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Mulher na música brasileira.

1929 - Amor De Malandro - Francisco Alves 1930 - Dá Nela - Ary Barroso


Vem, vem Esta mulher
Que eu dou tudo a você Há muito tempo me provoca
Menos vaidade Dá nela! Dá nela!
Tenho vontade
Mas é que não pode ser É perigosa
Fala mais que pata choca
O amor é o do malandro Dá nela! Dá nela!
Oh, meu bem
Melhor do que ele ninguém Fala, língua de trapo
Se ele te bate Pois da tua boca
É porque gosta de ti Eu não escapo
Pois bater-se em quem
Não se gosta Agora deu para falar abertamente
Eu nunca vi Dá nela! Dá nela!

É intrigante
Tem veneno e mata a gente
Dá nela! Dá nela!
1941 - Emília - Haroldo Lobo 1942 - Ai que Saudades da Amélia - Mário Lago/Ataulfo
Alves
Eu quero uma mulher, que saiba lavar e cozinhar
Que de manhã cedo, me acorde na hora de trabalhar Nunca vi fazer tanta exigência
Só existe uma e sem ela eu não vivo em paz Nem fazer o que você me faz
Emília, Emília, Emília, eu não posso mais Você não sabe o que é consciência
Ninguém sabe igual a ela Não vê que eu sou um pobre rapaz
Preparar o meu café
Não desfazendo das outras Você só pensa em luxo e riqueza
Emília é mulher Tudo o que você vê, você quer
Papai do céu é quem sabe Ai meu Deus que saudade da Amélia
A falta que ela me faz Aquilo sim que era mulher
Emília, Emília, Emília, eu não posso mais..
As vezes passava fome ao meu lado
E achava bonito não ter o que comer
E quando me via contrariado dizia
Meu filho o que se há de fazer

Amélia não tinha a menor vaidade


Amélia que era a mulher de verdade

1952 - Meu Dono, Meu Rei - Angela Maria Sua pretinha cativa
Você só me bate, pretinho Tem a chama viva
Não faz um carinho No seu coração
Pra me consolar
Que é a lareira do peito
E eu que sou tão boazinha Queime o respeito
Tão direitinha Acende a paixão
Sei lhe respeitar
Você só me bate, pretinho
Talvez que de agora em diante, Não faz um carinho
Meu sonho distante, E eu choro de dor
Realizarei
Eu choro, mas não sou covarde
Tomara que a vida da gente Pois sei que não arde
Mude totalmente Pancada de amor....
Meu dono, meu rei
1952 - Na Subida do Morro - Moreira da Silva Aí meti-lhe o aço, quando ele vinha caindo disse,
Na subida do morro me contaram - 'Morengueira, você me feriu",
Que você bateu na minha nêga Eu então disse-lhe:
Isso não é direito - 'É claro, você me desrespeitou, mexeu com a minha nega'.
Bater numa mulher Você sabe que em casa de vagabundo, malandro não pede emprego. Como é
Que não é sua que você vem com xavecada, está armado? Eu quero é ver gordura que a banha
Deixou a nêga quase nua está cara!
No meio da rua Aí meti a mão lá na duana, na peixeira, é porque eu sou de Pernambuco, cidade
A nêga quase que virou presunto pequena, porém decente, peguei o Vargolino pelo abdome, desci pelo duodeno,
Eu não gostei daquele assunto vesícula biliar e fiz-lhe uma tubagem; ele caiu, bum!, todo ensangüentado.
Hoje venho resolvido E as senhoras, como sempre, nervosas:
Vou lhe mandar para a cidade - "Meu Deus, esse homem morre, Moço! Coitado, olha aí, está se esvaindo em
De pé junto sangue'
Vou lhe tornar em um defunto - 'Ora, minha senhora, dê-lhe óleo acanforado, penicilina, estreptomicina
crebiosa, engrazida e até vacina Salk'
Você mesmo sabe Mas o homem já estava frio. Agora, o malandro que é malandro não denuncia o
Que eu já fui um malandro malvado outro, espera para tirar a forra.
Somente estou regenerado Então diz o malandro:
Cheio de malícia
Dei trabalho à polícia Vocês não se afobem
Prá cachorro Que o homem dessa vez
Dei até no dono do morro Não vai morrer
Mas nunca abusei Se ele voltar dou prá valer
De uma mulher Vocês botem terra nesse sangue
Que fosse de um amigo Não é guerra, é brincadeira
Agora me zanguei consigo Vou desguiando na carreira
Hoje venho animado A justa já vem
A lhe deixar todo cortado E vocês digam
Vou dar-lhe um castigo Que estou me aprontando
Meto-lhe o aço no abdômen Enquanto eu vou me desguiando
E tiro fora o seu umbigo Vocês vão ao distrito
Ao delerusca se desculpando
Foi um malandro apaixonado
Que acabou se suicidando.

1956 - Resposta - Maysa Se alguém não quiser entender


Ninguém pode calar dentro em mim E falar, pois que fale
Esta chama que não vai passar Eu não vou me importar com a maldade
É mais forte que eu De quem nada sabe
E não quero dela me afastar E se alguém interessa saber
Sou bem feliz assim
Eu não posso explicar quando foi Muito mais do que quem já falou
E nem quando ela veio Ou vai falar de mim
E só digo o que penso, só faço o que gosto
E aquilo que creio Se alguém não quiser entender
E falar, pois que fale
Eu não vou me importar com a maldade
De quem nada sabe
E se alguém interessa saber
Sou bem feliz assim
Muito mais do que quem vai falar
Ou já falou de mim
1976 - Mulheres de Atenas - Chico Buarque Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Geram pros seus maridos os novos filhos de Atenas
Vivem pros seus maridos, orgulho e raça de Atenas Elas não têm gosto ou vontade
Quando amadas, se perfumam Nem defeito nem qualidade
Se banham com leite, se arrumam Têm medo apenas
Suas melenas Não têm sonhos, só têm presságios
Quando fustigadas não choram O seu homem, mares, naufrágios
Se ajoelham, pedem, imploram Lindas sirenas
Mais duras penas Morenas
Cadenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Temem por seus maridos, heróis e amantes de Atenas
Sofrem pros seus maridos, poder e força de Atenas As jovens viúvas marcadas
Quandos eles embarcam, soldados E as gestantes abandonadas
Elas tecem longos bordados Não fazem cenas
Mil quarentenas Vestem-se de negro, se encolhem
E quando eles voltam sedentos Se conformam e se recolhem
Querem arrancar violentos Às suas novenas
Carícias plenas Serenas
Obscenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Secam por seus maridos, orgulho e raça de Atenas
Despem-se pros maridos, bravos guerreiros de Atenas
Quando eles se entopem de vinho
Costumam buscar o carinho
De outras falenas
Mas no fim da noite, aos pedaços
Quase sempre voltam pros braços
De suas pequenas
Helenas

1979 - Começar de Novo - Ivan Lins Começar de novo Sem as tuas garras
Começar de novo E contar comigo Sempre tão seguras
E contar comigo Vai valer a pena Sem o teu fantasma
Vai valer a pena Ter amanhecido Sem tua moldura
Ter amanhecido Sem tuas escoras
Sem as tuas garras Sem o teu domínio
Ter me rebelado Sempre tão seguras Sem tuas esporas
Ter me debatido Sem o teu fantasma Sem o teu fascínio
Ter me machucado Sem tua moldura
Ter sobrevivido Sem tuas escoras Começar de novo
Ter virado a mesa Sem o teu domínio E contar comigo
Ter me conhecido Sem tuas esporas Vai valer a pena
Sem o teu fascínio Já ter te esquecido
Ter virado o barco
Ter me socorrido Começar de novo
E contar comigo
Vai valer a pena
Ter amanhecido

1980 - Mulher, E Daí? (Apenas Mulher) - Fui tua...e daí? Pra perder ou ganhar
Simone e Gonzaguinha Ou aquilo que for
E daí? É uma pena Mas os dois com a mão na colher
Pouco importa se você se importa Que a moça não seja
Ou se interessa ou não se interessa De cama e mesa E daí?
É fim de conversa Um bicho uma presa Digo a frase maldita
Eu volto pra vida Que depois de usada E pra mim pouco importa
Que deixei lá fora na rua Se guarda ou se joga Se você acredita
E daí Na lata de lixo Eu te amo e não temo este amor
Vou sentindo a demora Já vou indo vou levando esta dor
De ver que o vulcão E daí? Vou em paz
Que o meu peito devora Eu sou uma mulher Pois não temo a dor de amar demais
Não teve a resposta Uma parte comum E daí?!...
A contra-proposta De um jogo qualquer
Da parte que é tua
1981 - S.O.S Mulher - Vanusa E lá vai você por essa estrada A mão que te acaricia
A mão que te acaricia Se arrastando sem fazer nada É a mesma que esbofeteia
É a mesma que esbofeteia Teu silêncio é cúmplice da violência. E a boca que te beija
E a boca que te beija É a mesma que injuria.
É a mesma que injuria. Levanta o topete,
Reergue essa força! O braço forte que lhe ampara
O braço forte que lhe ampara Nem que você se torça É o mesmo que te bate na cara!
É o mesmo que te bate na cara! Limpa a cara, sai pra outra S.O.S Mulher! (Mulher!) Óh! Mulher!
O braço forte que lhe ampara Não seja filha da luta!
É o mesmo que te bate na cara! Acorda pra vida e pede socorro
Nada vale esse jogo
No sufoco, vale tudo!
Áh! Bota a boca no mundo!

S.O.S Mulher! (Mulher!) Óh! Mulher!

1981- O Negócio É Amar - Carlos Lyra/Dolores Duran Amor nos iates, nos bancos de praça
Tem gente que ama, que vive brigando Tem homem que briga pela bem-amada
E depois que abriga acaba chorando Tem mulher maluca que atura porrada
Tem gente que canta porque está amando Tem quem ama tanto que até enlouquece
Quem não tem amor leva a vida esperando Tem quem dê a vida por quem não merece
Uns amam pra frente, e nunca se esquecem Amores à vista, amores à prazo
Mas são tão pouquinhos que nem aparecem Amor ciumento que só cria caso
Tem uns que são fracos, que dão pra beber Tem gente que jura que não volta mais
Outros fazem samba e adoram sofrer Mas jura sabendo que não é capaz
Tem apaixonado que faz serenata Tem gente que escreve até poesia
Tem amor de raça e amor vira-lata E rima saudade com hipocrisia
Amor com champanhe, amor com cachaça Tem assunto à bessa pra gente falar
Mas não interessa o negócio é amar...

1982 - Cor De Rosa Choque – Rita Lee Não provoque Por isso não provoque
Nas duas faces de Eva É cor de rosa choque É cor de rosa choque
A bela e a fera Por isso não provoque Não provoque
Um certo sorriso de quem nada quer É cor de rosa choque É cor de rosa choque
Não provoque
Sexo frágil Mulher é bicho esquisito É cor de rosa choque
Não foge à luta Todo mês sangra Por isso não provoque
E nem só de cama vive a mulher Um sexto sentido maior que a razão É cor de rosa choque
Gata borralheira Não provoque
Por isso não provoque Você é princesa
É cor de rosa choque Dondoca é uma espécie em extinção
Não provoque
É cor de rosa choque
1997 - Faixa Amarela – Zeca Pagodinho E para gente se casar, vou construir a capela
Eu quero presentear Dentro de um lindo jardim com flores, lago e pinguela
A minha linda donzela Sem falar na tal faixa amarela
Não é prata nem é ouro Bordada com o nome dela
É uma coisa bem singela Que eu vou mandar pendurar
Vou comprar uma faixa amarela Na entrada da favela
Bordada com o nome dela Mas se ela vacilar, vou dar um castigo nela
E vou mandar pendurar Vou lhe dar uma banda de frente
Na entrada da favela Quebrar cinco dentes e quatro costelas
Vou dar-lhe um gato angorá Vou pegar a tal faixa amarela
Um cão e uma cadela Gravada com o nome dela
Uma cortina grená para enfeitar a janela E mandar incendiar
Sem falar na tal faixa amarela Na entrada da favela
Bordado com o nome dela Vou comprar uma cana bem forte
Que eu vou mandar pendurar Para esquentar sua goela
Na entrada da favela E fazer uma tira-gosto
E para o nosso papá vai ter bife da panela Com galinha à cabidela
Salada de petit-pois, jiló, chuchu e beringela Sem falar na tal faixa amarela
Sem falar na tal faixa amarela Bordada com o nome dela
Bordada com o nome dela Que eu vou mandar pendurar
Que eu vou mandar pendurar Na entrada da favela
Na entrada da favela
Vou fazer dela rainha do desfile da Portela
Eu vou ser filho do Rei, e ela minha Cinderela
Sem falar na tal faixa amarela
Bordada com o nome dela
Que eu vou mandar pendurada
Na entrada da favela

1999 - Mulher de Fases - Raimundos Se me olhando desse jeito Até sem luz dá pra te enxergar
Que mulher ruim Ela me tem na mão, meu filho aguenta O lençol fazendo congo-blue
Jogou minhas coisas fora Quem mandou você gostar É pena, eu sei a manhã já vai miar
Disse que em sua cama Dessa mulher de fases? Se aguente, que lá vem chumbo quente
Eu não deito mais não
A casa é minha Complicada e perfeitinha Complicada e perfeitinha
Você que vá embora Você me apareceu Você me apareceu
Já pra saia da sua mãe Era tudo que eu queria Era tudo que eu queria
E deixa meu colchão Estrela da sorte Estrela da sorte
Quando a noite ela surgia Quando a noite ela surgia
Ela é pró na arte Meu bem você cresceu Meu bem você cresceu
De pentelhar e aziar Meu namoro é na folhinha Meu namoro é na folhinha
É campeã do mundo Mulher de fases! Mulher de fases!
A raiva era tanta
Que eu nem reparei Põe fermento, põe as bombas Complicada e perfeitinha
Que a Lua diminuía Qualquer coisa que aumente Você me apareceu
A deixe bem maior que o Sol Era tudo que eu queria
A doida tá me beijando há horas Pouca gente sabe que na noite Estrela da sorte
Disse que se for sem eu O frio é quente e arde e eu acendi Quando a noite ela surgia
Não quer viver mais não Meu bem você cresceu
Me diz, Deus, o que é que eu faço agora? Meu namoro é na folhinha
Mulher de fases!

2000 - Pagu (part. Zélia Duncan) - Rita Lee sou rainha do meu tanque, sou pagu indignada no palanque
Mexo, remexo na inquisição fama de porra-louca, tudo bem, minha mãe é Maria ninguém
só quem já morreu na fogueira sabe o que é ser carvão não sou atriz, modelo, dançarina
eu sou pau pra toda obra, Deus dá asas à minha cobra meu buraco é mais em cima
minha força não é bruta, não sou freira nem sou puta porque nem toda feiticeira é corcunda, nem toda brasileira é
nem toda feiticeira é corcunda, nem toda brasileira é bunda
bunda meu peito não é de silicone, sou mais macho que muito homem
meu peito não é de silicone, sou mais macho que muito homem nem toda feiticeira é corcunda, nem toda brasileira é bunda
nem toda feiticeira é corcunda, nem toda brasileira é bunda meu peito não é de silicone, sou mais macho que muito homem
meu peito não é de silicone, sou mais macho que muito homem ratatá ...
ratatá ...
2004 – Boladona - Tati Quebra Barraco Na madruga boladona,
Na madruga boladona, sentada na esquina.
sentada na esquina. Esperando tu passar
Esperando tu passar altas horas da matina
altas horas da matina Com o esquema todo armado,
Com o esquema todo armado, esperando tu chegar
esperando tu chegar pra balançar o seu coreto
pra balançar o seu coreto pra você de mim lembrar
pra você de mim lembrar
Sou cachorra sou gatinha não adianta se esquivar
Sou cachorra sou gatinha não adianta se esquivar vou soltar a minha fera eu boto o bicho pra pegar
vou soltar a minha fera eu boto o bicho pra pegar
Sou cachorra sou gatinha não adianta se esquivar
Sou cachorra sou gatinha não adianta se esquivar vou soltar a minha fera eu boto o bicho pra pegar
vou soltar a minha fera eu boto o bicho pra pegar
Boladona ...
Boladona ...

2006 – Maria da Penha - Alcione Da dona "Maria da Penha" Cantou pra subir, Deus a tenha
Comigo não, violão Você não escapa Se der mais um passo
Na cara que mamãe beijou O bicho pegou, não tem mais a banca Eu te passo a "Maria da Penha"
"Zé Ruela" nenhum bota a mão De dar cesta básica, amor Você quer voltar pro meu mundo
Se tentar me bater Vacilou, tá na tranca Mas eu já troquei minha senha
Vai se arrepender Respeito, afinal, é bom e eu gosto Dá linha, malandro
Eu tenho cabelo na venta Saia do meu pé Que eu te mando a "Maria da Penha"
E o que venta lá, venta cá Ou eu te mando a lei na lata, seu mané Não quer se dar mal, se contenha
Sou brasileira, guerreira Bater em mulher é onda de otário Sou fogo onde você é lenha
Não tô de bobeira Não gosta do artigo, meu bem Não manda o seu casco
Não pague pra ver Sai logo do armário Que eu te tasco a "Maria da Penha"
Porque vai ficar quente a chapa... Não vem que eu não sou Se quer um conselho, não venha
Você não vai ter sossego na vida, seu Mulher de ficar escutando esculacho Com essa arrogância ferrenha
moço Aqui o buraco é mais embaixo Vai dar com a cara
Se me der um tapa A nossa paixão já foi tarde Bem na mão da "Maria da Penha"

2014 – Tá Pra Nascer Homem Que Vai Mandar Em Mim - Vou te provar que eu não sou do tipo de mulher
Valesca Que você paga uma bebida e eu dou o que tu quer
Enfia teu malote no saco e lambe o cheque
Tá para nascer homem que vai mandar em mim Tenho nojo de moleque
Tá para nascer alguém que vai me esculachar
Tá para nascer e eu já falei pra tu Pode ser pagodeiro, empresário ou cantor
Se ficar me enchendo o saco Pode ser funkeiro, milionário ou jogador
Mando tomar O que você faz da sua vida não interessa
Vou mandar tu se f**** porque sou dessas
Tá para nascer homem que vai mandar em mim
Tá para nascer alguém que vai me esculachar Tá para nascer homem que vai mandar em mim
Tá para nascer e eu já falei pra tu Tá para nascer alguém que vai me esculachar
Se ficar me enchendo o saco Tá para nascer e eu já falei pra tu
Mando tomar Se ficar me enchendo o saco
Mando tomar
Vergonha na cara é coisa rara de se ver
Mal sabe meu nome e já tá querendo me ter Tá para nascer homem que vai mandar em mim
Nunca dependi de homem pra coisa nenhuma Tá para nascer alguém que vai me esculachar
Se tuas negas são tudo assim, desacostuma Tá para nascer e eu já falei pra tu
Se ficar me enchendo o saco
Mando tomar
2015 - Maria da Vila Matilde - Elza Eu solto o cachorro Eu solto o cachorro
Soares E, apontando pra você E, apontando pra você
Cadê meu celular? Eu grito: péguix guix guix guix Eu grito: péguix guix guix guix
Eu vou ligar pro 180 Eu quero ver Eu quero ver
Vou entregar teu nome Você pular, você correr Você pular, você correr
E explicar meu endereço Na frente dos vizim Na frente dos vizinhos
Aqui você não entra mais Cê vai se arrepender de levantar Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim
Eu digo que não te conheço a mão pra mim
E jogo água fervendo E quando tua mãe ligar
Se você se aventurar E quando o samango chegar Eu capricho no esculacho
Eu mostro o roxo no meu braço Digo que é mimado
Eu solto o cachorro Entrego teu baralho Que é cheio de dengo
E, apontando pra você Teu bloco de pule Mal acostumado
Eu grito: péguix guix guix guix Teu dado chumbado Tem nada no quengo
Eu quero ver Ponho água no bule Deita, vira e dorme rapidinho
Você pular, você correr Passo e ainda ofereço um Você vai se arrepender de levantar a mão pra mim
Na frente dos vizim cafezim
Cê vai se arrepender de levantar a mão pra Cê vai se arrepender de levantar Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim
mim a mão pra mim Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim
Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim
Cadê meu celular? Cadê meu celular? Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim
Eu vou ligar pro 180 Eu vou ligar pro 180
Vou entregar teu nome Vou entregar teu nome Mão, cheia de dedo
E explicar meu endereço E explicar meu endereço Dedo, cheio de unha suja
Aqui você não entra mais Aqui você não entra mais E pra cima de mim? Pra cima de moi? Jamé, mané!
Eu digo que não te conheço Eu digo que não te conheço
E jogo água fervendo E jogo água fervendo Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim
Se você se aventurar Se você se aventurar

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