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INTRODUÇÃO
O texto de Erika Herrera Rosales traz um convite para iniciar novos debates sobre os estudos
migratórios. Este campo é entendido como vasto e multidisciplinar, sobretudo, a autora
ressalta que os novos fluxos migratórios e as mudanças conjunturais deste segundo milênio,
trazem a necessidade de buscar novas formas de pensar as migrações, entre estas, a
perspectiva descolonizadora.
A partir disto, Rosales (2008) enfatiza que é importante criar um campo teórico
interdisciplinar, de forma a abarcar diferentes olhares para um mesmo problema, viabilizando
a criação de soluções e estratégias mediante a uma análise crítica do que acompanha cada
fluxo migratório. Entre as dificuldades de se produzir estudos sobre as migrações nesta
perspectiva crítica, a autora ressalta o papel do Etnocentrismo e a centralização de estudos
migratórios sobretudo na América do Norte e na Europa.
Rosales (2008) toma a discussão do tempo e do espaço como fatores que influenciam a
existência dos sujeitos, compreendendo que o espaço e o tempo são compostos por
territórios, e que pertencer a um determinado local altera totalmente a vivência do sujeito,
visto que o espaço possui dimensões geopolíticas.