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CONSTITUCIONAL II
3) Metodologia
As aulas terão 2 partes. Ou seja, a segunda parte terá uma apresentação de casos, e na
segunda parte terá apresentação de duplas e trios. São 15 minutos de apresentação. A
primeira parte é fazer um relatório explicando quais são os fatos do caso de forma narrada.
A segunda parte é o argumento/fundamentação vinculados ao caso. A terceira etapa é a
decisão, mostrar qual foi a decisão do caso. O item 4 é a parte principal é a opinião do grupo
dupla ou trio. Item 5, trazer algum assunto que não seja do Direito e que tenha relação com
o caso.
1) Introdução:
Revisão de Ciência Politica:
4 Classificações (Tipologias do Estado):
Forma de Estado: Estado Unitário x Federal. Obs: A Espanha não adota nenhuma
delas. O Brasil adotou o Estado Unitário na Constituição de 25/03/1824. No fim do
século XIX em 24/02/1891 – primeira Constituição Federal.
O Brasil passa a ter a sua primeira Constituição de 1824, com inspiração Francesa, outorgada
pelo Imperador.
José Bonifácio dá a ideia para o Imperador de uma Monarquia Constitucional, com Estado
Unitário. Com Divisão Administrativa em Províncias, mas todas subordinadas ao Imperador.
A ideia do Poder Moderador vem de Benjamin Constant (Suíço) e seria a chave e equilíbrio
para os outros poderes. No Brasil ocorre uma desvirtuação e o poder se concentra no
Imperador.
No fim do século XIX em 1889 temos a proclamação da república, e o Brasil que até então
(1824) se inspirava na França, agora na Constituição de 1891 passa a se inspirar nos EUA.
Fechamos item 1.
Os municípios não possuem judiciário próprio e isso sustenta que eles não possuem
a mesma estatura constitucional da União e dos Estados.
Municípios não escolhem senadores (Apenas Estados e DF).
O Art. 35 que fala em intervenção, usa a expressão “O Estado não intervirá em seus
municípios”. A expressão “seu” reforçaria a visão do município como não integrante
da federação.
A Doutrina majoritária defende a autonomia dos municípios, sendo eles integrantes
da federação.
1) Brasília é a Capital Federal > não se falou em Distrito Federal. Mas Brasília fica
situada no Distrito Federal. (Ver art. 32) que fala da vedação da separação em
municípios.
2) Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em
Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei
complementar > Os entes Administrativos vistos anteriormente (União, Estado e
Municipio e DF) possuem autonomia politica. Já os territórios federais não possuem
autonomia politica. Não poderia criar suas próprias lei e eleger seus governantes.
2.1) Estaria Vinculado diretamente à união> Hoje não existem. Exemplos
do passado: A) Fernando de Noronha; B) Roraima; C) Amapá. A união
comandava estes territórios. A CF/88 mudou a Natureza jurídica dos antigos
territórios. Fernando de Noronha hoje é distrito vinculado ao Estado de
Pernambuco (teve alteração de sua natureza jurídica). Roraima e Amapá
hoje são Estados. (Art. 33 da CF – Território). 2 artigos do ADCT > Art. 14 –
Roraima e Amapá. Art. 15 – Fernando de Noronha. Os territórios integram a
união e portanto não tem autonomia. A criação de território se dá através de
Lei Complementar.
3) Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se
para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios
Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através
de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. > Criação de
novos Estados. Houve discussão sobre o Estado Pará.
3.1) primeiramente deve-se consultar a população interessada.
3.2) em seguida, uma Lei complementar do congresso nacional.
AULA 6 – 19/02/2019
4) Repartição de Competências
4.1 – Técnicas
4.1.1 Predominância de Interesse
4.1.2 Enumerados X Reservados
4.1.3 Implícitos (McCuloch x Maryland, 1819)
4.2 – Classificações
4.2.1 – (Objetivo) Legislativa x Material
4.2.2 – (Subjetivo) Exclusiva, Privativa, Comum, Concorrente
5) Intervenção Federal
4) Repartição de Competência
A CF/88 é a sede da repartição de competências, é nela que encontramos essa sistemática de
repartição. Se houver dúvidas quanto a competência, o STF quem deve analisar/resolver a
controvérsia.
Critérios/técnicas mais usados no Brasil para repartição de competências.
4.1.1 – Predominância de Interesse > Os países perceberam que existem temas de interesse
a) nacional, b) regional e c)local.
. Os municípios possuem interesse a) Local. (Art. 30, Inc. I da CF/88).
Ocorre de entrar em colisão com Estados ou União por achar que tal matéria pertence ao
interesse Local.
. Aos Estados compete matéria de interesse b) Regional. Trabalhamos com a ideia de
exclusão (aquelas que não forem Locais, nem gerais = Regional).
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem,
observados os princípios desta Constituição.
Poder Constituinte Derivado Decorrente > Poder dos Estados de Criar as próprias
Constituições Estaduais.
Princípio da Simetria > A Constituição Estadual deve observar os princípios da Constituição
Federal. Quando falamos em princípio da simetria temos a ideia de que a União vai ser de
espelho/inspiração para organização do Estados.
. À união caberá os assuntos de Interesse c) Geral. (Art. 21 e 22 da CF).
O Art. 21 possui XXV incisos > Competências.
O Art. 22 possui XXIX incisos > Competências privativas.
Total de 54 competências para união.
A tendência é grande concentração de competências da União. Por esse motivo a crítica a
nossa Federação, para alguns somos um Estado Unitário disfarçado, por ser excessiva
concentrado nas mãos da união. Isto pois a nossa Federação parte de um Estado Unitário.
. O Distrito Federal possui um papel híbridos, portanto, possui competências tanto regionais
como locais. (Art. 32 da CF, §1).
Temos então outro critério.
4.1.2 Poderes Enumerados/Expressos X Poderes Reservados/Remanescentes/Não-
enumerados/Residuais
Enumerados > São poderes expressos. Ou seja, que a própria CF menciona expressamente.
Reservados > São poderes não enumerados pela CF e que, portanto, sobraram para os outros
entes.
A União (Art. 21 e 22 e os Municípios (Art. 30) > possuem poderes enumerados. Pois
a CF/88 diz expressamente os poderes destes entes.
Os Estados (Art. 25, §1) > possuem os poderes residuais, reservados.
Em nenhum artigo do 129 fala sobre Investigação Penal pelo MP, porém o STF entende que
o MP poderá fazê-lo enquanto meio, para a finalidade do inciso I, que é a Ação Penal Pública.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência
suplementar dos Estados.
O Fato da união criar norma geral não exclui a competência suplementar dos Estados, ou
seja, os Estados podem enriquecer estas normas gerais. Ou seja, os estados preenchem este
quadro.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência
legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
Pode ocorrer de a união não criar norma geral. Nesse caso os estados não precisam esperar
para sempre. Eles vão exercer a competência legislativa plena. É como se os Estados
pudessem desenhar sua moldura e seu conteúdo.
Resumo: O ideal é o parágrafo 1 e 2. Mas se a união não cria a moldura, então os Estados
para não ficar prejudicam poderá fazer conforme o 3.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei
estadual, no que lhe for contrário.
Aqui o Estado exerceu a competência legislativa plena, e em seguida veio a Lei federal tratar
sobre as normas gerais. Quando isso acontece a Lei federal suspende a eficácia da Lei
Estadual.
Resumo: A) Material-Exclusiva; B) Legislativa-Privativa; C) Material-Comum; D)
Legislativa-Concorrente.
Indagações da Doutrina:
1) será que os municípios exercem competência concorrente? O caput do 24 não fala em
município.
Depende. Existem defensores que defendem “sim” e “não”.
Defensores do “sim”: Visão sistemática CF/88. (Art. 30, II) > Possibilidade de
suplementação da legislação estadual ou federal no que couber. TESE PERMISSIVA
Defensores do “não”: Argumento literal. Pois o Art. 24 não menciona expressamente os
municípios expressamente. TEVE NÃO PERMISSIVA
2) porque o §4 do Art. 24, fala em suspenção de eficácia e não de revogação?
Diante da superveniência de normas gerais da união, suspende-se a eficácia da Legislação
Estadual no que for contrário. Pois, caso a norma geral da união sofra algum abalo como ser
revogada, por exemplo, então a norma estadual volta a ter eficácia.
INTERVENÇÃO FEDERAL
1) CONCEITO E PRINCIPIO
Intervenção federal retira do ente da federação a sua autonomia política temporariamente
(não é definitiva).
oBS: Apoio federal aos entes não é intervenção federal (tecnicamente), pois não retira a
autonomia do ente,
Art. 34 traz os Princípios da Intervenção Federal:
Excepcionalidade – A regra é a não intervenção, de acordo com o Caput do art. 34.
Brevidade – Deve acontecer pelo menor tempo possível.
Taxatividade - O rol é taxativo/exaustivo, pois só se pode decretar intervenção nos
casos que a CF trouxer. (Rol numerus clausus).
Enquanto houver intervenção não pode ocorrer Emendas à Constituição Federal. Trata-se de
momento de grande instabilidade na federação. O Art. 60, §1 traz Limites Circunstanciais ao
Poder Constituinte Derivado Reformador (Estado de Sitio, Defesa e Intervenção Federal.
2) MODALIDADES
Intervenção Federal: A) Decretada pela União via Presidente da República. B) pode
acontecer nos Estados e no DF.
Intervenção Estadual A) decretada pelos Estados via Governador. B) pode acontecer nos
Municípios.
A única possibilidade de intervenção federal nos municípios é quando: existem
territórios federais, e estes territórios estão divididos em municípios. O Art. 18, §2.
Analise do Art. 34 (enfoque na intervenção federal)
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
I - manter a integridade nacional;
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo
motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro
dos prazos estabelecidos em lei;
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida
a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações
e serviços públicos de saúde. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
3) HIPOTESES
1) Sempre o presidente quem decreta.
2) O Presidente pode declarar intervenções Espontâneas x Provocadas
2.1) Provocada por Solicitação – Traz maior abertura ou flexibilidade.
(Discricionariedade > Margem para tomar uma decisão)
2.2) Provocada por Requisição – Maior obrigatoriedade. (Vinculação)
Nas espontâneas o próprio presidente, por sua própria iniciativa. Presidente + Congresso
nacional.
Nas provocadas, alguém (Outro órgão) chama atenção do Presidente.
4) ADI INTERVENTIVA
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
Espontânea:
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; É genérico, e caminha junto com
o “Inciso I”. Ex: Intervenção no Rio de Janeiro
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo
motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro
dos prazos estabelecidos em lei;
(...)
Provocada:
Por Solicitação:
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; (Art.
36, I) - (Coação ou impedimento ao Legislativo ou Executivo)
I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto (Alvo
de coação) ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida
contra o Poder Judiciário;
Por Requisição:
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; (Art.
36, I) – (Coação ou Impedimento ao Judiciário)
I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou
impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder
Judiciário;
VI - Prover a (a) execução de lei federal, (b) ordem ou (c) decisão judicial;
AULA 10 – 12/03/2019
Revisão aula 09:
O Presidente é o único que decreta a intervenção federal.
A Intervenção pode ser de forma:
Espontânea => onde haverá controle do congresso. Incisos (Art. 34) I, II, III e V.
Provocada => outro órgão desperta sua atenção. Ocorre então um Controle peculiar.
Provocada por Solicitação: Conveniência e Oportunidade (discricionariedade) do
Presidente. Incisos IV (Apenas a parte que envolve poder executivo ou legislativo coacto ou
impedido).
Provocada por Requisição: Vinculação. Incisos IV (Apenas na parte que envolve o
poder judiciário, lhe prejudicando, neste caso o STF faz o pedido ao presidente), VI e VII.
Obs: VI (Lei, Ordem e Decisão Judicial); VII (Inobservância de
Princípios Constitucionais)
O inciso VII traz 5 alíneas que são chamados Princípios Sensíveis
(Terminologia cunhada por Pontes de Miranda). O desrespeito a
estes princípios enseja a Ação de Direta de inconstitucionalidade
Interventiva.
Aula 11 – 18/03/2019
OBSERVAÇÕES:
1) Atuação conselhos
2) Limite > Pec´s
3) Perfil do interventor
4) Controle: A) Politico, B) Judicial; da intervenção federal.
3) Perfil do Interventor
O interventor é:
A) uma pessoa de confiança de Presidente da República para ser o representante
naquela região (Age em nome do próprio presidente).
A Constituição não diz que a nomeação de interventor é necessária. No Artigo 36, parag.
1º que fala que a nomeação do interventor ocorrerá “no que couber”/”se for necessário”.
B) Pode ser nomeado ou não. Depende do Decreto do Presidente. (Art. 36, §1º).
Fechamos Intervenção.
Próxima Aula: Organização dos Poderes: I) Introdução; II) Visão Tradicional; III) Visão
atual.
Obs: A diferença para a intervenção do RJ, é que a do RJ foi parcial, já a de Roraima foi
integral. A duração em Roraima foi decretada para durar 21 dias.
AULA 12 – 19/03/2019
Organização dos Poderes
Introdução Analise dos Arts. 2º e 60
Executivo (analise do art. 76).
TEORIAS:
1) Aristoteles – Obra: Política
2) Jonh Locke – Obra: Segundo Tratado sobre Governo Civil (Concebia um poder
federativo)
3) Montesquieu – Obra: Espirito das Leis (Obra mais citada) => sistematiza (não cria) a
separação de poderes.
* PODER EXECUTIVO
(Art. 76 ao 91)
Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos
Ministros de Estado.
Analisamos primeiro os ministros, depois o presidente da república.
Ministros de Estado Auxiliares do Presidente da República:
Livre nomeação e exoneração pelo Presidente da República
o “Ad nutum” expressão em latim da livre nomeação e exoneração.
o Condições para ser ministro (Art. 87):
Brasileiro (Nato ou Naturalizado) – Com exceção do Ministro da
Defesa (Art. 12, III -> privativo de Brasileiro Nato). Obs: Ser Nato
não quer dizer que nasceu no Brasil.
No gozo de Direitos Políticos
Maior de 21 anos.
Defende-se mais uma condição prevista no Art. 37, caput,
Princípios da Administração pública, no caso da Moralidade.
Funções do Ministro?
Caso de Hoje: CNJ que integra que o judiciário (planejamento e fiscalização), controle
interno da migistratura. Seria inconstitucional sua criação?