fluxo migratório. Entre as dificuldades de se produzir estudos sobre as migrações nesta
perspectiva crítica, a autora ressalta o papel do Etnocentrismo e a centralização de estudos
migratórios sobretudo na América do Norte e na Europa.

Citado por Rosales, Ramon Grosfoguel em seus estudos evidenciou a tendência a


homogeneização da experiência migratória e a invisibilização de questões como o racismo,
xenofobia e discriminação que estão extremamente arraigados na migração. Diante deste
contexto, Rosales se propõem a tomar as provocações de Grosfoguel como força motriz de sua
busca pela produção de estudos migratórios críticos, partindo de uma perspectiva
descolonizadora.

SUB-TÓPICO: LA PERTINENCIA DEL TIEMPO Y EL ESPACIO PARA REPLANTEAR LA MIGRACION


EM CLAVE DECOLONIAL

Rosales (2008) toma a discussão do tempo e do espaço como fatores que influenciam a
existência dos sujeitos, compreendendo que o espaço e o tempo são compostos por
territórios, e que pertencer a um determinado local altera totalmente a vivência do sujeito,
visto que o espaço possui dimensões geopolíticas.

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