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CONSTITUCIONAL II

AULA 1 - Dia 04/02/2019


Apresentação do Professor e para Turma.
Curiosidade de linguagem corporal: Alan Pease e Barbara Pease – Desvendando os segredos
da linguagem corporal.

2) Principais assuntos de Constitucional II:


1) Discussão da Federação (tentando entender como se construiu a federação
brasileira. União Federal, 26 Estados e 1 DF e mais 5.000 munícipios).
A primeira CF que instalou a Federação foi de 1891, abandonando o Estado unitário.
2) Organização dos poderes/funções no Brasil: Legislativo,
Executivo/Administrativo, Judiciário.
Bonus: Funções essenciais à justiça. Ex: Defensoria Pública

3) Metodologia
As aulas terão 2 partes. Ou seja, a segunda parte terá uma apresentação de casos, e na
segunda parte terá apresentação de duplas e trios. São 15 minutos de apresentação. A
primeira parte é fazer um relatório explicando quais são os fatos do caso de forma narrada.
A segunda parte é o argumento/fundamentação vinculados ao caso. A terceira etapa é a
decisão, mostrar qual foi a decisão do caso. O item 4 é a parte principal é a opinião do grupo
dupla ou trio. Item 5, trazer algum assunto que não seja do Direito e que tenha relação com
o caso.

4) Bibliografia (tópicos vinculados à programação)


 José Afonso da Silva
 Dirley da Cunha Junior
 Manoel Jorge e Silva Neto
 Bernardo Gonçalves Fernandes
* Ler cada tópico visto em aula em algum livro.

5) A) Avaliação 02/04 B) 04/06

Como são as provas?


Fontes de Estudo que geram questões especificas ( 4 fontes)
 Caderno (anotações de aula).
 Todos os casos trabalhados em sala. (A dupla que apresentar o caso deve fornecer por
algum meio um resumo, de no máximo dois casos, do caso para que as pessoas se
preparem para a prova. Uma síntese da apresentação oral).
 Textos Obrigatórios (Colocados no Portal).
 Posição Doutrinária Inédita (Procurar em algum livro da matéria, alguma posição
doutrinária não citada em sala.

AULA 2 – DIA 05/02/2019

ORGANIZAÇÃO DO ESTADO FEDERAÇÃO


1) INTRODUÇÃO
2) ETIMOLOGIA
3) INFLUÊNCIA DOS EUA
4) FEDERAÇÃO NO BRASIL

1) Introdução:
Revisão de Ciência Politica:
4 Classificações (Tipologias do Estado):
 Forma de Estado: Estado Unitário x Federal. Obs: A Espanha não adota nenhuma
delas. O Brasil adotou o Estado Unitário na Constituição de 25/03/1824. No fim do
século XIX em 24/02/1891 – primeira Constituição Federal.

 Forma de Governo: Monarquia X Repúblicas. Aristóteles fala formas pura,


degeneradas e etc...
 Sistema de Governo: Parlamentar x Presidencial

 Regimes Políticos: Ditaduras (Autocracias/Regime de Poder Concentrado) x


Democracia.
Em Constitucional II vamos mergulhar em Formas de Estado Federação.

2) ETIMOLOGIA => Significado da Palavra Federação.


“Foedus” = Pacto ou aliança. Temos portanto um Estado Plural/Composto/Complexo.
Varios entes integram o estado e fazem um pacto entre si, onde ocorre repartição de
competências. Contrário do Estado unitário em que os poderes estão concentrados.
Bonavides chama o Estado Unitário de Simples, pois associa este a figura de uma pessoa
apenas. Ex: No Brasil imperial, o Imperador concentra o Poder. Com a federação o centro do
poder é dispersado/fragmentado.
A influência vem dos EUA, mas o Brasil é bem diferente.

3) INFLUÊNCIA DOS EUA


Final do Sec. XVIII 1776 ano de independência das 13 colônias norte-americanas. Um Pais
quando se torna independente tende a se inspirar em outro independente; porém os
Americanos tentaram ideias pouco usuais, ou seja, houve um laboratório de ideias
constitucionais ou políticas. Exemplo disso é a experiência fracassada da Confederação com
um documento chamado de “Artigos da Confederação”.
Ocorre distinção entre Federação e Confederação:
Confederação:
1) Estados Soberanos (Países). Obs: Isso para obter vantagens militares, econômicas.
2) A reunião entre os Estados se dá em forma de Tratado
3) O Estado descontente pode se retirar através do Direito de Secessão ou Retirada.
Federação:
1) Estado Federal (País). Divisão de competências
2) Regido por uma Constituição Federal.
3) Indissolubilidade do vinculo federativo (impossibilidade de secessão). Os Estados
não podem de forma alguma sair da federação.
Em 1781 os EUA tentam a Confederação. A Confederação é mais frágil/vulnerável pela
possibilidade de saída dos estados da confederação. (Cada estado com sua marinha própria,
possivelmente com sua moeda própria).
Em 1787 surge a Constituição Federal dos EUA, baseada nessa experiência fracassada com
a confederação.
Indicação de leitura: Leandro Karnal.
Nos EUA surge uma União Federal como arbitro dos interesses nacionais, e uma força
unificada nacional; e os estados com sua própria autonomia.
A Federação Americana teve formação Centrípeta (Para o centro).
A Centrifuga (Brasileira) parte do centro para fora. Centrifuga = fuga do centro.

O Brasil não fez um laboratório, mas se inspirou na experiência americana.

O Brasil passa a ter a sua primeira Constituição de 1824, com inspiração Francesa, outorgada
pelo Imperador.
José Bonifácio dá a ideia para o Imperador de uma Monarquia Constitucional, com Estado
Unitário. Com Divisão Administrativa em Províncias, mas todas subordinadas ao Imperador.
A ideia do Poder Moderador vem de Benjamin Constant (Suíço) e seria a chave e equilíbrio
para os outros poderes. No Brasil ocorre uma desvirtuação e o poder se concentra no
Imperador.

No fim do século XIX em 1889 temos a proclamação da república, e o Brasil que até então
(1824) se inspirava na França, agora na Constituição de 1891 passa a se inspirar nos EUA.

Na Constituição Brasileira de 1891, os EUA já tinham mais de 100 anos de independência.


Nessa CF começa o Estado Laico; A separação dos poderes passa ser 3, pois desaparece o
Poder Moderador. Passa de Estado Unitário para Federação. Passa de Monarquia a
República. A nossa Federação é formada então de forma centrifuga, ou seja, saindo do centro.
A concentração de competências na União, inclusive tributária pode ser herança da
Constituição de 1824 (vestígios).

Próxima Aula: Federação no Brasil (traços que caracterizam).


Leitura Indicada: Qualquer Manual de Constitucional.
Trabalho a ser apresentado: Separação da Catalunha da Espanha (Segunda); Pena de Morte
nos EUA.

AULA 3 - Dia 11/02/2019

Característica da Federação Brasileira


1) Soberania x Autonomia Politica
2) Indissolubilidade do vinculo federativo
3) Participação dos entes
4) Repartição de competências
5) Intervenção Federal
Obs: Esta classificação pode ser diferente a depender do manual.
1) Soberania x Autonomia Politica
Muitos confundiam estes 2 conceitos. Por traz de soberania existe um poder maior, mais alto,
soberano, e mais importante, que comanda um Estado Soberano.
Soberania (Jean Bodin – Na obra “6 Livros da República):
a) Absoluto – Ilimitado.
b) Perpetuo – Eterno.
Reconhecimento da Soberania na Europa – nem sempre ele foi valorizado – a partir do marco
histórico (criticável por alguns), “Guerra dos 30 anos”. no sec XVII (em 1648). Os acordos
tratados de Münster e Osnabrück geraram a paz de westfalia, e isto gera o respeito a soberania.
Sendo Soberania o poder mais importante de um Estado, logo, dentro desse Estado haverá
repartição de Poder.
A Republica Federativo do Brasil é o Estado Soberano.
Os Estados Membros, Os municípios, e o Distrito Federal são politicamente autônomos.
Art. 1º e do Art. 18 da CF/88 são entregues poderes aos entes autônomos.
Obs: Os artigos da CF deve ser lida em conjunto.
O Art. 1º fala em Soberania. No 18º temos a divisão político administrativa do Estado
Brasileira na prática, com União, Estados, Distrito Federal e os Municípios, todos
autônomos.
Estados com “e” minúsculo são os estados-membros.

Cade ente possui:


 Auto-organização – Sua Lei Maior própria/Normatividade Superior própria.
o União > Constituição Federal de 1988 (5 de outubro de 1988).
o Estados > Constituição Estadual (5 de outubro de 1989) – Poder Const.
Derivado Decorrente.
o Municípios > Lei Orgânica Municipal (LOM) – datas variadas.
o Distrito Federal > Lei Orgânica do DF (LODF)
 Em determinados casos tem característica de município (como este);
em outros momentos terá característica de estados. (Caráter híbrido).
 Autogoverno – Cada ente terá seus próprios poderes
o União (art. 2º da CF) > Legislativo, Executivo e Judiciário.
 Legislativo > Congresso Nacional (bicameral) = Câmara dos
Deputados e Senado Federal.
 Executivo > Presidente da República + Ministros de Estado (Livre
nomeação e exoneração).
 Judiciário > Há um Judiciário estruturado e mantido pela união
federal.
o Estados (Art. 25 da CF) > Legislativo, Executivo e Judiciário
 Legislativo > Assembleia Legislativa: Deputados Estaduais
 Executivo > Governador + Secretários de cada pasta.
 Judiciário > Justiça Estadual (Juiz de Direito). Tribunal mais
importante: Tribunal de Justiça de cada Estado, com organização
autônoma.
o Municípios (Art. 29 da CF) > Legislativo e Executivo
 Legislativo > Câmara municipal: Vereadores
 Executivo > Prefeito + Secretários Municipais.
 Judiciário > não existe. Um dos motivos possíveis é o orçamento.
o Distrito Federal (Art. 32 da CF) Não é permitida sua divisão em municípios.
Seus poderes são? Aula de Amanhã.
Colar tabela em excel.

APRESENTAÇÃO DE CASO: ESPANHA E CATALUNHA (Não entendi bem a


apresentação, ler resumo).

AULA 4 - Dia 12/02/2019


Retomando a aula anterior:
 Auto-organização – Sua Lei Maior própria/Normatividade Superior própria.
o União > Constituição Federal de 1988 (5 de outubro de 1988).
o Estados > Constituição Estadual (5 de outubro de 1989) – Poder Const.
Derivado Decorrente.
o Municípios > Lei Orgânica Municipal (LOM) – datas variadas.
o Distrito Federal > Lei Orgânica do DF (LODF)
 Em determinados casos tem característica de município (como este);
em outros momentos terá característica de estados. (Caráter híbrido).
 Autogoverno – Cada ente terá seus próprios poderes
o União (art. 2º da CF) > Legislativo, Executivo e Judiciário.
 Legislativo > Congresso Nacional (bicameral) = Câmara dos
Deputados e Senado Federal.
 Executivo > Presidente da República + Ministros de Estado (Livre
nomeação e exoneração).
 Judiciário > Há um Judiciário estruturado e mantido pela união
federal.
o Estados (Art. 25 da CF) > Legislativo, Executivo e Judiciário
 Legislativo > Assembleia Legislativa: Deputados Estaduais
 Executivo > Governador + Secretários de cada pasta.
 Judiciário > Justiça Estadual (Juiz de Direito). Tribunal mais
importante: Tribunal de Justiça de cada Estado, com organização
autônoma.
o Municípios (Art. 29 da CF) > Legislativo e Executivo
 Legislativo > Câmara municipal: Vereadores
 Executivo > Prefeito + Secretários Municipais.
 Judiciário > não existe. Um dos motivos possíveis é o orçamento.
o Distrito Federal (Art. 32 da CF) não é permitida sua divisão em municípios.
> Há polêmica doutrinária. Alguns dizem que tem 3 poderes outros dizem que
só tem 2 Executivo e Legislativo.
 O Legislativo, com certeza o DF tem, que é a Câmara Legislativa do
DF integrada por Deputados Distritais, ou seja, sua nomenclatura é um
misto de estado (Assembleia Legislativa) e município (Câmara
municipal). A sua organização, escolhas, estatutos e características é
inspirado nas assembleias estaduais.
 Executivo, Governador do Distrito Federal com seus secretários.
 Judiciário (Polêmico), alguns defendem que existe, mas organizado
pela união. Ou seja, alguns dizem que o Judiciário não é próprio, e
outros dizem que tem, mas tutelado pela união (é ela quem estrutura,
organiza e etc...). (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e
Territórios). Haveria uma autonomia tutelada pela união. O DF é uma
área politicamente estratégica do Brasil, então algumas carreiras como
a polícia e judiciário são geridas pela união.
 Autoadministração – Cada ente da Federação deve ter sua própria autonomia
administrativa. A lógica básica é do ingresso na adm. Pública por concurso público.
Todos os entes têm em então sua administração: União, Estadual, Municipal,
Distrital.
 Auto legislação – Cada ente tem espaço para criar suas próprias Leis. Ocorre então a
Repartição Constitucional de Competências (item 4 da programação). (Art. 21 e 24
da CF). Existem casos de conflitos de competência.
A união cria Leis que atingem a própria união. Mas ela pode criar Leis nacionais. Não
confundir!
Explicação: A união possui dupla personalidade. É como se o comportamento dela pudesse
mudar em cada caso. A) Em alguns casos ela age como ente da federação – Lei Federal que
vale a pena para a estrutura da união, B) em outros momentos ela age como porta voz de toda
a federação brasileira – Lei Nacional vale para todo mundo.
Leis Distritais – Lembrar de seu perfil hibrido! Sua criação de Leis será ora na competência
estadual, ora municipal. (Art. 32 da CF – Possui competência de Estados e Municípios).

CAPACIDADES UNIÃO (1) ESTADOS-MEMBROS (26) MUNICÍPIOS (+5000) DF (1)


Auto-organização Lei Orgânica
1 CF/88 Constituição Estadual/89 Lei Orgânica Municipal
(Lei Maior) do DF (M)
Legislativo,
Autogoverno Leg, Exec, Leg (AL), Exec (Gov), Jud.
2 Legislativo e Executivo executivo,
(Poderes) Jud. (Just. Est)
Judiciario*
3 Autoadministração Federal Estadual Municipal Distrital
Leis
Leis Distritais
4 Auto legislação Federais Leis Estaduais Leis Municípais
(*)
(*)

Fechamos item 1.

2) Indissolubilidade do vínculo federativo


Numa confederação existe Direito de Secessão e retirada (Liberdade boa e perigosa pela
vulnerabilidade).
Na Federação temos a indissolubilidade do vínculo federativo, independente de rebeliões,
revolta e etc...
Art. 1º da CF, Caput
 República Federativa do brasil
 Vinculo indissolúvel*
 Estado Democrático de Direito (Legalidade + Participação Popular na criação
legislativa).
 Traz ainda 5 fundamentos, dos quais se destaca A Dignidade da Pessoa Humana.
Art. 60 da CF §4ª Cláusulas pétreas – Limite Material ao Poder Constituinte Derivado
Reformador.
 Forma Federativa de Estado (Inciso I). > Proteção da Federação.
Art. 34 da CF – Remédio contra ameaça à indissolubilidade
 Intervenção Federal
Obs: Pela leitura do caput percebe-se que a regra é a não intervenção. Temos o Princípio da
Não-intervenção ou Excepcionalidade
1. A União decreta a intervenção via Presidente da República (ou seja, ela jamais
poderá sofrer), que atinge: A) Estados-Membros ou b) Distrito Federal.
Os principais incisos do art. 34 voltados para uma tentativa de conter a
revolução/independência de estados: I e III

Art. 18 da CF – Organização político-administrativa


1) Brasília Capital Federal
2) Fala sobre territórios
3) Criação de Estados
4) Criação de Municípios
Esse artigo é um retrato do desenho e possibilidade de mudanças na federação. (Continua na
próxima aula).
Aula 5 – 18/02/2019
Retomando do Art. 18: (Como a Federação é Desenhada?)
Art. 18 da CF – Organização político-administrativa
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil
compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os *Municípios, todos autônomos,
nos termos desta Constituição.
* Alguns autores acham que municípios não fazem parte da federação, pois nos EUA não
tem um ente com significado igual ao município no Brasil. O município nesses termos seria
uma construção brasileira. Alguns argumentos:

 Os municípios não possuem judiciário próprio e isso sustenta que eles não possuem
a mesma estatura constitucional da União e dos Estados.
 Municípios não escolhem senadores (Apenas Estados e DF).
 O Art. 35 que fala em intervenção, usa a expressão “O Estado não intervirá em seus
municípios”. A expressão “seu” reforçaria a visão do município como não integrante
da federação.
 A Doutrina majoritária defende a autonomia dos municípios, sendo eles integrantes
da federação.

Analise dos Paragrafos (§) do Art. 18:

1) Brasília é a Capital Federal > não se falou em Distrito Federal. Mas Brasília fica
situada no Distrito Federal. (Ver art. 32) que fala da vedação da separação em
municípios.
2) Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em
Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei
complementar > Os entes Administrativos vistos anteriormente (União, Estado e
Municipio e DF) possuem autonomia politica. Já os territórios federais não possuem
autonomia politica. Não poderia criar suas próprias lei e eleger seus governantes.
2.1) Estaria Vinculado diretamente à união> Hoje não existem. Exemplos
do passado: A) Fernando de Noronha; B) Roraima; C) Amapá. A união
comandava estes territórios. A CF/88 mudou a Natureza jurídica dos antigos
territórios. Fernando de Noronha hoje é distrito vinculado ao Estado de
Pernambuco (teve alteração de sua natureza jurídica). Roraima e Amapá
hoje são Estados. (Art. 33 da CF – Território). 2 artigos do ADCT > Art. 14 –
Roraima e Amapá. Art. 15 – Fernando de Noronha. Os territórios integram a
união e portanto não tem autonomia. A criação de território se dá através de
Lei Complementar.
3) Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se
para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios
Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através
de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. > Criação de
novos Estados. Houve discussão sobre o Estado Pará.
3.1) primeiramente deve-se consultar a população interessada.
3.2) em seguida, uma Lei complementar do congresso nacional.

 Tomar cuidado para os interesses eleitoreiros, que podem mascarar-


se de vontade da população.
4) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-
se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar
Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações
dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade
Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. > Criação de novos
municípios.
3.1) Estudos de viabilidade municipal. (A maioria dos municípios depende de
repasses da união, e não possuem essa viabilidade).
3.2 ) Consulta da População interessada (Plebiscito)
3.2) Lei Estadual (Aprovação)
3.4) Dentro do período especificado por Lei Complementar Federal.

 Na criação do município de Luis Eduardo Magalhães, não foi


respeitado estas regras (Inconstitucional). Mas 7 anos depois o STF
(ADI 2240) ao Jugar decidiu (Eros Grau) pela inconstitucionalidade,
mas não pronunciou a nulidade por 24 meses (uma espécie de segunda
chance). Durante esse período foi feito os procedimentos do Art.18,§4.

3) Participação dos Entes na Formação da Vontade Nacional.


Falamos sobre Soberania X autonomia e estamos falando (inclusive com proteção de clausula
pétrea) sobre a indissolubilidade da federação. Não obstante a possibilidade de novos
desenhos mediante criação de Estados e Municípios.
Paulo Bonavides cita George Scelle: Qualquer federação obedece a 2 Leis: 1) Lei de
Autonomia e 2) Lei de Participação.
Como fazer com os entes participem? Via Senado Federal. Temos 81 senadores (3 para cada
Estado + 3 no DF). O Art. 52 fala das competências do Senado Federal. Ex: No inciso X fala
da competência do Senado ampliar o alcance da decisão de inconstitucionalidade.
Caso de Hoje: Pena de Morte nos Estados dos Eua. O pacto são josé da costa rica tem
dispositivo que prevê que “Os países que abandonarem a pena de morte, não podem mais
voltar”.

AULA 6 – 19/02/2019
4) Repartição de Competências
4.1 – Técnicas
4.1.1 Predominância de Interesse
4.1.2 Enumerados X Reservados
4.1.3 Implícitos (McCuloch x Maryland, 1819)
4.2 – Classificações
4.2.1 – (Objetivo) Legislativa x Material
4.2.2 – (Subjetivo) Exclusiva, Privativa, Comum, Concorrente
5) Intervenção Federal

4) Repartição de Competência
A CF/88 é a sede da repartição de competências, é nela que encontramos essa sistemática de
repartição. Se houver dúvidas quanto a competência, o STF quem deve analisar/resolver a
controvérsia.
Critérios/técnicas mais usados no Brasil para repartição de competências.
4.1.1 – Predominância de Interesse > Os países perceberam que existem temas de interesse
a) nacional, b) regional e c)local.
. Os municípios possuem interesse a) Local. (Art. 30, Inc. I da CF/88).

Art. 30. Compete aos Municípios:

I - legislar sobre assuntos de interesse local;

Ocorre de entrar em colisão com Estados ou União por achar que tal matéria pertence ao
interesse Local.
. Aos Estados compete matéria de interesse b) Regional. Trabalhamos com a ideia de
exclusão (aquelas que não forem Locais, nem gerais = Regional).
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem,
observados os princípios desta Constituição.

Poder Constituinte Derivado Decorrente > Poder dos Estados de Criar as próprias
Constituições Estaduais.
Princípio da Simetria > A Constituição Estadual deve observar os princípios da Constituição
Federal. Quando falamos em princípio da simetria temos a ideia de que a União vai ser de
espelho/inspiração para organização do Estados.
. À união caberá os assuntos de Interesse c) Geral. (Art. 21 e 22 da CF).
O Art. 21 possui XXV incisos > Competências.
O Art. 22 possui XXIX incisos > Competências privativas.
Total de 54 competências para união.
A tendência é grande concentração de competências da União. Por esse motivo a crítica a
nossa Federação, para alguns somos um Estado Unitário disfarçado, por ser excessiva
concentrado nas mãos da união. Isto pois a nossa Federação parte de um Estado Unitário.
. O Distrito Federal possui um papel híbridos, portanto, possui competências tanto regionais
como locais. (Art. 32 da CF, §1).
Temos então outro critério.
4.1.2 Poderes Enumerados/Expressos X Poderes Reservados/Remanescentes/Não-
enumerados/Residuais
Enumerados > São poderes expressos. Ou seja, que a própria CF menciona expressamente.
Reservados > São poderes não enumerados pela CF e que, portanto, sobraram para os outros
entes.
 A União (Art. 21 e 22 e os Municípios (Art. 30) > possuem poderes enumerados. Pois
a CF/88 diz expressamente os poderes destes entes.
 Os Estados (Art. 25, §1) > possuem os poderes residuais, reservados.

 Contudo, eventualmente, a CF/88 enumera poderes aos Estados. (Art. 25, §2 –


competência para serviço de Gás Canalizado).
 O DF sendo híbrido, terá competências Enumeradas (Municipal) e Residuais
(Estadual).
4.1.3 – Teoria dos Poderes implícitos – McCuloch X Maryland, 1819 (Importado para o
Brasil e adotado para alguns casos).
. Os EUA utilizam a lógica dos precedentes. Essa lógica de precedentes consegue filtrar a
quantidade de processos.
Como a CF americana é sintética (7artigos), surgiu um debate sobre competências meio. A
jurisprudência americana diz que se a CF diz expressamente as competências fins, é porquê
implicitamente ela assegurou as competências meio para atingir aqueles fins.
“Quem pode o mais, pode o menos”.
Se a CF dá competência para chegar ao final, é porque implicitamente garante-se os meios
necessários para se chegar aquela finalidade.
“Os fins justificam os meios”. (Frase atribuída a Maquiavel, mas que ele não fala).
Exemplo Brasileiro com o MP > lembrando que nossa CF é analítica, porém também
abraçamos esta teoria. (Art. 129 da CF/88):
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
I - Promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;
(...)

Em nenhum artigo do 129 fala sobre Investigação Penal pelo MP, porém o STF entende que
o MP poderá fazê-lo enquanto meio, para a finalidade do inciso I, que é a Ação Penal Pública.

Apresentação de caso (Yan e Eric) – Cobrança de Estacionamento por parte de


Shoppings.
comentários do Professor: Sempre que vermos uma Lei devemos verificar se o ente tem
competência para cria-la. Nesse caso de estacionamento o Supremo entende que é
assunto civil. E a Lei do munícipio de Salvador foi considerada inconstitucional, pois
não tinha competência para tal.

AULA 7 – DIA 25/02/2019


Na ultima aula falamos sobre Competências, e falamos sobre sistema e critérios de repartição
de competências.

Analise dos Art. 21-24 > Critérios de análise:


1) Critério Objetivo: A) Legislativa, B) Material/Não legislativa/Administrativa
2) Critério Subjetivo: A) Exclusiva, B) Privativa, C) Comum, D) concorrente.
1) No critério objetivo a preocupação é com o tipo de atividade executada por quem exerce
a competência.
A) Legislativa – Envolve a expectativa legitima de criação de Leis. O Art. 22 e 24 falam em
competência Legislativa.
B) Material – Tudo que não envolver criação de Lei. Atos concretos/administrativos,
oposição à atividade legislativa. O Art. 21 e 23 fala em situações não legislativas/materiais.

2) No critério subjetivo a preocupação é com a autoria, ou seja, quem exerce a competência.


Quem tem o poder legitimo.
A) exclusiva > (Material) encontra referência no Art. 21 da CF. > indelegável.
B) privativa > (Legislativa) tem referência no Art. 22 da CF. > delegável.
Art. 22, parágrafo único > A União através de Lei complementar pode delegar
competência aos Estados para legislar sobre as matérias previstas neste artigo.
No caso dos estacionamentos, o supremo entendeu que se trata de Direito Civil previsto
no Inciso I do Art. 22; e a União não autorizou (delegou) para Estados ou municípios
legislarem sobre esse assunto.
C) comum (Art. 23) > Material/Administrativa – Todos podem fazer. Trata-se de assuntos
importantes que todos entes da federação de alguma forma tratar.
Ex: Inciso I, do Art. 23, trata da competência comum de zelar pela Constituição.
ATENÇÃO => D) Concorrente (Art. 24) > legislativa – CONDÔMINIO
LEGISLATIVO – Um mesmo ambiente e vários papeis a desempenhar. Os seus 4
paragrafos dizem como funciana na prática esse exercício de concorrência

§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a


estabelecer normas gerais.

(Predominância de interesse) A União possui o papel mais geral de todos. É como se


houvesse a moldura de um quadro e a União vai desenhar essa moldura, trazendo Normas
Gerais sobre a matérias.

§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência
suplementar dos Estados.

O Fato da união criar norma geral não exclui a competência suplementar dos Estados, ou
seja, os Estados podem enriquecer estas normas gerais. Ou seja, os estados preenchem este
quadro.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência
legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
Pode ocorrer de a união não criar norma geral. Nesse caso os estados não precisam esperar
para sempre. Eles vão exercer a competência legislativa plena. É como se os Estados
pudessem desenhar sua moldura e seu conteúdo.
Resumo: O ideal é o parágrafo 1 e 2. Mas se a união não cria a moldura, então os Estados
para não ficar prejudicam poderá fazer conforme o 3.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei
estadual, no que lhe for contrário.

Aqui o Estado exerceu a competência legislativa plena, e em seguida veio a Lei federal tratar
sobre as normas gerais. Quando isso acontece a Lei federal suspende a eficácia da Lei
Estadual.
Resumo: A) Material-Exclusiva; B) Legislativa-Privativa; C) Material-Comum; D)
Legislativa-Concorrente.
Indagações da Doutrina:
1) será que os municípios exercem competência concorrente? O caput do 24 não fala em
município.
Depende. Existem defensores que defendem “sim” e “não”.
Defensores do “sim”: Visão sistemática CF/88. (Art. 30, II) > Possibilidade de
suplementação da legislação estadual ou federal no que couber. TESE PERMISSIVA
Defensores do “não”: Argumento literal. Pois o Art. 24 não menciona expressamente os
municípios expressamente. TEVE NÃO PERMISSIVA
2) porque o §4 do Art. 24, fala em suspenção de eficácia e não de revogação?
Diante da superveniência de normas gerais da união, suspende-se a eficácia da Legislação
Estadual no que for contrário. Pois, caso a norma geral da união sofra algum abalo como ser
revogada, por exemplo, então a norma estadual volta a ter eficácia.

Caso de Hoje: Interrogatório por videoconferência de réu preso.


Comentário do professor: Está ligado a competência concorrente. São Paulo criou uma Lei
para dizer como seria o interrogatório por vídeo conferência de réu preso, visando reduzir os
riscos da transferência, redução de custos e etc... A matéria seria procedimento em matéria
processual, ou processo penal? Hellen Gracie entendeu que seria procedimento em matéria
processual, porém a maioria do STF entende que era processo penal, caiu no 22
(Competência privativa). Sendo a Lei Estadual de SP inconstitucional, o congresso resolveu
criar uma Lei da união (Federal) sobre o assunto.
AULA 8 – 26/02/2019

COMPETÊNCIAS (Art. 24)

INTERVENÇÃO FEDERAL

1) CONCEITO E PRINCIPIO
Intervenção federal retira do ente da federação a sua autonomia política temporariamente
(não é definitiva).
oBS: Apoio federal aos entes não é intervenção federal (tecnicamente), pois não retira a
autonomia do ente,
Art. 34 traz os Princípios da Intervenção Federal:
 Excepcionalidade – A regra é a não intervenção, de acordo com o Caput do art. 34.
 Brevidade – Deve acontecer pelo menor tempo possível.
 Taxatividade - O rol é taxativo/exaustivo, pois só se pode decretar intervenção nos
casos que a CF trouxer. (Rol numerus clausus).
Enquanto houver intervenção não pode ocorrer Emendas à Constituição Federal. Trata-se de
momento de grande instabilidade na federação. O Art. 60, §1 traz Limites Circunstanciais ao
Poder Constituinte Derivado Reformador (Estado de Sitio, Defesa e Intervenção Federal.

2) MODALIDADES
Intervenção Federal: A) Decretada pela União via Presidente da República. B) pode
acontecer nos Estados e no DF.
Intervenção Estadual A) decretada pelos Estados via Governador. B) pode acontecer nos
Municípios.
A única possibilidade de intervenção federal nos municípios é quando: existem
territórios federais, e estes territórios estão divididos em municípios. O Art. 18, §2.
Analise do Art. 34 (enfoque na intervenção federal)
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
I - manter a integridade nacional;
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo
motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro
dos prazos estabelecidos em lei;
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida
a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações
e serviços públicos de saúde. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)

3) HIPOTESES
1) Sempre o presidente quem decreta.
2) O Presidente pode declarar intervenções Espontâneas x Provocadas
2.1) Provocada por Solicitação – Traz maior abertura ou flexibilidade.
(Discricionariedade > Margem para tomar uma decisão)
2.2) Provocada por Requisição – Maior obrigatoriedade. (Vinculação)
Nas espontâneas o próprio presidente, por sua própria iniciativa. Presidente + Congresso
nacional.
Nas provocadas, alguém (Outro órgão) chama atenção do Presidente.

4) ADI INTERVENTIVA

Casos de hoje: Inconstitucionalidade da criação de Municípios de Luis Eduardo Magalhães.


Declarou a inconstitucionalidade; sem pronúncia de nulidade por um prazo de 24 meses.
Criou-se uma emenda para convalidar a criação de LEM e diversos outros municípios pelo
Brasil.
AULA 9 – 11/03/2019

Classificação dos incisos do artigo 34 da CF/88 em hipóteses de intervenção espontânea e


provocada.

Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:

Espontânea:

I - manter a integridade nacional; Preocupado com a integridade nacional.

II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; Preocupado com


invasões.

III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; É genérico, e caminha junto com
o “Inciso I”. Ex: Intervenção no Rio de Janeiro

V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que: Se houver um abalo financeiro


significativo na Federação poderá ocorrer a intervenção.

a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo
motivo de força maior;

b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro
dos prazos estabelecidos em lei;

Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: Haverá um Decreto do Presidente

(...)

§ 1º O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de


execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso
Nacional ou da Assembléia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas.
Procedimentos da intervenção.

§ 2º Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a Assembléia Legislativa, far-se-á


convocação extraordinária, no mesmo prazo de vinte e quatro horas. Começar a ler a partir
do §1°. Temos o controle do Congresso Nacional, no prazo de 24 horas. No caso de recesso,
no mesmo prazo de 24 horas o congresso será convocado.
O congresso possui a última palavra, se este negar o Decreto de intervenção automaticamente
cai, e pode ser que haja denúncia de crime de responsabilidade. (Impeachment).

Provocada:

Por Solicitação:

IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; (Art.
36, I) - (Coação ou impedimento ao Legislativo ou Executivo)

Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:

I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto (Alvo
de coação) ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida
contra o Poder Judiciário;

Por Requisição:

IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; (Art.
36, I) – (Coação ou Impedimento ao Judiciário)

Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:

I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou
impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder
Judiciário;

VI - Prover a (a) execução de lei federal, (b) ordem ou (c) decisão judicial;

Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:


(...)
II - no caso de desobediência a (b) ordem ou (c) decisão judiciária, de requisição do Supremo Tribunal
Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral;

VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:

a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;

b) direitos da pessoa humana;


c) autonomia municipal;

d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.

e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a


proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e
serviços públicos de saúde.

Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:


(...)
III - de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral
da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei federal
(“a” do inciso VI).
Ex: A Bahia se tornando uma monarquia. (A) Forma republicana.

Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:


(...)
§ 3º Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo
Congresso Nacional ou pela Assembléia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a
execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade.
(Quando envolver o poder judiciário, o controle do poder legislativo está dispensado, pois
já envolve o controle do poder judiciário).

Caso de Hoje: Plebiscito para divisão do Estado Pará em 3 outros estados.

AULA 10 – 12/03/2019
Revisão aula 09:
O Presidente é o único que decreta a intervenção federal.
A Intervenção pode ser de forma:
Espontânea => onde haverá controle do congresso. Incisos (Art. 34) I, II, III e V.
Provocada => outro órgão desperta sua atenção. Ocorre então um Controle peculiar.
Provocada por Solicitação: Conveniência e Oportunidade (discricionariedade) do
Presidente. Incisos IV (Apenas a parte que envolve poder executivo ou legislativo coacto ou
impedido).
Provocada por Requisição: Vinculação. Incisos IV (Apenas na parte que envolve o
poder judiciário, lhe prejudicando, neste caso o STF faz o pedido ao presidente), VI e VII.
Obs: VI (Lei, Ordem e Decisão Judicial); VII (Inobservância de
Princípios Constitucionais)
O inciso VII traz 5 alíneas que são chamados Princípios Sensíveis
(Terminologia cunhada por Pontes de Miranda). O desrespeito a
estes princípios enseja a Ação de Direta de inconstitucionalidade
Interventiva.

ADI INTERVENTIVA (REPRESENTAÇÃO INTERVENTIVA OU


REPRESENTAÇÃO PARA FINS DE REPRESENTAÇÃO)
(Art. 34, VII C/C Art. 36, III). O Art. 36, III traz a parte procedimental.
ADI é a única ação de Controle Concentrado no Brasil que só pode ser utilizada pela
Procuradoria Geral da República (PGR). O cidadão pode provocar, mas não pode obrigar a
PGR (discricionário).
A ação deve ser proposta junto ao STF. Argumentando que algum estado violou alguma das
Alineas do Art. 34, VII [Princípios Constitucionais Sensíveis]. Exemplos práticos de
desrespeito:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; > Bahia querer virar uma
monarquia.
b) direitos da pessoa humana; > Violação sistemática a direitos da pessoa humana (Muitas vezes
por questão política não é decretada. Seria o caso da Greve da polícia (pessoas tensas nas ruas,
com medo de sair para comprar e etc...). Ou seja, segundo o STF casos isolados não são suficientes
para intervenção (IF 114> Chacina do Matupá).
c) autonomia municipal; > Bahia violando o espaço de um município. Este Estado poderia sofrer
intervenção.
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. > (TRANSPARÊNCIA -> IDEAL
REPUBLICANO)
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a
proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços
públicos de saúde. Ex: (Mínimos Constitucionais) aplicados em Saúde e Inciso. Esse mínimo
aparece em outras partes da constituição.

Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:


III - de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral
da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei federal.
Estas alíneas do Art. 34, VII, juntamente com o Inciso III do art. 36 (recusa à execução
de Lei Federal) são as situações que ensejam a Intervenção Federal, de
representação da PGR e provimento pelo STF.
O STF pode considerar o pedido Procedente ou Improcedente.
Caso julgue improcedente > O pedido de intervenção é “Arquivado”.
Caso julgue procedente> O STF Vai Requisitar ao Presidente de República que decrete a
intervenção.
O presidente é obrigado a decretar a intervenção neste caso?
1) [MAJORITÁRIO] o argumento tradicional da Doutrina diz que sim! Pois,
a palavra Requisição reflete a vinculação do presidente. Além disso, a lei que
rege a ADI interventiva impõe obrigatoriedade quando o STF requisita.
2) [MINORITÁRIA] alguns autores dizem que não. Argumento: princípio da
separação de poderes. Ou seja, o STF não poderia se envolver com matéria de
outro poder.
Próxima aula:
1) Oitiva dos conselhos
2) Vedação PEC´s
3) Interventor?
4) Controle (Politico; Judicial).

Caso de Hoje: Intervenção no RJ.

Aula 11 – 18/03/2019
OBSERVAÇÕES:
1) Atuação conselhos
2) Limite > Pec´s
3) Perfil do interventor
4) Controle: A) Politico, B) Judicial; da intervenção federal.

1) Atuação dos conselhos:


O presidente é obrigado a ouvir conselhos, antes de decretar a intervenção.
I) Conselho da República (Democracia); (Art. 89 e 90) > Intervenção Federal, Estado de
Defesa e Estado de Sítio.
II) Conselho da Defesa Nacional (Soberania) (Art. 91). > Intervenção Federal, Estado de
Defesa e Estado de Sítio.
Ou seja, a oitiva é obrigatória. Mas o Presidente não é obrigado a seguir o conselho.
Na intervenção no RJ o presidente não ouviu os conselhos, o que gerou crítica. Por ess
emotivo fez as pressas depois.

2) Limites > Pec´s


Havendo intervenção é porque temos uma grande Instabilidade (turbulência) no país. A
lógica é que neste período não temos condições de tomar decisões difíceis e ousadas.
Por esse motivo a CF não pode sofrer emendas nesse período.
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de a) intervenção federal,
de b) estado de defesa ou de c) estado de sítio. (Limitações Circunstanciais ao
Poder Constituinte Derivado Reformador).
Limitações Circunstanciais -> São situações tão impactantes que geram abalo na
federação brasileira.
Visão Literal - impede-se a “Emenda”, mas se permite o “debate/discussão”.
Visão conceitual – Está proibido a “Emenda” e até mesmo o “debate/discussão”.
Na visão de Gabriel não dá para fingir normalidade afim de preservar o debate, devido a
grande instabilidade da federação.

3) Perfil do Interventor
O interventor é:
A) uma pessoa de confiança de Presidente da República para ser o representante
naquela região (Age em nome do próprio presidente).
A Constituição não diz que a nomeação de interventor é necessária. No Artigo 36, parag.
1º que fala que a nomeação do interventor ocorrerá “no que couber”/”se for necessário”.
B) Pode ser nomeado ou não. Depende do Decreto do Presidente. (Art. 36, §1º).

4) Controle: Político e Judicial


A) Político:
 Na oitiva dos conselhos (Ouvir os Conselhos da República e Defesa Nacional),
já temos um pequeno controle político. Obs: pequeno porque o presidente não
precisa
seguir o conselho. (Controle Fraco)
 Controle do Congresso Nacional, feito em 24 hora. (Controle Forte)
o Obs: Se o Congresso rejeita, não só a intervenção perde o efeito, como pode
ocorrer a acusação do presidente por crime de responsabilidade.
B) Judicial:

 Durante a intervenção o poder judiciário continua funcionando, logo, qualquer


pessoa que for atingida por alguma ação da intervenção pode reclamar junto ao
judiciário.
 Além disso, alguns casos, o próprio poder judiciário realiza um controle prévio. São
os casos de Requisição. (Ou seja, o Judiciário pleiteia a intervenção junto ao
Presidente da República).

Fechamos Intervenção.

Tópico novo dentro de Federação:


* Vedações para entes federativos (Art. 19 I, II e III):
Vedado a União, Estados, Municípios e DF.

I - Estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes


o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de
dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de
interesse público; (Estado Laico). C/C Art. 5º, Inc. VI > Inviolabilidade da
liberdade de crença. Na CF de 1891 começamos a separação entre
Estado e Religião.

II - Recusar fé aos documentos públicos; Autenticidade de Documentos


Públicos > Presunção de Legitimidade.

III - Criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. Princípio da


Igualdade. O pacto federativo deve estar embasado na solidariedade e apoio
mútuo.

Próxima Aula: Organização dos Poderes: I) Introdução; II) Visão Tradicional; III) Visão
atual.

Caso de Hoje -> Intervenção Federal em Roraima.

Obs: A diferença para a intervenção do RJ, é que a do RJ foi parcial, já a de Roraima foi
integral. A duração em Roraima foi decretada para durar 21 dias.
AULA 12 – 19/03/2019
 Organização dos Poderes
 Introdução Analise dos Arts. 2º e 60
 Executivo (analise do art. 76).

TEORIAS:
1) Aristoteles – Obra: Política
2) Jonh Locke – Obra: Segundo Tratado sobre Governo Civil (Concebia um poder
federativo)
3) Montesquieu – Obra: Espirito das Leis (Obra mais citada) => sistematiza (não cria) a
separação de poderes.

3) Montesquieu: Sua grande preocupação é uma mesma pessoa concentrasse em si todo o


poder, pois para ele: “todo aquele que possui poder, tende a dele abusar”. Então é preciso
dividir o poder de forma que o poder freie o próprio poder. Ou seja, um poder contendo o
outro. Poderes cunhados por Montesquieu:
1º Executivo das coisas de que depende o direito das gentes (Executivo)
2º Executivo das coisas de que depende do direito civil (Judiciário)
3º Legislativo.
Para Montesquieu (1748) o poder do Juiz era restringido a aplicar literalmente a legislação.
“O Juiz seria a boca que pronuncia as palavras da Lei”. “Seriam os Juízes seres inanimadas
os quais não se pode moderar a força, nem o vigor”.
Julgamento, então, é a aplicação do texto fixo da Lei.
Essa visão tradicional, convive hoje com visão diferente.
Visão atual: Apesar da inspiração na teoria, e manter a preocupação com a concentração de
poder, temos na CF/88 o art. 2º e 60 que trazem a separação de poderes.
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o
Executivo e o Judiciário.
Nos manuais de Direito Constitucional temos que “O poder é uno e indivisível, sendo
separadas apenas as funções exercitadas por cada poder”.
Cada poder tem funções típicas e atípicas. Não existe apenas uma função para cada poder
como se concebia antes.
Função típica é principal, função atípica é acessória/não é tão cotidiana.
Ex1: Edição de MP pelo Presidente da República -> Função Atípica normativa do
Poder Executivo.
Ex2: Súmulas Vinculantes no STF:
Para 1ª corrente: Função Típica Jurisdicional
Para 2ª corrente: Função Atípica normativa do poder judiciário. (Majoritária)
Ex3: Férias por um servidor do TJ/BA > Função Atípica Administrativa do Poder
Judiciário.

Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:


I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
II - do Presidente da República;
III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação,
manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado
de defesa ou de estado de sítio.
§ 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois
turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos
respectivos membros.
§ 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do
Senado Federal, com o respectivo número de ordem.
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
§ 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não
pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.

O que é separação de poderes, na leitura do art. 60?


R: Um dos limites materiais ao exercício do poder constituinte derivado reformador
Limites materiais: Conteúdo de determinados assuntos.
Poder Reformador -> é o poder voltado para atualização constitucional pode meio de emenda.
É o que chamamos de Clausulas Pétreas. Logo, a separação de poderes é uma das
cláusulas pétreas.
Então com base no Art. 2º temos que a separação de poderes é um dos Princípios
Fundamentais; assim como é também uma clausulas pétreas com base no Art. 60.

* PODER EXECUTIVO
(Art. 76 ao 91)
Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos
Ministros de Estado.
Analisamos primeiro os ministros, depois o presidente da república.
Ministros de Estado Auxiliares do Presidente da República:
 Livre nomeação e exoneração pelo Presidente da República
o “Ad nutum” expressão em latim da livre nomeação e exoneração.
o Condições para ser ministro (Art. 87):
 Brasileiro (Nato ou Naturalizado) – Com exceção do Ministro da
Defesa (Art. 12, III -> privativo de Brasileiro Nato). Obs: Ser Nato
não quer dizer que nasceu no Brasil.
 No gozo de Direitos Políticos
 Maior de 21 anos.
 Defende-se mais uma condição prevista no Art. 37, caput,
Princípios da Administração pública, no caso da Moralidade.
 Funções do Ministro?

Caso de Hoje: CNJ que integra que o judiciário (planejamento e fiscalização), controle
interno da migistratura. Seria inconstitucional sua criação?

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