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aOFICINA DE ELABORAÇÃO,

ADMINISTRAÇÃO

E AVALIAÇÃO DE PROJETOS
Conceitos fundamentais para a elaboração de projetos

O projeto nasce do desejo de transformar uma realidade e é o primeiro produto de uma

idéia de solução para uma determinada questão identificada. Ele deve conter o maior número

possível de detalhamento desta idéia, de forma organizada, pois assim todos que o lêem
podem

compreender o que se pretende fazer, o porquê se deve fazer e quais são as possibilidades
reais

de se obter resultados positivos.

Um projeto bem elaborado além de contribuir para a captação de recursos, se constituí em

uma importante ferramenta de trabalho e um instrumento que pode auxiliar no planejamento,


na

implementação e gerenciamento de cada uma de suas etapas.

Existem diversos modelos de projetos. Cada um deles corresponde às expectativas do

financiador e/ou do apoiador, que pretende saber qual a capacidade que a instituição tem de

elaborar um projeto de modo claro e lógico, agrupando informações pertinentes e atendendo


às

solicitações requeridas de maneira concisa, inteligível e bem redigida.

Os conceitos destacados abaixo contribuem no processo de construção de elaboração de

projetos:

Política Públicas:

Políticas públicas fazem parte de um conjunto de decisões do poder público que repercutem
na

vida dos cidadãos. Em uma sociedade democrática, o processo de formulação de políticas


públicas
é extremamente dinâmico e participativo e conta com a representação de diversos segmentos
e

atores da sociedade civil.

Programa:

É um conjunto de projetos de caráter institucional, com clareza de diretrizes, voltados para

um ou mais objetivos de uma instituição, que geralmente se encontra sob a responsabilidade


de

um coordenador, de uma equipe de coordenadores ou de uma secretaria executiva. Ao


elaborar

vários projetos, sob o mesmo tema e objeto, a recomendação é que estes sejam agregados e

organizados de uma forma mais ampla, como um programa. Assim, os recursos e esforços
podem

ser otimizados e integrados.

Projeto:

Trata-se de um empreendimento detalhado e claramente planejado, organizado em um

conjunto de atividades contínuas e interligadas, a serem implementadas, voltadas para um

objetivo de caráter ambiental, educativo, social, cultural, científico e/ou tecnológico.


Considera os

mesmo elementos do programa, mas se coloca em um nível bem maior de especificidade, com

prazo, verba e equipe bem definidas.

Articulação:

É a relação que se estabelece com indivíduos e/ou determinadas entidades do poder

público ou da sociedade civil para possibilitar, ampliar ou melhorar uma determinada atividade
ou
um conjunto específico delas. Trata-se de uma aliança pontual, de curto ou curtíssimo prazo, e

conforme seus resultados pode estimular o estabelecimento de uma parceria ou a organização


de

uma rede passando então, a ter aspectos de médio ou longo prazos.

Parceria:

Refere-se à união e organização de pessoas e/ou de instituições, que tem um interesse

comum, um fim específico a ser alcançado, como por exemplo, a execução de um projeto.
Pode

ser uma alternativa que viabilize recursos financeiros, humanos, logísticos e técnicos por um

tempo definido.

Uma instituição sozinha tem um determinado limite de atuação que pode ser ampliado com a

articulação de parcerias possibilitando assim, o preenchimento do vazio entre o que gostariam


de

fazer e o que efetivamente poderia ser feito, agregando esforços e qualificando os resultados.
A

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parceria, diz respeito à associação que as organizações estabelecem entre si, com o objetivo
de se

apoiarem reciprocamente e tirarem alguma vantagem dessa associação.

Nas parcerias não é o seu caráter legal ou formal que a determina. É mais precisamente, a

qualidade da relação que a distingue. Ou seja, o modo como organizações com distinto
interesses,

poderes, recursos e atribuições constroem um espaço onde se comportam como iguais na

definição dos objetivos comuns, dos papéis e da complementariedade, isto é, buscar no outro
os

recursos e capacidades de que não se dispõe, mas que são necessárias para atingir seus

propósitos.

E mesmo tendo recursos e poderes distintos, elas devem se reconhecer como iguais num

determinado momento, além de conhecer e valorizar a contribuição que cada uma pode dar.

Parceria é o oposto de subordinação.

Folha de Rosto – Dados Institucionais:

A folha de rosto contém os elementos essenciais para a identificação do Projeto. É de uso

obrigatório e deve apresentar as principais informações sobre a Instituição interessada.

Nome da instituição:____________________________________________

Responsável pela Instituição:_____________________________________

Data de fundação: _____________________________


CNPJ: ____________________________________________

Endereço: _____________________________________________________________

CEP: ______________________ Cidade ___________________________

Estado ______________Telefone e DDD__________________________

Fax: _______________________

E-mail _____________________

Etapas para a elaboração de projetos:

As etapas apresentadas a seguir contemplam itens contidos na apresentação e condução

de um projeto, no entanto é importante salientar que a forma de apresentação deve se


adequar

às exigências específicas do agente financiador.

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Apresentação - Quem Somos?

É hora de contar a história de sua entidade: quando ela surgiu, o que motivou sua criação,

quais são seus objetivos e sua área de atuação.

A apresentação das experiências adquiridas também é muito importante, pois mostra ao

agente financiador que sua organização está preparada conceitual e metodologicamente para
a

realização do projeto.

É desejável ressaltar as parcerias anteriormente estabelecidas, os apoios e financiamentos

obtidos em outros projetos, demonstrando desta forma a credibilidade, boa reputação e

legitimidade da sua instituição.

Introdução – Em que cenário está inserido o problema?

O texto deve ser claro e objetivo. Sua função é aproximar o leitor da realidade em que o

projeto está colocado. Para tanto, esta etapa deve conter informações gerais sobre o público-
alvo

e suas condições de vida, os problemas socioambientais existentes e os grandes desafios a


serem

superados. Assim descrita, a introdução mostra que a entidade proponente tem conhecimento

sobre a situação local e, prepara o leitor para entender a importância e necessidade do


projeto.

Exemplo:

O presente projeto se desenvolve na Vila do Curuçá, distrito de Simão Alvarez situado no

estado de São Paulo, região de mananciais, onde a água é o recurso mais importante a ser
preservado. O distrito integra, ainda, a Reserva da Biosfera da Mata Atlântica e do Cinturão
Verde

do Estado de São Paulo.

A Vila do Curuçá foi ponto de parada obrigatória para os trens que vinham do interior de

São Paulo com destino ao litoral. Na Vila, eles se preparavam para a temida descida da serra,

única maneira de escoar a produção pelo Porto de Santos. O fim da era do café e o abandono
do

transporte ferroviário quase significaram o seu desaparecimento.

Considerada pela Unesco Patrimônio Histórico da Humanidade e tombada pelos dois órgãos

de patrimônio, estadual – Condephaat e nacional – Iphan, a Vila do Curuçá, desde 1997, vive
um

processo participativo de elaboração e implementação de uma política de desenvolvimento

sustentável local que tem como estratégias a promoção do ecoturismo e do turismo histórico.

Em 2001 foi implementada a Subprefeitura de Curuçá, como estratégia para garantir uma
maior

autonomia e agilidade nas tomadas de decisão e facilitar os processos de gestão participava do

espaço.

Sua população atual é composta por descendentes de funcionários e ex- funcionários da

antiga Rede Ferroviária Federal, migrantes provenientes do norte e nordeste do Brasil e

remanescentes das periferias de São Paulo e é pela voz de seus atuais moradores que a Vila do

Curuçá se reestrutura, buscando alternativas de renda sustentáveis que possam contribuir


para a

conservação ambiental e do patrimônio histórico local.

Justificativa - Porque fazer?


Enquanto a introdução apresenta o cenário em que o projeto está inserido, a justificativa

descreve as razões pelas quais o projeto precisa acontecer, e como pode impactar
positivamente a

qualidade de vida da população envolvida e do ambiente.

É preciso destacar os problemas socioambientais que o projeto enfrentará e a eficácia das

suas ações, e de que forma elas contribuirão para a transformação da realidade.

Nesta etapa é fundamental demonstrar um amplo conhecimento do problema, e de sua

interferência no contexto local e regional, e da base conceitual com que se vai trabalhar.
Também

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é importante citar dados, referências bibliográficas e outras experiências que reforcem a
justificava

do projeto. Não se esqueça: trata-se da “defesa” do projeto.

Exemplo:

O intenso e desordenado processo de urbanização dos municípios brasileiros e as

desigualdades sociais do país propiciaram a ocupação de áreas impróprias ao assentamento

humano e às atividades urbanas, em especial, nas periferias de regiões metropolitanas..

Vivendo de sub-empregos ou mesmo sem nenhum recurso financeiro e com quase

nenhuma qualificação profissional, um grande número de pessoas estabelecem-se em áreas


de

risco e/ou proteção ambiental, sujeitas à legislação bastante restritiva no que diz respeito ao
uso e

ocupação do solo, como é o caso das áreas de proteção dos mananciais que necessitam de

cuidados especiais.

A Vila do Curuçá é um local sujeito às mais diversas restrições pois apresenta situação

especial no que diz respeito ao seus patrimônios: histórico e natural, o que a princípio limita
suas

possibilidades de desenvolvimento econômico local.

Atualmente, a Vila do Curuçá possui cerca de 2000 habitantes e vem sofrendo um processo

sistemático de esvaziamento em virtude da falta de perspectivas de geração de renda. Estas

pessoas se locomovem em direção aos centros maiores e devido às suas condições


econômicas se

agregam à núcleos periféricos normalmente em situação de favelização.


Com a criação da Subprefeitura de Curuçá e ampliação da participação da população sobre

os destinos do local, foi elaborado o Plano Ecoturístico da Vila de Curuçá, que surge como uma

forma de geração de trabalho e renda compatível com às características locais.. Neste plano
foram

comtemppladas atividades como: a criação e qualificação de iniciativas locais na área de

gastronomia, hospedagem e monitoria ambiental, além da concessão de casas para a

implementação do projeto de ateliês –residências.

O Instituto de Cidadania Ativa de Curuçá pretende fortalecer a estratégia desenvolvida pelo

poder público vindo à configurar-se como um espaço de reflexão das questões


socioambientais,

das relações de gênero, etnia, diversidade cultural e direitos humanos em áreas de mananciais
por

meio do fazer consciente e solidário, buscando projeção interna e externa.

Como recomendado pela Agenda 21 global a participação da sociedade é prioritária e

fundamental para que ocorra êxito na resolução dos grandes e graves problemas
socioambientais

da região. A participação social tem por base o entendimento de que a sensibilização e a

mobilização dos mais variados segmentos sociais só é possível mediante a sensibilização,

organização e empoderamento dos envolvidos e o conseqüente fortalecimento da cidadania.

Com base nessas considerações, o Instituto de Cidadania Ativa Curuçá propõe o Curso de

Formação de Jovens Jardineiros e Viveiristas voltados para os jovens da Vila do Curuçá que

possibilitará a percepção do ambiente em que vivem de forma mais apurada, incentivando-os


a

diagnosticar seus problemas e estabelecer soluções de modo coletivo, propiciando a reflexão


sobre
o exercício da cidadania, buscando autonomia em suas ações e colaborando para a melhoria
da

qualidade de vida e geração de trabalho e renda numa perspectiva sustentável.

Ao envolver os jovens que vivem na Vila do Curuçá com Instituições e outros grupos

locais, surgirá uma rede de cooperação que contribuirá para o estabelecimento de parcerias

permanentes e a realização de ações voltadas à melhoria da qualidade ambiental e de vida, o


que

contribui para o desenvolvimento local sustentável, dando subsídios para a definição de uma

agenda socioambiental que possa desencadear outros projetos de interesse local e regional.

Desta forma, os jovens serão estimulados a refletir, sonhar coletivamente e priorizar ações

que implementem melhorias necessárias, em um exercício que esclarece qual é a


responsabilidade

de cada um no fazer do desenvolvimento local que construa uma outra Vila do Curuçá, uma
vila

para todos.

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Objetivos - O que pretendemos fazer?

Este é o momento de definir o que se quer realizar:

Objetivo geral – demonstra de forma ampla os benefícios que devem ser alcançados com a

implementação do projeto. É genérico e de longo prazo.

Exemplo:

Contribuir para a construção da Agenda Socioambiental da Vila do Curuçá que possibilite o

desenvolvimento econômico local;

Fortalecer o Plano Ecoturístico da Vila do Curuçá por meio da criação de oportunidades de

ocupação e renda adequados à situação histórica e natural do local.

Objetivos específicos – são palpáveis, concretos e viáveis, podendo ser alcançados por meio
das

atividades desenvolvidas durante o projeto, podem ser entendidos como as conseqüências das

atividades. Deve ser apoiado, no mínimo, por um resultado que pode ser verificado por meio
de

ações singulares e completas.

Exemplo:

Possibilitar o desenvolvimento humano sustentável de jovens da Vila do Curuçá por meio da

formação cidadã para o mercado de trabalho;


Ampliar o repertório de conhecimentos básicos e profissionalizantes que promovam a geração

de renda e a fixação dos jovens na vila do Curuçá;

Criar rede de cooperação capaz de absorver os produtos gerados pelos jovens e promover a

qualificação contínua e sustentação do projeto.

Público-alvo – Quem são os beneficiários do projeto?

É o público que será beneficiado pelo projeto. Uma definição clara do público-alvo contribui

para o estabelecimento de linguagens e métodos adequados para atingir os objetivos


propostos.

Assim, deve-se levar em consideração sua faixa etária, o grupo social que representa, sua
situação

socioeconômica, entre outras.

Exemplo:

Direto:

35 jovens de 14 a 17 anos, de baixa renda, não inseridos no mercado de trabalho formal e

residentes na Vila do Curuçá.

Indireto:

35 famílias em situação de risco social que correspondem à aproximadamente 140 pessoas

beneficiárias (7% da população);

Toda a comunidade da Vila do Curuçá.

Metas – Como vamos fazer para alcançar nossos objetivos?


As metas consistem em uma ou mais ações necessárias para alcançar determinado objetivo

específico. Elas sempre são quantificadas e realizadas em um determinado período de tempo.

Metas claras facilitam a visualização dos caminhos escolhidos, contribuem para orientar as

atividades que estão sendo desenvolvidas e, servem como instrumento para avaliar o que foi

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previsto e o que foi realizado. O exemplo abaixo refere-se ao objetivo específico: realizar um
curso

de formação de jovens jardineiros e viveiristas.

Exemplo:

Objetivos Metas

Possibilitar o desenvolvimento humano

sustentável de jovens da Vila do Curuçá por

Realizar 01 curso de 1 ano de formação de

jovens de jardineiros e viveiristas

meio da formação cidadã para o mercado de

trabalho Formar 35 jovens no período de 01 ano

Ampliar o repertório de conhecimentos básicos

Implantar um viveiro de mudas de essências

nativas de Mata Atlântica

e profissionalizantes que promovam a geração

de renda e a fixação dos jovens na vila do

Curuçá

Criar 01 cardápio de serviços a partir do 5º mês

de formação

Elaborar 03 projetos de intervenção e buscar

patrocínios para sua implementação

Criar rede de cooperação capaz de absorver os

produtos gerados pelos jovens e promover a

qualificação contínua e sustentação do projeto

Articular parcerias com pelo menos 02

empresas e o poder público local para


absorção dos serviços gerados pelos jovens, a

partir do 5º mês

Articular pelo menos 04 parcerias com

empresas de áreas afins que possam oferecer

estágios para os 35 jovens formados, apartir

do 7º mês

Metodologia – Como fazer?

Esta pergunta, define o caminho a ser percorrido ao longo do projeto, ou seja, esclarece ao

leitor os referenciais teóricos que norteiam o trabalho e os métodos a serem utilizados para

alcançar os objetivos específicos propostos.

Referenciais teórico

Teorias, pressupostos e/ou princípios que a entidade considera relevantes e que contribuem
para

nortear a prática do projeto.

Exemplo:

A metodologia empregada durante o Curso de Formação de Jovens Jardineiros e Viveiristas

(CFJJV) terá como base:

Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global:

Documento elaborado pelo Fórum das Ongs durante a Rio-92, onde foram concebidos, os

pressupostos básicos de um novo paradigma para o Planeta. Ali se apontou o caminho para a
construção de um modelo de desenvolvimento sustentável e pela primeira vez foram
desenhadas

as dimensões desta sustentabilidade, a saber, ecológica, econômica, social, cultural,


pedagógica.

Este documento fundamentou a discussão sobre a sobrevivência do Planeta e a questão da

responsabilidade dos diversos atores. O tema da responsabilidade social das empresas, por

exemplo, tem sua origem neste documento.

-7-
Pedagogia de projetos:

A Pedagogia de Projetos tem sua base no início do século passado, com as teorias e idéias

desenvolvidas pelo filósofo John Dewey (1859-1952), baseada na idéia de que o conhecimento
é

construído pelo sujeito quando este tem a oportunidade de interagir com o mundo de forma

prazerosa e autônoma.

A Pedagogia de Projetos tem como pressupostos a valorização da participação do

educando e do educador no processo ensino-aprendizagem, tornando-os responsáveis pela

elaboração e desenvolvimento de cada Projeto de Trabalho.

O principal objetivo de se trabalhar com projetos é que o aprendizado do tema estudado

seja significativo, para que isso ocorra é fundamental a busca por respostas às questões cuja

origem esteja nos alunos e nos professores envolvendo a contribuição de outros funcionários
da

escola, pais e membros da comunidade.

Essa aprendizagem por meio da participação ativa é um dos elementos chaves da

pedagogia de projetos, pois permite a vivência de desafios, a reflexão e a tomada de decisões,


na

maioria das vezes coletiva frente aos fatos e questionamentos reais de cada ambiente e

comunidade de aprendizagem.

Para que isso aconteça o professor necessita constantemente levantar questões, sugerir

desafios, e resgatar as experiências já vivenciadas pelos educandos, estimulando os alunos a

questionarem e a buscarem respostas para tais questionamentos. Esse processo facilita sua

formação como pessoa consciente de seu papel de construtor da história social de sua

comunidade e de seu país.


Educação Ambiental:

Todo projeto que tem como pressuposto básico a mudança de atitude requer um processo

educacional. Aqui a Educação Ambiental apresenta-se como o método mais condizente e


eficaz

para atingir os objetivos propostos.

Trata-se de aprender a ter um outro olhar sobre o ambiente que nos envolve e sobre as

maneiras de com ele se relacionar. Compreende a construção de um novo modelo de gestão


de

nossas vidas. Os princípios que subsidiam um processo de Educação Ambiental - tais como, o

respeito à diversidade, o exercício da cidadania ativa, a horizontalidade nas tomadas de


decisão, o

trabalho em rede, a formação de parcerias, a co-responsabilidade e a cooperação, entre


outros -

precisam ser internalizados para que possam permear as atitudes cotidianas de todos que nele

estão envolvidos.

Todo processo de mudança estimulada encontra resistências. Em algumas comunidades

mais, em outras menos. A dimensão e a profundidade da resistência dos atores envolvidos


acaba

por determinar o tempo necessário para que as mudanças almejadas aconteçam. O bom
educador

sabe que é preciso trabalhar muito, utilizar todas as ferramentas de que dispõe para o dirimir

destas resistências e poder tornar a terra fértil para receber as novas sementes. Mas também
tem

plena consciência de que não é possível se estabelecer a mudança por decreto,


autoritariamente,

que ela precisa ser compreendida, aceita e acordada. Só assim as sementes germinarão,
crescerão, transformar-se-ão em árvores frondosas e fortes que darão sombra e proteção à
terra

que as receberam e seus frutos serão profícuos e permanentes.

Método de Trabalho

O método de trabalho é o conjunto de técnicas, instrumentos e recursos a serem utilizados

para alcançar as metas estabelecidas e conseqüentemente os objetivos específicos propostos.


É

muito importante que se mostre, nesta etapa, a razão da escolha de determinado método de

trabalho e a forma como ele será empregado para sensibilizar e mobilizar as comunidades

envolvidas, na realização compartilhada das metas e objetivos propostos.

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Exemplo:

O método a ser utilizado, durante o processo de ensino-aprendizagem dos jovens da Vila

Curuçá, é composto pelas seguintes técnicas, instrumentos e recursos:

OFICINAS: Entendidas como forma de produção coletiva do conhecimento, partindo-se do

princípio de que todos e todas têm a aprender e a ensinar, de maneira diferenciada. Uma
oficina

tem três momentos: a) um trabalho de preparação partindo da prática social dos/das

participantes; b) a realização de um evento específico para o trabalho coletivo: c) a volta à


prática

social com os novos dados recolhidos.

AUDIO VISUAIS (filmes, slides, transparências): Técnicas que permitem observar,


indiretamente,

situações ocorridas em lugares e fatos diferentes. A utilização desta mídia complementa o

conteúdo que está sendo desenvolvido.

DEBATES: Recurso que pretende desenvolver a habilidade mental fortalecendo o espírito de

combatividade e auto confiança; desenvolver a argumentação lógica e capacitar os


participantes a

observação de argumentação do adversário anotando os seus pontos de vista para fazer sua

contra argumentação. É uma técnica usada em temas polêmicos que geram blocos de posições

diferentes.

DESENHO, COLAGEM, PINTURA e OUTRAS ARTES PLÁSTICAS: Possibilita a fixação dos

conhecimentos adquiridos, desenvolvendo a imaginação, sensibilidade, criatividade e


capacidade

de observação.
ESTUDO DO MEIO: Proporciona os meios para conhecer os conjuntos mais significativos da

natureza e da comunidade; o estudo de meio possibilita ver, ouvir, tatear, cheirar, sentir,
perceber

o meio que nos cerca, dando condições para pensar sobre o que a percepção sensitiva
informou e

refletir sobre nossa contribuição neste meio em que somos participantes e não espectadores.

DINÂMICAS de GRUPO: Técnica que estimula a interiorização pessoal, levando o indivíduo ao

reconhecimento de suas limitações, sua deficiências e seus hábitos.

Avaliação -O que mudou?

O processo de avaliação deve acontecer de forma constante e periódica durante todo o

ciclo de vida do projeto. A avaliação pode ser interna quando realizada pelos próprios
membros da

instituição, externa quando os avaliadores não são vinculados a instituição ou mista quando
inclui

avaliadores internos e externos. O Plano de Avaliação pode se constituir em várias etapas, que

variam de acordo com as exigências do Agente Financiador. As mais usuais são:

Avaliação do Processo

Refere-se à avaliação da forma como o projeto é conduzido e busca verificar a eficiência do

método de trabalho utilizado para atingir os objetivos propostos. Ela identifica a coerência, a

qualidade e a viabilidade das técnicas e instrumentos pedagógicos utilizados ao longo do


projeto.

Avaliação de resultados
Consiste em avaliar o cumprimento dos objetivos específicos e das metas estabelecidas, no

período de tempo previsto. Normalmente a avaliação inclui uma visita ao local do projeto,

verificação dos relatórios técnicos e fotográficos, listas de presença nas reuniões realizadas, e
um

olhar atento sobre o material gerado, tal como fotos, documentos, material instrucional e de

comunicação etc.

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Avaliação de Impactos

Refere-se aos impacto sociais e ambientais que os objetivos propostos causaram na área do

projeto, bem como às transformações comportamentais percebidas no público-alvo e/ou na

comunidade. Esta etapa da avaliação representa um desafio uma vez que os ganhos obtidos
não

são facilmente medidos, pois se referem a questões culturais, à mudança de valores e novas

atitudes mensurando a contribuição do projeto para a emancipação das comunidades


atingidas e

sua mais eficiente organização e atuação política.

É recomendável que o processo de avaliação proposto seja permanente e contemple

formas participativas de avaliação, que incluem não só a equipe do projeto mas seus
beneficiários,

parceiros e financiadores.

Formulação de indicadores – Como medir resultados?

Os indicadores são instrumentos de medida que verificam se os resultados propostos foram

alcançados. No mundo todo grupos organizados buscam a definição de indicadores que

contribuam para o processo de avaliação de projetos socioambientais. Existe um consenso em

torno do princípio que os indicadores variam em função da natureza do projeto e de seus


objetivos

propostos. Dentre vários tipos existentes, destacam-se:

Quantitativos ou objetivos: são aqueles que medem os resultados de forma numérica e

pragmática.

Qualitativos ou subjetivos: normalmente, os indicadores qualitativos são perceptíveis


sensorialmente e refletem resultados que dificilmente são mensuráveis. São demonstrações

possíveis de serem observadas pela equipe envolvida, mas requerem atenção e conhecimento
de

causa.

É importante ressaltar que para cada resultado que se pretende avaliar pode existir mais de

um indicador.

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Exemplos:

AVALIAÇÃO ATIVIDADES INDICADORES MEIOS DE

VERIFICAÇÃO

Resultado

Curso de formação de

jovens jardineiros e

viveiristas

Número de jovens

beneficiados

Diário de Classe;

Registro fotográfico e

documentação de projetos

Número e frequência das

aulas de atividades

implementadas

Registro de aulas;

Relatório de Atividades;

Qualidade dos projetos

elaborados e implementados

Número de projetos

elaborados;

Números de projetos

implementados;

Estética da intervenção;

Avaliação dos projetos

realizados;
Percepção da equipe técnica;

Relatório fotográfico dos

projetos implementados;

Nível de desempenho dos

participantes;

Questionários e dinâmicas de

avaliação aplicados durante e

no final do curso;

Percepção da equipe técnica

Número de instituições

participantes

Relatório de atividades do

projeto, contendo a descrição

das articulações feitas e

parcerias concretizadas;

mapa final de parceiros;

Realização das atividades

de educação ambiental

(palestras, exibição de

vídeos, oficinas,

exposições temáticas,

eventos comemorativos,

estudos do meio, visitas

monitoradas)

Tipo de atividades realizadas;

Relatório de atividades do

projeto, contendo a descrição


e o registro fotográfico das

atividades realizadas;

Temas discutidos;

Relatório de atividades do

projeto, contendo a descrição

dos conteúdos abordados

nas atividades realizadas;

Número de atividades

realizadas; Diário de aulas realizadas;

Número de participantes; Lista de presença dos

participantes das atividades;

Nível de desempenho dos

participantes

Questionários e dinâmicas de

avaliação aplicados ao final

das atividades;

Percepção da equipe técnica;

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AVALIAÇÃO ATIVIDADES INDICADORES MEIOS DE

VERIFICAÇÃO

Resultado –

continuação

Divulgação de informações

sobre do CFJJV

Conteúdo do material

informativo; Percepção da equipe técnica;

Meios de comunicação

utilizados;

Relatório de mídias e outras

formas de comunicação;

Número de matérias

veiculadas nos meios de

comunicação;

“Clipping” do projeto;

Número de contatos, visitas

e encontros institucionais de

divulgação;

Relatório de atividades

realizadas do projeto,

contendo a descrição dos

encontros de apresentação

do projeto;

Registro fotográfico e

documental das ações

realizadas;
Quantidades de consultas e

visitas recebidas

Relatório de atividades

realizadas do projeto,

contendo a descrição dos

encontros de apresentação

do projeto;

Registro fotográfico e

documental das ações

realizadas;

Conteúdo

Ações de divulgação

Meios de divulgação

utilizados;

Materiais produzidos;

Registro fotográfico e

documentação dos projetos;

Eficácia dos mesmos.

Retorno dos contatos

realizados (inscrições,

informações e visitas);

Número de participantes nas

atividades;

Curso de Formação de

Jovens Jardineiros e

Viveiristas

Número efetivo de aulas


realizadas; Diário de aulas realizadas;

Nível de interesse

demonstrado pelos alunos e

alunas;

Questionários e dinâmicas de

avaliação aplicados ao final

dos módulos do curso;

Percepção da equipe do

projeto;

Lista de presença;

Número de jovens inscritos e

número de jovens formados;

Desempenho dos alunos e

alunas nas atividades do

curso;

Questionários e dinâmicas de

avaliação aplicados ao final

das atividades;

Percepção da equipe técnica;

Projetos elaborados e

implementados

Índice de freqüência; Lista de presença;

Quantidade e qualidade dos

materiais didáticos utilizados

e/ou produzidos

Percepção da equipe do

projeto;
Freqüência na utilização

- 12 -
AVALIAÇÃO ATIVIDADES INDICADORES MEIOS DE VERIFICAÇÃO

Processo –

continuação

Curso de Formação de

Jovens Jardineiros e

Viveiristas – continuação

Metodologia utilizada

Percepção da equipe técnica;

Percepção dos jovens

participantes;

Projetos elaborados e

implementados;

Representatividade

Equilíbrio na participação de

homens e mulheres;

Lista de presença;

Fichas de inscrição;

Faixas etárias contempladas; Lista de presença;

Fichas de inscrição;

Participação institucional Quantidade de parcerias

estabelecidas

Legitimidade da entidade

Reconhecimento da entidade

como espaço de referência,

realização de cursos de

formação de jovens

jardineiros e viveiristas;
Convites recebidos para

participação em eventos e

atividades externas

Parcerias solicitadas;

Visitas e consultas recebidas;

Matérias publicadas sobre o

curso;

Divulgação de informações

sobre o Viveiro e CFJJV

Material de divulgação inicial

do curso

Número de interessados em

participar;

Conteúdo do material

informativo;

Qualidade das matérias

veiculadas;

Retorno dos contatos

realizados (articulações e

parceiros);

Meios de comunicação

utilizados;

Listagem de todas as mídias

e formas de comunicação

utilizadas;

Número de participantes nas

atividades abertas à
comunidade;

Retorno dos contatos

realizados (articulações e

parceiros);

Número de matérias

veiculadas nos meios de

comunicação;

“Clipping” do projeto

Número de contatos, visitas

e encontros institucionais de

divulgação;

Relatório de contatos. Visitas

e encontros;

Quantidades de consultas e

visitas recebidas.

Relatório de consultas e

visitas;

- 13 -
AVALIAÇÃO ATIVIDADES INDICADORES MEIOS DE

VERIFICAÇÃO

Impacto

Conhecimento, valores e

habilidades despertados

nos participantes para

melhoria do meio

ambiente e da qualidade

de vida

Sensibilização para as

questões ambientais;

Percepção dos educadores;

Evidências e discursos dos

participantes captados por

meio das atividades

realizadas e de dinâmicas de

grupo;

Mudanças de atitude e novas

iniciativas;

Registro de iniciativas não

previstas no projeto que

foram realizadas;

Fortalecimento da

participação comunitária

Envolvimento dos

participantes na realização

das atividades coletivas;


Participação em atividades

comunitárias

extracurriculares e não

obrigatórias;

Participação nas decisões

locais;

Participação dos jovens nos

grupos de organizações

comunitárias;

O despertar do sentido de

pertencimento

Aumento da percepção da

realidade local e valorização

do espaço;

Evidências nos discursos e

nas iniciativas dos

participantes captados por

meio das atividades

realizadas e de dinâmicas de

grupo;

Ações promovidas para a

melhoria da qualidade vida

local;

Participação dos jovens nos

grupos de organizações

comunitárias;

Ações locais protagonizadas


pelos participantes do curso

Inclusão social dos jovens

Capacitação profissional;

Questionários de avaliação

de conhecimentos aplicados

no início e ao final do curso;

Avaliação de conhecimentos

por meio da elaboração de

projetos;

Geração de oportunidades de

trabalho;

Desempenho alcançado nos

estágios oferecidos por

empresas da rede;

Inserção no mercado de

trabalho;

Desenvolvimento de postura

pró-ativa;

Engajamento em organização

e realização de atividades

comunitárias;

Percepção dos educadores a

partir das atividades

realizadas durante o curso;

Capacidade e desenvoltura

na comunicação interpessoal

e no trabalho em grupo.
Percepção dos educadores a

partir das atividades

realizadas durante o curso;

Desempenho alcançado nos

estágios oferecidos por

empresas da rede;

Engajamento em organização

e realização de atividades

comunitárias;

- 14 -
Mapeamento dos possíveis parceiros - Quem são os parceiros?

A Rede de Relacionamento – mostra as articulações e parcerias que facilitarão a


implementação

das etapas do projeto e possibilitarão sua continuidade, o nascimento de novas idéias e a


criação

de novos projetos. As redes são uma nova forma de organização social, capaz de articular
pessoas

e grupos em torno de objetivos comuns de forma igualitária e democrática. Sua novidade está
no

fato de reunir seus participantes numa estrutura alternativa e horizontalizada. O propósito de


uma

rede é enriquecer a atuação de cada membro e fortalecer sua posição dentro do grupo. A
rede,

por sua vez, diz respeito à intercomunicação constante entre as instituições e as pessoas, no

sentido de construírem uma ação socioambiental e para isso, estão continuamente trocando

idéias. As redes são abertas e dinâmicas.

Uma dica é criar um fluxograma (mapeamento) onde o agente financiador possa visualizar

facilmente os grupos da sociedade civil, órgãos gestores e os atores sociais que a equipe
pretende

articular para formar uma rede de relacionamento.

EXEMPLO:

Fluxograma da Rede de Relacionamento e Parcerias do Curso de Formação de Jovens


Jardineiros e

Viveiristas da Vila de Curuçá:

SECRETARIA

MUN. DE MEIO
AMBIENTE

ASSOCIAÇÃO

DOS

MORADORES

ESCOLAS

PÚBLICAS

IGREJA

INSTITUIÇÕES

PRIVADAS

SECRETARIA

MUNICIPAL DE

EDUCAÇÃO

AGENTE

FINANCIADOR

ONG’ S

LOCAIS

SECRETARIA

ESTADUAL DE

EDUCAÇÃO

CURSO DE FORMAÇÃO

DE JOVENS

JARDINEIROS

E VIVEIRISTAS

DA VILA DO CURUÇÁ

CONSELHO

TUTELAR

SUBPREFEITUR
A DA VILA DO

CURUÇÁ

UNIVERSIDADES

Legenda: parceiro potencial parceiro

- 15 -
Comunicação do projeto – Como contar nossa história?

Aponta os meios pelos quais o projeto mobilizará a comunidade envolvida e divulgará suas

ações, sendo importante citar as estratégias utilizadas e os materiais produzidos. A


comunicação

serve para contar a todos, direta ou indiretamente envolvidos, o que está sendo feito, quais
são as

dificuldades encontradas, os resultados alcançados, servindo inclusive para estimular a adesão


de

novas parcerias e apoios. Técnicas de comunicação bem empregadas facilitam a divulgação do

projeto, a mobilização social e o seu fortalecimento na medida que promovem a comunicação


em

massa. Para tanto são utilizadas diferentes estratégias.

Comunicação para mobilização

É interpessoal, diz respeito aos primeiros contatos com o público-alvo e à manutenção dos

mesmos. Ela pode acontecer por meio de:

Material impresso: deve utilizar uma linguagem simples e regional. A boa apresentação

conquista o leitor, por isso mesmo é importante que as margens sejam folgadas, o tamanho
das

letras facilite a leitura, o espaço entre linhas seja considerável e quando necessário utilizar

ilustrações.

Visitas: ir até onde as pessoas estão, é muito importante e um começo é procurar as

instituições locais: escolas, unidades de saúde, centros culturais, centros comunitários,


associações

de bairro, etc. As primeiras visitas servem para uma apresentação pessoal do projeto e devem
despertar o interesse daquele agente social em participar do processo, devem ter
periodicidade

que será estabelecida pelo ritmo do projeto.

Filipetas: devem conter mensagens que sejam simples, breves e eficientes, podendo ser

utilizadas como apresentação do projeto e divulgação de suas atividades.

Exemplo:

Vamos cuidar do nosso pedaço !

Você está convidado à participar da nossa 1ª reunião para apresentação do

Curso de Formação de Jovens Jardineiros e Viveiristas da Vila Curuçá.

VAMOS DEIXAR NOSSA VILA MAIS BONITA!

Local: Igreja de São Benedito data: 21/03 horário: 17:00h

Comunicação para divulgação e fortalecimento das ações

São utilizadas todas as formas de comunicação de massa. O objetivo é contar ao maior

número de moradores locais e do entorno, o que está sendo feito e como as coisas estão

caminhando. As rádios locais, muito ouvidas, são estratégicas para a ampla divulgação dos

acontecimentos. Os jornais locais também garantem inserção. Faixas espalhadas por pontos

bastante freqüentados podem anunciar eventos dirigidos a um público maior que o


diretamente

beneficiado, como por exemplo, um mutirão de plantio. O uso de camisetas do projeto cria

identidade e contribui para a elevação da auto estima dos beneficiários.


- 16 -
No projeto é importante lembrar e citar todas as formas de comunicação a serem utilizadas,

como no exemplo:

Material quantidade Público contemplado

Folhetos 5000 A comunidade envolvida e seu

entorno

Faixas 10 a comunidade envolvida

Camisetas 15 educadores e jovens viveiristas

Jornais produzidos pela

equipe 10000 A comunidade envolvida e seu

entorno

Jornais e rádios locais todo o município e municípios

vizinhos

Tipos de recursos e fontes de financiamento – Onde buscar os recursos necessários?

Captar recursos significa buscar meios de suprir as necessidades de um projeto. As fontes

de recursos disponíveis podem ser tanto brasileiras como estrangeiras, públicas ou privadas.

Durante muitos anos as doações internacionais foram bastante significativas e fundamentais


para

a implementação e consolidação de projetos sociais e ambientais de entidades da sociedade


civil

brasileira. Atualmente, observa-se uma redução dessas doações e a migração dos recursos

internacionais para entidades de países em desenvolvimento mais carentes que o Brasil. Ao

mesmo tempo cresce a tomada de consciência por parte das empresas que passam a
reconhecer a

importância de sua atuação na esfera da responsabilidade social, viabilizando recursos


financeiros

e humanos (voluntariado), para a solução de problemas sociais, econômicos e ambientais


brasileiros.

Os recursos podem ser originados das seguintes fontes:

Recursos públicos: são aqueles advindos de órgãos governamentais brasileiros, podendo ser
de

diferentes níveis: municipais, estaduais e/ou federais, de governos internacionais. Apresentam

como modalidades:

a)

recursos a fundo perdido: são recursos sem reembolso e outros custos, normalmente

alocados nos fundos nacionais, estaduais ou municipais (Fundo Nacional de Meio

Ambiente; Fundo Estadual de Recursos Hídricos...);

As regras e os critérios são previamente estabelecidos e a oferta dos recursos podem estar

disponíveis por períodos contínuos ou em processos de seleção. No primeiro caso, a busca

pelo recurso dependerá da iniciativa da entidade ou consórcio de entidades para elaborar e

apresentar uma proposta de financiamento à determinado fundo. No segundo caso, os

recursos são colocados à disposição conforme a necessidade do contratante do projeto e, o

meio normalmente utilizado é dos editais de licitação;

b) linhas de crédito com juros subsidiados: são oferecidos por agentes financeiros (BNDES,

Banco do Povo...) com juros menores que os de mercado, podendo ter em alguns casos,

parte do valor destinado à fundo perdido;

c)

incentivos fiscais: são oferecidos pelo governo à iniciativa privada sob a forma de dedução

de impostos e não se apresenta como uma forma direta de captação, mas sim como

benefício fiscal.
- 17 -
Recursos privados: são aqueles advindos das mais diversas instituições, tais como:

a) empresas:

Financiar projetos socioambientais, além de ser uma forma de contribuir para a

melhoria das condições de vida das comunidades, divulga a empresa, valoriza sua

imagem, fortalece sua marca e confere a fidelidade do consumidor. Antes de solicitar

recursos para determinada empresa é fundamental conhecer seu ramo de atuação e a

área de responsabilidade social em que atua.

Empresas que possuem uma cultura de responsabilidade social bem delineada,

muitas vezes tem procedimentos definidos para apresentação de projetos, tais como:

datas específicas para o envio de propostas, formulários de elaboração de projetos,

áreas temáticas, valores definidos de financiamento e etc..

Vale ressaltar que empresas locais que ainda não possuem suas políticas de ação

socioambiental bem estabelecidas podem e devem ser estimuladas a financiarem

projetos das comunidades em que estão inseridas, constituindo-se em importantes

parceiras.

A redação do projeto deve ser a mais clara possível, com seus objetivos, metas e

cronograma bem definidos demonstrando que o proponente conhece os desafios a

serem superados e sabe onde quer chegar. Esta transparência é uma característica

positiva que pode favorecer a obtenção dos recursos e assegurar ao financiador que

esses serão empregados de maneira adequada.

b) Associações religiosas
Associações religiosas, nacionais ou estrangeiras, têm desempenhado um

importante papel na trajetória de fortalecimento dos movimentos sociais, assim como

na formação e consolidação de muitas organizações da sociedade civil voltadas para a

transformação social.

Algumas instituições possuem seus próprios projetos, outras realizam doações ou

financiam projetos na área de direitos humanos, desenvolvimento social, violência,

geração de renda e meio ambiente.

As igrejas têm o potencial de agregar muitos fiéis que costumam contribuir

mensalmente para a sua manutenção e fazem doações ocasionais para financiar

projetos comunitários. Contatar o padre ou pastor de uma igreja local é uma forma de

divulgar o projeto de sua entidade que pode posteriormente ser beneficiado pela

instituição. A igreja também pode fazer parte da rede de relacionamentos do projeto e

ser uma importante parceira na divulgação de eventos, campanhas e reuniões

comunitárias que se pretende realizar.

c) Fundações

São instituições de origem empresarial ou de outras entidades privadas, criadas com

a finalidade de executar ou financiar projetos sociais, ambientais e culturais voltados

para o desenvolvimento e bem-estar social. Podem ser nacionais ou estrangeiras e

quando financiam projetos, geralmente, possuem linhas de financiamento bem

definidas assim como modelos específicos para a elaboração dos mesmos.

Várias fundações possuem páginas na internet. Vale a pena dar uma conferida e
verificar informações mais detalhadas como: missão da entidade, área de atuação,

linhas de financiamento, entidades parceiras, projetos apoiados e desenvolvidos entre

outras informações.

- 18 -
Orçamento do projeto – Quanto custa e quais são os recursos necessários?

Este item aponta todos os gastos do projeto e exige muita atenção, pois qualquer erro

pode resultar na impossibilidade de cumprir o que foi prometido, e um orçamento incoerente


com

aquilo que foi proposto pode resultar na não aprovação do mesmo.

Para projetos de maior vulto, é recomendável a orientação da área administrativo-contábil,

uma vez que as contratações de técnicos e consultores são normalmente feitas por tempo

determinado (trabalho temporário), com carga tributária específica. Alguns financiadores,

especialmente os Fundos Públicos, não permitem a inclusão dos impostos e encargos


trabalhistas

no orçamento do projeto. Em outros casos, dependendo da modalidade de relação com o

financiador (contrato, convênio, patrocínio, doação...) pode-se incluir uma taxa de


administração

que normalmente varia entre 10% a 20% do valor total do mesmo. Muitas vezes é preciso

adequar os custos às especificidades exigidas pelo financiador, especialmente na modalidade

convênio, onde todos os gastos são rubricados e seus custos não podem ser transferidos de
uma

rubrica à outra. Este trabalho de ajuste geram planilhas orçamentárias bastante sofisticadas e
de

difícil entendimento para a maioria da equipe. Recomenda-se, neste caso, que seja feita uma

memória de cálculo, que poderá ser consultada sempre que houver dúvidas quanto às
despesas a

serem efetuadas.

Veja a seguir um exemplo de como montar um orçamento:

- 19 -
RECURSOS HUMANOS

Equipe Técnica Carga horária semanal meses Valor unitário Valor total

01 Educador ambiental sênior 30 horas 12 R$ 2.000,00 R$ 24.000,00

01 Engenheiro florestal 30 horas 12 R$ 2.000,00 R$ 24.000,00

01 Educomunicador júnior 20 horas 12 R$ 1.200,00 R$ 14.400,00

01 Técnico em informática/web 8 horas 11 R$ 900,00 R$ 9.900,00

01 Coordenadora geral 30 horas 12 R$ 2.500,00 R$ 30.000,00

sub-total R$ 8.600,00

R$

102.300,00

Encargos 20% do valor total (20% x subtotal) R$ 1.720,00 R$ 20.460,00

Impostos 14,45% do valor total (14,45% x (subtotal + encargos)) R$ 825,60 R$ 17.738,82

Total 1

R$

11.145,60

R$

140.498,82

RECURSOS MATERIAIS

Recurso necessário Descrição Quantidade Valor unitário Valor total

material escolar coletiva cartolina, canetas hidrocor, giz de cera, réguas, fita crepe... 10 meses
R$ 50,00 R$ 500,00

material escola individual Kit: 01 caderno, 01 pasta, 01 caneta, 01 lápis, 01boracha 35 jovens
R$ 25,00 R$ 875,00

Alimentação – dia Lanche 10 meses R$ 3.500,00 R$ 35.000,00

Transporte – dia vale-transporte 10 meses R$ 2.618,00 R$ 26.180,00

Bolsa auxílio – mês bolsa de estudos 10 meses R$ 2.100,00 R$ 21.000,00

Cesta básica – mês apoio à família 10 meses R$ 2.000,00 R$ 20.000,00


Uniforme camiseta, calça, bonés 35 jovens R$ 70,00 R$ 2.450,00

aquisição de livros apoio ao curso 4 publicações R$ 80,00 R$ 320,00

sub-total R$ 10.443,00 R$ 106.325,00

Impostos 14,45% do valor total R$ 1.509,01 R$ 15.363,96

Total 2

R$

11.952,01

R$

121.688,96

Total 1+2 R$ 262.187,78

Taxa administrativa 15% do total do projeto R$ 39.328,17

R$ 301.515,95

- 20 -
Cronograma de Atividades - Quando faremos o que?

Nele definimos o período de duração do projeto e como o conjunto das ações propostas se
distribui pelo tempo. Se o período proposto for

muito longo pode prever uma revisão de cronograma como uma atividade, mas o ideal é que o
cronograma seja apresentado do início ao fim.

No cronograma também deverão aparecer todos os produtos que serão entregues ao longo do
processo como: publicações, vídeos,

relatórios* , localizados no tempo.

A seguir um exemplo de um cronograma de atividades:

CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

Semestre 1 Semestre 2

ATIVIDADES m 1 m 2 m 3 m 4 m 5 m 6 m 7 m 8 m 9 m 10 m 11 m 12

1 - Seleção e contratação da equipe técnica

2 - Capacitação inicial da equipe técnica

X 3 - Formação contínua da equipe do projeto

XXXXXXXXXXXX

4 - Elaboração e produção do conteúdo do curso

XXXXXXXXXXXX

5 - Elaboração e produção de material de divulgação X X

6 - Divulgação das atividades do curso nos meios de divulgação

XXXXXXXXXXXX

7 - Seleção de participantes

X
8 - Curso de Formação de Jovens Jardineiros e Viveiristas. X X X X X X X X X

9 - Produção de mudas e manutenção do viveiro. X X X X X X X X

10 - Articulação da Rede de Cidadania Ativa X X X X X X X X X X X

11 - Registro, avaliação e sistematização das atividades do Projeto* X X X X

*relatórios do projeto: são uma forma de prestação de contas das atividades propostas, seu
andamento, suas dificuldades e suas conquistas, além disso, é um

material de pesquisa permanente para a equipe e outras pessoas. Para tanto, é preciso que
sejam elaborados de forma clara e objetiva.

- 21 -
Cronograma de desembolso

Geralmente o desembolso dos recursos financeiros aprovados não são disponibilizados pelo

agente financiador de uma só vez, sendo necessário a elaboração de um cronograma de

desembolso adequado, que varia de acordo com a instituição financiadora. Ele deverá, por

exemplo, estar relacionado às etapas de desenvolvimento do projeto, ou ser pré-estabelecido


de

forma periódica ao longo do tempo (ex: desembolsos mensais, trimestrais e etc.). Na maioria
dos

casos o desembolso está vinculado à comprovação do cumprimento de metas e do uso


adequado

dos recursos por meio de prestação de contas da etapa em curso.

Planejamento e administração do projeto – como acompanhar o desenvolvimento de

seu projeto?

Administrar projetos diz respeito a cumprir prazos e os compromissos estabelecidos na sua

concepção, inclusive no tocante ao uso dos recursos, sejam eles humanos, financeiros ou

materiais. Um projeto bem escrito deixa claro o ponto de partida, o caminho a ser traçado,
onde

se quer chegar, que conjunto de atividades serão desenvolvidas e com quais recursos será

implementado. Quando aprovado pelo agente financiador, deverá ter na figura do


coordenador a

pessoa responsável pela gestão dos processos e dos resultados relativos à proposta
anteriormente

apresentada.

É fundamental para a eficiência e eficácia do projeto que os integrantes da equipe tenham

conhecimento de todas as suas etapas, para tanto, recomenda-se o uso de metodologias

participativas que favoreçam este envolvimento e compromisso. A ação de planejamento


participativo, facilita a atuação do coordenador e estimula o senso de pertencimento dos

integrantes da equipe do projeto, ficando a cargo do coordenador garantir o melhor uso dos

recursos (financeiros, humanos e materiais) na realização das atividades e o pleno


desempenho da

equipe, possibilitando os melhores resultados.

Eficiência – diz respeito a boa utilização dos recursos(financeiros,

materiais e humanos) em relação às atividades e resultados atingidos.

Por exemplo: aulas planejadas X aulas realizadas, custo X pessoas

atingidas.

Eficácia – observa se as ações do projeto permitiram alcançar os

resultados previstos. Por exemplo: o programa de formação de

jardineiros está permitindo aos participantes qualificarem suas

habilidades?

www.rits.org.br Leandro Lamas Valarelli

Um projeto tem um ciclo de vida que parte da identificação de um problema e do desejo de

solucioná-lo, e que se materializa por meio da sua elaboração e implementação, onde o

coordenador deverá estar apto a utilizar ferramentas de avaliação e planejamento


participativo

contínuo, que possibilitem o redirecionamento de estratégias quando se fizer necessário.

- 22 -
Sustentabilidade do projeto – Como o projeto terá continuidade?

É importante demonstrar ao agente financiador que o proponente tem iniciativa e

criatividade capazes de dar continuidade ao projeto depois de implementado, viabilizando


recursos

de outras fontes, articulando parcerias e/ou participando de redes de cooperação.

Exemplo:

A rede de cooperação que deverá ser articulada durante todo o processo de implementação
do

projeto certamente se mostrará capaz de proporcionar a continuidade dos trabalhos, por meio
das

seguintes ações:

Implementação de projetos de jardinagem e manutenção de jardins em empresas, residências

e prédios públicos;

Apoio de patrocinadores e/ou financiadores para os projetos finais elaborados pelos jovens

jardineiros e viveiristas;

Venda de mudas produzidas no viveiro;

Continuidade do apoio institucional do agente financiador.

Equipe - Quem vai fazer?

São os profissionais necessários para o desenvolvimento do projeto, ou seja, pessoal

administrativo, técnico, consultores, coordenação. É necessária uma especial atenção para a


equipe técnica que será contratada. Ela deve ser multidisciplinar, mesclada com talentos que
se

complementam e especificidades técnicas que contribuam para implementação das ações do

projeto.

É interessante a contratação de pessoas do local, pois elas podem contribuir para a

abertura de canais de comunicação com a comunidade e a instituição envolvida garantindo o


olhar

local sobre o problema e suas possíveis soluções. Estes “monitores locais”, ao serem
capacitados

nas técnicas e métodos da organização proponente podem ser grandes instrumentos de


difusão e

permanência do conhecimento gerado pelo projeto, contribuindo para a sustentabilidade de


suas

ações.

A maioria dos agentes financiadores solicitam o currículo dos integrantes da equipe. Assim

como nas outras etapas, o agente financiador pode propor um modelo a ser seguido ou deixar
a

apresentação à critério do proponente. Uma dica é enviar currículos resumidos que


contenham

informações capazes de transmitir de forma clara e concisa a formação escolar e a qualificação

profissional dos integrantes da equipe técnica do projeto:

- 23 -
Exemplo de currículo resumido:

Nome: XXXXXXXXXXXX

Endereço para Correspondência: XXXXXXX

Telefone: XXXXXXX Correio eletrônico: XXXX@XXXXXXXX

Formação Acadêmica

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Síntese da Experiência Profissional

2004- XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

2003- XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

2003- XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

2001/2002- XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

2000/ 2001- XXXXXXXXXXXXXXXXX

1997/1998- XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Assinatura:___________________________________

- 24 -
Resumo do projeto:

Instituição

Cidade/ UF

Contato (nome, tel, e-mail)

Objetivos gerais:

Objetivos específicos: Metas:

Público Alvo:

Descrição de atividades:

Impacto esperado com a realização do Projeto :

No de pessoas beneficiadas :

Custo Total Solicitado:

Visibilidade:

Sustentabilidade:

- 25 -
Alguns endereços na Internet de agentes financiadores de projetos

No Brasil

Abrinq - Entidade sem fins lucrativos de Utilidade Pública Federal, que tem por objetivo
promover

os direitos elementares da cidadania das crianças. O site contém informações genéricas sobre
a

instituição, uma ficha cadastral, um link para mensagens e um Base de Conhecimento sobre o

Trabalho Infantil. Há, ainda, uma bibliografia sobre o Trabalho de Crianças e Adolescentes no

Brasil; legislação; séries estatísticas; publicações. - http://www.fundabrinq.org.br

Basf -valoriza a cidadania por meio do comprometimento com as comunidades interna e


externa,

aplicando recursos e conhecimentos para o desenvolvimento social e respeitando a cultura e


as

necessidades destas comunidades e o meio ambiente.

Av. Ângelo Demarchi, 123 - CEP 09844-900 - São Bernardo do Campo (SP) Telefone (11)
43471574

- Fax (11) 4347-1790 http://www.basf.com.br -soc@basf-sa.com.br

BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - Informações sobre os


produtos

e serviços do Banco; financiamentos; privatizações; apoio à cultura; editais

http://www.bndes.gov.br/; especialmente o site http://www.bndes.gov.br/social

BOLSA DE NEGÓCIOS - SEBRAE - Serviço de promoção de negócios, cujo objetivo é identificar e

aproximar compradores e fornecedores de produtos, serviços, resíduos e oportunidades de

negócios. - http://www.bolsa.sebrae.com.br/
CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - Informações sobre as atividades da
entidade,

links, campanhas. -http://www.cnbb.org.br/

COMUNIDADE SOLIDÁRIA / VOLUNTÁRIOS - Programa Voluntários: Programa criado pela

Comunidade Solidária, visando a promoção, valorização e qualificação do trabalho voluntário


no

Brasil. -http://www.uol.com.br/voluntarios/

Fundação Banco do Brasil - Informações sobre os programas e as ações promovidas pela

Fundação, que tem como público alvo os membros das comunidades carentes do país.
Combate

ao desemprego, ajuda aos atingidos pela seca. - http://www.fbb.org.br/

Fundação Belgo-Mineira - tem por objetivos principais e permanentes o exercício e estímulo às

atividades culturais, educacionais, ação comunitária, saúde, assistência social, preservação do

meio ambiente e lazer.

Av. Carandaí, 115 - CEP 30130-915 - Belo Horizonte (MG) Telefone: (31) 3219-1426 - Fax: (31)

3219-1337 http://www.fundacaobelgomineira.org.br - fundacao@belgomineira.com.br

Fundação Roberto Marinho - Oferece uma visão panorâmica das ações realizadas pela
fundação,

especialmente nas áreas de educação, cultura e restauração do patrimônio histórico.

http://www.frm.org.br/

Fundação Volkswagen - apoia e desenvolve projetos que contribuam para a apropriação do

conhecimento nas suas diferentes formas, visando garantir a inserção social e pleno exercício
da

cidadania.
Via Anchieta, km 23,5 CPI 1394 - CEP 09823-901 - São Bernardo do Campo (SP) Telefone: (11)

4347-2879 - Fax: (11) 4347-4103 fundacao@volkswagen.com.br

GIFE - Grupo de Institutos, Fundações e Empresas que congrega cerca de 40 instituições que

voluntariamente aportam recursos técnicos, humanos e financeiros para projetos no setor


social,
nas áreas de educação, saúde, meio ambiente, assistência social e cultura. O site contém uma

Agenda de eventos e várias listas com discussões sobre o Balanço Social.

http://www.gife.org.br/

Instituto C&A - propicia reais condições de qualidade em educação para o desenvolvimento

integral de crianças e adolescentes como cidadãos. Promove a gestão e desenvolvimento

organizacional das instituições parceiras, para que possam melhor atingir a sua missão

organizacional. Dá oportunidade ao funcionário da C&A de exercer sua cidadania e

responsabilidade social em benefício da comunidade, através da ação do Instituto e também

estimular a participação de agentes de transformação do terceiro setor.

Alameda Araguaia, 1222 - CEP 06455-940 - Barueri (SP) Telefone: (11) 4166-9105 - Fax: (11)

4166-9524 http://www.institutocea.org.br - instituto@ceamodas.com.br

Instituto Ecofuturo - procura praticar e promover o desenvolvimento sustentável, visando à

melhoria da qualidade de vida, a conservação e restauração dos ambientes naturais e


antrópicos,

e a valorização da cultura e educação ambiental, principalmente das comunidades que vivem


dos

recursos naturais do Brasil.

Av. Brigadeiro Faria Lima, 1355 - 10º andar - CEP 01452-919 - São Paulo (SP) Telefone: (11)

3037-9552 - Fax: (11) 3037-9238 http://www.ecofuturo.org.br -ecofuturo@ecofuturo.org.br

Instituto Pão de Açúcar - promove o desenvolvimento humano, por meio de ações educativas,
em

prol da melhoria da qualidade de vida de crianças, jovens, suas famílias e comunidades

Av. Brigadeiro Luís Antonio, 3126 - CEP 01402-901 - São Paulo (SP) Telefone: (11) 3886-3030 -

Fax: (11) 3885-8090 http://www.institutopaodeacucar.org.br -institut@paodeacucar.com.br


Ministério da Cultura - Minc - Apresentação do Ministério; calendário de eventos 1997/1998;

concursos; legislação; economia da cultura; banco de dados sobre a produção cultural no país;

verbas oficiais. - http://www.minc.gov.br/

Ministério da Saúde - Oferece informações sobre as principais ações desenvolvidas pelo


Ministério,

a utilização dos recursos disponíveis e as normas setoriais vigentes. -


http://www.saude.gov.br/

Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal - MMA -


Informações

sobre a fauna e flora brasileiras, educação ambiental, Agenda 21, consulta ao sistema de
protocolo

do Ministério, competências e biblioteca virtual. - http://www.mma.gov.br/

OAB - ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL - Página da instituição com informações sobre

legislação, jurisprudência e direitos humanos. Diversos endereços eletrônicos e páginas de

advogados e das regionais. - http://www.oab.com.br/

PROGER - Programa de Geração de Trabalho e Renda. Programa de governo financiado com

recursos do FAT-Fundo de Assistência ao Trabalhador. -


http://www.bancobrasil.com.br/proger

UNICEF - Organismo da Organização das Nações Unidas responsável pela gestão dos
programas e

campanhas de assistência à infância. Divulgar Direitos da criança, publicações, catálogos,

estatísticas sobre mulheres e crianças, lista de vídeos e pesquisa. Endereço eletrônico para

requisitar informações complementares e enviar sugestões http://www.unicef.org.br/

- 27 -
No Exterior

Charities Aid Foundation (United Kingdom) - Incentiva e apoia ações caritativas no Reino Unido
e

internacionais. -http://www.charitynet.org/

Charity Village (Canada) - Oferece notícias, informações, recursos, discussões e links


relacionados

à comunidade canadense de filantropos. - http://www.charityvillage.com/cvhome.html

Civicus – Sua missão é promover uma aliança internacional dedicada à fortalecer a cidadania e
a

sociedade civil no mundo. - http://www.civicus.org/

Council on Foundations - Instituição com mais de 100 anos de atuação nas áreas de saúde e

assistência social, e cujo principal objetivo é promover a filantropia através do apoio aos atuais
e

futuros filantropos. - http://www.cof.org/index

Fundação Interamericana -IAF. Instituição que promove diversos tipos de ajuda para pessoas
de

baixa renda da América Latina e do Caribe. Oferece gratuitamente a assinatura da revista

Desenvolvimento de Base que contém estudos e análises sobre estes tipos de experiências. -

http://www.iaf.gov

German Charities Institute – Apresenta 28.000 páginas na internet sobre o universo das
iniciativas

de caridade, filantropia e voluntariado na Alemanha. - http://www.dsk.de/


Independent Sector - Coalizão de mais de 850 grupos, fundações e organizações voluntárias,
cuja

missão é criar um fórum nacional para encorajar a doação e a ação voluntária de indivíduos e

organizações. - http://www.indepsect.org/

Philanthropic Advisory Service -Organização vinculada ao ao Council of Better Business Bureau.

Contém formulários para solicitação de auxílio caritativo, recomendações para doadores e

relatórios sobre ações sem fins lucrativos. - http://www.bbb.org/pas.html

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Endereços na Internet de entidades que atuam no cenário socioambiental

www.abcr.org.br – Associação brasileira de captadores de recursos

www.abong.org.br – Associação brasileira de ONGs

www.akatu.org.br – Instituto Akatu pelo consumo consciente

www.ashoka.com.br – Empreendedores sociais

www.cidadessaudaveis.org.br – CEPEDOC–Cidades Sustentáveis – FSP/USP

www.cultura.gov.br – Ministério da Cultura

www.ecoar.org.br – Instituto Ecoar para a Cidadania

www.ethos.org.br – Instituto Ethos para a responsabilidade social

www.fea.usp.br/adm/ceats - Centro de estudos e administração do 3º setor

www.fgvsp.br/academico/estudos/cets - Centro de estudos do 3º setor – FGV

www.filantropia.com.br – Portal do 3º setor

www.gife.org.br – Grupo de intitutos, fundações e empresas

www.greenpeace.org.br – Greenpeace Brasil

www.fonte.org.br – Instituto Fonte para o Desenvolvimento Social

www.iser.org.br – Instituto de estudos da religião

www.maturi.org.br – Núcleo Maturi – Ecologia social

www.mma.gov.br – Ministério do Meio Ambiente

www.rebea.org.br – Rede brasileira de educação ambiental

www.redemulher.org.br – Rede mulher de educação

www.repea.org.br – Rede paulista de educação ambiental

www.rits.org.br – Rede de informações do 3º setor

www.voluntariado.org.br – Centro de voluntariado de São Paulo

www.wwf.org.br – World wildlife foundation do Brasil

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

CAPRA, F. Pertencendo ao Universo:São Paulo, Cultrix, 4ª edição, 2003

CRUZ, C.M. & ESTRAVIZ, M. Captação de recursos para organizações da sociedade civil sem fins

lucrativos. São Paulo: Global, 2001 – (Coleção gestão e sustentabilidade)

FALCÃO, R. Elaboração de projetos. São Paulo: USAID, s/ ano.

INSTITUTO ECOAR PARA A CIDADANIA. Projeto Núcleo Comunitário Cerâmico da Vila de

Paranapiacaba. São Paulo, 2004.

KISIL, R. Elaboração de projetos e propostas para organizações da sociedade civil. São Paulo:

Global, 2001. – (Coleção gestão e sustentabilidade)

MINAYO, M.C. O Desafio do conhecimento. Pesquisa qualitativa em saúde. 3ª ed. São Paulo,
Rio

de Janeiro, HUCITEC/ABRASCO, 1994.

NEPAM. Introdução à elaboração de projetos: Campinas: UNICAMP/NEPAM, 1996.

WWF. Aprenda fazendo: apoio aos processos de Educação Ambiental. Brasília: WWF, 2000.

VALARELLI, L.L. Indicadores de resultados de projetos sociais. Rede de Informações do Terceiro

Setor – RITS.

Disponível em http://www.rits.org.br/gestao_teste/ge_testes/ge_tmes_jul99.cfm,2002,
acessado
em 15/02/05.

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Texto: Christiane Godoy

Mariana Duarte

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