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VII Simpósio Linguagens e Identidades da /na Amazônia Sul-Ocidental

VI Colóquio Internacional "As Amazônias, as Áfricas e as Áfricas na


Pan-Amazônia"
Diásporas Amazônicas e Interculturalidade
04 a 08 de Novembro de 2013
Campus da Universidade Federal do Acre

Minicurso: Foucault e a Educação: Estudos introdutórios


Prof. Dr. Miguel Ângel Oliveira do Carmo (Filosofia)
mguel@hotmail.com
Prof.ª Ms Patrícia Carvalho-Redigulo (Pedagogia)

Observações sobre a filosofia de Foucault:


 Não é salvacionista
 Não existe um método filosófico; não há teoria, mas teorizações;

“A teoria é uma prática” - Microfísica do poder. p. 71

“Três Foucault”
Sistematização metodológica com “fases” e/ou “eixos” e seus problemas (saber,
poder e ética de si)
Problemático:
 arqueologia - “que posso saber”;
 genealogia - “que posso fazer”;
 ética - “quem sou eu”.
Miguel Mrey propõe um estudo ontológico de Foucault. Ontologia do presente: o
que se passa com nós mesmos?
Veiga Neto...
Domínio:
 do saber (ser saber) CONHECIMENTO
 do poder (ser poder) AÇÃO
 da ética (ser consigo) MORAL
Esses domínios tentam entender como nósnos formamos, como sujeito.
Indivíduo (ser humano) ≠ Sujeito (papel social)
O SUJEITO foi a grande preocupaçao de Foucault

SER SABER
Arqueologia do Saber
Estuda as práticas discursivas,os discursos e as instituições envolvidas.
Como um saber se conecta a outro e a partir dessas regras se transforma em conhecimento
cientifico. ARQUIVO é tudo que é dto e não dito. Trazer a tona a maneira de existência dos
acontecimentos discursivos.
 Arqueologia – análise do discurso na modalidade arquivo, descrição do arquivo.
Arquivo – jogos de regras que determinam o aparecimento e o desaparecimento de
acontecimentos e coisas, em uma cultura.
objeto
Arquivo
enunciado / acontecimento
Não é de representação.
Linguagem é atribuição, acontecimento do discurso.
O homem de uma época pensa de uma maneira tal, devido certas regras.
O arquivo é a lei do que pode ser dito, o sistema que rege o aparecimento dos enunciados
singulares, ou seja, tudo o que acontece para poder ser dito.
Para ele a linguagem tem vida própria; não é uma estrutura!
Linguagem de forma acontencional, atribuítiva, não há por traz dela um sujeito.
A idéia do autor é uma ficção.

Arquivo
É o sistema das condições históricas de possibilidades dos enunciados.
Conhecimento – produto final, cientificamente construído.

Enunciado
“O eunciado não é, pois, uma estrutura; é uma função de existência que pertence
exclusivamente, aos signos.”
Discurso – conjntos de enunciados.
 A lei de existência dos enunciados
 As condições de sua emergência singular (acontecimentos anteriores ou simultâneos)

OBS. Foucault não faz análise de discurso, nem estuda a ideologia.


 Foucault analisa os acontecimentos discursivos.

SER – PODER
A genealogia

 Interesse pelas formas de exercícios do poder.


Observção:
busca a etiologia (origem) das verdades produzidas pelos poderes nos discursos e fora deles
(sua regularidade)
O poder se realiza de forma horizontal (microfísico) na constituição das relações afetivas.
A arqueologia é o método próprio à análise da discursividade local.
A genealogia é a tática que ativa os saberes libertos da sujeição que emerge desta
dicursividade.
 Fazer emergir as singularidades que os confrontos, variáveis e multifacetados,
produzem como efeito.

Arquialogia genealogia

 Discurição do momento • Análise do processo

O poder disciplinar
 substitui o poder pastoral é vertical, salvacionista, sacrificial, detalhista e individualizante.
 Substitui o poder soberano
 É vigilante, ele se dá pelo Panopticon (Panóptico) – olho que vê tudo

Biopoder
Vem somar-se ao poder disciplinar tendo como afeito o controle do bio social (a vida do
corpo da população).
 Produz saberes a partir de uma descrição e uma quantificação da população, com
Estatística, a Demografia e a Medicina sanitária, tudo isso visando a regulamentação.
“ Os saberes não surgem oa acaso, há irrupções emergências...”
Poder disciplinar – anátomo-político do corpo para disciplinar
Biopoder – biopolítico da população para regulamentar: corpo/população =
sexualidades; disciplina/regulamentação = norma
Soberana – Fazer viver-deixar morrer.
Hoje – Fazer morrer-deixar viver

SER – CONSIGO
A ética
A busca em entender a subjetivação ética do indivíduo pelo dispositivo da sexualidade,
partindo da era greco-romana e passando pela cristã, não se dá pelo interesse da sexualidade em si,
trata-se de um interesse na sexualidade como um sistema de interdições.
Ética – como parte da moral

Moral – conjunto de valores e regras proposta aos indivíduo, ou seja, códigos morais
(prescrições).

Moral – os comportamentos morais dos indivíduos (relação consigo)

Como o sujeito se constitui como sujeito moral:


 substância ética (atos, desejos)
 os modos de sujeição ( maneira de ser relacionar com a regra)
 as forma de elaboração do trabalho ético (maneira como se outo-elaborar)
 teleologia
Toda ação moral comporta uma relação com o real, onde ele se realize e uma relação ao
código ao qual refere. Porém, ela implica também certa relação a si mesma.

sexo
homem contemporâneo comida
bebida

Moral – regras coercitivas

Ética – regras facultativas

A ética é um rapport à soi moral.

Subjetivação do indivíduo como forma de resistência.


 arte de como viver
 estética da convivência
 antologia de si mesmo.

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