PROVA Visa esclarecer
479 (proibição de exibição no b) Da certeza moral do juiz ou da
1. Conceito
“É o conjunto de atos praticados pelas
partes, pelo juiz e por terceiros,
destinados a levar ao magistrado a
convicção acerca da existência ou
inexistência de um fato, da falsidade ou
veracidade de uma alegação” (Capez)
2. Finalidade
Formação da convicção do juiz acerca
dos elementos essenciais à decisão da
lide.
3. Objeto
Circunstância, fato ou alegação referente
ao litígio sobre os quais pesa incerteza, e
que precisam ser demonstrados perante o
juiz para o deslinde da causa.
4. Fatos que independem de
prova
a) Axiomáticos ou intuitivos
Aqueles evidentes.
b) Notórios
Aqueles cujo conhecimento faz parte da
cultura de uma sociedade.
c) Presunções legais
Conclusões decorrentes da própria lei.
d) Inúteis
Não influenciam na solução do litígio, na
apuração da verdade real.
5. Características para produção
a) admissível
Permitida pela lei ou costumes
judiciários.
b) pertinente ou fundada
Tem relação com o processo.
c) concludente
uma questão art.
controvertida.
d) possível de realização
6. Classificação
a) Objeto
_direta: refere-se diretamente ao fato
probando;
_indireta: alcança o fato principal por
meio de um raciocínio lógico-dedutivo.
b) Efeito ou valor
_plena: necessária para a formação de
um juízo de certeza no julgador.
_indiciária: traz um juízo de mera
probabilidade.
c) Sujeito ou causa
_real: consistente em coisa externa e
distinta da pessoa;
_pessoal: originam-se na pessoa humana.
d) Forma
_testemunhal: resultante do depoimento
de sujeito estranho ao processo sobre
fatos de seu conhecimento pertinentes ao
litígio.
_documental: produzida por meio de
documentos.
_material: obtida por meio químico,
físico ou biológico.
7. Meios de Prova
_Princípio da liberdade probatória
Não se deve limitar a produção da prova,
sob pena de se frustrar o interesse estatal
na justa aplicação da lei.
_Limitações:
art. 155 (prova sobre o estado das
pessoas é efetuado pela respectiva
certidão)
art. 158 (exigência do exame de corpo de
delito para infrações que deixam
vestígios)
plenário do juri de documento ou objeto
que não tenha sido juntado com a
antecedência mínima de 3 dias, dando-se
ciência a outra parte.
Art. 157 (vedação da utilização de
provas ilícitas) – art. 5º, LVI, CF).
8. Ônus da prova
_As partes provam em seu benefício,
visando dar ao Juiz os meios próprios e
idôneos para formar sua convicção.
_A prova da alegação incumbe a quem a
fizer (CPP, 156, caput).
9. Procedimento probatório
a) Proposição
Apresentação das provas que se pretende
produzir.
b) Admissão:
Deferimento ou não da produção pelo
juiz
c) Produção
Atos processuais que trazem ao juízo os
elementos de convicção.
d) Valoração
Juízo valorativo exercido pelo
magistrado em relação às provas
produzidas.
10. Sistemas de apreciação
a) Prova legal, da certeza moral do
legislador, da verdade legal, da
verdade formal ou tarifado
a lei impõe ao juiz o rigoroso acatamento
a regras preestabelecidas, as quais
atribuem, de antemão, o valor de cada
prova, não deixando para o julgador
qualquer margem de discricionariedade
para emprestar-lhe maio ou menor
importância (CPP, arts. 158 e 155).
íntima convicção:
A lei concede ao juiz ilimitada liberdade
para decidir como quiser, não fixando
qualquer regra de valoração das provas.
(Júri popular)
c) Livre convicção, verdade real, livre
convencimento ou persuasão racional.
O juiz tem liberdade para formar sua
convicção, sendo necessária a devida
fundamentação. (Sistema adotado em
regra pelo CPP).
11. Princípios
a) autorresponsabilidade das partes
As partes assumem a consequência de
sua inatividade, erro ou atos intencionais.
b) audiência contraditória
Toda prova admite contra prova, sendo
sempre necessário o conhecimento da
outra parte.
c) aquisição ou comunhão da prova
As provas produzidas não pertencem às
partes, servem ao interesse da justiça.
d) oralidade
Deve haver predominância da palavra
falada.
e) concentração
Busca concentrar toda a produção da
prova na audiência.
f) publicidade
Atos judiciais são públicos.
g) livre convencimento motivado
O julgador tem liberdade de apreciação,
limitado apenas aos fatos e
circunstâncias constantes nos autos e a
devida fundamentação.