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Análise da cantiga
A cantiga tem uma estrutura narrativa, uma vez que há referência a personagens - a donzela e o amigo –
e há ainda uma localização espacial- a fonte. Predominam ainda verbos de ação, ligados a gestos e
movimentos.
Esta cantiga, apesar de alguma repetição, apresenta um avanço nas ações. Num primeiro momento, o
narrador diz-nos que a donzela caminha para a fonte para lavar os cabelos. Num segundo momento,
sabemos que a donzela vê o amigo. E, finalmente, sabemos que os cervos do monte volveram a água, o
que poderá significar que a donzela esteve com o amigo (sexualmente).
O cervo ao volver a água turva-a. O cervo do monte, enquanto símbolo masculino, constitui uma
referência simbólica ao amigo que, ao passar, deixa perturbada a inexperiente donzela. O volver da água
poderá a significar união entre o amigo e a donzela.
O AMOR
O amor é um sentimento contraditório.
Na verdade, movido pelo sentimento do amor, o ser humano é capaz de tudo, do melhor e do
pior. Por um lado, o ser humano é capaz de dar tudo pelos filhos, pelos pais e pela pessoa amada, deixando
para trás coisas mais insignificantes como o dinheiro e o seu próprio bem estar, numa atitude altruísta.
Daí os investimentos que muitas vezes se faz na educação dos filhos a pensar no futuro deles e nos lares
para os mais idosos a pensar na velhice salutar deles. Por outro lado, o ser humano é bem capaz de
maltratar, de aprisionar e até de matar, numa atitude egoísta e movido por um sentimento a que muitas
vezes chamam amor. São exemplos disso os maus tratos e violência doméstica, movidos pelos ciúmes de
amor e os crimes passionais desencadeados exatamente por uma amor algo doentio.
Em jeito de conclusão, podemos referir que o amor é um sentimento forte que é capaz de tirar
do ser humano o que ele tem de melhor mas também o que ele tem de pior. Como dizia o poeta latino
Horácio “O amor vence tudo”.