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Explorando o esquema corporal e o espaço natural

— Construção de brinquedo com sucata 1


— Construção de móbile 3
— Modelando bonecos de argila 4
Índice – Coleção Verde

— Máscaras — cultura indígena 6


Vivenciando paisagens e ambientes

— Cor e luz nas paisagens de Van Gogh 8


— Paisagens naturais 11
Conhecendo formas e linhas

— Compondo com formas geométrica 13 I


J1

— Linhas, formas e movimentos em Kandinski 14


Vivenciando transparências

— Vitrais divertidos 17
— Compondo imagens simétricas 19
Conhecendo artistas brasileiros

— Universo imaginário de Tarsila do Amaral 21


— Brincando com Cândido Portinari 23
Explorando relevos e superfícies

— Criando cidades imaginárias 25


— Recriando animais 26
— Confeccionando diário de infância 28
— Modelando animais silvestres 30
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Arte
Explorando o esquema corporal e o
espaço natural 1

Construção de brinquedo com sucata

Caracterização
Tema / Atividade construção de brinquedo com sucata
Técnica construção com sucata
Objetivo(s) – identificar elementos que possam ser usados na confecção de brinquedos
– explorar movimentos com a bola
– estabelecer relações espaciais simples
Duração mínima duas aulas
Estratégia construção de bola com jornal e meia, decorada com retalhos de tecido
Material necessário para cada aluno, um pé de meia de náilon, folha dupla de jornal, pincel, caixa de giz de cera
grosso, saco plástico identificado; para cada dois alunos, cola branca, retalhos coloridos de tecido
cortados em quadrados de 2 x 2 cm; para toda a sala, fita crepe, bolas de tamanhos diferentes
Material alternativo meia de algodão substitui meia de náilon 1
J1

Descrição das ações


Referencial teórico
Crianças gostam de brincar e
aprendem brincando. É ótimo
incentivá-las na construção dos
próprios brinquedos, com uso de
materiais simples e fácil aquisição.
As construções com sucata, por
exemplo, permitem que elas
desenvolvam e assimilem conceitos
de forma, volume e textura.
Além disso, essas criações com
materiais que seriam descartados
estimulam nelas a consciência
ecológica. As crianças começam a
perceber a importância da
reciclagem e a possibilidade de
transformar objetos aparentemente
sem valor em outros criativos e
divertidos.

Toquinho e Vinícius de Moraes. A Casa de Brinquedos (1995). Música: A Bola (CD).


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Procedimentos
1. Leve as crianças ao pátio e mostre 6. Entregue a cada um dos alunos um 10. Cole fita crepe com o nome do
as bolas utilizadas na prática de pé de meia e estimule-os a explorar aluno em cada bola.
diversos esportes (futebol, vôlei, a textura e elasticidade do objeto.
11. Na aula seguinte, os alunos vestem
basquete). Estimule-as a explorar
7. Eles colocam a bola de jornal na avental.
suas diferentes texturas, tamanhos e
meia.
deixe-as brincar livremente. 12. Devolva as bolas de meia e
distribua retalhos de tecido e cola
2. Antes de iniciar a atividade,
branca para cada dois alunos, bem
mencione o fato de que,
como pincéis para ambos.
antigamente, as crianças criavam os
próprios brinquedos; não existiam
os utilizados hoje. Incentive-as na
pesquisa dos brinquedos que os
8. Esticam e torcem a meia várias
avós utilizaram na infância.
vezes, de forma a deixar a bola bem
3. Dê uma folha dupla de jornal para firme.
cada aluno. Explore a plasticidade,
13. Com os pincéis, os alunos passam
textura e o som que ela produz ao
cola na superfície da bola e colam
ser amassada e desamassada.
os retalhos nela.

14. As bolas são postas para secar


sobre plásticos identificados.

9. Os alunos concluem esta etapa 15. Na aula seguinte, devolva-as e


dando dois nós na meia. Se proponha a realização de algumas
2 necessário, ajude-os. atividades orientadas, como boliche,
J1
batata-quente, vira-latas,
4. Cada um faz uma bola com a folha
amarelinha.
de jornal.
16. No espaço do registro, os alunos
5. Deixe que os alunos brinquem
desenham uma bola grande, com
livremente de arremessar e jogar a
giz de cera grosso colorido, e colam
bola.
nela pedaços de tecido, utilizando
pincéis.

Outras possibilidades

Brincar com os alunos em diversos espaços: sala de aula, corredor, jardim, pátio.

Estimule-os a passar a bola sobre o corpo, formando barrigas, panturrilhas e corcundas.

Variações de atividade

Esta técnica pode ser utilizada nas demais coleções, variando a confecção do brinquedo.

Binóculo — com papel lustro na cor de preferência do aluno, cobrir dois suportes de rolo de
papel higiênico. Colar papel celofane numa das extremidades dos dois rolos. Fixar barbante na
outra extremidade, com fita adesiva, de forma a permitir pendurar o binóculo no pescoço.

Aquaplay — dentro de garrafa pequena de plástico, inserir vários materiais: lantejoulas coloridas,
botões, clipes de plástico. Encher a garrafa com água e tampá-la, vedando-a com fita adesiva colorida.
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Bilboquê — pintar garrafinha de leite fermentado com tinta plástica. Enquanto ela seca, preparar uma
bolinha de diâmetro menor do que a boca da garrafinha com papel recoberto de fita adesiva colorida.
Amarrar uma extremidade do barbante próxima à boca da garrafa e a outra na bolinha.

Vai-e-vem — cortar duas garrafas de plástico pequenas e descartar as partes inferiores. Unir as
duas partes superiores com fita adesiva colorida e passar por dentro delas duas cordas de náilon com
2 m de comprimento. Dar uma laçada nas quatro extremidades das cordas de forma que os jogadores
possam segurá-las nas mãos.

Construção de móbile

Caracterização
Tema / Atividade construção de móbile
Técnica construção de móbile com formas recortadas em papelão — arte cinética
Objetivo(s) – explorar o espaço e as possibilidades do corpo em relação a ele
– identificar formas e cores
– estabelecer correspondências entre os movimentos do objeto construído e o próprio corpo 3
J1
– criar relações solidárias que permitam a troca de materiais e a construção de um objeto
compartilhado
Duração mínima três aulas
Estratégia recortar formas em papel cartão colorido, perfurá-las e amarrá-las a suporte de palito de
churrasco
Material necessário para cada aluno, papel cartão colorido tamanho A4, tesoura sem ponta, palito de churrasco sem
ponta, saquinho plástico identificado, giz de cera grosso colorido; para toda a sala, fio de náilon,
varal de fio de náilon previamente fixado; para uso do professor, lanterna, exemplares de móbiles
Material alternativo sulfite grosso substitui papel cartão; barbante fino, o fio de seda; galhinhos de árvore
substituem palitos de churrasco

Descrição das ações


Referencial teórico

Na arte cinética, a obra de arte objeto apresenta


partes móveis que se movimentam sob efeito de
máquina ou corrente de ar. Ocasionalmente, tem sua
sombra projetada em parede ou tela.
Alexander Calder produziu formas movidas
manualmente. De 1932 em diante, criou formas
amebóides, suspensas, de movimentos suaves pela
passagem da brisa. Aprecie as composições Móbile e
Escucheóm.

Alexander Calder — Escucheóm — mural móbile


Alexander Calder — Móbile —
metal esmaltado
Os móbiles apresentam aspecto lúdico. Daí seu uso para decorar ambientes infantis.
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Procedimentos
1. Providencie alguns exemplares de 6. Organize, juntamente com os 12. Na aula seguinte, seguindo os
móbiles e leve à sala de aula para alunos, a sala de aula e os materiais passos anteriores, crie um móbile
que seus alunos possam explorá- utilizados. gigante. Todos os alunos devem
los visual e manualmente. Explore participar do processo de
7. Na aula seguinte, devolva os
cores, formas e movimentos. construção.
saquinhos com as formas
2. Comente com eles sobre a origem identificadas. 13. Depois de montado, imite,
desses objetos, enfatizando as juntamente com as crianças, os
8. Perfure todas as formas que os
imagens do referencial teórico. movimentos e as formas criadas
alunos fizeram, utilizando tesoura.
pelo grande móbile e por sua
3. Disponibilize papel cartão colorido e Isso permitirá pendurar as peças no
sombra na parede. Essa atividade
tesouras sem pontas. fio de náilon e posteriormente no
desenvolverá noções importantes
palito de churrasco.
4. Peça aos alunos que recortem o de esquema corporal.
papel, atribuindo-lhe a forma que 9. Auxilie-os passar o fio de náilon Professor:
julgarem interessante. pelo orifício. — crie a sombra do móbile
Depois de todas as peças 10. Após a colocação de todas as usando lanterna.
recortadas, estimule os alunos a formas, dê nó em uma das — trabalhe com música para
imitar com o próprio corpo extremidades do fio de náilon e produzir ambiente favorável ao
algumas das formas criadas. amarre a outra no palito de movimento.
churrasco sem ponta.
5. Recolha as formas e armazene-as 14. No espaço do registro, os alunos
em saquinhos plásticos previamente 11. Pendure os móbiles no varal criado colam formas coloridas recortadas
identificados com o nome do aluno. na sala de aula. em papel cartão e usam giz de cera
grosso colorido para simular o
4 suporte e o fio utilizados na
J1
Variações de atividade confecção do móbile.

Esta técnica pode ser utilizada nas demais coleções, variando:

— o tema gerador da proposta: elementos geométricos, temas vegetais, temas animais, entre outros.

— o suporte do móbile: galhos de árvores, arame grosso com as pontas dobradas ou protegidas, cabides.

— o papel cartão: folhas secas, canudinhos, figuras de isopor.

Modelando bonecos de argila

Caracterização
Tema / Atividade modelando bonecos de argila
Técnica modelagem com argila — Mestre Vitalino
Objetivo(s) – reconhecer partes do corpo humano reproduzidas nas obras do referencial teórico
– experimentar as possibilidades de produção com argila
– conhecer aspectos do folclore brasileiro
Duração mínima duas aulas
Estratégia modelagem de bonecos com argila e posterior pintura com tinta guache
Material necessário para cada aluno, folha de sulfite identificada, pincel; para toda a sala, copos plásticos
descartáveis, água, argila, tinta guache em cores variadas, papel Kraft; para uso do professor,
máquina fotográfica
Material alternativo massa de modelar substitui argila
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Descrição das ações
Referencial teórico
Vitalino Pereira da Silva nasceu em 10 de julho de 1909 no Sítio Campos, em
Caruaru, Pernambuco. Morava no Alto do Moura, vila a seis quilômetros de Caruaru.
Filho de lavradores, iniciou-se com apenas seis anos na arte do artesanato de
barro. Como toda criança, fazia bichinhos — boi, cavalo, bode — com as sobras do
barro usado por sua mãe, que era louceira, designação dada às mulheres que faziam
utensílios domésticos de barro.

Mais tarde, passou a modelar bonecos que representavam as figuras


que via em seu tempo e lugar, personagens que povoavam sua vida e a
do seu povo: o médico, o vaqueiro, o trabalhador da roça, o feirante, a
mulher carregando lenha, enfim, pessoas que caracterizavam o seu
cotidiano. Modelou também animais (boi, cavalo, jumento) e cenas típicas
da sua cultura (casamento matuto, batizado, festas de São João).

Registrou toda uma cultura nordestina e perpetuou no barro e na cerâmica suas impressões sobre essa cultura e esse modo de
vida.

Procedimentos
5
1. Comente sobre a vida e obra do Se a argila estiver ressecando, 8. Devolva as composições e J1
Mestre Vitalino. coloque água em alguns copos disponibilize tinta guache colorida e
plásticos e oriente os alunos a pincéis.
2. Chame a atenção dos alunos para a
molharem os dedos e passarem na
estrutura corporal das composições 9. Os alunos pintam suas modelagens
argila, até que ela readquira a
desse artista. e colocam para secar sobre a folha
consistência própria para
de sulfite anteriormente utilizada.
3. Oriente os alunos para vestirem modelagem.
aventais e peça colaboração para 10. Organize exposição e acrescente
6. Coloque os trabalhos para secar
forrar mesas com papel Kraft. informações sobre o artista
sobre folha de sulfite identificada
estudado.
4. Distribua porções de argila e deixe-os com o nome dos alunos.
modelar livremente. 11. Tire fotos do material produzido
7. Na aula seguinte, os alunos vestem
pelos alunos para colar no espaço
5. Oriente-os para modelar aventais novamente e colaboram na
do registro.
bonequinhos inspirados nas forração das mesas.
composições de Vitalino.

Outras possibilidades

Providenciar bonecos de vários materiais, para que os alunos observem as diferentes formas, cores e texturas.

É interessante o recurso de breves dramatizações sobre o cotidiano e a cultura nordestina, contextualizando a atividade
plástica e comparando-a ao dia-a-dia das crianças.
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Máscaras — cultura indígena

Caracterização
Tema / Atividade máscaras — cultura indígena
Técnica confecção de máscara e pintura
Objetivo(s) – conhecer aspectos da cultura indígena brasileira
– aperfeiçoar a coordenação motora e a percepção visual
– conhecer materiais que permitam o desenvolvimento da criatividade
Duração mínima duas aulas
Estratégia confecção de máscara em papelão e pintura em tinta acrílica
Material necessário para cada aluno, papelão de caixa 20 x 15 cm, dois pedaços de arame com 15 cm de
comprimento, pincel chato nº 14, tiras de sisal, dois pedaços largos de elástico com 20 cm de
comprimento, giz de cera grosso colorido; para cada dois alunos, água, cola branca, tinta
acrílica em cores variadas; para toda a sala, papel Kraft, tesoura; para uso do professor,
estilete, pistola de cola quente, pasta contendo máscaras diversas
Material alternativo tinta guache substitui tinta acrílica; lã, o sisal

Descrição das ações


Referencial teórico
6 As máscaras têm origem na pintura corporal de rituais primitivos, sendo adotadas desde os
J1
tempos pré-históricos.
Na China, eram confeccionadas e usadas para afastar os maus espíritos. Muitos curandeiros,
como os pajés indígenas, usam máscaras para incorporar entidades que curam os enfermos,
segundo acreditam.
Os romanos ignoravam as máscaras, mas pintavam o rosto. Na Grécia Antiga, usavam-se
máscaras em festas e teatros, porque permitiam que os atores representassem vários papéis na
mesma peça, além de amplificar seu tom de voz.

No Brasil, algumas tribos usam máscaras que representam espíritos ou simbolizam forças da natureza, como o
vento, a tempestade, a chuva e o trovão. Feitas de palha, entrecasca de árvore, pele de animal, conchas e
madeiras, são pintadas com tintas naturais extraídas de urucum e jenipapo, por exemplo.

Durante o Renascimento, as máscaras ganharam muito brilho e pompa. Reproduziam


geralmente personagens conhecidos nos palcos: Pierrô, Colombina, Polichinelo e
Arlequim. Esse fato acabou inspirando o carnaval no Brasil, que se tornou uma festa
grandiosa.

Em certas civilizações, a máscara ainda é importante em rituais religiosos, de guerras e de caça, porque representa poder e autoridade.
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Procedimentos
1. Prepare antecipadamente o 9. Distribua tiras de sisal para que eles 13. Assim que a cola quente secar,
papelão, cortando os espaços dos sintam a textura, dêem nós e mostre como dobrar a máscara para
olhos, boca e nariz com estilete. As desfiem as pontas. dar-lhe volume. O arame permite
ondulações internas do papelão esse movimento.
Os procedimentos a seguir
devem ficar na horizontal.
demandarão algum tempo. 14. Deixe as crianças brincarem com as
2. Os alunos vestem aventais e Trabalhe de mesa em mesa. máscaras, criando personagens e
colaboram na forração das mesas Disponibilize folhas de papel Kraft dramatizando histórias. Também
com papel Kraft. e giz de cera grosso num canto da pode ser interessante trazer
sala, além de pasta contendo músicas indígenas para os alunos
3. Distribua o papelão cortado e
imagens de máscaras diversas, ouvirem e simularem situações de
identificado com o nome deles.
para os alunos se distraírem sua cultura (dança da chuva,
Deixe-os brincar antes de pintar.
enquanto aguardam seu preparação para a colheita e
4. Disponibilize pincéis, água e tinta atendimento. outras).
acrílica em cores variadas.
10. Para dar firmeza, instale os arames 15. Exponha as máscaras em sala de
5. Os alunos pintam as máscaras. aula ou outro local.
nas máscaras, um acima do espaço
6. Coloque-as para secar em local vazado para os olhos e outro no 16. No espaço do registro, os alunos
arejado. espaço entre a boca e o nariz. desenham a máscara que
7. Organize a sala e os materiais 11. Fixe os arames à máscara com um confeccionaram com giz de cera
utilizados juntamente com os pingo de cola quente em cada grosso e colam tiras de sisal para
alunos. ponta. enfeitar.

8. Na aula seguinte, devolva as 12. Com cola quente, fixe o sisal, acima
máscaras. do espaço vazado para os olhos, e 7
as tiras de elástico, nas laterais. J1

Variações de atividade

Esta atividade pode ser desenvolvida nas demais coleções, variando:

— o suporte: prato de papelão, sacos de papel, cantos de caixas de sapato.

— a abordagem: carnaval, animais, flores, personagens de gibis ou histórias infantis.

Anotações
Arte
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2 Vivenciando paisagens e ambientes

Cor e luz nas paisagens de Van Gogh

Caracterização
Tema / Atividade cor e luz nas paisagens de Van Gogh
Técnica pintura sobre gaze
Objetivo(s) – perceber diferenças cromáticas e luminosas nos exemplos apresentados e no ambiente
– identificar diferentes ambientes
– explorar materiais novos
Duração mínima duas aulas
Estratégia releitura de obra de Vincent van Gogh em papiro confeccionado com atadura, cola e café solúvel
Material necessário para cada aluno, duas tiras de atadura de gaze 30 x 12 cm, folha de papel sulfite grosso
tamanho A4, pincel, giz de cera grosso colorido, lápis grafite 2B, cola branca; para cada dois
alunos, cola branca diluída em café solúvel
8 Material alternativo cartolina branca substitui papel sulfite grosso
J1

Descrição das ações


Referencial teórico
Van Gogh, pintor holandês expressionista, nasceu em Groot-Zundert, na
Holanda, em 1853, e morreu em Auvers-sur-Oise, França, em 1890.
Iniciou sua carreira como pintor em 1880.
Foi para Paris onde recebeu influências impressionistas. Em 1888,
mudou-se para Arles desenvolvendo o próprio estilo — pós-impressionista.
Por suas mãos, a cor ganhou luminosidade e força expressiva acentuada
em pinceladas dinâmicas.

Vincent van Gogh — Auto-retrato — 1886/1887 — painel —


41 x 32,5 cm — Instituto de Arte de Chicago

No início, as cores das pinturas de Van Gogh eram tristes e


sombrias. Observe a composição Duas Mulheres na Turfa, na qual ele
retrata a vida dura das pessoas pobres.
Vincent van Gogh — Duas mulheres na turfa — 1883 — óleo sobre tela —
27 x 35,5 cm — Museu Nacional Vincent van Gogh, Amsterdã
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Usou cores escuras até conhecer a riqueza cromática


da arte japonesa. Van Gogh apaixonou-se pelas cores
brilhantes, pelas formas fortes e linhas.
Em pouco tempo, suas pinturas passaram a ser mais
coloridas e vibrantes. Aprecie a obra Casa de Fazenda
na Provença, Arles. Procure conversar com os alunos
sobre as diferenças entre esta e as obras apresentadas
na página anterior.

Vincent van Gogh — Casa de fazenda na Provença,


Arles — 1888 — óleo sobre tela — Galeria Nacional
de Arte, Washington, D.C

Observe a composição Oliveiras. A pintura é tão


vibrante e forte que dá a sensação de calor e
luminosidade. Comente com os alunos sobre a
expressividade das pinceladas e do movimento aparente
nos quadros de Van Gogh. 9
J1

Vincent van Gogh — Oliveiras — 1889 —


óleo sobre tela — 73,6 x 92,7 cm — Instituto
de Artes de Minneapolis

Por este projeto os alunos farão releitura sobre papiro.


Os antigos egípcios cultivavam papiro, espécie de bambu muito útil com que fabricavam barcos, cordas e sandálias. Utilizavam
o miolo como alimento e as raízes para sustentar o fogo.
Das hastes e do miolo produziam uma espécie de papel. Para isso, cortavam as hastes do bambu em tiras, e o miolo em
pedaços, sobrepondo-os e martelando-os. A seiva que se desprendia das tiras fazia grudar as partes umas nas outras.
Obtinha-se, assim, uma espécie de papel, que era alisado e, depois de seco, cortado em retângulos. A confecção de um rolo
desse material que constituía o papiro exigia muitas folhas. Um dos mais longos documentos egípcios encontrados mede cerca de
58 metros.
A escrita era tão importante no mundo egípcio, que o escriba (trabalhador que escrevia e ilustrava cartas, contratos e orações)
se tornava pessoa influente. Aquela civilização cultuava inclusive o deus da escrita, Toth.
Hoje o cultivo e o uso do papiro são restritos, visto que outras formas de suporte surgiram — papel, madeira, tecido e outros.
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Procedimentos
1. Analise com os alunos as obras de 12. Na próxima aula, devolva os
Van Gogh, questionando-os sobre trabalhos e explore a textura do
as diferenças e semelhanças papiro, incentivando os alunos a
encontradas. passarem as mãos sobre ele,
sentindo a superfície áspera.
2. Oriente-os para escolher uma das
obras observadas para fazer 13. Distribua giz de cera grosso.
releitura sobre papiro.

3. Os alunos vestem aventais.


10. Colam a atadura bem esticada
4. Prepare antecipadamente a mistura sobre a folha e passam mais uma
de cola branca com duas colheres camada da mistura sobre ela. Se
pequenas de café solúvel. Misture necessário, ajude-os.
bem para deixá-la homogênea.
Quanto mais café, mais escuro o
resultado.

5. Distribua as ataduras. 14. Os alunos fazem releitura da obra


6. Estimule-os a explorá-las, sentir- escolhida. Oriente-os para contornar
lhes a textura e a plasticidade, os elementos desenhados com giz
amassando-as, enrolando-as nas de cera grosso preto e para pintá-
mãos, colocando-as na frente dos los com o colorido.
olhos. Demonstre como as ataduras 15. Organize mostra com os trabalhos
são usadas no dia-a-dia (hospitais, dos alunos, acrescentando cartazes
10 ferimentos). informativos sobre o pintor
J1
7. Entregue as folhas de sulfite e estudado.
oriente-os a indentificá-las usando 16. No espaço do registro, os alunos
lápis grafite 2B. fazem releitura de uma das obras de
8. Disponibilize um pouco da mistura Van Gogh com giz de cera grosso
de cola com café e pincéis. colorido. Com pincel, passam fina
camada da mistura de cola com café
9. Os alunos passam uma camada
no desenho e deixam-no secar.
grossa da mistura sobre o papel, 11. Coloque os trabalhos para secar e
com o pincel. peça colaboração para organizar a
sala e os materiais utilizados.

Outras possibilidades
Chamar a atenção dos alunos para o movimento visual da pintura do artista, por meio de suas pinceladas dinâmicas e de ritmo
bem-quebrado. Como sugestão, disponibilize folhas de papel sulfite, tinta guache ou plástica e pincéis; explore com os alunos as
diversas possibilidades de uso do pincel: batidas, pontinhos, sobreposições, pinceladas inclinadas, entre outras.

Variações de atividade

Esta técnica pode ser utilizada nas demais coleções, variando:

— o tema gerador da proposta: outros artistas podem ser estudados.

— o suporte: usar gaze gessada sobre papel; depois de seca, colorir com giz de cera; ou usar tecido rústico previamente colado
em papel ou papelão.
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Paisagens naturais

Caracterização
Tema / Atividade paisagens naturais
Técnica desenho com cola branca
Objetivo(s) – perceber diferenças cromáticas e luminosas nas obras observadas
– identificar formas conhecidas nos trabalhos confeccionados e nas composições
observadas
Duração mínima duas aulas
Estratégia desenho com cola branca em tubo e pintura com lápis de cor em papel sulfite
Material necessário para cada aluno, folha de papel sulfite grosso tamanho A4, tubo pequeno de cola branca,
lápis grafite 2B, giz de cera grosso colorido, lápis de cor, pincel; para cada quatro alunos,
anilina em cores variadas diluída em álcool e água; para toda a sala, papel Kraft
Material alternativo giz de cera grosso substitui lápis de cor; cartolina branca cortada tamanho A4, sulfite grosso

Descrição das ações


Referencial teórico
O mais velho dos impressionistas, Camille Pissarro foi o mentor de Gauguin,
Van Gogh e de Cézanne.
Nasceu em Saint Thomaz, nas Ilhas Virgens, e aos 25 anos, chegou a Paris, onde 11
começou a pintar ao ar livre (1830). J1

Por temperamento, era o menos tendencioso e intransigente de todos os


impressionistas; sua silenciosa tenacidade muito contribuiu para manter unido o
movimento nos seus primeiros tempos.
Em La Siesta, Pissarro retrata momento da vida comum. A obra é iluminada pelo
brilho dourado do nascer do sol.
Camille Pissarro — La siesta — 1899 — óleo sobre tela —
coleção Durant-Ruel, Paris

Na obra Um Pomar, os tons maravilhosamente sutis da paleta de aquarela de


Pissarro representam o final do verão e o início do outono.

Camille Pissarro — Um pomar — 1890 — aquarela


sobre tela — British Museum, Londres

Pissarro morreu em novembro de 1903, deixando grande legado de quadros. Homem


bondoso e gentil, teve poderosa influência sobre os outros artistas de sua época.

Camille Pissarro — Auto-retrato — 1903 —


óleo sobre tela — Tate Gallery, Londres
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Procedimentos
1. Os alunos vestem aventais. 7. Disponibilize tubos de cola branca e 12. Quando concluírem, fecham os
oriente-os a fazer o contorno dos olhos e passam suavemente as
2. Solicite ajuda para forrar as mesas
elementos da obra escolhida com a mãos na própria pintura, bem como
com papel Kraft.
cola. na dos colegas, para sentir e
3. Distribua as folhas de sulfite e peça comparar-lhes a textura.
8. Observe se todos conseguem
que as identifiquem, usando lápis
imprimir força suficiente para apertar 13. Exponha os trabalhos em sala de
grafite 2B.
o tubo. aula ou outro local.
4. Disponibilize anilina em cores
9. Coloque os trabalhos para secar 14. No espaço do registro, os alunos
variadas diluída em água e álcool e
sobre superfície horizontal, para que colocam o trabalho embaixo do
pincéis.
a cola não escorra. espaço para registro e, neste,
5. Eles pintam toda a folha e deixam-na passam giz de cera grosso deitado.
10. Na aula seguinte, disponibilize lápis
secar. Assim, o desenho com cola fica
de cor e devolva as composições.
6. Peça-lhes para escolherem uma impresso na folha.
11. Os alunos pintam todo o espaço
das obras observadas para fazer
interno dos desenhos.
releitura.

Anotações

12
J1
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Arte
Conhecendo formas e linhas 3

Compondo com formas geométricas

Caracterização
Tema / Atividade compondo com formas geométricas
Técnica composição com técnica mista — recorte e colagem
Objetivo(s) – aperfeiçoar a coordenação motora fina
– observar as possibilidades e limitações criadas pelos campos de cor
– desenvolver percepções visual e espacial
– perceber as diferenças entre linhas e áreas coloridas
Duração mínima duas aulas
Estratégia releitura de obra de Piet Mondrian, fazendo colagem de tiras de papel preto sobre folha
branca e posterior pintura em guache nas cores primárias
Material necessário para cada aluno, três tiras de papel lustro preto 25 x 2 cm, folha de papel sulfite grosso
25 x 25 cm (previamente cortada), pincel, caneta hidrocor preta, giz de cera grosso vermelho, 13
amarelo e azul; para cada dois alunos, cola branca, tinta guache nas cores amarela, azul, J1

vermelha e branca; para uso do professor, globo terrestre


Material alternativo cartolina branca cortada em tamanho 25 x 25 cm substitui papel sulfite grosso

Descrição das ações


Referencial teórico
Piet Mondrian (1872—1944), pintor holandês, desenvolveu um estilo inconfundível
na pintura. Usou cores primárias e linhas retas, dispostas de maneira a conseguir
equilíbrio perfeito em suas criações, como na obra Composição.

Nem sempre fez isso. No início da carreira, o artista representava a realidade


através das formas — composição figurativa. Foi simplificando as formas, cores e
linhas até chegar ao abstracionismo geométrico — arte não-figurativa que utiliza Piet Mondrian — Composição — 1921 — Museu
Nacional de Arte Moderna, Paris
elementos geométricos.
Observando a série de árvores que Mondrian pintou entre 1908 a 1912, percebemos modificações no estilo.

Piet Mondrian — Árvore vermelha —1909/1910 — Piet Mondrian — Árvore cinza — 1911 — Piet Mondrian — Árvores em flor — 1912 —
70 x 99 cm — Gemeentemuseum, Haia 78,5 x 107,5 cm — Gemeentemuseum, Haia 65 x 75 cm — Galeria Nova Spetra, Haia
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Procedimentos
Leve o globo à sala de aula e 5. Explique como organizar as tiras 12. Devolva as composições feitas na
mostre aos alunos onde ficam o sobre o papel antes da colagem, aula anterior e reparta pincéis e tinta
Brasil e a Holanda. Comente sobre para descobrir o melhor efeito. Deixe guache.
os costumes, os trajes típicos claro também que as tiras devem ser
13. Os alunos pintam cada espaço em
(tamanco), a criação de gado e a coladas em linha reta, na horizontal
cor única, podendo utilizar a mesma
produção de leite daquele país, e vertical.
cor em mais de um espaço.
usando imagens ilustrativas.
6. Coordene a distribuição de pincéis.
14. Deixe os trabalhos secarem.
1. Os alunos vestem aventais. 7. Disponibilize cola para cada dois
15. Com a ajuda dos alunos, exponha-os
2. Entregue folhas de papel sulfite alunos.
em sala de aula ou outro local.
identificadas. 8. Auxilie-os na fixação das tiras de
16. No final, peça que os alunos
3. Distribua tiras de papel lustro. papel lustro na folha de sulfite.
observem os trabalhos, as cores
Aproveite para desenvolver noções
utilizadas, as formas criadas e as
de espaçamento (maior, menor) e
semelhanças com objetos da sala
lateralidade (Que tal puxar a tira para
de aula. Exemplo: o quadrado azul
a direita? Ou mais para a esquerda?)
possui a mesma forma da tampa da
9. Peça para observarem as figuras que carteira; o retângulo vermelho
surgiram entre as tiras de papel preto. menor tem a forma da capa do
4. Indique aos alunos a maneira de caderno, agenda.
10. Coloque os trabalhos para secar.
dispor as tiras em linhas horizontais
17. No espaço do registro, os alunos
e verticais sobre o papel sulfite. 11. Na aula seguinte, os alunos vestem
traçam linhas horizontais e verticais
novamente aventais.
espaçadas entre si, com caneta
14 hidrocor preta. Pintam as formas
J1
Outras possibilidades resultantes com giz de cera grosso.

Outros papéis podem ser utilizados como suporte para desenvolver a atividade — papel Kraft, papelão, celofane.

A música dos dois países (Brasil e Holanda) apresenta diferenças marcantes que podem ser exploradas na ambientação da
sala de aula.

Se houver tempo, os alunos variam as composições, usando sisal, barbante, lã ou outro material equivalente para criar os
campos de cor.

Os alunos podem criar campos de cor com materiais variados, o que possibilita também a associação de objetos táteis;
pedacinhos de tecido com texturas variadas é bom exemplo disso.

Linhas, formas e movimentos em Kandinski

Caracterização
Tema / Atividade linhas, formas e movimentos em Kandinski
Técnica pintura com cola e anilina
Objetivo(s) – estabelecer relações espaciais
– estabelecer relações entre vários tipos de linhas e formas
– desenvolver noções sobre a espessura das linhas
Duração mínima duas aulas
Estratégia pintura de linhas com cola branca e anilina em folha de papel sulfite
Material necessário para cada aluno, folha de papel sulfite grosso tamanho A3, pincel, três copinhos descartáveis
contendo cola branca até a metade, colher de plástico, lápis grafite 2B; para cada dois alunos,
anilina em cores variadas diluídas em álcool e água; para toda a sala, papel Kraft
Material alternativo cartolina branca tamanho A3 substitui sulfite; jornal, papel Kraft
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Descrição das ações
Referencial teórico
A pintura realizada com cola e anilina forma uma textura interessante para ser explorada pelos
alunos. Além disso, permite comparar tonalidades fortes, da anilina aplicada pura, com as suaves,
da diluída em água e álcool.
Converse com os alunos sobre as linhas, mostrando que elas são formadas pelo agrupamento
de vários pontos.
Ilustre o conceito de linha, apresentando a obra Pontos, do pintor russo Vassily Kandinski.

Mostre aos alunos a presença das linhas em toda parte, comentando que todas as formas da natureza podem ser expressas por
dois tipos de linha: retas e curvas.

Trilhos do trem (linha reta — horizontal) Sorriso do palhaço (linha curva)

15
J1

Contorno do carro (linha quebrada) Bicicleta (linha reta e curva fechada)

Peça aos alunos para citarem exemplos de objetos da sala nos quais identifiquem linhas.
Retomar conceitos de espessura (grosso e fino) e comprimento (maior e menor) é importante, porque os alunos traçarão linhas
com essas características.

Procedimentos
1. Auxilie os alunos a vestirem 10. Devolva-lhes os trabalhos.
aventais e a forrarem as mesas com 11. Peça que observem as linhas que
papel Kraft. surgiram, quanto à espessura, ao
2. Entregue o papel sulfite grosso comprimento e à largura.
tamanho A3 e solicite sua 6. Os alunos movimentam a folha, 12. Disponibilize pincéis e anilina
identificação individual, utilizando fazendo a mistura de cola e anilina diluída em álcool e água, na cor de
lápis grafite 2B. espalhar-se por todo o papel, preferência do aluno.
3. Distribua copinhos contendo cola formando linhas.
13. Os alunos passam camada de
branca. 7. Os procedimentos 4, 5 e 6 serão anilina sobre as composições,
4. Os alunos derramam um pouco de repetidos com outras duas cores de usando pincel.
cola sobre o papel, usando colher. anilina.
14. Coloque-as para secar, chamando a
8. Coloque os trabalhos para secar e atenção para a autoria do trabalho.
organize a sala de aula e os
15. Os alunos registram a atividade no
materiais utilizados, com a
espaço, pintando a folha com cola
colaboração dos alunos.
misturada em anilina colorida e
9. Na aula seguinte, eles vestem usando pincel.
5. Acrescentam anilina líquida à cola aventais e forram as mesas com
do papel, usando colher. papel Kraft.
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Outras possibilidades

Construção de móbiles e marcadores de livros com detalhes interessantes das composições dos alunos.

Variações de atividade

Essa atividade pode ser desenvolvida em outras coleções, variando:

— a cor do papel para obter contrastes.

— a forma do suporte — cortando o papel de maneira criativa, usando formatos irregulares.

Anotações

16
J1
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Arte
Vivenciando transparências 4

Vitrais divertidos

Caracterização
Tema / Atividade vitrais divertidos
Técnica construção de vitral
Objetivo(s) – vivenciar a transparência das cores pelo fenômeno da luz e sua incidência
– experimentar a organização cromática de papéis transparentes
Duração mínima duas aulas
Estratégia recorte e colagem com celofane colorido, compondo o efeito vitral
Material necessário para cada aluno, cola branca, tinta acrílica preta, pincel, papéis celofane de várias cores,
obrigatoriamente amarelo, azul ciano e magenta (rosa forte); para toda a sala, papel Kraft

Descrição das ações 17


J1
Referencial teórico
Isaac Newton, físico inglês, fez importantes descobertas sobre as cores.
Numa das suas experiências fez passar um feixe de luz branca através
do cristal (1672). O feixe se decompôs em sete cores: vermelho,
alaranjado, amarelo, verde, azul, anil e roxo. Isso acontece também
quando um raio de sol atravessa uma gotícula de água. O raio se
decompõe e observam-se as sete cores do arco-íris.

→ Vermelho
→ Alaranjado
→ Amarelo
→ Verde
Luz branca
(solar) → Azul
→ Anil
→ Violeta

Joham Wolfgang Goethe, no início do século XIX, foi além de Newton em sua pesquisa sobre a cor.
Goethe deixou um esboço da teoria das cores que, mais tarde, século XX, a física e a química comprovariam. Segundo ele, a
cor é um efeito que se percebe com a luz, mas não é a própria luz. Ele defendeu a existência de três tipos de cores: fisiológicas,
físicas e químicas.
Embora Goethe tenha se oposto em vários aspectos às leis de Newton, não conseguiu derrubá-las. A fundamentação teórica
para o Impressionismo e o Pós-Impressionismo vem das proposições de Goethe.
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Sua teoria foi então comprovada pela física moderna, a qual considera duas sínteses cromáticas:

Síntese aditiva — LUZES somadas

secundárias (luzes): luz vermelha + luz verde = luz amarela


primárias (luzes): vermelho, azul e verde luz vermelha + luz azul = luz magenta
luz verde + luz azul = ciano

vermelho + azul + verde = LUZ BRANCA


estas luzes são a base para as imagens de
TV e iluminações de palcos, teatros, etc.

Síntese subtrativa — TINTAS misturadas

secundárias (tintas): tinta amarela + tinta ciano = tinta verde


primárias (tintas): amarelo, magenta e ciano tinta amarela + tinta magenta = tinta vermelha
tinta magenta + tinta ciano = tinta azul

amarelo + ciano + magenta = TINTA MARROM ESCURO


estas cores são utilizadas em todos os sistemas de
impressão gráfica como embalagens, rótulos de produtos,
cartuchos de impressoras e tintas de modo geral.

Embora grande número de materiais sobre o assunto traga informações das cores primárias serem vermelho, azul e amarelo,
esta teoria é aceita como tradicional, mas não é a mais cientificamente correta. É importante, gradativamente, atualizar estes
1 8 conhecimentos, os quais a física óptica já comprovou.
J1

Procedimentos
1. Solicite aos alunos que coloquem 4. Ofereça-lhes pedaços de celofane 7. Na aula seguinte, devolva os
os aventais e forrem as mesas com magenta, azul e amarelo, e peça trabalhos e disponibilize tinta
papel Kraft. que os sobreponham, 2 a 2, para acrílica preta e pincéis.
verem as cores formadas. Explique
2. Trabalhe com eles o fenômeno da 8. Oriente-os como pintar linhas sobre
que estas são as cores que,
luz solar nos dias mais claros ou as emendas dos pedaços de papel
misturadas, produzem as demais.
menos luminosos pelas nuvens que celofane.
cobrem o sol. Compare com a noite, 5. Disponibilize pedaços de papel de
9. Em seguida, crie um varal junto à
no momento em que tudo fica celofane de todas as cores. Explique
janela ou ao ar livre que permita
escuro, sem cor; para se ver a cor, é que as bordas vão sendo coladas,
visualizar a transparência do
necessária a luz. criando-se uma espécie de quebra-
celofane, podendo expô-lo ao sol
cabeça.
3. Mostre-lhes imagens de vitrais, para acentuar os efeitos cromáticos
explicando que são janelas 6. Oriente e coordene a organização e as crianças observarem as
decoradas com vidros de várias da sala de aula e dos materiais transparências cromáticas.
colorações, que iluminados projetam utilizados.
as diversas cores que o compõem.

Variações de atividade
A atividade referente a este projeto pode variar e ser desenvolvida nas demais coleções.
A complexidade do vitral pode ser reproduzida com formas recortadas do papel celofane — triângulos, quadrados.
A base preta pode ser previamente feita pelas crianças com tiras de cartolina ou papel similar, que produzem uma trama de tiras
coladas; nos espaços entre as tiras, elas colam o celofane colorido.
As crianças podem produzir coletivamente um único vitral para ser fixado na janela da sala; use durex como adesivo.
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Compondo imagens simétricas

Caracterização
Tema / Atividade compondo imagens simétricas
Técnica monotipia
Objetivo(s) – vivenciar o efeito da transparência na pintura pelo uso do papel vegetal
– experienciar a imagem rebatida e relacioná-la a elementos da natureza e do cotidiano
Duração mínima duas aulas
Estratégia pintura com tinta plástica em folha de papel vegetal e posterior sobreposição de outra folha
para produzir mistura de cores e efeito espelhado
Material necessário para cada aluno, duas folhas de papel vegetal tamanho A4, folha de papel dupla face preto
25 x 34 cm, pincel, régua de 30 cm; para cada quatro alunos, cola branca tingida com anilina
líquida em várias cores; para toda a sala, papel Kraft
Material alternativo tinta guache substitui a plástica; papel cartão preto, o dupla face

Descrição das ações


Referencial teórico
O conceito de simetria não é exclusivo da física. Podemos encontrá-lo associado a várias atividades humanas e a diversos
conceitos, como, por exemplo, o conceito de beleza. A nossa definição de belo é associada, desde os tempos da Grécia Antiga, à
noção de simetria. Quanto mais simétrico o objeto, mais belo nos parece. Observe as imagens abaixo. 19
J1

Elas têm alto grau de simetria. Imagine que fosse possível cortar essas imagens ao meio na direção vertical, por um eixo que
passasse pelo centro. É fácil imaginar que uma das metades assim obtida seria como a outra metade refletida no espelho.
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Analise a obra Mulher de Chapéu, do pintor Pablo Picasso.

Ela nos chama a atenção pela falta de simetria. Se realizarmos a mesma


operação, não obteremos duas metades semelhantes. Nesse caso não há simetria na
imagem.
Neste projeto será trabalhada a simetria. Explique aos alunos que é fácil identificar
imagens simétricas em borboletas, frutas, no corpo humano. Para esclarecer o
conceito, num dos alunos, marque com barbante exatamente sua metade no sentido
vertical, para que todos entendam o que seja simetria. É interessante relacionar a
simetria a objetos de uso cotidiano: cadeiras, materiais e outros que eles identifiquem.
A ponte entre as artes visuais e o dia-a-dia dos alunos é fundamental.

Pablo Picasso — Mulher de chapéu —


1935 — óleo sobre tela — Giraudon —
coleção particular

Procedimentos
1. Os alunos vestem aventais e forram 10. Coloque os trabalhos para secar.
20 as mesas com papel Kraft com seu
11. Na aula seguinte, ajude os alunos a
J1 auxílio.
vestirem aventais e forrarem as
2. A cada um, dê uma folha de papel mesas.
vegetal identificada com o
12. Devolva os trabalhos e peça-lhes
respectivo nome.
que amassem e desamassem uma
7. Distribua réguas aos alunos. Eles
3. Explore a transparência e a das folhas.
passam a régua no papel, da parte
plasticidade desse suporte. Peça
superior para a inferior, imprimindo 13. Distribua pincéis e papel dupla face
para olharem através dele e mostre
força e empurrando a tinta. Isto preto, bem como cola para grupos
como é fácil fazer marcas nele.
deve ser feito rapidamente, antes de quatro alunos.
Relacione esta à atividade anterior,
que um papel cole no outro.
na qual foi explorada a 14. Peça que colem a folha amassada
transparência também. 8. Os alunos separam uma folha da no papel dupla face preto e passem
outra. uma camada de cola no papel
4. Disponibilize cola branca tingida
amassado, para dar-lhe
com anilina em copinhos.
acabamento.
5. Cada aluno molha o pincel na tinta
15. Para registrar a atividade, cole a
e deixa cair gotas na parte superior
pintura que não foi amassada no
do papel.
espaço do registro.
6. Entregue outra folha de papel
16. Realize exposição com as obras de
vegetal. Oriente para que ela seja 9. Chame a atenção dos alunos para a
arte produzidas pelos alunos.
sobreposta àquela que antes translucidez do papel e das cores.
recebera tinta.

Outras possibilidades
Em vez de amassar o papel no final da atividade, estabeleça eixo de ligação com o tema animais e crie borboletas com diversas
silhuetas, conforme o resultado das manchas rebatidas; uma única folha de papel vegetal dobrada ao meio resultará na asa da
borboleta.
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Arte
Conhecendo artistas brasileiros 5

Universo imaginário de Tarsila do Amaral

Caracterização
Tema / Atividade universo imaginário de Tarsila do Amaral
Técnica modelagem com massa fria
Objetivo(s) – vivenciar o folclore tendo como eixo a produção artística nacional
– explorar o aspecto lúdico e a fantasia na expressão plástica
– estabelecer aproximação com a estética do artista
Duração mínima duas aulas
Estratégia modelagem de enfeite para geladeira com massa fria colorida e uso de ímã
Material necessário para cada aluno, palito de dente e fósforos queimados, ímã, folha de papel sulfite A4
identificada, giz de cera grosso colorido; para cada duas crianças, cola branca; para a sala,
massa fria preparada e tingida em cores variadas, placa de metal
21
Descrição das ações J1

Referencial teórico
Tarsila do Amaral nasceu na cidade de Capivari, interior de São Paulo, em 1886, e morreu
em 1973.

Tarsila do Amaral — Auto-retrato I — 1924 —


38 x 32,5 cm — óleo sobre papel-tela —
Acervo Artístico Cultural dos Palácios do
Governo do Estado de São Paulo

Adotou um jeito diferente de pintar, ajudando a mudar os rumos da pintura no Brasil.


Tarsila foi um dos nomes mais importantes do movimento modernista brasileiro.
Na composição A Cuca, Tarsila retrata tema bem brasileiro: um bicho esquisito
(cuca), um sapo, um tatu e outro bicho inventado, todos na mata.

Tarsila do Amaral — A cuca — 1924 — 73 x 100 cm —


óleo sobre tela — Coleção do Museu de Grénoble, França

Em Cartão Postal vemos a lindíssima cidade do Rio de Janeiro, um dos cartões


postais do Brasil. O macaco é um bicho antropofágico de Tarsila que aparece na tela.

Esta atividade faz conexão com a riqueza folclórica brasileira, que reflete a
variedade da fauna e flora nacionais.
Proponha aos alunos a modelagem com massa fria dos animais retratados Tarsila do Amaral — Cartão postal — 1928 —
127,5 x 142,5 cm — óleo sobre tela — Coleção
em composições da artista brasileira. Mario Garnero, São Paulo
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Procedimentos
Leve pronta a massa de biscuit para 1. Inicie a atividade relatando histórias 9. Fixam as patinhas junto ao corpo,
realizar a atividade com os alunos. Siga da cuca e de Monteiro Lobato, como usando cola branca.
as orientações. também lendas e histórias do

Massa de biscuit
folclore nacional.

Ingredientes 2. Identifique com os alunos os animais


1 kg de cola branca rótulo azul retratados nos quadros da pintora.
3 xícaras de amido de milho
3. Eles vestem aventais.
1 colher de sopa de vaselina líquida
1 colher de sopa de suco de limão 4. Distribua pedaços de massa, na cor
1 colher de sopa de creme não-gorduroso de preferência do aluno, e peça que
10. Modelam olhos e boca com outras
para mãos os amassem. Chame a atenção para
Tinta a óleo nas cores vermelho-cádmio, cores da massa. Para representar
sua textura lisa e fria.
branco-zinco, amarelo-limão, verde-inglês e as antenas, o rabinho, as orelhas e
5. Os alunos modelam bolas de outros detalhes, os alunos podem
azul-ultramar, amarelo-cádmio e amarelo-ocre.
tamanhos variados. utilizar a própria massa ou palitos
Modo de fazer
6. Fazem rolinhos finos com massa. de fósforo queimados.
Material alternativo: tinta para tecido
substitui tinta a óleo; vinagre, limão. Esses serão posteriormente 11. Coloque os trabalhos sobre folha
Misture a cola branca, o amido de milho, a utilizados como patinhas da de sulfite identificada com o nome
vaselina e o suco de limão em tigela centopéia ou de outro bichinho de de cada aluno.
refratária grande e mexa até desmanchar escolha do aluno.
todas as bolinhas. Leve ao microondas por 12. Na aula seguinte, devolva as
dois minutos. Retire e misture bem. Leve ao modelagens e dê um ímã a cada
microondas por mais dois minutos. Caso aluno.
22 fique melado debaixo da massa, coloque no
13. Eles colam o ímã no verso da
J1 microondas mais um minuto. Passe creme
modelagem, usando cola branca.
para mãos na pia ou pedra e coloque a
massa sobre essa superfície para esfriar um 14. Coloque os trabalhos para secar.
pouco. Passe creme nas mãos e sove bem a
15. Exponha os enfeites fixos numa
massa para ficar com a textura homogênea.
placa de metal.
Depois de fria, separe-a em partes iguais e 7. Disponibilize palito de dente sem
tinja cada parte de uma cor, colocando ponta e tubos de cola branca. 16. No espaço do registro, os alunos
pouca tinta (ao secar, ela fica mais escura). registram a atividade desenhando o
8. Para representar o corpo, os alunos
Sove-a até a cor ficar homogênea. bichinho confeccionado, com giz de
enfiam as cinco bolinhas no palito
A massa pode ser feita em fogão
cera grosso colorido; incentive-os a
convencional. Utilize panela antiaderente e de dente.
criar um cenário para seus
mexa com colher de pau. Mantenha em
personagens — paisagem
fogo baixo. A massa estará pronta quando
incluindo grupo de animais.
desgrudar da panela.
Depois de tingida, coloque as diferentes
cores de massa em sacos plásticos, feche-os
e guarde-os em pote plástico
hermeticamente fechado, fora da geladeira.
Sempre que for utilizar a massa, separe
apenas a quantidade necessária e guarde
o restante, para que não seque.

Observação Variações de atividade


— A potência do microondas varia conforme A massa de biscuit é versátil e atrativa em qualquer idade. As propostas podem ser
a marca. Aumente gradativamente o recriadas segundo outros temas geradores, como lendas e obras de artistas.
tempo, tirando, mexendo e retornando ao
Exemplos: plantas e paisagens, animais, frutas.
microondas, até que a massa esteja no
O fundamental é preservar nesta atividade a oportunidade de o aluno elaborar
ponto.
formas, experimentando seqüência, empilhamento, modelagem e, acima de tudo,
— As cores das tintas podem variar
expressão pessoal. Daí a importância de se obterem resultados diferenciados.
conforme o gosto dos alunos e/ou
disponibilidade de mercado.
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Brincando com Cândido Portinari

Caracterização
Tema / Atividade brincando com Cândido Portinari
Técnica construção de quebra-cabeça tridimensional
Objetivo(s) – vivenciar as obras do artista segundo o eixo norteador das pinturas: brincadeiras infantis
– estabelecer relação lúdica com as imagens por meio do quebra-cabeça
– desenvolver as percepções visual e espacial
Duração mínima duas aulas
Estratégia construção de quebra-cabeça tridimensional, com imagens de obras do pintor Cândido
Portinari, usando caixas de creme dental
Material necessário para cada aluno, quatro caixas vazias e de mesmo tamanho de creme dental, pincel, cola
branca, xerox de duas obras de Portinari na medida das quatro caixas juntas, giz de cera
grosso colorido, papel lustro colorido; para toda a sala, papel Kraft, tinta guache em cores
variadas; para uso do professor, estilete
Material alternativo outro tipo de caixas substitui as de creme dental; tesoura, o estilete

Descrição das ações


Referencial teórico
Cândido Portinari (1903) nasceu em Brodósqui, interior de São Paulo, e 23
faleceu em 1962, vítima de intoxicação pelas tintas que utilizava. J1

Aos nove anos já desenhava com habilidade e, aos quinze, era aluno da
Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro.
Portinari teve infância simples e feliz. Cresceu empinando pipas e rodando
piões, nadando em rios e jogando futebol. Ele retratou essa fase em várias
telas, empregando muita emoção, como se comprova na obra Roda Infantil.

Cândido Portinari — Roda infantil — 1932 — óleo sobre tela —


39 x 47 cm — coleção particular, São Paulo

Muitas pinturas de Portinari têm como fundo a paisagem de


Brodósqui. A obra Crianças Brincando, por exemplo, é impregnada
de inocência e revela intensa busca do real.

Cândido Portinari — Crianças brincando — 1940 —


óleo sobre tela — 81 x 100 cm — Coleção Fundação
Emílio Odebrecht, Salvador, Bahia

Neste projeto os alunos vão fazer um quebra-cabeça, no qual o exercício de montagem das peças vai, gradativamente,
vinculando-se às características do artista.
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Procedimentos
1. Mostre reproduções de algumas Peça para que as crianças
obras de Cândido Portinari aos trabalhem em duplas, ajudando
alunos. A cada aluno entregue xerox uma à outra a segurar as caixas
de duas reproduções. para a colagem.

2. Distribua giz de cera grosso colorido 7. Colocam a colagem virada para


para os alunos pintarem os xerox. baixo e repetem os procedimentos 5
e 6 com o outro xerox.
3. Dê-lhes as caixas de creme dental.
8. Identifique os trabalhos dos alunos
4. Disponibilize pincéis e cola branca.
e peça que organizem o material
5. Eles passam cola com pincel num 12. Com o estilete, corte o papel lustro,
utilizado nesta aula.
dos lados de cada caixa. separando novamente as caixas.
9. Para a próxima aula, separe as
caixas usando estilete, ficando
ambas as imagens divididas em
quatro partes.

13. Deixe-os brincar com os quebra-


6. Os alunos colam um dos xerox cabeças.
24 sobre as quatro caixas juntas.
14. No espaço do registro, os alunos
J1
fazem reinterpretação de uma das
10. Na aula seguinte, entregue o
obras de Cândido Portinari, usando
conjunto de partes a cada aluno.
tinta guache e pincel.
11. Oriente-os para unir as caixas com Para este registro, comente sobre
as faces que não receberam as brincadeiras abordadas,
imagem para cima e aí colar papel trazendo detalhes ricos para a
lustro colorido. Farão isso em execução da pintura.
ambos os lados.

Anotações
MENU PRINCIPAL

Arte
Explorando relevos e superfícies 6

Criando cidades imaginárias

Caracterização
Tema / Atividade criando cidades imaginárias
Técnica escultura em papel
Objetivo(s) – explorar o papel como recurso tridimensional
– desenvolver habilidades espaço-temporais
– desenvolver a habilidade criativa
Duração mínima duas aulas
Estratégia confecção de escultura em papel vergê para criação coletiva de uma cidade
Material necessário para cada aluno, folha de papel sulfite tamanho A4, papel vergê tamanho A4 na cor de
preferência do aluno, lápis grafite 2B, pincel, caneta hidrocor; para toda a sala, retalhos de
papel dupla face, potes com cola; para uso do professor, pistola de cola quente
Material alternativo papel cartão substitui papel dupla face; papel canson, o papel vergê 25
J1

Descrição das ações


Referencial teórico
Praças e museus do mundo todo possuem monumentos feitos de
materiais diversos e com linguagens distintas.
O artista plástico Claes Oldenburg (1929), nascido na Suécia, por
exemplo, compôs a obra Hambúrguer Gigante usando lona de
plástico com enchimento de espuma.

Claes Oldenburg — Hambúrguer gigante — 1962 — lona estampada com


enchimento de espuma — 132 x 213 cm — Art Gallery of Ontario, Toronto

O artista americano Jeff Koons (1955) esculpiu Cachorrinho usando aço,


madeira, terra e plantas floridas.
As cidades são mostruários vivos da inventividade humana, contendo, no
mesmo espaço geográfico, histórias do passado e presente.
Esta atividade propõe estimular os alunos a relatarem referências urbanas
e pensarem criativamente sobre a cidade. Podem-se estabelecer vínculos e
estímulos com sons, imagens (paisagens), cheiros e percepções.

Jeff Koons — Cachorrinho — 1992 — plantas floridas, aço,


madeira e terra — 11,5 m
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O papel, geralmente usado de forma bidimensional (altura e comprimento), pode transformar-se em tridimensional, ou seja,
adquirir volume. Uma das maneiras de fazer isso é rasgá-lo aleatoriamente ou cortá-lo com tesoura ou estilete, formando estruturas
em relevo na superfície plana.
Este trabalho pode ser iniciado com estímulos de imagens de várias cidades e praças com esculturas ou outros detalhes,
instigando a curiosidade e a vontade de produzir uma cidade imaginária.

Procedimentos
1. Distribua folhas de papel sulfite Estimule-os a cobrir os furos com
identificadas com o nome dos cores bem-diferenciadas.
alunos.
10. De mesa em mesa, passe cola
2. Eles rasgam internamente a folha quente nas duas laterais maiores
em diferentes pontos e direções. O do papel dupla face, formando um
resultado será espaços vazados e cilindro.
partes rasgadas enroladas.

3. Guarde a folha de sulfite rasgada.

4. Os dois primeiros procedimentos


servem de treinamento. Se os
alunos rasgarem totalmente a folha,
explique outra vez. Por falta de
controle muscular ou de atenção, às 7. Disponibilize potes com cola, 11. No espaço do registro, os alunos
vezes não conseguem executar o pincéis e retalhos de papel dupla colam o papel sulfite rasgado e
movimento em primeira mão. face de cores diferentes. pintam, usando caneta hidrocor.
26 8. Passam cola em volta das áreas 12. Organize com os alunos um local
5. Distribua papel vergê e peça para
J1
identificá-lo, usando lápis grafite 2B. rasgadas, com o pincel. onde eles possam manter uma

9. Colam o papel dupla face no verso cidade imaginária, usando as


6. Os alunos repetem o procedimento
do papel vergê. esculturas para representação de
2 com a folha de papel vergê.
casas e edifícios do futuro...
Estimule-os a narrar histórias ou
situações criadas.
Outras possibilidades

Podem-se oferecer papéis para decorar a cidade, criar ruas, praças e outros.

Podem-se gravar sons que reproduzam os sons usuais da cidade (buzinas, ônibus, trânsito, pessoas conversando, vendedores
ambulantes), exercitando, assim, a percepção sonora.

Recriando animais

Caracterização
Tema / Atividade recriando animais
Técnica pintura sobre pedra
Objetivo(s) – explorar a pintura sobre o tridimensional
– estimular a imaginação criativa a partir de temas geradores
Duração mínima duas aulas
Estratégia dar forma de bicho à pedra, usando tinta plástica
Material necessário para cada aluno, pedra lisa, pincel, folha de sulfite; para cada dois alunos, tinta plástica em
cores variadas, água, pano de limpeza; para toda a sala, papel Kraft, papel crepom colorido;
para uso do professor, máquina fotográfica
Material alternativo jornal substitui papel Kraft
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Descrição das ações
Referencial teórico
A utilização da pedra como elemento cultural e artístico acontece desde a Pré-História. Os
primeiros homens, além de desenharem na superfície das rochas e nas paredes das cavernas,
também pintavam motivos geométricos, animais, vegetais e figuras humanas sobre pedras,
em cavernas ou paredes de pedra ao ar livre.

Gruta de desenhos, Vale


do Peruaçu, Minas Gerais

Pinturas rupestres, São Raimundo Nonato, Piauí

Além de servirem à pintura, as pedras também eram utilizadas para criação de utensílios e objetos. Observe as imagens.

27
J1

Muiraquitã Machados em pedras polidas

Pedras também são utilizadas por escultores, que as escolhem de acordo com o que desejam esculpir.

Observe a perfeição da escultura em pedra do anão Seneb com sua mulher, de autor
desconhecido.

Anão de Seneb com a mulher, Sentyotes, e um


filho e uma filha pequenos — calcário pintado —
33 cm — Museu Egípcio, Cairo

Por este projeto, os alunos farão pintura sobre pedra. As mais indicadas são as de superfície lisa e forma arredondada.
O trabalho com pedras depende da imaginação, pois seu formato serve de estímulo à criação, determinando o que será
produzido.
Estimule os alunos a comparar forma, tamanho, textura e peso das pedras, bem como a imaginar personagem (animal, objeto,
pessoa) com que elas se pareçam. Explore com eles a dramatização, criando situações de imitação e agrupamento de animais em
seu meio ambiente.
Histórias de animais são pertinentes como estímulo para esta atividade.
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Procedimentos
1. Auxilie os alunos a vestirem 6. Na aula seguinte, ajude os alunos a 10. Deixe-os pintar livremente e criar
aventais e forrarem as mesas com forrarem as mesas e colocarem seus personagens de pedra.
papel Kraft. aventais.
11. Coloque-os para secar sobre papel
2. Distribua pedras. 7. Devolva-lhes as pedras. Peça que sulfite identificado.
observem sua forma e identifiquem
3. Disponibilize tinta plástica branca e 12. Peça que os alunos dêem nomes
o personagem com o qual ela se
pincéis. aos personagens. Escreva-os em
pareça.
tiras de papel sulfite e fixe-as na
4. Cada um passa uma camada de
8. Distribua pincéis, tinta plástica e parte inferior do trabalho.
tinta branca na pedra, cobrindo-a
água.
inteiramente. 13. Com os alunos, crie um ambiente
para expor os personagens de
pedra. Direcione a criação do
ambiente para ecossistema próximo
dos alunos — jardim, rio, bosque.
Defina com eles os elementos que
serão representados.
9. Oriente-os a limpar os pincéis na
5. Coloque as pedras para secar sobre 14. Depois de pronto, tire fotos para
água e enxugá-los antes de trocar
folha de sulfite identificada, instigando- anexar ao espaço do registro.
de cor.
os a imaginar seus animais.

Outras possibilidades
28
J1
Caso não se consigam pedras arredondadas, outras mais facetadas podem servir para a criação de animais pré-históricos, por
exemplo.

O recurso musical é muito importante como estímulo para dar movimento ao trabalho.

É importante que os alunos busquem as relações do animal com o meio ambiente, que pode ser desenhado ou pintado no
sulfite que apóia a pedra.

Em pedras menores pintam-se outros elementos do ambiente.

Escreve-se uma história coletiva ilustrada com os desenhos dos alunos e/ou as fotografias registradas.

Confeccionando diário de infância

Caracterização
Tema / Atividade confeccionando diário de infância
Técnica cartonagem com papel tingido
Objetivo(s) – explorar as superfícies rugosas obtidas com o papel
– estimular o registro gráfico pela confecção de um diário de infância
Duração mínima duas aulas
Estratégia criação de capa para caderno de desenho, utilizando papel Kraft tingido com anilina,
amassado e, depois de seco, plastificado com cola
Material necessário para cada aluno, caderno espiral de desenho pequeno, folha de papel Kraft cortada tamanho
A3, pincel, elástico de dinheiro; para cada dois alunos, anilina de várias cores diluída em álcool
e água, cola branca; para cada quatro alunos, bacia com água; para uso do professor, tesoura
Material alternativo pó xadrez substitui anilina; potes de sorvete, potes grandes de margarina ou baldes de
brincadeira na areia substituem a bacia
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Descrição das ações
Referencial teórico
As técnicas de tingimento são muito antigas. Os fenícios tingiam tecidos com uma substância corante vermelho-escura, a
púrpura, extraída de um molusco marinho. Os tecidos tingidos pelos egípcios também eram famosos.
Embora as principais oficinas de tinturaria ficassem no Oriente, com o passar do tempo, países europeus, como Itália e França,
começaram a desenvolver essa arte. A famosa tinturaria da família Gobelins, na França, tornou-se conhecida pela manufatura de
tapeçaria francesa.
No Brasil, os colonizadores cortavam as árvores de pau-brasil, das quais aproveitavam a madeira e extraíam um corante
vermelho usado para tingir roupas e fabricar tinta de escrever. O pau-brasil está quase extinto pela exploração irresponsável e pelo
desmatamento da Mata Atlântica, que era seu hábitat natural.

Hoje se cultiva essa árvore com a finalidade de ornamentação e exportação, principalmente para a Europa, que aprecia a
madeira para fabricar violinos. Os corantes naturais são pouco usados, porque o tingimento por processo industrial permite
variedade bem maior de cores e padrões.
Esta proposta alia a técnica do tingimento à confecção de um diário pessoal, estimulando os alunos a expressarem seus 29
conhecimentos e seus valores no caderno de desenho. J1

Procedimentos
1. Dilua previamente uma parte de Trabalhe os procedimentos a 9. Verifique se todos os alunos
anilina em três partes de álcool e seguir de mesa em mesa, com conseguem imprimir a força
duas de água. Deixar a anilina bem aproximadamente quatro alunos necessária para espremer a bola.
forte, porque o papel Kraft é escuro. de cada vez. Disponibilize folhas
10. Os alunos desamassam a folha.
de papel Kraft e giz de cera grosso
2. Auxilie os alunos a vestirem
num canto da sala, para que os
aventais e a forrarem as mesas com
alunos se distraiam desenhando
papel Kraft.
enquanto aguardam ser atendidos.
3. Distribua folhas de papel Kraft e
peça para que as identifiquem. 8. Coloque a bacia com água sobre a
mesa. Os alunos molham a bola e
4. Estimule-os a explorar a
depois a espremem para retirar o
plasticidade, a textura e o som que
excesso de água. O papel não deve
esse papel produz ao ser amassado
ficar encharcado.
e desamassado. 11. Disponibilize pincéis e anilina
diluída.
5. Sugira que façam uma bola com o
papel. Deixe-os brincar livremente 12. Eles pintam todo o papel com as
(arremessar, agarrar). cores disponíveis de anilina.

6. Peça que identifiquem objetos de


forma arredondada como a bola, na
sala de aula.

7. Retome a seqüência, sugerindo a


confecção da capa de caderno.
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13. Depois de pintar, amassam
novamente e prendem o papel com
elástico.

21. Auxilie-os a colocar o caderno com


a primeira e quarta capas viradas
24. Passam uma camada de cola
para cima.
branca no papel Kraft que reveste
22. Os alunos passam uma camada de as primeira e quarta capas. Esse é o
cola nas capas do caderno. processo para plastificá-las.
14. Coloque os trabalhos para secar
durante pelo menos dois dias.

15. Na aula seguinte, devolva-os aos


alunos.

16. Eles abrem e alisam a folha com as


mãos.

17. Corte-a em duas partes, ficando


cada uma com 6 cm de margem a
mais em relação à capa do caderno. 23. Colam as folhas de papel Kraft e
25. Coloque os trabalhos para secar, de
18. Guarde as aparas de papel que dobram as bordas para dentro,
preferência pendurados em varal.
30 sobrarem para fazer o registro da colando-as também.
J1
atividade. 26. Para registrar a atividade, os alunos
colam no espaço correspondente as
19. Entregue os cadernos, pincéis e as sobras de aparas do papel.
duas folhas aos alunos.
27. Com o caderno seco, incentive-os a
20. Disponibilize cola. começar seu diário, desenhando
uma história ou um fato.

Modelando animais silvestres

Caracterização
Tema / Atividade modelando animais silvestres
Técnica modelagem em argila
Objetivo(s) – aperfeiçoar a coordenação motora
– conhecer aspectos da cultura brasileira
– relacionar os animais modelados com os abordados nos exercícios
Duração mínima duas aulas
Estratégia modelagem de porta-lápis em argila e pintura com tinta plástica
Material necessário para cada aluno, 300 g de argila, lápis grafite 2B, pincel, giz de cera grosso colorido, lápis de
cor, palitos de sorvete; para cada dois alunos, água, tinta plástica em cores variadas; para
toda a sala, papel Kraft
Material alternativo tinta guache substitui tinta plástica; jornal, papel Kraft
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Descrição das ações
Referencial teórico
A atividade de esculpir é milenar. Os materiais mais utilizados eram argila, osso, pedra e madeira. Depois, com a descoberta dos
metais, surgiram outras técnicas na arte. Além das primeiras peças produzidas com argila,
encontram-se verdadeiras cenas murais que
documentam o passado.
A argila é utilizada para confecção de
utensílios e objetos decorativos desde
antigamente.
A figura mostra utensílios de barro produzidos no Vale do
Jequitinhonha, em Minas Gerais. A arte primitiva nunca
desvinculou o sentido utilitário do estético.

Essas peças são atualmente consideradas decorativas, admiradas pela beleza e cultura que representam, embora não exerçam
suas funções originais.
Na escola, o trabalho com argila, além de excelente exercício de criatividade, fortalece o tônus muscular, desenvolve a
percepção e aperfeiçoa a coordenação motora.
Comente com os alunos sobre a atividade de modelar utensílio na forma de animal. Aproveite para
conversar com eles sobre os animais e a importância de preservá-los.
Pergunte-lhes sobre seus bichos de estimação: cobertura do corpo, principais características,
alimentação. Procure explicar que nem todos os animais possuem o corpo coberto de pêlos; a galinha,
por exemplo, tem penas, e o peixe, escamas.
Comente também que a cobertura do corpo protege os animais do frio e calor, bem como de situações 31
J1
ameaçadoras.
Explique que o porco-espinho é dos animais que usam o pêlo para se defender. Pergunte se alguém
conhece o porco-espinho. Analise com os alunos a foto do animal. Peça-lhes que relacionem suas Porco-espinho, mamífero roedor
de pêlos duros e longos
características.
Os animais silvestres são o tema para esta proposta. É pertinente explorar o que os alunos conheçam: animais que viram ou
tiveram contato.

Procedimentos
Esta atividade é apropriada para
ser feita ao ar livre, permitindo
maior espontaneidade aos alunos;
se não for possível, forre as mesas
da sala com papel Kraft.

1. Auxilie os alunos a vestirem


aventais.

2. Distribua argila e deixe que


amassem e enrolem a argila 4. Para ligar as partes da argila, 6. Distribua lápis entre os alunos.
livremente, explorando textura e ensine-os a gretar a área que será
7. Oriente-os para, com o lápis, fazer
temperatura. colada à outra: fazem-se várias
furos no corpo do animal. Eles
pequenas incisões com palito ou
3. Oriente-os como fazer duas bolas devem ser mais largos que o
similar; a argila texturizada fixa-se
com a argila: uma grande, para diâmetro do lápis, pois a argila
melhor. Pode-se umedecer
servir de corpo, e uma menor, a encolhe ao secar.
levemente essa área.
cabeça do animal.
5. Estimule-os a fazer rabo, orelhas,
patas (pequenas) e outros detalhes.
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11. Disponibilize água, tinta plástica em 14. Coloque as modelagens para secar
cores variadas e pincéis. sobre plástico identificado.

12. Forneça outra cor quando os alunos


quiserem.

8. Identifique a autoria das


modelagens na parte inferior.

9. Coloque as peças para secar


durante, no mínimo, três dias. 15. Os alunos registram a atividade no
13. Oriente-os na pintura de olhos, nariz
10. Na próxima aula, enquanto os espaço, desenhando e pintando o
e boca na escultura.
alunos vestem aventais, devolva as seu animal, com argila diluída em
modelagens. água e auxílio de pincel. Depois de
seca, desenham os detalhes com
giz de cera ou lápis de cor.

Anotações

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