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DIREITO ADMINISTRATIVO (P2)

Primeiramente, administração pública é a estrutura da organização estatal.


Administração pública direta -> é o conjunto de órgãos integrados de forma
centralizada na estrutura administrativa da União. São eles: o Poder Executivo,
Poder Legislativo, Poder Judiciário, e ainda o Ministério Público (como fiscal da
lei), Defensoria Pública e o Tribunal de Contas da União (orçamento). Atua de
maneira centralizada
Administração pública indireta -> é o conjunto de pessoas jurídicas (com
personalidade jurídica própria) vinculadas à adm. Pública direta. Atuando de
maneira descentralizada. É dividida em Pessoa Jurídica de Direito Público
(autarquias federais) e Pessoa Jurídica de Direito Privado (empresas públicas e
sociedades de economia mista). Deve-se ressaltar aqui que estes possuem
autonomia financeira e administrativa.

Centralização: o Estado executa sua função diretamente (adm. Pública direta)


Descentralização: o Estado executa sua função indiretamente, delegando sua
função a outras entidades (adm. Pública indireta) com personalidade jurídica.
Aqui, cria-se uma pessoa jurídica distinta, sem relação de subordinação. Aqui
transfere-se o poder a outra entidade.
Desconcentração: remete à idéia de desmembramento de órgãos para melhoria
da organização estrutural. A desconcentração ocorre dentro de uma mesma
pessoa jurídica, com relação de subordinação, é a criação de outros órgãos dentro
de uma mesma pessoa jurídica (ex.: poder judiciário). Sem personalidade
jurídica. Aqui, transfere-se a competência à outro órgão, mas não o poder.
ÓRGÃOS PÚBLICOS
São as repartições da pessoa jurídica que é o Estado.
Teoria do órgão (OTTO VON GIERKE): PRINCÍPIO DA IMPUTAÇÃO
VOLITIVA, em que... a vontade da Pessoa Jurídica (Estado) deve ser atribuída
aos órgãos que a compõem, os agentes públicos que integram o órgão, portanto,
ao atuar, manifestam a vontade do Estado, em seu nome. Considerando-se que
aqui o órgão é ente despersonalizado, e que a pessoa jurídica não atua por si só
porque não possui corpo físico.
Órgão Público: é um compartimento da estrutura estatal, responsável por
determinadas funções (competências), integradas por agentes que executam essas
funções e manifestam a vontade estatal. Conferida pela Pessoa Jurídica chamada
Estado aos órgãos públicos.
Obs.: O poder é desconcentrado a partir da criação desses órgãos.
Obs. 2: O agente público está lotado dentro de um órgão público, a competência
não é atribuída ao agente, mas AO ÓRGÃO PÚBLICO. O agente público deve
executar a função, independentemente de quem seja o agente. Além disso, o
Estado é imputável por ação de agente pública apenas quando este encontra-se no
exercício de sua função administrativa (lotado em órgão público), mesmo quando
este não passou por nenhum concurso para ocupar aquele cargo, sendo por livre
ou espontânea vontade, ainda é imputável ao Estado. (Ex.: organizador de
transito).
Criação e Extinção: só é possível quando permitido por lei, através de iniciativa
do Chefe do Poder Executivo.
Personalidade Jurídica: Os órgãos são entes despersonalizados. A
personalidade jurídica, que dá legitimidade para atuar em juízo, só é atribuída a
órgão em casos excepcionais, quando não há relação de hierarquia, e um está
impedindo o outro de alguma maneira de executar suas funções administrativas,
então, nestes casos apenas é concedido personalidade jurídica a esses órgãos para
resolver o litígio.

TEORIAS DA CARACTERIZAÇÃO DO ÓRGÃO PÚBLICO


1) Teoria Subjetiva: redutível à figura do agente pública, não se sustenta
porque se extinto o agente, extinto está o órgão.
2) Teoria Objetiva: o órgão como instrumento único da adm., aqui se
desconsidera totalmente o agente, que é essencial à função adm.
3) Teoria Eclética: ACEITA, sendo o feixe de competência na qual os
agentes públicos desempenham suas funções (atribuições).
CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS
1) Órgãos INDEPENDENTES: primeiramente, são os órgãos
imprescindíveis à estrutura de organização estatal, se trata do Poder
Legislativo, Judiciário, e Executivo, e ainda o Ministério Público,
Defensoria Pública e Tribunal de contas da União. Esses órgãos não
possuem hierarquia entre si, pois se encontram no topo da estrutura
hierárquica, o poder é desconcentrado a partir de cada um deles, e eles tem
prerrogativa de decidir sobre seu próprio orçamento. (São compostos por
agentes políticos)
2) Órgãos AUTÔNOMOS: É sempre subordinado ao órgão independente,
mas possuem autonomia técnica (administrativa etc.) com autonomia
política limitada, uma vez que não tem competência para decidir a respeito
de seu próprio orçamento. Resumindo, estão livres desde que estejam em
concordância com o órgão independente da qual decorre. São os
Ministérios, as Secretarias, a Advocacia-Geral da União. (São compostos
por agentes políticos nomeados em cargos de comissão)
3) Órgãos SUPERIORES: são os órgãos hierarquicamente superiores no
campo limitado de suas atribuições, de sua competência, é responsável
pela direção, comando, controle, decisão sobre os órgãos subalternos, mas
não possuem autonomia administrativa nem financeira, estão
subordinados aos órgãos independentes e autônomos.
4) Órgãos SUBALTERNOS: são subordinados aos órgãos superiores,
predomina-se aqui atribuição de execução, e não de decisão. (São
compostos de agentes que adentram através de concurso público).

Delegação de competência: transferência de um órgão a outro de plano


hierárquico inferior de funções que são originárias à aquele. Isso e a avocação só
é permitido por lei, não pode ser ato discricionário, lembrando que há funções
indelegáveis, como a edição de atos de caráter normativo, decisão de recursos
administrativos e funções que são exclusivas a ele (como por exemplo a
autotutela). Lembrando-se que a delegação não exclui a competência originária.
Avocação de competência: puxar para si uma função que é originária sua, não
existe a possibilidade de haver avocação sem que antes tenha havido a delegação.
Deve ser de sua competência originária, impossibilitando avocação de função
exclusiva de órgão subordinado. E deve ser justificado.
AGENTES PÚBLICOS I
Servidor público -> Funcionário público -> agentes públicos, estes nada mais
são que pessoa física que atua em exercício de função estatal, seja esta função
legislativa, administrativa ou judiciária.
 Cargo Público: é regido pelo princípio da legalidade estrita, ou seja, está
previsto na lei a remuneração e as atribuições (competência e meios) e as
funções (responsabilidade visando interesse público) que deverão ser
exercidas. O cargo público possui uma função que deve ser executada
independentemente de quem a executa. O agente público que se encontra
lotado em um cargo público recebe os meios para que sua função possa ser
executada e o poder-dever de executar em nome do Estado. Possui vínculo
institucional. De regime estatutário (público). A demissão deve ser
decorrente de justa causa, devido a infração por parte do agente público e
respeitado o devido processo administrativo. Porém, há hipóteses de
exoneração.
 Emprego Público: não possui vínculo institucional, é regido pela CLT
(Código de Leis Trabalhista), de regime celetista (privado), apesar de a
contratação seguir seu devido processo seletivo (concurso público), a
demissão pode ocorrer sem justa causa. Como não possui vínculo
institucional, não é determinado por lei suas atribuições e funções.
 Função Pública: todo agente e empregado público exerce função pública,
que são atividades em nome do Estado. Porém, há hipóteses em que essa
função é exercida independentemente de cargo ou emprego público. Mas
são apenas algumas situações por uma questão de segurança institucional,
como é o caso das pessoas que compõem um tribunal do júri, mesário,
organizador de trânsito etc. Ao exercer a atividade, a pessoa física atua em
nome e em interesse do Estado.

 Quadro: conjunto de cargos ou empregos públicos fixados dentro de um


órgão ou entidade pública. Diz respeito ao caráter quantitativo de
determinado compartimento da administração pública.
 Lotação: definição dos locais e repartições em que o agente público deve
exercer sua função. O cargo público se lota com a presença de 1 pessoa.
 Carreira: Relação de verticalidade entre cargos, a idéia de carreira
pressupõe a idéia de classe, disponibilizada hierarquicamente escalonada.
Frisa-se que a idéia de cargos que compõem classe pressupõem carreira.
 Classe: nome que se dá à afinidade entre carreiras distintas. É uma relação
de horizontalidade de cargos afixos. Constata-se isso quando o cargo ou
emprego público tenha responsabilidades próximas, e nível de
conhecimento e escolaridade iguais.
AGENTES POLÍTICOS
São agentes que possuem função transitória, possuem poder de decisão e
orientação, estabelecendo diretrizes para que o Poder Público atinja seus fins.
Eles que determinam a execução. Não existe concurso público para agente
político, é por eleição. Se tratam dos mandatários do Poder Executivo e
Legislativo. Os membros do Judiciario e Ministério Público não se enquadram
nessa classificação porque o juiz por exemplo, ao aplicar a lei, exerce
posicionamento político mas não é um agente político. Eles não exercem
efetivamente função política (de governo e administração), esta é a corrente
majoritária.
OCUPANTES DE CARGOS EM COMISSÃO
Na realidade eles estão enquadrados dentro dos agentes políticos, porém, o
professor quis ressaltar que os cargos em comissão são por livre nomeação, sem
necessidade alguma de justificação, basta que possuam plena capacidade (ser
maior de 18 e etc.), aqui não se aplica a regra de anti-nepotismo, não sendo
ilícito, mas sim apenas imoral. Além disso, podem sofrer exoneração sem
justificativa a qualquer momento. Possuem poder de decisão, chefia (ou seja,
podem mandar na estrutura burocrática) e assessoramento. São os Ministros e os
Secretários.

CONTRATADOS TEMPORARIAMENTE
Não possuem vínculo institucional. São contratados temporariamente pelo
regime da CLT (trabalhista), através de processo seletivo sumário (simplificado),
para casos específicos de necessidade temporária de excepcional interesse
público. Deve ter caráter eventual, temporário ou excepcional. Como por
exemplo, a contratação do cara que vai fazer a pesquisa do IBGE, que é realizada
a cada 10 anos. Ou em casos de calamidade pública, em que se considera até a
ausência desse processo seletivo por extrema urgência.

SERVIDORES ESTATUTÁRIOS
Vínculo institucional. São agentes públicos regidos por regime próprio
(especial), o regime estatutário. Como administrar é aplicar a lei de ofício
TODAS as condições estão contidas na lei. Ou seja, é ato unilateral do Estado.
Diferentemente dos vínculos empregatícios contratuais, em que determinados
pontos podem ser discutidos.
Aqui, há uma remuneração fixada, e há uma garantia de estabilidade
(após confirmação do estágio probatório), além disso, possui também um regime
previdenciário próprio.
AGENTES MILITARES
Possuem vínculo estatutário, como estão organizados por princípios
constitucionais de extrema disciplina e hierarquia possuem essa vinculação é
distinta dos civis. Uma vez que não podem realizar greves, não podem ter
sindicatos nem se filiar a nenhuma partido político. Relação de subordinação.

EMPREGADOS PÚBLICOS
São regidos pelo regime da CLT (trabalhista), ou seja, regime privado
(vínculo contratual). E por este motivo não são estatutários, e sim celetistas.
Não tem regime previdenciário próprio, nem todas as regalias dos estatutários,
como por exemplo a estabilidade. Podendo ser demitidos sem justa causa a
qualquer momento, mas deve ser MOTIVADO. A única semelhança é que, por
exercer função pública, devem ser contratados através de processo seletivo ou
concurso público.

AGENTES HONORÍFICOS
São aqueles que atuam no exercício de função pública sem ser agente ou
empregado público, são os gestores de negócios públicos (aquele que,
espontaneamente, exerce uma função pública tal como voz de prisão em
flagrante, organizar trânsito etc.), requisitados de serviço (são os obrigados pelo
fato de serem cidadãos, como ser mesário e prestar serviço militar).
Em se tratando de particulares que prestam serviço público, tal como a
CPFL, a telefônica, se o sujeito paga tudo certo pelo serviço cabe mandado de
segurança caso ele não receba por este serviço (sem justa causa)

Acumulação de Cargos, Empregos e Funções Públicas: em regra não pode


essa acumulação remunerada. Por uma questão de limitação humana (tempo). Em
que cargos acumulados podem resultar no mal desempenho. Porém, para toda
regra há uma exceção, que é o caso da magistratura e do magistério, assim como
alguns cargos ligados à área da saúde, mas isso conquanto haver compatibilidade
de horários.
CONCURSO PÚBLICO
É um procedimento administrativo, com a finalidade de identificar, de escolher
os mais aptos (competentes) a exercer determinada função.
Está de acordo com o princípio da igualdade, não pelo fato de que qualquer um
pode participar, porque o concurso público respeitará a natureza e complexidade
do cargo ou emprego público, mas igualdade no sentido de que todos que estão
prestando se encontrem em condições idênticas. O princípio da moralidade, uma
vez que isso garante que os mais aptos a exercerem a competência sejam
aprovados, e que isso não resulta de favorecimentos, de nepotismo etc. E por
último, está de acordo com o princípio da legalidade e impessoalidade.
 Concurso de provas
 Concurso de provas e títulos – em uma discussão, foi entendido que os
títulos não caracterizam meio de aprovação ou reprovação, pois estaria
indo contra os princípios que regem o concurso público, gerando
desigualdade e até mesmo imoralidade. Portanto, os títulos servem apenas
como critério de classificação.
Obs.: Independentemente de ser cargo ou emprego, a admissão deve ocorrer
através de concurso público. Mesmo que o regime seja distinto, estatutário para
o primeiro e celetista (trabalhista) para o segundo. Com exceção dos agentes
políticos, cargos em comissão e contratados temporários (em situações de
calamidade pública por exemplo), e aqueles que exercem função pública de
maneira espontânea, ou por dever.

VALIDADE
O prazo de validade é de 2 anos, prorrogável uma vez por igual período.
Portanto, no máximo 4 anos. Essa prorrogação deve ser prevista no edital.

INSCRIÇÃO
Inscrição: uma das etapas iniciais após a abertura do edital.
Se trata da manifestação de interesse em ingressar no serviço público.

E APROVAÇÃO
Aprovação: quanto a aprovação, este não caracteriza automática nomeação. Uma
vez que foi entendido pelo STF que apenas caracteriza direito subjetivo a
nomeação dos sujeitos que se classificarem dentro do número de vagas previsto
no edital por uma questão de segurança jurídica. Os aprovados devem ser
pessoalmente intimados de tal fato.

PROVIMENTO
Este nada mais é que a entrega pela administração pública da manutenção
do Estado para o servidor público, ou seja, é o ato administrativo vinculado
constitutivo pelo qual é preenchido o cargo ou emprego público pelo seu
titular. Não pode ser considerado como mero ato declaratório.
ORIGINÁRIO
Só existe uma maneira, através da nomeação, que NÃO configura posse.
Por isso tem o nome de ato administrativo vinculado potestativo. Pois ainda não
configura vínculo jurídico. NOMEAÇÃO é aplicada também a cargos em
comissão, porém não exige prévia aprovação uma vez que não há nem mesmo
admissão através de concurso público.
DERIVADO
Pressupõe vínculo jurídico prévio com o Estado, e isto se dá apenas
através da posse. São provimentos derivados:
A) PROMOÇÃO: é uma forma de progressão funcional, através de carreira,
em que há sua ascensão. Ou seja, o sujeito que ocupa o cargo sai de sua
classe para outra classe diversa ou classe superior à anterior. Cuidado ao
se falar em aumento, uma vez que este é apenas decorrente da promoção.
B) READAPTAÇÃO: Devido à posterior incapacidade em executar sua
devida função, seja essa incapacidade física ou mental, ela deve ser
readaptada em outro cargo de mesma classe (mesma afinidade) compatível
com sua nova capacidade. Se não houver cargo vago, ela fica excedente, e
se não houver cargos afins (como no caso de juízes), resulta na
aposentadoria compulsória.
C) REVERSÃO: É o retorno do aposentado ao exercício de suas funções.
Há apenas 2 hipóteses em que isso pode acontecer:
- No caso de aposentadoria compulsória por invalidez, em que, com a
apresentação de laudo médico não existe mais a condição de invalidez
(física/mental) na qual o sujeito se encontrava.
- No caso de aposentado que, a seu pedido e voluntariamente, deseja
voltar a exercer função que antes exercia, porém requisitos devem ser
observados: 1) Se essa aposentadoria ocorreu a menos de 5 anos;
2) Se ele tem menos de 70 anos
3) Se a aposentadoria foi voluntária
4) Se o servidor era estável e o cargo está disponível
5) Se houver interesse pelo seu retorno
Se o antigo cargo estiver provido a outrem, ele fica como excedente.
D) APROVEITAMENTO: ocorre com a disponibilidade de um servidor
que teve seu cargo extinto. Por força da estabilidade fica disponível à
cargo de mesma classe. O aproveitamento ocorre com o retorno.
E) REINTEGRAÇÃO: nos casos em que o servidor é demitido (lembrando
que demissão é com justa causa) e posteriormente essa demissão foi
declarada nula. É uma situação de reinvestidura. Ocorre neste caso:
1) Se o cargo foi transformado, vai para esse novo cargo.
2) Se o cargo foi extinto, ele fica em disponibilidade.
3) Se o cargo estiver ocupado por outrem, esta pessoa sai do cargo
e vai para seu cargo de origem ou fica em disponibilidade, isto
no caso de servidor estável.
F) RECONDUÇÃO: pode ocorrer em apenas duas situações...
1) No caso do servidor que perdeu o cargo por reintegração, que é
reconduzido a seu cargo de origem.
2) No caso do servidor que passa em outro concurso público para
atuar em outro cargo, mas reprova no estágio probatório. Ele,
então, tem direito a ser reconduzido em cargo no qual exercia
suas funções anteriormente.

POSSE
Aqui é quando o vínculo estatutário é estabelecido, é o momento da
investidura, quando os direitos, deveres e prerrogativas (atribuições) de
determinado cargo são atribuídas ao agente público. É um ato solene.
Antes de tomar posse, deve passar por inspeção médica oficial que
declare o agente apto no âmbito físico e mental.
O prazo, após a nomeação, é de 30 dias para que o agente tome posse, que
deve ser feito através de assinatura de termo de posse, que pode ser realizado
com procuração com poderes específicos.

EXERCÍCIO
Se trata do início efetivo do exercício das funções atribuídas ao agente, o
período máximo para que isso se inicie é de 15 dias a contar do momento da
posse. E sim, o servidor pode começar seu exercício no momento da posse.
Se transcorrer o período de 15 dias o agente é exonerado do cargo.
Lembrando-se que exoneração é sem justa causa.
ESTÁGIO PROBATÓRIO
É o período em que o servidor é avaliado, se é apto para exercer a função.
O servidor é avaliado segundo os seguintes requisitos: assiduidade,
responsabilidade, disciplina, iniciativa, produtividade. Se o agente reprova no
estágio probatório ele é exonerado sem justa causa, mas com motivação, que
deve ser baseada em pelo menos algum dos requisitos acima.
A Constituição Federal determina que o período para se obter estabilidade
é de 3 anos. Porém, há uma lei infraconstitucional determinando que o período
de estágio probatório é de 2 anos. Diante da impossibilidade de separar essas
duas vias da moeda, uma vez que a estabilidade é obtida através da aprovação do
estágio probatório, o momento coincide. Ficou estipulado então, que diante do
conflito entre as normas, o da CF prevalece, o período de estágio probatório para
os servidores estáveis é de 3 anos, e para os vitalícios é de 2 anos. Uma vez que a
constituição federal não menciona a vitaliciedade, apenas a estabilidade.
CONFIRMAÇÃO
Trata-se da confirmação do estágio probatório, a confirmação é a
aprovação. É a avaliação especial de desempenho. É especial, pois é de estágio
probatório e não de servidor já estável. Isso é ato administrativo vinculado. Não
passou na avaliação é exonerado.

ESTABILIDADE
É uma garantia constitucional dada ao agente público de permanecer no
serviço público após o período de 3 anos de estágio probatório e sua
confirmação. A estabilidade só poder ser perdida nas seguintes hipóteses:
- Demissão: que é com justa causa, com o devido processo administrativo ou
judicial decorrente de infração por parte do servidor público.
- Exoneração: que é sem justa causa, porém motivado, que pode ocorrer com
base no princípio da eficiência após avaliação periódica de desempenho, ou pode
ocorrer com insuficiência orçamentária para manter tal cargo (deve respeitar
todos os requisitos previstos no artigo 169 da CF)

SAÍDA DO CARGO
1) Exoneração: Não possui caráter punitivo. Só ocorre em determinadas
situações como perda do momento do exercício (após a posse), reprovação
em estágio probatório e a qualquer momento (a juízo da autoridade
competente desde que motivado no caso dos cargos em comissão (que são
de livre nomeação). Ou então pode ser voluntário.

2) Demissão: Possui caráter punitivo (disciplinar). Ocorre com infração por


parte do servidor público, segundo rol taxativo.
3) Aposentadoria: São 4 tipos de aposentadoria:
a) De caráter punitivo, é aposentadoria compulsória para cargos
vitalícios em situação de improbidade administrativa. Lembrando que
para cargos vitalícios é só através de sentença judicial transitado em
julgado.
b) Aposentadoria compulsória, no caso de invalidez. Incapacidade
física ou mental de continuar exercendo função, diante da
impossibilidade de readaptação. Deve-se frisar que a cada três anos o
servidor é submetido à avaliação médica para analisar a situação da
patologia. Se não comparecer, tem a aposentadoria caçada.
c) Aposentadoria compulsória, no caso de idade. Aos 70 anos, isto
segundo lei complementar que não existe ainda -_- Porém, no caso dos
Ministros do STF, Superior Tribunal de Justiça e Tribunal de Contas da
União é 75 anos. Uma vez que um dos critérios de ascensão é
antiguidade, e diante da impossibilidade (em alguns casos) de se
manter no tempo mínimo de 5 anos no exercício da função, essa idade
máxima é extendida.
d) Voluntário, de direito, observado os devidos requisitos como idade,
tempo de serviço e tempo de contribuição.

VACÂNCIA
Situações em que o cargo fica vago. Que ele não foi provido.
Ocorre nas situações de: A) Exoneração; B) Demissão; C) Promoção; D)
Readaptação; E) Aposentadoria; F) Posse em outro cargo inacumulável e G)
Falecimento.
REMOÇÃO
Não é hipótese de vacância. Ocorre quando, diante de duas possibilidades
tais como interesse público ou interesse privado (do próprio servidor), o agente
continua exercendo a mesma função e no mesmo cargo, mas de outra
localidade. Isto se dá por ato administrativo.

REDISTRIBUIÇÃO
O cargo é deslocado para outra localidade, para outro órgão ou entidade.
Não há mais o cargo na localidade que o servidor antes exercia sua função. Se
quiser continuar sendo servidor, é obrigado a se deslocar também. Nunca é ato
administrativo, é oriundo de lei.

REMUNERAÇÃO
Se trata do valor do montante recebido pelo exercício de cargo, emprego
e função pública. A remuneração abarca peculiaridade conforme o vínculo.

CARGO PÚBLICO: a remuneração se dá a título de vencimentos, que é a


retribuição pecuniária (parte de uma composição financeira) recebida pelos
agentes públicos que estão a exercício de seu cargo. Deve-se frisar aqui que os
vencimentos tem acréscimo de vantagens pecuniários (através de adicionais e
gratificação), que é acrescido ao valor do vencimento-base, e a soma desses dois
dá-se o nome de remuneração.
É proibida a prestação de serviços públicos gratuitos. Salvo em determinadas
situações previstas em lei, como por exemplo aqueles que exercem função
pública – agentes honoríficos.
Tanto o recebimento dos vencimentos como vantagens pecuniárias devem ser
preestabelecidas por lei. (Devem ser determinadas por lei).
Com relação ao salário-mínimo, a lei estabelece que o valor da remuneração (o
montante total) não deve ser inferior ao salário mínimo, não impedindo que o
valor do vencimento seja menor. A única exceção é no caso dos praças que
adentram o serviço militar.
A esse vencimento é dado o nome de subsídios para determinados cargos (como
por exemplo aqueles que não são oriundos de concurso público). Este
“vencimento” ocorre em parcela única, eles não possuem vantagens pecuniárias.
São eles: os membros de cargos políticos (incluindo aqui os cargos em
comissão), membros do Ministério Público, Defensoria Pública, Advocacia
Pública e ainda Polícia Federal e Civil.

EMPREGO PÚBLICO: para estes, por serem regidos com vínculo celetista,
pela CLT, regime trabalhista, a remuneração se dá na forma de salário. Com
vínculo contratual, o salário é estipulado inter partes.
A questão do Princípio da Isonomia no tocante à paridade salarial. Com o
objetivo de evitar eventual disparidade remuneratória entre cargos idênticos em
estruturas funcionais diferentes. Mas isso nunca foi respeitado.

TETO REMUNERATÓRIO
Limite máximo remuneratório. E NÃO DE VENCIMENTO. Valor este
que deve corresponder a 90,25% do subsídio do Ministro do Supremo Tribunal
Federal. Porém, a jurisprudência aceita algumas hipóteses de exceção à esse teto
remuneratório.

INDENIZAÇÕES, GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS


Gratificações e adicionais estão enquadrados nas vantagens pecuniárias, que são
adicionadas ao valor do vencimento e que compõem a remuneração dos agentes
públicos. Os adicionais decorrem de tempo de serviço ou em face da natureza
peculiar e complexidade da função (conhecimento especializado etc.). As
gratificações são agentes que exercem sua função normalmente mas em
condições anormais de segurança, salubridade ou onerosidade.
Indenizações não possuem caráter remuneratório. São de natureza indenizatória
o vale-transporte, visando reparação de custos adicionais em decorrência do
serviço a ser realizado (deve seguir o princípio da razoabilidade).

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